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De acordo com Graça (1988), os oligodendrócitos exercem um papel na síntese e
manutenção da bainha de mielina. Faça uma pesquisa sobre o processo de
desmielinização que ocorre na doença de Alzheimer e Esclerose Múltipla, cite as
características histopatológica e consequências funcionais-sintomas. 
Lembre-se de compartilhar suas conclusões no fórum da seção “Compartilhe”.
RESPOSTA
A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que acomete
pessoas com mais idade. Funções cerebrais como memória, linguagem, cálculo,
comportamento são comprometidas de forma lentamente progressiva levando o paciente
a uma dependência para executar suas atividades de vida diária. É um processo diferente
do envelhecimento cerebral, pois ocorrem alterações patológicas no tecido cerebral
como deposição de proteínas anormais e morte celular. 
A medicina ainda não sabe a causa do Alzheimer, embora seja conhecido o
processo de perda de células cerebrais. O que se sabe é que existe uma forte relação
com a idade, ou seja, quanto mais idoso, maior a chance de desenvolver a doença. Os
primeiros sinais são a perda de memória e o comportamento alterado do indivíduo. Não
é qualquer perda de memória que devemos ficar alertas, mas àquela que se repete e
começa a comprometer o dia a dia da pessoa, interferindo no funcionamento das
atividades pessoais.
Com o evoluir da doença, estas perdas são cada vez mais progressivas e
comprometem até memórias autobiográficas do paciente (como nome dos filhos e
netos).
O diagnóstico atualmente se dá com a entrevista médica e a exclusão de outras
doenças por meio de exames de sangue e de imagem (tomografia ou ressonância
magnética) e avaliação neuropsicológica (expandida ou computadorizada). Não existe
ainda um marcador biológico da doença, ou seja, um exame único que o médico possa
pedir e ter a segurança total do diagnóstico, mas recentes avanços laboratoriais têm
melhorado a acurácia diagnóstica.
Já na Esclerose Múltipla, a perda de mielina (substância cuja função é fazer com
que o impulso nervoso percorra os neurônios) leva a interferência na transmissão dos
impulsos elétricos e isto produz os diversos sintomas da doença. Esse processo é
chamado de desmielinização. É importante atentarmos que a mielina está presente em
todo sistema nervoso central, por isto qualquer região do cérebro pode ser acometida e o
tipo de sintoma está diretamente relacionado à região afetada.
Com a desmielinização, ocorre um processo inflamatório que culmina, com o
decorrer do tempo, no acúmulo de incapacitações neurológicas. Os pontos de
inflamação evoluem para resolução com formação de cicatriz (esclerose significa
cicatriz). Esta não apresenta a mesma função do tecido original, mas é a forma que o
organismo encontra para curar a inflamação. Porém, com isto, perdemos função tecidual
(“a cicatriz como testemunha”) que aparecem em diferentes momentos e zonas do
sistema nervoso central.
Os pacientes podem se recuperar clinicamente total ou parcialmente dos ataques
individuais de desmielinização, produzindo-se o curso clássico da doença, ou seja, os
surtos (períodos em que a doença se manifesta intercalados com períodos sem
manifestação) e remissões.
O diagnóstico é basicamente clínico e laboratorial, embora em alguns casos
podem ser insuficientes para definir de imediato se a pessoa tem ou não Esclerose
Múltipla. Isso acontece pois os sintomas se assemelham a outros tipos de doenças
neurológicas. Nestes casos a confirmação diagnostica pode levar mais tempo.
Apesar de ainda não existir a cura para a Esclerose Múltipla, muito pode ser feito
para ajudar os pacientes a serem independentes e a terem uma vida confortável e
produtiva.

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