Prévia do material em texto
UFF Universidade Federal Fluminense Disciplina: Introdução aos Estudos sobre Segurança Pública Polo: Itaperuna Matrícula: 18213150033 Aluno: ALUIZIO MARCOS FERREIRA HENRIQUE 1)Não é o caso apenas de ações de controle social, prevenção e repressão ao crime. Antes das ações, é preciso que se faça uma reflexão sobre os valores e ideias que informam essas ações. Não podemos agir mais como se estivéssemos em uma sociedade colonial ou totalitária. Vivemos sim em um Estado Democrático de Direito e, por conseguinte, valores democráticos devem nortear nossos comportamentos. No Estado Democrático de Direito, portanto, as leis se constituem como um mecanismo de controle por parte do Estado sobre os cidadãos e, na mesma medida, por parte dos cidadãos sobre os funcionários do Estado. Todos devem cumprir e seguir as leis. Na verdade os conflitos estão intimamente ligados aos centros urbanos e a prevenção criminal se faz muito importante. Podemos identificar uma infinidade de situações cotidianas potencialmente conflituosas como o trânsito desordenado, a demora no atendimento dentre outros fatores. Situações corriqueiras como essas são conflituosas e geram atos de violência e até os chamados crimes. De maneira bastante genérica tudo que estiver enquadrado dentro do código penal pode ser considerado crime. De modo geral no tocante ao crime podemos conceituar e entender o fato em duas partes: a relação social(natureza criminal)e a construção do crime socialmente falando(este último seccionado em dois desdobramentos). Observando o quadro do adolescente e da criança no Brasil, verificamos que os direitos desse grupo giram em torno de dois pilares jurídicos: a Carta Magna de 1988 na pessoa do artigo 227 º e O Estatuto da Criança e do Adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) veio como uma evolução dos direitos aos menores e adolescentes (antes segregados pela pobreza e submetidos a maus tratos em abrigos para essa classe). O que notamos é que apesar do passar do tempo, tais legislações parecem ser feridas por agentes de segurança, e outros agentes envolvidos com crianças e adolescentes. Se mergulharmos na chamada Lei 8.069/90(ECA) vamos descobrir permissões para nascimentos e desenvolvimento, o chamado direito ao respeito, o ir e vir com liberdade e outros direitos que compreendem a proteção do bem-estar do menor e do adolescente. O que entendemos então é que não basta ter legislação especial dirigida ao menor ou a outro grupo minoritário (ou não) mas deve-se como bem conhecemos leis devem ser cumpridas a risca para proteção desses grupos, e caso contrário a população uma vez conscientizada deve sem reservas estar aberta a denunciar desmandos e outras infrações a Constituição e ao chamado Estatuto do menor e do Adolescente. 2) Uma vez que o Código Penal brasileiro passou por modificações ao longo de sua existência, no intuito de aprimorar a difícil arte de punir e proteger temos dentro do mesmo código a criação da Lei para proteção ao sexo feminino, a famigerada Lei Maria da Penha, para os casos de feminicídio e contravenções mais brandas. Passando pelos conceitos de crime e conflito, criminalização e outros termos correlatos, observamos a Lei Maria da Penha como um suporte importante para casos de abusos contra mulheres, classe essa muito prejudicada desde os tempos do Brasil Colônia. De uma maneira bem genérica a Lei Maria da Penha ou Lei 11340 a sua introdução diz: ‘’Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Ce- digo Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.’’ Desta forma assim como a lei Maria da Penha, observamos mais uma vez as preocupações fundamentais da segurança não privada como ordenamento do chamado espaço publico, direitos dos cidadãos, os serviços públicos para a população dentre outros. Aqui no bojo dessa preocupação de conceituar as praticas legitimas encontramos o conceito de crime e conflitos juntos e sujeitos a mudanças com a história. Em outras palavras o que parecia ser crime na época do Brasil Colônia, assim não é em nosso tempo.