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FUNÇÃO PANCREATICA Disciplina divindade em básica (Hematologia) e específica, que é a parte que vai “ver” como a hematologia se encaixa dentro dos sistemas do organismo, pra ver o que se pode obter de dados em relação a condição física do paciente. Na verdade o que se quer é a condição clínica do paciente e não a condição física, mas como ainda não tivemos clínica, não precisamos saber o que o animal tem, que doença é, queremos saber como o animal está, está bem ou não está bem, tem chances de morrer ou não, tem como tratar ou não tem como tratar, se estou tratando, está melhorando? Medicamento está funcionando ou não está funcionando? Não é importante saber com o que estou tratando, qual a doença, isso é clinica. Importante para nós é saber FISIOLOGIA. Saber interligar os conteúdos, nosso organismo não funciona por partes, funciona interligado, não existe algo que seja mais importante, tudo é importante em conjunto, é tudo em cadeia. Para ficar didático separa em sistemas, digestório, respiratório, excretor etc, daqueles sistemas que o laboratório clinico tem como auxiliar ao diagnóstico. Ex Quero saber se o pulmão está funcionando, existe alguma coisa que o pulmão produza em termos de dados, se tem como dosar alguma coisa? Não, mas há sistemas que produzem substancias, na maioria delas enzimas, proteínas, substâncias marcadoras, que permitam que utilize isso para analisar a função desse órgão. O grande objetivo é tentar comprovar através de um exame de laboratório se um determinado órgão está funcionando direito ou não. Mas também não pode querer testar todos para saber se está tudo bem, deve-se evitar. Se faz todos os exames possíveis, aí todos vem impressos, só tem que fazer cruzes nos quadrados é o que se faz quando tem plano de saúde em humanos, faz todos os exames e volta na outra semana. Não podemos na veterinária fazer isso porque nosso paciente não fala, não explica, dependemos do proprietário que as vezes não está muito preocupado em observar seu animal para nos relatar alguma coisa, ficando difícil saber o que está acontecendo, e se der para proprietário uma requisição cheio de quadradinho para preencher e mandar ele para laboratório pagar, laboratório fica rico, vet pobre, paciente morre porque vet não fez nada. Precisamos nos antecipar a dizer o que está acontecendo com o animal, o que está errado, que órgão está acometido e o que é possível ser feito, se consegue responder essas perguntas, irá auxiliar o clínico a resolver o problema que o animal está enfrentando. Função de laboratório é tentar auxiliar o clinico a dizer o que ele tem que fazer para aquele determinado paciente. Sobre o pâncreas: As vezes se negligencia a estrutura anatômica dos órgãos, e muitas vezes elas nos explicam algumas coisas e ajudam a imaginar o que está acontecendo. Saber como é a morfologia do órgão ajuda muito para o diagnóstico, saber se está aumentado, está diminuído, está duro, mole, como ele era? Características morfológicas e anatômicas são bastante importantes, preciso saber onde está o pâncreas, preciso saber que é um órgão glândular, cheio de lobos, e que tem um ducto pancreático que funciona para recolher todas as substancias que estão sendo produzidas pelo pâncreas, para que conduza todas essas substâncias de seus lobos num canal maior em que ele se abre, que é o intestino delgado. Lá se abre em um canal comum ao ducto biliar que é o colédoco.Se ele se abre em um lugar comum, se tiver uma obstrução desse colédoco, que podem ser por várias causas, ou se por exemplo se tem um processo inflamatório a nível de intestino bastante importante, e ele fez uma oclusão do colédoco, então tinha um problema primário localizado no intestino, e o reflexo dessa obstrução vai causar problema no fígado e no pâncreas, então vai aumentando os problemas de acordo com o que se tem de descrição anatômica desses órgãos. No caso do pâncreas, se sabe que esse conduto não é único, porque se tem um conduto secundário, um canal pancreático acessório, que se abre também no duodeno, portanto se tem uma obstrução total desse colédoco, não tem mais produção de bile para o intestino mas continuo tendo derramamento de suco pancreático, não necessariamente terá problema de pâncreas, ele tem como quebrar o galho numa situação de emergência. Saber como é a textura desse órgão, muitas vezes pode ter como opção em algumas lesões, terem lesões macroscópicas que podem ser vistas na ultrassonografia, na laparotomia exploratória, que me permitem dizer se esse órgão está afetado ou não, se existe um comprometimento da sua funcionalidade ou não, e o pâncreas é um órgão desses. Relembrando as funções pancreáticas: Nessa estrutura nodular que o pâncreas tem, que é composta por grande quantidade de células, essas células são dispostas em formatos acinares, formando as tais ilhas, as ilhotas de Langerhans, que são responsáveis por fazer um série de proteção do nosso organismo por produção de uma série de enzimas que não feitas ali. Ao redor dessas ilhotas, elas são circundadas pelos acinos pancreáticos onde cada um dos tipos de células que se tem ali, produz uma determinada substancia. Em função dessas substancias produzidas por essas células, se pode dividir o pâncreas em um órgão que tem dois sistemas, um dito como endócrino, que é aquele onde as células produzem uma série de hormônios que terão várias funções no organismo, as principais que são a produção de insulina e glucagon que são aqueles que vão controlar os volumes de glicose que podem ser absorvidos, sintetizados no nosso organismo. Essas funções endócrinas foi visto na aula de glicemia com a prof Marilene. Sobre o pâncreas exócrino, as células produzem duas substancias bastante importantes que são a amilase e a lipase. Amilase e a lipase estão diretamente relacionada com uma das funções desse órgão que é auxiliar no processo da digestão. O alimento ingerido é composto basicamente de proteínas, carboidratos e lipídeos, além de água, sais minerais etc. Basicamente a fonte de nutrição que se tem são os carboidratos, gorduras e proteínas, precisa de um auxilio nesse processo de digestão, precisa de uma série de enzimas que ajude a degradar esse alimento ingerido, para que ele possa ser absorvido e consequentemente aproveitado pelas nossas células. Quem irá fazer essa função será todo o trato digestório, além do pâncreas e do fígado, cada um com seu papel importante. Esse alimento vai receber uma ação dos sucos digestórios, tanto do suco gástrico, como do suco entérico, suco biliar e suco pancreático. Todos esses sucos com uma série de enzimas que vão fazer com que esse material se quebre para facilitar sua digestão e a sua absorção, principalmente de gordura, carboidrato e proteína. Esse processo envolve o que se chama de emulsificação das substâncias, como se elas fossem recobertas pela ação desses sucos, para que essas enzimas ali presentes possam fazer essa quebra. Isso acontece com a formação de particular menores desse material que foi ingerido como alimento, para que ele possa sofrer uma ação química e ai ser absorvido. Então lá no intestino, a estrutura do intestino, vai receber todos esses sucos, concentrando isso ao redor dos alimentos para que possa ocorrer essa quebra. O que está acontecendo no intestino, estão agindo as enzimas de cada um desses sucos. O suco que nos interessa é o suco pancreático, formado por várias substancias, mais amilase e lipase. Se nós ingerirmos uma proteína, que é um complexo químico bastante grande, precisa quebrar esses polipeptídios em peptídeos menores para que se tenha condição de absorver e mandar essa nutrição para dento das nossas células e distribuir isso pelo nosso organismo. Quem consegue fazer a quebra de cada um dos peptídeos que a gente absorveu, e quebra-los em aminoácidos para que eles possam ser aproveitados, são as enzimas que estão presentes, como a tripsina e a quimiotripsina para proteínas, elastase no caso de algumas proteínas e gorduras, e as carboxipeptidades. Essas enzimas em conjunto são ativadas por substânciasque estão presentes no suco pancreático se tem substancias que serve como catalizadora para cara uma dessas enzimas funcionarem, ou seja, terá grande produção de tripsina, se lá tiver ação do tripsinogênio, que é quem irá ativar o mecanismo de ação dessa tripsina e assim por diante. Então quebrando esses peptídeos, teremos a capacidade de melhorar o processo de digestão e absorção de nutrientes para os nossos tecidos. No processo de digestão, terá isso acontecendo, de uma forma geral nas porções iniciais do intestino delgado. No inicio do intestino delgado, terá liberação do suco pancreático pelo colédoco e no ducto secundário, e terá a alteração do pH bastante importante do pH do bolo alimentar que está vindo lá do estomago, que sofreu o inicio do processo digestório com pH fortemente ácido, e que nas porções iniciais do intestino delgado vai se tornar fortemente alcalino por ação dessas enzimas. Quando começa a progredir a nível de jejuno, se tem uma série de vilosidades que é a borda em escova no epitélio intestinal que faz com que a gente tenha a liberação dessas enzimas, daqueles catalizadores como o quimiotripsinogenio para fazer a quebra desses peptídeos e fazer a absorção. Isso vai acontecer não só pela presença do bolo alimentar, mas também pela ação de estímulos mecânicos que fazem com que esse alimento chegue ponto, que são os movimentos peristálticos. Então o que acontece é que ingere o alimento, esse alimento em função de um estimulo parassimpático vai progredir no nosso trato digestório e fazer com que os sucos comecem sua ação. A nível de estomago irá haver grande liberação de suco gástrico, com grande liberação de secretina e vai aumentar a produção de colecistoquinina e as duas enzimas vão fazer com que esse bolo alimentar começa o processo de digestão. Essas enzimas vão atuar num pH ácido, cuja ação delas nesse pH ácido não é tão boa, então esse processo só se inicia mas só vai se completar no duodeno. Quando esse bolo alimentar passa do estomago para o intestino, se tem uma série de células na borda em escova desse intestino, que vão por estimulo liberar uma grande quantidade de secretina e colecistoquinina, aumentando o processo de digestão. Esse aumento de secretina e colecistoquinina, que nervoso, é mecânico, vai estimular a produção de lipase a amilase pelo pâncreas, ele manda o recado “pâncreas, vamos trabalhar porque está chegando alimento”, liberando grande quantidade de suco pancreático para ajudar p mecanismo de digestão. Quem estimula isso é o movimento parassimpático junto com a liberação de secretina e colecistoquinina nas células tanto do estomago quanto do intestino. Pâncreas recebe a informação da porção inicial do duodeno, que tem uma grande quantidade de secretina e colecistoquinina presente, para começar a digestão do que foi ingerido. Ocorre um estimulo vagal parassimpático fazendo com que esse pâncreas também se contraia e libere lá no ducto pancreático uma grande quantidade das enzimas presentes no suco pancreática, as principal, amilase e lipase. Essas enzimas, amilase e lipase, tem uma característica nesse suco de estarem em quantidade bastante grande com água mais uma grande quantidade de bicarbonato , porque a ação dessas enzimas só é eficiente num pH fortemente alcalino – pH do intestino em torno de 8, 8,3 e aí terá o mecanismo de ação. Precisa acontecer tudo isso para que o papel do pâncreas exócrino funcione e ajudo no processo de digestão. Isso significa que se houver um comprometimento grande do estomago, e lá no estomago tiver uma deficiência na produção de secretina, e de colecistoquinina (? Acho que é pra ser intestino, não estomago), também terá o funcionamento do pâncreas alterado, sem nenhum envolvimento pancreático. Pâncreas pode estar bem, mas o problema é no estomago, ele que não está contribuindo para que o pâncreas produza suco pancreático em quantidades necessárias. Lá no suco pancreático, uma vez que este esteja sendo produzido e esteja tudo certo, terá diversas enzimas, e cada uma dessas enzimas irá atuar num grupo de alimentos que são ingeridos. Algumas enzimas vão atuar sobre as proteínas e outras enzimas vão atuar sobre os carboidratos, e o conjunto delas sobre as gorduras ingeridas. As enzimas proteolíticas que vão atuar sobre as proteínas, tem-se o tripsinogênio, quimiotripsinogenio e as pro carboxipeptidades. Essas enzimas vão fazer com que haja carboxipeptidades, quimiotripsina e tripsina, fazendo a digestão das proteínas que foram ingeridas. A lipase junto com sais biliares produzido pelo fígado, se unem ao material que está no intestino delgado e juntos eles podem fazer digestão das gorduras As gorduras vão se degradar em a ácidos graxos e glicerol para serem absorvidos pelo organismo. Carboidratos vão sofrer ação principalmente da amilase do suco pancreático e essa amilase pancreática vai degradar o amido e o glicogênio que vão ser armazenados como fonte de energia e será absorvidos em maltose e glicose pra produzir a energia necessária para a nossa subsistência. Processo de digestão envolvendo o pâncreas, o fígado, estomago e intestino, que fazem parte da digestão, absorção de tudo que ingerimos. · Quando algo de tudo isso não está funcionando, o que acontece no organismo e como a gente pode comprovar que isso que está acontecendo se tem a ver com o pâncreas ou não? Quando se tem uma doença pancreática exócrina, precisa saber o que acontece com nosso paciente para que passe pela cabeça suspeita clinica, e essas suspeita clinica será confirmada ou não através de um exame. Um processo envolvendo o pâncreas pode ser um processo agudo ou crônico e isso vai ser fundamental no aparecimento de sintomas. O processo agudo é aquele que aparecem os sintomas de uma forma muito rápida, e o processo crônico é em que a sintomatologia é mais crônica. Quando o pâncreas está envolvido, normalmente sempre tem uma associação a uma deficiência de um processo digestório qualquer, tem-se problemas diretamente com a digestão, que é a função básica do pâncreas. Uma coisa que deve ficar clara é, que se divide o pâncreas, não só didaticamente em endócrino e exócrino, a clínica dele também é bastante diferente. O fato de ter o envolvimento do pâncreas exócrino, não significa que se tenha um problema endócrino também. Não é porque tem-se um distúrbio de digestão por problemas exócrinos, que tenha uma animal que seja diabético, por exemplo. O inverso também não é necessário, mas é mais comum, é mais comum que um problema do pâncreas endócrino leva também ter um problema de pâncreas exócrino, principalmente num processo mais crônico, mas não é uma regra, são bem distintos e bem separados. Pensando no pâncreas exócrino, tem uma associação quase que direta com a capacidade de digestão desse animal. Quando se tem uma capacidade de digestão alterada, os principais sinais clínicos seria: · Diarreia, fezes com consistência alterada; · Presença de gordura; · Resto de alimento integro, que não passou por processo de digestão; Sempre que houver esses sinais deve-se pensar que há um problema digestório, e perguntar será que o pâncreas está envolvido? Quando se tem problemas digestórios, a maioria das queixas são vômito e diarreia. A diarreia seria um processo mecânico e a desinteria seria por um processo infeccioso, na maioria das vezes. Preciso saber se existe ou não um comprometimento de digestão, e depois se o pâncreas é responsável por isso, se está atuando ou não. Como o pâncreas pode estar envolvido nisso? · Proprietários tem grande parcela de culpa de problemas de digestão e absorção, porque dá o que não pode para os animais de companhia, principalmente alimentos que são muito ricos em gordura. Os processos de digestão já estão diretamente associados com os níveis de gordura no alimento. Hoje a gordura é o nutriente mais barato para se por na comida, a gordura traz de certa forma uma grande quantidade de energia para o organismo, ou seja, se der uma ração com teor de gordura muito alta, o animal ficará mais gordinho, e proprietário acha que está comendobem, mas não está bem. A grande maioria dos cães gostam de gordura, porque ela tem uma palatabilidade boa ser for uma gordura boa, mas nem sempre tem gordura boa na ração, e se tem o problema da gordura sofrer o processo de rancificação que deixa com a palatabilidade muito ruim. Mas rações boas que tem qualidade de gordura boa, são rações mais palatáveis, rações que o animal ingere em maior quantidade e pode gerar problemas. Quando se trata só de ração, o problema não é tão grande. Se estimula a ingestão de gordura como um chocolate compartilhado, tem um problema maior, pois está não só alimentando com grande quantidade de gordura, mas está alimentando com grande quantidade de carboidrato no qual esse animal não está apto a fazer a digestão, animal tem dificuldade em digerir todo aquele açúcar que estamos dando para ele, e os animais gostam de chocolate, de pipoca, que tenham muita gordura, que tenha fritura e prejudica alimentação desse animal. · Outros problemas básicos que envolvem diretamente o pâncreas não são só as dietas ricas em gordura, mas são problemas de refluxo duodenal, onde o bolo alimentar retorna para o estomago ocorrerá inversão do choque de pH que acabou de receber, pois sai do local onde tem um pH fortemente ácido para ir para um pH fortemente alcalino, e a inversão disso normalmente vai fazer com que se tenha um prejuízo em toda a produção daquelas enzimas e não se consegue que esse animal tenha um processo de digestão efetivado. Isso pode estar acontecendo por vários problemas, pode ser por problema neurológico, pode ser um problema mecânico, uma obstrução, um corpo estranho, qualquer coisa que leve a esse refluxo, pode ser inflamatório, pode ser uma gastrite, o inicio de uma enterite parasitaria bastante significativa, e esse bolo alimentar volta. · Trauma abdominal, principalmente em felinos, que está relacionado com o trauma do órgão. O pâncreas é um órgão extremamente frágil na sua estrutura anatomomorfologica, e por ser um órgão nodular, se tiver um trauma importante de abdômen, como em atropelamentos, pancadas, felinos que caem de apartamento, 4, 5 andar, que é bastante comum, quebra a sínfise mandibular e tem o pâncreas traumatizado. Locais que tem muitos gatos e pessoas andam chutando os gatos para afastar, históricos de traumas por maltratos, e se há lesão de abdômen geralmente o órgão prejudicado é o pâncreas. Lesões traumáticas de pâncreas importantes podem trazer pancreatites importantes. · Casos de hipercalcemia, principalmente por desequilíbrio nutricional que aumenta o sequestro de cálcio dos ossos e aumenta a ingestão de cálcio, e casos de hiperadrenocorticismo que também podem aumentar o sequestro de cálcio. No hiperadrenocorticismo são animais extremamente obesos. Isso traz uma dificuldade de diagnóstico muito grande, porque esse momento de ter um animal extremamente obeso acontece só no inicio da doença, o que se encontra e o que mais chama atenção nos casos de envolvimento de pâncreas, é o contrario, são animais extremamente magros, mas analisando o histórico, a anamnese vejo que o animal já foi muito gordo e de repente emagreceu rapidamente, deve-se pensar em pâncreas. · Ação de alguns fármacos importantes podem ter envolvimento na liberação de suco pancreático, dentre eles os corticoides, azatioprina (importante), brometo de potássio (importante), furosemida e tetraciclina. Esses medicamentos, o corticoide largamente utilizado nas funções principalmente anti-inflamatórias, azatioprina bastante utilizado para animais com deficiência imunológica, ou animais que tenham passado por transfusão, ou animais que estão recebendo quimioterapia, brometo de potássio bastante usado para animais que tem convulsão, epiléticos, furosemida é um diurético, bastante comum dar problema com as enzimas, e a tetraciclina é um antibiótico também largamente utilizado para várias infecções intestinais. Todas as vezes que esses pacientes estiverem recebendo essas drogas, pode ter alteração significativa nos níveis daquelas enzimas que são produzidas no pâncreas, e fica-se sem parâmetro para saber avaliar esse órgão. Pâncreas é um órgão que pode sofrer lesões macroscópicas importantes e pode avaliar num transcirurgico ou numa laparotomia exploratória. Ex. imagem: alça intestinal, numa porção o pâncreas está com lobulação normal, envolto por gordura, tudo certo, mas que há 3 áreas com hemorragia bastante importantes provocadas por lesão no órgão. Essa área de hemorragia faz com que tenha um comprometimento de todas as enzimas ali produzidas. O que há de sinais clínicos num paciente que tem ou que vai ter problemas pancreáticos, e nestes casos cabe ao laboratório orientar ao clinico a possibilidade de pensar no pâncreas. A grande função do laboratório clinico talvez seja de mostrar ao clinico algo que ele não está pensando e que de repente pode acontecer. É importante quando se recebe uma requisição de exames, que se tenha na requisição um histórico do paciente, um histórico do caso clínico, uma anamnese bem feita, porque ai consegue ajudar o clinico e dizer qual o melhor caminho, que exames que se indica, o que pode estar acontecendo com esse animal. O que se encontra em animais com comprometimento de pâncreas: · Animal extremamente magro, caquético, mas no histórico dele já foi gordo; Não é regra, mas se havia um animal obeso e de uma hora para outra definhou, é um forte candidato que tenha problema de pâncreas, é primeira coisa que tem que passar pela cabeça do clinico, saber como está o pâncreas do animal. · Animal magro mas que tem um grande apetite, é um cão que come e não mastiga, engole, come rápido, come com voracidade; · Tem polifagia, como tudo que ve pela frente; Cuidar com características de raças, como Golden, Cocker, que não controlam a ingestão. Cuidar com animais que comiam normalmente e de repente passa a comer muito. Filhotes também é normal comerem de tudo, descartar as possibilidades. · Intermitência das fezes, uma hora está com fezes moles, uma hora com fezes duras; · Pode ou não ter vomito intercalado; · Coprofagia grande parte das vezes é relatada pelos proprietários; avaliar se esta fazendo isso para chamar atenção ou porque é uma necessidade para se alimentar das fezes, cuidar da idade, filhotes e raças. As fezes desse animal tem muita gordura, tem proteínas, carboidratos que não sofreram digestão, e é um animal que tem carência nutricional grande, tem muita fome e passa se alimentar com fezes. Começa comendo as próprias fezes e pode virar vicio e comer fezes de outros animais. · Pelagem seca, sem brilho, pelos quebradiços; Se animal apresenta esses sinais, a primeira coisa que se deve desconfiar, pensar é em verminoses, precisa descartar a possibilidade de ser verminose perda de peso progressiva etc. Pensar no mais óbvio, descartou verminose, animais é vermifugado, fez coproparasitologico etc e pensar em pâncreas. Quando há quadro clássico, que fora esses sinais outros aparecem pode pensar diretamente em pâncreas: · Fezes pálidas, acinzentadas, soltas; Mousse de nozes é sinônimo de pancreatite: é semelhante. São fezes aeradas, floculentas, macias, sem forma definida. Fezes são claras porque animais defeca muito, fígado não está bem, tem dificuldade da abertura do colédoco, não produz mais biliverdina, fezes fica brancacenta, pálidas. · Aumento de borborigmo, flatulência, cuidar novamente com raças, raças braquicefalicas que são mais flatulentos, como boxer, fila, pug; · Muita gordura nas fezes, sendo exagerado, parece que foi despejado gordura nas fezes, nos casos mais graves. Nos felinos essa condição é muito comum e é um sinal que ajuda muito na suspeita de problema pancreático por ter a cauda do animal como se tivesse mergulhado ela numa lata de graxa, fica com o pelo todo empastado, principalmente na inserção da cauda, na região perianal com bastante oleosidade no pelo; · Mudança de temperamento muito significativa também. São cães dóceis e de uma hora para outra começam ficar brabos, parecem um cão velho; · São animais que comem muito e defecam muito,há muito volume de fezes, tem 8-10 kg e pode defecar 2kg. A frequência da evacuação não é muito alterada mas o volume das fezes é muito significativa. São fezes muito volumosas. Se vejo esses sinais, preciso suspeitar de pancreatite e fazer testes se o pâncreas funciona ou não. Doenças mais comuns de serem encontradas como lesões de pâncreas: Pancreatite crônica, pancreatite necrótica aguda, atrofia acinar juvenil, neoplasias de pâncreas e Diabetes Mellitus. Para auxiliar o clinico a dar diagnostico dessas patologias, ou dizer para clinico que há um problema no pâncreas ou não há um problema no pâncreas: 1. Exame microscópico das fezes: Da para ser macroscópico mesmo, examina bolo fecal em busca de gordura, de proteína não digerida e vai ver se os níveis de lipase e tripsina vão estar presentes ou não na amostra. 2. Teste da tripsina fecal, para saber se tripsina está sendo produzida ou não. 3. Testar absorção de gordura. 4. Determinar quantidade de lipase e quantidade de amilase no soro. 5. Determinar quantidade de glicose Se puder fazer tudo isso pode dizer com certa segurança se o pâncreas está envolvido num processo patogênico ou não. · Pancreatite aguda: É acompanhada com dor abdominal aguda, vomito frequente, apatia, anorexia. Se a suspeita já for pâncreas, irá dosar lipase e amilase. Se clinico suspeita de pancreatite aguda, laboratório tem a “obrigação” de fazer 2 exames: Amilase e lipase. Não pode concluir nada do pâncreas se não dosar amilase e lipase. Tem que ter. Para ter amilase, tem que encontrar valores que precisam estar bem altos, caso tenha uma pancreatite aguda. Não é só o pâncreas que produz amilase, tem-se desde a nossa saliva com grande quantidade de amilase, onde as glândulas produzem grande quantidade de amilase. Amilase no soro é importante. Existem alguns outros órgãos que também produzem essas enzimas, não só o pâncreas, sendo o rim um deles. Se tiver uma função renal comprometida, precisa tomar cuidado para não fazer erro de diagnostico. Talvez o maior problema para dosar amilase e lipase em qualquer amostra é a lipemia da amostra, e ela acontece principalmente quando o animal não está em jejum, então o animal comeu, e menos de 2 horas faz o exame, colhe sangue, o ideal era esperar 4 horas, amostra lipemica altera totalmente o resultado da amostra. Precisa assegurar que se estou dosando lipase e amilase, o meu paciente obrigatoriamente tem que estar em jejum de no mínimo. Para saber se essa lipase e amilase não tem interferência com outros órgãos fora o pâncreas, seria importante saber como está o fígado do paciente. Uma das alterativas seria fazer as provas de função hepática junto com as provas de função pancreática. Essas provas seriam a dosagem de ALT, de fosfatase alcalina e de colesterol e consigo saber se existe uma interferência do fígado nesse quadro ou não. se tem uma suspeita que lipase e amilase estão muito altas e não sei se são só por problemas de pâncreas, precisa testar o fígado do animal e exames que dão a funcionalidade desse órgão são os exames de ALT, Fosfatase Alcalina e colesterol. Se esses três níveis estiverem normais e lipase e amilase aumentado o problema provavelmente é de pâncreas. · Insuficiência pancreática: É uma lesão mais crônica, pode ou não ter aumento da lipase e amilase. Nas lesões mais crônicas é mais fácil de perceber sinais clínicos dos animais, como presença de gordura nas fezes, perda de peso exagerada, polifagia, todos os sinais importantes que foram vistos, que são mais comuns nas doenças crônicas que na aguda. Quando se procura gordura nas fezes, pode fazer isso, quando tiver teor de gordura alto, só mexendo nas fezes com uma espátula. Outra forma é pegar uma toalha absorvente colocar em cima das fezes e ver se absorve água ou gordura. As vezes a gordura está em quantidade não tão grande e é microscópica, se esta for a situação, dificilmente será uma pancreatite crônica, já poderia descartar. Mas se quiser existe uma coloração especifica que pode ajudar para ver gordura nas fezes, que são o Sudam III e o Lugol. O que se faz é um extensão numa lamina com amostra de fezes e pinga sudam III ou lugol e ele irá corar todas as gotículas de gordura com um aspecto alaranjado, podendo diferenciar se a gordura está presente nas fezes ou não. Insuficiência pancreática pode ser determinada em casos onde se tem atrofia acinar, uma atrofia do órgão onde o sinal clinico estará presente de forma congênita. Algumas raças são mais predispostas ao aparecimento dessa doença, onde o pastor alemão é o principal. Pinscher, labrador, Akita e Husk siberiano, também são mais predispostos. Os sinais comentados são muito mais evidentes quando se tem esse quadro de Atrofia acinar. Na grande maioria das vezes o que auxilia o diagnostico para esse quadro é a ultrassonografia que faz com que a gente possa verificar/diagnosticar a hipoplasia do pâncreas que é bastante comum, onde o pâncreas está bastante reduzido de tamanho. · Em gatos os problemas de trauma, principalmente quedas, atropelamentos, agressão são os mais comuns, pode ter o pâncreas com lesões bastante importantes. Gatos intoxicados por organofosforados, que são gatos que tem por hábito ingerir ou caçar lagartixa e baratas principalmente onde se detetizou a cara e esses insetos ficam tontas, gato vai brincar, há chances do animais ter intoxicação, onde pequenas quantidades de organofosforados ingeridas periodicamente pode levar a problemas de pâncreas em gatos. E algumas doenças como toxoplasmose, PIF, Herpevirus, podem fazer também que gatos tenham uma lesão de pâncreas. Pelo do rabo do gato fica bastante oleoso, chama bastante atenção. Diferencial entre um quadro de pancreatite aguda de uma insuficiência exócrina que seria um quadro crônico: Para laboratório o que interessa é se pâncreas está envolvido ou não, não importa muito saber se é agudo ou crônico, mas para o clinico isso é importante, então o diferencial poderia ser feito testando as fezes, dosando os lipídeos, as enzimas, a glicose, ver a lipemia. O que ajuda é lipemia, teste de tripsina e teste de absorção de gordura. Insuficiência Pancreática · fezes características, bem volumosas, aeradas, sem cor. · Não tem tripsina; · Teste de absorção de gordura sempre reduzida · Lipase e amilase pode ter aumento ou não; · Glicose aumentada também (?); · Lipemia negativa; Pancreatite Aguda · As fezes podem não ter alteração nenhuma; · Fácil de verificar se a enzima está presente ou não, tem tripsina; · Teste de absorção de gordura, na pancreatite aguda pode estar normal · Lipase e amilase precisam estar com aumento bastante significativo, principalmente da amilase; · Glicose na maioria das vezes aumentada mas não é uma condição básica; · Lipemia positiva Teste de absorção de gordura É simples, fácil, vai testar como está a lipólise, como está a absorção de lipídios. Precisa fazer esse teste num animal sadio e num animal suspeito, para saber se está funcionando certinho. Animais ficam em jejum, o teste preconiza que seja jejum de 12 a 24 horas, mas não da pra fazer isso, pois se é um animal com insuficiência crônica, a condição geral dele já é muito mal, está muito magro, desidratado, se deixa 24 horas sem comer morre, na pratica 4:30 hs é suficiente. 3 mL de óleo por kg, um óleo comestível qualquer, no teste preconiza óleo de milho, ai colhe amostra de sangue, depois de 30 minutos, 1 hora, 2 horas, 3 horas vai acompanhando a lipemia do soro, se usar anticoagulante vai dosar a lipemia do plasma. Compra um medicamento que tenha na sua composição pancreatina e administra nesse animal e coleta sangue novamente. Se lipemia desaparecer, constata que animal tem problema no pâncreas, está faltando enzima, pois deu óleo e amostra ficou lipemica, sendo normal em 30 minutos. Deu 1 hora e está lipemica, ainda é normal, 2 horas já tem que estar mudando, 3 horas o plasma deveria estar normal, limpo. Se está lipemico dou a pancreatina e dai fica normal, estão é problema pancreático. Tubo 1 e tubo 2, plasma limpinhos pré prandial; administra 3 mLpor kg, 1 a 2 horas depois: tubo 1 turvo, tubo 2 limpo; Tubo 1 e tubo 2 pre prandial limpo, aplico óleo, e dou enzima, plasma turvo, se continua turvo é porque é não tinha a enzima, tem insuficiência pancreática. Se está limpinho, não tem problema no pâncreas, tem uma síndrome de má absorção porque deu para animal enzima que ele não tinha. Faz isso com tubo controle por um animal sadio, e o tubo teste que é no animal que quero testar. Duvida: se administra enzima o plasma não deveria ficar limpo? R: só ele conseguir absorver essa enzima, se não absorve fica com plasma lipemico. Se ele absorve enzima, a enzima estará no sangue e animal não tem enzima no pâncreas. Prova do filme de raio X Raio x é uma película, uma folha, que hoje em dia quase não se tem mais, porque maioria tem raio x digital, mas antigamente tinha essa película de raio x que é envolvida com vários íons de prata. Uma gelatina com íons de prata recobre a película, então literalmente mistura gelatina com prata, pega um plástico transparente e mergulha nessa gelatina com prata e se torna película de raio X. Quando o raio incide, vai bater na prata e voltar e vai imprimir uma imagem onde atravessou, pegou a placa e onde a placa continua junto com a gelatina. Então pega um raio x usado, onde não tem a refração do raio x com a prata, essa película ficou preta, onde refletiu a prata, foi removido e desenhou o osso que foi fotografado no raio x. Então pega a parte preta do raio x que é preto, que esta todo recoberto de gelatina e esse pedaço vai usar para o exame. Vai estudar se existe ou não tripsina na amostra. Pega 3 tubos, precisa dar condição para essa tripsina agir, e a primeira condição para a tripsina agir é estar num pH ideal, que é o pH alcalino do intestino então pega fezes normais e bicarbonato a 5%, 1 parte de fezes e 9 partes de bicarbonato. Coloca num tubo de ensaio, e esse será o controle positivo. Pega outro tubo e coloca 10 partes de bicarbonato sem fezes; pega um terceiro tubo e coloca uma parte de fezes, e 9 partes de bicarbonato, e coloca igual ao primeiro tubo só que antes era um tubo de uma paciente normal, e agora essas fezes são as fezes do paciente que quero testar, de um paciente possivelmente doente: Tubo normal, tubo sem fezes e tubo animal doente. Pega uma tira de raio x e mergulha essa tira dentro de cada tubo, e deixa isso incubando, se em estufa deixa 1 hora se for temperatura ambiente, deixar 2, 3 horas. Tubo do controle positivo: Filme que está transparente: Gelatina foi digerida, tinha tripsina na amostra e a tripsina digeriu a gelatina, fezes normais; No tubo onde não tinha fezes espera que esse filme se mantenha igual, faz isso porque vai que tenha o filme esteja muito velho, e só o bicarbonato interferiu, então não pode ter acontecido nada, deve manter integro, preto. No tubo do animal que estou testando, depende, se tubo fica todo preto, não tem tripsina, se ficar transparente, tem tripsina, e não se tem problema com relação a essa enzima. Não se faz muito isso por falta de filme de raio x, e ao invés e usar raio x, prepara a gelatina e faz exatamente o mesmo teste. Faz com gelatina incolor, porque se não pode alterar a cor do exame e achar que tem algo nas fezes, o que se faz é pegar gelatina incolor misturar com as fezes aquecer com um pouco de agua morna gelatina de bosta. Se ficar duro, não tem tripsina, se não ficar dura, tem tripsina porque digeriu a gelatina. Normal é que tivesse sido digerida. Dosagem de amilase Não precisa que paciente esteja em jejum prolongado, de 12, 24 horas, precisa tomar um pouco de cuidado com dose de amilase em gato e em equinos, porque é um resultado que só vale se estiver muito alto. Amostras que estejam lipemicas não podem ser usadas, precisa garantir que paciente esteja em jejum de pelo menos 4 horas Garantir que a lipemia não seja em relação ao que o animal comeu. Nem todo animal ingere alimento e tem amostra lipemica, depende da capacidade do processo de digestão de cada animal, que é diferente. Se colho amostra e amostra está lipemia, primeira coisa que tem que fazer é pedir se animal ingeriu alimento em menos de 4 horas, se não, a lipemia não tem a ver com alimentação. Mas se comeu, a lipemia pode ser atribuída não a nenhuma patologia, mas por causa da alimentação. Valor de referencia para cão é de 300 a 1200, 500-1600 em equino muda de espécie para espécie. Tem possibilidade de fazer esse exame com amostras de até 7 dias normalmente as enzimas necessitam ser dosadas o mais rápido possível, mas não é o caso da amilase então se tem vantagem em poder mandar para um laboratório sem muitos problemas para dosar essa enzima. Dosagem da lipase Precisa de jejum obrigatório de 8 horas, precisa considerar os aumentos significativos, relacionados a ingestão ou não de dexametazona, animais que receberam dexametazona não tem validação para testes de lipase. Pouco volume de amostra é suficiente para fazer essa dosagem, não pode esperar 7 dias, mas não precisa fazer com pressa. Para ter ideia valores de referencia para gatos: precisa ser bem maior que 5,4 para ser considerado pancreatite, abaixo de 3,5 é normal. Cães: até 200 é normal. Cuidar para não confundir porque resultados são bastante discrepantes entre gatos e cães. Testar função do tripsinogênio Não consegue dosas tripsina, só consegue determinar se ela está presente ou não, que é o teste do raio x ou da gelatina. Se quiser saber se o precursor, o tripsinogênio, que é o que ativa a tripsina, esse tem como quantificar. Para quantificar tripsinogênio faz um soro. Valores de referencia para gato: Só vale se tiver jejum de 12 horas, cuidando que precisa ser muito especifico para fazer esse exame, não é todo paciente que pode ficar em jejum 12 horas nesse quadro. Junto com todos esses exames, tripsinogênio, tripsina, lipase e amilase, são os teste que usa para ver se o pâncreas está bom, se tem uma outra possibilidade que é usar um snaptest, para reação das enzimas pancreáticas. O valor do teste é bastante questionável por diversos autores. O snap funciona como um conjunto de todas essas enzimas com anticorpos marcados contra essas enzimas, detectando a presença do conjunto enzimático ou não na amostra. Colhe soro, deposita 2 gotas, e ve o resultado, se normal ou alterado, mesmo principio de outros snapstests – função antígeno anticorpo. Nunca se usou no hospital, diz que funciona. Prof acha que é valido se não tem condição de dosar tripsinogênio, lipase e amilase, se tem como, não tem porque fazer snaptest, seria só por uma facilidade por ter isso disponível com mais acesso em uma clinica, que não tem acesso a um laboratório.