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Rafael Venâncio de Souza 
➢ Doenças do Esôfago 
 
1. Conceitos Importantes 
- DISFAGIA: dificuldade de deglutição; resulta de um transporte impedido de líquidos, sólidos ou ambos da faringe para o estômago 
- ODINOFAGIA: dor durante a deglutição e está frequentemente associada à disfagia 
- a disfagia pode ser classificada em: ① disfagia orofaríngea – dificuldade no transporte de alimentos (líquidos, sólidos ou ambos) da orofaringe para o 
esôfago ② disfagia esofágica – dificuldade de passagem do alimento através do esôfago para o estômago 
- a disfagia orofaríngea pode ser causada por obstrução mecânica ou por doença neuromuscular, sendo que o AVC é a causa mais comum de disfagia 
orofaríngea em pacientes internados 
- a disfagia esofágica pode ser causada por obstrução mecânica do lúmen esofágico ou pode ser secundária à disfunção motora do esôfago ou do esfíncter 
esofágico inferior 
2. Esofagite Eosinofílica 
- é uma doença inflamatória primária crônica com infiltração de eosinófilos 
- apresenta uma prevalência de 0,5-1 entre 1000 pessoas 
- o sexo masculino é o mais afetado, com idade entre 20-40 anos (geralmente inferior a 45 anos) 
- a raça branca é a mais acometida 
• PATOGÊNESE 
- a patogênese da esofagite eosinofílica é indefinida, porém apresenta forte indícios de alterações imunológicas (70% dos pacientes apresentam IgE 
elevada), além de estar associada com doenças alérgicas e com história familiar de asma, rinite e dermatites 
- admite-se que em indivíduos sensibilizados, a exposição ao alergênicos determine a ativação de células T helper tipo 2 (Th2) com libertação das citocinas 
IL-4, IL-5 e IL-13, as quais estimulam a proliferação, diferenciação e ativação eosinofílica ao nível da medula óssea e provocam um aumento dos eosinófilos 
circulantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
• PRINCIPAIS SINTOMAS 
- pode cursar com sintomas de disfagia, impactação de bolo alimentar e pirose 
- 13% das EDAs são realizadas devido disfagia, enquanto que 50% das EDAs são realizadas por impactação de alimentos 
 
• DIAGNÓSTICO 
- biópsia de terço médio e inferior da mucosa esofágica evidenciando > 15 eosinófilos por campo de aumento grande 
 
 
• TRATAMENTO 
- IBP e corticoterapia tópica ou sistêmica, além de dieta sem alérgenos clássicos como trigo, leite, soja, ovo, oleaginosas e peixe/crustáceos 
- pode-se realizar o tratamento endoscópico para estenose 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
- a imagem à E é de uma endoscopia com esôfago normal 
- a imagem à D é de uma endoscopia com esofagite eosinofílica evidenciando a presença de anéis transversais, padrão característico da doença que cursa 
com remodelamento da mucosa, que fica semelhante à traqueia 
 
- nas imagens abaixo, além dos anéis transversais, observa-se também a presença de sulcos longitudinais 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
3. Membranas e Anéis Esofagianos 
• MEMBRANAS 
- estrutura que se forma no interior da luz esofágica, estreitando-o 
- é composta apenas epitélio escamoso 
- geralmente são anteriores e assimétricas e o local mais frequente de acometimento é o esôfago cervical 
• ANÉIS 
- aparece na transição esofagogástrica, na região do terço inferior do esôfago na junção escamocolunar (apresentar epitélios escamoso e colunar) 
- acomete toda a luz do esôfago de forma concêntrica 
• QUADRO CLÍNICO 
- paciente pode ser assintomático ou apresentar disfagia e regurgitação ácida 
• DIAGNÓTICO 
- radiografia contrastada do esôfago 
- EDA 
• TRATAMENTO 
- dilatação endoscópica nos casos sintomáticos 
→ Síndrome de Plummer-Vinson ou de Peterson-Brown Kelly 
- é um tipo de membrana esofágica que acomete principalmente o sexo feminino, nas idades entre 30-70 anos 
- nessa síndrome, o paciente apresenta ANEMIA FERROPRIVA + DISFAGIA + 1 OU MAIS MEMBRANAS ESOFÁGICAS CERVICAIS 
- o tratamento se dá pela reposição de ferro + dilatação esofágica 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
 
→ Anéis de Schatzki 
- é o anel mais frequente do esôfago, acometendo mais frequentemente o terço inferior do esôfago 
- está associado à DRGE 
- QUADRO CLÍNICO: o paciente pode ser assintomático ou apresentar disfagia (diâmetro < 13mm) intermitente para sólidos ou impactações alimentares 
ao mastigar mal 
- DIAGNÓSTICO: o padrão-ouro é a radiografia contrastada do esôfago, porém pode ser diagnosticada também por meio da EDA 
- TRATAMENTO: pode não ser necessário, porém, quando for necessário, pode-se realizar a dilatação endoscópica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
 
 
4. Divertículos Esofagianos 
- é a protusão de uma ou mais camadas da parede para fora do órgão 
- podem ser congênitos (verdadeiros) ou adquiridos (falsos) 
- são classificados como de pulsão – quando associados ao aumento da pressão intraesofágica – ou de tração – quando existe uma doença extraesofágica 
que traciona essa região 
- os divertículos podem ter diversas localizações como na região superior faringoesofágica (pulsão), torácico-superior (pulsão ou tração), média 
(localização rara, sendo causada por tração) e inferior (pulsão) 
→ Divertículo de Zenker 
- É UM DIVERTÍCULO FARINGOESOFÁFICO OU HIPOFARÍNGEO 
- é o divertículo esofagiano mais comum (70%), sendo um divertículo de pulsão 
- é constituído por protusão da mucosa na junção dos músculos cricofaríngeo e constritor inferior da faringe 
- é causado por um aumento da pressão local durante a deglutição, além de apresentar um relaxamento incompleto do esfíncter esofágico inferior; pode-
se ter alguma relação com a DRGE, porém não é totalmente elucidado 
- tem uma prevalência de 0,1%, sendo mais comum em homens (0:1) com idade > 60 anos 
- QUADRO CLÍNICO: assintomático ou disfagia e regurgitação, sialorreia, desconforto no pescoço e na garganta, halitose e massa cervical 
- COMPLICAÇÕES: desnutrição, pneumonia aspirativa, abscesso pulmonar, perfuração esofágica, hemorragias e ulcerações 
- DIAGNÓSTICO: radiografia contrastada do esôfago 
- TRATAMENTO: procedimento endoscópico ou cirúrgicio 
Rafael Venâncio de Souza 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
→ Divertículos Medioesofágicos 
- são divertículos raros adquiridos e usualmente de tração 
- representa 10% dos divertículos esofagianos 
- são mais frequentes do lado direito, na altura da bifurcação traqueal 
- frequentemente estão associados a doenças pulmonares e mediastinais adjacentes 
- a maioria dos pacientes é assintomática, porém pode causar disfagia e regurgitação ácida, e em geral não exige tratamento 
→ Divertículos Epifrênicos 
- são raros, representando 20% de todos os divertículos 
- é localizado no terço distal, próximo ao diafragma, e predomina no lado direito 
- estão associados à acalasia e a outros distúrbios de motilidade esofágica 
- QUADRO CLÍNICO: disfagia, regurgitação ácida e sintomas respiratórios 
- COMPLICAÇÕES: perfuração, abscesso e hemorragias 
- DIAGNÓSTICO: radiografia contrastada do esôfago 
- TRATAMENTO: cirúrgico, se paciente com sintomas ou complicações 
5. Corpos Estranhos Esofagianos 
- 2ª emergência mais comum em serviços de endoscopia para retirada imediata 
- 805 dos casos são de crianças 
- os corpos estranhos mais comuns são: moedas (mais comum em crianças), alimentos sólidos (mais comum em idosos), ossos, espinhos, próteses 
dentárias, baterias, pacotes de narcóticos, tampa de caneta, botões, pregos, parafusos, clipes 
- 90% dos objetos ingeridos passam livremente pelo tubo digestivo sem causar danos, sendo eliminados com as fezes 
- os pontos de estreitamento fisiológico do esôfago são pontos principais de impactação alimentar: ① estreitamento provocado pelo músculo 
cricofaríngeo, a 15cm da arcada dentária superior ② estreitamento na bifurcação da traqueia e no arco aórtico, a 22cm da arcada dentária superior 
③ estreitamento na região do esfíncter esofágico inferior e do dia, a 40cm da arcada dentaria superior 
- QUADRO CLÍNICO: disfagia, odinofagia, dor torácica, sialorreia,sensação de corpo estranho e obstrução de vias aéreas 
- DIAGNÓSTICO: radiografia de cervical, tórax e abdome + laringoscopia direta ou EDA (permite diagnóstico e tratamento) 
 
 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
6. Lesões Esofagianas por Cáusticos 
- ocorre após a ingestão de agentes corrosivos alcalinos como soda caustica, detergentes caseiros, produtos de limpeza de piscina etc 
- a maioria dos casos é em crianças, mas pode ocorrer também em adultos na tentativa de autoextermínio 
- FASE AGUDA: odinofagia, dor torácica, sialorreia, disfagia e perfuração 
- FASE CRÔNICA: disfagia por estenose e necessidade de repetidas dilatações endoscópicas 
- TRATAMENTO DA FASE AGUDA: ① permeabilidade das vias aéreas, hidratação venosa, analgesia e EDA para remoção dos agentes tóxicos e para 
lavagem ② no caso de acidente grave, deve-se implementar a nutrição parenteral do paciente e a antibioticoterapia e, a depender do caso, corticoterapia 
7. Distúrbios Motores do Esôfago 
DISTÚRBIOS PRIMÁRIOS DISTÙRBIOS SECUNDÁRIOS 
- Acalásia ou Acalásia Idiopática 
- Espasmo Esofagiano Difuso 
- Doença de Chagas (Acalásia Chagásica) 
- Colagenoses (Esclerodermia, LES, Esclerose Sistêmica) 
- Diabetes Mellitus 
- Hipotireoidismo e Hipertireoidismo 
 
→ Acalásia 
- é um distúrbio motor da musculatura lisa caracterizado pela ausência do relaxamento do EIE após a deglutição e pela ausência de peristaltismo no 
corpo esofágico 
- pode ser idiopática (corresponde à 8-14% das causas de disfagia onde não há doença de Chagas) ou de etiologia chagásica com o megaesôfago 
(é endêmica no Brasil, Argentina, Chile, Bolívia e Venezuela, sendo que os estados brasileiros mais acometidos são GO, SP, BA e MG) 
• FISIOPATOLOGIA 
- ocorre uma perda da inervação esofagiana por destruição do plexo mioentérico 
- no EIE, ocorre uma degeneração dos neurônios inibitórios (responsáveis pelo relaxamento por liberação de NO), elevação das pressões basais no EIE e 
alterações no relaxamento 
- com o passar do tempo, o esôfago vai se dilatando, gerando o megaesôfago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
• MANOMETRIA ESOFAGIANA (PADRÃO-OURO) 
- critérios diagnósticos (Spechler & Castel): ① relaxamento incompleto do EIE ② aperistalse no corpo do esôfago 
- outras alterações: ① pressão de repouso do EIE elevada (> 45mmHg) ② pressão de descanso do esôfago maior que a do estômago 
• RADIOGRAFIA CONTRASTADA DE ESÔFAGO 
 
 
• QUADRO CLÍNICO 
- disfagia lentamente progressiva tanto para sólidos quanto para líquidos (disfagia paradoxal), regurgitação, tosse, engasgo, dor torácica, pirose, 
emagrecimento e constipação intestinal 
• TRATAMENTO 
- o tratamento irá depender do grau de megaesôfago 
- pacientes com dilatação discreta podem se beneficiar de medicações como nitratos (isossorbida 5-10mg sublingual 10 min antes das refeições) ou 
bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipina 10mg sublingual antes das refeições), os quais promovem uma diminuição do tônus do EIE 
- ainda, pode ser feita a injeção de toxina botulínica na região acometida, gerando a abertura do EIE por relaxamento 
- a dilatação pneumática é realizada nos casos em que há um grande estreitamento do EIE, sendo uma medida temporária visando cirurgia definitiva 
- o tratamento cirúrgico é feito com cardiomiotomia ou esofagectomia subtotal

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