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Bioquímica Glória Mamédio Furanose piranose Carboidratos Caracteristicas Os carboidratos são biomoléculas mais abundantes São constituídos por aldeídos e cetonas, formando poli-hidroxialdeidos e poli-hidroxicetonas Também são chamados de glicídios, açucares ou hidratados de carbono. A formula é constituída por C,H e O. alguns apresentam enxofre, nitrogênio e fosforo São divididos em 3: monossacarídeos: são açucares formados por apenas uma unidade de sacarídeo. Quando apresentam 4 ou mais C assumem forma cíclica. O principal é o D-glicose (dextrose) oligossacarídeo: são açucares formados por cadeias curtas de monossacarídeos, são conectados por meio de ligações glicosídicas. Os mais abundantes são os dissacarídeos. Nas células, os oligossacarídeos formados por 3 unidades ou mais estão ligados a moléculas que não são açucares (lipídeos e proteínas). Todos os monossacarídeos e dissacarídeos comuns tem sufixo “ose” polissacarídeos: são formados por mais de 20 unidades de monossacarídeos Alguns possuem forma linear e outros são ramificados Funcoes Reserva energética Composição dos ácidos nucleicos Componentes estruturais de muitos organismos Proteção Sinais de localização celular Lubrificação de juntas esqueléticas Adesão intracelular Monossacarideos Açucares simples São cristalinos, incolor e solúveis em água A maioria tem sabor adocicado Os mais comuns não possuem cadeia ramificada, apenas ligações simples entre os carbonos Quando possui o grupo funcionas aldeído são aldoses, quando possuem cetona são cetoses Não são hidrolisáveis e são hidrossolúveis Triose (3C), tretose (4C), pentose (5C) e hexose (6C) Todos os monossacarídeos possuem carbonos quirais e são opticamente ativos .(exceto as cetotrioses) Os que possuem função biológica importante apresentam configuração D D-glicose e D-frutose são os mais comuns na natureza. Os monossacarídeos formados por 4 ou mais carbono, em água, assumem forma cíclica. As mais estáveis são as furanoses e piranoses Quando em forma cíclica as aldoses são hemiacetal e as cetoses são hemicetal Na forma cíclica o carbono quiral ou anomerico é o que está ligado á O e OH Quando formam anéis podem assumir configuração α quando o grupo OH está para baixo e β quando o OH está para cima Hexoses simples: glicose, galactose e manose Em algumas hexoses o grupo OH de qualquer carbono pode ser trocado por outro grupo ou um átomo de C pode ser oxidado Açucares redutores: alguns monossacarídeos podem sofrer redução a partir da oxidação de um grupo carbonila. Essa é a base da reação de Fehling que era usado para detectar níveis de açucares redutores Bioquímica Glória Mamédio Oligossacaredeos Carboidratos formados por um pequeno número de monossacarídeos ligados por ligação glicosídica A ligação glicosídica é determinada pela ligação glicosídica do carbono anomerico, se a OH for α é ligação α, se o OH for β é ligação β Dissacarideos São oligossacarídeos formados por 2 monossacarídeos ligados por ligação glicosídica, a hidroxila se liga ao carbono anomérico A formação de uma ligação glicosídica gera um açúcar não redutor Em dissacarídeos uma das extremidade com carbono anomerico é livre e pode ser reduzida, chamando de extremidade redutora Maltose: formado por 2 resíduos de glicose. É um dissacarídeo redutor. É resultante da hidrolise do amido. Lactose: formado por glicose mais galactose. É naturalmente presente no leite. A enzima lactase inicia o processo de digestão desse dissacarídeo e como outros dissacarídeos. Não é absorvido no intestino delgado. É um dissacarídeo redutor Sacarose: formado por glicose mais frutose, é produzido pelas plantas e está presente principalmente na cana de açúcar e na beterraba. Não é um açúcar redutor e é hidrolisado pela enzima sacarase. Polissacarideos São polímeros formados por centenas ou milhares de resíduos de monossacarídeos Podem ser lineares os ramificadas Diferenciem entre si pelo tipo de monossacarídeos repetidos, comprimento, tipo de ligação que une os resíduos e grau de ramificações Homopolissacarídeos: possuem apenas um tipo de monossacarídeo em toda a estrutura. Ex: amido, glicogênio, insulina, celulose e quitina. Heteropolissacarídeos: possuem 2 ou mais tipos de monossacarídeos. Ex: glicosaminoglicanos, ácido hialurônico, glicoproteínas e peptidoglicano. Amido: polímero de α-D-glicose. Serve como resrva energética para plantas e alimento para animais Glicogênio: polímero de glicose. Presente no corpo humano como reserva. Fica no reticulo endoplasmático liso dos hepatócitos e células muscular. Na célula hepática funciona para controle da glicemia e no musculo para fornecer energia para o movimento. Celulose: formado por D-glicose. Presente no caule, tronco e toda a parte de madeira da planta. É uma substancia fibrosa, flexível e insolúvel em agua. Os animais não podem digerir devido a falta da enzima β amilase. Os ruminantes possuem bactérias que produzem essa enzima, então podem digerir a celulose. Quitina: substancia de sustentação e compõe o exoesqueleto dos artrópodes. Formado por unidade de N-acetil glicosamina Digestao dos carboidratos Os principais sítios para digestão é a boca e o lúmen. A digestão é rápida As enzimas que fazem a digestão geralmente são endoglicosidase e dissacaridase Boca: inicia a digestão do amido pela α-amilase. A digestão cessa temporariamente no estômago pois o ambiente ácido inativa a amilase salivar. Intestino delgado: o bicabornato neutraliza o conteúdo ácido do estômago e a amilase pancreática continua a digestão do amido. Jejuno: no epitélio mucoso do jejuno superior. Libera dissacaridase e oligossacaridases como maltase, sacarase e lactase.. Quando á um defeito nas enzimas o carboidrato não é digerido e vai para o intestino grosso. A agua flui da mucosa para o intestino grosso devido a osmose, junto com a fermentação por bactérias que produzem compostos que aumentam a osmose e liberam CO2, causando cólicas, diarreia e flatulências (peidos). Deficiências das enzimas podem ser hereditárias ou causadas por má nutrição, drogas ou diarréias graves Intolerância a lactose: pode ter ligação com a raça (90% das pessoas com descendência africana ou asiática possuem). Representa mais uma redução na quantidade da proteína enzimática. O tratamento é feito pela retirada da lactose Bioquímica Glória Mamédio Deficiência de isomaltase-sacarase: deficiência enzimática que resulta em intolerância a sacarose. Presente em 10% dos esquimós da Groenlândia e 2% dos norte-americanos são heterozigotos. O tratamento é feito pela remoção da sacarose da dieta. Diagnostico: é feito por testes de intolerância via oral. A medida do gás hidrogênio no hálito ajuda a identificar os carboidratos não digeridos