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Prévia do material em texto

1 
https://www.tiberioz.com.br/
2 
Copyright do texto © 2020 Tibério Z 
Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser 
reproduzida ou usada de qualquer forma ou por qualquer meio, 
eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópias, gravações ou sistema 
de armazenamento em banco de dados, sem permissão por escrito, 
exceto nos casos de trechos curtos citados em resenhas críticas ou 
artigos de revistas. 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
ISBN nº 978-65-00-18386-3 
https://www.tiberioz.com.br/
3 
Prefácio do Autor 
Olá, sou Tibério Z, metafísico e estudante da espiritualidade e 
estou imensamente grato de você estar aqui interessado em 
Atenção Plena, seja para aprender do zero ou para acrescentar algo 
aos conhecimentos que já tenha. 
Esse livro foi escrito de forma singela, mas muito amorosa, 
com a intenção de ser um curso teórico e prático sobre como 
aplicar a Atenção Plena no nosso dia a dia. 
Espero que você esteja empolgado e aberto a todas as 
mudanças positivas que a Atenção Plena pode trazer para sua vida. 
Não é exagero dizer que ela mudou a minha em todos os aspectos! 
Praticar Atenção Plena é caminhar pela jornada de transformação da 
mente de um mal senhor para um bom servo à consciência. Vamos 
juntos? 
'Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo.' 
Provérbio Africano 
https://www.tiberioz.com.br/
4 
Prefácio da Editora 
Conheci o trabalho do professor Tibério em uma dessas incríveis 
sincronicidades da vida. Eu estava fazendo o ~maravilhoso~ curso 
de Cristais dele e um dia pensei, 'nossa seria incrível trabalhar com 
esse cara!'. Na hora não entendi esse pensamento, pois minha área de 
atuação profissional era bem diferente das que um possível trabalho 
com ele exigiriam, então não dei ouvidos à minha intuição e deixei 
passar. 
O Universo em sua infinita bondade, resolveu me dar uma nova 
chance e ao acompanhar o grupo do telegram do professor, li um 
comentário em que ele dizia estar precisando de alguém para ajudá-lo 
com seus textos, mas que sabia que o Universo agiria a favor, então 
me enchi de coragem e me candidatei à vaga. Felizmente, o 
professor, tanto quanto eu, acredita nas sincronicidades dos bons 
encontros e me acolheu muito receptivamente. 
Assim nossa parceria começou e fico imaginando para além da 
terceira dimensão tudo que não precisou ser orquestrado para esse 
simples encontro. Aliás, tamanha simplicidade e fluidez me 
lembram que esse é o nosso maior tesouro e a nossa maior riqueza. 
Esse trabalho, e por consequência, esse livro são tão valiosos em 
meu coração que não consigo nem quantificar. Aprendi muito e 
coloquei em cada linha mais amor do que já havia. Esse projeto 
nasceu porque quis nascer, certamente alguém no mundo precisa dele 
e eu fico imensamente grata de, juntamente com o professor Tibério, 
ser um instrumento dessa realização. 
Milena Rosa 
https://www.tiberioz.com.br/
 
5 
 
Um parêntese 
 Vamos abrir um parêntese antes da introdução e de falar 
sobre a Atenção Plena em si, para primeiro entender o que é o 
cérebro. Desse modo, alguns conceitos que virão logo adiante 
ficarão ainda mais fáceis de serem compreendidos. 
 O cérebro é o equipamento físico que está no corpo físico e 
é utilizado pela consciência, que não está no corpo físico, para 
se manifestar na 3ª dimensão. A grande confusão da humanidade é 
que a maioria das pessoas se identifica com seus pensamentos. Elas 
associam que o que elas pensam é o que elas são, quando na 
verdade o que elas pensam é o resultado de uma produção 
mental do cérebro. 
 Ele é um computador biológico com a função de gerar 
pensamentos e aliás, faz isso muito bem e sem parar. Então, assim 
como o coração bombeia o sangue e os pulmões fazem as trocas 
gasosas, o cérebro cria pensamentos. E, assim como não podemos 
falar que somos nosso coração ou o sangue em nossas veias, nem 
os pulmões ou o ar dentro deles, não podemos dizer que somos 
nosso cérebro ou nossos pensamentos. 
 O desafio é quando esses pensamentos não são elevados e 
nos identificamos com eles, pois geram sentimentos que acabam 
por baixar nossa frequência energética, além de alterar nossas 
taxas hormonais. Na verdade, todo o corpo se modifica de acordo 
com o pensamento e o sentimento gerado quando nos identificamos 
com ele, quando acreditamos que somos ele. 
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6 
 
 Para nosso cérebro físico existem três tempos, passado, 
presente e futuro. Quando lembramos do passado, com 
frequência geramos sentimento de culpa e perda, que podem ser 
por algo que fizemos a alguém ou à nós mesmos. E quando 
pensamos no futuro, muitas vezes geramos um sentimento de 
ansiedade, vivenciamos mentalmente experiências que ainda não 
chegaram. 
 Estar mentalmente no passado e no futuro são as causas das 
maiores disfunções psicológicas, químicas e hormonais que 
podemos ter no corpo e essa está sendo a sina da sociedade 
moderna. Quando, para sermos saudáveis, o único tempo que a 
nossa consciência deveria estar presente é no tempo presente. 
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Módulo 1 – Introdução 
A origem da expressão Atenção Plena 
 
 Mindfulness ou Atenção Plena é a tradução da palavra Sati, 
um termo budista que surgiu da palavra Satti do sânscrito. 
 A palavra Satti é uma abreviação de Satipatthana, que é uma 
palavra constituída de dois elementos, Sarati e Patthana. 
 Sarati significa clareza mental, atenção no momento 
presente, estar consciente, vigilante e diligente. 
 Patthana significa proximidade, estabelecimento firme e 
estável, aplicação e fundamento. 
 Juntas essas palavras significam que através da intenção 
colocamos a atenção no momento presente, ou seja, a 
atenção plena se desenvolve através da vontade do observador de 
estar no momento presente. 
 A técnica de estar em atenção plena é o que vamos aprender 
a partir de agora. 
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Budismo e Atenção Plena 
 Buda criou um método avançado de meditação ao qual deu o 
nome de foco quádruplo. Ele afirmava que se alguém 
desenvolvesse o foco quádruplo por sete dias alcançaria a 
iluminação, mas para chegar no resultado prometido por Buda o 
praticante deve vencer os cinco obstáculos preliminares: 
1- Desejo sensual; 
2- Má vontade; 
3- Preguiça e torpor; 
4- Inquietação e ansiedade; 
5- Dúvida. 
 E para abandonar os cinco obstáculos devem ser 
desenvolvidos os quatros fundamentos da atenção plena, que de 
acordo com Buda, são: 
1º Fundamento: Plena Atenção Sobre o Corpo; 
2º Fundamento: Plena Atenção (Consciência) às Sensações; 
3º Fundamento: Plena Atenção à Mente e aos Estados Mentais; 
4º Fundamento: Plena Atenção aos Assuntos do Dharma. 
 Agora vamos abordar cada fundamento resumidamente, mas 
eles serão desenvolvidos com mais profundidade dentro do contexto 
do curso. O primeiro fundamento nos fala da consciência plena 
sobre o corpo, ou seja, saber identificar cada desconforto, prazer, 
necessidade e emoção manifestada nele. Essa prática se torna um 
treinamento mental porque a atenção no corpo nos devolve para o 
presente, que é onde o corpo sempre está. 
 O segundo fundamento é atenção plena às sensações. Toda 
sensação física vem de uma emoção manifestada, então sempre 
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vamos ligar a sensação à uma emoção anterior a ela. Nosso 
coração acelera quando sentimos raiva de alguém, ou seja, a 
emoção raiva desencadeou a sensação física. 
 É através da atenção plena que percebemos que o estresse 
gerado em nosso corpo é fruto das emoções densas que 
manifestamos. Essa clareza de saber associar sensações físicas e 
emocionais, umas às outras, saber identificá-las como uma via de 
mão dupla, nos permite mudar padrões de comportamento 
indesejáveis. 
 O terceiro fundamento é plena atenção à mente e aos estados 
mentais. Basicamente quer dizer estar atento ao que estamos 
pensando, ser o observador de nossos própriospensamentos. 
Ter a percepção se estamos pensando no passado, no presente ou 
futuro. Pois podemos passar o dia inteiro pensando em coisas 
negativas, gerando medo, raiva, escassez e nem percebermos que 
esse é o nosso padrão mental. 
 Além disso, o que pensamos está diretamente ligado ao que 
sentimos, inclusive, um modo simples de saber a qualidade de 
nossos pensamentos é perceber como nos sentimos na maior 
parte do dia. 
 Como estão interligados, pensamento e sentimento, facilmente 
ficamos presos em um looping mental que pode não ser positivo. 
Nesse looping, pensamento gera sentimento, sentimento gera 
sensação física, sensação física gera um novo sentimento e o 
sentimento gera um novo pensamento. 
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 O quarto fundamento é a plena atenção aos assuntos do 
Dharma. Esse tópico está mais diretamente ligado ao Budismo e não 
foi considerado na adaptação ocidental da atenção plena. De 
maneira simples, podemos dizer que Dharma e Karma, são sistemas 
universais, onde o Dharma contabiliza toda ação positiva, toda 
ajuda e todo ato de bondade e o Karma todo ato prejudicial a algo 
ou alguém. 
 O Dharma e o Karma estão ligados à atenção plena, porque 
“somar pontos” em um deles está relacionado aos sentimentos 
gerados por nossas ações. Por exemplo, quando roubamos, 
nosso sentimento é de culpa e escassez, mesmo que de modo 
inconsciente, então somamos pontos no Karma. Já quando 
ajudamos, nosso sentimento é de generosidade e abundância, então 
vamos somar em nosso Dharma. 
 Mas embora, a atenção plena venha do Budismo, não 
precisamos ser budistas para praticá-la, nem sermos espiritualizados 
ou termos como objetivo atingir a iluminação espiritual. Pois como 
vimos, a conexão entre sentimentos, pensamentos e sensações atua 
diretamente sobre a vida de todos nós e através da atenção plena 
aprendemos a usar essa interação em prol da nossa qualidade de 
vida. 
 
 
 
 
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Como a Atenção Plena veio para o Ocidente 
 Nos anos 60 a humanidade presenciou o surgimento do 
movimento hippie, inicialmente nos Estados Unidos e depois se 
espalhando para o restante do mundo. Essa onda facilitou o 
intercâmbio cultural entre o Ocidente e o Oriente, em 
especial com a cultura indiana. Desse modo, muitas práticas de 
meditação chegaram aqui através de gurus que se tornaram muito 
populares na época. 
 O Dr. Jon Kabat-Zinn, professor da Universidade de 
Massachusetts, percebeu os efeitos positivos na redução do estresse 
nas pessoas que começaram a aderir a essas práticas meditativas. 
Então, adaptou o foco quádruplo Budista e seus quatro 
fundamentos, para uma técnica mais dentro do gosto da cultura 
Ocidental e chamou de Mindfulness, ou em português, Atenção 
Plena. 
 Como vimos, nessa adaptação ele retirou o último 
fundamento, Plena Atenção aos Assuntos do Dharma, por trazer 
conceitos ainda fora da visão materialista científica do Ocidente. 
Em substituição, foi introduzido o quarto conceito, prestar atenção 
aos conteúdos mentais, que se refere a estar atento à qualidade dos 
nossos pensamentos. Então, segundo o Dr. Jon Kabat-Zinn, os 
quatro conceitos da Atenção Plena, são: 
1- Prestar atenção no corpo; 
2- Prestar atenção em sensações e sentimentos; 
3- Prestar atenção na mente e na consciência; 
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4- Prestar atenção aos conteúdos mentais. 
 Ele também foi o responsável pela criação do primeiro 
programa de Mindfulness no mundo. Seu programa original possui 8 
semanas de práticas pré-estabelecidas e embasadas por seu 
estudo e pesquisa. Essa adaptação e organização facilitou a 
adesão por ocidentais, que costumam valorizar mais os conteúdos 
fixos, textos escritos e cronogramas. 
 Seu programa é utilizado até os dias de hoje por diversas 
universidades, profissionais da saúde, empresas e organizações 
como a Força Aérea Norte Americana. No Brasil, temos a 
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade de 
São Paulo (USP) como referências em pesquisa e oferecimento de 
ações envolvendo a atenção plena. 
 Sempre recomendo aos estudantes da atenção plena que 
busquem variadas fontes de estudo. Para quem é mais 
espiritualista, sugiro um templo budista, independente de religião, 
pois geralmente eles oferecem meditações diárias abertas ao 
público. 
 Para os mais céticos, sugiro o programa do Dr. Kabat-Zinn, 
alguma organização ou profissional que atue com a técnica. Sigam 
também neste curso comigo, pois abordo a atenção plena por um 
novo prisma, holístico e metafísico, mas de uma forma simples e 
descontraída. 
 Bom, agora sabemos que o movimento hippie, trouxe não 
somente sua contracultura no pós guerra, seu apelo por paz e amor 
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e muitos psicodélicos, mas também a oportunidade de nos 
inspirarmos na milenar arte Oriental da meditação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os benefícios da Atenção Plena 
 A atenção plena traz inúmeros benefícios para o corpo, mente 
e espírito, o principal deles é o relaxamento. Pois, sintonizando a 
mente no presente e em cada ação que estamos realizando 
paramos de ter angústia do passado e ansiedade do futuro, desse 
modo, todo o corpo e a mente relaxam. 
 Quando focamos a atenção naquilo que estamos fazendo, o 
corpo não tem tempo de produzir substâncias nocivas a ele mesmo. 
Ao contrário, por exemplo, se estamos lavando louça e começam a 
vir imagens do passado e se neste momento nos associamos à 
essas imagens, a consciência deixa de estar no presente, estamos 
então vivenciando um teatro mental. 
 Essas vivências imaginárias que criamos começam a modificar 
nossos padrões hormonais, nossas funções químicas e físicas, 
podendo culminar em quadros de ansiedade e tristeza. Quando 
estamos realizando uma tarefa e começamos a pensar em alguém 
que nos traz um sentimento nocivo, esse pensamento gera tensões 
que obrigam nosso corpo físico a trabalhar mais, a dilatar as 
artérias, o coração a bombear mais sangue e as taxas hormonais a 
mudar. 
 Essa tensão se retroalimenta e entramos em um círculo 
vicioso. Ao passo que, se tivéssemos apenas concentrado na 
tarefa, estaríamos completamente relaxados. Pois quando estamos 
focados em uma ação, o relaxamento é natural, nosso foco está no 
que estamos fazendo e não na associação com os pensamentos, 
que é a fonte de toda tensão gerada no corpo físico. 
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 Um segundo benefício é o aumento de produtividade. 
Quando estamos realizando uma ação completamente focados, sem 
interferência dos pensamentos, a produtividade aumenta 
consideravelmente, porque todo nosso sistema está envolvido 
apenas em realizar aquela atividade. Lá no final do curso, vamos ter 
uma prática focada em exponenciar ainda mais esse resultado 
natural da atenção plena. 
 Outro benefício é melhorar o sistema imunológico. Pois, 
quando eliminamos todos os pontos de tensão do organismo, 
paramos de gastar energia à toa, criando uma reserva de energia 
física para combater os micro-organismos invasores. Já quando o 
corpo está constantemente tenso, gasta mais energia, reduzindo o 
que seria direcionado ao sistema imune. Isso agravado pela péssima 
alimentação que a maioria de nós leva no Ocidente, com baixíssima 
reposição da energia física. 
 A criatividade é outro benefício que a atenção plena traz. 
Quando estamos focados completamente em uma ação, liberamos 
áreas do cérebro que estariam produzindo e associando 
pensamentos, com essa liberação podemos pensar de modo mais 
construtivo, trazendo soluções para os problemas. 
 Comumente as pessoas chamam esse processo de intuição, 
que nada mais é do que o cérebro trabalhando num subnível, ele 
gerando soluções e essas soluções emergindo no consciente como 
uma ideia, quando na verdade você simplesmente liberou espaço 
nele, o que te permitiu acessar e processar uma nova informação. 
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 O cérebro é como o processador de um computador, 
quanto menos comandos são dados, mais ágil ele fica. Mas quando 
inundamos esse processador de pensamentos, do passado ou do 
futuro, estamos sobrecarregando o sistema, reduzindo a capacidade 
dele de processar funções úteis, como soluções de problemas e 
planejamentos a médio e longo prazo. 
 A atenção plena também melhora o sono. Geralmente quem 
tem insônia, deita-se e fica mergulhado em pensamentos, um 
levando ao outro sem parar e gerando uma cascata de reações 
físicas. Esse exemplo ilustra bem o que Buda falava sobre termos 
macacos incontroláveis na mente e o que a atenção plena faz é 
justamente nos ensinar a controlá-los, pode acreditar que ficará 
mais fácil dormir assim. 
 Esses são alguns benefícios que a meditação plena pode 
trazer, acredito que ela seja o melhor que podemos fazer por nós 
mesmos. Nascemos em uma sociedade que não nos ensina como 
funciona o cérebro, como controlamos o pensamento, nem como os 
sentimentos são gerados, por isso as pessoas estão cada vez mais 
tristes e deprimidas, simplesmente porque não sabem usar a 
máquina que possuem. 
 Vivemos dentro de um corpo físico, com um computador na 
cabeça que funciona de maneira descontrolada. Mas não podemos 
deixar que os pensamentos nos dominem, nós dominamos os 
pensamentos e assim também os sentimentos, e dominando os 
sentimentos, aumentamos nossa frequência energética e 
vibracional, atraindo o que for mais elevado para nossa vida, 
simples assim. 
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Como começar a praticar a Atenção Plena 
 Quando começamos a praticar atenção plena, alguns atributos 
nos ajudam a levar adiante esta resolução. Considero-os como 
pilares para a prática por sua importância na manutenção diária do 
compromisso que começamos a firmar, são eles a atenção, a 
intenção, a atitude e a compaixão. 
 A primeira é a atenção, vamos conversar mais sobre esse 
tópico tão fundamental mais adiante, mas por agora precisamos 
entender que temos a capacidade de direcionar nossa atenção, 
de colocarmos ela onde queremos. Isso nos torna o observador e 
como observadores temos distanciamento suficiente para decidir 
além dos nossos pensamentos automáticos. 
 É possível escolher pensar em algo ou não, mas precisamos 
praticar antes e estamos aqui para isso. Ao longo desse curso 
veremos várias práticas que exercitam essa habilidade tão 
fundamental de escolher conscientemente o que merece nossa 
atenção e o que não, pois a mente não tem filtro, ela apenas 
dispara os pensamentos e é papel da consciência fazer essas 
escolhas. 
 O segundo pilar é a intenção, que inicialmente pode ser 
confundida com a atenção, mas elas são diferentes. A intenção 
nasce antes, é a partir dela que direcionamos nossa atenção, 
porque mais do que a capacidade de fazer isso, precisamos antes 
querer. Então, por exemplo, temos a intenção de focar em um 
objeto, temos a intenção de não focar em um pensamento 
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destrutivo, temos a intenção de focar em nossa respiração e através 
dessas intenções é que vamos direcionar nossa atenção. 
 Por isso, temos que ter a intenção de estar em atenção plena, 
a intenção de observar nosso corpo o tempo todo, a intenção de 
observar o nosso pensamento, a intenção de sermos o observador. 
Desse modo, saímos do modo automático e passamos a ir para 
o modo do querer, damos voz a vontade de nosso ser. 
 O terceiro pilar é a atitude, ou seja, decidimos estudar e 
praticar atenção plena, então vamos realmente fazer. Não 
desenvolvemos nossos músculos apenas lendo sobre musculação, 
sem treinar e praticar antes. Para a atenção plena vale o mesmo 
princípio, pois ela é um treinamento para o cérebro, por isso, tudo o 
que veremos aqui precisa da atitude de ser colocado em prática. 
 E o quarto pilar, elemento chave pois sem ele não se pratica 
atenção plena, é a compaixão, a compaixão por si mesmo. Em 
nossa sociedade, colocamos uma pressão enorme em tudo o 
que vamos fazer, começamos a estudar algo e já temos que ser o 
melhor naquilo. Não há espaço para as falhas, rejeitamos os erros e 
os vemos como um sinal de fracasso. 
 Essa visão nos põe em um nível muito alto de cobrança e a 
questão é que não existe aprendizado sem erro, não há como 
termos boas ideias, saímos do automático, sermos criativos, sem 
abrir espaço e naturalizar o erro. O medo de errar leva à zona 
de conforto, porque a cobrança e a autocobrança são tão grandes 
a cada nova tentativa de aprendizado, que achamos melhor nem 
começar. 
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19 
 
 Na atenção plena, a compaixão por nós mesmos nos permite 
alinhar mais corretamente as expectativas, nós somos nós, não 
somos Buda e não precisamos ser, é irreal exigir a perfeição de 
si. Além disso, nosso progresso deve ser comparado a nós mesmos 
e não aos outros. Se meditávamos 30 segundos e agora meditamos 
1 minuto, vamos comemorar! Fizemos um enorme progresso! 
 Não precisamos ser os melhores em tudo o que fazemos, o 
melhor pai, a melhor mãe, o melhor funcionário, o melhor líder, pois 
esse nível de exigência retira a leveza e a diversão de tudo. Não 
devemos fazer da atenção plena mais uma obrigação chata, 
precisamos encará-la como algo gostoso, como uma 
autodescoberta, sempre seguindo em frente, mas sem cobranças. 
 Pois essa pressão de sermos os melhores em tudo nos adoece, 
não temos que ser os melhores, temos que ser felizes. No fim tudo 
se resume a isso, qualquer dia desses todos nós vamos embora 
daqui e o que levaremos? Levaremos os erros, mas também os 
aprendizados ou só levaremos só medo de errar? Por isso, ressalto, 
não temos que ser os melhores, temos que ser felizes. 
 
 
 
 
 
 
 
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Meditação com foco na Respiração 
 Chegamos à nossa primeira prática, sim, já na introdução! 
Como mencionado, esse é um curso teórico, mas também prático e 
essa meditação que vamos aprender é simples, porém o princípio 
da atenção plena. Ela vai ser a âncora que te permitirá praticar 
tudo o mais que ainda veremos, por isso, não deixe para depois, 
vamos começar a praticar juntos agora. 
 Inicialmente, recomendo que se faça essa meditação por um a 
três minutos, não mais que isso, pelo menos uma vez ao dia. Pare 
tudo o que está fazendo, sente ou se deite confortavelmente, feche 
os olhos e simplesmente inspire e expire. Respire de modo lento e 
calmo, mas fluido e natural, enquanto faz isso, observe seus 
pensamentos, mas não se fixe neles, apenas os perceba surgindo, 
passando pela sua mente e então indo embora. 
 Continue inspirando e expirando, e se um novo pensamento 
surgir em sua mente, apenas o deixe passar novamente. Se em 
algum momento você perceber que foi longe nos pensamentos e 
não está mais prestando atenção na respiração, apenas retorne o 
foco para a respiração, sem julgamentos ou punições. 
 Sempre siga a lógica 'um pensamento roubou minha atenção, 
volto para a respiração', continue nesse processo pelos três 
minutos, mesmo que constantemente os pensamentos surjam e te 
roubem o foco. É assim mesmo, no início não parece fazer sentido 
permanecer na prática, mas persista um pouco a cada dia e verá 
aos poucos os resultados. 
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 Lembre-se que é um treino, um processo, então, não se 
cobre, não se julgue e não fique irritado. Depois de tantos anos de 
pensamento descontrolado, você não espera conseguir domar sua 
mente na primeira tentativa, não é? Então use sua intenção para 
manter o compromisso e não esqueça de se divertir pelo caminho. 
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Módulo 2 – Conceitos 
O que é Meditação? 
 Podemos dividir a meditação em dois grandes grupos, a 
meditação passiva e a ativa. A meditação passiva é quando tiramos 
um horário do dia para ficar em uma posição x e praticar o ato de 
meditar, ou seja, paramos tudo o que estamos fazendo e 
vamos praticar a atividade de meditação. 
 Já a meditação ativaocorre quando o corpo está acostumado 
com a meditação passiva, com as frequências cerebrais mais baixas 
que são alcançadas nesse estado e incorpora a meditação ao dia a 
dia. Desse modo, é possível meditar lavando louça, correndo, 
conversando com alguém ou fazendo qualquer atividade. 
Inclusive, grandes meditadores podem estar sempre em estado 
meditativo. 
 No Ocidente temos uma ideia equivocada do que é meditação, 
acreditamos que é o ato de ficar de olhos fechados, imóveis e sem 
fazer nada, mas não é isso. Meditação é o ato de controlar os 
pensamentos e conseguir colocar foco no que se está fazendo, é 
quando o pensamento silencia e esse silenciar não é forçado. 
 Uma parábola budista conta que o discípulo chegou para o 
Mestre e perguntou: 'Mestre, qual é a coisa mais importante da 
vida'? O Mestre pegou a cabeça do discípulo e afundou em um 
tanque de água, quando ele estava quase se afogando, o Mestre o 
soltou. Desesperado, o discípulo levantou a cabeça e respirou 
profundamente. Então o Mestre falou: 'nesse momento o mais 
importante é a respiração'. 
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23 
 
 Com o pensamento ocorre o mesmo, não conseguimos parar 
de pensar, assim como não conseguimos parar de respirar. Por isso, 
não devemos tentar obrigar o cérebro a parar de pensar durante a 
meditação, ele foi feito para produzir pensamentos, ele pensa 24 
horas por dia e ao tentar pará-lo criamos resistências corporais. 
 A questão não é parar de pensar e sim não se associar aos 
pensamentos. Quanto menos nos associamos com eles, mais 
intervalos de silêncio criamos na mente e é nesse intervalo de 
silêncio que se atinge o estado de não ser. Nesse estado está a paz 
absoluta e com muito treino, podemos alcançá-la mesmo no dia a 
dia, pois o corpo e a atenção estarão na atividade, mas a mente 
estará no silêncio. 
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24 
 
O que é Atenção? 
 A atenção é a concentração da atividade mental sobre um 
objeto determinado. É similar a usar um microscópio, quando 
isolamos todas as possibilidades e direcionamos o foco em 
apenas um ponto que escolhemos ver. 
 No dia a dia, podemos usar nossa atenção para desempenhar 
qualquer tarefa, como fazer um artesanato, lavar a louça ou se 
exercitar. Fechamos todo campo mental e visual e nos 
concentramos apenas no que estamos fazendo. Quando surge 
um pensamento, deixamos ele passar, não nos associamos, nem o 
deixamos se desenvolver e assim continuamos com a mente focada. 
 Muitas pessoas associam meditação e atenção plena com 
zerar os pensamentos ou com não fazer nada, mas obviamente não 
é isso. Durante milhares de anos, o cérebro evoluiu para produzir 
pensamentos que garantem nossa sobrevivência, com a atenção 
plena não estamos tentando obrigá-lo a deixar de pensar, estamos 
apenas treinando a atenção, treinando colocar o foco onde 
queremos. 
 Por isso que, mesmo sendo iniciante na prática, podemos 
treinar a atenção plena no dia a dia, fazendo o que 
normalmente faríamos em nossa rotina. Para isso, precisamos 
direcionar nosso foco para cada detalhe da ação. Quando um 
pensamento surgir, ignoramos e voltamos o foco para nossa 
atividade. 
 No começo virá uma enxurrada de pensamentos, temos 
apenas que deixá-los passar. Vamos sempre nos lembrar da frase 
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'um pensamento roubou minha atenção, volto para a respiração', 
que vimos na meditação anterior. A diferença é que agora a 
meditação é ativa e a atenção vai, portanto, para a atividade. 
 Colocar a atenção na tarefa que estamos realizando significa, 
sentir os objetos que estamos tocando, suas texturas, o cheiro que 
está no ar, sentir a própria respiração, o próprio corpo, sentir 
como está se sentindo. Isso é estar no presente, sentir o que 
realmente estamos sentindo no agora e não aquilo que nossa mente 
está produzindo. 
 Quando nos associamos com os pensamentos, estamos 
vivendo uma realidade virtual e, portanto, vivendo suas sensações 
que também são irreais. A única realidade que existe é a realidade 
do tempo presente, é a realidade que estamos sentindo agora. 
Por isso, o que sentimos é real desde que não sejam sensações 
físicas geradas a partir dos pensamentos. Ficamos tristes, nervosos, 
estressados, irritados, doentes, com dor e tudo isso é real sim, se 
for do agora. 
 Outro ponto que gostaria de ressaltar é que a atenção vale 
para todos os tipos de sensações, não apenas as positivas, temos 
que focar nossa atenção em tudo que sentimos. Se no momento 
estamos irritados, não reagimos a isso, apenas observamos a 
irritação e a aceitamos. Ela já existe, portanto, não adianta lutar 
contra. 
 Apenas colocamos atenção nesse sentimento, percebemos 
onde ele se aloja no corpo, que tipos de pensamentos disparam 
com essa sensação. E ficamos nesse processo de se auto-
observar. Quando damos esse passo para trás como observadores 
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de si, o sentimento irá ensinar muito, deixará de ser um inimigo e 
passará a ser um mestre. 
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Quem é o Observador? 
 Falamos anteriormente sobre sermos o observador de nós 
mesmos, agora vamos além e entender quem é esse observador em 
última instância. Para isso, precisamos esclarecer o que é a 
consciência e essa é uma conversa mais metafísica. Peço, 
portanto, que se ao final não ressoar com você, tudo bem, apenas 
continue o curso. 
 Podemos dizer que a consciência é o espírito, é a alma? Sim. 
Mas podemos dizer que ela é o corpo físico? Não. O corpo físico é 
o instrumento para a consciência exercer seu papel aqui na 
terceira dimensão. O corpo é um robô biológico em que a 
consciência está ancorada e que ela anima. 
 Indo um pouco mais além, precisamos entender que tudo o 
que existe, seja cadeira, mesa, planta, eu ou você, é Deus, não 
existe nada fora Dele. Não há um Deus que está lá ou que está 
aqui, Ele está em tudo. Quanticamente falando, toda energia, todos 
os prótons, elétrons e nêutrons que existem nessa dimensão e em 
todas as dimensões, são Deus, compõe Deus. 
 Então tudo que existe é Deus no sentido energético e no 
sentido atômico, cada átomo é um pedaço Dele. Logo, não existe 
eu ou você individualmente, só existe a consciência unificada de 
Deus. Se conseguíssemos entrar 100% no micro ou nos 
afastássemos 100% no macro, no fundo, no fim, sempre 
encontraríamos um ponto e esse único ponto é Deus, por isso, tudo 
o que existe é Ele. 
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 Mas então, por que Deus resolveu criar eu, você e tudo o 
mais? Porque só se desdobrando em infinitas possibilidades Ele 
poderia experimentar. Imagina um ser extremamente poderoso, 
com toda eternidade e com todo amor, mas sem poder trocar, Ele 
cairia no tédio, na zona de conforto se nada fizesse. Como a zona 
de conforto é a pior coisa que existe, Deus resolveu se 
desdobrar em pequenas consciências e se espalhar por infinitas 
dimensões para experimentar Ele mesmo. 
 Agora pense em um grande computador quântico, porque 
Deus é como um grande computador quântico, imagine tudo o que 
existe, em todas as dimensões, recebendo essas informações, 
esse fluxo constante, 24 horas por dia pelo infinito. 
 Deus recebe essas informações e elas vão modificando as 
formas energéticas Dele e Ele vai se abastecendo e criando mais 
informações. Ele cria e se abastece de informações sem parar. 
Nós nada mais somos do que fagulhas de Deus, receptáculos de 
informações, como se Ele possuísse infinitos tentáculos, que vão 
recebendo informações de tudo o que existe, nós somos um 
tentáculo Dele, essa é nossa consciência. 
 Poderíamos aprofundar os conhecimentos sobre a consciência, 
mas por agora basta saber que esta consciência é uma fagulha de 
Deus individualizada em tudo o que existe. Como vimos, a 
consciência se manifesta na terceira dimensão ancorada no corpo 
físico, então ela vai comer, ela vai sair, ela vai ir ao cinema, ela vai 
se casar, ela vai namorar, ela vai ter filho, tudo isso paraalimentar 
o banco de dados do Criador. 
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 Mais especificamente falando da atenção plena, podemos dizer 
que se essa consciência está ancorada no corpo físico e se esse 
corpo físico possui um cérebro, é a consciência que deve 
dominar o cérebro e não deixar o cérebro correr sozinho, certo? 
 Essa consciência é o observador, ela tem que se pôr perante o 
cérebro e os pensamentos e selecionar aquilo que ela quer, o que é 
destrutivo e o que é construtivo. Ela é o filtro que vai escolher as 
informações que são positivas e que podem ajudá-la no 
desenvolvimento aqui na terceira dimensão, das negativas que 
devem ser descartadas. 
 No começo pode parecer impossível controlar os 
pensamentos, pois provavelmente estivemos sendo guiados pela 
mente até agora. Então nos sentimos como se estivéssemos em um 
mar agitado com ondas gigantes, mas quanto mais damos espaço 
para a consciência, quanto mais mergulhamos no fundo do mar, 
mais encontramos a paz. 
 Em cima têm todas essas ondas, essas revoadas de 
pensamentos, mas embaixo existe a paz absoluta, a paz que vem 
da consciência. E ela só existe quando aprendemos a controlar os 
pensamentos, sem isso não somos capazes de ter paz, e a paz é o 
bem mais valioso que temos. 
 Para finalizar, te convido a refletir quanto custa sua paz. Você 
já sentiu paz de espírito? Aquela paz em que internamente está 
tudo bem, que não importa o que se passa no exterior, não existe 
conflito, tensão nenhuma, só um estado de êxtase, um nirvana, 
uma felicidade plena. 
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 E ela não vem da conquista de bens materiais, a paz vem do 
domínio do pensamento, do autodomínio, em ignorar o passado e o 
futuro e viver no presente. Agora te pergunto, quanto custa sua paz 
de espírito? As pessoas costumam vender sua paz por muito pouco, 
mesmo sendo seu item mais valioso. 
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As duas flechas de Buda 
 As duas flechas é uma antiga parábola budista, e através dela 
vamos fazer um exercício mais filosófico e reflexivo, com 
grande potencial de impulsionar a atenção plena na sua vida. 
 Começaremos com dois exemplos, primeiro imagine que está 
andando na rua, então se desequilibra, cai e machuca o joelho, essa 
foi a primeira flecha. Então você fica muito chateado, sai 
praguejando e se perguntando por que aquilo foi acontecer logo 
com você, essa foi a segunda flecha. 
 Agora imagine que acabou de ser demitido, essa foi a 
primeira flecha. Então você foi para casa e ficou remoendo, com 
raiva e mágoa do que aconteceu. Uma semana se passou e ainda se 
sente triste e injustiçado, lembrando diariamente da demissão, essa 
foi a segunda flecha. 
 O que os dois casos têm em comum? A primeira flecha foi o 
destino, o universo, a vida quem mandou, pois, depois que 
ralamos o joelho não temos como voltar atrás, depois que somos 
demitidos, não há nada que possamos fazer. Já na segunda flecha, 
nós que escolhemos continuar sofrendo. 
 Buda falava que é impossível evitar a primeira flecha, mas é 
possível evitar a segunda. Sei que vocês estão pensando que não 
tem como não sentir dor, que é muito difícil não se entristecer com 
uma demissão, mas a questão não é deixar de sentir dor e sim a 
importância que damos para ela. 
 Quando um fato que nos desagrada acontece, não tem como 
o tempo voltar, é aquela história que já conhecemos do leite 
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derramado. Então, se aconteceu e não temos como desfazer, por 
que se dar a segunda flechada? Ela não diminui o desconforto, 
só o aumento, portanto, aceite a primeira flechada e rejeite a 
segunda. 
 Mas o que esse ensinamento de Buda tem a ver com atenção 
plena? Tem que se você foi demitido na semana passada e seguiu a 
semana inteira remoendo esse fato, você deixou de viver no 
presente. Algumas pessoas fazem isso por anos, ficam dando essa 
auto flechada, relembrando aquilo que aconteceu e que não pode 
ser mudado, ficam se torturando com esse pensamento. 
 Aceitar a primeira flechada, que é da vida e inevitável, envolve 
a aceitação de que milhares de coisas vão nos acontecer, coisas 
que constroem e coisas que destroem. Essas duas energias estarão 
presentes na nossa vida, na verdade, há potencial para acontecer 
de tudo, o possível e até mesmo o inimaginável, existem tantas 
probabilidades na vida, que chega a ser infinito. 
 E para que você não seja seu próprio algoz com a segunda 
flecha entenda que o que aconteceu, aconteceu! Não tem como 
mudar. Tenha seu tempo de luto, de absorver a ideia, de ficar 
triste, de deixar que vários sentimentos brotem, mas depois desse 
tempo siga em frente, não fique remoendo o que já aconteceu. 
 Portanto, use a primeira flecha para viver o que tem que ser 
vivido, melhorar algumas experiências e ter mais informações sobre 
a vida. E se pergunte em que situações está cravando uma 
segunda flecha em você mesmo, então em vez de se punir com 
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ela, largue-a e pense como pode usar esse tempo e energia para 
melhorar a sua vida agora, não amanhã, nem ontem, hoje. 
 
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Módulo 3 - Fundamentos Básicos da Atenção Plena 
Prestar Atenção 
 Atenção é focar nossa consciência em uma única ação. 
Portanto, tudo o que fazemos, seja lavar a louça, escrever um 
relatório da empresa ou dirigir, deve ser o foco de nossa atenção 
no momento da ação e os pensamentos que surgirem simplesmente 
os observamos. 
 Não devemos tentar frear os pensamentos, mas sim jogar 
nossa percepção nas respostas orgânicas do corpo, ou seja, nas 
sensações das pontas dos dedos, no olfato, no paladar, na postura 
que o corpo está. Pois, os pensamentos começam pequenos e se 
ampliam gradativamente, mas quando o foco está no corpo, na 
tarefa ou na respiração, eles naturalmente diminuem e somem. 
 No começo, eles surgem em fluxos constantes, mas quando 
aprendemos a não focar neles, passam a existir intervalos de 
silêncio, ou seja, espaços de tempo em que os pensamentos não 
se manifestam. Com a prática, esse intervalo de silêncio irá crescer 
e é justamente neles que vamos experimentar uma sensação maior 
de relaxamento, de paz e plenitude. 
 O objetivo da atenção plena é aumentar os intervalos de 
silêncio, não importa o quão pequenos eles sejam no começo. 
Devemos treinar diariamente enquanto executamos algumas 
tarefas simples e assim progredir nem que seja 10 segundos a mais 
de silêncio por dia. Conforme ganhamos habilidade vamos 
ampliando esse treino para outras atividades da nossa vida. 
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 Os pensamentos não deixarão de ter utilidade, mas sim serão 
usados com foco, para alguma atividade específica ou para resolver 
algum problema prático. Nesses casos, eles apenas deixam de 
ser automáticos, há atenção envolvida e sabedoria da hora de 
desligá-los e deixar a consciência agir. 
 Para chegar nesse ponto, começamos com o básico que é 
aprender a prestar atenção, por isso exercite esse primeiro 
fundamento. Pratique-o diariamente em suas atividades e evolua 
seus intervalos de silêncio. Paradoxalmente, é através do silêncio 
que a consciência fala conosco, você quem decide o quanto quer 
ouvi-la ou não. 
 
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Momento Presente 
 O segundo fundamento nos traz a ação de estar no momento 
presente como um caminho para a atenção plena. Para isso, 
precisamos ignorar qualquer tipo de pensamento que a mente 
produza em relação ao passado e ao futuro, sejam esses 
pensamentos, lembranças da infância ou uma tarefa que precise ser 
entregue. 
 Uma ferramenta para lidar com esses momentos é sempre 
se perguntar: 'Em que tempo eu estou? Então afirme: 'Eu estou no 
hoje, tudo está bem!' Repita quantas vezes forem necessárias no 
seu dia, quando vir um pensamento do passado, uma preocupação 
de algo no futuro ou mesmo para pensamentos negativos, de 
doença, pobreza e carência. 
 Pense 'Em que tempo euestou? Eu estou no hoje, tudo está 
bem!' e volte para o presente. Mas lembre-se de não tentar 
chegar na excelência em um mês, é realmente treino, pois não 
fomos acostumados a usar o cérebro de maneira eficiente e para 
reaprender demora. Precisamos ter paciência e amorosidade 
conosco e saber comemorar as pequenas vitórias. 
 Estar no momento presente passa por cultivar o hábito de 
focar no que temos hoje, não nos deixarmos levar por medos de 
perdas, de falta, de escassez. Nunca deixe as projeções dos seus 
medos, ou seja, os medos criados na mente tomarem conta de 
você, sempre retorne seu foco para a situação que se apresenta no 
momento presente. 
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 Na maioria das vezes nossos problemas são projeções de um 
passado que já foi ou de um futuro que nem chegou. Além disso, o 
único momento em que podemos fazer algo para resolver uma 
questão é no presente e talvez fugimos dele justamente por medo 
de resolver o que nos atormenta. 
 
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Não reagir aos pensamentos 
 Não reagir significa escolher não responder imediatamente aos 
pensamentos e sentimentos. E a palavra-chave aqui é escolher, 
pois podemos acreditar que nascemos ou não com o dom da não 
reatividade, mas a verdade é que, como tudo em nossa 
personalidade, é fruto de intenção e treino. 
 Um pensamento sempre vai nos ligar à um sentimento, 
podemos reagir a esse sentimento de maneira positiva ou de 
maneira negativa, a questão é que na maioria das vezes não temos 
nem consciência desse processo, a reação ocorre de modo 
automático. 
 Quando surge um pensamento de um trauma ou uma situação 
difícil pela qual passamos, se desencadeia um sentimento que já 
está relacionado a esse pensamento. Esse sentimento vai 
influenciar toda nossa química corporal, trazendo tensão e estresse, 
mesmo que a intenção inicial tenha sido reagir positivamente a ele. 
 Portanto, o treino agora é manter-se neutro em relação aos 
pensamentos, ser o observador, porque pode ser frustrante tentar 
reagir positivamente a algo e não conseguir. Por isso, antes de 
tentarmos direcionar nossa reação precisamos ter consciência dos 
pensamentos que as disparam, isso torna tão importante 
simplesmente observar. 
 Sim, não reagir também pode ser difícil. Se no começo 
conseguimos só observar e não reagir à 1 de 100 pensamentos do 
passado ou do futuro, já é motivo de comemoração, pois quer dizer 
que conseguimos praticar e aplicar a técnica com um 
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pensamento. Reafirmo que não façamos cobranças pois elas levam 
à frustração. 
 Para ajudar nesse processo de manter-se neutro, precisamos 
entender que o pensamento passa. É um processo natural, se 
não nos apegarmos a ele, ele vai surgir e sumir naturalmente. Os 
pensamentos possuem início, meio e fim. 
 Com o tempo e treino, o intervalo entre os pensamentos vai 
aumentando, então o cérebro entende que não adianta lançar 
imagens, pois não vamos reagir a elas. Assim, a mente fica cada 
vez mais no presente e fatos que aconteceram no passado ou que 
podem acontecer no futuro, já não vão mais nos atingir 
emocionalmente como antes. 
 
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Não Julgar 
 Em algum momento das nossas vidas ligamos a chave do 
julgamento, passamos a julgar o que fazemos, pensamos, sentimos, 
tudo e todos. E geralmente, esse julgamento ocorre de duas 
formas, se acreditando que algo está certo ou se acreditando que 
algo está errado. 
 Fazemos julgamentos de beleza, essa mesa é feia, essa mesa 
é bonita, julgamentos de gosto, essa comida é gostosa, essa comida 
é ruim, julgamentos morais, isso está certo, isso está errado. De tal 
forma que se torna uma constante em nossa vida e assim, 
passamos a julgar o mundo e não a experimentá-lo. 
 Ao julgar como ruim uma fruta que nunca comemos, 
perdemos a chance de prová-la. Ao julgar uma pessoa por sua 
aparência, perdemos a chance de conhecer um ser humano que 
poderia ser extraordinário. Com esses exemplos, vemos que o 
processo de julgamento elimina as possibilidades de ampliar a 
nossa consciência, o julgamento nos afasta tudo e todos. 
 Lembra do primeiro fundamento visto nesse módulo? Não dê 
atenção aos pensamentos passados e futuros, dê atenção ao 
presente! Portanto, o exercício para praticar a atenção plena é não 
julgar nada nem ninguém, mas principalmente não julgar os 
pensamentos. 
 Quando damos atenção a um pensamento passado ou futuro 
é porque estamos associando um julgamento a ele e há grandes 
chances de ser um julgamento negativo, de que o que aconteceu foi 
ruim ou o que acontecerá será ruim. 
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 Julgamos que se não tivermos aquilo que queremos, que se 
não recebermos a promoção ou que se não mudarmos de casa, não 
vamos estar felizes. Percebam como o julgamento está infiltrado 
em nossa mente e acaba por ser um processo automático e 
nocivo para nós. 
 Por isso, também vamos exercitar pensar em tudo como 
experiências, não importando se foram boas ou ruins e sim que as 
vivenciamos, pois viemos à Terra só para vivê-las. Quem coloca o 
julgamento, começa a determinar o que é bom e o que é ruim, é o 
ser humano. 
 Para ajudar a diminuir o julgamento ao outro, vamos tomar 
consciência que geralmente nós nos incomodamos muito com 
pessoas que são iguais a nós. Buda falava do espelho, isto é, 
quando uma pessoa é muito parecida conosco, quando ela possui 
traços negativos muito similares aos nossos traços negativos, nos 
incomodamos com ela porque ela é um espelho das nossas 
sombras. 
 Então, na verdade, toda pessoa que nos incomoda, que nos 
faz reagir, é um mestre em nossa vida, porque nos dá a 
possibilidade de ver nossas sombras. Portanto, vamos utilizar 
positivamente essa oportunidade fazendo um autoexame em vez de 
cultivar o julgamento alheio. 
 Se julgamos alguém porque o achamos muito arrogante, 
temos que nos perguntar: 'Por que a arrogância dessa pessoa me 
incomoda tanto?' Pode ser uma verdade um pouco indigesta, mas a 
sombra que não temos não nos incomoda. Mas não julgue a 
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você também por isso, como disse, são experiências e 
oportunidades de aprendizado. 
 A consciência se expande muito a partir desse processo de 
perceber que o que mais nos incomoda nos outros é aquilo que 
mais temos dentro de nós. Quando reconhecemos nossa 
sombra, os aspectos negativos de nossa personalidade, 
conseguimos então começar a mudar. 
 
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Coração Aberto 
 Esse quinto fundamento nos convida a fazermos o treino 
diário da atenção plena com o coração aberto, não com um 
sentimento de obrigação, mas como um experimento. Abrirmos o 
coração, testar e sentir em nossa vida as modificações que ela 
traz, sem julgamentos sobre o processo e os possíveis resultados. 
 É importante dedicar-nos à atenção plena um pouco todo dia, 
pois é na vivência que realmente conhecemos algo. Com certeza 
aprendemos somente em ler sobre a técnica, mas nem perto do que 
podemos conquistar e expandir a colocando em prática. 
 Em uma sociedade que não ensina e valoriza o controle 
mental, estudar e praticar a atenção plena é um ato de 
autocuidado, coragem e humildade. Pois, no processo, 
precisamos reconhecer nossas limitações, tentar novamente a cada 
falha e priorizar a saúde de nosso ser em prol de outras 
possibilidades. 
 Estar de coração aberto é pensar 'O que posso melhorar? Que 
erros posso não mais cometer'? O comum é jogarmos para 
debaixo do tapete as experiências traumáticas, tentar não pensar 
no que nos dói ou em partes de nós que não gostamos tanto. Na 
atenção plena precisamos encarar esses pensamentos, para através 
do não julgamento, deixá-los ir. 
 Quando olhamos sem julgamentos nossa sombra, nosso 
trauma ou nossa dor, trazemos luz a eles, pouco a pouco 
aceitamos que vivemos aquilo, que nos modificou, mas passou e 
que agora pode ir, não precisamos mais guardar dentro de nós.https://www.tiberioz.com.br/
 
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 Todo esse processo exige muita paciência com nós mesmos, 
não somos uma máquina que se desprograma e programa 
imediatamente, muito foi acumulado dentro de nós durante toda 
nossa existência. É preciso um coração aberto pois as mudanças 
podem parecer lentas em uma sociedade tão imediatista. 
 Te convido agora, a definir uma característica que quer mudar 
e então tentar ser um pouco melhor nela a cada dia. Sem obrigação 
de conseguir, não se frustre se você falhar, apenas preste atenção 
nesse aspecto de coração aberto. Buscando mudar um pouco a 
cada dia, você vai se tornando um ser com a consciência mais 
expandida, um ser mais centrado, um ser mais dentro daquilo que 
sonha para si mesmo. 
 
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Módulo 4 - Bons Hábitos 
Ser e Fazer 
 Nesse módulo vamos acompanhar 8 bons hábitos que sugiro 
serem desenvolvidos para favorecer e potencializar a prática da 
atenção plena. Claro, sempre respeitando a vontade e a 
disponibilidade de cada um. Na sequência da explicação de cada 
hábito haverá um exercício para orientar a aplicação dele no dia a 
dia. 
 O primeiro bom hábito é praticar o ser e o fazer. O ser é um 
estado natural, todo mundo é, mas na sociedade moderna, temos 
a crença de que se não fazemos algo, não somos nada. 
Poderíamos passar a vida inteira contemplando árvores, rios, 
vivendo de forma retirada, fazendo nada, e ainda sim, 
continuaríamos sendo. 
 Nossa consciência continua existindo, não importa se fazemos 
algo ou não, continuamos sendo um ser importante, relevante, 
uma fagulha de Deus no Universo. Porém, nossa organização social 
programa as pessoas para acreditarem que se não produzem, não 
valem nada e isso é uma grande mentira. 
 Então essa é a primeira ilusão que devemos quebrar, não 
precisamos o tempo todo estar produzindo para sermos 
alguém. Obviamente, para nossa subsistência material, para termos 
uma vida harmoniosa, vamos ter que realizar algumas ações, trocas 
materiais com outras pessoas e isso de modo algum é um problema. 
 O problema é que esse estado de fazer está na nossa vida de 
modo descontrolado. Não temos um momento de descanso, de 
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relaxamento, não conseguimos nos permitir não fazer nada nem por 
um instante, temos que estar produzindo como uma máquina o 
tempo todo. 
 A maioria de nós separa cerca de 8 horas diárias para 
trabalhar ou produzir de alguma forma, então o expediente acaba e 
não conseguimos parar, nosso cérebro continua produzindo. Nem 
que seja em pensamento, pois o fazer nem sempre é uma ação 
física, pode ser não conseguir parar de projetar o futuro e criar 
planos, mesmo quando visivelmente isso não é eficaz ou produtivo. 
 Quantas vezes tentamos resolver um problema na mente? 
Mesmo sabendo que sua solução demanda um recurso prático ou 
que não depende de nós. Contra toda a lógica, continuamos a 
tentar resolvê-lo através de pensamentos repetitivos e teimamos em 
chamar isso de produtividade ou dedicação. 
 Viver esse padrão distorcido da sociedade está nos 
enlouquecendo, não temos um momento de ser. Sentimos quase 
como uma heresia ter um tempo de relaxamento ou apreciação. 
E isso causa um desgaste enorme de energia psíquica e física, além 
de ser um curto caminho para a ansiedade. 
 Se observarmos a natureza, veremos que uma leoa tem 
momentos de fazer e momentos de ser. Se está com fome, ela 
caça uma zebra, se alimenta e depois simplesmente fica em estado 
contemplativo. Aliás, os animais em geral se permitem, sem culpa, 
ficar nesse estado. 
 A natureza é contemplativa, tudo o que existe é para 
sentirmos, para vivermos, mas o estado frenético de fazer não nos 
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permite. Seria como uma leoa que não para de caçar, abate 
uma zebra, mal termina de comer e caça outra. 
 Se observarmos a expressão das pessoas por aí, veremos que 
muitas estão caçando o tempo todo e tensas, isso quando já não 
estão desgastadas, deprimidas, saturadas do fazer. Por isso, esse 
primeiro bom hábito é um convite para quebrarmos esse 
paradigma e assim como os animais, nos permitirmos ter 
momentos de simplesmente contemplar nossa existência. 
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Exercício Ser e Fazer 
 O primeiro passo é diferenciar em qual momento você 
está produzindo algo e em qual não está. Porque os momentos que 
você for produzir algo, que está no modo fazer, você tem que estar 
100% focado naquilo que está fazendo e quando você determinar 
que está no modo ser, você tem que ignorar completamente o 
fazer. 
 Na prática, quando está trabalhando ou em outras tarefas, já 
identificadas como o seu fazer, você se concentra no presente e faz 
tudo bem feito, o seu melhor mesmo que não goste da tarefa. 
Mas, acabado o horário de fazer, você deve entrar no modo ser. 
 No modo ser, você se recusa a pensar no fazer, a deixar a 
mente trabalhando. Faça isso com a consciência de quem já 
desempenhou seu papel no fazer e deu o seu melhor, portanto 
pode simplesmente ser por um tempo. 
 Agora vem o desafio para o ocidental, como só ser? Você pode 
fazer nada, pode meditar, pode ficar em estado contemplativo ou 
pode fazer algo com a condição de que te dê prazer, mas um 
prazer real, que nutra o seu ser, não vale ficar nas redes sociais 
com a desculpa de que gosta disso. 
 O fazer que está relacionado ao ser não está atrelado à uma 
recompensa. Estamos acostumados a fazer algo pelo ganho que 
podemos obter, seja o salário, um elogio ou um like. O ser te 
convida a experimentar fazer algo para você mesmo, por fazer, 
apenas por prazer, sem a pretensão de ser bom, útil ou ficar bonito. 
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 Você gosta de cantar, cante. Você gosta de dançar, dance. 
Você gosta de montar quebra-cabeças, monte. Você gosta de um 
assunto, estude, mas sem ser para aumentar o currículo. Faça pelo 
prazer em si, não por algum objetivo posterior. 
 Obviamente aqui na terceira dimensão não é possível ser 24 
horas por dia, precisamos trabalhar, trocar com as pessoas os 
nossos serviços. Precisamos do modo fazer, mas acabado esse 
tempo de troca com a humanidade, precisamos também saber 
entrar no modo ser. 
 Faça o treino diário de desligar o modo fazer e ligar o 
modo ser. Para trazer essa consciência, utilize a pergunta 'Eu estou 
sendo ou fazendo?' Se estiver fazendo, foque sua atenção em fazer 
o melhor possível. Se estiver sendo, então se permita aproveitar o 
prazer que vem do ser. 
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Aceitação 
 A aceitação é um bom hábito que devemos cultivar no 
caminho da Atenção Plena, mas aceitar as coisas como elas são 
pode ser bem desafiador para o nosso ego. Quando toco no 
assunto a primeira coisa que ouço é 'ah, mas esse mundo é muito 
injusto e eu gostaria que fosse diferente'. 
 Porém, a difícil verdade para nossos egos, é que não importa 
o que gostaríamos, o mundo é o que é e ponto final. Sei que é um 
desafio assimilar que não temos controle sobre o mundo, mas a não 
aceitação apenas nos traz sofrimento, não nos torna um objeto 
da mudança. 
 Observe como a queixa vem sempre no futuro, 'eu gostaria 
que o mundo fosse diferente, que minha vida fosse diferente', e isso 
não é à toa, pois o futuro não existe e só podemos agir no presente. 
E falando assim, será que estamos querendo ser parte da mudança 
ou só queremos reclamar? 
 Se pôr em um papel de vítima nunca resolveu problema 
nenhum, precisamos aprender a olhar o agora mais friamente. Se 
questione: 'O que a vida está me dando agora?' Responda 
sinceramente e sem drama, então pense: 'Bom, a vida está me 
dando isso, como eu resolvo?' Esse é o tipo de mentalidade que 
te permite chegar na solução. 
 Pois, o único modo de resolver algo é olhando de frente, 
vendo realmente como a situação é, sem as nossas projeções, para 
a partir daí utilizar a consciência e chegar na solução mais 
satisfatória, e isso passa totalmente pelo processo de aceitação.https://www.tiberioz.com.br/
 
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 Sempre haverá esses dois caminhos mentais frente às 
situações desafiadoras, o do vitimismo e o da 
autorresponsabilidade. E a verdade é que os problemas 
humanos são sempre muito parecidos, o que nos diferencia é qual 
caminho escolhemos. 
 Quando culpamos a vida, tendemos a não fazer nada para 
mudar e não é dessa aceitação que estou falando. Estou falando da 
aceitação que escolhe não sofrer e se coloca numa posição de 
mudança e resolução. E só chegamos nesse nível de 
profundidade de resolução de problemas através da aceitação. 
 A vida não é pessoal, por isso não adianta cultivar raiva 
acreditando que ela é injusta, pois ela não é. Ela simplesmente 
lança informações e acontecimentos, de acordo com o que 
precisamos, há na vida uma sabedoria intrínseca muito maior 
que nós. 
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Exercício Aceitação 
 Uma maneira bem simples de começar a “virar a chavinha” da 
aceitação é independentemente se a vida te mandou sol ou 
chuva, uma situação boa ou ruim, você repete para si, 'eu aceito'. 
Só isso! Se está tendo um dia maravilhoso, repita 'eu aceito'. Se 
está tendo um dia ruim, repita igualmente, 'eu aceito'. 
 Facilita muito esse processo quando entendemos o fluxo 
natural de tudo, pois no Universo nada é linear, sejam as 
situações, a vida ou a natureza. A linearidade é uma percepção 
limitada do nosso ego, isso significa que naturalmente, tudo tem 
altos e baixos, tudo oscila e se modifica, como o verão e o inverno. 
 Nossa vida também não é linear, ela é mais como uma onda 
e sendo assim terá horas em que estaremos no alto, no pico e horas 
em que estaremos embaixo, no vale. Assim como as estações, às 
vezes seremos verão, recebendo um fluxo positivo de energia, às 
vezes seremos inverno, quando essa onda começa a cair e então 
recebemos um fluxo negativo de energia. 
 Mas essa característica de impermanência não é algo 
ruim, pois é o contraste que nos dá as sensações, nunca 
sentiríamos alegria se não soubéssemos o que é a tristeza, não 
saberíamos o que é a saúde se não conhecêssemos a doença. A 
vida precisa criar contrastes para vivenciarmos tudo o que existe. 
 Então cabe a nós aceitar essa sabedoria universal, de que a 
vida não é feita apenas de verão, nem todo dia é de sol. Na vida, 
existem micro e macro períodos de sol e de chuva, por isso, quando 
estiver tudo fluindo, dando certo, aceite. E quando tudo estiver 
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meio travado, dando errado, aceite também, pois faz parte do 
fluxo. 
 Mas se a aceitação for muito desafiadora para você, comece 
com coisas simples, por exemplo, você está tomando leite, o copo 
cai e quebra. Dá para você refazer o copo quebrado? Não, não dá, 
então aceita. Vai lá, limpa a bagunça sem reclamar e segue a vida. 
'Ah, mas era o copo que eu amava'. Paciência, ele quebrou, aceite 
isso. 
 Então, pratique a aceitação minuto a minuto do seu dia, cada 
vez que uma coisa negativa acontecer, pare e pense 'eu aceito'. 
Pare de lutar com os pensamentos, de lutar com as pessoas 
mentalmente, de lutar com a vida. Aceite o que a vida traz e encare 
tudo como experiências que vão te levar à uma consciência 
maior. 
 
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Paciência 
 Sabemos que nós, humanos, somos parte da natureza, o que 
nem sempre percebemos é que a realidade que nosso cérebro cria 
não faz parte dela. Por isso, nem estranhamos quando queremos 
tudo para hoje, para o ego é um sofrimento a ideia de esperar até 
amanhã. 
 Um exemplo disso é a quantidade de pessoas endividadas que 
existe. Isso ocorre, em sua maioria, porque o desejo de comprar 
algo naquele momento é tão grande que se gasta o que não se 
tem, mesmo quando se sabe das consequências. 
 O ego sem controle atrapalha muito nossa vida, porque ele 
não quer esperar, não aceita o tempo necessário para algo 
acontecer e esse querer para hoje é contrário às leis naturais. A 
natureza não tem pressa, tudo tem seu tempo para existir e ela é 
paciente em suas criações. 
 Um bebê demora 9 meses para nascer, uma macieira precisa 
de pelo menos 3 anos para dar frutos, a Terra demora 365 dias para 
dar uma volta em torno do Sol. Isso mostra que a paciência é 
fundamental para realizarmos nossos projetos, uma vez que fizemos 
o que havia para ser feito, precisamos esperar o Universo agir, 
esperar acontecer. 
 Se plantamos uma macieira, não adianta apressá-la, a maçã 
não virá mais rápido porque desejamos. O ego, porém, não quer 
esperar e esse tipo de sensação pode levar a duas ações. Nem se 
planta pensando em como vai demorar para desfrutar da maçã, ou 
seja, nem se inicia um projeto por conta do tempo que pode levar 
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para realizá-lo ou se planta a macieira, mas se desiste no meio do 
caminho, achando que a maçã nunca virá. 
 O projeto pode estar andando, a macieira brotando e virando 
uma pequena árvore, mas a expectativa da maçã ainda não se 
realizou, o projeto mental da maçã começa então a se tornar uma 
frustração para o ego, nesse ponto a maioria das pessoas desiste 
de seus projetos. A maçã está a caminho mesmo que elas não 
vejam, mas não há paciência para esperar. 
 Na Grécia Antiga, se difundiu o conceito de psiquê, ou seja, 
algo que permeia tudo o que existe, trazendo consciência a tudo, 
uma psiquê única, seja uma mesa, uma cadeira, eu ou você. A 
psiquê que há em tudo controla as sincronicidades que ocorrerão 
por nós e através de nós. Sincronicidade é um conceito junguiano 
para definir acontecimentos que ocorrem por significado e não por 
uma relação causal. 
 Por exemplo, alguém precisa de um produto específico para 
solucionar um problema que possua, de repente num dia qualquer, 
aparece no caminho dessa pessoa alguém que oferece o produto. A 
pessoa que vendeu estava precisando muito do dinheiro, desse 
modo, o Universo, com uma única ação beneficiou duas pessoas. 
 A psiquê controla todo esse movimento complexo do Universo 
e para promover suas sincronicidades ele precisa de tempo. Quando 
paramos para observar fica claro, que o Universo está sempre 
agindo, unindo a pessoa A com a pessoa B no momento exato de 
suas necessidades, orquestrando situações perfeitas, mas não 
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temos paciência de esperar, queremos resolver tudo para ontem, 
não é? 
 Antigamente, quando se estava mais conectado com os ciclos 
da natureza, e ainda hoje, quem trabalha diretamente com ela, 
consegue ter uma noção maior do tempo, pois sabe que quando se 
planta, não há outro modo além de esperar frutificar. Mas nas 
cidades, se está perdendo essa noção, não desenvolvemos a 
paciência e por isso nos sentimos muito angustiados 
constantemente. 
 Isso se estende para tudo na vida, se o projeto é meditar, 
logo nos frustramos pois não nos tornamos exímios meditadores em 
um mês. Mas se passamos anos fazendo mau uso do cérebro, 
não podemos querer que em um mês meditar seja um hábito já 
consolidado como escovar os dentes. 
 O ego não aceita que desenvolver uma nova habilidade é um 
treino lento, como aprender um esporte, um instrumento ou uma 
nova língua. Não existe mágica no universo, por isso, não busque 
fórmulas prontas. Principalmente quando se tem contato com o 
espiritual, pode-se acreditar que tudo se resolverá como um 
milagre, mas esse é um pensamento infantil. 
 A criança por ainda não ter noção de como está estruturada a 
sociedade, quando ganha um brinquedo, acredita que ele 
simplesmente brotou ali. Ela ignora que o brinquedo foi 
produzido, vendido, comprado e que tudo isso exigiu tempo e 
esforço. 
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 Muitos de nós cresce ainda com essa visão infantil, com a 
ilusão de que tudo vai se resolver em um passe de mágica, sem 
tempo e dedicação próprias, mas tudo exige uma ação. Por isso, 
tantos buscam nas religiões soluções imediatas para resolver os 
problemas que eles próprios levaram anos criando. 
 Também é importanteter clareza de que semente estamos 
escolhendo quando plantamos. Se o objetivo for colher maçãs, não 
adianta plantar alface. Por mais óbvio que seja dizer isso, 
quantos de nós não insiste anos a fio nesse erro? 
 Mas uma vez se tendo certeza de ser a semente certa, os 
próximos passos são estudar o melhor modo de fazer essa semente 
frutificar, agir de acordo e então esperar o tempo do Universo de 
fazer todas as coisas acontecerem. 
 Quando o ego começar a tomar conta e a paciência vacilar, 
lembre-se que o Universo sabe o que é melhor para nós. Deus é 
puro amor, portanto é inadmissível crer que Ele queira o mau de 
alguma das suas criações. Ele tem o tempo dele, a natureza tem o 
tempo dela e só cabe a nós ter a paciência de esperar. 
 Ser paciente pode parecer difícil, mas não ser é muito mais. 
Quanto menos paciência temos, mais angústia sentimos, mais 
neuroses desenvolvemos e maior a chance de nossos projetos 
falharem, isso quando nos permitimos começá-los. 
 A natureza pode ser uma grande fonte de inspiração, seja em 
uma pedra virando areia, seja numa planície virando montanha, 
num córrego virando rio, num bebê sendo gestado. A natureza nos 
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ensina diariamente que com ação, tempo e paciência, tudo pode 
existir. 
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Exercício Paciência 
 Pode parecer uma antítese, mas uma forma muito eficaz de 
treinar a paciência é estando em situações de impaciência. Portanto, 
aproveite esses momentos que surgem naturalmente e quando se 
perceber impaciente, ansioso, angustiado, repita para si 'paciência, 
paciência, paciência', como um mantra. 
 Por exemplo, você está na fila do banco e há dez pessoas na 
sua frente, você poderia ficar impaciente, então nesse momento, 
repita mentalmente 'paciência, paciência, paciência'. Com o tempo 
esse exercício vai trazendo a clareza da arrogância que é querer 
que tudo funcione no nosso tempo, querer prioridade de 
atendimento e situações privilegiadas. 
 Esquecemos que vivemos em sociedade e precisamos esperar 
nossa vez e que também há a vez do outro. A paciência nos coloca 
no nosso lugar, porque o ego encontra mil desculpas e 
justificativas para ter vantagens, 'eu tenho que ser atendido 
primeiro pois estou atrasado para outro compromisso'. Paciência! 
 Outra ótima fonte de exercício da paciência são os 
engarrafamentos no trânsito. Não importa com quanta pressa você 
esteja, você pode gritar, ficar bravo, querer avançar o carro em 
cima do outro, ainda continuará preso no engarrafamento e terá 
que esperar sua vez de andar. 
 Aproveite essa oportunidade, pois a vida praticamente está te 
forçando a aprender a esperar. Quando começar a vir a ansiedade e 
a raiva, repita o mantra da paciência. No começo é difícil, mas 
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pouco a pouco, você vai doutrinando a mente, fazendo ela 
entender que precisa esperar sua vez para tudo. 
 Esse entendimento favorece a Atenção Plena, pois geralmente 
quando não temos paciência, estamos projetando o futuro, 'estou 
no banco, mas gostaria de estar no trabalho', 'estou no inverno, 
mas gostaria de estar no verão'. Mas você está onde está, admita 
que você está no banco, admita que ainda é inverno. A verdade é 
que não é estar em outro lugar ou em outro momento que te traria 
paz. 
 Então foque sua mente no presente, relaxe, relaxe os ombros 
e repita o mantra da paciência. Depois de algum treino você começa 
a ver que pode aproveitar esses momentos para ser mais feliz. É 
sempre uma questão de escolha tornar um momento desafiador, 
que não pode ser evitado, no melhor possível. 
 Se estiver paciente, você pode estar parado no trânsito, 
relaxado, escutando uma música, praticando um exercício de 
respiração ou cantando com o rádio. E quando for contabilizar todos 
os momentos da sua vida, os momentinhos alegria e prazer, serão 
maiores que os de aborrecimento. 
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Confiança 
 Você acredita que quando uma águia pousa em um galho, ela 
tem medo do galho quebrar? Não, ela não tem. Ela confia em 
suas asas e sabe que mesmo que o galho quebre, ela pode sair 
voando. 
 Então a partir dessa pergunta vamos refletir sobre a falta de 
confiança, que penso ser sempre, na verdade, falta de acreditar que 
existe um ser consciente por trás de todo Universo, que controla 
tudo e que quer o bem de todo mundo, o que gera, por 
consequência, uma falta de confiança em si mesmo. 
 O Criador está por trás de tudo, porque Ele é tudo que existe, 
como vimos, Ele é cada átomo, próton, elétron, cada quark e além. 
E se Ele é tudo, não vai querer para si algo que O faça infeliz, Ele 
quer abundância, amor, alegria, quer o melhor para Ele mesmo. 
 O que impede as pessoas de vivenciarem o melhor é a falta de 
confiança nelas e na vida. E confiar é parar de por pressão. Se eu 
confio que o arroz vai cozinhar em 15 minutos, eu não fico a cada 2 
minutos verificando se ele está cozinhando mesmo, eu coloco o 
arroz no fogo e sei que a natureza se encarregará do restante. 
 A confiança traz um senso de relaxamento, faz com que 
paremos de ficar projetando o futuro e lembrando do passado, cria 
um sentimento de que tudo flui como tem que fluir, como Deus 
quer. Por isso a falta de confiança está atrelada à falta de fé. 
 Quando observo pessoas falando 'eu acredito em Deus' e 
percebo na vida delas uma total falta de confiança, que colocam 
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pressão em tudo o que fazem, que querem a vida do jeito delas, 
vejo que é uma fé vazia, uma fé da boca para fora. 
 Quando confiamos totalmente em Deus, não existe motivo 
para acordar da cama tenso, não há motivo para exigir do 
Universo o que se quer, porque Ele sabe o que é melhor para nós. 
Se Ele mandar chuva, é chuva o melhor, se Ele mandar sol, é sol o 
melhor. 
 Essa confiança nos torna mais relaxados na vida, pois 
começamos uma ação, fazemos o possível dentro da nossa 
capacidade humana e então confiamos que o Universo vai pegar 
essa ação e vai nos levar para onde Ele quiser, não está mais 
sob nosso controle. Afinal, não sabemos quais são os planos Dele 
para Ele mesmo, ninguém sabe o que Ele quer experimentar através 
de nós. 
 Certamente você consegue pensar em algo na sua vida, que 
aconteceu há muito tempo, mesmo que algo simples, como uma ida 
ao shopping ou à um show, mas que se não tivesse acontecido, não 
teria desencadeado várias outras ações, algumas de grande 
impacto na sua vida até hoje. 
 Dessa forma, percebemos como uma única ação é 
fundamental para que todas as outras ações aconteçam, mas a 
nossa mente não é capaz de processar a quantidade de variáveis 
que uma vida pode ter. E já que ela não é capaz de processar todas 
as sincronicidades, a única coisa que nos resta é confiar! 
 Confiar que existe uma consciência muito superior à nossa, 
com real capacidade de calcular os acontecimentos e tomar 
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conta de tudo. Cabendo a nós simplesmente se dedicar para fazer 
um trabalho melhor, para ser uma pessoa melhor, estudar, estudar 
e estudar, então relaxar e entregar o restante para Deus e seu fluxo 
natural. 
 Não existe fé sem confiança e não adianta confiar só quando 
tudo está bem. Confiar é confiar até o fim, mesmo nos períodos de 
turbulência. Confiar na vida é saber que mesmo um grande 
problema desencadeia uma série de ações que sempre nos levarão 
à um lugar melhor, sempre. 
 Por isso, todo processo que possa parecer negativo em nossa 
vida, como uma doença, um desemprego ou o fim de um 
relacionamento, vão a médio e longo prazo desencadear outras 
ações com potencial positivo, apesar dos desafios iniciais. A 
natureza sempre encaminha todos os seres para um lugar melhor, 
mesmo que não consigamos enxergar ainda nessa vida. 
 Na verdade, podemos demorar várias vidas para lapidar 
situações ou características, talvez sem entender o porquê de 
determinados eventos, mas de repente em alguma vida,aqui ou em 
outro planeta, vamos entender que sem aquele evento passado, não 
teríamos chegado ao estado atual de desenvolvimento. 
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Exercício Confiança 
 Geralmente quando não temos confiança é porque estamos 
criando na mente uma imagem do passado de alguém que nos 
diminuiu ou de algo que fizemos e não deu certo. De alguma forma, 
essa imagem reverbera até hoje causando um pensamento de 
que não somos capazes de realizar e não há como ser confiante 
sem mudar esse padrão mental negativo. 
 Pense, qual a diferença entre uma pessoa que sabe fazer algo 
de uma que não sabe? A pessoa que sabe estudou, pesquisou, 
treinou, tem um conhecimento técnico sobre o assunto, mas mais 
que isso, ela confiou que podia. A pessoa que não sabe, não 
estudou aquele conhecimento específico, mas isso de maneira 
alguma quer dizer que ela não fosse capaz, talvez só tenha faltado 
confiança em si. 
 Percebam como é mais uma questão de confiança para 
começar do que de ter capacidade ou não. Muitas vezes nem 
começamos porque temos muitos pensamentos de incapacidade 
minando nossa mente. Você não consegue, por exemplo, ser um 
químico avançado, se não tiver se dedicado e estudado para isso, 
mas antes de tentar não tem como saber se você seria capaz 
ou não. 
 Pensamentos derrotistas, como a lembrança de algum familiar 
desacreditando de nossas capacidades ou uma experiência dolorosa 
em algum emprego podem rondar nossa mente, mas não podemos 
seguir deixando que eles influenciem nossas atitudes hoje. Eles 
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referem-se somente à uma situação do passado, o que importa é o 
que podemos fazer agora. 
 Portanto, pare de rotular que não consegue, que não é capaz 
de algo. A confiança vem principalmente do seu estudo e da sua 
pesquisa. Para ser confiante, domine o assunto que é mais 
importante para você no momento, estude, pesquise e pratique. 
Depois de um tempo esse conhecimento vai estar dentro de você e 
então será um processo natural se sentir mais confiante a partir 
dele. 
 Durante esse caminho, o exercício que sugiro, é policiar 
constantemente sua mente para quando vir um pensamento 
negativo, imediatamente lançar um positivo em cima. Por 
exemplo, pensou 'eu não posso', imediatamente pense, 'eu posso'. 
Pensou 'não consigo', coloca um 'eu consigo' por cima, pensou 'eu 
sou um inútil', pense 'eu sou útil como tudo o que existe na 
natureza'. 
 Cada vez que vier um pensamento que vai tirar sua confiança, 
te depreciar, te jogar para baixo, use essa técnica de rebater a 
afirmação negativa com uma positiva, não se deixe convencer 
pelo pior. Se te deram uma tarefa desafiadora, sua mente vai falar 
'você não consegue fazer isso', então imediatamente lance o 
pensamento em cima 'sim, eu posso fazer isso, eu consigo'. 
 No começo pode ser difícil, pois sua mente já está habituada a 
você se associar com pensamentos ruins sobre si, mas conforme vai 
deixando de se associar, o cérebro vai entendendo que esse tipo de 
pensamento não ressoa mais, que não é para ele ficar lançando 
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isso na sua mente. Então, aos poucos os pensamentos negativos 
vão se silenciando e se atenuando. 
 Repita para si 'eu posso tudo, sou capaz de tudo'. E, na 
verdade, todos podemos tudo, desde que estudemos e tomemos 
ações rumo a fazer o que queremos. Claro, seja coerente com as 
possibilidades, não adianta se dizer capaz de construir um foguete, 
sem o conhecimento especializado, sem a matéria-prima, e no caso, 
talvez um emprego na Nasa. 
 A questão é que depreciamos até mesmo as coisas mais 
simples em nós. Você quer cozinhar algo diferente, mas se limita, 
nem tenta porque se sente incapaz. Sonha com uma viagem, mas 
não se permite nem pensar por que não tem dinheiro. Com isso está 
sempre colocando um pensamento de impotência na mente, 
roubando seu poder pessoal e sua capacidade de realização. 
 Independente dos seus sonhos serem simples ou complexos, 
sempre se pergunte 'o que eu posso fazer para que isso se realize?' 
Estude a sério a situação e descubra o que você está disposto a 
abrir mão para fazer o que realmente quer. Na maioria das vezes há 
caminhos e possibilidades, desde que se esteja disposto a alguns 
sacrifícios, a se fazer escolhas e renunciar às idealizações. 
 Podemos tudo, só não podemos nos deixar derrotar pelo 
primeiro pensamento que aparece. É esse pensamento que nos 
distância do que nos dá prazer e realmente queremos vivenciar. Ao 
substituir pensamentos negativos por positivos, estudar e 
desenvolver nossas habilidades intelectuais, vamos entendendo que 
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somos a experiência de Deus na Terra e, portanto, não há 
limitações para os desejos reais de nosso coração. 
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Curiosidade 
 O ser humano percebe o universo através dos 5 sentidos, mas 
quando nos comparamos com algumas outras espécies concluímos 
que nossa percepção do que está acontecendo a nossa volta é 
limitada. O cachorro, por exemplo, tem uma audição duas vezes 
mais ampla que a nossa, e ainda sim, não possui nem 1/3 da 
capacidade auditiva de um golfinho. 
 Já no olfato, os cães nos superam em pelo menos 25 vezes. 
Quando o assunto é visão, se for de longo alcance perdemos fácil 
para as aves de rapina e para os felinos, para os coelhos perdemos 
em amplitude, para a coruja em visão noturna, já na visão colorida 
perdemos feio para uma espécie de camarão, na verdade, quando o 
assunto é ver cores, perdemos até mesmo para os pombos. 
 Esses são só alguns exemplos para mostrar que cada ser 
desenvolveu uma potencialidade de sentidos para perceber o 
universo e a realidade que existe. E nós, os seres humanos, 
também usamos os sentidos para perceber a realidade, só que os 
sentidos possuem uma faixa de atuação, por isso percebemos 
uma fatia muito pequena da realidade e do universo. 
 É loucura, ingenuidade ou soberba achar que aquilo que nós 
percebemos com nossos sentidos é toda a realidade, o universo é 
muito mais amplo e complexo. Há uma infinidade de partes da 
realidade que sequer nossos sentidos percebem, o universo vai 
imensamente além do que nós experienciamos dele através dos 
nossos sentidos. 
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 Por isso, pare de associar a verdade a aquilo que os sentidos 
percebem, não é porque você não enxerga a luz ultravioleta, que 
ela não existe, não é porque você não enxerga os micro-
organismos, que eles não existem, não é porque você não enxerga 
outras dimensões, que elas não existem. Tudo continua existindo, 
nós só não percebemos. 
 Então, como um ser que percebe tão pouco da realidade, do 
que ela realmente é, pode determinar que essa realidade é a 
verdade? Nossos sentidos são um instrumento muito fraco para 
perceber a existência inteira, percebemos aquilo que é necessário 
para continuar existindo nesse planeta e só. 
 Por isso a curiosidade é importante, porque nos incentiva a 
usar os sentidos e ir além. Se limitamos a vida apenas ao que os 
sentidos oferecem, chega um momento que não temos mais 
curiosidade por nada. A mente acredita que aprendeu tudo que 
poderia aprender sobre essa realidade, então fixa a ideia e enrijece 
os pensamentos, porque julga que não há mais nada para ser 
descoberto. 
 Perdemos o sentimento de surpresa, de espanto, de cada dia 
descobrirmos um pouquinho da realidade que Deus “escondeu” de 
nós e que está para além dos nossos sentidos. É como crianças 
entediadas quando há uma infinidade de ovos de Páscoa para se 
procurar pelo jardim. Elas acreditam que não há mais nada porque 
não veem, não importa o quanto tenha sido dito que há muito mais. 
 O que ocorre é que estamos sempre nos fechando para o 
novo, seja em nossas profissões, em nossos relacionamentos, na 
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vida. Nós fechamos inclusive ao que os sentidos oferecem, paramos 
de explorar a realidade que nos é naturalmente oferecida,ficamos com o que é conhecido e rejeitamos todo o restante. 
 Mas se não nos abrirmos a explorar os sentidos como 
poderemos sequer cogitar ir além? Precisamos nos permitir 
experimentar comidas novas, novos cheiros, novos toques, novos 
sons, novas paisagens. Alimentar mais fartamente esse banco de 
dados sobre a realidade que temos. 
 Nascemos como crianças, seres naturalmente curiosos, 
chegamos a um novo planeta, com um cérebro novo, recebendo 
muitas novas informações, afinal tudo para a criança é uma 
descoberta, tudo é uma exploração e uma aventura. Mas depois de 
uma certa idade perdemos isso, a vida deixa de ser uma aventura e 
passa a ser uma rotina maçante, por quê? 
 Porque fechamos nossa mente, definimos que o mundo é A, B 
ou C e pronto, não mudamos por nada essa mentalidade que 
fixamos. Quando na verdade, cada dia que passa, nossa mente 
poderia ampliar mais, o mundo poderia ser uma fonte infinita de 
novas descobertas, um pouco a cada dia, mas sempre em 
expansão. 
 Se não tivermos curiosidade, vamos viver eternamente no 
passado, com conceitos antigos, numa eterna nostalgia, achando 
que o passado é sempre melhor e que hoje tudo é complicado. 
Então a mente se refugia nesse passado, perdemos contato com 
o presente, viramos uma espécie de zumbi. Nisso, a Atenção Plena 
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nos ajuda a reconectar com o momento presente e com cada novo 
segundo que vivemos. 
 A vida dá novos dados a todo momento, mas se nós fechamos 
em nós mesmos, numa imagem mental de passado, paramos de 
expandir nossa consciência. Só que parar a expansão é contra as 
leis naturais do universo, leva a doenças no corpo físico e logo se 
torna incompatível com estar aqui na Terra. Então vamos para outra 
dimensão para mais a frente nascer em um outro corpo físico, com 
uma nova mente, para continuar recebendo novas informações. 
 Ou seja, se chegamos a um momento de nossa encarnação, 
que estamos tão fechados no passado que qualquer conceito novo 
não entra mais em nossa mente, precisamos desencarnar, voltar 
em um novo corpo, com uma mente nova, para nos darmos a 
possibilidade de ampliar os conhecimentos e as percepções, por isso 
a curiosidade é tão fundamental aqui e agora. 
 Devemos perceber a realidade com a premissa de que tudo é 
novo, que não sabemos nada e estamos aqui como 
observadores, não como julgadores. Não estamos definindo, 
sabendo tão pouco, que a realidade é A, B ou C. Então, estando 
nessa posição, a vida vai trazendo novas informações 
continuamente, que pouco a pouco vão ampliando nossa 
consciência. 
 A realidade toda apenas o Criador consegue enxergar, a 
verdade que tanto brigamos para possuí-la, apenas Ele tem 
capacidade consciencial de conhecê-la. Todos os outros seres, as 
pequenas fagulhas que Ele lançou de Si, veem pequenas fatias da 
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realidade, pequenas percepções do que é a verdade, isso quando 
estão de olhos abertos para verem. 
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Exercício Curiosidade 
 Para praticar a curiosidade precisamos estar focados 
totalmente no presente, não conseguimos ser curiosos se a mente 
não estiver no agora. Se estivermos viajando em pensamentos do 
passado ou do futuro, não há como sermos curiosos, estaremos 
apenas vivendo no teatro mental. 
 Ser curioso é olhar as coisas do mundo, quem tem cachorro 
sabe que eles costumam ser curiosos. Se veem um bichinho novo 
pelo chão, eles observam seus movimentos, mexem com a patinha, 
enfiam o focinho, brincam. Isso porque os cães estão totalmente no 
agora, então a curiosidade aflora naturalmente para eles. 
 O ser humano por viver no pensamento, se afasta do mundo e 
do momento presente, com frequência estamos num local e nem 
damos conta de nada que está ali, do que está acontecendo e 
muitas vezes nem das pessoas presentes. Atualmente com o celular, 
é ainda mais desafiador, estamos constantemente presos no 
mundo mental. 
 Digo que o celular é um mundo mental, não concreto, porque 
as imagens e as palavras estão somente na mente. Por exemplo, 
ver a foto de uma paisagem é bem diferente de estar no local da 
paisagem. Quando vemos a foto criamos uma imagem mental, mas 
quando estamos de corpo presente nessa mesma paisagem, tudo o 
que estiver ao redor desperta nossos sentidos e nos enche de 
novas informações. 
 Mas é preciso estar de corpo e mente presente, assim 
conseguimos ser curiosos com a vida. E quanto mais curiosos, mais 
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percebemos a grandiosidade da criação, são milhares de insetos, 
tons de cores, tipos de sabores, milhares de tudo. Tanto que é 
impossível em uma única vida termos a experiência sensorial de 
tudo que existe aqui, mas ser curioso é expandir ao máximo o 
que se pode experimentar no agora. 
 Então, o exercício é, onde você estiver, preste atenção em 
todos os detalhes, esteja presente. Preste atenção na parede e 
em como ela foi pintada, no móvel e na lasquinha do móvel. Mas 
prestar atenção não é julgar, ser detalhista é simplesmente tentar 
absorver o máximo possível de informação do ambiente em que se 
está. 
 Se você estiver na rua, indo até a padaria, por exemplo, você 
presta atenção no caminho, no cheiro que as plantas emanam, 
preste atenção nos carros, no vapor que sai do asfalto num dia 
quente, preste atenção num pássaro que pousa na árvore. Sempre 
sem julgamentos, isso é ser um observador real. 
 Mas, se estiver com os pensamentos no passado ou no futuro, 
não há como prestar atenção nas coisas como elas são agora. 
Não é à toa que a curiosidade é um excelente exercício para a 
atenção plena e a atenção plena é totalmente necessária para a 
curiosidade. 
 Ser curioso é o tempo todo estar explorando, buscando novas 
informações, ampliando seus dados sensoriais e o que seus sentidos 
podem trazer para você. Fazendo esse treino, cada vez mais será 
meticuloso, detalhista, se sentirá à vontade em explorar novos 
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aspectos da realidade e cada vez mais sua consciência expandirá 
com isso. 
 
 
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Bondade 
 Estudos sociológicos mostraram que nas comunidades em que 
as pessoas são mais bondosas, existe maior chance de 
sobrevivência, do que nas comunidades em que as pessoas têm 
uma tendência predatória e não há senso moral quanto a destruir o 
outro. 
 A bondade não é uma característica religiosa, não é 
metafísica, ela é um instrumento de sobrevivência da espécie, 
seja qual ela for. Se a espécie não tiver bondade, senso de ajuda, 
de cooperação e de coletivo com os outros da sua espécie, ela em 
pouco tempo deixa de existir. 
 Então, a bondade é muito mais um instrumento material da 
existência, do que um instrumento abstrato. Falam de bondade 
como santificação, mas ela está mais relacionada à percepção de 
ajudar o sistema a funcionar melhor, cooperar com a fluidez 
dos processos, ajudar o mundo e as pessoas a se desenvolverem. 
Se todos tivessem esse senso ampliado de bondade, os problemas 
sociais seriam quase inexistentes. 
 Por isso, digo que não existe governo perfeito, qualquer utopia 
racional que o ser humano crie da sociedade ideal não vai existir, se 
individualmente, cada pessoa desse planeta, não tiver a percepção 
de fazer o que é melhor para a sociedade como um todo, fazer o 
que é melhor coletivamente. 
 Mas, relacionaram bondade com santidade, que é preciso ser 
santo para ser bom ou que basta ser bom uma vez na semana. 
Porém, a bondade tem muito mais a ver com ética, com a máxima 
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que diz 'não vou fazer para o meu próximo aquilo que eu não 
gostaria que fizessem para mim'. Viver essa máxima já seria a base 
de toda bondade, pois não iríamos prejudicar, trapacear, roubar o 
outro pois certamente não queremos nada disso para nós mesmos. 
 Entretanto, a ideia de santidade afastou muito as pessoas do 
conceito real de bondade e até do conceito real de espiritualidade.As pessoas creem que para ser espiritualizadas precisam ser 
santas, mas não, somos um ser falho, erramos em muitos 
momentos, falamos o que não devíamos ter falado, temos nossos 
vícios e hábitos prejudiciais, definitivamente não somos a imagem 
de um santo. 
 Cremos, então, que é preciso abdicar da nossa vida para ser 
bom, que é preciso ser pobre, fazer sacrifícios, não ter prazeres, 
dedicar totalmente nossa vida ao outro. Mas, tudo o que 
precisamos, na realidade, é fazer nossa pequena parte no dia a 
dia, assim contribuiremos muito para o desenvolvimento da nossa 
sociedade. 
 Vamos imaginar um planeta semelhante a Terra e supor que 
foi determinado um tempo hipotético de 20 mil anos para que a 
sociedade desse planeta se desenvolvesse e resolvesse 
problemas sociais e climáticos. Esse é o desafio que o universo 
deu, 20 mil anos para como sociedade, se organizar, evoluir 
moralmente, criar aparatos tecnológicos e soluções para esse 
problema ou a raça acabará consequentemente por ser extinta. 
 Isso é o que, mais ou menos, ocorre conosco hoje, temos um 
tempo x para resolver os problemas do nosso planeta, nossos 
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problemas sociais e morais antes de sermos extintos. Todas as 
civilizações que existiram antes de nós, também tiveram a 
oportunidade de resolver seus desafios. Mas se somos hostis, se um 
quer prejudicar o outro o tempo todo, se não desenvolvemos o 
senso de bondade e coletividade, não haverá tempo hábil para 
resolver o desafio. 
 A natureza e o universo não têm apego ao nosso corpo físico, 
são átomos, prótons e elétrons, se essa raça for extinta, começa 
outra, mesmo que leve alguns bilhões de anos, pois se tem a 
eternidade. Só que nos é dado a oportunidade de como seres 
prosperar, basta sermos bondosos, empáticos e ajudar o 
coletivo. Se todos fizessem um pouquinho disso, incluindo eu e 
você, concluiremos o nosso desafio com sucesso. 
 Podemos perceber que há uma seleção natural do próprio 
universo, entre a raça que consegue se unir, resolver seus 
problemas juntos, como humanidade, e, portanto, prospera, e a 
raça que fica um brigando com o outro, querendo ser mais que o 
outro, subjugando o outro, querendo somente vantagens individuais 
e acaba por se autodestruir. 
 Esse caminho natural de autodestruição de uma sociedade 
que tende à crueldade já foi provado em alguns estudos com 
simulações computadorizadas e em comunidades de ratos. Toda 
raça que permanece na hostilidade com o outro, em pouco tempo 
chega à extinção, mas quando alguns fores dessa comunidade 
resolvem ajudar o outro e isso se propaga, há uma estabilização e a 
raça acaba por prosperar. 
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 Por isso é importante parar de pensar em bondade como 
santidade. Não somos santos, mas devemos ser bons. Todos 
encarnamos para resolver problemas mentais, emocionais e as 
várias pendências conscienciais que temos. Então, não ache que 
para ser bom e espiritualizado você precisa ser santo, nem use mais 
isso como desculpa. 
 Existe uma parábola que nos conta de um Mestre que antes 
de se iluminar pegava água do poço e cortava madeira para levar 
para casa. Um dia um discípulo perguntou: 'Mestre, como sua vida 
mudou depois que você se iluminou?' E o Mestre agora já iluminado, 
respondeu: 'Eu continuo cortando madeira e pegando água do poço, 
nada mudou'. 
 O que muda é que conseguimos ver um pouco mais amplo, a 
fatia que se vê da realidade amplia, é só isso. Não tem a ver com 
santidade, com andar descalço, com a Netflix que você vê ou não, 
se você sai, frequenta restaurantes, viaja ou não. Você pode ter sua 
vida normal, afinal estamos aqui para viver essa vida, não para 
renegá-la. 
 Qualquer um que tente renegar a vida, se tranque em uma 
caverna, acreditando ser a única forma de estar mais perto de Deus, 
está errado. Ele não está longe ou em um lugar específico, seja uma 
caverna ou um templo, Deus é tudo o que existe, é a comida que 
você come, o carro que você dirigiu, você mesmo, tudo é Ele, 
portanto, Ele está em todo lugar. Já dizia Cristo, 'levante uma 
pedra e me encontrarás'. 
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 Para ter contato com Deus só precisamos estar no tempo 
presente. Ele conversa no agora, basta silenciar o turbilhão mental, 
e prestar atenção no que Ele está falando. Não precisamos estar em 
estado de oração ou meditação profunda, nem ir para o Ganges, só 
precisamos silenciar a mente por alguns segundos e escutar o que 
Ele quer dizer. Eu não me surpreenderia se uma consciência pura 
amor nos dissesse para lembrarmos da bondade que já existe em 
todos nós. 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercício Bondade 
 O exercício da bondade é tão simples, que proponho um 
desafio a você! Preparado? Por um mês se comprometa a ajudar 
o mundo, fazendo dois movimentos, pare o máximo possível de 
atrapalhar as pessoas, as situações e o universo, e ajude o máximo 
possível tudo o que estiver ao seu redor. 
 Nesse mês, faça tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar 
o universo a funcionar melhor. Ao entrar no elevador, dê a vez 
para outra pessoa, se fez sua refeição na praça de alimentação do 
shopping, leve sua bandeja para o restaurante, viu que algo caiu no 
chão, junte, passou por um lixo na rua, leve-o até a lixeira. 
 Se dedique a praticar a bondade e a perceber as situações em 
que você pode exercê-la. Se está dirigindo e alguém precisa entrar 
na sua frente, dê a passagem, viu alguém precisando de ajuda para 
atravessar a rua, se disponibilize, um amigo está triste, ofereça 
apoio e palavras de motivação. Comece a desenvolver esse olhar 
atento às necessidades alheias e que, na maioria das vezes, com 
pouco esforço, você pode suprir. 
 Mas, lembre-se que ajudar não é ser tonto, vivemos em um 
planeta em que grande parte das pessoas não desenvolveu a 
consciência de unicidade e coletivo e, portanto, tem costume de 
fazer as outras de marionete, de usá-las. Então aproveite a 
oportunidade para entender quais são os seus limites e aprender 
a colocá-los com segurança e gentileza quando o outro ultrapassá-
lo. 
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 Por outro lado, jamais esqueça que temos livre-arbítrio, às 
vezes as pessoas não querem ser ajudadas, respeite essa vontade 
sem julgamentos. Não ultrapasse o limite delas, por mais que o 
benefício de ser ajudado seja óbvio para você, o outro não é 
obrigado a querer receber, portanto, só ajude quem quer ser 
ajudado. 
 E estenda essa ajuda não só às pessoas, mas a tudo que 
conseguir pensar, passe a se enxergar como um facilitador, 
alguém que coopera para que tudo a sua volta funcione melhor. 
Aproveite para colocar em prática ações positivas para o planeta, 
para os animais, para a natureza, que talvez você já tenha 
consciência de fazer e venha adiando. 
 Se disponha a resolver qualquer coisa que esteja atrapalhando 
o fluxo, conserte, arrume, jogue no lixo, organize, não espere o 
outro fazer, nem caia na armadilha de acreditar que não é sua 
obrigação. Faça o máximo que puder para tudo funcionar melhor, 
para transformar positivamente onde quer que você esteja, para 
colaborar com o desenvolvimento das pessoas e da sociedade. 
 Mas faça tudo isso sem julgamentos, sem ficar se achando 
melhor do que quem não faz, não se torne um arrogante 
tentando ser caridoso. Obviamente tenha paciência com você no 
processo, apesar de simples, existem armadilhas para o ego quando 
resolvemos ser bondosos. 
 Pratique um mês esse exercício de ajudar sempre que puder, 
e você vai começar a ver a transformação que ocorrerá na sua 
vida, não vou falar mais que isso, nem prometer nada aqui, mas 
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você verá com os próprios olhos o que ocorre quando sua 
frequência começa a subir. 
 O universo passará a te perceber em uma frequência 
criadora, de alguém que ajuda o sistema a funcionar, que colabora 
com o fluxo e deixará de te perceber como uma frequência 
destruidora,de alguém que prejudica o sistema, que atrapalha o 
fluxo. E então algo poderoso acontece, vemos na prática que 
ninguém supera Deus em bondade, Ele sempre quer ser quem 
retribui mais. 
 
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Gratidão 
 A primeira gratidão que devemos ter é por estarmos aqui, mas 
sei que há quem ache o mundo cruel, que preferiria não estar, 
talvez nem existir como consciência e tem o direito de pensar assim. 
Porém, para aqueles que já conseguem ver um aspecto mais 
profundo da vida, a primeira gratidão é ter um corpo físico, estar 
encarnado em um planeta, sentindo tantas sensações e vivendo 
tantas experiências. 
 Mas temos que ter atenção para não tentarmos ser gratos por 
comparação, ou seja, usar o outro como referencial. Por exemplo, 
acreditar que devemos agradecer a comida porque outras pessoas 
não têm, que devemos agradecer a vida porque outras pessoas têm 
uma vida pior, isso não é gratidão, é julgamento. 
 Cada ser recebe um conjunto de influências sensoriais 
específico e não possuímos a base necessária para fazermos 
julgamentos do que é melhor ou pior, simplesmente não 
sabemos. Não temos como julgar uma situação como melhor do 
que outra, uma vida como melhor do que outra. A gratidão 
simplesmente é, ela independe de fatores externos e comparações. 
 Mas, ser grato pela existência em si, e não por comparações 
de melhor ou pior, passa por entender que o Criador poderia não ter 
se individualizado em eu, você e tudo o que existe. Esse é o amor 
do Criador, propiciar às pessoas, às coisas, aos seres e todas as 
consciências que troquem informações, que vivam e que 
experenciem. Por isso, tudo que vivemos é um presente, cada 
respiração e cada segundo. 
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 Assim, cada momento da nossa existência é valioso porque Ele 
poderia estalar os dedos e tudo deixaria de existir, mas Ele propicia 
que tudo continue existindo, nos vários níveis e dimensões, porque 
Ele realmente ama a tudo e a todos, não há outro motivo além do 
amor para tanta doação incondicional, então esse é o nosso 
primeiro motivo de gratidão. 
 O segundo motivo de gratidão são nossas conquistas e 
avanços conscienciais. Sejam pequenos como aprender a abrir 
uma lata de ervilha, ou maiores, e aqui vou dar um exemplo 
próprio, eu era egoísta e acreditava que estava tudo bem, até que 
vivi experiências que me levaram a perceber que o egoísmo não 
leva há nada, então aprendi o valor do compartilhar. Antes eu não 
sabia, agora eu sei, portanto, devo agradecer essa vitória 
consciencial que tive. 
 Muitas vezes, o que aprendemos parece menor perto de 
conquistas materiais, nem paramos para identificar o quanto 
estamos expandindo a cada ano. Mas a gratidão tem mais a ver 
com agradecer as mudanças de ponto de vista e as melhorias como 
ser humano e menos com o que conseguimos comprar ou ter. Os 
bens materiais serão todos acrescentados naturalmente, o esforço 
do universo está em expandir nossa consciência, aí é que está o 
amor de Deus em ação. 
 Saia da escala humana de tempo, de 70 anos uma vida 
terrena e pense nos bilhões de anos da nossa existência, em 
quantas informações foram dadas a nós, o quanto expandimos 
nossa consciência, só por isso já devíamos agradecer 
diariamente. Já o que temos, obedece a uma ordem natural, 
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quando confiamos e estamos na mesma frequência do Criador, 
entregues, tudo vem automaticamente. 
 A prosperidade, a alegria, o amor, tudo isso são naturais e nos 
oferecido constantemente, os recebemos por uma lei assim como 
a gravidade. Se estamos positivos, relaxados, no tempo presente, 
fazendo nosso melhor, praticando a bondade, aceitando e confiando 
plenamente em Deus, vamos atrair tudo aquilo que estamos 
vibrando de bom, mas se estamos em uma frequência negativa, 
ansiosos, sem confiança, sem perdão, vamos atrair aquilo que 
estamos vibrando de ruim. 
 Então o agradecimento real não é pela matéria, porque isso é 
uma lei física, uma lei natural de atração do nosso campo 
magnético, tudo nos é dado sempre, nós que barramos o 
recebimento. E sim o agradecimento por ser consciente e 
experimentar, por ver uma fatia do universo, por ser um pouco 
melhor a cada mês, a cada vida, e durante milhões ou bilhões de 
anos de nossa existência entender um pouco mais do universo. 
 Novamente falo, se Ele fosse cruel, egoísta, se tudo não fosse 
um ato de amor, Ele estalaria os dedos e tudo deixaria de existir. 
Então o agradecer final é 'obrigado, eu existo'. E quando temos essa 
gratidão pela existência, ela permeia tudo, se está sendo grato 
por tudo, por todo conjunto de coisas que nossa existência precisa 
aqui na terceira dimensão, seja algo material, seja amor, saúde, 
tudo que existe. 
 Quando vivemos esse sentimento 24 horas por dia, estamos 
tirando o sentimento de escassez e de carência da mente e 
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estamos colocando o de gratidão no lugar. Ao agradecer, focamos 
no que temos, e se a gratidão é verdadeira, acreditamos que já 
temos tudo o que precisamos, paramos de reclamar do que não 
temos e então o que precisamos e mais de repente surge em nossa 
vida. 
 A gratidão cria uma imagem mental de que já temos tudo o 
que precisamos, nada nos falta, e quando isso fica completamente 
enraizado no nosso inconsciente, automaticamente tudo é 
preenchido na vida, não há carência, não há falta, não há 
escassez. Por isso a gratidão pela existência é o primeiro passo para 
a prosperidade e não existe prosperidade sem gratidão. 
 Então, quando somos gratos pela existência, tudo o mais 
começa a se encaixar, a se resolver, porque abandonamos o 
sentimento de carência, o sentimento de não ter e de não poder e 
nutrimos o sentimento de 'obrigado por existir, por ser quem 
sou, pelas experiências que vivo, por tudo o que sinto, obrigado, 
obrigado, obrigado'. 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercício Gratidão 
 A gratidão está intimamente ligada à aceitação e à 
prosperidade. A aceitação vem antes, porque para ser grato é 
preciso aceitar a própria realidade, e a prosperidade vem depois, 
porque só é próspero quando já se é grato pelo que se tem. Pois, se 
não formos gratos pelo que temos, como seremos gratos por aquilo 
que ainda nem conseguimos? 
 Vivemos em um mundo material e tudo que existe aqui na 
terceira dimensão, tirando nossa consciência, é um empréstimo. 
Não levaremos nada de material daqui, pois tudo, absolutamente 
tudo, nos é emprestado pelo Criador. Ele nos empresta o carro, 
empresta a casa, empresta diariamente o prato de comida, 
empresta o corpo físico, tudo é Ele e Dele, nada é nosso. 
 Aprendemos desde pequenos que quando alguém, 
independente de quem seja, nos empresta algo, o mínimo a fazer 
é agradecer. Se pedimos açúcar à um vizinho e ele nos empresta, 
nós agradecemos, não é? Ou vamos dizer 'não fez mais que a 
obrigação em me emprestar o açúcar'? Imagino que não. Então por 
que não agradecemos diariamente a Deus que nos empresta tudo? 
 Ele empresta por amor, empresta a si próprio porque quer o 
bem de tudo e todos, o fluxo perfeito. Para Ele estar bem, eu 
preciso estar bem, você precisa estar bem e Ele certamente não 
mede esforços para isso. Mas agimos como crianças, não 
percebemos as bençãos do prato diário de alimento, estamos 
sempre chorando por um brinquedo a mais e quando ganhamos 
já queremos um próximo. 
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 Por isso, o exercício da gratidão é repetir 'obrigado, obrigado, 
obrigado', como prática diária, em vez de reclamar do que não se 
tem, agradecer o que se tem. Ao fazer as tarefas diárias, repetir 
mentalmente 'obrigado', vai comer, 'obrigado', está dirigindo seu 
carro, 'obrigado', está fazendo um passeio com a família, 'obrigado', 
vai tomar banho, 'obrigado', ganhou um presente, 'obrigado', está 
com saúde, 'obrigado'. 
 Esse pensamento repetitivo de obrigado vai começar a gerar 
um sentimento de gratidão e o sentimentoé muito mais forte que o 
pensamento. Então, se no começo o pensamento é forçado, com o 
tempo, conforme vai se tornando uma verdade interna, se 
transforma em um sentimento natural, seremos realmente gratos. 
Nesse ponto começamos a sentir a prosperidade fluir, já que a 
gratidão e a prosperidade estão ligadas, lembra? 
 Quando somos plenamente gratos pelo que temos, vibramos 
plenitude e satisfação, pois se temos a certeza de ter tudo, não há 
por que sentir medo, escassez ou ansiedade. Sabemos que temos o 
que precisamos para estar aqui, então o universo pode acrescentar 
mais. O Criador adora uma oportunidade de ser mais generoso, 
mais abundante, mas isso não pode acontecer se nós mesmos 
estamos olhando só a escassez. 
 Além disso, sendo gratos, o universo sabe que já somos 
felizes, o que for acrescentado só irá melhorar. Pois para o ingrato, 
não importa se ele já tem tudo, e provavelmente tem, ele não 
percebe e quanto mais recebe do universo mais falta vê, então 
gera para si mais e mais medo, ansiedade e escassez. O material 
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que vem a essa pessoa mais prejudica que ajuda, então o universo 
está sendo bondoso em pouco acrescentar a ela. 
 Pratique a gratidão com a intenção de torná-la cada vez mais 
a sua verdade, mesmo que inicialmente não seja natural, insista, 
coloque seus pensamentos para trabalhar a seu favor e então torne 
a gratidão um sentimento. É quando renunciamos às infantilidades 
do ego e nos tornamos adultos, não só no corpo, mas também no 
espírito, que sentimos a satisfação de ter o coração repleto de 
gratidão e vê-la em expansão por toda nossa vida. 
 Mantrar o 'obrigada' como um exercício para a gratidão é 
simples e poderoso, a própria ciência e a psicologia positiva vêm 
provando os benefícios de cultivá-la em nossa rotina. A gratidão 
pelo material é só a ponta do iceberg, mas muitas vezes é por onde 
nos faz mais sentido começar, porém a partir dela conseguimos 
expandir genuinamente nossa percepção de que só é grato pelo que 
se tem, quando se é grato pelo que se é. 
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Perdão 
 Todos nós carregamos um saco de pedras nas costas, sim, 
pedras! Desde pequenos vamos pegando pedrinha por pedrinha, 
umas bem pequenas, outras maiores e bem pesadas e vamos 
adicionando nesse saco. Essas pedras são as mágoas, as rusgas, os 
ranços, os ressentimentos, tudo que fizeram para nós e que não 
perdoamos. 
 Esses sentimentos citados, como a mágoa e a raiva, começam 
principalmente no hábito de viver no passado. Estão relacionados 
ao que não liberamos, ao que não perdoamos, a mente 
projetando uma imagem e a revivendo repetidamente. 
 Estamos, então, indo constantemente para o passado mental, 
resgatando aquela imagem que nos gera esse sentimento de mágoa 
ou ressentimento. E assim, não viveremos o presente, a vida real e 
sim uma vida subjetiva, vivendo em looping algo que já 
aconteceu. 
 Essas imagens mentais se repetem sem parar, não importa se 
aconteceram há uma semana, um ano ou cinquenta anos, elas 
travam a mente, assim como ocorreria com um computador, é um 
bug no processamento mental, e então simplesmente não 
conseguimos sair disso, desse pensamento cíclico. 
 Mas é no presente que vivemos, é no presente que 
realizamos, que exploramos o mundo, que expandimos a 
consciência, e isso não é possível quando estamos repetidamente 
vivendo o passado. Precisamos, então, quebrar esse ciclo e o único 
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modo de quebrar o looping da mágoa, do ressentimento e do rancor 
é através do perdão. 
 Assim como ocorre com a bondade, o perdão foi associado à 
santificação, algo possível somente para os iluminados, para alguns 
poucos escolhidos, mas esqueça isso! O perdão é uma ferramenta 
prática para quebrar os loopings mentais, para te tirar do passado 
e te trazer para o presente, para aliviar o peso do saco de pedras 
que carregamos nas costas. 
 Muitas vezes as pessoas nos magoam, mas sem a intenção de 
machucar, elas também têm problemas, também estão vivendo 
seus loopings, também estão com os pensamentos e os sentimentos 
desorganizados. Exigir que ninguém te machuque, é exigir um 
mundo perfeito que não existe, é somente uma projeção do 
futuro. 
 Cada pessoa é o que é, não adianta querer que elas sejam 
diferentes, e se queremos, fica evidente que precisamos 
desenvolver a aceitação. Porque ou aceitamos alguém como é 
ou nos afastamos, o que não podemos é ficar julgando, discutindo, 
apontando o dedo e juntando cada vez mais pedrinhas. 
 O perdão é a ferramenta que nos permite largar as pedras, 
desistir delas por perceber que elas não trazem nada de bom e só 
dificultam a caminhada. Reviver o passado sem parar, rouba 
energia física, mental e emocional, energia essa que poderia ser 
usada para produzir, aprender, buscar novas experiências e ser feliz. 
 Se alguém te magoou, pense 'eu não posso fazer mais nada a 
respeito', pois o que aconteceu não pode ser mudado ou desfeito. O 
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que se pode fazer é decidir não carregar esse sentimento em si, não 
carregar as pedras. E não porque você é santo, mas porque essa 
mágoa te prejudica, ela dificulta o seu caminho, tem a ver com 
você e não com quem te magoou. 
 O ser humano sai coletando tudo que encontra pelo caminho, 
não interessa se é lixo, se faz bem ou faz mal. Vira um catador de 
pequenas pedrinhas, tudo o que o outro faz ou deixa de fazer vira 
raiva, vira ranço, vira rancor, vira mágoa e no fim da vida, a maioria 
das pessoas, é um grande saco de ressentimentos. Mas para 
que carregar tudo isso? 
 E chegar no fim da vida nem é garantia de que o 
ressentimento acaba, se pode ficar revivendo isso pela eternidade, 
morrer e continuar nesse surto mental, virar encosto do outro, 
buscando uma espécie de compensação. 'Ah, mas em 1875 fulano 
colocou fogo na minha fazenda de café'. Amigo, o tempo passou, o 
tempo correu. 
 Reconheça as pedras que você carrega, algumas talvez já 
tenham até virado de estimação, mas você pode viver sem elas, 
e vai viver melhor, vai se sentir mais livre, mais leve, mais focado 
no presente, tudo será melhor. Use o perdão para se libertar dos 
pesos que você mesmo tem escolhido carregar, solte suas pedras. 
 
 
 
 
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Exercício Perdão 
 Acabamos de falar sobre o perdão e a importância de largar 
pesos desnecessários através da sua prática. E uma técnica que 
ajuda muito nesse processo e que veremos agora, é o 
ho'oponopono, uma antiga técnica havaiana para o perdão, 
desenvolvida por Kahuna Simeona. 
 Pense em um fato que aconteceu no passado, que te 
magoou muito e que você não consegue esquecer. Coloque esse 
fato em destaque na sua mente, preste atenção aos pensamentos 
que surgirem e de onde eles vêm. Fixe esses pensamentos que 
estão gerando a mágoa, a raiva, na sua tela mental, como se 
estivesse dando pause em um filme, se há uma pessoa envolvida na 
situação, olhe fixamente para ela, então repita 'sinto muito, me 
perdoe, eu te amo, sou grato'. 
 Repita essa frase mesmo que se, pelo seu julgamento, você 
esteja certo e a pessoa errada, você seja a vítima e o outro o algoz, 
não importa. Porque o ho'oponopono, tem como base a ideia de 
que todos estamos interligados, seja por um contato nessa vida 
ou em vidas passadas e que é impossível o universo te trazer uma 
vivência equivocada. 
 Imagine que três vidas atrás prejudiquei alguém, roubei o 
carneiro da pessoa, bati nela, passei com a carruagem por cima, 
gritei com ela na rua, cuspi, enfim, a lista de possibilidades é 
enorme. Então, passaram-se duas vidas, eu a encontrei de novo e 
ela me devolveu aquilo que fiz, talvez tenha levado meu celular 
ou gritado comigo no trânsito. 
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 A questão é que, no universo, não existe ação sem reação, 
mesmo que elas pareçam separadas por algum espaço de tempo. 
Em algumas culturas isso é chamado de karma, e essa reaçãorecebida seria o karma negativo acumulado. Na verdade, o universo 
é um grande espelho, o que você manda para ele, retorna para 
você, não importa quantas vidas atrás foi. 
 Por isso, o ho'oponopono ensina a pedir perdão mesmo 
quando nos julgamos certos, porque não sabemos! Se você está 
vivendo uma situação desafiadora, é porque de alguma forma 
merece, não está errada a máxima que diz que colhemos o que 
plantamos. Então, sim, somos responsáveis pelo que nos acontece, 
mas devemos ver isso sem julgamento, apenas como sensações e 
experiências. 
 Mas o mais comum é que tenhamos a atitude infantil de nos 
vitimizarmos e culparmos o outro ou Deus, pelo que nos ocorre de 
negativo, relutamos em aceitar que somos responsáveis por 
nossa existência. Perdoar implica nos tornarmos adultos 
conscienciais, adultos espirituais e desenvolver a 
autorresponsabilidade. 
 Então, se algo aconteceu na sua vida de positivo ou negativo, 
tenha a consciência de que você atraiu aquilo, ninguém te mandou, 
Deus não está te punindo, você não é uma vítima das 
circunstâncias, nada disso, você atraiu. Por isso, se alguém está te 
prejudicando, a pergunta a ser feita, para trazer consciência e não 
necessariamente para encontrar a resposta, é 'o que eu fiz para 
essa pessoa estar fazendo isso comigo?' 
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 Repetir o mantra do ho'oponopono, 'sinto muito, me perdoe, 
eu te amo, sou grato' dissolve os desconfortos e começa a gerar 
amor. Isso porque a energia do amor é positiva e capaz de 
dissolver a energia negativa do ressentimento. Ou explicando 
quanticamente podemos dizer que quando fazemos uma atitude 
positiva, agregamos matéria, quando fazemos uma atitude negativa, 
agregamos antimatéria, e apenas a matéria consegue aniquilar a 
antimatéria e chegar no neutro novamente. 
 Portanto, quanto mais raiva você sentir, mais antimatéria 
acumulará no seu campo, antimatéria acumulada induz à 
desequilíbrios que se agravam cada vez mais, inclusive no plano 
físico. Quando nos dispomos a resolver uma situação com amor, 
com perdão e agregando matéria, ela vai aniquilando aos poucos 
a antimatéria acumulada em nosso campo quântico, em nosso 
campo energético. 
 Enquanto não perdoar, o passado continuará assombrando 
sua mente, roubando seu foco do presente, pois só através do 
perdão é possível livrar-se dos fantasmas do passado, não há 
outro caminho. Mesmo que desencarne, quando acordar em outra 
dimensão, esses fantasmas continuarão existindo. Apenas 
perdoando é possível limpar a mente, parar de viver no passado e 
focar a atenção no presente. 
 Então, perdoe, pegue todos aqueles fatos que não consegue 
lidar, todas aquelas pessoas que sente raiva, que nutre 
ressentimentos, coloque uma por uma na sua tela mental e repita 
'sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato'. Quantas vezes e por 
quanto tempo precisar, talvez leve meses até você sentir apenas 
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amor, porém a energia negativa será aniquilada pela positiva e um 
dia somente o positivo existirá em você. 
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Módulo 5 - Práticas fundamentais da Atenção Plena 
Silêncio 
 Nesse módulo veremos 10 práticas fundamentais no caminho 
da Atenção Plena e que podemos incorporar no nosso dia a dia, elas 
irão potencializar a prática, trazendo mais rapidamente os 
inúmeros benefícios da atenção plena. 
 A primeira prática é o silêncio, nela te convido a passar algum 
tempo quieto e relaxado. Pode ser por 5, 10 ou 15 minutos, o 
importante é você reservar um tempo do seu dia para ficar 
absolutamente em silêncio. Escolha também um canto da sua casa 
que seja mais reservado, sem interrupções e confortável para si. 
 Porém, ficar em silêncio não é só ficar quieto, não é só não 
falar, ficar em silêncio também é ficar em silêncio mental. Então, 
nesse tempo que você reservou para a prática, não se associe com 
nenhum pensamento, como sabemos, eles irão começar, irão se 
formar e você simplesmente os deixará passar. 
 Esse tempo não é para ser usado para refletir sobre a vida, 
nem para planejar nada, sua meta é o silêncio interno. Sente ou se 
deite, permita-se relaxar, perceba o fluxo dos seus pensamentos, 
mas não os compre. Com o tempo esse fluxo fica cada vez menor e 
você vai começar a experimentar intervalos de silêncio na sua 
mente. 
 O intervalo de silêncio é que vai reconstruir todo seu corpo, te 
harmonizar, te trazer mais paz, diminuir o estresse e trazer mais 
confiança. Quanto mais silêncio tiver em sua mente, maiores 
serão os benefícios que você colherá. 
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 Mas não esqueça que é um treino, precisa haver compromisso 
de todo dia silenciar no período reservado. Não há problema que 
inicialmente seja por poucos minutos, com o tempo você vai 
conseguir silenciar por horas, isso porque a prática vai sendo 
incorporada no dia a dia e mesmo realizando suas tarefas 
continuará em silêncio. 
 Então, essa é a primeira prática sugerida, simples e 
fundamental. Espero que você firme esse compromisso consigo 
mesmo e passe algum tempo quieto, exercitando essa valiosa 
habilidade que é o silêncio. 
“O silêncio é um espaço vazio. O espaço é o lar da mente desperta.” 
Buddha 
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100 
 
Conecte-se às pessoas 
 Você se sente conectado às pessoas a sua volta ou sente 
como se estivesse em um mundo à parte? Bom, se você se sente 
desconectado, assim como a maioria, saiba que existem dois erros 
básicos que nos afastam de uma conexão real com o outro, são 
eles, o julgamento e o hábito de ouvir, mas não escutar. 
 O julgamento é o primeiro a entrar em ação, pois tão logo 
conhecemos alguém começamos a julgá-lo. Julgamos a roupa, a 
aparência, como fala e se porta, se têm bens materiais e o valor 
deles. A partir disso, criamos uma imagem dessa pessoa em 
nossa mente, de acordo com as conclusões a que chegamos. 
 Porém, muitas vezes essa imagem mental está equivocada, 
depois que conhecemos a pessoa, vemos que o que imaginávamos 
dela não tinha tanto a ver com o que ela realmente era. Por isso, 
comece trabalhando o não julgar, seja quando conhece alguém ou 
com pessoas que já são do seu convívio. Evite formar uma imagem 
mental delas e tirar conclusões precipitadas sem conhecê-las à 
fundo. 
 O segundo erro básico na hora de se conectar às pessoas é 
ouvir, mas não escutar. Pessoalmente, quando comecei a praticar 
atenção plena muitos anos atrás, percebi que enquanto alguém 
estava falando, eu mantinha um diálogo mental interno de como iria 
retrucar o que a pessoa estava me dizendo. Na verdade, eu não a 
escutava, na ânsia de responder logo e usar meu discurso pronto. 
 Comecei, então, o seguinte exercício para corrigir esse padrão, 
toda vez que conversava com alguém, me obrigava a realmente 
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101 
 
prestar atenção no que a pessoa estava dizendo, e quando se 
formava um diálogo interno na minha cabeça, paralelo ao que 
estava sendo dito, eu parava, tentava silenciar minha mente e 
voltava minha atenção novamente ao outro. 
 A pessoa com quem estamos conversando sabe, olhando nos 
nossos olhos, quando realmente estamos presentes ou quando 
falamos uma coisa pensando em outra. Quando ela não percebe, é 
porque também não está ouvindo o que você está dizendo, ambas 
estão fingindo ter um diálogo, quando na verdade só existe dois 
monólogos. 
 Isso ocorre porque o ego sempre quer ganhar a discussão, 
mesmo que ela não exista, para ele tudo é uma chance de sair 
vencedor e de ser dono da verdade. Fora o medo de parecer 
vulnerável, de não saber uma resposta ou de soar burro. Então, 
nem ouvimos a pessoa falar, estamos ocupados conosco nesse 
momento, e tão logo a pessoa silencie, às vezes antes disso, já 
falamos nosso discurso pronto, com o objetivo de mostrar que 
nossa palavra é a que vale e não de criar empatia e conexões. 
 Por isso, quando estiver conversando e começar uma 
tagarelice mental, pensamentos se formandosobre o que irá falar 
depois, silencie. Silencie seus pensamentos, preste atenção no que 
a pessoa está dizendo e quando for falar, certifique-se de 
realmente estar respondendo o que a pessoa perguntou ou 
comentou, não use um pensamento pronto como base para sua 
fala. 
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 Retomando, o primeiro exercício é não julgar as pessoas pela 
aparência antes de conhecê-las, elimine a imagem mental criada 
sobre elas. Só passamos a ter uma noção sobre quem a pessoa é 
depois que convivemos muito tempo com ela, até lá nossas 
percepções são muito rasas. Como pode estar certo julgar alguém 
por um brinco, sapato ou a cor da pele, se cada ser é um universo 
muito vasto? Acredito que, na verdade, nunca conhecemos 
totalmente alguém, dada a nossa complexidade. 
 O segundo exercício é, enquanto estiver conversando, não crie 
discursos mentais, realmente preste atenção no que está sendo 
dito. Esse hábito te força a estar sempre no presente, porque 
quando se está criando um discurso mental, se está criando no 
futuro. Lembre-se, o ego está no passado e no futuro, o seu ser 
está no presente, não fale o que vem do seu ego, fale o que vem 
do seu ser. 
 
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Conecte-se à natureza 
 A natureza é uma das maiores fontes de conexão para o ser 
humano, nosso corpo é feito de carbono, portanto veio da natureza, 
somos um pedaço do planeta Terra. Por isso, tudo o que está 
ligado à natureza e ao planeta, sejam as plantas, os cristais, o mar, 
o vento, a montanha, a cachoeira, vão revitalizar nosso corpo e 
nossa energia. 
 Há um tratamento médico no Japão, chamado shinrin-yoku ou 
banho de floresta, que consiste em passeios em áreas naturais, 
sejam realmente florestas ou até mesmo em parques. A única 
condição é que se faça o passeio com presença, com atenção 
plena. Cientificamente, o tratamento mostrou resultados na 
diminuição do estresse, da pressão arterial e melhorias na 
concentração e na imunidade. 
 O banho de floresta comprovou o que já dizia a sabedoria 
popular, a natureza acalma o corpo e a mente. É só lembrar de 
algum dia em que esteve estressado e ao entrar em contato com 
ela se sentiu imensamente melhor depois. Isso ocorre porque o 
corpo descarrega as energias densas e se energiza de energias 
limpas quando em íntimo contato com sua primeira casa. 
 Por isso, sugiro que você reserve na sua rotina, alguns 
momentos especialmente para se conectar com ela, pelo tempo que 
for possível, talvez todo dia por 10 minutos, meia hora uma vez por 
semana ou uma tarde no mês. Inicialmente, foque mais em existir 
esse momento de reconexão do que na duração dele, já que pode 
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ser um ponto de desmotivação para pessoas com agenda muito 
corrida. 
 Se não tiver uma natureza exuberante por perto busque 
alternativas, como um parque arborizado, o contato consciente 
com a água do banho, com plantas de um vaso ou com a lua, 
mesmo que seja da varanda. Mas se for possível, aproveite a 
natureza em sua forma mais pura, conectando-se no mar, na 
cachoeira ou em uma densa área verde. 
 Aprecie o que ela tiver a te oferecer, lembrando que nesses 
momentos o foco é a natureza, por isso não leve celular e não vá 
com a intenção de pensar em nada. Caminhe descalço prestando 
atenção nas árvores, sentindo o cheiro da vegetação, sentindo a 
terra no chão e ouvindo os seus sons. 
 Aproveite para exercitar tudo o que vem aprendendo sobre 
Atenção Plena, pois a natureza é um ambiente muito convidativo 
para esquecer os compromissos, esquecer os prazos, esquecer as 
tarefas a serem feitas e simplesmente ser. 
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Focar no presente 
 Uma das dificuldades de se estar no presente, é justamente os 
pensamentos que teimam em ir para o passado e para o futuro, 
então treinamos o controle mental jogando-os constantemente 
para o agora e fazemos isso através da escolha consciente do 
presente ao perceber os pensamentos vagando. 
 O exercício proposto é fazer dessa percepção uma prática 
diária. Quando, por exemplo, começar um pensamento de 
preocupação com um trabalho para entregar semana que vem, volte 
para o presente, quando surgir um pensamento de culpa sobre algo 
que já ocorreu, volte conscientemente para o presente. 
 Mas como a mente volta para o presente? Ela volta quando 
nos conectamos com o corpo, com os sentidos, com as 
sensações, com o que estamos fazendo neste momento, com a 
pessoa que está conosco agora e com o ambiente em que estamos 
fisicamente. 
 Exercite a presença constantemente, fazendo desse exercício 
um hábito, pratique, mas não se force, seja gentil consigo quando 
falhar em suas intenções. Porém, ao longo do tempo, como em 
qualquer exercício, você vai ter uma capacidade muito maior de se 
manter no momento presente em suas meditações e no seu dia 
a dia. 
 
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Conecte-se aos pensamentos desagradáveis 
 Imagine uma visita indesejada que chega à sua casa e toca 
insistentemente a campainha, que não desiste até você ir atender à 
porta. Os sentimentos e pensamentos desagradáveis também agem 
assim, eles persistem incansavelmente até pararmos de tentar 
ignorá-los. Portanto, não adianta fingir que eles não existem, se 
está com raiva, magoado, com inveja, ignorar não vai fazê-lo sumir, 
é preciso encará-lo de frente. 
 Porém, aceitar que sentimos algo desagradável pode ser 
desafiador, por isso sugiro quatro passos fundamentais nesse 
processo. O primeiro é descobrir o porquê desse sentimento ter 
surgido, já que não ocorrem à toa. Eles sempre querem trazer 
clareza sobre algo que não estamos querendo ver. Se é raiva que 
você sente, ao identificar a situação chave pode, por exemplo, 
encontrar uma injustiça que sofreu ou alguma expectativa que foi 
contrariada. 
 O segundo passo é aceitar esse sentimento, percebendo 
em qual parte do corpo ele está. Para isso, pare e sinta qual parte 
está mais tensionada quando o sentimento se manifesta, a raiva 
geralmente se mostra no estômago ou nos ombros carregados. Com 
essa identificação você está sinalizando para o seu sistema que está 
consciente do sentimento e fica mais perto de aceitá-lo. 
 O terceiro passo é extravasar com segurança esse 
sentimento, se permitindo expressá-lo sem julgamentos e 
repressões. Num momento de privacidade, direcione o sentimento 
para algo neutro, pode ser gritar, balançar o corpo ou socar uma 
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almofada, o importante é poder expressar corporalmente o 
sentimento até se sentir aliviado. 
 Esse passo é fundamental porque aprendemos que é feio 
sentir alguns sentimentos e acabamos por tentar reprimi-los, mas 
isso só faz crescê-los até que acabamos por explodir. Por isso, se 
permita sentir e esgotá-los, desse modo, eles vão embora 
naturalmente. Se é um sentimento recorrente, faça esse terceiro 
passo todos os dias, então uma hora terá ido completamente. 
 O quarto passo é resolver a situação, seguindo nossa 
metáfora inicial quando abrimos a porta, a pessoa para de tocar a 
campainha, mas então temos que encará-la e sermos sinceros, 
nesse caso, dizer para a visita que ela não é bem-vinda. Portanto, é 
importante não pular o passo um, porque ele te trará clareza sobre 
os porquês e só assim você poderá tomar uma atitude concreta 
rumo à solução. 
 Um ponto extra importante é se permitir sentir tudo, mas não 
guardar nada. Se escolher guardar, saiba que isso traz 
consequências nocivas. Então, olhe para o que está sentindo, 
entenda por que isso surgiu, aceite, gaste o sentimento e deixe ele 
ir. Não temos como impedir que esses sentimentos surjam à nossa 
porta, mas é nossa escolha não fazer deles um residente. 
 
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Gratidão 
 Você deve estar pensando, gratidão de novo? Sim, não 
estou brincando quando digo que ela é fundamental! Primeiro 
falamos da gratidão mais básica que devemos ter, que é por nossa 
existência,depois sobre ser grato por tudo o que temos e agora 
vamos avançar um nível e falar sobre ser grato pelo que não temos. 
 Agradecer por aquilo que ainda não se tem, como se já 
tivesse, parte do princípio de que não temos dúvidas de que o 
universo está a nosso favor, que nos provê completamente, que é 
abundante e de infinitas possibilidades. Se você quer um 
carro, agradeça por ele como se já estivesse na garagem, se quer 
um emprego, agradeça como se já estivesse trabalhando, sem se 
preocupar com como ou quando. 
 Já alerto para não esperar a compreensão externa, pois a 
maioria de nós ainda engatinha quando o assunto é gratidão, então 
não vê sentido em alguém agradecendo o que não possui. O 
padrão da sociedade é culpar a vida, ficar magoado e se sentir 
esquecido por Deus, como se isso fosse possível. 
 Mas quem está disposto a abrir os olhos, começa a perceber 
que o universo concede tudo o que precisamos, dentro do limite que 
conseguimos lidar. Pois, muitos querem ficar ricos, mas poucos 
conseguem lidar com a riqueza, muitos querem um amor 
verdadeiro, poucos querem ser vulneráveis para viver sem amarras 
e preconceitos. E o universo sabe disso. 
 O exercício que sugiro então, é identificar o que você quer 
realmente conquistar em sua vida, seja material, emocional ou 
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espiritual e começar a agradecer como se já tivesse essas bençãos. 
Esse sentimento de gratidão vai elevando sua energia e seu campo 
vibracional, desse modo, você entra em uma faixa de prosperidade 
e de amor, então tudo vem até você naturalmente, sem esforço. 
 É preciso sair da faixa da autopiedade, da reclamação, de 
sentir-se inútil, porque, assim como sintonizamos uma estação de 
rádio, você estará sintonizado com essa frequência e, portanto, 
atraindo mais disso para si. E a melhor forma de aumentar a 
frequência energética é agradecer, mesmo aquilo que não se tenha. 
 Aproveitando que estamos nos desafiando a respeito da 
gratidão, vou mais longe e digo que devemos agradecer também às 
situações e às pessoas difíceis. Tem um ditado árabe que diz 
'árvore que não pega vento, não cria raiz'. Então, quanto mais a 
pessoa tenta te prejudicar, mais ela te ensina a como se proteger e 
a como se manter firme nas adversidades. 
 Pense nas pessoas e nas situações que mais te ensinaram, 
grandes chances de serem justamente as que foram mais 
desafiadoras, pois elas nos tiram da zona de conforto e ampliam 
nosso conhecimento. E o universo sabe disso. Então agradeça as 
pessoas difíceis que passam na sua vida, elas são os grandes 
mestres que te ensinam a ser cada vez melhor, pois, embora muitos 
neguem, todos estamos à serviço da Luz. 
 
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110 
 
Use a tecnologia com sabedoria 
 A tecnologia de modo acessível e universal, é algo recente na 
história e, portanto, não paramos para avaliar profundamente seus 
impactos em nossas rotinas, com isso continuamos usando 
nossos celulares indiscriminadamente e com pouca consciência. 
 Quase todo mundo possui um smartphone e tem acesso 
constante às redes sociais, naturalmente que podemos usar 
positivamente tanta acessibilidade às outras pessoas e informações. 
A tecnologia está no mundo para ser usada, mas para ela ser bem 
usada é preciso um pouco de sabedoria. 
 Usar a tecnologia com sabedoria significa saber identificar 
quando ela é positiva e quando é negativa, ou seja, quando ela está 
te acrescentando algo, como boas informações e conexões com 
pessoas que agregam, ou te tirando algo, como tempo e 
presença. 
 Há momentos que são marcadamente únicos, mas escolhemos 
fazer uma foto ou vídeo a aproveitá-los ao máximo. Quem nunca 
conheceu um ponto turístico ou uma beleza natural e ficou mais 
preocupado em fazer a foto perfeita para o Instagram do que em 
apreciar a vista? Quantos de nós vai à um show e aproveita 
realmente, em vez de ficar filmando? 
 Precisamos nos questionar se queremos viver aquele momento 
para ter a experiência ou para mostrar nas redes sociais que a 
tivemos. Não estou dizendo para você não tirar fotos em suas 
viagens, nem para não as postar, mas para se questionar quais 
são suas prioridades e por quê. Viver o momento é apreciar 
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totalmente o presente com os sentidos e isso é incompatível com 
olhar a paisagem por uma tela. 
 O celular não só nos rouba do presente, como nos coloca em 
um lugar de constante comparação e julgamento. Se por um lado os 
outros sempre parecem estar mais felizes e fazendo coisas mais 
legais, por outro, ninguém parece saber de tudo tanto quanto nós, 
nossa opinião parece ser a única possível e certa. O quão bem isso 
pode fazer à nossa saúde? Estar com a mente em um eterno saltar, 
de vítima à juiz em segundos. 
 Portanto, o exercício é identificar momentos em sua rotina em 
que usa a tecnologia indevidamente, seja em um almoço com a 
família, enquanto caminha em um parque, em um jantar com os 
amigos ou enquanto se exercita na academia e então, não usar o 
celular nesses momentos. Coloque no silencioso, desligue, não leve, 
qualquer coisa que te faça não ficar olhando a cada 5 minutos para 
a tela dele. 
 Reserve esses momentos unicamente para estar presente, 
para apreciar a paisagem, as conversas, a comida, para usar melhor 
seus sentidos. Se liberte do medo de não ser encontrado, de perder 
algo muito importante ou interessante, se algo for realmente 
importante para você, irá te encontrar. Priorize viver o presente 
intensamente, depois, no momento certo, pegue o telefone e 
interaja com ele. 
 São inegáveis os benefícios da tecnologia, a produtividade, a 
informação, a conectividade e outros tantos, mas também é 
inegável que não se pode estar em atenção plena se a usamos de 
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modo descontrolado. Se estamos constantemente nas redes sociais, 
conversando, discutindo, julgando, vendo, estamos constantemente 
no modo fazer, e se estamos no modo fazer, como já vimos, não 
estamos no modo ser. 
 
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113 
 
Sorria 
 Talvez você acredite que não tem motivos para sorrir, embora 
espere que não depois de tanto conversarmos sobre gratidão. De 
qualquer forma, não importa! A partir do momento que fazemos o 
movimento muscular de sorrir, o cérebro automaticamente libera 
endorfina, o hormônio da felicidade, então mesmo que não 
tenha motivos para sorrir, sorria! 
 Sorrir é importante porque relaxa a mente e o corpo, traz 
uma sensação de bem estar, alivia dores e diminui o estresse. Por 
isso, supere o medo de parecer bobo, ria, sorria e se quiser ir além, 
gargalhe. Lembre-se que não precisa de motivos, apenas precisa 
fazer, comece fingindo se necessário, e então, em algum momento, 
a risada será como um mantra e se verá capaz de rir por meia hora 
sem parar. 
 Por isso, a sugestão de exercício é sorria o máximo que 
puder, se precisar reserve 10 minutos do seu dia, vá para o quarto 
e ria sozinho, isso vai transformar sua bioquímica corporal e 
melhorar visivelmente seu dia. Não tenha medo de ser alegre, a 
vida é um paradoxo entre ser séria e uma brincadeira ao mesmo 
tempo. 
 Rir de si mesmo e das situações embaraçantes em que nos 
colocamos alivia o peso de tudo, não adianta ficar se punindo por 
algo que está além do nosso controle, então se você fez uma 
besteira, passou vergonha, ria junto. Conserte o que pode ser 
consertado e ria do que não pode. 
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 Nós levamos a sério demais, esquecemos que estamos aqui 
aprendendo, a vida na Terra é como um workshop de fim de 
semana de uma experiência sensorial e material. Afinal, o que é 70 
anos perto do infinito? Não seria nem como 0,00001 segundo 
nosso cérebro nem consegue processar essa informação. Por isso, 
cumpra seu dever, mas relaxe. 
 O riso, assim como o choro, é contagiante e se espalha em 
uma onda energética, portanto, quando estiver em um local pesado, 
fale uma bobagem, faça os outros rirem,seja a pessoa que 
transforma positivamente o ambiente. A alegria deixa tudo mais 
leve, por isso, quebre a expectativa da seriedade, conecte-se com 
seu lado humorista, conecte-se com seu lado criança. 
 
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Mude a sua rotina 
 Se você poderia ter sido inspiração para a música do Seu 
Jorge que diz 'todo dia ela faz tudo sempre igual', se prepara 
porque vou contar o porquê devemos mudar isso. Os humanos 
possuem uma capacidade natural de transformar tudo em rotina, 
isso é uma exigência cerebral evolutiva, que visa economizar 
energia. 
 Aprender algo novo, seja uma nova habilidade ou apenas 
fazer um novo caminho, exige grande parte da atenção cerebral e 
consome muita energia, pois novas conexões entre os neurônios 
estão sendo criadas. Com o tempo e conforme as conexões vão se 
estabelecendo pela prática, qualquer ato passa a ser mais natural, a 
depender menos de nossa atenção e da mente consciente, até o 
ponto de ficar automático. 
 Então, se quando aprendemos a dirigir precisamos pensar em 
tudo, em cada ação feita, quando já se tem prática não se precisa 
pensar em mais nada para se ir do ponto A ao B. Mas quando esse 
processo acontece nas diversas áreas de nossa vida, sem nunca 
trazermos questionamentos e revisões, tendemos a nos colocar em 
um modo robô com relação ao que falamos e fazemos. 
 Além disso, nosso cérebro uma vez automatizado, libera 
espaço mental para a criação de pensamentos, e sabemos que na 
maioria das vezes esses pensamentos gerados enquanto fazemos 
uma tarefa são pensamentos do passado ou do futuro. 
 A atenção plena nos ensina a vigiar esses pensamentos e 
jogá-los para o presente, ou seja, se colocar em uma situação 
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116 
 
mental de aprendizado, mesmo para funções já aprendidas. Mas 
então por que é importante mudar a rotina? Porque fazendo isso 
usamos a biologia a nosso favor! 
 Em vez de só treinar seu cérebro para que ele fique no 
presente em situações já conhecidas, você cria situações 
desconhecidas para que ele naturalmente faça isso. Dirigir é uma 
ação única, mas a verdade é que temos blocos de ações 
preestabelecidas que executamos durante o dia no automático. 
Acordamos e fazemos as mesmas coisas, do mesmo jeito, tudo 
sempre igual, repare. 
 Aposto que você acorda, levanta e vai fazendo uma sucessão 
de tarefas simples sem nem pensar muito nelas, a mente já 
vagando nas atividades maiores que virão ao longo do dia. Mal 
percebe que escova os dentes, lava o rosto sempre da mesma 
forma, vai para o trabalho pelo mesmo caminho, trabalha no 
automático tanto quanto possível e então volta para casa para fazer 
o mesmo de sempre. 
 Se não fossem os imprevistos do dia, o que ocorre para além 
do nosso controle, todo dia seria igual. Para a maioria de nós, o 
único momento de mudança que planejamos são as férias e veja o 
quanto elas são desejadas e esperadas. Também contamos os dias 
para o fim de semana e por quê? Será que nosso problema é 
trabalhar ou é uma vontade desesperadora de quebrar a rotina? 
 Por isso, o exercício é, escolha alguns dias para mudar 
suas ações. Comece pelas pequenas, se você acordava e ia lavar o 
rosto, acorde e vá fazer o café, se ia para o trabalho por um 
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caminho, vá por outro, se trabalha seguindo passos fixos, tente 
mudar isso, almoce em um lugar diferente ou em um horário 
diferente. Busque em sua rotina as várias pequenas coisas que 
podem ser alteradas. 
 Feito isso, se desafie um pouco mais e remova ou insira 
atividades na sua rotina. Se não fazia exercício, comece, ou talvez 
um curso sobre algo que você gosta, coma algo que nunca comeu, 
oportunize conhecer novas pessoas, estude um novo idioma, e 
quando essas coisas ficarem automáticas, mude-as novamente. 
 Os xamãs chamam isso de espreita, o ato de se colocar em 
situações novas na vida. E quanto mais dificuldade de estar no 
presente você tem, mais precisa mudar radicalmente suas ações, 
mais precisa estar à espreita, atento às oportunidades de sair da 
zona de conforto. Uma vez estando no presente, vai sentir-se mais 
energizado, mais atento, mais feliz, vai sentir um novo rumo na 
vida. 
 Esse é o motivo, aliás, para nos sentirmos tão bem em 
viagens de férias, voltamos para casa reenergizados, descansados e 
rejuvenescidos. Será que é o simples ato de viajar ou o fato de a 
rotina ter mudado radicalmente? Será que o lugar era mágico ou 
você se sente tão melhor porque se permitiu experimentar 
coisas novas? Agora pense, por que não se sentir sempre 
consciente das infinitas possibilidades do dia? 
 Cada vez que se coloca novos desafios e situações, uma nova 
onda de energização é gerada. Por isso, não tenha medo de 
experimentar, de fazer diferente e de mudar a rotina. Guarde o 
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medo para a possibilidade de viver todo ano o mesmo ano e de 
seguir sempre os mesmos caminhos no cérebro e na vida. 
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Pensamentos não são fatos 
 Chegamos ao último exercício das 10 práticas para o dia a dia 
e se no exercício anterior tivemos que olhar o nosso exterior e 
entrar em ação para mudar a rotina, nesse vamos olhar o interior e 
organizar o que se passa em nossa mente. Ele te convida a 
perceber que pensamentos não são fatos. Preparado para se livrar 
das ilusões? 
 O cérebro forma um pensamento a partir da junção de várias 
imagens, situações, experiências e traumas. Toda nossa bagagem 
individual é usada como base para a formação de um pensamento. 
É por isso, que uma mesma situação pode gerar ideias opostas em 
duas pessoas, pois o que pensamos não é a realidade, o que 
pensamos é um produto do nosso cérebro. 
 Por exemplo, você tem um trauma de abandono, seja por uma 
memória familiar ou porque vivenciou essa experiência. Então, 
começa a se relacionar com uma nova pessoa, mas não consegue 
parar de pensar que a qualquer momento ela vai ir embora. A 
fonte desse pensamento é o trauma e não a realidade em si. O 
relacionamento pode estar ótimo, o outro nem cogitando partir, mas 
você seguirá buscando os menores indícios de que a pessoa irá te 
deixar. 
 Muitas vezes nesse ponto ocorre autossabotagem, você tem 
tanta certeza de que a pessoa vai embora que não sossega até que 
vá mesmo. Se pararmos para analisar, isso permeia tudo em nossa 
vida, a formação do pensamento é neutra, mas o ser humano é tão 
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incrustado de traumas, que nossas ações são mais ditadas pelo 
medo e pela não realidade do que imaginamos. 
 Temos uma tendência a enfatizar as dores e elas parecem 
criar uma cicatriz muito mais profunda do que as alegrias. E essa 
cicatriz faz gerar pensamentos que não tem base na realidade atual. 
É como quando éramos pequenos e tínhamos medo do monstro 
embaixo da cama, nosso medo era real, a sensação da presença do 
monstro também, mas ele não era. Crescemos, mas ainda temos 
nossos monstros. 
 Por isso, sempre analise se o que está pensando tem base 
na realidade ou não, se decidir que não, ignore o pensamento, 
não aja de acordo com ele. Traumas profundos são mais 
desafiadores, costumam ser mais insistentes e exigem mais da 
nossa capacidade de perceber que não são reais. A maneira de lidar 
com eles é a mesma, identificando, ignorando e não agindo de 
acordo, mas não hesite em buscar ajuda psicológica ou 
terapêutica para lidar melhor com esse processo. 
 Uma vez que se tenha entendido que pensamentos não são 
fatos, minha sugestão de exercício, para trazer clareza à sua mente 
é, coloque os pensamentos de um dia inteiro no papel. 
Depois, separe-os em duas colunas, em uma os pensamentos reais 
e em outra os que identificou como não reais. Esse pode ser um 
processo longo e profundo, então seja paciente consigo, não tenha 
pressa, mas comece. 
 Trago dois exemplos de pensamentos possíveis, para ficar 
mais claro sobre o que é ou não real. 'Quando saio na chuva eu me 
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molho', esse vai para a coluna do real, 'não concluo nada que 
começo', esse para a coluna do não real, pois grandes chances de 
ser algo que ouvimos, acreditamos e então materializamos 
por autossabotagem. Além disso, certamente concluímos muitas 
coisas, mas focamos nas não concluídas. 
 Uma vez feita a lista, ignore o que não for real, lembrando que 
ignorar não é reprimir, não proíba o pensamento de surgir, somente 
o identifique na hora como não real e deixe-o ir. Com o tempo ele 
ficará cada vez menos regular, até que terá desaparecido da sua 
mente. Lembre-se que você ficou alimentando esse pensamento 
por muito tempo, portanto, pode levar um tempo até o cérebro 
entender que esse pensamento não é verdade e que não se associa 
mais a ele. 
 Pense o quão mais simples tudo será se tivermos claro em 
nossa consciência que pensamentos não são fatos, que são uma 
representação do mundo interior. E o quão mais claro tudo ficará 
com a sabedoria de entender que o mundo interior não 
necessariamente condiz com o mundo exterior. 
 
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Módulo 6 – Lidando com o Estresse 
O que é o estresse? 
 Iniciamos agora uma pequena série para falar sobre o 
estresse, entendê-lo da perspectiva da atenção plena e desmistificar 
algumas ideias sobre ele. O estresse é uma reação natural do 
corpo mediante o perigo, algo muito necessário para nossa 
sobrevivência como espécie, principalmente na época em que 
convivíamos com animais selvagens e dependíamos constantemente 
de uma ação rápida para lutar ou fugir. 
 Esse mecanismo ocorre através de comandos cerebrais que 
fazem lançar uma enxurrada de hormônios na corrente sanguínea e 
que vão causar uma série de mudanças corporais, como a 
alteração da pressão arterial, dos batimentos cardíacos, da 
respiração e outros. Tanto que em situações de estresse, ocorre de 
se conseguir ir além das capacidades físicas do estado normal, como 
correr mais, levantar pesos maiores ou pular mais longe. 
 Desse modo, vamos desmistificar a ideia de que o estresse 
não é saudável, na verdade ele é saudável e útil em situações de 
riscos reais. O que não é saudável é estar nesse modo luta ou 
fuga diariamente, o que acontece com frequência em nossa 
sociedade moderna. Esse excesso de liberação hormonal mantém o 
corpo em constante estado de ação e com o tempo isso gera danos 
ao sistema como um todo. 
 Quando estamos parados em casa, sem um risco iminente, 
nenhum leão à espreita, essa liberação hormonal é desencadeada 
pelos nossos pensamentos. O corpo não sabe diferenciar o que é 
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real e o que é pensamento, então se estamos pensando em uma 
situação de perigo, seja do passado ou projetada no futuro, algo 
que nem ocorreu, ele acredita que o perigo é real e imediato. 
 Só que nesse caso o perigo não existe, é uma projeção 
mental, mas que leva igualmente a um estado de alerta físico, então 
não conseguimos dormir, relaxar, não conseguimos nos relacionar 
amigavelmente com as pessoas, estamos constantemente 
agressivos, estamos no modo luta ou fuga mesmo quando no sofá 
de casa. 
 Como lidamos com as situações do dia a dia pode ir 
reforçando esse estado, como o que penso quando sou fechado no 
trânsito, se sinto medo constante por minha saúde, por minha 
segurança, se me sinto ameaçado de alguma forma por algo ou 
alguém. Assim, ficamos esgotados energeticamente, pois o 
estado de alerta consome nossa glicose, rouba a energia que seria 
gasta com as funções básicas de nossos órgãos e com o tempo 
vamos sentindo o impacto disso em nossa vitalidade e saúde. 
 Não é possível obrigar nosso corpo a não produzir hormônios, 
mas podemos aprender a controlar nossos pensamentos e aí 
sim frear a cascata do estresse bem em seu princípio. Assim como, 
também podemos aprender a utilizá-lo a nosso favor, pois há 
momentos em que precisamos agir rápido e de uma dose extra de 
energia. 
 Portanto, não é o estresse que é um inimigo, mas nossa 
incapacidade de identificar os perigos reais, por isso é fundamental 
aprender a discernir o que é um perigo real de um perigo 
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imaginado, e se não é real então não o alimentar. Se sua cozinha 
está pegando fogo, o perigo é real, então aja. Se você está 
imaginando que isso pode acontecer um dia, então o perigo não é 
real, é projetado, deixe ir e relaxe. 
 Reveja o que em sua vida está te colocando em estresse 
constante, às vezes pequenas mudanças já nos permitem relaxar 
em nosso dia a dia. Não caia na loucura social de acreditar que 
estar em constante tensão nos afasta dos perigos externos, na 
verdade, tudo o que conseguimos com isso, é alimentar um perigo 
interno. 
 
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Estresse Físico 
 O estresse físico, surge da repetição inadvertida de uma ação 
física por um longo período, e um bom exemplo disso é a famosa 
tendinite. A questão é que essa ação e o tempo necessário para que 
ela cause estresse variam de pessoa para pessoa, sendo 
indispensável o autoconhecimento nesse caso. 
 A resposta ao estresse físico também varia, mas costuma se 
apresentar como um processo doloroso, que dificulta ou impede o 
movimento. O corpo pode simplesmente travar, inflamar, quebrar 
ou romper alguma estrutura. É como uma máquina que pifa se 
exigida além da conta, e fazemos isso com nosso corpo quando 
estamos inconscientes da nossa realidade corporal. 
 Para resgatar esse autoconhecimento precisamos estar mais 
atentos ao que nosso corpo pode fazer, até onde ele pode ir e 
entender os limites dele. Essas informações nenhum livro pode 
trazer, pois por mais que se possa indicar exercícios e intensidades, 
cada corpo é único e têm demandas únicas, que só o próprio dono 
do corpo tem, ou deveria ter, condições de dizer até onde vão. 
 Temos uma ideia de que o cérebro controla totalmente o 
corpo, mas na verdade, principalmente quando falamos dos desejos 
de nossa mente egóica, existe um máximo que pode ser feito por 
meio exclusivo da vontade. Então, se nunca praticamos exercício e 
vamos à academia, não podemos querer que nosso corpo tenha a 
capacidade física de alguém que malha diariamente a cinco anos e 
se forçarmos que tenha, com certeza vamos pagar o preço por 
isso. 
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 Por mais óbvio que pareça, tenho certeza de que muitos se 
identificam com essa inconsciência corporal, com fazer valer mais os 
desejos do ego, com ser mais importante acompanhar outra 
pessoa em um exercício ou habilidade, do que respeitar a nossa 
própria capacidade. Por isso, a primeira palavra fundamental 
quando falamos de corpo é respeito, senão somos pouco amorosos 
quando se está em jogo a comparação ou a sensação de 
pertencimento em relação ao outro. 
 Então, se por exemplo, começar a praticar uma atividade física 
ou iniciar um emprego que exija muito do seu corpo, fique atento 
aos seus limites, não os ultrapasse. Pouco a pouco, com respeito, 
amor, sem cobranças e comparações, você irá desenvolver as novas 
habilidades necessárias. Foque em estar no presente, em olhar para 
si em vez de se projetar no outro. 
 Assim como na atenção plena, nas atividades físicas, também 
precisamos saber da necessidade de treino para se obter bons 
resultados. Não podemos querer consertar em um mês o que às 
vezes levamos anos para estragar. O corpo demanda um processo 
lento de repetição, sempre dentro do seu limite, pois para mas 
você o estressa, para menos você não adquire os benefícios 
desejados. 
 A segunda palavra então é constância, e não intensidade, 
pois mais vale dez minutos de exercício diário, do que três horas em 
um único dia do mês, mais vale cinco minutos de meditação diária, 
do que um retiro no final de semana. O corpo precisa de constância 
e recompensa largamente por isso. 
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 Apreciar os processos evita a ansiedade de querer resultados 
imediatos, que mais paralisam que realizam. Busque seuspropósitos com amor, respeito e consistência, se está cansado, 
descanse, se algo não saiu como o esperado, recomece. Aos poucos 
vá entendendo e trabalhando seus limites e qualidades, sem 
precisar fazer seu corpo sofrer no caminho. 
 Nós somos nosso próprio corpo, mas também o que vem 
antes dele e o que vem depois, somos o inconsciente, o consciente 
e o ego, somos nosso passado, presente e futuro, e todas nossas 
camadas merecem ser tratadas com amor. Sempre que for 
atuar em seu corpo físico lembre-se, do processo lento, mas eficaz, 
de como a natureza transforma as pedras em areia, com o pingar 
de milhares e milhares de gotas de chuva. 
 
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Estresse Mental 
 O estresse mental é cada vez mais comum em nossa 
sociedade, isso porque, nosso cérebro tem uma capacidade 
limitada de processamento de informações diária e em um 
mundo conectado como o nosso, a quantidade de informações a 
que estamos expostos se multiplica freneticamente. 
 Esse limite de processamento que dita, por exemplo, a 
necessidade de se ter aulas por períodos, sendo que quanto menor 
a capacidade de atenção, menor deve ser essa duração. Na escola 
também percebemos que quanto mais informações temos que 
assimilar, mais tempo precisamos. Quando tentamos estudar o 
conteúdo de um ano em um dia, descobrimos que não saímos da 
superficialidade e ainda geramos um grande estresse mental. 
 Novamente a palavra é constância, ou seja, fazer um pouco 
todo dia, com atenção e frequência. Não adianta forçar 
desempenho, é como tentar rodar um jogo atual em um 
computador antigo, ele trava. Mas também não estou dizendo que 
os limites são fixos, para a mente vale o mesmo princípio de treino 
que vimos para o corpo físico. 
 Para melhorar a capacidade mental, comece identificando qual 
é o seu limite atual, qual é o tempo que você fica concentrado em 
determinada tarefa, seja estudar, trabalhar ou tocar um 
instrumento. Perceba quando começa a dispersar sua atenção e em 
vez de automaticamente ir para o celular, determine 
conscientemente uma pausa e uma outra atividade para fazer 
durante ela. 
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 Pode ser tomar uma água, dar uma caminhada, brincar com o 
cachorro, depois retorne para a tarefa inicial e repita o processo de 
auto-observação do momento em que necessitará de uma nova 
pausa. Então, assim como ocorre com o corpo físico, sua 
capacidade de concentração vai aumentando com o tempo e com o 
treino constante e consciente. 
 No trabalho, pode ser mais desafiador estabelecer esse limite, 
pois nem sempre a empresa entende que produtividade não é 
número de tarefas, mas o quão eficientemente se resolve um 
problema. Um funcionário que entrega três tarefas bem feitas é 
mais produtivo que aquele que entrega dez que precisarão ser 
refeitas. Aqui, um diálogo claro com seu chefe sobre carga de 
trabalho e desempenho pode ser necessário se você se sente 
exigido além do que deveria. 
 A questão é que se você não estabelecer um limite, 
dificilmente o seu chefe o fará. Se mesmo após a conversa, 
continuar se sentindo esgotado, procure outro emprego, precisamos 
nos respeitar não estando em um ambiente que nos trata como 
descartáveis. Não estou falando para você pedir demissão amanhã, 
mas para criar uma estratégia que te permita se livrar disso mais 
à frente. 
 Permita-se buscar novos caminhos se o atual não está te 
trazendo felicidade, prazer e paz. Aqui novamente a palavra 
respeito surge como algo fundamental, pois muitas vezes nos 
mantemos em situações ruins porque estamos nos comparando ao 
outro e não respeitamos os nossos limites. Esquecemos que somos 
únicos no universo e que merecemos o melhor. 
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 Quando largamos a autocobrança, de termos que fazer isso ou 
aquilo, e focamos em nós, nas nossas capacidades, limites, 
qualidades e no que pode ser aperfeiçoado, estamos oportunizando 
que o nosso exterior também reflita um cenário melhor. Mas se 
somos os primeiros a nos castigar, punir e a manter uma situação 
degradante, por que quem está ao redor não faria o mesmo? 
 Estamos aqui para sermos felizes, não para sermos máquinas 
de produção, o trabalho é para ser fonte de prazer e de realização, 
mas se você não se sente assim, revise sua vida, veja o que te 
traz aborrecimentos e pressões, então, direcione-se para a 
mudança. Cumpra suas responsabilidades, mas não se coloque 
obrigações irreais, nosso único dever é viver o presente. 
 
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Estresse Emocional 
 Comumente temos em nossa vida alguns momentos que 
geram estresse emocional, por exemplo, quando perdemos um 
ente querido ou quando um amigo próximo muda de país. Em 
ambos os casos, há uma ruptura brusca de um convívio 
estabelecido, então nossa mente precisa de um tempo para 
trabalhar essa nova configuração. 
 Esse luto é normal e necessário, pois as emoções precisam 
ser organizadas e elaboradas novamente até estarem calmas dentro 
de nós. Portanto, se você perdeu alguém ou algo muito importante, 
não se cobre por estar vivendo um luto, em algum momento seu 
corpo assimilará tudo e trará um novo significado dessa experiência 
para você. 
 Agora, quando sofremos por algo que não existe ou não 
aconteceu, geramos um estresse emocional desnecessário. 
Como, por exemplo, sofrer antecipadamente porque alguém que 
amamos vai partir um dia. Na verdade, não faz sentido sofrer por 
algo que não sabemos quando vai acontecer, mas que 
inevitavelmente vai. O mesmo podemos pensar sobre sofrer 
antecipadamente por uma demissão, ora, a não ser que nos 
aposentemos nesse emprego, em algum momento pediremos 
demissão ou seremos demitidos. 
 Por isso, precisamos aprender a soltar, a não ter apego, 
pois ele que traz o estresse emocional. Quanto mais apego temos 
por algo, sejam pessoas, coisas ou situações, mais estresse 
emocional geramos quando as perdemos. Pode ser algo simples 
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como uma roupa ou algo profundo como uma mãe, sempre que 
você sentir que perdeu algo a que é apegado, inevitavelmente vai 
sofrer com isso. 
 Então, para não ter estresse emocional desnecessário, não 
devemos ter apego e para não ter apego, precisamos entender que 
não possuímos nada e que tudo é transitório. Tudo passa por 
nossa vida, nós somente convivemos com o que está a nossa volta, 
nada temos, portanto, tudo é um empréstimo, são instrumentos 
para a expansão da consciência. 
 As coisas materiais estragam, as pessoas vêm e vão e nós 
também um dia partiremos da vida delas. Mas insistimos em 
nutrir apegos mesmo com coisas pequenas, deixamos de usar 
uma roupa que amamos por medo de estragá-la, mesmo que ela 
nos faça sentir melhor. Será que não é pior a sensação de ver uma 
roupa que amamos nova, mas nunca usada? Como nos sentiremos 
quando o tempo agir sobre ela e ela for uma novíssima roupa velha? 
 O desapego nos mostra que se nada é nosso e tudo é 
passageiro, temos que aproveitar o máximo de cada coisa e de 
cada pessoa. O momento de apreciar a companhia de quem 
amamos é agora e só fazemos isso estando presentes. Aqui a 
atenção plena nos ajuda a realmente estar nos momentos que 
compartilhamos com elas, e se isso é feito, se esses momentos são 
vividos, no momento da separação o estresse emocional é 
minimizado. 
 Por isso, usufrua de tudo sem apego, com a consciência que 
cada momento é único e sagrado e assim não terá estresse 
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emocional desnecessário. Estamos aqui para viver e não para ter, 
ninguém tem nada, nem ninguém. Nada permanece igual por muito 
tempo. Tudo, tudo o que está a nossa volta é um empréstimo. O 
quanto antes aceitarmos essas verdades, menos dor e mais 
prazer teremos em nossas jornadas. 
 
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Estresse Espiritual 
 Diferentemente do que talvez imagine, o estresse espiritual 
não é o estresse causado pela pressão de seguir dogmas religiosos, 
ou seja,manter-se de acordo com o sistema de crenças e regras da 
religião que se segue. Mas sim o estresse causado por três 
perguntas que precisam ser respondidas por nós, são elas: 'De 
onde vim, o que faço aqui e para onde vou?' 
 Mesmo que a nível inconsciente, essas perguntas não 
respondidas causam um estresse enorme em nosso sistema. Pense 
em nossa vida aqui na Terra como um jogo, estamos encarnados, 
com um ego que não lembra das existências anteriores e temos que 
resolver esse quebra-cabeça interno, precisamos responder 'de onde 
vim, o que faço aqui e para onde vou', senão a vida não faz 
sentido. 
 Nosso cérebro precisa dessas respostas, da clareza dessas 
respostas para sentir que realmente começou o jogo, senão a 
sensação de que ficamos é de estar eternamente parados no 
começo da primeira fase. Por isso, enquanto não resolver essas três 
perguntas, ficamos com um buraco no peito e com uma sensação 
de vazio, mas depois de resolvê-las começamos um período de 
mais paz interior. 
 Chegar às respostas é um processo individual, mas trago aqui 
minha explicação metafísica, para talvez trazer um norte à questão. 
De onde viemos? Viemos da consciência do Criador, somos um 
pedaço da consciência Dele. Já falamos sobre isso anteriormente, 
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sobre como somos uma centelha do Divino, de como tudo emerge 
do Todo, inclusive nós. 
 O que estamos fazendo na Terra? Estamos acumulando 
experiências, simplesmente isso. Digo pela lógica, pois estamos em 
um corpo sensorial 24 horas por dia e possuímos um arsenal para 
coletar informações sensoriais, como o tato, a visão, o paladar, os 
sentimentos e mais. São milhares de informações que agregamos o 
tempo todo. Logo, a vida nos mostra que estamos aqui para captar 
essas informações e viver experiências. 
 Então, quanto mais informações coletamos, quanto mais 
expandimos nossas percepções, mais estaremos cumprindo nosso 
propósito de estar aqui. Se fosse para sermos seres iluminados 
espiritualmente, não teríamos encarnado em um corpo físico na 
Terra, vivendo no planeta do jeito que ele é hoje. Se estamos aqui é 
porque são as experiências que ele oferece que precisamos ter, 
sempre lembrando da autorresponsabilidade. 
 Então, só cabe a nós ampliar cada vez mais essas 
experiências. Se estamos num corpo que nos permite sentir o 
sabor dos alimentos, então vamos experimentar todos os tipos que 
pudermos. Se podemos ver, então vamos ver o máximo de novas 
paisagens, vamos olhar para tudo de verdade, com atenção plena. 
Com essa mentalidade é que vivenciamos o máximo do que a vida 
nos oferece. 
 E para onde vamos? Vamos voltar para o Criador. Assim 
como saímos Dele, regressaremos à Ele. Sei que pode ser 
desafiador entender o sentido disso, principalmente porque temos 
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muitas crenças do paraíso final, e tudo bem. Cada religião e cada 
pessoa tem sua crença, portanto, acredite no que te faz melhor. 
 Como disse, encontrar essas respostas é um caminho 
individual, então se você chegar a conclusões diferentes sobre de 
onde veio e para onde vai, não tem problema, elas só precisam 
realmente te trazer paz interior. Mas, sobre o que estamos 
fazendo aqui na Terra, reforço que estamos vivendo uma 
experiência sensorial e quanto mais nos permitirmos absorver 
informações, mais significado encontraremos na nossa vida. 
 Por isso, não se feche nas experiências que já teve, nem se 
limite por sua idade ou por achar que viveu tudo porque cumpriu o 
protocolo social. Idade é relativo e enquanto estamos aqui nosso 
corpo está recebendo informações, não há limite máximo. 
Trabalhe em si crenças limitantes que nos fazem não experimentar 
o novo, como acreditar que antigamente tudo era melhor, liberte-se 
desse saudosismo exagerado. 
 Tudo está sempre em constante transformação e expansão, 
não pare no tempo, senão a vida acaba por te arrastar. Ao 
fazermos algo novo, seja ouvir uma música que nunca ouvimos ou 
fazer uma nova amizade, é normal sentir algum estranhamento, 
pois não estamos acostumados às informações que elas trazem, 
mas isso é algo bom, pois significa que elas estão de fato trazendo 
algo novo. 
 Por isso, se abra conscientemente para a experimentação e 
quando ir para a próxima fase dessa existência terá adquirido muito 
da única moeda que levamos daqui, as informações. Não se 
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acomode achando que já aprendeu ou experimentou o suficiente da 
vida, pois nunca é o suficiente, sempre podemos expandir mais e 
mais, pois não há limite para quantas moedas podemos coletar no 
jogo da vida. 
 
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Módulo 7 – Treinando 
Prática 1 – Aumentando a Produtividade 
 Começamos agora uma série de exercícios práticos com a 
intenção de te levar um nível além do que você vem praticando. E o 
primeiro é como aumentar (e muito!) a produtividade com a 
atenção plena. 
 Produtividade está diretamente associada a amar o que se 
faz. Esse é o caminho mais curto, pois se amamos o que fazemos, 
nos sentimos bem fazendo e se nos sentimos bem, queremos fazer 
mais e mais. Desse modo, você é produtivo por prazer e não por 
uma exigência social. 
 Outra razão, é que quando amamos o que fazemos, os 
pensamentos destrutivos e desgovernados são naturalmente 
substituídos pelo prazer e concentração. Já quando fazemos o 
que não gostamos, entramos no modo robô e deixamos a mente 
viajar. Isso ocorre porque a maneira mais rápida de fugir de algo é 
não pensar naquilo, principalmente quando não nos é dado a 
possibilidade de ir embora fisicamente, seja por alguma obrigação 
ou compromisso. 
 Atualmente, grande parte da população vive nessa fuga das 
atividades que não gosta, mas faz simplesmente para sobreviver. 
Num futuro, ainda utópico, as pessoas poderão fazer o que amam 
sem se preocupar com o básico, então a produtividade será 
crescente e natural. Mas até lá, enquanto ainda há obrigações não 
prazerosas a cumprir, podemos usar a atenção plena para 
transformar um problema em um aprendizado. 
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 Isso porque, é fácil se concentrar naquilo que se gosta, o 
desafio é fazê-lo com o que não se gosta. Por isso, proponho que a 
partir de agora coloque atenção total mesmo nas tarefas 
desagradáveis. Pois, ainda não podemos ter prazer em tudo o que 
fazemos, mas colocando atenção plena, por mais contraditório que 
pareça, podemos sofrer cada vez menos com elas. 
 E o caminho para isso é silenciar os pensamentos e não dar 
espaço para a mente fugir. Desse modo, gostando ou não da 
atividade, a produtividade aumenta, porque terminamos mais 
rápido, com menos erros e com mais exatidão. Portanto, aplicar a 
atenção plena nas tarefas desagradáveis te ajuda a fluir melhor por 
elas. 
 Porém, reforço que tenha em mente que todo dia aqui na 
Terra é valioso e deveria, no mínimo, não ter uma rotina que nos 
deixasse desmotivados. Sempre se pergunte, se eu tivesse só mais 
três dias de vida, quanto valeria um dia? Isso porque, ainda não 
podemos não fazer algumas tarefas que nos desagradam, mas 
também não podemos levar uma vida totalmente insatisfatória e 
achar que a atenção plena vai nos salvar disso. 
 Mas independente do que façamos na vida, cada ato nosso 
tem que ser um ato divino, o melhor que podemos dar. Não 
estou falando de perfeição, nem de competição, mas sim, dentro de 
você estar a certeza de que fez tudo o que podia. Se o outro não 
acha suficiente, isso é outra história, o importante é você estar 
comprometido com a sua maestria. 
 
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Prática 2 – Atenção na Respiração 
 Esse é um exercício básico, porém fundamental, para 
desenvolver a atenção plena, que é colocar a atenção na 
respiração. Percebam que quando uma pessoa está em crise de 
ansiedade ou pânico, o exercício passado é que ela foque em 
respirar, pois desse modo, para de prestar atenção nos 
pensamentos e nos sentimentos que estão desorganizadose sem 
controle. 
 Mas todos nós podemos nos beneficiar dessa prática, para 
isso, inicialmente recomendo que reserve cinco minutos do seu dia, 
tanto faz o horário, mas tem que ser diariamente, para somente 
prestar atenção na respiração. Você pode estar sentado ou 
deitado, o importante é que possa fechar os olhos e se concentrar 
nela. 
 Inspire, sinta o ar entrando pelas narinas, sinta o ar inflando 
os pulmões e ao expirar sinta o ar saindo deles. Inspire novamente 
repetindo o processo, com calma, mas num fluxo natural. Quando 
surgir um pensamento, simplesmente observe, deixe-o passar 
sozinho, não julgue e não reaja aos sentimentos que ele possa 
gerar. Apenas continue jogando toda sua atenção no ato de 
inspirar e expirar nesses cinco minutos. 
 Conforme sinta seu progresso, sem pressa, pode ir ampliando 
o tempo inicial em mais um minuto a cada semana ou mês. Quando 
avançar ainda mais, pode ampliar o exercício para prestar atenção à 
respiração enquanto faz outra atividade, como por exemplo, dirigir, 
cozinhar ou tomar banho. 
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 Portanto, cada vez que um pensamento crescer em sua 
mente, cada vez que um sentimento te dominar, cada vez que você 
sentir que se perdeu no passado ou no futuro, que seus medos e 
preocupações estão te apagando por dentro, inspire e expire 
conscientemente e retorne à fonte da vida, a respiração. 
 
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Prática 3 – Scanner corporal 
 Minha indicação é que uma vez que já se tenha criado uma 
familiaridade com o exercício da respiração, você agregue o 
exercício do scanner corporal a ele. Para isso, comece focando na 
inspiração e na expiração como indicado no exercício anterior, então 
leve sua consciência para o corpo, relaxando lentamente cada 
parte, indo dos pés à cabeça. 
 Perceba se cada parte está tensa e dê um comando mental 
para que relaxe. Sem pressa, vá sentindo a musculatura ceder, 
seus ossos se aliviarem da tensão, até a região estar 
completamente relaxada. Comece pelos dedos dos pés, então suba 
um pouquinho, perceba o calcanhar e dê o comando para que 
relaxe, observe, sinta ele relaxando. Passe para as canelas, para as 
batatas das pernas, os joelhos, sempre se perguntando 'essa parte 
está relaxada?' e dando o comando mental para que relaxe. 
 Continue subindo, chegue aos órgãos internos, dê um 
comando para relaxar os rins, o estômago, o baço, o coração, o 
abdômen... Cada parte do corpo, sempre de baixo para cima, vá 
relaxando, até chegar nos ombros, nos braços, nas mãos, no 
maxilar, na língua, nos olhos, nos músculos da face, nos ouvidos, no 
couro cabeludo, então relaxe inclusive os pensamentos. 
 Fique nesse estado de relaxamento por um tempo, apenas 
curtindo o momento. Seu corpo vai estar reaprendendo a ficar 
relaxado e a aliviar seus pontos de tensão, desse modo, a energia 
fluirá cada vez melhor por ele e os pensamentos ficarão 
naturalmente mais calmos. Experimente começar ou terminar o dia 
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com esse exercício e verá a diferença na qualidade da sua noite ou 
do seu dia. 
 Embora inicialmente esse exercício seja feito juntamente com 
o foco na respiração, ele pode (e deve) ser feito sempre que 
estiver tenso. Se passou por uma situação que te deixou nervoso, 
sinta em qual parte essa tensão estagnou, se suas costas ficaram 
tensas por exemplo, inspire, expire e dê um comando mental para 
que elas relaxem, pois geralmente os sentimentos ficam grudados 
em alguma parte do corpo causando a tensão. 
 Somos suscetíveis aos sentimentos, pois todos ficamos 
nervosos, tristes, com raiva em algum momento e é normal sentir 
isso. Não precisamos evitar as emoções, mas aprender a identificar 
em nosso corpo onde elas ficaram armazenadas, relaxar e 
então deixá-las ir. A partir do momento que respiramos 
conscientemente e damos o comando mental para o relaxamento a 
tensão e o sentimento acumulado vão naturalmente se dissipando. 
 Com a prática, esse relaxamento vai sendo cada vez mais 
internalizado no seu dia a dia, trazendo uma melhor fluidez do chi, 
da energia pelo seu corpo, diminuindo o peso das emoções densas 
e aumentando a fluidez das emoções sutis. 
 
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Prática 4 - Atenção nos Sentidos 
 Nos últimos exercícios vimos como podemos meditar 
colocando a atenção na respiração ou colocando a atenção no corpo 
e agora vamos aprender como meditar colocando a atenção nos 
sentidos. 
 Começamos escolhendo qual sentido queremos prestar 
atenção e desenvolver. A audição e a visão se adaptam melhor com 
meditações passivas, quando sentamos e reservamos um tempo 
exclusivo para elas, embora assim como o olfato, o tato e o paladar, 
possam ser adaptadas para meditações ativas, ou seja, 
mescladas com outras tarefas no nosso dia a dia. 
 Para a audição, reserve um momento do dia, sente, relaxe e 
foque apenas em ouvir, abra seus ouvidos para os sons ao redor, 
sem julgamentos. Com esse passo você já perceberá uma grande 
diferença no que é capaz de ouvir naquele momento, pois no dia a 
dia nosso foco, além de estar distribuído entre todos os sentidos, 
está voltado para os pensamentos, mas quando dirigimos nossa 
atenção plena a um sentido, a percepção sensorial dele inunda 
nosso sistema. 
 A visão é um sentido naturalmente muito usado, a questão é 
que muitas vezes enxergamos, mas não vemos. Para exercitá-la 
podemos meditar com um cristal, focando em perceber seus 
mínimos detalhes, na verdade pode-se adaptar para qualquer 
objeto, inclusive a própria mão. O fundamental é jogar toda atenção 
em realmente ver e não apenas criar uma imagem mental do 
objeto. 
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 O tato é um sentido que pode proporcionar sensações muito 
agradáveis quando colocamos o foco nele e podemos exercitá-lo 
praticamente em qualquer tarefa, como por exemplo, lavando a 
louça ou no banho. Há uma meditação ativa que consiste em levar a 
atenção para as solas dos pés enquanto caminhamos, pode ser bem 
desafiador no início, mas é uma excelente meditação, muito 
libertadora pois favorece incrivelmente que a mente entre em 
silêncio absoluto. 
 A atenção ao paladar e ao olfato pode ser desenvolvida em 
situações que consideramos extremamente corriqueiras. Fazendo 
uma refeição, por exemplo, podemos nos dedicar a sentir realmente 
o sabor dos alimentos. Quando fazemos uma refeição com pressa, 
preocupados com o trabalho ou comemos “qualquer coisa”, estamos 
renunciando às incríveis sensações que poderíamos ter. 
 É um treino diário comer percebendo todos os sabores, 
valorizando essa alquimia que é a comida, não caindo no 
automático de só mastigar e engolir. Aliás, quando essa alquimia é 
perfeita, essa combinação de sabores cria percepções cerebrais e 
acaba por ser inesquecível para nós, não é à toa que muitos 
chefes de cozinha e profissionais trabalham e estudam muito para 
alcançá-la. 
 Então percebam como é rica a atenção plena aplicada aos 
sentidos, como nos favorece imensamente em vários aspectos estar 
presente e apreciar através deles os momentos. Quantas vezes não 
buscamos prazeres fugazes como compras ou jogos porque estamos 
nos privando do prazer dos sentidos? Precisamos saber que se os 
usamos com consciência, eles são fontes naturais de alegria. 
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Prática 5 – Atenção nos Pensamentos 
 Chegamos à nossa última prática e ao contrário do que temos 
falado até aqui, não vamos ignorar, mas aprender a como colocar 
atenção nos pensamentos, usando essa habilidade a nosso 
favor. 
 Existem duas forças básicas no universo, a criação e a 
destruição. Nós humanos temos acesso a ambas, somos 
inerentemente capazes de criar e de destruir. Essa dualidade 
que possuímos, faz com que tenhamos um lado sombra e um lado 
luz, sendo o lado luz os pensamentos construtivos, que ajudam a 
sociedade, que enobrecem, que exaltam e lado sombra os 
pensamentos destrutivos, que prejudicam, diminuem e corrompem.Nosso livre-arbítrio está em escolhermos qual dessas forças 
vamos utilizar na vida, se queremos ser parte da força criadora ou 
parte da força destruidora. Mas é importante sabermos que 
escolher um lado não anula o impulso oposto. Isso quer dizer 
que mesmo escolhendo ser parte da força criadora, os pensamentos 
de destruição que tivermos ainda existirão em nós. 
 Então, já que eles não vão simplesmente sumir, o que 
devemos fazer é reconhecê-los. Se você percebe um impulso de 
prejudicar alguém, algum egoísmo, inveja, olhe esse pensamento de 
frente, não adianta tentar escondê-lo. É fundamental identificar e 
assumir nosso lado sombra, pois fingir que um impulso 
destrutivo não existe não o faz desaparecer, é somente encarando-o 
que conseguimos resolvê-lo. 
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 Fazemos isso fixando esse pensamento em nossa mente, 
colocando atenção e foco nele e nos deixando ser inundados por 
todas as sensações que ele trouxer. Nesse momento muitas 
emoções podem vir à tona, choro, raiva, melancolia, medo, mas 
tudo isso faz parte da catarse, é o processo de liberação 
acontecendo. 
 Então seja extremamente gentil e acolhedor consigo próprio, 
seja o melhor amigo que puder ser para si mesmo. Não se 
julgue, não se culpe, não se puna, nem se vitimize, apenas permita-
se sentir e liberar o que vier. Quanto mais você fizer isso com seus 
pensamentos destrutivos, mais essa conexão entre pensamento e 
sentimento vai se esvaziando e esgotando. 
 Somos duas forças em um ser e podemos fazer disso uma 
fraqueza ou uma potência. Por isso, não esconda seus pensamentos 
destrutivos, encare seus monstros e medos de frente. Muitas vezes 
acabamos por descobrir que eles eram muito menores do que 
imaginávamos ou que, na verdade, nunca existiram, sempre foram 
o monstro embaixo da cama que desaparece quando 
acendemos a luz. 
 
 
 
 
 
 
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Posfácio 
 Você chegou ao final desse livro/curso e eu não poderia estar 
mais feliz. Como professor minha meta é levar informação de 
qualidade, adquirida em muitos anos de estudo e experimentação, à 
outras pessoas, de forma simples e acessível. E se você chegou até 
aqui já posso sentir que parte disso se realizou. 
 O mérito é seu, é claro, e é maior do que imagina. Estudar 
Atenção Plena em um mundo onde se incentiva o descontrole, em 
que se enaltece a superprodução, em que se romantiza o estresse 
mental é um grandessíssimo ato de coragem e até de 
insubordinação, eu diria! 
 Afinal, o domínio do pensamento é extremamente temeroso a 
quem ganha com o descontrole das massas. Mas seguimos nesse 
trabalho de formiguinha, sabendo que o individual é tão 
poderoso quanto o coletivo e que qualquer mudança começa 
sempre por dentro. 
 Espero que você tenha aproveitado o livro, em sua mente, é 
claro, mas também em seu coração. Não ache que ele foi menos 
eficaz se você não conseguiu implementar a maioria dos exercícios, 
pois há muito conteúdo nessas linhas, com práticas para uma vida 
inteira. 
 Então vá no seu ritmo, coloque em prática o que lhe fez mais 
sentido, releia o livro e faça anotações quando sentir, o importante 
é seguir em frente e se manter sempre em expansão. 
 
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