Pensar em mobilidade urbana vai muito além de restringir a circulação de carros, ampliar o número de ciclovias ou linhas de metrô, priorizando o transporte público sobre o transporte privado. Significa também encontrar alternativas para a inserção segura e confortável de todas as pessoas na dinâmica da cidade, oferecendo múltiplas possibilidades para que elas ocupem o espaço público e circulem por ele, transformando esse processo em uma rica experiência de interação e integração social. Este é talvez o significado mais profundo que o conceito de mobilidade urbana deve ganhar, enriquecendo o próprio significado que pode ser atribuído à ideia de urbanidade e cidadania. Um efeito no modo de viver no espaço geográfico causado pelas políticas de mobilidade urbana é:

O reordenamento das paisagens no processo de gentrificação.
A redução do número de condomínios fechados com segregação dos carros.
A concentração de pessoas/moradias nas áreas centrais da cidade.
A distribuição de veículos automotores a todos os estratos sociais.