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ANATOMIA II Baço, pâncreas, fígado. BAÇO: É a maior massa de tecido linfoide dentro da cavidade abdominal. Ele se localiza no hipocondro esquerdo (H.E.). Limites do baço: Superior externamente: diafragma. Inferiror: cólun esquerdo ou cólun descendente. Internamente (mais medial): estômago Posterior: reto peritônio esquerdo (rim esquerdo). Função: Matura linfócitos T e B. Ajuda na opsonização com a ativação do complemento. Filtra elementos sanguíneos e corpos estranhos – hematopoiese. A sua função hematológica é filtrar os elementos sanguíneos e material estranho da corrente sanguínea. Essa função esplênica está relacionada ao sistema hematológico. Sua outra função está no sistema imunológico, em que ele desnatura alguns linfócitos, ativa complemento. O sistema imunológico desenvolve um fenômeno chamado opsonização, o qual é um mecanismo do sistema imune para combater as bactérias piogênicas. A retirada precoce do baço, quando ele não está doente, pode favorecer algumas doenças, principalmente pneumonia pneumocócica. Hoje em dia a esplenectomia é questionada por isso. Quando o baço começa a ficar doente, existe o hiperesplenismo, que é um “sequestro” dos elementos sanguíneos, tira da corrente sanguínea. No sangue, há 3 elementos sanguíneos, a proteína plasmática (hematócrito), células de defesa (leucócitos) e material de coagulação (plaquetas). Sequestrando esses elementos, o paciente pode ter anemia, leucopenia e plaquetopenia. Logo, a única indicação da esplenectomia total eletiva é quando o baço está doente com hipernesplenismo que sequestra hemácias, plaquetas, linfócitos. É um grande órgão vascular linfático, macio, situado no H.E> (Q.S.E.) e é a maior massa isolada do tecido linfático no corpo. Os ligamentos Gastroesplênico e Esplenorrenal estão fixados ao Hilo esplênico em sua face medial, onde os ramosda Artéria esplênica entram, e as tributárias da veia da Veia Esplênica saem. O primeiro ramo anterior da artéria aorta abdominal é o tronco celíaco e o maior ramo desse tronco é a artéria esplênica, a qual nutre o baço. A artéria esplênica é responsável pela vascularização do baço e quando ela chega no hilo esplênico se divide em ramo superior, ramo médio e ramo inferior, a partir dessa divisão as esplenectomia sub-total será ajudada. Tronco celíaco apresenta 3 ramos. O menor ramo dele é a artéria gástrica esquerda. Outro ramo é a artéria hepática comum. E o maior ramo dele é a artéria esplênica. PÂNCREAS Se localiza dentro da cavidade abdominal. Tem uma posição fixa na cavidade omental ou retro cavidade dos epíplons ou bolsa oumental ao nível da 3ª e 4ª vértebra lombar e não possui mesentério. Possui cabeça, corpo e cauda. Função: Endócrina: é produzida a insulina, nas células betas que se localizam nas ilhotas de langeris. Diabetes tipo I não produz insulina, a pessoa é insulino-dependente, podendo causar muitas complicações; a diabetes tipo II é quando produz insulina, mas tem tanta glicose no corpo que a insulina não dá conta, nesse tipo toma-se remédios e faz-se dietas. Exócrina: o pâncreas produz enzimas. É o sulco pancreático que vai produzir enzimas que vão ajudar a destruir o bolo alimentar. Destrói proteína, aminoácidos, carboidratos, lipase, amilase, tripsina... Todas as glândulas anexas do sistema digestivo possuem canais ou ductos para escoar a sua produção. O pâncreas tem os seus canais pancreáticos para escoar a sua produção que a sua função exócrina. Esse canal/ducto pancreático está dentro da substância pancreática. O pâncreas, o fígado e a vesícula biliar são glândulas anexas do sistema digestivo, assim como as glândulas que se abrem na cavidade oral (parótida que está no segundo molar superior, sublingual está no assoalho da cavidade oral e submandibular que está carâncula lingual- elas produzem saliva). Existem 4 fases digestivas, a primeira delas é a fase oral (água na boca), produz-se saliva para começar a degradar o bolo alimentar. 2 a 3 litros de saliva são produzidos por dia. A maior absorção do bolo alimentar é no intestino delgado, na segunda porção do duodeno. As fases da digestão são: encefálica, gástrica, absortiva e a de eliminação. Suprimento arterial do pâncreas: As artérias do pâncreas derivam das Artérias Esplênica, Pancreatoduodenal e Mesentérica Superior. Ducto Pancreático e Ducto Coledo unem-se para formar uma ampola Hepatopancreática (VATER). Esfíncter de ODDI: localiza-se ao redor da ampola de VATER. Limites da cavidade oumental: Lateral esquerdo: hilo esplênico. Posterior: peritônio parietal. Anterior: estômago. Lateral direito: forame omental (comunica a cavidade omental/retrocavidade com a cavidade abdominal) ou forame wislow. Aorta abdominal: Primeiro ramo anterior da aorta abdominal: tronco celíaco. Segundo ramo: artéria mesentérica superior. Terceiro ramo: artéria mesentérica inferior. Pâncreas apresenta as seguintes divisões anatômicas e topográficas: Corpo e cauda do pâncreas. A cauda está próxima do hilo esplênico. Depois dos vasos (artérias e veias) mesentéricos superiores, ou seja, depois da artéria mesentérica e da veia mesentérica superior, temos o colo do pâncreas e a cabeça do pâncreas, ambos a direita dos vasos mesentéricos superiores. A esquerda dos vasos mesentéricos está o corpo e a cauda do pâncreas. Os vasos mesentéricos superiores dividem o pâncreas em corpo e cauda, colo e cabeça. No colo do pâncreas existe uma elevação, chamada de processo ulcinado do pâncreas. O corpo e a cauda do pâncreas têm uma vascularização diferente da cabeça e colo do pâncreas. O corpo e a cauda do pâncreas são vascularizados pela artéria esplênicas com os ramos: artéria pancreática magna, artéria pancreática inferior e artéria pancreática dorsal. Do lado direito dos vasos mesentéricos nós temos o colo e a cabeça do pâncreas, a cabeça e o colo do pâncreas apresentam a mesma vascularização da 2ª, 3ª e 4ª porção do duodeno que é feita pelas artérias: Artéria hepática comum sai do tronco celíaco e dá a artéria gastroduodenal, a qual dá os ramos que vasculariza a 2ª, 3ª e 4ª porção do duodeno, cabeça do pâncreas e colo do pâncreas: artéria supra duodenal, retro duodenal e artéria pancreático/pancreato duodenal superior. E também a artéria pancreato duodenal inferior, mas ela é ramo da artéria mesentérica superior. Ductos/canais pancreáticos: O pâncreas apresenta dois canais, um é o canal pancreático principal/ canal de virsungui, o qual é responsável por 90% do sulco pancreático que é sintetizado no pâncreas, Ele leva o sulco pancreático até a 2ª porção do duodeno que é onde ocorre a amior absorção do bolo alimentar. O canal pancreático acessório ou canal de santaroni representa cerca de 10% do escoamento que também vai levar o sulco pancreático até o duodeno. Esses canais ficam dentro da substância pancreática, trazem as secreções produzidas pelo pâncreas, as quais são exócrinas e vão jogá-las na 2ª porção do duodeno através do canal pancreático principal/ de virsungui (90%) e o canal pancreático acessório/ de santaroni (10%). Pancreatite aguda é uma agressão ao pâncreas, pode ser através do álcool, cálculo de vesícula. A pessoa geralmente reclama de dor, vômito, extensão andominal e depois volta ao normal. Pancreatite crônica: continua agredindo o fígado a partir da álcool, da doença biliar. É muito grave. Muitas vezes leva o paciente ao óbito. Pancreatite Necrohemorrágica. O pâncreas está escondido atrás do estômago, na retrocavidade. FÍGADO É o maior órgão intra-abdominal, pesa cerca de 3% da massa corporal total e em lactentes chega a 5%. Ele ocupa todo o hiponcôndrio direito e ainda um pouco naregião epigástrica (onde está a vesícula biliar). É o centro do metabolismo, tudo é metabolizado nele. Bile é uma solução aquosa altamente alcalino enquando o pH do estomago é ácido. É sintetizada no fígado e liberada durante a fase ativa da digestão. Ela é uma mistura de secreção dos hepastócitos e de células epitelias dos ductos biliares. Ela possui pigmentos biliares, possui água, eletrólitos. Ela serve para destruir gordura. No intestino delgado ocorre a maior absorção, porque tem bile para destruir gordura, sulco pancreático para destruir proteínas e aminoácidos, carboidratos. Cápsula de Glisson: é o peritônio visceral do fígado. E 3 locais ela não existe, no leito na vesícula biliar, onde existe o próprio peritônio da vesícula biliar; na fossa da veia cava inferior, existe a veia cava inferior para substituí-la e na área nua do fígado (local onde ocorrem as reflexões dos ligamentos coronários e triangulares). O fígado se relaciona superiormente com o diafragma e inferiormente com as alças do abdome superior. O peritônio visceral é aderida ao órgão, ao fígado, estômago, baço, alças do intestino delgado. O peritônio parietal está encostado na parede, assim como a pleura parietal, o pericárdio parietal. O espaço entre o peritônio parietal e o peritônio visceral é virtual. Se eu enfiar uma arma branca nessa cavidade, eu vou afetar uma alça, uma vez que não existe espaço. O fígado é sustentado/fixo dentro da cavidade abdominal e apresenta os seguintes ligamentos: Ligamento redondo: fixa o fígado à cicatriz umbilical. Ele é a veia umbilical obliterada (fechada). Ligamento falciforme: fixa o fígado à parede abdominal/ peritônio parietal. Ligamentos coronários: fixam o fígado ao diafragma. Existem 4 ligamentos coronários, 2 ligamentos coronários diretos e 2 esquerdos. Ligamentos coronários, um anterior à direita e outro posterior à direita. Um anterior à esquerda e outro posterior à esquerda. Ligamentos triangulares: resultam da fusão da fusão dos ligamentos coronários e fixam o fígado ao diafragma. Um à direita e outro à esquerda, são mais laterais. Tanto o aumento menor quanto o aumento maior são derivações do peritônio durante a vida embriológica, altamente vascularizado e gorduroso. O aumento menor (se localiza na pequena curvatura gástrica – é um conjunto de ligamentos) apresenta dois ligamentos hepáticos: Ligamento gastrohepático/hepatogátrico: fixa o fígado ao estômago. Ligamento hepatoduodenal: fixa o duodeno ao fígado. Se tirar o aumento menor, cai dentro do tronco celíaco. Há uma artéria chamada gástrica esquerda que é o menor ramo do tronco celíaco, se ele vier dissecando para cá, dá para ver a artéria gástrica direita, a qual é ramo da gástrica duodenal. A gástrica esquerda e a direita irrigam a pequena curvatura e gátrica oumental direita e esquerda irrigam a grande curvatura, a oumental esquerda é ramo da esplênica e a oumental direita é ramo da hepática. Dividia-se o fígado em lobos, lobo direito e esquerdo, lobo caudado e lobo quadrado. Mas, hoje em dia existe a segmentação hepática. O fígado apresenta 8 segmentos, cada um tem o seu próprio canal biliar, a sua própria artéria, sua própria veia porta e a sua própria veia hepática. Cada segmento hepático apresenta uma independência um do outro. A segmentação hepática começa no lobo esquerdo do fígado, principalmente no lobo caudado, que fica posteriormente. Cisura portal: divide o fígado em lobo direito e esquerdo. E posteriormente lobo caudado e lobo quadrado. A vesícula biliar fica sob o maior lobo do fígado, o lobo direito. O fígado apresenta dois tipos de vascularização. 30% pela artéria hepática própria, a qual vai vascularizar com O2. A artéria hepática comum que origina o tronco celíaco, depois que ela emite a artéria gastroduodenal ela passa a se chamar artéria hepática própria, a qual caminha para o hilohepático (fígado), no fígado vai se dividir em artéria hepática própria direita e artéria hepática própria esquerda. A artéria hepática comum que vai originar a artéria hepática própria, a qual não é ramo do tronco celíaco, é ramo da hepática comum. Logo, a artéria hepática comum dá origem há 3 ramos, artéria hepática própria, gastroduodenal e gástrica direita. A artéria hepática própria direita vai dar um ramo antes de entrar no lobo direito do fígado, a artéria cística, a qual irá vascularizar a vesícula. Os outros 70% da vascularização (CO2) do fígado é feito pela veia porta, pois é ela que é responsável pelo metabolismo linfático. TUDO É METABOLIZADO NO FÍGADO A veia porta é formada pela união da veia mesentérica superior coma veia esplênica. Ela caminha para o hilo-hepático e divide-se em veia porta direita e veia porta esquerda. Estruturas aferentes (que chegam no fígado): veia porta e artéria hepática própria. A drenagem venosa existe para carregar CO2 em todo o organismo. Veias hepáticas: são avalvulares. Fazem a drenagem venosa do fígado.Os sinusoides hepáticos são os capilares hepáticos. Tria de portal: arteria, veia e ducto biliar. É o local que ocorre a micro-circulaçao. A veia hepática média e a esquerda se unem e desembocam na veia cava inferior. A veia hepática direita vem sozinha e desemboca na veia cava inferior. O fígado é uma glândula anexa do sistema digestivo, as quais possuem canais ou ductos para escoar a sua secreção. Glândulas que produzem saliva: Ducto parotídeo, ducto submandibular, ducto parodídeo no 2º molar superior, ducto da submandibular nas carúnculas linguais e ducto da sublingual no assoalho. Vesícula biliar: é um saco em forma de pêra, situado abaixo do lobo direito do fígado. Ela tem a função de armazenar a bile e liberá-la durante a fase ativa da digestão. Ela NÃO FABRICA a bile, é só um reservatório. Ela possui fundo, corpo e colo. Colicistite aguda: cálculos acontecem ali. Árvore biliar extra-hepática: canais que estão dentro do parênquima hepático. Canal ou ducto que traz a bile para o lado direito do fígado chama- se canal/ducto hepático direito. O que traz do lado direito é o ducto hepático esquerdo. O ducto hepático direito junta-se com o ducto hepático esquerdo e forma o ducto hepático comum. O ducto da vesícula biliar chama-se ducto cístico, o qual se une ao ducto hepático comum e forma o ducto mais importante da árvore biliar hepática, o ducto colédoco. O ducto colédoco chega na 2ª porção do duodeno (intestino delgado), local onde ocorre a maior absorção do bolo alimentar, lá chega o sulco biliopancreático (em torno de 4 a 6 L por dia), na ampola de vater (ampola hepto- pacreática), nela, temos orifícios, o óstio do canal colédo, trazendo bile e o óstio do canal pancreático principal, trazendo sulco pancreático. Essa ampola é controlada pelo esfíncter de ODDI. Tudo isso é chamado de papila duodenal. Hilo-hepático: nela há o ducto hepático comum, veia porta e artéria hepática própria. Essas 3 estruturas estão dispostas anteriormente no hilo-hepático. É a tria de portal. O ducto colédoto só é formado depois do ducto cístico. Estruturas eferentes (sai do fígado): ducto hepático comum. O colédoto antes de entrar no duodeno, ele se divide em 4 porções. Porção intraduodenal: dentro do duodeno. Porção infraduodenal: embaixo do duodeno. Supraduodenal: em cima do duodeno. Retroduodenal: atrás do duodeno. Trígono de calot: Apresenta os seguintes limites: canal hepático comum, canal cístico e o próprio fígado. Estruturas que fazem parte dele: ramo direito da veia porta, artéria hepática própria com seu ramo cístico e nódulo linfático. Icterícia: presença de pigmentos biliares na conjuntiva, na pele. As hepatites A, B, C, metástase hepática e tumor hepático são exemplos.