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ORIENTAÇÕES GERAIS | 301 autorregulador para que eles percebam o que foi ensina- do e o que foi aprendido a cada Unidade. A ideia é que o professor promova discussões sobre os assuntos abor- dados em sala e que todos juntos, colaborativamente, pensem em formas para consolidar e expandir a constru- ção do conhecimento. Para os estudantes, é importante pensar em que aprenderam e em como aprenderam em sala de aula, até para adquirirem mais autonomia como estudantes de língua. A proposta de avaliação ao longo do material está ali- nhada com as orientações do MEC para a formação de estudantes que usem os conhecimentos de língua ingle- sa de forma articulada com outras áreas do saber e este- jam preparados para atuar em sociedade de forma plena. � Avaliando o estudante no decorrer das Unidades Na BNCC, a proposta de avaliação é a de cunho per- manente ou formativo que leva em consideração a regu- lação da aprendizagem para avaliar se os estudantes apreenderam os objetos de conhecimento e desenvolve- ram as habilidades propostas durante todo o período escolar. É importante considerar os critérios de uma ava- liação formativa, pois estes priorizam observar a aprendi- zagem significativa. Esta obra apresenta variados tipos de avaliação de or- dem processual: no começo das atividades didáticas (pa- ra levantamento de conhecimento prévio dos estudan- tes); durante as atividades didáticas (como um termômetro para o professor redefinir, caso necessário, as estratégias didático-pedagógicas); e de fim de seções para observar se os estudantes aprenderam as habilida- des propostas. É importante que o professor tenha em mente que a função primordial das formas de avaliar não é selecionar ou excluir, priorizando a reprodução exata dos conteúdos trabalhados em sala; mas sim ser uma fer- ramenta de alimentação tanto do aprendizado do estu- dante quanto da prática docente. Avaliações de cunho individual, coletivo e com crité- rios previamente negociados e definidos junto com os estudantes (como: aquisição de conceitos, input e output, atitudes – escuta ativa, empatia) são procedimentos de- sejáveis em um contexto de ensino de língua inglesa. Es- sas ações didáticas evidenciam um processo de diálogo, em que o estudante tanto aprende quanto ensina para que os conteúdos sejam reorganizados quando necessá- rio. Durante as aulas, por exemplo, o professor pode or- ganizar os estudantes em pares e fazer uma atividade de peer-correction. Após cada seção, a obra apresenta perguntas que re- metem ao aprendizado dos estudantes e o que construíram como conhecimento na seção trabalhada. Isso é feito nas seções Read on, Going Further, Listen up!, Write It Out e Speak Your Mind, mais especificamente em Post-Reading, Post-Listening, Post-Writing e Post-Speaking. Além disso, o estudante também conta com a seção Self-Assessment a cada Unidade para refletir e avaliar o seu próprio processo de aprendizagem. Esses são momen- tos importantes de fechamento das seções para que o professor compreenda em que estágio os estudantes se encontram. A autoavaliação é um procedimento extre- mamente importante pelo fato de permitir que os estu- dantes se observem com responsabilidade e avaliem (com base em critérios específicos) seu estágio dentro de cada módulo de aprendizagem. Inclui-los nesse processo sig- nifica valorizar sua experiência pessoal na avaliação como um todo, promovendo uma educação que una os aspec- tos dos conteúdos disciplinares com os aspectos sócio- -histórico-culturais existentes em cada ser humano. A avaliação, nesse sentido, é uma ferramenta de formação de indivíduos, de des-re-construção do co- nhecimento, de autoavaliação, de alteravaliação (ava- liação feita por outros), de modificação das práticas escolares para que estas estejam pautadas na avaliação formativa. Fidalgo (2012, p. 170) também menciona de forma resumida características da avaliação que o professor de- veria sempre considerar para que o processo avaliativo seja bem-sucedido: [...] Sempre permitir ao aluno mais de uma opção de res- posta correta porque a língua não é estanque; Permitir que as regras sejam utilizadas como aprendi- das: como parte da realidade e não como abstrações (não como pedaços de língua - vocabulário e gramática - mas em práticas sociais; não se trata de contextualizar a gramática, mas de ensinar a língua como utilizada na vida real); Tomar a autoavaliação como um processo argumenta- tivo. O aluno precisa ser capaz de discutir o seu ponto de vista para desenvolver a capacidade de se automonitorar; Permitir que a autoavaliação seja aprendida a partir da alteravaliação; Levar em conta que o momento de avaliação é também um momento de aprender e ensinar e não apenas de julgar o que foi aprendido; Evitar homogeneização. Os instrumentos devem ser ela- borados para cada situação (classe de alunos, momento de ensino-aprendizagem, necessidades); Levar em conta a triangulação avaliativa: as notas ge- radas para o sistema escolar devem ser resultado de autoa- valiações, avaliações de pares e pelo professor. Por sua vez, a avaliação dos trabalhos com Atividades Sociais possibilita a compreensão de como os estudantes estão se apropriando dos instrumentos, do sistema de VU_LI_TakeAction_AtO2g21_281a304_MPG.indd 301VU_LI_TakeAction_AtO2g21_281a304_MPG.indd 301 29/09/2020 22:3829/09/2020 22:38 302 gêneros, das regras estabelecidas e dos papéis da divisão de trabalhos. Ou seja, como os estudantes agem linguis- ticamente na Atividade Social focal. Sugerimos algumas propostas para o processo avaliativo dos estudantes (LI- BERALI, 2009, p. 24): • Portfólio: O professor pode pedir aos estudantes que façam um portfólio com registros de várias etapas do trabalho, desde a escolha do tema até a finalização da atividade. Esse é um instrumento avaliativo interessante para que tanto o professor como os estudantes façam uma reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem ao final de uma Atividade Social. Essa reflexão pode ser feita em sala de aula, por exemplo, em uma conversa sobre a vivência de participar de uma atividade como essa. Portfólios também são ótimos para o professor re- pensar a própria prática docente e replanejar possíveis intervenções pedagógicas futuras. • Trabalhos coletivos ou em pequenos grupos: Esses tra- balhos auxiliam a avaliação do desenvolvimento cog- nitivo e conceitual dos estudantes em relação ao tema. Os trabalhos em grupos, quando realizados de forma colaborativa, contribuem para expandir o conheci- mento e transformar a visão dos estudantes. • Textos reflexivos, escritos individualmente e/ou deba- tidos em grupo: O debate sobre um assunto e a sua retomada por meio de textos escritos provocam ques- tionamentos sobre os próprios posicionamentos, vi- sões de mundo e permitem a retomada de processos vividos. • Múltiplas formas de avaliação, como observação, diá- rios, questionários periódicos e entrevistas, também podem ser usadas para ter uma ideia mais abrangente do que os estudantes estão alcançando no aprendiza- do da língua estrangeira. Exames em larga escala De acordo com Carvalho, Guerra e Schettini (2016), diferentemente dos exames tradicionais, que normalmen- te avaliam um conteúdo específico, os exames em larga escala, de maneira geral, avaliam o repertório cultural do estudante com base na compreensão crítico-reflexiva do mundo contemporâneo, na reflexão sobre a linguagem e nas competências desenvolvidas ao longo da sua vida acadêmica. Nesse sentido, é fundamental que a escola amplie o repertório cultural dos estudantes e lhes ensine novas competências, preparando-os para serem profissionais autônomos, prontos para atuarem numa multiplicidade de campos teóricos e práticos e, principalmente, para se- rem profissionais abertos ao novo. Para isso, os estudantes precisam conhecer sua realidade local, entender os pro- blemas enfrentados pelas pessoas da suacomunidade, para, assim, compreender o que se passa no mundo. No contexto escolar, o desenvolvimento de habilidades co- mo questionar, apresentar pontos de vista, argumentar e contra-argumentar é essencial para que, no futuro, os es- tudantes possam propor soluções inovadoras para ques- tões globais. São novas formas de ensinar, aprender, de trabalhar, de ser e de agir. São outros tempos que requerem um novo olhar pa- ra um estudante que está prestes a ingressar no mundo do trabalho, marcado por um alto grau de competitivi- dade e exigências. Por isso, as escolas devem se preocupar com a formação de estudantes que saibam trabalhar com equipes diversas (mas ainda assim coesas) de maneira crítico-colaborativa e interdependente. Nesse enquadre, exames em alta escala, como o PISA (Programa Interna- cional de Avaliação de Estudantes), que aborda temas contemporâneos para avaliar o conhecimento dos jovens em leitura, matemática e ciências, podem ser uma refe- rência importante para o professor. Para aqueles que escolherem continuar os estudos ingressando em curso superior, o exame em larga escala é uma realidade próxima. Caso queira, explore com os estudantes diferentes tipos de exames para ingresso no Ensino Superior acessando sites das universidades brasi- leiras ou o Exame Nacional do Ensino Médio, que tam- bém é um modelo de prova. Outro exemplo de exames de larga escala são os exa- mes de proficiência linguística. Esses exames têm por ob- jetivo atestar a fluência dos indivíduos em idiomas que não sejam o materno. Existem alguns testes de proficiên- cia em língua inglesa, cada qual com o seu propósito. Po- de-se apresentar para eles modelos de testes de proficiên- cia, cuidando sempre para oferecer um desafio de acordo com o nível adequado ao dos estudantes, para que a ex- periência da avaliação seja uma afirmação do que já sa- bem, mais do que um lembrete do quanto ainda falta. Para isso, é importante selecionar o nível adequado do exame, de acordo com o CEFR. Destacamos, no entanto, que a escolha dos textos, as explicações e as atividades do professor não devem ser orientadas somente para a preparação de exames externos. Competências da BNCC trabalhadas ao longo da obra A seguir, apresentamos a relação das competências gerais da Educação Básica e das competências específicas de Linguagens e suas Tecnologias para o Ensino Médio da BNCC trabalhadas ao longo desta obra didática. VU_LI_TakeAction_AtO2g21_281a304_MPG.indd 302VU_LI_TakeAction_AtO2g21_281a304_MPG.indd 302 29/09/2020 22:3829/09/2020 22:38