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USIVERSIDADE LÚRIO FACULADE DE CIENCIAS DE SAUDE CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM CADEIRA DE BIOQUÍMICA II NÍVEL II; SEMESTRE III MINI TESTE II & TESTE II DE BIOQUÍMICA II DISCENTE: DOCENTE Açubeijo Inácio Celestino MSc. Mariama Kindy Diallo Nampula, 2020 1. Em individuo com diabetes mellitus, principalmente tipo I, o organismo fica incapaz de metabolizar regularmente a glicose sanguínea. Os mecanismos metabólicos desencadeados para contrapor esta situação e as consequências, são respectivamente: • Este tipo de diabetes é provocado pela deficiência na secreção da insulina pelo pâncreas, seja por secreção de uma quantidade de insulina insuficiente ou pela falta de células beta-pancreáticas. Esta insuficiência de insulinas provoca uma hiperglicemia sanguínea. • Os mecanismos metabólicos desencadeados para contrapor esta situação são a administração de insulina artificial, que tem como consequência a redução dos níveis de glicose no sangue; 2. Numa das reacções da glicólise um grupo fosforilo é retirado do 1,3 bisfosfoglicerato e captado pela molécula de ADP produzindo deste modo uma molécula de ATP. A equação da reacção descrita é: Dado: Enzima fosfoglicerato-quinase. • 1,3 bifosfoglicerato (fosfoglicerato-quinase) 3- fosfoglicerato + ATP. 3. Carbohidratos digeridos são lançados para o sangue e em parte armazenados sob a forma de glicogénio principalmente no fígado e musculo. As características que constituem vantajosas para o armazenamento dos carbohidratos nesta forma são: • O facto de o glicogénio possuir muitas ramificações constitui uma vantagem para os animais e humanos, pois isso permite a rápida disponibilização deste, quando necessário, por meio das enzimas que vão degradá-lo em diferentes pontos. • O armazenamento dos carbohidratos nesta forma também facilita a conservação de energia para quando o organismo precisar. • Outra característica vantajosa para o armazenamento de carboidratos nesta forma é o facto de fornecer uma fonte rápida de glicose (energia) em estados de jejum ou não alimentados. • A síntese de glicogénio, para além de servir de reserva energética, previne uma osmolaridade perigosa para o organismo, pois a glicose é reconhecida como soluto nas células. Assim, a síntese de glicogenio garante o equilíbrio da glicêmia no sangue. 4. Considere um indivíduo que consome muitas proteínas. O nosso organismo é incapaz de armazenar aminoácidos ou proteínas. Os três (3) possíveis destinos que os aminoácidos em excesso podem tomar são: • Esses aminoácidos em excesso serão catabolizados originando um grupo NH4+ e uma cadeia carbonada. Dependendo do estado metabólico, essa cadeia carbonada pode ser usada para sintetizar precursores da via glicolítica (aminoácidos glicogénicos) ou corpos cetónicos (aminoácidos cetogénicos). • O amónio originado pode ser usado para a síntese de ureia (Ciclo da ureia). Uma vez que o amónio é tóxico para as células e tecidos, nos casos em que tenha que ser exportado do local de produção, deve ser feito na forma menos tóxica possível. • Por último, esses aminoácidos em excesso podem ainda ir para o ciclo de Cahill ou Ciclo de Cori. 5. As reacções bioquímicas do ciclo do ácido cítrico e a biomolécula que serve de precursor para a biossintese de lípidos são, respectivamente:. Reacções do ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico: 1. Formação de citrato a partir da condensação entre a acetil-CoA e oxaloacetato. 2. Isomerização do citrato a isocitrato. 3. Descarboxilação oxidativa do isocitrato formando α-cetoglutarato. 4. Formação de succinil-CoA a partir do α-cetoglutarato. 5. Formação de succinato a partir da succinil-CoA. 6. Desidrogenação de succinato a fumarato. 7. Formação de malato a partir da hidratação de fumarato. 8. Oxidação de malato formando oxaloacetato que pode reagir com a acetil-CoA reiniciando o ciclo. • A biomolécula que serve de percursor para a biossíntese de lípidos é o Citrato. 6. O ciclo do ácido cítrico e o ciclo da ureia foram descritos pelo cientista Hans Adolph Krebs. As reacções bioquímicas envolvidas nestas vias metabólicas, quando descritas, fazem-nos lembrar o formato de uma bicicleta (bicicleta de Krebs). A referida bicicleta usando as principais reacções dos processos é: 7. O ciclo de Cori e ciclo de Cahill funcionam na base do mesmo princípio bioquímico. A comparação entre os ciclos e o nome do processo em cada uma das reacções que fazem os ciclos são, respectivamente: • Ciclo de Cori: cooperação metabólica entre o músculo esquelético e o fígado. A importância do ciclo baseia-se na prevenção da acidose láctica no músculo sob condições anaeróbias. No entanto, normalmente, antes disso acontecer o ácido láctico é transferida para fora dos músculos e ao fígado. O ciclo é também importante para a produção de ATP, a fonte de energia, durante a atividade muscular. O nome do processo realizado no ciclo de Cahill é a gliconeogénese. • O ciclo de Cahill, também conhecido como ciclo da glicose-alanina: A alanina funciona como um transportador da amônia e do esqueleto carbônico do piruvato desde o músculo até o fígado. A amônia é excretada, e o piruvato é empregado na produção de glicose, a qual pode retornar ao músculo. Um dos proveitos oriundos do ciclo descrito (glicose-alanina) é abrandar as oscilações das taxas de glicose sanguínea durante lapso temporal existente entre duas refeições. O nome do processo realizado no ciclo de Cahill é a gliconeogénese. 8. As transaminases têm importância fundamental no diagnóstico, prognóstico e confirmação de doenças. As informações que nos dão níveis fora e dentro dos valores de referência das transaminases AST, ALT e GGT são: • Transaminase AST: também conhecida como Aspartato Aminotransferase ou transaminase glutâmica oxalacética sérica, as informações que nos dão níveis fora dos valores de referência são a presença de lesões que comprometem o funcionamento normal do fígado, como é o caso da hepatite e da cirrose hepática ou a identificação da quantidade das células parenquimais do fígado. Por outro lado, níveis dentro dos valores de referência dão-nos informações do funcionamento correcto do fígado. • Transaminase ALT: também conhecida como Alanina Aminotransferase, as informações que no dão níveis fora dos valores de referência são a presença de lesões e doenças do fígado devido à presença da enzima alanina aminotransferase, também chamada transaminase glutâmico pirúvica . E os níveis dentro dos valores de referência dão-nos informações de que o fígado não tem possíveis problemas. • Transaminase GGT: também conhecida como Gama Glutamil Transpeptidase, um valor fora dos níveis de referência dá-nos informações sobre possíveis doenças do fígado, pâncreas e vias biliares como, por exemplo, alterações hepáticas, hepatite, cirrose, câncer no fígado e pancreatite. Existem muitas causas para a Gama-GT estar alterad, a mais frequente e mais importante é a inflamação (hepatite) no fígado decorrente de uso ou abuso de substâncias químicas, sendo o álcool (abuso de bebidas alcoólicas) o mais importante (qualquer droga ou remédio pode causar) E os níveis dentro dos valores de referência indicam-nos a normalidade no funcionamento do fígado, pâncreas, ductos biliares e até mesmo o baço. 9. Sobre integração do metabolismo, elabore um esquema menos complexo que mostre os pontos de encontro entre as diferentes vias metabólicas e explique o que entende metabólitos de confluência. INTEGRAÇÃO MEATBÓLICA DURANTE O JEJUM PROLONGADO: • Metabólitos de confluência são os produtos do metabolismo que têm o mesmo destino, ou seja, depois de degradados, essesprodutos do metabolismo correm para o mesmo ponto ou convergem. 10. A glicólise e o ciclo de Krebs são alguns exemplos de várias vias metabólicas no organismo humano. A diferença entre essas duas vias é: 1. Glicólise: • É a primeira etapa da respiração celular; • Ocorre no citoplasma; • Inicia com a glicose; • Tem saldo final de 2 ATP. • Não produz FADH. 2. Ciclo de Krebs: • É a segunda etapa da respiração celular; • Ocorre na matriz mitocondrial; • Inicia com o ácido pirúvico vindo da glicólise. • Produz FADH. 11. Da degradação de aminoácidos no organismo humano libera-se amónio e uma cadeia carbonada. A explicação detalhada do destino destes metabólitos é: O grupo amino é convertido entra no ciclo da ureia onde é convertido em ureia e eliminado nos rins pela urina em forma de ureia. E as 20 cadeias carbônicas resultantes são convertidas em alfa-cetoácido, compostos comuns ao metabolismo de carboidratos e lipídios (ou seja, piruvato, Acetil coenzima A e intermediários do ciclo de Krebs). Os seres vivos não são capazes de armazenar aminoácidos nem proteínas. Já por meio da reacção de desaminação, o glutamato libera o grupo amino na forma de íon amônio (tóxico), o qual será convertido em ureia (não tóxica) e eliminado através da urina, cumprindo o papel de retirar do organismo cerca de 95% deste íon tóxico derivado do catabolismo dos aminoácidos e proteínas. 12. O ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa são alguns exemplos de várias vias metabólicas no organismo humano. A relação existente entre o Ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa é a utilização de NADH e FADH2 na fosforilação oxidativa, estes que são produzidos no ciclo de Krebs. Isto é, a energia produzida na fosforilação oxidativa parte da oxidação de produtos do ciclo de Krebs. 13. Descrição detalhada do mecanismo da glutamina e sua importância bioquímica. O glutamato recebe amónio originando glutamina, uma reação catalisada pela glutamina sintase e, desta forma, pode ser lançado na corrente sanguínea. Uma vez no fígado, a enzima glutaminase remove o grupo amina que pode ser usado na síntese de outros compostos nitrogenados ou ureia para a sua eliminação pelos rins. A alanina também faz o transporte de amónio para o fígado e a cadeia carbonada pode ser convertida em glicose, perfazendo um ciclo conhecido como ciclo de alanina – glicose. Esta forma de transportar o amónio pela glutamina designa-se mecanismo da glutamina. Ela possui diversas funções bioquímicas importantes no corpo tais como, por exemplo, servir de fonte de energia para o sistema imunitário e participar de forma direta e activa no crescimento muscular através da estimulação da síntese de proteína. A glutamina também desempenha um importante papel na produção de glicose, auxilia no aumento das reservas de glicogênio muscular, ajudando a evitar que o organismo queime massa muscular para gerar energia e reduz a taxa de oxidação do aminoácido L-leucina, potencializando a síntese muscular.