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65www.biologiatotal.com.br
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ACOPLAMENTO DO 
CORAÇÃO E CIRCULAÇÃO
O coração está localizado na cavidade torácica, 
levemente deslocado para o lado esquerdo do 
corpo. É formado por quatro câmaras, sendo 
que cada lado do coração possui duas delas, 
um átrio e um ventrículo ligados pelas valvas 
atrioventriculares. O sangue flui do átrio para 
o ventrículo, somente nessa direção, através 
dessas válvulas. 
O coração está coberto pelo pericárdio, 
membrana que protege o órgão do atrito durante 
seus batimentos e segura seu estiramento. 
O pericárdio compreende duas camadas: o 
pericárdio fibroso, camada mais externa, e o 
pericárdio seroso, camada mais interna. Esta 
última é composta por uma camada parietal 
aderida ao pericárdio fibroso e pela camada 
visceral (epicárdio), fortemente aderida ao 
coração.
O coração bombeia o sangue para os pulmões 
(circulação pulmonar) e restante do corpo 
(circulação sistêmica). O sistema cardiovascular 
faz o transporte e distribuição de oxigênio de 
nutrientes para os tecidos e remove os produtos 
do metabolismo.
O CIRCUITO DO SANGUE
O sangue que retorna do corpo pelas veias chega 
ao coração pelas veias cavas superior e inferior 
que desembocam no átrio direito. A partir daí, o 
sangue passa para o ventrículo direito através 
da válvula tricúspide de onde é ejetado para as 
artérias pulmonares direita e esquerda, através 
da válvula pulmonar, iniciando a pequena 
circulação. Após a hematose (trocas gasosas 
que acontecem nos pulmões) o sangue agora 
oxigenado retorna ao átrio esquerdo através 
das veias pulmonares, finalizando a circulação 
pulmonar. Do átrio esquerdo, o sangue passa para 
o ventrículo esquerdo por meio da válvula mitral 
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(bicúspide). Assim que a pressão nessa cavidade 
aumenta o sangue é bombeado para a artéria 
aorta através da válvula aórtica e distribuído 
para todos os tecidos, com exceção dos alvéolos, 
dando início a circulação sistêmica. A partir 
da artéria aorta os vasos se tornam cada vez 
menos calibrosos à medida que se aproximam 
dos tecidos, formando uma rede de capilares 
sanguíneos por onde acontece a transferência 
de oxigênio e nutrientes para os tecidos e dos 
produtos do metabolismo e dióxido de carbono 
para os capilares. Após a transferência o sangue 
passa a ser venoso. Os capilares formam vênulas 
que unidas dão origem a vasos cada vez mais 
calibrosos, formando as veias que carregam 
o sangue de volta para o coração. As duas 
grandes veias cavas superior e inferior carregam 
o sangue direto para o coração finalizando a 
circulação sistêmica.
Os vasos sanguíneos, responsáveis pelo trânsito 
de sangue para o corpo e pulmões podem variar 
em tamanho e nas características das suas 
paredes, isso tem efeitos nas propriedades de 
resistência e capacitância desses vasos.
ARTÉRIAS: Elas tem como função levar o 
sangue oxigenado aos tecidos. São estruturas 
musculares lisas de tecido conjuntivo com 
espessa parede e possui grande quantidade de 
fibras elásticas. A parede das artérias é espessa, 
pois precisam resistir a forte pressão do sangue 
que sai diretamente do coração. A maior artéria 
da circulação sistêmica é a artéria aorta.
ARTERÍOLAS: São ramificações das artérias, de 
menor calibre. Suas paredes possuem músculo liso 
bem desenvolvido inervado por fibras nervosas 
noradrenérgicas simpáticas. Os receptores do 
tipo alfa-adrenérgicos encontrados na pele, por 
exemplo, quando ativados causam contração 
ou constricção do músculo liso vascular. Já 
os receptores do tipo beta-adrenérgicos, 
encontrados no músculo esquelético, quando 
ativados causam o relaxamento do músculo liso 
vascular. Fibras nervosas colinérgicas do SNP 
também podem ocorrer. As arteríolas possuem 
pequena quantidade de fibras elásticas, ao 
contrário das artérias. Apresentam a maior 
resistência da vasculatura, mas essa resistência 
pode variar por conta de mudanças na atividade 
nervosa simpática por catecolaminas circulantes 
ou por outras substâncias vasoativas. 
CAPILARES: A rede de capilares é responsável 
pela troca entre o sangue e o líquido intersticial 
e gases, nutrientes, eletrólitos, água, produtos 
do metabolismo, hormônios e substâncias. 
São ramificações das arteríolas que se unem 
novamente para formar uma vênula. 
VÊNULAS E VEIAS: As redes capilares 
coalescem dando origem a vasos de paredes 
finas denominados vênulas. Estas se unem e 
formam as veias que se tornam cada vez mais 
calibrosas a medida que se aproximam do átrio 
direito, onde desembocam. As veias possuem 
finas paredes, com poucas fibras musculares 
lisas, mas que se distendem bastante por conta 
das fibras elásticas (vasos de capacitância). Elas 
também apresentam válvulas que impedem 
o retorno do sangue através dos vasos, dessa 
forma, o fluxo sanguíneo é unidirecional.
CIRCULAÇÃO PORTA: Normalmente um órgão 
é irrigado por uma artéria e o sangue venoso 
é drenado por uma veia. Dois sistemas de 
leitos capilares dispostos em série, sem que 
haja passagem pelo coração é conhecido como 
circulação porta. Como exemplo, podemos 
citar o sangue que deixa os capilares gástricos, 
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esplênicos ou mesentéricos e entram na veia 
porta. Ela carrega o sangue venoso vindo do 
sistema digestório para o fígado, e aqui o sangue 
passa por outro conjunto de capilares antes de 
voltar para o coração. Isso possibilita que os 
nutrientes absorvidos no trato gastrointestinal 
cheguem diretamente no fígado e então 
transformados para armazenamento ou retornar 
para a circulação.
ANOTAÇÕES
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EXERCÍCIOS
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Em caso de hemorragia, o sangue, para se coagular, 
depende da presença de:
a) protrombina e fibrinogênio;
b) profibrinolisina e heparina;
c) heparina e histamina;
d) fibrina e linfostenina;
e) heparina, fibrina e cálcio.
O músculo estriado cardíaco é o tipo muscular que 
forma a camada muscular do coração, conhecida 
também por miocárdio. O coração é formado por três 
tipos principais de músculos. Quais são eles?
O que é a causa da ritmicidade automática do 
músculo cardíaco?
Explique a lei do coração e seus significados.
Como o sistema de Purkinje aumenta a eficácia do 
coração como bomba?
Podemos dizer que, aumentando a pressão, o fluxo 
aumenta; aumentando a resistência, o fluxo diminui. 
A resistência ao fluxo sanguíneo, por sua vez, 
depende de diversos outros fatores. Quais são eles?
Comente sobre a importância do mecanismo 
hemodinâmico e hormonal.
Quais as principais diferenças entre a circulação 
pulmonar e sistêmica?
Quais são as causas da fibrilação ventricular?
Em um eletrocardiograma, qual é o significado da 
onda ‘’P’’?
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GABARITO DJOW
ACOPLAMENTO DO CORAÇÃO E CIRCULAÇÃO
1 - [A] 
2 - Ventricular, contrai de forma parecida com o músculo 
estriado, mas a duração de contração é maior.
Atrial, contrai de forma parecida com o músculo estriado, mas a 
duração de contração é maior.
Fibras musculares excitatórias e condutoras, só se contraem 
de modo mais fraco, pois contêm poucas fibrilas contráteis; ao 
contrário, apresentam ritmicidade e velocidade de condução 
variáveis, formando um sistema excitatório para o coração.
3 - Ritmicidade Automática do Músculo Cardíaco; a maioria das 
fibras musculares cardíacas é capaz de contrair ritmicamente. Isso 
é verdade, em especial, para grupo de pequenas fibras cardíacas, 
situadas na parte superior do átrio direito, que formam o nodo 
sinoatrial. Os potenciais de ação rítmicos que são gerados em 
uma fibra do nodo SA. A causa dessa ritmicidade é a seguinte: 
as membranas das fibras SA, mesmo quando em repouso, 
são muito permeáveis ao sódio. Portanto, grande número de 
íons sódio passa para o interior da fibra, fazendo com que o 
potencial da membrana em repouso se desvie, continuamente, 
para o valor mais positivo. Logo que o potencial de membrana 
atinge nível crítico, chamadode valor limiar, é produzido um 
potencial de ação, o que ocorre abruptamente. Ao termino 
desse potencial de ação, a membrana fica, temporariamente, 
menos permeável aos íons sódio, mas, ao mesmo tempo, mais 
permeável do que o normal aos íons potássio, e a saída desses 
íons, transportando cargas positivas para o exterior, faz com que 
o potencial de membrana fique negativo, mais negativo que 
nunca, caracterizando o estado de hiperpolarização, devido à 
perda excessiva de cargas positivas.
4 - A quantidade de sangue que é bombeada pelo coração é, 
normalmente, determinada pela quantidade de sangue que 
chega ao átrio direito, trazido pelas grandes veias. Esse princípio 
é chamado de ‘’lei do coração’’ ou muitas vezes, ‘’Lei de Frank-
Starling ‘’, em homenagem aos fisiologistas que o descobriram. 
Isto é, o coração é um simples autômato que bombeia todo o 
tempo, e sempre que chega sangue ao átrio direito é bombeado 
ao longo de todo coração.
5 - A principal função do sistema de Purkinje é a de transmitir o 
impulso cardíaco com muita rapidez pelos átrios e, após pequena 
pausa no nodo AV, também com muita rapidez pelos ventrículos. 
A condução rápida do impulso fará com que todas as porções de 
cada sincício de músculo cardíaco – o sincício atrial e o sincício 
ventricular – contraiam ao mesmo tempo, de modo a exercerem 
esforço coordenado de bombeamento. Se não fosse o sistema 
de Purkinje, o impulso seria propagado, muito mais lentamente, 
pelo músculo cardíaco, o que permitiria que algumas fibras 
musculares contraíssem muito antes das outras e, também, 
relaxassem antes das outras. Obviamente, isso resultaria em 
compressão reduzida do sangue e, por conseguinte, em eficácia 
diminuída do bombeamento.
6 - Comprimento do Vaso: Quanto mais longo o caminho a ser 
percorrido pelo sangue num tecido, maior será a resistência 
oferecida ao fluxo. Portanto, quanto maior for o comprimento 
de um vaso, maior será a resistência ao fluxo sanguíneo através 
do próprio vaso.
Diâmetro do Vaso: Vasos de diferentes diâmetros também 
oferecem diferentes resistências ao fluxo através dos mesmos. 
Pequenas variações no diâmetro de um vaso proporcionam 
grandes variações na resistência ao fluxo e, consequentemente, 
grandes variações no fluxo. Vejamos: Se um determinado vaso 
aumenta 2 vezes seu diâmetro, através de uma vasodilatação, 
a resistência ao fluxo sanguíneo através do mesmo vaso (desde 
que as demais condições permaneçam inalteradas) reduz 
16 vezes e o fluxo, consequentemente, aumenta 16 vezes. 
Existem situações em que um vaso chega a aumentar em 4 
vezes seu próprio diâmetro. Isso é suficiente para aumentar o 
fluxo em 256 vezes. Podemos concluir então que a resistência 
oferecida ao fluxo sanguíneo através de um vaso é inversamente 
proporcional à variação do diâmetro deste mesmo vaso, elevada 
à quarta potência.
Viscosidade do Sangue: O sangue apresenta uma viscosidade 
aproximadamente 3 vezes maior do que a da água. Portanto, 
existe cerca de 3 vezes mais resistência ao fluxo do sangue do que 
ao fluxo da água através de um vaso. O sangue de uma pessoa 
anêmica apresenta menor viscosidade e, consequentemente, 
um maior fluxo através de seus vasos. Isso pode facilmente 
ser verificado pela taquicardia constante que tais pessoas 
apresentam.
 
7 - Hemodinâmico: Um aumento na pressão arterial provoca 
também um aumento na pressão hidrostática nos capilares 
glomerulares, no nefron. Isto faz com que haja um aumento 
na filtração glomerular, o que aumenta o volume de filtrado e, 
consequentemente, o volume de urina. O aumento na diurese 
faz com que se reduza o volume do nosso compartimento 
extracelular. Reduzindo tal compartimento reduz-se também o 
volume sanguíneo e, consequentemente, o débito cardíaco. Tudo 
isso acaba levando a uma redução da pressão arterial.
Hormonal: Uma redução na pressão arterial faz com que haja 
como consequência uma redução no fluxo sanguíneo renal e uma 
redução na filtração glomerular com consequente redução no 
volume de filtrado. Isso faz com que umas células denominadas 
justa glomerulares, localizadas na parede de arteríolas aferentes 
e eferentes no nefron, liberem uma maior quantidade de uma 
substância denominada renina. A tal renina age numa proteína 
plasmática chamada angiotensinogênio transformando-a 
em angiotensina-1. A angiotensina-1 é então transformada 
em angiotensina-2 através da ação de algumas enzimas. A 
angiotensina-2 é um potente vasoconstritor: provoca um 
aumento na resistência vascular e, consequentemente, aumento 
na pressão arterial; além disso, a angiotensina-2 também faz 
com que a glândula suprarrenal libere maior quantidade de um 
hormônio chamado aldosterona na circulação. A aldosterona 
atua principalmente no túbulo contornado distal do nefron 
fazendo com que no mesmo ocorra uma maior reabsorção de 
sal e água. Isso acaba provocando um aumento no volume 
sanguíneo e, consequentemente, um aumento no débito 
cardíaco e na pressão arterial.
8 - Circulação Pulmonar: leva sangue no ventrículo direito do 
coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. 
Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, 
onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio 
(O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do 
coração para ser bombeado para circulação sistêmica.
Circulação Sistêmica: é a maior circulação, ela fornece o 
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suprimento sanguíneo para todo o organismo. A circulação 
sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as 
células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células.
 
9 - Em geral, a fibrilação ventricular é uma complicação de 
uma doença cardíaca ou circulatória, como doença arterial 
coronariana aguda ou crônica, hipertensão arterial, doenças 
das válvulas ou do músculo cardíaco, doenças hereditárias, etc. 
De forma curiosa, medicamentos antiarrítmicos podem causar 
fibrilação ventricular. Igualmente, a concentração de potássio 
no sangue, para mais ou para menos, pode levar à fibrilação 
ventricular.
10 - Onda P: Corresponde à despolarização atrial, sendo 
a sua primeira componente relativa à aurícula direita e a 
segunda relativa à aurícula esquerda, a sobreposição das suas 
componentes gera a morfologia tipicamente arredondada, e sua 
amplitude máxima é de 0,25 mV.
Tamanho normal: Altura: 2,5 mm, comprimento: 3,0 mm, sendo 
avaliada em DII.
A Hipertrofia atrial causa um aumento na altura e/ou duração 
da Onda P.
REFERÊNCIAS
GUYTON, Arthur, Fisiologia Humana, Guanabara Koogan, 
13ª Ed. 2017.
ANOTAÇÕES

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