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Helena Maria – P3 OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES O esqueleto do membro inferior (esqueleto apendicular inferior) pode ser dividido em dois componentes funcionais: ➢ O cíngulo do membro inferior é um anel formado pelo sacro e pelos ossos do quadril direito e esquerdo unidos anteriormente na sínfise púbica, fixando o membro inferior livre ao esqueleto axial, sendo o sacro comum ao esqueleto axial e ao cíngulo do membro inferior, também forma o esqueleto da parte inferior do tronco. Suas funções de proteção e suporte servem ao abdome, pelve e períneo e também aos membros inferiores. ➢ Os ossos do membro inferior livre: • Fêmur • Tíbia + Fíbula • Ossos do tarso • Ossos do metatarso • Ossos dos dedos Helena Maria – P3 Osso do quadril • Formado pela fusão de três ossos primários: ÍLIO, ÍSQUIO E PÚBIS • Ao nascimento, os três ossos primários são unidos por cartilagem hialina; em crianças, eles estão incompletamente ossificados • Na puberdade, os três ossos ainda estão separados por uma cartilagem trirradiada em forma de Y centralizada no acetábulo, embora as duas partes dos ramos isquiopúbicos se fundam por volta do 9° ano. • Os ossos começam a se fundir entre 15 e 17 anos, a fusão está completa entre 20 e 25 anos. • DIVISÃO ANATÔMICA o Face lateral o Face medial o Margens: superior; inferior; anterior; posterior. o Ângulos: anterossuperior e inferior; póstero-superior e inferior. • FACE LATERAL o Acetábulo o Face semilunar o Fossa do acetábulo o Face glútea: linhas glúteas, anterior, inferior e posterior (entre as linhas, se inserem os Mm. Glúteos máximo, médio e mínimo). o Forame obturado. • FACE MEDIAL o Linha Arqueada: acima do referido elemento descritivo encontramos: o Fossa Ilíaca: presta inserção ao músculo homônimo (M. Ilíaco). o Face Auricular: articula o osso do quadril ao osso sacro. o Tuberosidade Ilíaca: presta inserção aos ligamentos sacro-ilíacos. • MARGEM SUPERIOR o Lembra o formato da letra “s”. o Crista Ilíaca: presta inserção aos músculos largos da parede abdominal. Helena Maria – P3 • MARGEM INFERIOR o Ramo Ísquio-Púbico: junção do ramo do ísquio e do ramo inferior do púbis. • MARGEM ANTERIOR o Nesta margem descreveremos, de superior para inferior, os seguintes elementos descritivos: o Espinha Ilíaca Anterossuperior: prestando inserção aos seguintes elementos anatômicos: Ligamento Inguinal, Mm. Sartório; Tensor Fáscia Lata. o Espinha Ilíaca Anteroinferior o Eminência Iliopúbica o Tubérculo Púbico: presta inserção ao ligamento inguinal. • MARGEM POSTERIOR o Nesta margem descreveremos de cima para baixo os seguintes elementos descritivos: o Espinhas ilíacas posterossuperior e posteroinferior o Espinha Isquiática: insere o M. Gêmeo Superior (corresponde, para a Obstetrícia, ao ponto de referência que marca o Plano 0 de DeLee e ao Plano III de Hodge, sendo pontos de referência de apresentação fetal durante o parto). o Incisura Isquiática Maior (através desta incisura atravessa o Nervo isquiático principal nervo motor do membro inferior) o Incisura Isquiática Menor • ÂNGULO ANTEROSSUPERIOR o Espinha Ilíaca Anterossuperior • ÂNGULO ANTEROINFERIOR o Corpo da Pube o Face Sinfisal: articula por diante os ossos dos quadris entre si. • PÓSTERO-SUPERIOR o Espinha Ilíaca Posterossuperior • PÓSTERO-INFERIOR o Túber Isquiático: presta inserção aos músculos do períneo; coxa e pelve. Helena Maria – P3 ÍLIO • Forma a maior parte do osso do quadril e contribui para formar a parte superior do acetábulo. • Tem partes mediais espessas (colunas) para sustentação de peso e partes posterolaterais finas, as asas, que proporcionam superfícies largas para a fixação carnosa dos músculos. • O corpo do ílio se une ao púbis e ao ísquio para formar o acetábulo. • As espinhas ilíacas propiciam fixação para ligamentos e tendões dos músculos do membro inferior • A crista ilíaca serve como “parachoque” e é um local importante para fixação aponeurótica de músculos finos, laminares, e da fáscia muscular. ÍSQUIO • O ísquio forma a parte posteroinferior do osso do quadril. • A parte superior do corpo do ísquio funde-se ao púbis e ao ílio, formando a face posteroinferior do acetábulo. • A incisura isquiática menor atua como tróclea ou polia para um músculo que emerge da pelve óssea. • A projeção óssea áspera na junção da extremidade inferior do corpo do ísquio e seu ramo é o grande túber isquiático, na posição sentada, o peso do corpo fica apoiado sobre essa tuberosidade, que é o local de fixação tendínea proximal dos músculos posteriores da coxa. PÚBIS • O púbis forma a parte anteromedial do osso do quadril, contribuindo para a parte anterior do acetábulo, e é o local de fixação proximal dos músculos mediais da coxa. • É dividido em um corpo achatado e medial e dois ramos, superior e inferior, que se projetam lateralmente a partir do corpo. • Na parte medial, a face sinfisial do corpo do púbis articula-se com a face correspondente do corpo do púbis contralateral por meio da sínfise púbica. • A margem anterossuperior dos corpos unidos e da sínfise forma a crista púbica, que é o local de fixação dos músculos abdominais. Helena Maria – P3 • Pequenas projeções nas extremidades laterais dessa crista, os tubérculos púbicos, são pontos de referência importantes das regiões inguinais. • Os tubérculos são o local de fixação da principal parte do ligamento inguinal e, portanto, de fixação muscular indireta. FORAME OBTURADO • O forame obturado é uma grande abertura oval ou triangular irregular no osso do quadril. • É limitado pelo púbis e ísquio e seus ramos. Exceto por uma pequena passagem para o nervo e vasos obturatórios (o canal obturatório), o forame obturado é fechado pela membrana obturadora, que é fina e forte. • O forame minimiza a massa óssea (peso) enquanto seu fechamento pela membrana obturadora propicia extensa superfície de ambos os lados para fixação muscular. ACETÁBULO • O acetábulo é a grande cavidade caliciforme na face lateral do osso do quadril que se articula com a cabeça do fêmur para formar a articulação do quadril. • Os três ossos primários que constituem o osso do quadril contribuem para a formação do acetábulo. • O limbo do acetábulo é incompleto inferiormente na incisura do acetábulo, o que torna a fossa semelhante a um cálice em que falta um pedaço da borda. FÊMUR • O fêmur é o osso mais longo e mais forte do corpo humano • Seu comprimento está associado ao modo de andar, sua resistência ao peso e às forças musculares que este osso deve suportar. • Sua diáfise, quase cilíndrica ao longo da maior parte de seu comprimento, é arqueada para a frente. • Proximalmente, possui uma cabeça articular arredondada que se projeta medialmente de seu colo curto, que por sua vez é uma extensão medial da diáfise proximal. • A extremidade distal é mais larga e mais compacta, apresentando côndilos duplos que se articulam com a tíbia. • Na posição ortostática, as diáfises femorais mostram uma inclinação para cima e para fora a partir de suas articulações com a tíbia, com as cabeças femorais separadas pela largura da pelve. • Proximalmente, o fêmur é constituído por cabeça, colo, trocânter maior e trocanter menor. Helena Maria – P3 • O fêmur ossifica-se a partir de cinco centros: diáfise, cabeça, trocânter maior, trocanter menor e extremidade distal. À exceção da clavícula, é o primeiro osso longo a ossificar • Os fêmures das mulheres são um pouco mais oblíquos que os dos homens, em consequência da maior largura de suas pelves. PATELA • A patela é um osso pequeno e triangular, localizado anteriormente à articulação do joelho. • É considerado um osso sesamoide • Dividida em: o Base (larga e superior)o Ápice (pontiaguda e inferior). • Articula-se somente com o fêmur. • Face Anterior: é convexa • Face Posterior: apresenta uma área articular lisa e oval. • Margem Proximal: é espessa e pode ser chamada de base. • Margem Medial: é fina e converge distalmente. • largem Lateral: é fina e converge distalmente. TIBIA • Localizada na face anteromedial da perna, quase paralela à fíbula, a tíbia é o segundo maior osso do corpo. • Alarga-se externamente nas duas extremidades e propicia maior área para articulação e transferência de peso. • A extremidade superior (proximal) alarga-se para formar côndilos medial e lateral que pendem sobre o corpo medial, lateral e posteriormente, formando uma face articular superior relativamente plana, ou platô tibial. • Ao contrário do fêmur, o corpo da tíbia está realmente em posição vertical na perna, tem formato aproximadamente triangular ao corte transversal e tem três faces e três margens: medial, lateral/interóssea e posterior. • A margem anterior da tíbia é a mais proeminente. Essa margem e a face medial adjacente são subcutâneas em toda a extensão e conhecidas como “canela”. Seu revestimento periosteal e a pele sobrejacente são vulneráveis à equimose. Helena Maria – P3 • Na extremidade superior da margem anterior, uma tuberosidade da tíbia alongada e larga é o local de fixação distal do ligamento da patela, que se estende entre a margem inferior da patela e a tuberosidade da tíbia. • O corpo da tíbia é mais fino na junção de seus terços médio e distal. A extremidade distal é menor do que a proximal, alargando-se apenas na parte medial; a expansão medial estende-se inferiormente ao restante do corpo como o maléolo medial. FÍBULA • A fíbula delgada situa-se posterolateralmente à tíbia e está firmemente fixada a ela pela sindesmose tibiofibular, que inclui a membrana interóssea. • Sua função principal é a fixação muscular, sendo o local de fixação distal (inserção) de um músculo e fixação proximal (origem) de oito músculos. • As fibras da sindesmose tibiofibular são organizadas para resistir à tração descendente final da fíbula. • A extremidade distal se alarga e é prolongada lateral e inferiormente como o maléolo lateral. • A extremidade proximal da fíbula consiste em uma cabeça aumentada superior a um pequeno colo. A cabeça tem um ápice pontiagudo. A cabeça da fíbula articula-se com a face fibular na face inferior posterolateral do côndilo lateral da tíbia. • O corpo da fíbula é torcido e marcado pelos locais de fixação muscular. Assim como o corpo da tíbia, é triangular ao corte transversal, tem três margens (anterior, interóssea e posterior) e três faces (medial, posterior e lateral). Ossos do pé TARSO • O tarso tem sete ossos o Tálus − Articula-se com os ossos da perna. − tem corpo, colo e cabeça. − A face superior, ou tróclea do tálus, é segura pelos dois maléolos e recebe o peso do corpo através da tíbia. − O único osso tarsal que não tem fixações musculares ou tendíneas − A maior parte de sua superfície é coberta por cartilagem articular. Helena Maria – P3 o Calcâneo − É o maior e mais forte osso do pé. − Na posição de pé, o calcâneo transmite a maior parte do peso do corpo do tálus para o solo o Cuboide − É o osso mais lateral na fileira distal do tarso. Anteriormente à tuberosidade do cuboide, nas faces lateral e inferior do osso, está o sulco do tendão do músculo fibular longo. o Navicular − É um osso achatado, em forma de barco, situado entre a cabeça do tálus posteriormente e os três cuneiformes anteriormente o Cuneiformes − Os três cuneiformes são o medial, o intermédio e o lateral. O maior deles é o cuneiforme medial e o menor, o cuneiforme intermédio. − Cada cuneiforme articula-se com o navicular posteriormente e com a base de seu metatarsal apropriado anteriormente. O cuneiforme lateral também se articula com o cuboide. METATARSO • Consiste em cinco ossos metatarsais, numerados a partir da face medial do pé. o Metatarsal I é mais curto e mais forte do que os outros. o Metatarsal II é o mais longo. FALANGES • 14 falanges o Hálux (1° dedo) tem duas falanges (proximal e distal); o Os outros quatro dedos têm três falanges cada: proximal, média e distal. o Cada falange tem uma base (proximal), um corpo e uma cabeça (distal). o As falanges do hálux são curtas, largas e fortes. o Em pessoas idosas, pode haver fusão das falanges média e distal do dedo mínimo.