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Conceito: 
• Exame que analisa a atividade elétrica cerebral 
espontânea, captada através da utilização de 
eletrodos colocados sobre o couro cabeludo; 
• Como a atividade elétrica espontânea está presente 
desde o nascimento, o EEG pode ser útil em todas 
as idades, desde os recém-nascidos até pacientes 
idosos. 
• Morte cerebral/encefálica: ausência de atividade 
elétrica no EEG / ausência da captação de sinais 
elétricos. 
• Atividade cerebral elétrica: Somatório do fluxo de 
corrente elétrica extracelular somado aos 
potenciais excitatórios e inibitórios pós-sinápticos 
(PEPS e PIPS). 
Características da onda: 
• Amplitude da onda – altura – o que se dá no plano 
vertical; 
• Frequência (HZ): 
▪ Frequência traçada na região anterior é 
diferente da traçada na região posterior; 
▪ A frequência é diferente quando estamos 
acordados e dormindo (fases do sono); 
• Como olhar frequência: cada quadrinho é 1seg, 
conta quantas ondas tem dentro do quadrinho. Ex: 
6 ondas em 1seg = 6HZ; 
OBS: Paciente com intoxicação com benzodiazepínicos 
– alteração na frequência das ondas. 
Traçado: 
• Paciente com morte encefálica – não tem atividade 
elétrica – não tem amplitude, traçado reto; 
• Paciente com quadro demencial grave – atrofia 
cortical difusa – amplitude baixinha, traçado de 
baixa amplitude; 
• Paciente com tumor cerebral, causando epilepsia – 
pode ter vários padrões de traçado, mas pode 
ocorrer uma lentificação do traçado – lentificação 
patológica; 
Padrão de colocar eletrodos no crânio: 
• Sistema internacional 10-20; 
• Mede o crânio desde o násion até o inion – sagital; 
• Pré-auricular até pré-auricular – coronal ou frontal. 
Classificação das crises: 
• Focal: localizada em apenas uma região; 
• Generalizada: ocorre ao mesmo tempo em todas as 
regiões; 
• Crise focal com generalização secundária. 
Recomendações de EEG: 
• Paciente demencial; 
• Crise epiléptica; 
• Paciente em coma; 
• Paciente com perda consciência. 
Montagens: 
• Dupla banana; 
• Canais análogos tem que ter simetria; 
Ritmos cerebrais: 
Alfa 
• Ritmo de base; 
• Frequência: 8 – 13 HZ; 
• Amplitude: 5 a 100 microV (<50microV); 
• Regular, simétrico, sincrônico; 
• Típico da vigília; 
• Mais predominante nas regiões posteriores - 
occipital; 
• Acentuada com o fechamento ocular, relaxamento 
físico e inatividade mental relativa. 
• Frequência muito lenta na região posterior, ex 2Hz, 
é patológico – foco epiléptico, tumor; 
Beta 
• Frequência: 14 a 30 Hz (média 35Hz); 
• Amplitude: variável, mas acima de 30microV; 
• Mais proeminente nas regiões anteriores; 
• Generalizada e em excesso com BZ; 
• Região frontal com lentificação de 4 Hz – patológico. 
Teta 
• Frequência: 4 a 8Hz; 
• Amplitude: variável; 
• Ritmo presente na sonolência e fases mais 
superficiais do sono – Ritmo do sono; 
• Distúrbios da atividade de base; 
Delta 
• Frequência < 4Hz; 
• Amplitude geralmente mais alta; 
 
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• Sono mais profundo; 
• Distúrbios da atividade de base. 
• *normalmente patológicos. 
OBS: Região anterior tem uma frequência mais 
rapidinhas, maior ou igual a 13 Hz. 
OBS: Regiões medianas: pode ter um misto de tudo. 
Provas de ativação: 
Hiperventilação: 
• Respiração profunda e regular frequência de 
20/min por um período de 2 a 4 min; 
• Aumento flutuante da atividade lenta síncrona 
bilateral e alentamento dos ritmos alfa e beta, 
intermitente ou contínua; 
• Pode evidenciar melhor uma crise de ausência; 
• Sua ausência também é normal. 
• Contraindicação: 
▪ Avc agudo; 
▪ Hemorragia intracraniana recente; 
▪ Estenose significativa dos grandes vasos; 
▪ Doença cardiopulmonar; 
▪ Anemia falciforme ou traço; 
▪ Inabilidade do paciente em cooperar. 
 
Foto estimulação intermitente: 
• Luzes disparando em flashes com 3, 6, 9, 12, 15, 18 
e 21 Hz; 
• Respostas possíveis: 
▪ Arrastamento fótico; 
▪ Fotomioclônica ou fotomiogênica; 
▪ Fotoparoxística ou fotoconvulsiva 
• Arrastamento fótico: 
▪ Atividade rítmica nas regiões posteriores por FEI 
nas frequências de 5 a 30Hz, harmônicas e 
idênticas ao estímulo, considerada uma resposta 
fisiológica; amplitude aumenta com a idade; 
▪ Respostas exacerbadas a baixas frequências (o,5 
a 3Hz) estão relacionadas a disfunção cerebral 
aguda ou subaguda. 
 
• Fotomioclônica: 
▪ Breves contrações musculares repetitivas nas 
regiões frontais; 
▪ Aumentam a amplitude conforme aumentam os 
flashes; 
▪ É abruptamente interrompida quando cessam; 
▪ Mais evidente as frequências de 12 a 18 Hz; 
▪ Mais comum em adultos; 
▪ Principalmente nos canais anteriores. 
• Fotoparoxística (não é fisiológico): 
▪ Presença de espículas e ondas ou complexos de 
espículas ondas bilaterais e síncronas, simétricas 
e generalizadas que persistem após o estímulo; 
▪ Pode se associar a alterações de consciência e 
espasmos musculares de todo o corpo, MMSS e 
cabeça; 
▪ As frequências que mais estimulam são 15 a 18 
Hz – 15 com olhos fechados – 20 com olhos 
abertos; 
▪ Mais comum em crianças e adolescentes, sexo 
feminino; 
▪ Mais relacionadas com epilepsia generalizada 
primária (EMJ); 
▪ Estudos sugerem uma predisposição genética; 
▪ Interromper o exame se generalizada; 
▪ Anormalidade epileptiformes espontâneas 
presentes em 65% dos pacientes com resposta 
fotoparoxística; 
▪ Epilepsia fotossensível. 
 
 
 
• Abertura e fechamento ocular: 
 
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▪ Piscamento pode induzir a descarga 
epileptiformes; 
▪ Tanto fechamento quanto abertura; 
▪ Fotossensibilidade; 
▪ Relacionado a áreas frontais. 
Anormalidades 
Atividade de base: 
• Padrões de sono anormais; 
• Atividade lenta focal ou generalizada; 
• Atividade epileptiforme paroxística; 
• Padrões paroxísticos periódicos anormais. 
 
Descargas epileptiformes: 
• Biomarcadores de epilepsia; 
• Mas nem todos pacientes com epilepsia tem 
descarga, nem todos pacientes com descarga tem 
epilepsia; 
• Sensibilidade 25-56%; 
• Especificidade 78-98%; 
• Marcador de suscetibilidade ou predisposição à 
ocorrência de crises epilépticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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