Considerando o contexto contemporâneo onde a superestimulação e o currículo formal precoce dominam a infância. As crianças são frequentemente submetidas a agendas rigorosas, com pouca margem para a brincadeira livre e não-estruturada. Observa-se, paradoxalmente, um aumento nos diagnósticos de dificuldades socioemocionais e criativas. Se a brincadeira é intrínseca ao desenvolvimento humano, como podemos, à luz da neurociência e da psicologia do desenvolvimento, investigar os mecanismos pelos quais a restrição desse tipo de atividade impacta negativamente a plasticidade cerebral, a autorregulação emocional e a capacidade de resolução de problemas. A formação profissional deve, nesse sentido, formar profissionais capazes de realizarem intervenções lúdicas e livres visando o desenvolvimento emocional das crianças. ​Fonte: FISHER, E. P. The impact of play on development: a critical review of the literature. Early Childhood Development and Care, v. 79, n. 1, 1992, p. 193-207. ​Considerando o texto e no que tange a brincadeira livre, analise as afirmativas a seguir: ​I. A brincadeira livre é um mero passatempo, sem contribuições significativas para o desenvolvimento cognitivo da criança, que se beneficia mais de atividades didáticas estruturadas. II. A brincadeira livre contribui para o desenvolvimento da autorregulação emocional, pois permite que a criança explore e processe sentimentos em um ambiente seguro e controlado por ela mesma. III. A ausência de supervisão adulta direta durante a brincadeira livre impede o desenvolvimento de habilidades sociais, pois a criança não recebe o direcionamento necessário para interações construtivas. IV. A oportunidade de engajar-se em brincadeiras de faz de conta e outras formas de brincadeira simbólica está positivamente correlacionada com o desenvolvimento da linguagem e do pensamento abstrato. ​É correto o que se afirma em: A. I, apenas. B. II e IV, apenas. C. III e IV, apenas. D. I, II e III, apenas. E. I, II, III e IV.