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Prof. Msc. Luciano Alex Santos 
 
Avaliação Nutricional 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 1 
 
 
 
 
Curso de Nutrição 
 
Disciplina 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Avaliação Nutricional para desenvolvimento teórico-prático 
da disciplina de Avaliação Nutricional do Curso de Nutrição - Unitri 
 
 
Elaborada por: 
 
Prof. Luciano Alex Santos 
Nutricionista 
Mestre em Ciência de Alimentos - UFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uberlândia - 2014 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 2 
SUMÁRIO 
 
1 - INTRODUÇÃO A AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL ...................................... 3 
2 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS ............................................................... 7 
2.1 – Crescimento e Desenvolvimento .............................................................................. 7 
3 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ........................... 11 
3.1 - Índices Antropométricos .......................................................................................... 13 
3.2 - Avaliação dos Indicadores ....................................................................................... 14 
3.4 - Classificações Antropométricas .............................................................................. 16 
3.5 – Curvas de Crescimento .......................................................................................... 20 
3.6 – DESENVOLVIMENTO PUBERAL SEGUNDO O CRITÉRIOS DE TUNNER ........ 22 
4 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA APLICADA A CRIANÇAS, ADULTOS, IDOSOS E 
PACIENTES HOSPITALIZADOS .................................................................................... 25 
4.1 - Aferição de peso ...................................................................................................... 25 
4.1.1 – Estimativa de peso ............................................................................................... 28 
4.1.2 - Adequação do peso .............................................................................................. 30 
4.2 - Aferição de estatura ................................................................................................. 31 
4.2.1 - Cálculo de estimativa de altura ............................................................................. 33 
4.3 - Índice de Massa Corporal (IMC) ou Índice de Quetelet ........................................... 35 
5 - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL .................................. 37 
6 - AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL ........................................................... 40 
6.1 – Medidas de Circunferências/Perímetros ................................................................. 41 
6.2 – Medidas de Pregas Cutâneas (PC) / Dobras Cutâneas (DC) ................................. 47 
7 - AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA DO ESTADO NUTRICIONAL .......................................... 57 
8 - AVALIAÇÃO CLÍNICA DO ESTADO NUTRICIONAL ................................................. 69 
9 - AVALIAÇÃO GLOBAL SUBJETIVA............................................................................ 78 
10 - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR ..................................... 85 
11 - ANEXOS ................................................................................................................... 94 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 3 
1 - INTRODUÇÃO A AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
 
A Avaliação Nutricional consiste na determinação dos níveis de nutrição e alimentação 
da população através de informações obtidas por meio de normas específicas 
 
Estado Nutricional 
 
É a condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo e utilização de 
nutrientes, identificada pela correlação de informações obtidas de estudos físicos, 
bioquímicos, clínicos e dietéticos (Christakis, 1973) 
 
 
Resulta do equilíbrio entre suprimento de nutriente e gasto do organismo 
 
Indicadores 
 
São instrumentos utilizados para medir periodicamente as modificações que ocorrem 
numa população, sejam estas de ordem natural ou devidas a determinado programa ou 
atividade. 
 
Objetivos da Avaliação Nutricional 
 
 Identificar os problemas existentes 
 Estabelecer a magnitude do problema encontrado 
 Determinar a distribuição geográfica dos problemas nutricionais como problemas 
sanitários 
 Descobrir e analisar os fatores ambientais responsáveis direta ou indiretamente 
pelo problema 
 Propor medidas adequadas que visem corrigir a situação encontrada 
 
 
Avaliação do Estado Nutricional 
 
 
 Avaliação antropométrica 
 
Ciência que estuda e avalia as medidas do tamanho, peso e proporções do corpo 
humano (Fernandes, 1999) 
 
 Peso e altura 
 Diâmetro e comprimento ósseos 
 Espessura das dobras cutâneas 
 Circunferências 
 
 
 
CCoonnssuummoo GGaassttoo 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 4 
 Avaliação clínica 
 
Mostra um passado mais distante, e quando os sinais e sintomas estão bem 
definidos, o processo patológico encontra-se bem avançado 
 
Vantagens 
 
 É um método barato, porém, exige treinamento intenso 
 Muito valioso, especialmente, em regiões muito pobres em que os sinais são 
nítidos; 
 Fácil coleta. 
 
 
Desvantagens 
 
 Exige pessoal treinado 
 Falta de especificidade dos sinais patológicos 
 
 
 Exames bioquímicos 
 
Constitui-se um método objetivo da avaliação nutricional porque possibilita a 
interpretação das alterações bioquímicas (metabólicas e fisiológicas) 
 
Evidenciam alterações bioquímicas precocemente, anteriores às lesões celulares e/ou 
orgânicas 
 
Alguns fatores ou condições podem limitar sua utilização 
 
 Drogas, ambiente, estado fisiológico, estresse, injúria e inflamação. 
 
Não devem ser usados isoladamente para o diagnóstico do estado nutricional 
 
 
Métodos de Avaliação Nutricional 
 
Métodos objetivos: Apresenta diretamente a influência da desnutrição ou da 
deficiência nutricional sobre os indivíduos 
 
 Antropometria, composição corporal e parâmetros bioquímicos 
 
Métodos subjetivos: Apresenta indiretamente a influência da desnutrição ou da 
deficiência nutricional sobre os indivíduos 
 
 Avaliação subjetiva global (ANSG), inquéritos de consumo alimentar, estudos 
demográficos, indicadores socioeconômicos e culturais e dados clínicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 5 
 
Esquema demonstrativo da patogenia das doenças carenciais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dimensão biológica do conceito de Estado Nutricional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Composição corporal e metabolismo em indivíduos saudáveis 
 
Desenvolvimento tecnológico  determinação da composição corporal 
 
Estudos científicos  estado nutricional relaciona-se com a massa corporal 
 
 Massa corporal  formada por componentes diferentes 
 
 Gordura corporal (Massa gorda - MG)  modifica-se com o balanço energético 
 
 Tecido adiposo  83% gordura, 2% proteína e 15% água 
 
 Gordura subcutânea 
 Gordura visceral 
 
  Compartimentos que variam com o sexo e a idade 
 
Deficiência Dietética 
Primária 
Deficiência Dietética 
Secundária 
Deficiência Nutricional 
 
  reservas celulares 
 Lesões bioquímicas 
 Alterações funcionais 
 Alterações anatômicas 
Consumo ou Ingestão 
alimentar 
Necessidade ou gasto 
nutricional 
Estado NutricionalNormalidade 
Nutricional 
Excesso ou desequilíbrio de 
consumo e/ou utilização 
(distúrbio nutricional) 
 
 
Insuficiência de consumo 
(carência nutricional) 
 
 Obesidade 
 Diabetes 
 Aterosclerose 
 Hipertensão 
 
 Desnutrição proteico-calórica 
 Anemia 
 Hipovitaminose A 
 Bócio endêmico 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 6 
 
 Massa magra  modifica-se segundo o balanço proteico-energético 
 
 Massa celular ativa  músculo e massa visceral 
 Tecido de sustentação  altera-se em função da MG e massa magra 
 
 Avaliação da composição corporal  Metodologia correta 
 
 Antropometria  pesar e medir 
 
 Avaliação nutricional  equilíbrio na composição corporal 
 
 Antropometria 
 Avaliação bioquímica 
 Inquéritos alimentares 
 Indicadores sociais, econômicos e culturais 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 7 
2 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS 
2.1 – Crescimento e Desenvolvimento 
 
 Crescimento  refere-se ao aumento linear da estatura, usando-se o termo 
comprimento para crianças menores de 2 anos de idade e altura a partir dos 2 anos. 
 
Aumento físico do corpo 
 
 Aumento do número de células (hiperplasia) e/ou aumento do tamanho das células 
 (hipertrofia) 
 
Crescimento longitudinal (Waterlow, 1996) 
 
 
 Proporcionalmente mais lento que o aumento de peso 
 
 Déficits e recuperação da estatura tendem a se desenvolver de forma mais lenta 
 
 Déficits de peso podem ser recuperados com grande rapidez 
 
 Desenvolvimento  mais amplo e inclui, além do crescimento físico, a maturação, 
aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais (WHO 1995, MS 2002). 
 
 
 Fases do crescimento 
 
1ª Fase: da concepção ao nascimento 
 
2ª Fase: Primeira infância = 0 aos 3 anos 
 
3ª Fase: Segunda infância = 3 aos 7 anos 
 Terceira infância = 7 aos 10 anos 
 
4ª Fase: Adolescência (fase final do crescimento) = 10 aos 20 anos (OMS, 1986) 
 Puberdade = Meninas: 10 aos 13 anos / Meninos: 12 aos 14 anos 
 
 Fatores de crescimento 
 
 Classificação 
 
 Fatores intrínsecos (orgânicos ou individuais) 
 Fatores extrínsecos (ambientais ou populacionais) 
 
 Herança genética 
 
 Condiciona maior ou menor velocidade de multiplicação celular 
 Determina o grau de sensibilidade dos órgãos efetores aos estímulos 
indutores do crescimento 
 Determina a época de fechamento das cartilagens de crescimento 
 Condiciona o aparecimento de doenças capazes de prejudicar o crescimento 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 8 
 Fatores neuroendócrinos 
 
 
 
 Fonte: <estudmed.com.sapo.pt/trabalhos/prolactina_2.htm> 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 9 
 Fatores ambientais 
 
Pré-natais 
 
 Nutricionais, Mecânicos, Endócrinos, Infecciosos, Imunológicos, Anóxico e Drogas 
(teratogênicos) 
 
Pós-natais 
 
 Fatores socioeconômicos 
 Fatores psicossociais 
 Processos mórbidos 
 
 Nutricionais 
 
 Calorias, Proteína, Carboidratos, Lipídeo, Vitaminas e Minerais 
 
 Atividade física 
 
 Dentro dos limites de tolerância, o aumento das forças de pressão e tensão 
determina formação de novo tecido ósseo 
 
 
 Crescimento e desenvolvimento 
 
Processo de mudança, diferenciação ou aperfeiçoamento de estrutura e de função 
 
Iniciam-se com a fecundação, prolongando-se até atingir o crescimento total (vida 
adulta), passando por diferentes fases. 
 
Crescimento e desenvolvimento  variações nos componentes corporais 
 
 Tecido ósseo 
 Tecido muscular 
 Tecido adiposo 
 
1) Tecido ósseo 
 
- Vida embrionária  modelo cartilaginoso 
 
- Nascimento  centro ósseo já está ossificado 
 
- Após o nascimento  crescimento ósseo longitudinal nas epífises ou placas de 
crescimento (centros secundários de ossificação) 
 
- Ganho mais importante é durante a puberdade   [hormônio de crescimento e 
sexuais] 
 
- Potencial de crescimento final  fusão óssea (fechamento das epífises) 
 
- Aumento da densidade óssea  tecido cartilaginoso, substituído por tecido ósseo, 
conforme incorporação do Ca++ (durante toda a maturação) 
Estagnação na densidade óssea após a puberdade 
Massa óssea  adquirida antes do final da segunda década de vida 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 10 
2) Tecido muscular 
 
- Vida embrionária  crescimento do tecido por hiperplasia e hipertrofia 
- Nascimento  crescimento por hipertrofia: ~ 20% do peso corporal 
- Após o nascimento  crescimento longitudinal dos músculos, simultaneamente 
com os ossos 
- Infância  diferenças mínimas da massa muscular nos diferentes sexos 
- Puberdade 
 Meninos  massa muscular aumenta até os 17 anos, chegando a 42% do 
peso corporal 
 Meninas  massa muscular aumenta até os 13 – 14 anos, chegando a 39% do 
peso corporal 
- Adolescência  as diferenças sexuais se evidenciam de forma bastante acentuada 
- Adultos: ~ 40% do peso nos homens e 35% nas mulheres 
- 3ª idade  o número de fibras musculares e seus diâmetros diminuem 
consideravelmente, principalmente as fibras de contração rápida 
 
 
3) Tecido adiposo 
 
- Mais instável dos componentes corporais 
 
- Crescimento e desenvolvimento do tecido adiposo  hiperplasia e hipertrofia 
 
- Produção de adipócitos  inicia no 4º mês de gestação e vai até o nascimento 
 
- Há ganho de gordura pouco antes da puberdade tornando-se menor durante o 
crescimento ósseo e muscular 
 
- Pós-púbere  ganho volta a aumentar e é maior nas meninas 
 
- Vida adulta  mecanismo do aumento das células não está totalmente claro, 
porém estudos observam esse aumento na obesidade grau III 
 
- De difícil eliminação, ocorrendo alterações no tamanho e não no número de células, 
na maioria das vezes 
 
- Considerados células secretoras  sintetiza e libera uma variedade de peptídeos e 
não peptídeos, além de sua capacidade de depositar e mobilizar triglicérides, 
retinóides e colesterol 
 
 
Referencias bibliográficas 
 
DUARTE, A.C.G. Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: 
Atheneu, 2007. 607 p. 
 
MARCONDES, E.; SETIAN, N. Fatores de crescimento: mecanismos e tipos de 
crescimento. In: MARCONDES, E. Crescimento normal e deficiente. 3. ed. São Paulo: 
Sarvier, 1989. 
 
MONTEIRO, J.P.; CAMELO-JUNIOR, J.S. Nutrição e Metabolismo. Caminhos da 
Nutrição e Terapia Nutricional: Da Concepção à Adolescência. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007. 602 p. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 11 
3 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 
 
A criança constitui um grupo vulnerável do ponto de vista nutricional 
 
Apresenta elevada velocidade de crescimento, nos dois primeiros anos de vida, com 
declínio gradativo e pronunciado até os 5 anos 
 
Comprimento   50% ao final do 1º ano de vida e duplica até os quatro anos 
 Do 5º ano ao estirão da adolescência  crescimento constante 
 (5-6 cm/ano - meninas: 11 anos e meninos: 13 anos) 
 
Peso  a criança triplica o valor do nascimento ao final do primeiro ano de vida e 
quadruplica aos 2 anos de idade 
 
Avaliação frequente do estado nutricional infantil  detectar problemas precocemente, 
possibilitando medidas de intervenção. 
 
 
 Medidas antropométricas usualmente utilizadas: 
 
 
Essenciais  Peso 
 Comprimento / Estatura 
 
Complementares  Pregas cutâneas 
 Perímetro cefálico e perímetro torácico 
 Perímetro braquial 
 
 Peso 
 
- Métodobastante utilizado para avaliar o estado nutricional de crianças 
- Expressa dimensão da massa ou volume corporal (MG + M magra) 
- Sensível às variações, permite identificar alterações precoces 
- Desvantagem: Pode ser mascarado em determinadas patologias 
 Retenção hídrica e visceromegalias. 
 
 
 Estatura / Comprimento 
 
- Indicador do tamanho corporal e crescimento linear da criança 
- Para menores de 24 meses utiliza-se o termo comprimento 
- Medida que melhor define a Saúde e o Estado Nutricional de crianças 
- Mede, indiretamente, a qualidade de vida da população 
 
 
 Perímetro cefálico (PC ou CC) e Perímetro torácico (PT ou CT) 
 
- PC  avalia o tamanho e crescimento cerebral em crianças < 3 anos 
- PT  indicador de desnutrição 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 12 
Perímetro Cefálico (PC) e Perímetro Torácico (PT) 
 
- PC  Utilizado em pediatria como método diagnóstico de estados patológicos, indica 
desenvolvimento do cérebro. Especialmente antes dos 3 anos de idade indicando 
microcefalia, macrocefalia ou hidrocefalia 
 
- PT  indica desnutrição devido à perda de gordura ou até de proteínas 
- PC associado a PT  indicador relacionado ao diagnóstico nutricional 
 
- Na vida intrauterina prioriza-se o desenvolvimento do cérebro. Após o nascimento, o 
cérebro continua crescendo, mas em bem menor proporção do que o resto do corpo. 
- Do nascimento até 6 meses  PT e PC são aproximadamente iguais com relação de 
PT/PC = 1,0 (variação de 0,99 a 1,01). Se entre 6 meses até 5 anos de idade a relação 
PT/PC < 1 pode indicar falha no desenvolvimento ou gasto adiposo e muscular da 
parede torácica (indício de desnutrição calórica - DPC) 
 
- Técnica de tomada de medida de PC 
 
Com a criança sentada ou apoiada no colo, sem adereços na cabeça posicione a fita 
métrica rente as sobrancelhas da criança e faz-se a circunferência tracionando 
firmemente a fita, possibilitando uma medida que se aproxime ao máximo da medida do 
crânio 
 
- Técnica de tomada de medida de PT 
 
Com a criança sentada ou apoiada no colo, com o tórax despido, o braço ao longo do 
corpo um pouco afastado, posicione a fita métrica no ponto médio de maior diâmetro. 
Voltam-se os braços rentes ao corpo e faz-se a leitura da medida ao final de uma 
expiração normal 
 
 
 Perímetro braquial 
 
- Avaliações do estado nutricional rápidas, de rastreamento ou de triagem. 
- Criança de 12 a 60 meses, quando não é possível aferir as medidas de peso e 
comprimento 
- Valores de referência  disponíveis a partir de 1 ano e 11 meses 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 13 
 Pregas cutâneas 
 
- Medida de adiposidade que permite avaliar a composição corporal 
 
- Correlacionam-se diferentemente com a gordura corporal dependendo do local de 
aferição 
 
- Valores de referência  disponíveis a partir de 1 ano e 11 meses 
3.1 - Índices Antropométricos 
 
P/I, P/E e E/I  mais empregados e preconizados pela OMS 
 
 
 Peso para a Idade (P/I) 
 
- Avalia o peso em relação à idade cronológica da criança 
- Acompanhamento do crescimento de menores de 5 anos 
- Maior sensibilidade para crianças até 2 anos 
- Vantagem  utiliza dados rotineiros e de simples execução 
- Desvantagem  não prediz a natureza do déficit, se pregresso ou atual 
 
 Peso para a Estatura/Comprimento (P/E) 
 
- Reflete a harmonia do crescimento 
- Altos valores de P/E  Obesidade em nível populacional, mas não na avaliação 
individual 
- Recomendado para crianças menores de 5 anos 
- Não requer informação sobre a idade, no entanto, não substitui outros índices 
 
 Estatura/Comprimento para a Idade (E/I) 
 
- Reflete o crescimento linear alcançado para idade específica 
- Valores abaixo do esperado indicam déficits de longa duração 
- Baixos valores de E/I  Criança classificada como baixa (constitucional) ou com 
nanismo (processo patológico) 
 
 IMC/Idade (IMC/I) 
 
- Utilização controversa para crianças, mas recomendado para adolescentes 
 
 Períodos etários da criança 
 
- Recém-nascido – 0 a 28 dias 
- Lactente – 29 dias a 1 ano e 11 meses 
- Pré-escolar – 2 anos a 6 anos 
- Escolar – 7 a 9 anos 
- Adolescente – 10 a 20 anos 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 14 
Quadro 1: Índice antropométrico utilizado por faixa etária 
 
Faixa etária Indicadores 
Recém-nascido PN, PN/IG 
Lactentes e pré-escolar P/I, P/A, A/I, IMC/Idade 
Escolares P/A, A/I, IMC/Idade 
Adolescentes A/I, IMC para adolescentes 
Fonte: Duarte, 2007. 
3.2 - Avaliação dos Indicadores 
 
 
Dependem do estabelecimento de um padrão de referência ou de normalidade 
 
 Ponto de corte  Permite distinguir os que necessitam ou não de intervenção 
 
 Ponto crítico é outra designação dada para ponto de corte 
 
- Referência  deveria ser neutra, permitindo apenas fazer comparações 
- Padrão  objetivo ou um nível que deve ser alcançado 
 
Waterlow (1992), na prática, a distinção de tais termos é quase impossível 
 
Padrão de referência  padrão de normalidade utilizado para comparação ou 
julgamento de medidas de indivíduos ou grupos populacionais não pertencentes à 
amostra que gerou as medidas consideradas normais 
 
Dar preferência às preconizadas pelas agências nacionais e internacionais de saúde 
- Dados resultam de estudos e análises criteriosos 
- Propiciam uma padronização dos cuidados de saúde 
- Permite comparação com dados internacionais 
 
 Aplicações dos padrões de crescimento 
 
 Para a população 
 
- Prever situação emergencial relacionada à nutrição e alimentação 
- Avaliar as práticas de desmame 
- Rastrear e acompanhar grupos de risco nutricional 
 
 Para indivíduos 
 
- Monitorar e promover o crescimento 
- Identificar o período adequado para introduzir a alimentação complementar ao 
leite materno 
- Auxiliar o diagnóstico da falta ou excesso de crescimento 
 
 
A avaliação do crescimento envolve comparação de medidas físicas observadas com 
valores de referência expressos em tabelas e curvas 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 15 
 Denominações da distribuição dos valores de referência 
 
Tabela de normalidade  distribuição numérica 
Curva de crescimento normal  tradução gráfica 
 
Padrão de normalidade (“padrão de crescimento” ou “padrão de referência”) 
 
 
 Descrição dos índices antropométricos 
 
 
 Escores-Z ou múltiplos de Desvio Padrão (DP) 
 
- Representa uma medida de dispersão ou variabilidade de um grupo de dados 
 
- Por convenção, utiliza-se o valor mediano para cálculo do DP 
 
- O mais utilizado em nível populacional. 
 
A medida de escore-z pode ser calculada a partir da seguinte fórmula 
 
 Escore-Z = valor observado – valor mediano de referência 
 DP da população de referência 
 
Quadro 2: Classificação da desnutrição pela descrição de Escore-Z. 
Índice -2 ≤ escor-z < -1 -3 ≤ escor-z < -2 escor-z < -3 
P/A DEP leve DEP moderada DEP grave 
A/I Nanismo leve Nanismo moderado Nanismo grave 
Fonte: WHO, 1999. 
 
Para o cálculo exato dos percentis e escores-Z é necessário utilizar as equações 
fornecidas pelo CDC/NCHS no endereço: <http://www.cdc.gov/growthcharts/> 
 
 
 Percentis 
 
- Refere-se à posição que o valor da medida ocupa com relação aos 100% da 
distribuição de referência 
 
- Exemplo, uma criança com determinada idade cujo peso se encontra no percentil 
25 pesa mais do que 25% da população de referência da mesma idade 
 
- Sistema de classificação mais empregado na prática pediátrica, servindo de basepara a construção dos gráficos e o acompanhamento do crescimento 
 
 
Pontos de corte da distribuição percentilar 
 
Percentil 3  indicador de desnutrição 
Percentil 50  ponto equivalente à média e à mediana 
Percentil 97  indicador de sobrepeso 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 16 
 Percentagem da mediana 
 
- Consiste na razão entre o valor observado de uma determinada medida e o valor 
mediano dessa medida na distribuição de referência, expresso sob a forma de 
percentagem 
 
O valor de adequação de um determinado índice pode ser calculado a partir da 
seguinte fórmula 
 
% da mediana = peso observado x 100 
 peso mediano de referência 
 
 Cálculos dos Indicadores Antropométricos 
 
P/I = Peso observado x 100 
 Peso esperado para idade 
 
E/I = Estatura observada x 100 
 Estatura esperada para idade 
 
P/E = Peso observado x 100 
 Peso esperado para estatura 
 
3.4 - Classificações Antropométricas 
 
 
 Classificação de Gómez 
 
- Baseia-se no índice P/I 
 
 - Preconizada para crianças até 2 anos de idade 
 
 
% Adequação P/I Classificação do Estado Nutricional 
≤ 60 
61 – 75 
76 – 90 
91 – 110 
> 110% 
Desnutrição Grave ou grau III 
Desnutrição Moderada ou grau II 
Desnutrição Leve ou grau I 
Eutrófico 
Sobrepeso/obesidade 
 
 
 Classificação de Macias 
 
A falta de utilização da altura na avaliação do crescimento nos coloca uma séria 
interrogação sobre o crescimento real do indivíduo ou grupos que estamos estudando e 
é possível que muitas crianças com um peso adequado para a idade ao ser 
comparadas com a estatura esperada, possam apresentar-se muito “delgadas” ou 
eventualmente com sobrepeso. Da mesma forma crianças com um peso baixo para a 
idade, ao serem comparadas com sua estatura possam apresentar um crescimento 
harmonioso (Macias, 1972). 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 17 
- Baseia-se no P/A 
- Preconizada para crianças de 2 a 10 anos de idade 
 
% Adequação P/A Classificação do Estado Nutricional 
> 110% 
110 a 90% 
90 a 80% 
80 a 70% 
< 70% 
Sobrepeso ou obesidade 
Eutrofia ou normalidade 
Delgado ou desnutrido leve 0 DI 
Muito delgado ou DII (moderada) 
Desnutrido ou DIII (Grave) 
 
 
 Classificação de Waterlow 
 
- Baseia-se nos índices E/I e P/E 
- Preconizada para crianças de 2 a 10 anos de idade 
- Vantagem  calculado e avaliado independente da idade 
 
 Tabela de Classificação de Waterlow 
 Peso por estatura (P/E) 
 ≥ 90% < 90% 
Altura/Idade 
(A/I) 
≥ 95% Eutrófico Desnutrição aguda 
< 95% Desnutrição pregressa Desnutrição crônica 
 
 
 Classificação da Obesidade 
 
 Crianças 
 
 Waterlow 
 
 Critério de Waterlow modificado para o diagnóstico de obesidade 
 Peso por estatura (P/E) 
 ≥ 110% < 120% ≥ 120% 
Altura/Idade (A/I) 
> 95% Sobrepeso Obesidade clássica 
 95% 
Sobrepeso com 
comprometimento de 
estatura 
Obesidade com 
comprometimento de 
estatura 
 Fonte: Segulem et al., 2000. 
 
 OMS 
 
Obesidade  > +2 escor-z 
 
 Adolescente  É mais adequado o uso de IMC 
 
 Obesidade  IMC/I ≥ p 85 associado à PCT e PCSE > p 90 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 18 
 Quadro 3: Pontos de corte para avaliação antropométrica, segundo CDC/NCHS 
Índice Percentil Diagnóstico 
Circunferência cefálica/Idade (CC/I) < 5 Desnutrição ou microcefalia 
Circunferência cefálica/Idade (CC/I) > 95 Macrocefalia 
Comprimento/Idade (C/I) < 5 Nanismo ou baixa estatura 
Altura/Idade (A/I) ou Estatura/Idade (E/I) < 5 Nanismo ou baixa estatura 
Peso/Altura (P/A) < 5 Baixo peso 
Peso/Altura (P/A) > 95 Risco de sobrepeso 
IMC/Idade < 5 Baixo peso 
IMC/Idade 85 ≤ p < 95 Risco de sobrepeso 
IMC/Idade ≤ 95 Obesidade 
Índice escor-z Diagnóstico 
Criança 
Comprimento/Idade ou Altura/Idade < –2 Nanismo ou baixa estatura 
Peso/Altura < –2 Baixo peso 
Peso/Altura > + 2 escores Sobrepeso 
Adolescentes 
Comprimento/Idade ou Altura/Idade < –2 Nanismo ou baixa estatura 
Peso/Altura < –2 Baixo peso 
IMC/Idade ≥ 85* Obesidade 
 * associado à PCT e PCSE > p90 
 Fonte: NCHS/CDC, 2000; WHO, 1995. 
 
 
 Quadro 4: Pontos de corte (P/I) em crianças menores de 10 anos 
Percentil Diagnóstico 
< 0,1 Peso muito baixo para a idade 
≥ 0,1 e < 3 Peso baixo para a idade 
≥ 3 e < 10 Risco nutricional 
≥ 10 e < 97 Adequado ou eutrófico 
≥ 97 Risco de sobrepeso 
 Fonte: OMS, 1995; MS, 2004. 
 
Referências bibliográficas 
 
DEVINCENZI, M.U.; RIBEIRO, L.C.; SIGULEM, D.M. Crescimento Pôndero-estatural do 
Pré-escolar. Vol. Compacta Nutrição, vol. 6, n. 1, p. 1-30, 2005 
 
DUARTE, A.C.G. Avaliação Nutricional: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. São Paulo: 
Atheneu, 2007, p. 607. 
 
SARNI, R. S.; OLIVEIRA, F. C.; Avaliação e Diagnóstico do Estado Nutricional da 
Criança e do Adolescente. Revista Médica de Minas Gerais, Vol. 12, Supl. 2, 
Setembro/2002. 
 
www.virtual.epm.br/material/tis/curr-med/med3/2003/pediatria/matdid/cres_cri.doc 
 
SIGULEM, D.M.; DEVINCENZI, M.U.; LESSA, A.C. Diagnóstico do estado nutricional da 
criança e do adolescente. J. pediatria, v. 76, Supl.3, p. 275-284, 2000. 
 
SOARES, N.T. Um novo referencial antropométrico de crescimento: significados e 
implicações. Rev. Nutr., Campinas, 16(1):93-104, jan./mar., 2003. 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 19 
 
 
Curso de Nutrição 
 
Exercícios - Avaliação antropométrica de crianças e adolescente - P/I, P/A, A/I 
 
 
 
1) Quais as medidas antropométricas mais utilizadas para a avaliação e monitoramento do 
crescimento durante a infância. Defina seu significado clínico. 
 
2) Defina crescimento e desenvolvimento 
 
3) Não podemos usar as medidas antropométricas de forma isolada na avaliação 
antropométrica. Então, como podemos utilizar essas medidas para uma avaliação nutricional 
precisa? 
 
4) Descreva como interpretar os indicadores antropométricos. 
 
5) Na avaliação antropométrica o que significa ponto de corte? 
 
6) Os indicadores antropométricos podem ser expressos segundo três sistemas. Quais são 
esses sistemas e suas características? 
 
7) O índice P/I é um bom indicador de crescimento para crianças até 5 anos. Mas porque sua 
sensibilidade é maior para aquelas menores de 2 anos? 
 
8) As curvas são distribuídas em percentis. Quais os valores mínimo, médio e máximo e o que 
eles representam de uma maneira geral? 
 
9) Uma criança que apresente o indicador P/E < 90% segundo Waterlow, pode ser 
diagnosticado com desnutrição aguda? 
 
10) Qual o diagnóstico de uma criança que após a avaliação antropométrica, apresentou o 
indicador de E/I < 95 e P/A  95? 
 
11) Para uma criança de 5 meses, como deve ser a relação CT/CC? 
 
12) Qual o diagnóstico nutricional de uma criança de 2 anos e 6 meses com a relação CT/CC > 
1? 
 
13) Uma criança de 6 meses apresentou ao exame antropométrico circunferência cefálica para a 
idade (CC/I) < percentil 5. O que de princípio pode ser diagnosticado? 
 
14) Você foi contratado pela prefeitura de Uberlândia para o diagnóstico nutricional das crianças 
atendidas nos postos de saúde da cidade. Utilizado os poucos dados que foram coletados, 
faça o diagnóstico nutricional dessas crianças utilizando a classificação de Gomes e 
Waterlow. 
 
Dados coletados em 27/03/2007. 
Nº 
Data de 
nascimento Sexo 
Peso 
(kg) 
Comprimento 
Altura (cm) 
Idade %P/I %P/A % A/I Diagnóstico Nutricional 
Gomes Macias Waterlow 
1 20/01/05 M15,6 79,5 
2 17/12/03 F 13,6 95,5 
3 20/12/06 M 7,3 68,5 
4 20/02/03 M 13,1 90,0 
5 29/04/04 F 9,2 92,0 
6 15/06/06 M 7,0 68,0 
7 16/12/03 M 8,8 85,0 
8 10/02/02 F 11,97 98,5 
3 07/03/97 M 22,2 132,5 
10 10/02/99 F 24,1 122,5 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 20 
3.5 – Curvas de Crescimento 
 
 
 
 
 
Representação gráfica de um padrão de normalidade ou referência, que permite 
avaliar o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. 
 
Avaliação e monitoramento do crescimento durante a infância 
 
 Peso, altura e circunferência cefálica 
 
 Novas curvas de crescimento CDC/2000  Novo padrão de referência 
 
 
 Curva de Crescimento para crianças de 2 – 20 anos 
 
 Curvas do IMC/idade 
 
CDC  referencial começa a partir dos 24 meses de idade 
OMS  referencial a partir do nascimento aos 5 anos 
 Valores de IMC não são claros em crianças de pouca idade e não têm sido 
associados com obesidade na adolescência e idade adulta 
Curvas do IMC/idade e P/A  rastreamento do sobrepeso e baixo peso, mas não 
fornecem resultados idênticos 
IMC/idade é ligeiramente superior ao índice P/A na identificação de agravos em 
crianças > 5 anos (validação: DEXA dual energy X-ray absorptiometry) 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 21 
 
 Curvas de crescimento para crianças com deficiência mental 
 
- Baseadas em grupo específico de crianças com alteração no desenvolvimento 
mental 
 
- Permite a avaliação de acordo com o perfil de crescimento e desenvolvimento 
apresentados por estas crianças 
 
 Curva de Crescimento para criança de risco 
 
Existem inúmeras curvas para o acompanhamento longitudinal de crianças de risco, 
sobretudo prematuros. Diferenças metodológicas as tornam insatisfatórias 
 
Na prática clínica, crescimento destas crianças é acompanhado através das curvas 
baseadas na referência do NCHS, utilizando a idade corrigida 
 
 O importante é acompanhar a velocidade de crescimento e a inclinação da curva, 
de forma a avaliar a evolução da criança em seu canal de crescimento 
 
 Como obter a idade corrigida (IC) 
 
IC = idade gestacional ao nascimento – tempo em semanas que faltou para completar 
o termo gestacional 
 
- Considerando o referencial de 40 semanas 
 
Aplicação da idade corrigida 
Peso: até 24 meses CC: até 18 meses Comprimento: até 3 anos e 6 meses 
 
 Curvas de crescimento para crianças com Síndrome de Down 
 
A baixa estatura é uma das principais características 
Após nascimento  redução na velocidade de crescimento 
- ~ 20% entre o 3º e 36º mês de vida para ambos os sexos 
- 5% entre ♀ de 3 e 10 anos e 10% entre ♂ 3 e 12 anos 
- 27% entre ♀ de 10 e 17 anos e 50% entre ♂ de 12 e 17 anos 
- Disfunções da tireoide e hipotonia muscular  diferença na composição corporal 
e ganho de peso 
- Recomendam-se cuidados especiais a partir do P91 
- ~ 30% das crianças aos 10 anos possuem IMC > P91 
- 20% da população geral > P98 
- Diagnostico de sobrepeso  valores acima do P98 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 22 
3.6 – DESENVOLVIMENTO PUBERAL SEGUNDO O CRITÉRIOS DE TUNNER 
 
 Feminino 
 
- Mamas 
 M1 - mama infantil. 
 M2 (8-13 anos) - fase de broto mamário, com elevação da mama e aréola como 
pequeno montículo. 
 M3 (10-14 anos) - maior aumento da mama, sem separação dos contornos. 
 M4 (11-15 anos) - projeção da aréola e das papilas para formar montículo 
secundário por cima da mama. 
 M5 (13-16 anos) - fase adulta, com saliência somente nas papilas. 
 
- Pelos pubianos 
 P1 - fase de pré-adolescência (não há pelugem). 
 P2 (9-14 anos) - presença de pelos longos, macios e ligeiramente pigmentados ao 
longo dos grandes lábios. 
 P3 (10-14,5 anos) - pelos mais escuros e ásperos sobre o púbis. 
 P4 (11-15 anos) - pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é consideravelmente 
menor que a do adulto. 
 P5 (12-16,5 anos) - pelugem do tipo adulto, cobrindo todo o púbis e a virilha. 
 
 Masculino 
 
- Genitália 
 G1 (9,5-13,5 anos) - pré-adolescência (infantil). 
 G2 (10-13,5 anos) - crescimento da bolsa escrotal e dos testículos, sem aumento do 
pênis. 
 G3 (10,5-15 anos) - ocorre também aumento do pênis, inicialmente em toda a sua 
extensão. 
 G4 (11,5-16 anos) - aumento do diâmetro do pênis e da glande, crescimento dos 
testículos e do escroto, cuja pele escurece. 
 G5 (12,5-17 anos) - tipo adulto. 
 
- Pelos pubianos 
 P1 - fase de pré-adolescência (não há pelugem). 
 P2 (9-11-15,5 anos) - presença de pelos longos, macios e ligeiramente pigmentados 
na base do pênis. 
 P3 (11,5-16 anos) - pelos mais escuros e ásperos sobre o púbis. 
 P4 (12-16, 5 anos) - pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é 
consideravelmente menor que a do adulto. 
 P5 (13-17 anos) - pelugem do tipo adulto, estendendo- se até a face interna das 
coxas. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 23 
 
 
 
Referências bibliográficas 
 
Devincenzi, M.U.; Ribeiro, L.C.; Sigulem, D.M. Crescimento Pôndero-estatural do Pré-
escolar. Vol. Compacta Nutrição, v. 6, n. 1, 2005. 
 
Manual de orientação para alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do 
adolescente e na escola. São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento 
de Nutrologia, 2006. 64 p. 
 
Santos, J.A.; Franceschini, S.C.C.; Priore, S.E. Curvas de crescimento para crianças 
com Síndrome de Down. Rev Bras Nutr Clin., v. 21, n. 2, p. 144-148, 2006 
 
Duarte, A.C.G.Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: 
Atheneu, 2007. 607 p. 
 
www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=251 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 24 
 
 
Curso de Nutrição 
 
Exercícios - Avaliação antropométrica de crianças e adolescente 
 
Curvas de Crescimento 
 
1) Classifique o estado nutricional das crianças abaixo usando as curvas (gráficos) de 
crescimento do NCHS (Percentil) 
 
No Idade Atura Peso kg Sexo P/I A/I P/A IMC/I Diagnóstico 
1 2a 5m 78,5cm 9,7 F 
2 4a 1m 90,0cm 13,5 M 
3 2a 3m 87,5cm 9,1 M 
4 22m 86,0cm 10,4 F 
5 12m 73,0cm 9,8 M 
6 5a 1,08m 18,2 M 
7 12a 6m 1,67m 60,6 F 
8 15a 1,64m 50,0 F 
9 17a 6m 1,77m 54,0 M 
10 20a 1,60m 92,0 F 
 
 
2) Calcule a idade da criança considerando a data da coleta dos dados (01/02/2006), e 
avalie o estado nutricional dos pacientes conforme os gráficos da OMS (Escor Z). 
 
No DN Idade Peso kg Altura Sexo P/I A/I P/A Diagnóstico 
1 03/04/05 9,1 62,5cm F 
2 22/01/03 14,9 101,5cm M 
3 12/06/05 7,0 68,5cm M 
4 29/08/02 18,8 104,0cm F 
5 03/03/05 6,7 74,0cm F 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 25 
4 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA APLICADA A CRIANÇAS, 
ADULTOS, IDOSOS E PACIENTES HOSPITALIZADOS 
 
4.1 - Aferição de peso 
 
 
 Aferição de Peso 
 
O primeiro diagnóstico nutricional é feito no momento do nascimento, por meio do 
peso corporal. 
 
 Extremo baixo peso  < 1000 g 
 Muito baixo peso  < 1500 g 
 Baixo peso  1500 a 2500 g 
 Peso insuficiente  2500 a 2999 g 
 Peso adequado  3000 a 3999 g Sisvan – 2500g 
 Excesso de peso ou macrossomia  > 4000 g 
 
1. Técnica de aferição de peso para crianças menores de 2 anos 
 
 Devem ser pesadas com o mínimo de roupa e descalça e na presença da mãe 
ou responsável, para auxiliar na retirada da roupa da criança e na tomada da 
medida.Balança pediátrica (“tipo bebê”) 
 
 Usada para crianças menores de 24 meses 
 
 
Balança mecânica 
 
Balança eletrônica 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 26 
A) Método de pesagem em balança mecânica 
1º passo: destravar a balança 
2º passo: verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na 
mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la girando lentamente o calibrador 
3º passo: esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados 
4º passo: após constatar que a balança está calibrada, ela deve ser travada 
5º passo: despir a criança com o auxílio da mãe/responsável 
6º passo: colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir o 
peso igualmente. Destravar a balança e mantendo a criança parada o máximo possível 
nessa posição. Orientar a mãe/responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança e 
no equipamento 
7º passo: mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos 
8º passo: depois mover o cursor menos para marcar os gramas 
9º passo: esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados 
10º passo: travar a balança, evitando assim, que sua mola desgaste, assegurando o 
bom funcionamento do equipamento 
11º passo: realizar a leitura de frente para o equipamento com os olhos no mesmo nível 
da escala a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores 
12º passo: anotar o peso no prontuário da criança 
13º passo: retirar a criança e retornar os cursores ao zero na escala numérica 
14º passo: marcar o peso no Cartão da Criança 
 
B) Balança pediátrica eletrônica (digital) 
1º passo: a balança deve estar ligada antes da criança ser colocada sobre a mesma. 
Esperar que a balança chegue no zero 
2º passo: despir a criança com o auxílio da mãe/responsável 
3º passo: colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir o 
peso igualmente. Destravar a balança e mantendo a criança parada o máximo possível 
nessa posição. Orientar a mãe/responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança e 
no equipamento 
4º passo: aguardar que o valor do peso seja fixado no visor e realizar a leitura 
5º passo: anotar o peso no prontuário da criança. Retirar a criança 
6º passo: marcar o peso no Cartão da Criança 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 27 
2. Técnica de tomada de peso para crianças maiores de 2 anos, adolescentes e 
adultos 
 
- Crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos devem ser pesados descalços e 
com roupas leves. 
- Orientar a retirarem objetos pesados, tais como chaves, cintos, óculos, telefones e 
qualquer outro objeto que possa interferir no peso total. 
 
 
 Balança mecânica de plataforma 
 
 
Balança mecânica com antropômetro 
 
 
Balança eletrônica com antropômetro 
 
 A) Método de pesagem de crianças maiores que 2 anos e adultos em balança 
mecânica 
1º passo: destravar a balança 
2º passo: verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar 
na mesma linha horizontal). Caso contrário calibrá-la girando lentamente o calibrador 
3º passo: esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados 
4º passo: após constatar que a balança está calibrada, ela deve ser travada e só então 
a criança, adolescente ou adulto subirá na plataforma para ser pesado 
5º passo: posicionar a criança, adolescente ou adulto de costas para a balança, 
descalço, com o mínimo de roupa possível, no centro do equipamento, ereto, com os 
pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição 
6º passo: destravar a balança 
7º passo: mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos 
8º passo: depois mover o cursor menos para marcar os gramas 
9º passo: esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados 
10º passo: travar a balança, evitando assim, que sua mola desgaste, assegurando o 
bom funcionamento do equipamento 
11º passo: realizar a leitura de frente para o equipamento com os olhos no mesmo 
nível da escala a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores 
12º passo: anotar o peso no prontuário 
13º passo: retirar a criança, adolescente ou adulto e retornar os cursores ao zero na 
escala numérica 
14º passo: marcar o peso das crianças até 7 anos de idade no Cartão da Criança 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 28 
B) Método de pesagem em balança eletrônica (digital) 
1º passo: a balança deve estar ligada antes da criança, adolescente ou adulto ser 
colocado sobre a mesma. Esperar que a balança chegue ao zero 
2º passo: colocar a criança, adolescente ou adulto, no centro do equipamento, com o 
mínimo de roupa possível, descalço, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos 
ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição 
3º passo: aguardar que o valor do peso seja fixado no visor e realizar a leitura 
4º passo: anotar o peso no prontuário da criança. Retirar a criança, adolescente ou 
adulto 
6º passo: marcar o peso de crianças menores de 7 anos de idade no Cartão da Criança 
 
4.1.1 – Estimativa de peso 
 
Estimativa de peso para pacientes confinados ao leito ou à cadeira de rodas e 
edemaciados 
 
 - Cálculo de Estimativa do peso teórico ou ideal (PI) 
 
Pode ser definido em função de parâmetros como idade, biotipo, sexo e altura. 
Aceita-se como normal as faixas entre 10% abaixo ou acima do PI 
 
 A) Estimativa de peso a partir do IMC ideal 
 
Homens  22 kg/m2 Mulheres  20,8 kg/m2 
 
 B) Estimativa de peso considerando o biotipo 
Biotipo Homens – Variação Mulheres – Variação 
Brevilíneo (h –100) – 5% a h – 100 (h –100) – 5% a (h –100) – 10% 
Normolíneo (h –100) – 5% a (h –100) – 10% (h –100) – 10% a (h –100) – 15% 
Longilíneo (h –100) – 10% a (h –100) – 15% (h –100) – 15% a (h –100) – 20% 
 
 
 
C) Estimativa de peso em pacientes acamados – Equação de Chumlea (1985) 
 
Peso ♂ = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69 
 
Peso ♀ = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35 
 
Onde: CP = circunferência da panturrilha AJ = altura do joelho 
CB = circunferência do braço PCSE = prega cutânea subescapular 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 29 
D) Estimativa de peso em pacientes edemaciados 
 
- A depender da localização do edema, deve-se subtrair o peso estimado para o 
acúmulo hídrico do peso do paciente, de acordo com o quadro abaixo: 
 
 Estimativa de peso com edema 
Edema Excesso de peso hídrico 
+ tornozelo Aproximadamente 1 kg 
++ joelho 3 – 4 kg 
+++ raiz da coxa 5 – 6 kg 
++++ anasarca 10 – 12 kg 
 Fonte: Martins, 2001. 
 
 
E) Estimativa de peso em paciente com ascite 
Estimativa do peso corporal de acordo com a intensidade da ascite 
Grau de ascite Peso ascítico (kg) Edema periférico (kg) 
Leve 2,2 1,0 
Moderada 6,0 5,0 
Grave 14,0 10,0 
 
 
F) Pacientes amputados 
 
- Calcula-se o peso ideal (IMC ou equação de Chumlea, de acordo com o caso) e 
corrige a partir das porcentagens do peso correspondente a cada segmento do 
corpo. 
 
 
Peso corrigido = peso - % de amputação 
 
Membro Amputado Proporção de Peso % 
 
Mão 0,8 
Antebraço 2,3 
Braço até o ombro 6,6 
Pé 1,7 
Perna abaixo do joelho 7,0 
Perna acima do joelho 11,0 
Perna inteira 18,6 
 
Fonte: Osterkamp, 1995; Kamimura, 2002. 
 
 - Peso Atual (PA) 
 
 - Peso medido ou estimado 
 
 - Peso Usual (PU) 
 
 - Utilizado como referência na avaliação das mudanças recentes de peso e em 
casos de impossibilidade demedir o peso atual 
 
 - O peso ideal pode não representar o verdadeiro peso do indivíduo 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 30 
4.1.2 - Adequação do peso 
 
- Percentual (%) de adequação do peso atual em relação ao peso ideal 
 
 
 % de peso = peso atual x 100 
 peso ideal 
 
Quadro 6: Avaliação do estado nutricional conforme adequação pelo peso ideal 
Adequação do peso (%) Estado nutricional 
≤ 70 Desnutrição grave 
70,1 – 80 Desnutrição moderada 
80,1 – 90 Desnutrição leve 
90,1 – 110 Eutrofia 
110,1 – 120 Sobrepeso 
> 120 Obesidade 
 Fonte: Blackburn, Thornton, 1979. 
 
 
- Percentual (%) de adequação do peso atual em relação ao peso usual 
 
 
Avaliação do estado nutricional conforme adequação pelo peso usual 
Adequação do peso (%) Estado nutricional 
95 – 110 Eutrófico 
85 – 95 Desnutrição leve 
75 – 84 Desnutrição moderada 
< 74 Desnutrição grave 
 Fonte: Blackburn e cols, citado por Duarte, 2007. 
 
 
 - Peso Ajustado 
 
- É o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de 
nutrientes quando a adequação do peso for inferior a 95% ou superior a 115%. 
 
Peso ajustado = (PA – PI) x 0,25 + PI 
 
 
- Percentual de perda de peso (%PP) 
 
- Permite identificar o grau de gravidade da perda de peso em relação ao peso usual 
ou habitual 
- Melhor correlação com morbidade e mortalidade 
 
 
%PP = peso habitual – peso atual x 100 
peso habitual 
 
 
 Quadro 7: Classificação da perda de peso por unidade de tempo 
Grau de 
desnutrição 
Leve Moderado Grave 
 
Perda de 
peso/tempo 
< 5% / 1 mês 
< 7,5% / 3 meses 
< 10% / 6 meses 
< 2% / 1 semana 
> 5% / 1 mês 
> 7,5% / 3 meses 
> 10% / 6 meses 
> 2 / 1 semana 
> 20 / 6 meses 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 31 
4.2 - Aferição de estatura 
 
1. Técnica de tomada em comprimento 
 
 O comprimento é a distância que vai da planta dos pés descalços, ao topo da 
cabeça, comprimindo os cabelos, com a criança deitada em superfície 
horizontal, firme e lisa 
 
 Menores de 24 meses 
 
 
Infantômetro 
 
 
Método de mensuração do comprimento 
 
- 1º passo: deitar a criança no centro do antropômetro, descalça e com a cabeça livre 
de adereços 
 
- 2º passo: manter, com a ajuda da mãe/responsável, a cabeça apoiada firmemente 
contra a parte fixa do equipamento, com o pescoço reto e o queixo afastado do peito, 
os ombros totalmente em contato com a superfície de apoio com antropômetro, e os 
braços estendidos ao longo do corpo 
 
- 3º passo: as nádegas e os calcanhares da criança devem estar em pleno contato 
com a superfície que apoia o antropômetro 
 
- 4º passo: pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma 
das mãos, de modo que eles fiquem estendidos. Juntar os pés, fazendo um ângulo 
reto com as pernas. Levar a parte móvel do equipamento até as plantas dos pés, com 
cuidado para que não se mexam 
 
- 5º passo: realizar a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança 
não se moveu da posição indicada 
 
- 6º passo: anotar o resultado no prontuário e retirar a criança 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 32 
 
2. Técnica de tomada de altura 
 
 - A altura é a medida do indivíduo na posição de pé, encostado numa parede ou com 
antropômetro vertical 
 
- Crianças maiores de 2 anos  estadiômetro ou fita métrica fixa na parede 
 
 
 
 
 
 
Estadiômetro 
Antropômetro vertical 
 
Método de mensuração da estatua/altura 
 
1º passo: posicionar a criança, adolescente ou adulto descalço e com a cabeça livre 
de adereços, no centro do equipamento, ereto, com os braços estendidos ao longo 
do corpo, cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos 
 
2º passo: encostar os calcanhares, ombros e nádegas em contato com o 
antropômetro/parede 
 
3º passo: os ossos internos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte 
interna de ambos os joelhos. Unir os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas 
 
4º passo: abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com 
pressão suficiente para comprimir o cabelo. Estando o indivíduo em inspiração. 
Retirar a criança, adolescente ou adulto, quando tiver certeza de que o mesmo não 
se moveu 
 
5º passo: realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do equipamento 
 
6º passo: anotar a estatura no prontuário 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 33 
 4.2.1 - Cálculo de estimativa de altura 
 
 
- Estimativa de altura para pacientes acamados 
 
 Altura do joelho  pré-escolares, adolescentes e adultos 
 Envergadura (chanfradura)  crianças de todas as idades 
 
 
A) Envergadura do braço 
 
 É a distância da ponta do dedo médio e o osso esterno na altura da incisão 
jugular. O braço da criança deve se mantido esticado ao lado do corpo, fazendo 
um ângulo de 90º com o tórax 
 A palma da mão deve estar voltada para frente 
 Ambos os lados devem ser medidos. Se houver diferença entre os lados, deve-se 
repetir a medida e considerar a mais longa 
 
 
Altura = [ 0,73 x (2 x envergadura do braço em metros) + 0,43 ] 
 
 
 Envergadura (Equivalência da Medida) 
• Até 10 anos: Envergadura < Altura 
• 10 anos (): Envergadura = Altura 
• 12 anos (): Envergadura = Altura 
• > 10 anos () e > 12 anos (): Envergadura>Altura 
 
 A relação E/A de crianças e jovens oscila entre 0,9 - 1,1 
 
Relação < 0,9: Hipotrofia dos membros superiores 
 
Relação > 1,1: Déficit estatural 
 
 
B) Extensão do braço 
 
 É a distância de ponta a ponta do dedo médio passando em frente à clavícula 
 O indivíduo deve estar sentado ou em pé, em posição ereta, com ambos os 
braços esticados na horizontal para o lado, fazendo um ângulo de 90º com o 
corpo 
 A palma das mãos deve estar voltada para frente. O resultado obtido é a altura 
estimada 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 34 
 
 
 
 
 
 
C) Altura do Joelho 
 
- Medida que não é alterada com a idade 
 
 
 
 
 
 
Método de medida da altura do joelho (AJ) 
 
- Com o paciente deitado em superfície plana, de costas com o rosto para cima, 
dobra-se o joelho esquerdo de modo que o calcanhar forme um ângulo de 90º com a 
superfície. 
 
- Posiciona-se o paquímetro de extremidades planas, régua antropométrica ou fita 
métrica, entre o calcanhar e o topo do joelho e realiza-se a leitura em centímetros. 
 
Altura ♂ = [(2,02 x AJ) – (0,04 x I)] + 64,19 
 
Altura ♀ = [(1,83 x AJ) – (0,24 x I)] + 84,88 
 
Onde: AJ = altura do joelho em centímetros. I = idade em anos. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 35 
 
D) Estimativa de estatura em crianças com limitações físicas na faixa etária de 
2 a 12 anos, conforme Stevenson (1995). 
 
- Comprimento superior do braço (CSB): distância do acrômio até a cabeça do 
rádio medido com o membro superior fletido a 90 
 
- Comprimento tibial (CT): medida da borda súpero medial da tíbia até a borda do 
maléolo medial inferior 
 
- Comprimento do membro inferior a partir do joelho (CJ): distância do joelho ao 
tornozelo 
 
Medida do segmento Estatura estimada (cm) Desvio-padrão (cm) 
CSB E = (4,35 x CSB) + 21,8  1,7 
CT E = (3,26 x CT) + 30,8  1,4 
CJ E = (2,69 x CJ) + 24,2  1,1 
 
4.3 - Índice de Massa Corporal (IMC) ou Índice de Quetelet 
 
 
O Índice de Massa Corporal (IMC) é o indicador mais simples do estado nutricional 
 
 IMC = peso atual (kg)Altura (m)2 
 
 Classificação para população adulta 
IMC (kg/m 2) Classificação Risco de co-morbidades 
< 16,0 Desnutrição grave Alto 
16,0 – 16,9 Desnutrição moderada Moderado 
17,0 – 18,4 Desnutrição leve Baixo 
18,5 – 24,9 Eutrofia Médio 
25,0 – 29,9 Sobrepeso (pré-obeso) Baixo 
30,0 – 34,9 Obesidade grau I Moderado 
35,0 – 39,9 Obesidade grau II Alto 
≥ 40,0 Obesidade grau III Muito alto 
 Fonte: OMS, 1998. 
 
 
 Classificação para população idosa 
 
Os pontos de corte do IMC para idosos são superiores aos do adulto, devido à maior 
susceptibilidade às doenças que este grupo apresenta, necessitando assim de maior 
reserva de tecidos, que o protege contra a desnutrição. 
 
IMC (kg / m2) Classificação 
< 22 Baixo peso / magreza 
22 – 27 Eutrofia 
> 27 Excesso de peso / sobrepeso 
 Fonte: Lipschitz, 1994. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 36 
 
 
Curso de Nutrição 
Exercícios – Aferição e Estimativa de Peso e Altura 
 
1) No hospital AC, nasceram cinco crianças A, B, C, D e E cujos pesos foram 2100g, 
1250g, 3600g, 2450g, 2800g, respectivamente. Qual o diagnóstico nutricional tendo 
em vista o peso de cada criança? 
 
2) Descreva a metodologia de mensuração do peso e altura de crianças menores de 2 
anos. 
 
3) Descreva a metodologia de mensuração do peso e altura de crianças maiores de 2 
anos, adolescentes e adultos, em balança mecânica. 
 
4) Como podemos avaliar aqueles pacientes confinados ao leito, cuja mensuração de 
peso e altura não é possível ser feita? Cite 3 formas de fazer essa avaliação. 
 
5) J.V.U., 32 anos, sexo masculino, pesando 78,0kg e medindo 1.70m, procurou o 
nutricionista para adequação da sua dieta. Calcule seu IMC atual, IMC mínimo, 
médio e máximo e de o diagnóstico. 
 
6) A.U.D., 26 anos, sexo feminino, pesando 48,0kg e medindo 1,68m. Dê seu 
diagnóstico nutricional calculando seu IMC atual, IMC mínimo, médio e máximo. 
 
7) Qual o peso ideal médio de um adolescente do sexo masculino, de 19 anos que 
mede 1,75m? Qual o peso mínimo e máximo que ele poderia ter? 
 
8) Qual o peso ideal de uma adolescente de 18 anos cuja altura é de 1,65m e de biotipo 
normolínea? 
 
9) A.B.C., 42 anos, sexo masculino, foi internado neste hospital devido a uma fratura 
exposta da tíbia direita. Foram mensurados AJ= 58,0cm, CP= 20,5cm, CB=32,5cm 
PCSE= 22mm. Dê o diagnóstico nutricional desse paciente. 
 
10) E.C.D., 65 anos, sexo feminino, ao chegar ao hospital foi mensurados peso de 
66,0kg e altura de 1,58cm. Avalie e dê o diagnóstico nutricional atual. 
 
11) T.C.V., 32 anos, sexo masculino, branco, portador de DM tipo 2, foi submetido à 
cirurgia de amputação do MID abaixo do joelho. Foi mensurado a AJ = 55,0cm, CB = 
28,0cm. Avalie seu estado nutricional. 
 
12) R.U.D., 45 anos, sexo masculino, internado neste hospital com IRA. Foi mensurado 
peso de 72,0kg e altura de 1,65m. Ao exame clínico foi constatado edema +++/4+. 
Dê seu diagnóstico nutricional. 
 
13) P.R.G., 25 anos, sexo feminino, foi internada com fortes dores abdominais e vômito 
e diarreia. A mensuração de peso foi de 45,0kg e altura de 1,62m. Relata que seu 
peso mensurado há uma semana era de 50,0kg. Dê o diagnóstico nutricional 
utilizando os dados antropométricos. 
 
14) A.W.Q., 19 anos, sexo feminino, pesando 93,0kg e medindo 1,68m. Avalie o estado 
nutricional dessa adolescente. 
 
15) S.D.F., 36 anos, sexo masculino, pesando 54,0kg, medindo 1,75m. Internado com 
diagnóstico de DPOC. Vem perdendo peso há seis meses e relata peso usual de 
65,0kg. Dê o diagnóstico nutricional desse paciente. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 37 
5 - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
 
O Corpo humano é composto por água, massa muscular, órgãos, líquidos e tecido 
adiposo, sendo que com a somatória de todos esses componentes temos o PESO 
CORPORAL TOTAL 
 
O peso corporal total pode sofrer alterações 
 
- Crescimento (crianças e adolescentes) 
- Estado reprodutivo (gestação) 
- Variação dos níveis de atividade física (exercícios aeróbio e anaeróbio) 
- Efeitos do envelhecimento (perda de massa muscular e aumento de massa gorda) 
 
Componentes 
 
 Água corporal: corresponde em média 60 a 65% do peso corpóreo – pode sofrer 
alterações devido à doenças, desnutrição, atividade física, entre outros fatores, que 
podem diminuir ou aumentar a água corporal. 
 
 Músculo esquelético: mais presente nos homens do que nas mulheres. Quanto 
maior a massa muscular, maior é o gasto energético. 
 
 Tecido adiposo: a gordura corporal (GC) em excesso é determinante da 
obesidade. Porém existe a gordura chamada ESSENCIAL, presente na medula 
óssea, órgãos, músculos e tecidos ricos em lipídios no sistema nervoso. 
 
Recomendação: HOMENS: 15 – 18% total / 4 – 7% gordura essencial 
 MULHERES: 20 – 25% total / 12% gordura essencial 
 
 
Métodos para Avaliação da Composição Corporal 
 
 
 Diretos 
 
 Século XIX  dissecação física ou físico-química de cadáveres 
 Exames laboratoriais 
 
 Indiretos 
 
 Técnicas laboratoriais  rigorosas e precisas 
 Utilização limitada  alto custo 
 
 Duplamente indiretos 
 
 Técnicas menos rigorosas 
 Amplamente utilizada  menor custo, aplicação em campo e em clínica 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 38 
Objetivo 
 
A avaliação dos compartimentos corporais permite detectar o estado nutricional e, 
consequentemente, estabelecer a intervenção nutricional adequada. 
 
Métodos de Avaliação da Composição Corporal 
 
 Antropometria 
 
 Laboratorial 
 
 Impedância Bioelétrica 
 
 
Método baseado no principio da condutividade elétrica para a estimativa dos 
compartimentos corporais 
Os tecidos magros são altamente condutores de corrente elétrica, pela grande 
quantidade de água e eletrólitos 
A gordura e o osso são pobres condutores de corrente elétrica 
Dessa forma, a corrente elétrica percorre com maior facilidade a massa magra 
que a massa gorda 
 
* Resistência: é a medida da oposição pura ao fluxo de corrente através do corpo 
* Reactância: é a oposição ao fluxo de corrente causada pela capacitância produzida 
pela membrana celular 
 
O tamanho da resistência é maior que a reactância, quando medimos a impedância 
corporal total. Assim: 
 
Maior resistência: mais tecido adiposo 
Menor resistência: maior massa magra e água 
 
 
 Aplicação do método 
 
- São afixados eletrodos nas extremidades dos membros dominantes, com o paciente 
deitado, com as pernas afastadas e os braços em paralelo afastados do troco. 
 
- A corrente é emitida pelos eletrodos distais e captada pelos eletrodos proximais. 
 
- O programa analítico que acompanha a BIA, recebe os dados de peso, altura, idade, 
sexo e atividade física. 
 
- O sistema avalia os percentuais encontrados de massa muscular, tecido adiposo e 
água corporal, além de fornecer a TMB e as necessidades calóricas totais do 
indivíduo. 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 39 
Fatores que interferem na precisão do método 
 
- Consumo de álcool, cafeína e diuréticos: causam uma superestimativa no valor da 
resistência medida e, consequentemente na % de gordura 
 
- Atividade física: a sudorese da prática de exercícios físicos tem efeito diurético, além 
de alterar a temperatura da pele e influenciar na leitura da resistência 
 
- Ingestão de alimentos próxima ao teste: modifica o peso corporal avaliado 
 
- Período de menstruação: retenção de líquido 
 
- Utilização de joias, relógios e adereços em geral: atrapalham na condutividade 
elétrica 
 
- Fumo: pode reter líquidos. 
 
 
Preparo para o exame 
 
- Não comerou beber a menos de 4 horas antes do exame 
 
- Não fazer exercícios físicos a menos de 12 horas do exame 
 
- Urinar a menos de 30 minutos antes do exame 
 
- Não consumir álcool a menos de 48 horas do exame 
 
- Não ingerir café antes do exame 
 
- Não fumar antes do exame 
 
- Não tomar diuréticos a menos de sete (7) dias do exame 
 
- Não realizar o exame em mulheres no período pré-menstrual e retendo líquido 
 
- Não realizar o exame em gestantes e portadores de marca passo 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 40 
6 - AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
 Medidas de Circunferências / Perímetros 
 
As medidas antropométricas de circunferências correspondem aos chamados 
perímetros que podem ser definidos como o perímetro máximo de um seguimento 
corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo (Filho, 2003 in 
Duarte, 2007) 
 
- Obesos  recomendada para acompanhamento individual  dificuldade de se medir 
tecido adiposo 
- Preferencialmente não devem ser utilizadas isoladamente 
- Permite avaliar a distribuição de gordura corporal  androide e ginoide 
 
 
 
 
 Medidas de Pregas ou Dobras Cutâneas 
 
Técnica simples, pouco onerosa e de fácil manuseio. Apresenta alta fidedignidade, 
correlacionando-se com técnicas sofisticadas 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 41 
6.1 – Medidas de Circunferências/Perímetros 
 
1) Perímetro Braquial ou Circunferência do Braço (CB) 
 
- Reflete tanto as reservas de energias como a massa proteica auxiliando no estudo 
das dimensões corporais 
- Permite avaliar desnutrição energético-proteica  crianças até 5 anos 
- Recomendado em avaliações do estado nutricional  rápido, fácil aferição e de baixo 
custo 
- Rastreamento ou triagem de crianças de 12 a 60 meses de idade, quando não é 
possível a utilização das medidas de peso e altura 
 
Medida da Circunferência do Braço (CB) 
 
 
Método de mensuração 
 O braço do avaliado deve estar flexionado em direção ao tórax, formando um ângulo 
de 90º 
 Localizar e marcar o ponto médio entre o acrômio e o olecrano 
 Solicitar ao avaliado que fique com os braços estendidos ao longo do corpo com a 
palma da mão voltada para a coxa 
 Contornar a fita flexível no ponto marcado em plano horizontal ao eixo longitudinal 
do braço 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 42 
Pontos de Corte de CB para crianças: Adaptação para população brasileira da 
“Fita de Shakir” (Moçambique, 1974) 
 
> 17,5 cm – obesidade 
13,5 – 17,5 – eutrofia 
13,5 – 12,5 – desnutrição moderada 
< 12,5 – desnutrição grave 
 
 Pontos de Corte de CB para adultos 
 
 Através da adequação da CB 
 
 
 
 
Faixa de normalidade simplificada 
Sexo CB(cm) CMB (cm) AMB(cm2) 
♂ 29,5 25,5 28,1 
♀ 28,5 23,2 22,2 
Fonte: Jelliffe, 1996 
 
 Fonte: HEYMSFIELD, 1999; BLACKBURN & THORNTON, 1979. 
 
 Pontos de Corte de CB para crianças 
Idade em anos Nível crítico de CB (cm) 
2 15,7 
3 16,2 
4 16,5 
5 16,7 
6 17,1 
 Fonte: Monteiro et al, 1981. 
 
 
 
Diagnóstico 
Adequação (%) 
CB PCT CMB 
Depleção grave <70 <60 <70 
Depleção moderada 70 – 80 60 – 80 70 – 80 
Depleção leve 80 – 90 80 – 90 80 – 90 
Adequado/Eutrofia 90 – 110 90 – 110 90 – 110 
Sobrepeso 110 – 120 110 – 120 --- 
Obesidade > 120 > 120 --- 
% CB = CB obtida x 100 
 CB percentil 50 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 43 
2) Circunferência Muscular do Braço (CMB) e Área Muscular do Braço(AMB) 
 
 Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
 
- Avalia a reserva musculoesquelética 
- Para alguns autores a CMB avalia satisfatoriamente a massa magra ou proteína 
muscular 
- HEYMFIELD (1983)  superestima em 20 a 25% a massa muscular por incluir 
alguma gordura subcutânea, bainha neuromuscular e ossos 
- Correção da CMB  AMB = CMBc 
 
 Cálculo da Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
 
 
 
 (constante pi) = 3,1416  corrigida para 0,314 para multiplicar PCT em mm 
 
 Cálculo da Área Muscular do Braço (AMB) 
 
 
 
 
 no numerador = corrigida para 0,314 para multiplicar PCT em mm 
 no denominador = recebe o valor original = 3,1416 
 
3) Circunferência da Cintura (CC) 
 
- Utilizada para determinação da razão cintura/quadril (C/Q) 
- Utilizada erroneamente como medida preditora da distribuição de gordura corporal 
- Duarte e Castellani (2002); Duarte (2007), “O termo circunferência da cintura é usado 
de forma inadequada, por alguns autores, para expressar a circunferência abdominal” 
- Usada em conjunto com o IMC para monitoramento na intervenção para perda de 
peso (Lau et al., 2007) 
 
 
 
 
 
CMB = CB – ( x PCTmm) 
♂ AMB = CB – ( x PCT)2 – 10 
 4 
♀ AMB = CB – ( x PCT)2 – 6,5 
 4 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 44 
Circunferência da Cintura (CC) 
 
 
Método de mensuração 
 O avaliado de estar em posição ortostática, com o peso distribuído em ambos os 
pés afastados 25 a 30 cm. 
 Circundar a fita no plano horizontal, na linha natural da cintura (ponto de menor 
circunferência), no ponto médio entra a última costela e a crista ilíaca. 
 A leitura deverá ser realizada no momento da expiração. 
 
 
4) Circunferência do Abdominal (CA) 
 
- Utilizada para determinação da distribuição de gordura corporal 
- Avaliação por ressonância magnética ou tomografia computadorizada  custo 
elevado para prática clínica 
- Revela concentração de gordura visceral (central ou abdominal), que independente da 
gordura corporal total, é um fator de risco para doença arterial coronariana (DAC) e 
diabetes mellitus (DM) 
- Obesidade intra-abdominal, mensurada pela CA, é a melhor preditora para DAC e DM 
(Vinik, 2005) 
 
Avaliação Nutricional conforme Circunferência Abdominal, OMS, 2000. 
Homens Mulheres Risco de Doença Cardiovascular 
≥ 94,0 cm 
≥ 102,0 cm 
≥ 80,0 cm 
≥ 88,0 cm 
Aumentado 
Substancialmente aumentado 
 Fonte: IV Diretrizes, 2009. 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 45 
Circunferência Abdominal (CA) 
 
 
Método de mensuração 
 
 O avaliado de estar em posição ortostática, com o peso distribuído em ambos os 
pés afastados 25 a 30 cm 
 Circundar o abdome despido com a fita no plano horizontal, passando sobre a 
cicatriz umbilical 
 
5) Circunferência do Quadril (CQ) 
 
- Utilizada em conjunto com circunferência da cintura (CC), fornece CC/CQ 
- A relação CC/CQ é utilizada por refletir a proporção de gordura intra-abdominal como 
determinação de risco DAC, HA e MD (Haslam & James, 2005) 
 
Limitações na utilização da relação CC/CQ 
 
- A CC/CQ é um marcador menos precisa que CC, principalmente quando se deseja 
observar alterações ao longo do tempo 
- Determinação dos valores de ponto de corte para obesidade central  alguns autores 
consideram 0,8 para mulheres e 1,0 para homens, outros utilizam pontos de corte a 
partir de 0,85 para mulheres e 0,95 para homens 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 46 
 
 
Circunferência do Quadril (CQ) 
 
Método de mensuração 
 
 O avaliado deve estar em posição ortostática 
 Braços levemente afastados, pés juntos e glúteos contraídos 
 Colocar a fita em plano horizontal, no ponto de maior massamuscular das nádegas 
 A medida é tomada lateralmente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 47 
6.2 – Medidas de Pregas Cutâneas (PC) / Dobras Cutâneas (DC) 
 
- Método preferido na área de exercício físico e esportes 
- Medidas realizadas do lado direito do avaliado 
- Realiza-se uma série de três medidas sucessivas, no mesmo local, considerando a 
média dos três. Se ocorrer discrepância > 5% entre uma das medidas, no mesmo local, 
realiza-se uma nova série de três medidas 
- A pele do avaliado deve estar seca e o avaliador com as unhas aparadas e lixadas 
 
 
Dobra Cutânea Biciptal 
 
É medida no sentido do eixo longitudinal do 
braço, na sua face anterior, no ponto 
mesoumeral, de maior circunferência 
aparente do ventre muscular do bíceps. 
 
 
Dobra Cutânea Tricipital 
 
É medida na face posterior do braço, 
paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que 
compreende a metade da distância entre a borda 
súperolateral do acrômio e o olecrano. 
 
 
Dobra Cutânea Subescapular 
 
A medida é executada obliquamente em relação 
ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos 
arcos costais, sendo localizada a dois 
centímetros abaixo do ângulo inferior da 
escápula. 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 48 
Dobra Cutânea Axilar Média 
 
É localizada no ponto de intersecção entre a 
linha axilar média e uma linha imaginária 
horizontal na altura do apêndice xifoide do 
esterno. A medida é realizada obliquamente 
ao eixo longitudinal, acompanhando os arcos 
intercostais. Com o braço do avaliado 
deslocado para trás, a fim de facilitar a 
obtenção da medida. 
 
 
 
Dobra Cutânea Supra ilíaca 
 
É obtida obliquamente em relação ao eixo 
longitudinal, na metade da distância entre o 
último arco costal e a crista ilíaca (2 cm 
acima), sobre a linha axilar medial. É 
necessário que o avaliado afaste o braço 
para trás ou sobre a nuca, para permitir a 
execução da medida. 
 
 
Dobra Cutânea Abdominal 
 
É medida aproximadamente a dois 
centímetros à direita da borda lateral da 
cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo 
longitudinal do corpo. 
 
 
Dobra Cutânea da Coxa 
 
É medida paralelamente ao eixo longitudinal, 
sobre o músculo reto femoral a um terço da 
distância do ligamento inguinal e a borda 
superior da patela Guedes (1985), e na metade 
desta distância segundo Pollock & Wilmore 
(1993). 
 
Para facilitar o pinçamento desta dobra o 
avaliado deverá deslocar o membro inferior 
direito à frente, com uma semi-flexão do joelho, e 
manter o peso do corpo no membro inferior 
esquerdo. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 49 
 
Dobra Cutânea Panturrilha Medial 
 
Para a execução desta medida, o avaliado deve 
estar sentado, com a articulação do joelho em 
flexão de 90 graus, o tornozelo em posição 
anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada 
no sentido paralelo ao eixo longitudinal do corpo, 
no ponto de maior perímetro da perna, com o 
polegar da mão esquerda apoiado na borda 
medial da tíbia. 
 
 
 
 Aplicação dos resultados obtidos a partir das medidas das pregas cutâneas 
 
1) Medida isolada comparada a um padrão de referência (FRISANCHO, 1990) 
 
Exemplo: PC Tricipital e PC subescapular. (apêndice 5.5, Cuppari, 2002) 
 
A) Somatória de pregas cutâneas 
 
PCT + PCSE: comparadas a um padrão 
 
2) Medidas Derivadas 
 
A) Circunferência Muscular do Braço (CMB) e Área Muscular do Braço (AMB) 
(apêndices 5.2 e 5.3, Cuppari, 2002) 
 
B) % de Gordura 
 
B.1) Soma das 4 pregas cutâneas ( PCT + PCB + PCSE + PCSI) 
 (apêndice 5.8, Cuppari, 2002) 
 
B.2) Densidade corpórea (DC) 
 
♀ (18 a 55 anos) 
(∑ 3 PC = PCT + PC Coxa + PCSI) 
 
DC = 1,0994921 – 0,0009929 x (∑ 3 PC) + 0,0000023 x (∑ 3 PC)2 – (0,0001392 x idade) 
 
% Gordura = [(5,01/DC) – 4,57] x 100 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 50 
♂ (18 a 61 anos) 
(∑ 3 PC = PC torácica + PC Coxa + PC Abdominal) 
 
DC = 1,10938 – ((0,0008267 (∑ 3 PC)) + (0,0000016 x (∑ 3 PC)2) – (0,0002574 x idade) 
 
% Gordura = [(4,95/DC) – 4,50] x 100 
 
♀ (18 a 55 anos) 
(∑ 7 PC = PCT + PC Coxa + PCSI + PC Peitoral + PC Abdominal + PCSE + PC Axilar 
média) 
 
DC = 1,0970 – (0,00046971 x (∑ 7 PC)) + (0,00000056 x (∑ 7 PC)2 ) – (0,00012828 x 
idade) 
% Gordura = [(14,85/DC) – 4,39] x 100 
 
♂ (18 a 61 anos) 
DC = 1,11200000 - (0,00043499 x (∑ 7 PC))+(0,00000055 x (∑ 7 PC)2) – (0,00028826 x 
idade) 
% Gordura = [(14,37/DC) – 3,93] x 100 
 
Padrões de Gordura Corporal 
Classificação Homens Mulheres 
Risco de doenças associada à desnutrição ≤ 5% ≤ 8% 
Abaixo da média 6 – 14 % 9 – 22 % 
Média 15 % 23 % 
Acima da média 16 – 24 % 24 – 31 % 
Riscos de doenças associadas à obesidade ≥ 25 % ≥ 32 % 
 Fonte: LOHMAM et al., 1992 in Duarte, 2007. 
 
Referência bibliográfica 
Cuppari, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2002. 
Duarte, A.C.G. Avaliação Nutricional: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. 
São Paulo: Atheneu, 2007. 
Duarte, A.C.G.; Castellani, F.R. Semiologia Nutricional. Rio de Janeiro: 
Axcel Books, 2002. 
www.sanny.com.br/si/site/030201 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 51 
CONVERTENDO AS DOBRAS CUTÂNEAS EM % GORDURA 
Some as 4 dobras cutâneas medidas. Usando as Tabelas abaixo, procure o valor 
encontrado na coluna da esquerda " das 4 pregas (somatório das pregas)" e a faixa 
etária nas colunas da direita "Idade". O número obtido pela intersecção destes dois 
valores é o Percentual de Gordura 
 
 TABELA A: Percentual de gordura corporal para homens 
 das 4 pregas 
(mm) 
Idade 
17-29 30-39 40-49 50+ 
15 4.8 
20 8.1 12.2 12.2 12.6 
25 10.5 14.2 15.0 15.6 
30 12.9 16.2 17.7 18.6 
35 14.7 17.7 19.6 20.8 
40 16.4 19.2 21.4 22.9 
45 17.7 20.4 23.0 24.7 
50 19.0 21.5 24.6 26.5 
55 20.1 22.5 25.9 27.9 
60 21.2 23.5 27.1 29.2 
65 22.2 24.3 28.2 30.4 
70 . 23.1 25.1 29.3 31.6 
75 24.0 25.9 30.3 32.7 
80 24.8 26.6 31.2 33.8 
85 25.5 27.2 32.1 34.8 
90 26.2 27.8 33.0 35.8 
95 26.9 28.4 33.7 36.6 
100 27.6 29.0 34.4 37.4 
105 28.2 29.6 35.1 38.2 
110 28.8 30.1 35.8 39.0 
115 29.4 30.6 36.4 39.7 
120 30.0 31.1 37.0 40.4 
125 30.5 31.5 37.6 41.1 
130 31.0 31.9 38.2 41.0 
135 31. 5 32.3 38.7 42.4 
140 32.0 32.7 39.2 43.0 
145 32.5 33.1 39.7 43.6 
150 32.9 33.5 40.2 44.1 
155 33.3 33.9 40.7 44.6 
160 33.7 34.3 41.2 45.1 
165 34.1 34.6 41.6 45.6 
170 34.5 34.8 42.0 46.1 
175 34.9 
180 35.3 
185 35.6 
190 35.9 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 52 
 TABELA B: Percentual de gordura corporal para mulheres 
 das 4 pregas 
(mm) 
Idade 
16-29 30-39 40-49 50+ 
15 10.5 
20 14.1 17.0 19.8 21.4 
25 16.8 19.4 22.2 24.0 
30 19.5 21.8 24.5 26.6 
35 21.5 23.7 26.4 28.5 
40 23.4 25.5 28.2 30.3 
45 25.0 26.9 29.6 31.9 
50 26.5 28.2 31.0 33.4 
55 27.8 29.4 32.1 34.6 
60 29.1 30.6 33.2 35.7 
65 30.2 31.6 34.1 36.7 
70 31.2 32.5 35.0 37.7 
75 32.2 33.4 35.9 38.7 
80 33.1 34.3 36.7 39.6 
85 34.0 35.1 37.5 40.4 
90 34.8 35.8 38.3 41.2 
95 35.6 36.5 39.0 41.9 
100 36.4 37.2 39.7 42.6 
105 37.1 37.9 40.4 43.3 
110 37.8 38.6 41.0 43.9 
115 38.4 39.1 41.5 44.5 
120 39.0 39.6 42.0 45.1 
125 39.6 40.1 42.5 45.7 
130 40.2 40.6 43.0 46.2 
135 40.8 41.1 43.5 46.7 
140 41.3 41.6 44.0 47.2 
145 41.8 42.1 44.5 47.7 
150 42.3 42.6 45.0 48.2 
155 42.8 43.1 45.4 48.7 
160 43.3 43.6 45.8 49.2 
16543.7 44.0 46.2 49.6 
170 44.1 44.4 46.6 50.0 
175 44.8 47.0 50.4 
180 45.2 47.4 50.8 
185 45.6 47.8 51.2 
190 45.9 48.2 51.6 
195 46.2 48.5 52.0 
200 46.5 48.8 52.4 
205 49.1 52.7 
210 49.4 53.0 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 53 
As Tabelas C e D são os percentis respectivamente para meninos e meninas entre 6 e 
17 anos de idade. Some as dobras cutâneas do tríceps e subescapular. Localize na 
tabela o valor encontrado e a idade da criança. Procure na coluna da esquerda 
"Percentil" o percentil no qual a criança se encontra. O percentil ideal é de 50%. As 
crianças com percentil abaixo de 25% devem perder gordura, enquanto que as 
crianças com percentil acima de 90% não precisam perder gordura. 
 
 TABELA C: Percentil para meninos de 6 a 17 anos de idade 
 Idade 
Percentil 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 
99 7 7 7 7 7 8 8 7 7 8 8 8 
95 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 
90 9 9 9 10 10 10 10 10 9 10 10 10 
85 10 10 10 10 11 11 10 10 10 11 11 11 
80 10 10 10 11 11 12 11 11 11 11 11 12 
75 11 11 11 11 12 12 11 12 11 12 12 12 
70 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 12 13 
65 11 11 12 12 13 13 13 12 12 13 13 13 
60 12 12 12 13 13 14 13 13 13 13 13 14 
55 12 12 13 13 14 15 14 14 13 14 14 14 
50 12 12 13 14 14 16 15 15 14 14 14 15 
45 13 13 14 14 15 16 15 16 14 15 15 16 
40 13 13 14 15 16 17 16 17 15 16 16 16 
35 13 14 15 16 17 19 17 18 16 18 17 17 
30 14 14 16 17 18 20 19 19 18 18 18 19 
25 14 15 17 18 19 22 21 22 20 20 20 21 
20 15 16 18 20 21 24 24 25 23 22 22 24 
15 16 17 19 23 24 28 27 29 27 25 24 26 
10 18 18 21 26 28 33 33 36 31 30 29 30 
5 20 24 28 34 33 38 44 46 37 40 37 38 
 
 
 TABELA D: Percentil para meninas de 6 a 17 anos de idade 
 Idade 
Percentagem 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 
99 8 8 8 9 9 8 9 10 10 11 11 12 
95 9 10 10 10 10 11 11 12 13 14 14 15 
90 10 11 11 12 12 12 12 13 15 16 16 16 
85 11 12 12 12 13 13 13 14 16 17 18 18 
80 12 12 12 13 13 14 14 15 17 18 19 19 
75 12 12 13 14 14 15 15 16 18 20 20 20 
70 12 13 14 15 15 16 16 17 19 21 21 22 
65 13 13 14 15 16 16 17 18 20 22 22 23 
60 13 14 15 16 17 17 17 19 21 23 23 24 
55 14 15 16 16 18 18 19 20 22 24 24 26 
50 14 15 16 17 18 19 19 20 24 25 25 27 
45 15 16 17 18 20 20 21 22 25 26 27 28 
40 15 16 18 19 20 21 22 23 26 28 29 30 
35 16 17 19 20 22 22 24 25 27 29 30 32 
30 16 18 20 22 24 23 25 27 30 32 32 34 
25 17 19 21 24 25 25 27 30 32 34 34 36 
20 18 20 23 26 28 28 31 33 35 37 37 40 
15 19 22 25 29 31 31 35 39 39 42 42 42 
10 22 25 30 34 35 36 40 43 42 48 46 46 
5 26 28 36 40 41 42 48 51 52 56 57 58 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 54 
Tabelas de Adequação do Percentual de Gordura Corporal 
Percentual de gordura (G%) PARA HOMENS 
Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 
Excelente 4 a 6 % 8 a 11% 10 a 14% 12 a 16% 13 a 18% 
Bom 8 a 10% 12 a 15% 16 a 18% 18 a 20% 20 a 21% 
Acima da Média 12 a 13% 16 a 18% 19 a 21% 21 a 23% 22 a 23% 
Média 14 a 16% 18 a 20% 21 a 23% 24 a 25% 24 a 25% 
Abaixo da Média 17 a 20% 22 a 24% 24 a 25% 26 a 27% 26 a 27% 
Ruim 20 a 24% 20 a 24% 27 a 29% 28 a 30% 28 a 30% 
Muito Ruim 26 a 36% 28 a 36% 30 a 39% 32 a 38% 32 a 38% 
Percentual de gordura (G%) PARA MULHERES 
Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 
Excelente 13 a 16% 14 a 16% 16 a 19% 17 a 21% 18 a 22% 
Bom 17 a 19% 18 a 20% 20 a 23% 23 a 25% 24 a 26% 
Acima da Média 20 a 22% 21 a 23% 24 a 26% 26 a 28% 27 a 29% 
Média 23 a 25% 24 a 25% 27 a 29% 29 a 31% 30 a 32% 
Abaixo da Média 26 a 28% 27 a 29% 30 a 32% 32 a 34% 33 a 35% 
Ruim 29 a 31% 31 a 33% 33 a 36% 35 a 38% 36 a 38% 
Muito Ruim 33 a 43% 36 a 49% 38 a 48% 39 a 50% 39 a 49% 
Fonte: Pollock e Wilmore, 1993. 
 FAIXA DE PERCENTUAL DE GORDURA IDEAL, DE ACORDO COM SEXO E A IDADE 
Faixa Etária Homens Mulheres 
de 18 a 29 anos 14% 19% 
de 30 a 39 anos 16% 21% 
de 40 a 49 anos 17% 22% 
de 50 a 59 anos 18% 23% 
acima de 60 anos 21% 26% 
 CLASSIFICAÇÃO DOS PERCENTUAIS DE GORDURA CORPORAL 
Classificação Homens Mulheres 
Muito Baixo 5% 8% 
Abaixo da Média 6 a 14% 9 a 22% 
Média 15% 23% 
Acima Média 16 a 24% 24 a 31% 
Muito Alto 25% 32% 
 PERCENTUAIS ACEITÁVEIS DE GORDURA CORPORAL 
Sexo Homens Mulheres 
Idade Aceitável Ideal Aceitável Ideal 
menos de 30 13,0 9,0 18,0 16,0 
30 – 39 16,5 12,5 20,0 18,0 
40 – 49 19,0 15,0 23,5 18,5 
50 – 59 20,5 16,5 26,5 21,5 
mais de 60 20,5 16,5 27,5 22,5 
 CLASSIFICAÇÃO DO SOBREPESO E DA OBESIDADE PELA PORCENTAGEM DE GORDURA 
 Obesidade Mulheres Homens 
Leve 25 - 30 % 15 - 20 % 
Moderada 30 - 35 % 20 - 25 % 
Elevada 35 - 40 % 25 - 30 % 
Mórbida >40% >30 % 
 CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 7 A 17 ANOS 
Classificação Masculino Feminino 
Excessivamente Baixa Até 6% Até 12% 
Baixa 6,01 a 10% 12,01 a 15% 
Adequada 10,01 a 20% 15,01 a 25% 
Moderadamente alta 20,01 a 25 % 25,01 a 30% 
Alta 25,01 a 31% 30,01 a 36% 
Excessivamente alta Maior que 31,01% Maior que 36,01% 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 55 
 
 
Curso de Nutrição 
Exercícios – Circunferências e Pregas Cutâneas 
 
1) M.S., sexo masculino, branco, natural de Uberlândia, bancário, peso atual 70,0kg e 1,64m e 
CC: (Circunferência da Cintura): 108 cm. Calcule: 
 
a) IMC, Peso ideal (mínimo, médio e máximo - deve ser calculado para todos os exercícios). 
Avalie a CC. 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
2) M.I.S, sexo masculino, 43 anos, operário, 1,83m, Com peso atual de 63,7kg, sendo que seu 
peso habitual é de 74 kg, sua PCT = 8,3mm, CB= 26,4cm. Relata uma perda de peso nos 
últimos 6 meses. Calcule: 
 
a) lMC, Peso ideal, % peso ideal, % perda de peso, CMB e adequação, Adequação de CB, 
Adequação do PCT, avalie cada dado antropométrico encontrado. 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
3) D.M.G., sexo masculino, 58 anos, natural de Belo Horizonte, internou-se no HC, com 
anorexia, disfagia e vômitos. Com diagnóstico de mega esôfago chagásico. Será submetido 
a uma esofagectomia. Relata perda de peso nos últimos 3 meses. 
 Dados antropométricos: PH= 58,0kg, PA= 45,7kg, Altura: 1,58m, CB= 25cm, PCT = 8mm 
 
a) IMC, Peso ideal, % peso ideal, % perda de peso, CMB, adequação de CB, PCT e CMB. 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
4) M.SV., sexo feminino, 50 anos, aposentada, branca, natural de Uberlândia, portadora de 
ICC, foi submetida a amputação da coxofemoral, perna direita (MIO). Dados: Peso anterior à 
amputação: 68,0kg, 1,78m, CB: 30,0cm, PCT: 11,0mm. Calcule: 
 
a) IMC pré-op, IMC atual, CMB. Avalie o IMC, CB, PCT e CMB. 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
5) J.P.S., 40 anos, sexo masculino, branco, natural de Uberaba, hipertenso, cardiopata, foi 
atendido no ambulatório de nutrição. Dados antropométricos: PA: 85,0 kg Estatura: 1,60m 
CB: 31,5cm, PCT: 16,5mm. 
Na anamnese constatou-se: Número de refeições: 3 
Alimentos mais consumidos: enlatados, carne, miúdos, frituras, ovos e salgados 
Faz uso abusivo de sal. Nega uso de medicamentos no momento. Não faz atividade física. 
Apresentando edema: ++/4+. 
Com base no caso clínico apresentado calcule: 
 
a) IMC, Peso ideal, % peso ideal, Avaliar CB, PCT e CMB 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
6) Qual o diagnóstico nutricional de um indivíduo do sexo masculino, 25 anos, que pesa 90 kg e 
mede 1,80m. CB: 35,0cm, PCT: 9,0mm. 
 
7) J.P.S., 23 anos, sexomasculino, pesando 87,0 kg, estatura: 1,75. Praticante de atividade 
física. Procurou o nutricionista para um planejamento dietético. 
Antropometria: CB: 36,0cm PCT: 10,0mm PCB: 8,0mm PCSE: 9,5mm PCSI: 12,0mm 
 
a) IMC, Peso ideal, Avaliar CB e PCT, Calcular CMB e avaliar % de gordura corporal 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 56 
 
8) MAS, sexo masculino, 75 anos, aposentado, negro, natural de Uberlândia, portador de 
diabetes. Após complicações provocadas pela doença, foi submetido à cirurgia para amputar a 
perna direita (MID). O paciente encontra-se acamado e não pode ser medido nem pesado 
Dados antropométricos: CB: 26,4 cm PCT: 18,0 mm AJ: 56,0 cm 
 
a) Peso estimado, Altura estimada, Peso ideal, Calcule IMC estimado, CMB. Avalie CB e PCT 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
9) J.B.C, sexo feminino, 67 anos, natural de Uberlândia. Após avaliação de rotina foi encaminha 
a avaliação nutricional. Dados antropométricos: Peso: 72,0kg, Altura: 1,65m, CB: 32,5 cm PCT: 
27,5mm 
 
a) Peso estimado, Altura estimada, Peso ideal, Calcule IMC estimado, CMB. Avalie CB e PCT 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
 
10) M.A.B., 21 anos, sexo feminino, pesando 67,0 kg, estatura: 1,65. Praticante de atividade 
física. Procurou o nutricionista para um planejamento dietético. 
Antropometria: CB: 30,0cm PCT: 20,5mm; PCcoxa: 10,0mm; PCSI: 15,5 mm; PCabdominal: 
22,0mm; PCpeitoral: 8,0mm; PCSE: 21,0mm; PCaxilar média: 7,5mm. 
 
a) IMC, Peso ideal, Avaliar CB e PCT, Calcular CMB e avaliar % de gordura corporal 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
11) J.P.T., 27 anos, sexo masculino, pesando 72,0 kg, estatura: 1,75. Praticante de atividade 
física. Procurou o nutricionista para um planejamento dietético. 
Antropometria: CB: 33,0cm PCT: 9,5mm; PCcoxa: 8,0mm; PCSI: 12,5 mm; PCabdominal: 
20,0mm; PCpeitoral: 7,0mm; PCSE: 12,0mm; PCaxilar média: 5,5mm. 
 
a) IMC, Peso ideal, Avaliar CB e PCT, Calcular CMB e avaliar % de gordura corporal 
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário. 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 57 
7 - AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
Os exames laboratoriais são usados como auxiliares na avaliação do estado nutricional 
 
 Constitui-se um método direto da avaliação nutricional porque possibilita a 
interpretação das alterações bioquímicas (metabólicas e fisiológicas) 
 
 Evidenciam alterações bioquímicas precocemente, anteriores às lesões celulares 
e/ou orgânicas 
 
 Alguns fatores ou condições podem limitar sua utilização: 
 Drogas, ambiente, estado fisiológico, estresse, injúria, inflamação 
 
 Não devem ser usados isoladamente para o diagnóstico do estado nutricional 
 
 Valores de referência dependem do método analítico, tipo de amostra e laboratório 
 considerar os valores de referência do laboratório 
 
 Classificação dos Parâmetros Bioquímicos na Avaliação do Estado Nutricional 
 
1. Avaliação do estado nutricional proteico / proteico visceral 
2. Avaliação da massa muscular corporal 
3. Avaliação da competência imunológica 
 
1- Avaliação do Estado Nutricional Proteico / Proteico Visceral 
 
 Proteínas Plasmáticas 
 
A diminuição da massa proteica visceral é um achado característico em pacientes 
com desnutrição, sobretudo Kwashiorkor, mesmo que a massa proteica somática 
e o peso estejam conservados 
 
Proteínas hepáticas  estimativa confiável do estado proteico visceral 
 
Queda na concentração  diminuição da biossíntese hepática devido ao limitado 
suprimento de substrato associado à desnutrição 
 
Proteínas mais utilizadas para essa avaliação: albumina, transferrina, pré-
albumina, e proteína fixadora de retinol 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 58 
Valores normais de proteínas plasmáticas – Proteinograma 
Classe Limites normais (g/100ml de plasma) Limites normais (% de ptn) 
Albumina 4,0 a 5,2 57 a 74 
Globulina 1,9 a 2,7 27 a 38 
Relação A/G 1,5 a 2,7 
Alfa-globulina 0,6 a 0,9 8,5 a 13 
Beta-globulina 0,7 a 0,9 9 a 14 
Gama globulina 0,7 a 1,4 12 a 20 
 Fonte: GORINA, A.B. A clínica e o Laboratório 
 
 Proteínas Totais 
 
- Bom índice de DEP 
-  concentração  diminuição da biossíntese hepática 
- Vários fatores podem modificar sua concentração: hidratação, hepatopatias, 
hipercatabolismo, inflamação, infecção, carência de zinco 
- Valor de referência = 6,4 a 8,1 g/dL 
 
 Albumina 
 - Proteína mais abundante no plasma e líquidos extracelulares 
 - Manutenção da pressão oncótica, transporte de cálcio, cobre, ác. graxos cadeia 
longa, esteroides e medicamentos 
- Representa medida de avaliação do estado nutricional 
- Variável mais frequentemente utilizada nos índices prognósticos 
 
Limitações 
 
- Vida média de 18 a 20 dias 
-  nas doenças hepáticas, infecção e trauma 
 
 Interpretação dos valores de referência da albuminemia 
Normal = 3,5 a 5,0 g/dL ou g% 
 Depleção leve = 3 a 3,5 g/dL ou g% 
 Depleção moderada = 2,4 a 2,9 g/dL ou g% 
 Depleção grave = < 2,4 g/dL ou g% 
 Fonte: Duarte, 2007; Cuppari, 2002. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 59 
 Pré-Albumina 
 
- Transporte de hormônios da tireoide 
- Elevada na insuficiência renal 
- Proteína de fase aguda negativa 
- Diminuída nas doenças hepáticas, inflamação e infecção 
- Influenciada pela tiroxina 
- Vida média de 2 a 3 dias 
- Índice bastante sensível na identificação de restrição proteica e energética 
 
 Interpretação dos valores de referência da pré-albumina 
Normal = 15 a 35 mg/dL (150 a 350 mg/L) 
 Depleção leve = 11 a 14,9 mg/dL - Risco aumentado, monitorizar o 
 estado nutricional duas vezes por semana 
 Depleção moderada = 5 a 10,9 mg/dL - Risco importante, suporte nutricional 
 agressivo está indicado 
 Depleção grave = < 5 mg/dL - Mau prognóstico 
 Prealbumin in Nutritional Care Consensus Group. Measurements of visceral protein status 
 in assessingprotein and energy malnutrition: standard of care. Nutrition 1995; 11: 169-71. 
 
 Transferrina 
 
- Transporte de ferro no plasma 
- Aumentada na carência de ferro, gravidez, sangramentos e hepatite aguda 
- Proteína de fase aguda negativa 
- Reduzida em várias anemias, hepatopatias crônicas, neoplasias, sobrecarga de 
ferro, infecção 
- Vida média de 7 a 8 dias 
 
 Interpretação dos valores de referência da transferrina 
 Normal = 200 a 400 mg/dL 
 Depleção leve = 150 a 200 mg/dL 
 Depleção moderada = 100 a 150 mg/dL 
 Depleção grave = < 100 mg/dL 
 
 Proteína Transportadora de Retinol (RPB) 
 
- Transportar vitamina A na forma de retinol 
- Índice nutricional muito sensível 
- Vida média de 10 a 12 horas e pouca reserva no organismo 
- Elevada na insuficiência renal e reduzida nas hepatopatias 
- Valor de referência: 3 a 5 mg/dL 
 Funciona mais como marcador da ingestão recente que do estado nutricional 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 60 
 
 Proteína C Reativa (PCR) 
 
- Proteínas de fase aguda 
- Pode aumentar 100 vezes em 12 horas  processos infecciosos, traumas, 
queimaduras, IAM e neoplasias 
- Valor de referência: PCR < 0,8 mg/dL 
 
 Índice Prognóstico 
 
- Empregadocom o objetivo de identificar aqueles pacientes cuja inadequação do 
estado nutricional potencialize os riscos de morbidade e mortalidade no curso de 
doenças graves ou intervenções cirúrgicas 
 
Índice Prognóstico Nutricional (PNI) (Mullen e cols) 
 
PNI = 158 – (16,6 x Alb) – (0,78 x PCT) – (0,2 x T) – (5,8 x HC) 
 
Onde: Alb: albumina (g%); PCT: prega cutânea tricipital (mm); T: transferrina sérica (mg%); HC: 
hipersensibilidade cutânea (0 = não reator; 1 = diâmetro de induração < 5mm; 2 = diâmetro de induração  
5mm) 
 
 
 PNI > 50%  Alto risco 
 PNI de 40 a 49%  Risco intermediário 
 PNI < 40%  Baixo risco 
 
Índice de Prognóstico Hospitalar (HPI) (Blackburn) 
 
HPI = (0,91 x Alb) – (1 x TC) – (1,44 x sepse) + (0,98 x diagnóstico) 
 
Onde: Alb: albumina sérica g%; TC: teste cutâneo (1 = resposta positiva a um ou mais antígenos; 2= resposta 
negativa aos antígenos); sepse (1 = com sepse; 2 sem sepse); Diagnóstico: (1 = com neoplasia; 2 = sem 
neoplasia) 
 
 HPI  - 1  sobrevida de 25% 
HPI = 0  sobrevida de 50% 
HPI  2,5  sobrevida de 90% 
 
Índice de Risco Nutricional (IRN) (Am J Clin Nut, 1988; 47: 35765) 
 
IRN = 1,519 x Alb x 0,417 x (PA/PH) x 100 
 
Onde: Alb: albumina sérica g%; PA: peso atual; PH: peso habitual 
 
IRN > 100  eutrófico 
IRN 83,5 – 100  desnutrição leve a moderada 
IRN < 83,5  desnutrição grave 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 61 
2- Avaliação da massa muscular corporal 
 
 Índice Creatinina-Altura 
- Determinação da degradação músculo esquelética 
- Metabólito derivado da hidrólise da creatina 
- Síntese constante  coeficiente de creatinina para homens: 23 mg/kg/24h 
Mulheres: 18 mg/kg/24h 
Limitações 
- Coleta adequada da urina 
- Excreção reduzida em nefropatas 
- Excreção aumentada na fase aguda do trauma, exercício físico intenso, estresse 
emocional, febre e infecção 
 
 
Cálculo do Índice Creatinina-Altura 
 
ICA = creatinina urinária de 24 h x 100 00 
 coeficiente de creatinina 
 
 Interpretação dos valores de referência 
 ICA entre 80 e 90% = depleção leve de massa muscular 
 ICA entre 60 e 80% = depleção moderada de massa muscular 
 ICA inferior a 60% = depleção grave de massa muscular 
 
 Balanço Nitrogenado (BN) 
 
- Medida da alteração na massa proteica total obtida pela diferença entre nitrogênio 
ingerido na dieta e o nitrogênio urinário excretado na forma de ureia 
- Melhor método quantitativo e dinâmico de observar a continuidade da terapêutica 
nutricional 
- Não pode fornecer um quadro do estado nutricional atual do paciente 
Limitações 
- Coleta da urina de 24h 
- Perda de N pela pele e mucosa 
- Perdas fecais, menstrual e em fístulas 
 
 
BN = N ingerido – N excretado + 4 g 
Onde: N ingerido = nitrogênio da dieta (proteína total da dieta/6,25) 
 N excretado = ureia urinária de 24 horas 
 
Balanço nitrogenado negativo (-)  catabolismo 
Balanço nitrogenado neutro = 0 
Balanço nitrogenado positivo (+)  anabolismo 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 62 
3 – Avaliação da Competência Imunológica 
 
• A alimentação inadequada provoca a diminuição do substrato para a produção de 
imunoglobulinas e células de defesa, que apresentam sua síntese diminuída 
proporcionalmente ao estado nutricional, podendo o indivíduo tornar-se anérgico. 
Com isso, a avaliação imunológica pode auxiliar na identificação das alterações 
nutricionais 
 
 Contagem Total de Linfócitos (CTL) ou Linfocitometria 
 
 - Parâmetro para medição da competência imunológica 
 
 Calculado a partir do leucograma 
 
 CTL = % linfócitos x leucócitos 
 100 
 
 
 Interpretação dos valores de referência 
 
Depleção leve = 1200 a 2000 mm3 
Depleção moderada = 800 a 1199 mm3 
 Depleção grave = < 800 mm3 
 
 
HEMOGRAMA 
 
A maioria das células sanguíneas é constituída de células de linhagem vermelha – 
hemácias – e sua principal função é o transporte de oxigênio dos pulmões para os 
tecidos 
 
 uma a cada 500 células é representada por células brancas ou leucócitos 
 
Eritrócitos (Erit ou Ht) 
 
Eritrócitos, hemácias ou glóbulos vermelhos, são as células mais numerosas no 
sangue. Tem a forma de um disco bicôncavo, com um excesso de membrana, em 
relação ao conteúdo celular. 
 
Principal função  transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos e o dióxido de 
carbono dos tecidos para os pulmões. 
 
Formação necessita de cianocobalamina (vitamina B12), fator intrínseco, ácido fólico 
e ferro 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 63 
A hipóxia renal estimula a liberação de um fator eritropoiético - eritropoietina ou 
hemo-poietina que, por sua vez, estimula a produção de glóbulos vermelhos. 
 
M: 4,3 – 5,9 milhões em 
mm3 
F: 3,5 – 5,5 milhões em mm3 
 
 na policitemia, desidratação, diarreia grave 
 em anemia, hemorragia, deficiência de ferro, 
doença sistêmica (Hodgkin, leucemia, lúpus) 
 
 
Hemoglobina (Hb) 
 
Principal componente da hemácia. Ela é formada no interior dos eritroblastos na 
medula óssea. A hemoglobina é o pigmento responsável pelo transporte do oxigênio 
para os tecidos e confere à hemácia a sua coloração avermelhada. 
 
Cada molécula pode transportar quatro moléculas de oxigênio. 
 
A combinação química do radical heme com a molécula de oxigênio é facilmente 
reversível, o que facilita a sua captação nos capilares pulmonares e a sua liberação 
nos capilares dos tecidos. 
 
A ligação do oxigênio à hemoglobina é do tipo cooperativo. 
 
M: 13,5 – 18,0 g/dl 
F: 12 – 16 g/dl 
Criança: 1 mês: 11 – 17 
 1 ano: 11 – 15 
 em queimaduras graves, policitemia, insuficiência 
cardíaca, talassemia, doença pulmonar obstrutiva 
crônica, desidratação 
 na anemia, hipertireoidismo, cirrose, doenças 
sistêmicas (leucemia, lúpus, doença de Hodgkin) 
 
Hematócrito (Hct ou Hm) 
 
Representa o percentual do volume de sangue ocupado pelas hemácias e, portanto, 
representa um índice da concentração dos glóbulos vermelhos. 
 
Quando se diz que uma pessoa tem o hematócrito de 40 significa que 40% do volume 
sanguíneo são células vermelhas e o restante corresponde ao plasma. 
 
O hematócrito, na ausência de anemia, tem correlação com a quantidade de 
hemoglobina existente no sangue. 
 
M: 40 – 50% 
F: 35 – 45% 
Criança: 1 mês: 11 – 17 
 1 ano: 11 – 15 
 na desidratação, policitemia, choque 
 na anemia, perda sanguínea, hemólise, leucemia, 
hipertireoidismo, cirrose, hiper-hidratação 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 64 
Indicam o tipo de anemia 
Hemoglobina 
corpuscular média 
(HCM) 
26 – 34 
pg/erit 
 na anemia macrocítica 
 na anemia microcítica 
 
Volume corpuscular 
médio (VCM) 
87 – 103 
mm3/erit 
 no abuso de álcool, anemia perniciosa 
macrocítica/megaloblástica, deficiência de 
vitamina B12 e/ou folato 
 na anemia microcítica e hipocrômica, 
anemia por desordem crônica, talassemia 
Concentração de 
hemoglobina 
corpuscular média 
(CHCM) 
 
32 – 37 g/dl 
 
(g Hb/dl de 
eritrócito) 
 usualmente índica esferocitose 
 na anemia ferropriva, macrocítica, 
talassemia, perda crônica de sangue, 
anemia responsiva à piridoxina 
 
Anemia microcítica e hipocrômica  Hb , Erit , VCM e HCM  
Anemia normocítica e normocrômica  Hb , Erit , VCM e HCM normal 
Anemia microcítica e normocrômica  Hb , Erit , VCM e HCM normal 
Anemia macrocítica e normocrômica  Hb , Erit , VCM  e HCM normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 65 
LEUCOGRAMA (contagem diferencial de leucócitos) 
 
 
Leucócitos 
Valores de 
referência 
Consiste de: monócitos, linfócitos, basófilos, eosinófilos e 
neutrófilos 
Monócitos 0-12% 
90-900/mm3 
 
 (monocitose) em tuberculose, colite ulcerativa, 
leucemia monocítica aguda, mieloma múltiplo, doença de 
Hodgkin, lúpus, artrite reumatoide, febre. 
 (monocitopenia) em anemia aplástica. 
 
Linfócitos 20-50% 
1500-5000/mm3 
 
 (Iinfocitose) em hepatite viral, infecção por 
citomegalovírus, toxoplasmose, rubéola, infecção aguda 
por HIV, leucemia Iinfocítica crônica e aguda. 
 (Iinfocitopenia) em infecções e enfermidades agudas, 
doença de Hodgkin, lúpus, anemia aplástica, 
insuficiência renal, AIDS, carcinoma terminal. 
 
Basófilo 0-2% 
0-200/mm3 
 (basofilia) em colite ulcerativa, sinusite crônica, 
nefrose, anemias hemolíticas crônicas, doença de 
Hodgkin, pós-esplenectomia. 
 (basopenia) em hipertireoidismo, gestação, estresse, 
infecção aguda, síndrome de Cushing. 
 
Eosinófilo 0-5% 
50-500/mm3 
(eosinofilia) em asma brônquica, urticária, infecções 
parasitárias, leucemia mielóide crônica, policitemia, 
anemia perniciosa, doença de Hodgkin, neoplasias 
malignas, irradiação, artrite reumatoide, tuberculose. 
 (eosinopenia) em eclampsia, grandes cirurgias, 
choque. 
 
Neutrófilo 40-80% 
1800-8000/mm3 
(neutrofilia) em infecções, desordens inflamatórias (ex.: 
artrite reumatoide, dano tissular, infarto do miocárdio, 
gota, pancreatite, colite, peritonite, nefrose) , diabetes, 
uremia, eclampsia, necrose hepática, desordens 
mieloproliferativas (incluindo leucemia mielóide crônica, 
policitemia), pós-esplenectomia, anemias hemolíticas, 
hemorragia, queimaduras, gestação, choque elétrico, 
neoplasias malignas. 
 (neutropenia) em infecções, anemia aplástica, 
leucemias agudas, anemia megaloblástica, anemia 
ferropriva, hipotireoidismo, cirrose. 
 
Porcentagem Relativa e Valor Absoluto (mm3) 
(valor absoluto = % relativa x total de leucócitos) 
 
Leucócitos  comprometimento no sistema imunológico por: 
 
 
 
Desnutrição leve = 1200 a 2000 mm3 
 Desnutrição moderada = 800 a 1199 mm3 
 Desnutrição grave = < 800 mm3 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 66 
Valores de referência para o diagnóstico das dislipidemias em adultos maiores de 
20 anos 
Fonte: III Diretrizes, 2001. 
 
 
 
 
Fonte: Laboratório de Análises Clínicas - HC/UFMG 
 
Referencia bibliográfica 
 
Duarte, A.C.G. Avaliação Nutricional: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. São Paulo: 
Atheneu, 2007. 
 
Cuppari, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2002. 
 
DIRETRIZES Brasileiras sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose 
do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia - III. Arq 
Bras Cardiol., v. 77 (sup. III), 2001, 48 p. 
Lipídeos Séricos Valores (mg/dL) Categoria 
 
CT 
 
<200 
200-239 
240 
Ótimo 
Limítrofe 
Alto 
LDL-C 
<100 
100-129 
130-159 
160-189 
190 
Ótimo 
Desejável 
Limítrofe 
Alto 
Muito alto 
HDL-C 
<40 
>60 
Baixo 
Alto 
TG 
<150 
150-200 
201-499 
500 
Ótimo 
Limítrofe 
Alto 
Muito alto 
Exames Valor de Referência 
Glicemia (mg/dl) 70 – 100 
Ferro sérico (ng/dl) 49 – 181 
Ferritina (ng/ml) 36 – 262 
Hemoglobina (g/dl) 12 – 16 
Hematócrito (%) 36 – 46 
Cálcio iônico (mmol/l) 1,12 - 1,32 
PTH (pg/ml) 10,0 - 69,0 
Fosf.Alcalina (UI/L) 38 – 126 
TSH (uIU/L) 0,4 - 5,0 
T4 (mg/dl) 0,8 - 1,9 
Vit. B12 (pg/ml) 193 – 982 
Ácido Fólico (ng/ml) 3 – 17 
Ácido Úrico (mg/dl) 2,5 - 7,5 
Albumina (g/dl) 3,5 - 5,0 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 67 
 
 
Curso de Nutrição 
Exercícios - Avaliação Bioquímica do Estado Nutricional 
 
 
 
1- O.T.P. 50 anos, sexo masculino, pedreiro, desempregado há um ano foi internado com 
diagnóstico de pneumonia queixando perda de peso recente (~ 3 meses) e fraqueza muscular. 
Ao exame clínico emagrecido, pele ressecada, desidratado e sem edemas. Hábito intestinal: 
constipação. Anamnese alimentar: apetite diminuído em relação ao habitual. Nega distúrbios 
gástricos, aversões ou intolerância alimentares. Etilista, ingere cerca de 2 a 5 doses de cachaça 
ao dia. 
- Antropometria: Peso habitual: 74,0 kg Peso atual: 56,0 kg Estatura: 180 cm PCT: 8,0mm CB: 
25,0 cm 
- Exames Bioquímicos: Albumina = 3,0 mg/dl ( 3,5 a 5,0 mg/dl) 
 Hemoglobina = 11,5 mg/dl (N = 14 a 18 mg/dl) 
 Linfócitos = 1500/mm3 
Baseado na H.M.A. e nos dados antropométricos, clínicos e bioquímicos apresentados, dê o 
diagnóstico nutricional completo do paciente. Apresente os cálculos que julgar necessário para o 
diagnóstico. 
 
2- M.J, sexo masculino, 8 anos, portador de Leucemia Linfoide Aguda (LLA) há 6,5 anos, tendo 
feito quimioterapia seis anos ( até 6 meses atrás). Há uma semana apresenta quadro de dor nos 
mmii, lombalgia e picos febris. Está recebendo dieta para imunodeprimido por via oral com boa 
aceitação. Analise os exames bioquímicos e dê o diagnóstico nutricional. 
Ht = 3,2 x 106/mm3 Hb = 10,4g/dl Hm = 32,2% VCM = 80,2 mcm3 HCM = 21,3pg 
Leuc = 1100/mm3 Linf = 1400/mm3 
 
3- JRD, sexo masculino, natural de Uberlândia, 60 anos, casado, aposentado. Há três meses 
evoluindo com dor epigástrica e vômitos alimentares. Por meio da EDA e biópsia diagnosticou-se 
tumor de estômago. Com quadro de síndrome de obstrução. Foi indicada a gastrectomia 
subtotal. Como a doença de base é maligna optou-se pela intervenção cirúrgica imediata (apesar 
do paciente encontrar-se bastante debilitado) e realização de apoio nutricional no pós-operatório. 
- Antropometria (pré-operatório) Peso atual – 62 Kg I Peso habitual - 71 Kg I Altura - 180 cm I 
Albumina - 2,4 mg/dl I linfócitos - 1600/mm3 
- Baseado na história clínica e nos dados antropométricos e bioquímicos apresentados, 
responda: 
a) Calcule o percentual de perda de peso. Como você caracteriza o tipo de desnutrição? 
b) Calcule IRN 
c) Dê o diagnóstico final completo do paciente evoluindo em prontuário. 
 
4- M.G., sexo feminino, 20 anos, universitária, classe média-alta, natural de Uberaba. Ao exame 
clínico: dentição normal, sem alterações visíveis na cavidade oral, emagrecida, mucosas 
coradas, sem edemas. Queixa de fraqueza muscular. Hábito intestinal: normal. Anamnese 
alimentar: sempre teve pouco apetite, nega distúrbios gástricos, aversões ou intolerância 
alimentares. 
- Antropometria: Peso habitual: 45,0 kg atual: 41,0 kg Estatura: 152cm PCT: 14,0mm 
CB:24,0cm 
- Exames Bioquímicos: Albumina - 3,4mg/dl Ht: 3,0x103/mm3 Hb: 11,0 mg/dl HCM: 28pg/erit 
VCM: 108mm3/erit Leucócitos – 1500 mm3 
 
Baseado na história clínica e nos dados antropométricos e bioquímicos apresentados dê o 
diagnóstico nutricional completo da paciente. Apresente os cálculos que julgar necessário para o 
diagnóstico. 
 
5- S.C.S, 26 anos, sexo masculino, vítima de TCE, apresentava os seguintes dados: peso atual = 
69Kg , estatura = 184 cm, albumina = 3,0 mg/dl, creatinina urinária de 24h = 19,8. Calcule ICA e 
avalie o estado nutricional. 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 68 
6 - O Balanço Nitrogenado (BN) é obtido pela diferença entre a ingestão de nitrogênio e sua 
excreção (BN = N ingerido - N excretado). Discuta o BN enfocando indicações e limitações do 
mesmo. 
 
7 – Descrevaas funções da albumina e em quais situações seus níveis séricos poderão 
aumentar e quando poderão reduzir. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 69 
8 - AVALIAÇÃO CLÍNICA DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
O exame clínico nutricional tem sido e continua sendo um importante método para 
determinação do estado nutricional. Este exame por si só tem menor valor, mas 
como complemento da avaliação total é de suma importância. 
O estudo dietético e bioquímico mostra o estado nutricional presente ou passado recente 
O exame clínico/físico mostra um passado mais distante, e quando os sinais e sintomas 
estão bem definidos, o processo patológico encontra-se bem avançado. 
Esquema demonstrativo da patogenia das doenças carenciais 
 Deficiência dietética primária Deficiência dietética secundária 
 
 Deficiência Nutritiva 
  Reservas celulares 
 Lesões bioquímicas 
 Alterações funcionais 
  
 Alterações anatômicas 
 
O exame clínico permite a evidenciação de sinais e sintomas decorrentes de uma 
carência nutricional em graus avançados, ou seja, após depleção tecidual, lesões 
bioquímicas, alterações funcionais e aparecimento das lesões anatômicas. 
Vantagens: 
 É um método excessivamente barato, porém, exige treinamento intenso; 
 Muito valioso, especialmente, em regiões muito pobres em que os sinais são 
nítidos; 
 Fácil coleta. 
Desvantagens: 
 Exige pessoal treinado 
 Falta de especificidade dos sinais patológicos 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 70 
Principais órgãos e tecidos afetados clinicamente por deficiências nutricionais 
 Cabelos Unha 
 Pele Sistema celular subcutâneo 
 Lábios Olhos 
 Gengivas Sistema nervoso 
 Língua Sistema ósseo 
Quadro clínico da desnutrição em crianças 
1. Crianças com edema que têm entre 60-80% do peso esperado para a idade são 
classificadas como tendo Kwashiorkor. Causado por uma baixa relação proteína-
energia na dieta. Dietas de desmame, pobres em proteínas, parecem ser a sua 
principal causa nas regiões do mundo onde essa desnutrição é endêmica, como na 
África Central. 
2. Aquelas sem edema, pesando menos que 60% de peso esperado para a idade, são 
consideradas marasmáticas. 
3. Existe uma forma intermediária chamada Kwashiorkor marasmático. As crianças 
apresentam edema e têm menos de 60% do peso esperado 
para idade. 
Critérios clínicos para diferenciar os três tipos de desnutrição 
Marasmo Kwashiorkor 
- Parada crescimento 
- Perda marcante de tecido muscular 
- Perda marcante de tecido adiposo 
 subcutâneo 
- Sem edema 
- Cabelos escassos, quebradiços e às 
 vezes despigmentados 
- Criança, normalmente, irritadiça e 
apática 
- Predomino em crianças acima de 2 anos 
de idade 
- Presença de edema 
- Lesões típicas de pele 
- Cabelo despigmentados 
- Apatia, anorexia 
- Fígado gorduroso e aumentado 
- Hipoalbuminemia 
Kwashiorkor marasmático 
- Apresenta os sintomas de marasmo mais edema 
 Fonte: www.desnutricao.org.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 71 
Exame geral 
Redução do panículo adiposo: Considera-se como reduzido, quando o 
pinçamento da pele e tecido celular subcutâneo, não permite afastamento > 1 cm. 
Palidez: A diminuição da coloração da pele, mucosa e unhas. 
Edema: principalmente nos membros inferiores. 
Hipotrofia muscular. Levando-se em consideração o biotipo e a constituição do 
paciente, será positivo o sinal quando as massas musculares apresentarem-se 
flácidas, pouco desenvolvidas. 
Pele 
Manifestações hemorrágicas: Petéquias nos locais traumatizados nos casos 
leves. Nos casos graves hemorragias das gengivas. 
Dermatose pelagrosa: Surge nas regiões expostas ao sol (mãos, antebraços, 
cotovelos, pernas, joelhos e pescoço). As lesões são imediatamente separadas 
da pele sadia. No início a pele torna-se vermelha, edemaciada e dolorosa, 
assemelhando às queimaduras; quando não tratadas, a pele torna-se rugosa, 
quebradiça, escamosa, chegando até ulcerações. 
 Dissebácea: Perturbações das glândulas 
sebáceas associada com dermatite, 
fissuras. As áreas mais atingidas são as 
pregas nasolabiais, zonas externas das 
pálpebras, região interescapular, interglútea. 
Hiperqueratose folicular: 
Hipertrofia dos folículos pilosos por 
obstrução dos mesmos pelo epitélio 
queratinizado. A "pele de ganso" aparece 
primeiro ao longo das faces anteroexternas 
das pernas e póstero-externas dos 
antebraços. Estendendo se às coxas, dorso, 
abdômen e nádegas. 
Xerose: Processo cutâneo, caracterizado 
pelo ressecamento da pele, com ruptura e 
descamação da mesma. 
Ulcerações crônicas: Úlceras tórpidas, difícil cicatrização. 
Dermatose da distrofia pluricarencial: Lesões hiperpigmentadas, 
assemelhando-se as lesões da pelagra, diferindo apenas pela ausência de foto-
sensibilidade. 
Piodermite: Processo infeccioso local, com formação de pústulas, ordinariamente 
ocasionado pelos germes banais da supuração. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 72 
 
Cabelos 
Despigmentação: Considera-se positivo o sinal quando as faixas 
despigmentadas se encontram com as normais (sinal de bandeira) 
Secura: Este sinal é positivo quando à inspeção e ao tato sente-se ausência do 
induto gordurosos que habitualmente envolve os pelos. 
 
 
 
 
Olhos 
Hemeralopia: Dificuldade de adaptação 
à visão em ambientes escuros (cegueira 
noturna). 
Xeroftalmia: Ressecamento da córnea, 
tornando-se rugosa, seca, edematosa, 
chegando, às vezes, à ulceração. 
Fotofobia: não tolera bem a claridade 
dos dias ensolarados, se defende 
reduzindo a fenda palpebral. 
Blefarite: Positivo quando se encontra 
processo inflamatório do bordo ciliar das 
pálpebras. 
 
Congestão circum-corneal: Uma congestão do plexo Iímbico, formando uma 
rede de vasos capilares na córnea. 
Vascularização da córnea: Fase mais avançada da lesão, formando um véu 
sanguinolento. 
Espessamento da conjuntiva: Não inflamatório da mucosa. 
 
Fonte: Duarte, 2007 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 73 
Lábios e Língua 
Estomatite angular: Mucosa dos ângulos 
dos lábios esbranquiçada e fissurada. 
Queilose: Agravamento da lesão anterior 
com ulcerações, descamações. 
Rubefação: Língua com coloração 
fracamente escarlate. 
Edema: Tão nítido que permite a 
impressão dos dentes nos bordos laterais 
da língua. 
Fissuras: Ulceração superficial e linear, 
localizada na pele ou mucosa. 
Geralmente é dolorosa. 
Papilas filiformes 
- Atrofia: Redução das papilas. Torna-se tão intensa que se encontram zonas 
lisas, ao redor das papilas filiformes. 
- Hipertrofia: Crescimento das papilas, chegando a confundir com as 
fungiformes. 
Papilas fungiformes 
- Atrofia: Redução do volume, confundindo-se com filiformes. 
- Hipertrofia: Aumento de volume, formando tufos de papilas. 
Língua magenta: Quando a língua adquire coloração purpurina (violeta). 
 
 
Dentes 
 
Perdas: Ausência de dentes com lesões 
das gengivas (edema, rubefação)  sinal 
de carência. 
 
Deformidades: Modificações da forma 
dos dentes e a implantação defeituosa  
sinais de carência. 
 
Cáries: Numerosas e graves, sinal de 
carência. 
 
Manchas no esmalte: Geralmente de cor 
parda ou marrom, servem como indícios 
de doença carencial. 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 74 
Gengivas 
Rubefação: Anormal acentuação da 
coloração rósea. 
Edema: Elevando o bordo gengiva. 
Sangramento: A fácil hemorragia com 
traumatismomínimo, como o de escova de 
dente, permite considerar o sinal como 
presente. 
Retração: Atrofia das gengivas, pondo 
descoberto as raízes dos dentes. 
 
Pescoço 
Aumento da tireoide: Pela inspeção e apalpação verifica-se o aumento da glândula 
(bócio). 
Tórax 
Tórax raquítico: Protuberância do externo 
(peito de pombo), depressão costaI no nível da 
inserção do diafragma e alargamento das 
articulações condro-externais que, em 
conjunto, formam o rosário costal. 
Desvios da coluna: cifose, lordose ou 
escoliose presentes, dá validade ao sinal. 
Escápula alada: A saliência das omoplatas, 
com atrofia dos músculos supra e 
infraespinhosos. 
 
Abdômen 
 
Abdômen proeminente: Protusão do ventre 
por hipotonia e hipertrofia da musculatura 
abdominal. 
Fígado palpável: Com manobras 
propedêuticas, consegue-se apalpar o fígado 
hipertrofiado, abaixo do rebordo costal. 
Baço palpável: Idem. 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 75 
Exame geral 
0 - Deficiência de peso 
00 - Deficiência de estatura 
1 - Posição corporal defeituosa 
2 - Redução do panículo adiposo 
3 - Palidez 
4 - Edema 
5 - Hipotrofia muscular 
Pele 
6 - Dermatose pelagrosa 
7 - Dissebácea 
8 - Hiperqueratose folicular 
9 - Manifestações hemorrágicas 
10 - Xerose 
11 - Ulcerações crônicas 
12 - Dermatose da distrofia pluricarencial 
13 - Piodermite 
Cabelo 
14 - Secos 
15 - Despigmentados 
Lábios 
24 - Estomatite angular (fissuras brancas) 
25 - Queilose (inflamação do lábio) 
Olhos 
16- Fotofobia 
17 - Blefarite 
18- Espessamento da conjuntiva 
19- Manchas de Bitot 
20- Xeroftalmia 
21- Congestão circum- corneal 
22- Vascularização da córnea (véu de sangue) 
23- Conjuntiva Folicular (inflamação) 
Língua 
26 - Língua escarlate - Rubefação 
27 - Edema de língua 
28 - Fissura da língua 
29 - Atrofia de papilas filiformes 
30 - Hipertrofia de papilas filiformes 
31 - Atrofia de papilas fungiformes 
32 - Hipertrofia de papilas fungiformes 
33 - Língua Magenta 
 Dentes 
34 - Perda de dentes 
35 - Deformidade das arcadas dentárias 
36 - Cáries dentárias 
37 - Manchas no esmalte 
Gengiva 
38 - Gengivas rubras 
39 - Gengivas edemaciadas 
40 - Gengivas sangrentas 
41 - Gengivas retraídas 
Pescoço 
42 - Aumento de volume da tiroide 
43 -Tórax raquítico (peito de pombo, rosário costal) 
44 - Desvio da coluna 
45 - Atrofia da musculatura paravertebral - Escápula alada 
46 - Atrofia da bola gordurosa de Bichat 
47- Atrofia supra e infraclavicular 
48 - Atrofia da musculatura bi e tricipital 
Abdômen 
49 - Abdômen proeminente 
50 - Fígado palpável 
51 - Baço palpável 
 
Membros 
52 - Encurvamento dos membros (pernas em X ou O) 
53 - Espessamento epifisário 
 
Sistema nervoso 
54 - Reflexo patelar (redução) 
55 - Reflexo aquilino (redução) 
56 - Dor a pressão nas panturrilhas 
57 - Transtorno psicomotor (apatia) 
 
Deficiência calórico- proteica 
Leve: 0, 00, 2, 3, 5 
Moderada: 0, 00, 2, 3, 5, 14, 15 
Crônica: 45, 46, 47, 48 
Kwashiorkor: 00, 3, 4, 12, 14, 15, 50, 51, 57 
Marasmo: 0, 00, 2, 14, 15, 57 
Deficiência de vitamina A 
Leve: 1, 7, 8, 10, 13, 17, 20, 23 (três ou mais sinais) 
Grave: 16, 18, 19 
 
Deficiência Tiamina (B1) 
Leve: 5, 54, 55, 56 (dois ou mais sinais) 
Grave: 4, 5, 54, 55, 56 
Deficiência de Riboflavina (B2) 
Leve: 16, 21, 24, 25, 27 (dois ou mais sinais) 
Grave: 22, 25, 27, 31, 32, 33 
Deficiência de Niacina (B3) 
Leve: 27, 28, 30, 31, 32 (dois ou mais sinais) 
Grave: 6, 26, 27, 28, 29, 41 
Deficiência de Vitamina C 
Leve: 3, 9, 11, 38, 40, 41 (três dos sinais) 
Grave: 34, 39, 40, 41 
Deficiência de vitamina D (raquitismo) 
Leve: 1, 5, 35, 36, 44, 49, 53 (quatro sinais) 
Grave: 43, 52, 53 
Deficiência de Ferro (anemia ferropriva) 
 0, 2, 3, 29, 31 
 
Deficiência de Flúor (fluorose) - 36, 37 Deficiência de lodo (bócio) - 00, 42, 57 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 76 
 
 
 
Curso de Nutrição 
Exercícios: Avaliação Clínica do Estado Nutricional 
 
1) O transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos é uma das funções da hemoglobina. 
Para sua síntese, além da porfirina do ferro, são essenciais: 
 a) fósforo e cobre b) cobre e vit. K c) cobre e vit. C d) fósforo e vit. K 
2) A deficiência na metabolização do ácido pirúvico é a principal causa das alterações do 
sistema nervoso central e periférico. Essa deficiência resulta de uma carência de: 
 a) vit. B12 b) Riboflavina c) vit. C d) Tiamina 
3) Cabelos ressecados, quebradiços e com faixa despigmentada (sinal de bandeira) são 
sinais característicos da deficiência de: 
 a) Calorias b) Calorias e Proteínas c) Proteínas d) Proteínas e vitaminas 
4) A constipação intestinal pode ser causada por uma dieta baixa em fibras, por uso de 
medicamentos que contêm ferro, alumínio, cálcio, e também, por carência da seguinte 
vitamina: 
 a) niacina b) tiamina c) piridoxina d) riboflavina 
5) O mineral que tem função similar ao cálcio e que, em uma quantidade excessiva, pode 
inibir a calcificação óssea é o: 
 a) cloro b) fósforo c) potássio d) magnésio 
6) Vitamina hidrossolúvel cuja deficiência provoca alterações nos nervos periféricos, edema e 
IC é a: 
 a) tiamina b) piridoxina c) riboflavina d) ácido pantotênico 
7) A vitamina, cuja fonte dietética é o fígado, carnes magras, cereais, legumes e sua deficiência 
pode causar manifestações clínicas como dermatose, diarreia e demência. 
 a) niacina b) biotina c) tiamina d) folacina 
8) Estomatite angular, glossite, queilose, edema de língua, hipertrofia das papilas fungiformes 
caracterizam a deficiência de: 
 a) ácido ascórbico b) riboflavina c) tiamina d) flúor 
9) O processo de ressecamento da pele, com ruptura e descamação da mesma pode ocorrer 
por deficiência de qual micronutriente? 
 a) Vit A b) Vit. do complexo B c) Vit. C d) Zinco 
10) O raquitismo é distúrbio metabólico e nutricional. Geralmente é causado pela deficiência de 
vitamina D que controla a utilização de dois minerais importantes na formação e bom 
desenvolvimento ósseo que são: 
 a) potássio e cálcio c) cálcio e fósforo b) ferro e potássio d) fósforo e 
cloro 
11)Algumas carências vitamínicas trazem como consequência doenças. O raquitismo, 
escorbuto, beribéri e a cegueira noturna são sequelas que poderiam ser evitadas, aumentando-
se o aporte das seguintes vitaminas, respectivamente: 
 
 a) C – D – A - B6 b) D – C – B1 - A c) B1 – A – B6 – C d) A – B6 – D – B1 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 77 
12) A vitamina B12 é encontrada principalmente nos seguintes alimentos: 
a) leite, fígado de galinha e carne suína 
b) fígado bovino, peito de frango e macarrão 
c) espinafre, couve, couve-flor, cenoura e leite 
d) fígado, alface, couve e couve-flor 
 
13) Pelagra é uma doença causada pela deficiência da seguinte vitamina: 
 a) Vit. C b) riboflavina c) niacina d) piridoxina 
14) Relacione o nutriente com a doença carencial correspondente: 
I - Vitamina C ( ) anemia megaloblástica 
II -- Tiamina ( ) escorbuto 
III - Vitamina B12 ( ) anemia macrocítica 
IV - Ácido fólico ( ) raquitismo 
V - Vitamina D ( ) beribéri 
 
15) Um indivíduo acamado pode desenvolver escaras ou úlceras de pressão. O processo de 
cicatrização pode ser mais lentoou inibido quando há deficiência de: 
 a) Zn b) Fe c) Vit A d) Vit K 
 
16) Em uma dieta estritamente vegetariana pode ocorrer carência da seguinte vitamina: 
 a) B12 b) B1 c) A d) C 
 
17) As vitaminas do complexo B são responsáveis, em sua ausência dietética, por uma série 
de doenças de carências nutricional. Dentre as mais comuns estão as causadas pela ingestão 
deficiente de tiamina, niacina e cobalamina. Assinale a opção que apresenta, respectivamente, 
as doenças de carência dessas vitaminas: 
a) Beribéri, raquitismo, anemia perniciosa 
b) Pelagra, xeroftalmia, beribéri 
c) Raquitismo, xeroftalmia, estomatite angular 
d) Beribéri, pelagra, anemia megaloblástica 
 
18) O bócio e o raquitismo são carências nutricionais comuns em sociedades desprivilegiadas. 
São causadas pela ingestão deficiente de quais nutrientes, respectivamente? 
a) Ferro e Vit. A b) Cálcio e Vit. E c) Vit. A e Vit. D d) lodo e Vit. D 
 
19) O indivíduo anêmico pode apresentar palidez do globo ocular, podendo adquirir coloração 
amarela, essa característica indica deficiência de: 
a) Vitamina A b) Vitamina C c) Ferro d) Cromo 
 
20) As vísceras ou miúdos são órgãos internos de cor vermelha-escura. O coração, rins, 
língua e o fígado, que contêm vitaminas do complexo B e vitamina A, possuem também alto 
teor de: 
 a) Ferro b) Sódio c) Cálcio d) Enxofre 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 78 
9 - AVALIAÇÃO GLOBAL SUBJETIVA 
 
 
Desnutrição em ambiente hospitalar 
 
Prevalência de desnutrição de 30% a 50%, em pacientes clínicos e cirúrgicos 
 
Desnutrição 
 
 Associada à incidência de complicações e mortalidade 
 Aumento do tempo de ação hospitalar 
 Aumentado custo com saúde 
 
Métodos de avaliação nutricional 
 
 Bioquímicos 
 Antropométricos 
 Clínicos 
 
Importantes mas nenhum pode ser considerado único e suficiente para predizer, 
isoladamente, o risco nutricional. 
 
Limitações 
 
 Influência de fatores independentes do estado nutricional 
 Custos excessivamente altos 
 Difícil manuseio 
 
No início da década de 1980, validou-se o uso da avaliação clínica como capaz de 
identificar pacientes cirúrgicos de moderado ou alto risco nutricional 
 
 Boa correlação com a morbidade pós-operatória, com os dados antropomé-
tricos e laboratoriais normalmente utilizados para a avaliação nutricional 
 Avaliação Subjetiva Global (ASG) do estado nutricional 
 Método simples 
 Baixo custo 
 Boa reprodutibilidade e confiabilidade 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 79 
 
REALIZAÇÃO DA ASG 
 
Consta de questões a um só tempo simples e relevantes sobre história clínica e 
exame físico 
 
1. Alteração no peso do paciente 
 Perda total expressa em quilogramas 
 Percentagem do peso corporal perdida, em relação ao peso habitual 
 Perda de peso nas últimas duas semanas 
 
Valorização da Perda de Peso em relação ao habitual 
 
5 %  perda pequena 
5% a 10%  potencialmente significativa 
> 10%  definitivamente importante 
 
Deve-se salientar de que modo ocorreu a perda 
 
Contínua, no período de seis meses  pior prognóstico nutricional 
 
Intermitentemente, com períodos de recuperação 
 
 
2. Alteração da ingestão alimentar 
 
 Deve estar isenta de qualquer intencionalidade (dietas para emagrecimento ou 
dietas restritivas específicas para doenças, como diabetes ou hipertensão arte-
rial sistêmica) 
 Duração  em semanas 
 Tipo de modificação  quantitativa e/ou qualitativa 
 
3. Presença de sintomas gastrintestinais 
 
 Somente serão considerados significativos caso ocorram diariamente por mais 
de duas semanas 
 Diarreia  três evacuações líquidas diárias 
 Hiporexia  (menos apetite que o normal) ou anorexia (ausência de apetite): 
significativas quando implicar em modificação quantitativa ou do tipo de 
alimentação 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 80 
4. Avaliação da capacidade funcional 
 
 Perda de peso sem modificação funcional  melhor prognóstico nutricional 
 Paciente com alterações em suas atividades diária 
 Avaliar tempo em que vêm ocorrendo e grau de diminuição da atividade 
física 
 Modificação leve  caso haja apenas maior cansaço ou dificuldade para 
exercer as atividades cotidianas normais 
 Moderada  restrito ao ambiente domiciliar, com atividades cotidianas 
interrompidas e tendo que permanecer sentado a maior parte do tempo 
 Grave  maior parte do tempo acamado 
 
5. Exame físico 
 
 Deve ser feito de maneira objetiva, utilizando-se a palpação e a inspeção 
 Sinais de deficiência de nutrientes específicos 
 Avaliação de perda de gordura subcutânea 
 Avaliação da perda de massa muscular 
 Presença de líquido no espaço extravascular 
 
Avaliação da perda de gordura 
 Tríceps 
Inspeção  aspecto de sobra da pele sobre o braço 
Palpação da prega cutânea da região do tríceps e bíceps  dados sobre a 
intensidade da perda de gordura 
Visualização dos tendões do músculo tricipital  importante perda de gordura 
Nos idosos, a inspeção da sobra da pele deve ser complementada pela palpação, 
afim de não se confundir a perda da elasticidade cutânea com a perda de gordura 
Mesmo com a pele frouxa, característica da idade avançada há de se sentir tecido 
adiposo à palpação digital. 
 Linha média axilar no nível das últimas costelas 
Visualização dos arcos costais ou a palpação da prega cutânea 
Áreas interósseas e palmares das mãos  visualização dos tendões nesta região 
constitui sinal de perda significativa de gordura subcutânea 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 81 
 Ombros 
Aparência retangular, em virtude da visualização das clavículas é sinal de perda 
significativa de gordura e musculatura 
 
Avaliação da perda muscular 
 Deltóide e quadríceps 
 
 Palpação da musculatura  avaliar o volume da massa muscular assim como 
seu tônus 
Presença de líquido no espaço extravascular 
 Tornozelo e região sacral  edema 
 Abdômen  Ascite (fatores de confusão: insuficiência cardíaca congestiva não -
compensada, hepatopatias crônicas, varizes em membros inferiores) 
 
De posse das informações obtidas na história e no exame físico, o paciente será 
classificado como: 
 
“A” - bem nutrido 
 
“B” - moderadamente desnutrido ou com suspeita de desnutrição 
 
“C” - gravemente desnutrido. 
 
A ASG foi desenhada de modo a se obter poucos resultados falsos positivos, isto 
é, o paciente classificado como desnutrido grave tem poucas chances de ser nu-
trido ou moderadamente desnutrido. 
Trata-se, portanto, de um teste de alta especificidade. 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 82 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 84 
Referencia bibliográfica 
 
 
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(IBRANUTRI): Metodologia do Estudo Multicêntrico. RBNC 1998;13:30-40 
 
Cuppari, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2002. 
 
Detsky A.S., McLaughlin Jr, Baker Jp, et al. What is subjective global assessment of 
nutritional status? JPEN 1987;11: 8-13 
 
Duarte, A.C.G. Avaliação Nutricional: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. São Paulo:Atheneu, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 85 
10 - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR 
 
Avaliação Dietética 
 
Procedimento metodológico para obtenção de informações qualitativas e/ou 
quantitativas da dieta de indivíduos ou populações 
 
 Diagnóstico indireto do estado nutricional 
 
 
Inquéritos dietéticos 
 
 Qualitativos - características das dietas 
 - qualidade dos alimentos consumidos 
 - hábitos alimentares 
 
 Quantitativos - quantidades de alimentos consumidos 
 
 
Métodos de Avaliação Dietética 
 
 Validade 
 
 - Informa se os resultados representam a “verdade” ou o quanto se afastam 
dela 
 
 Reprodutibilidade ou replicabilidade 
 
 - Estabilidade com a qual o instrumento mede o que se deseja medir 
 
 
 
Métodos de Avaliação Dietética 
 
 Retrospectivos 
 
 - História dietética, R24h, QFCA 
 - Orçamento familiar 
 
 Prospectivos 
 
 - Registro alimentar 
 - Pesos e medidas 
Não existe um método ideal 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 86 
 Métodos Retrospectivos 
 
 
1 - Recordatório 24 horas (R24h) 
 
Recordar e descrever todos os alimentos e bebidas ingeridos no período prévio de 24 
horas 
 
Vantagens 
 
 Fácil e rápido de ser aplicado 
 Baixo custo 
 Realizado em série, fornece estimativas da ingestão usual 
 Não altera a dieta usual 
 Pode ser usado em grupo de baixa escolaridade 
 Estima o valor energético e macro e micronutrientes 
 
Desvantagens 
 
 Depende da memória 
 Requer treinamento 
 Ingestão prévia atípica 
 Bebidas e lanches tendem a ser omitidos 
 Sub ou superestimação 
 
Exemplo – 1 
Recordatório 24 horas (R24h) 
Nome:________________________Data:___/___/___ Registro:_________ 
 
Refeição Hora Local Alimento Quantidade 
Desjejum 
 
 
Colação 
 
 
Almoço 
 
 
Lanche 
 
 
Jantar 
 
 
Ceia 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 87 
Exemplo – 2 Recordatório 24 horas (R24h) 
 
Nome:________________________________ Data ____/___/____ Registro:________ 
 
Horas 
 
Alimento 
Quantidade 
(em medidas caseiras) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 88 
2 - Questionário de Frequência de Consumo Alimentar – QFCA 
 
Coleta de informações sobre a frequência de consumo de determinados 
alimentos 
 
 Fornece informações qualitativas  Questionário qualitativo 
 Informações qualitativas e quantitativas  Questionário 
semiquantitativo 
 
 Lista de alimentos suspeitos de excesso ou deficiência 
 Alimentos separados por grupos com nutrientes comuns 
 Permite associação entre habito alimentar e o risco de doença 
 
Vantagens 
 
 Baixo custo 
 Rápido de ser aplicado 
 Autoadministrado ou utilizado por outro profissional 
 Pode descrever padrão de ingestão alimentar 
 
Desvantagens 
 Não fornece informações sobre quantidade  se qualitativo 
 Utilizar listas compiladas para a população geral pode não ser útil 
para grupos com diferentes padrões alimentares 
 
 Pode ocorrer subestimação 
 Difícil análise sem uso de computadores e programas especiais 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 89 
Questionário de Frequência de Consumo Alimentar - QFCA 
 
Fonte: Duarte, 2007. 
Grupo de 
Alimentos 
Nº de 
vezes 
Frequência de Consumo 
Razões Obs. 
D M S A N Q S 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 90 
Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) 
 
Nome: ___________________________________ Nº Reg.:_______ Data:___/___/___ 
 
 
 
Alimentos 
Consumo Frequência de consumo 
Sim 
(1) 
Não 
 (2) 
1x/sem 2x/sem 3x/sem 4x/sem 5x/sem 6x/sem Diário Quinzenal Mensal 
Grupo dos Cereais 
Arroz 
Batata inglesa 
Pão francês 
Grupo dos vegetais 
Abóbora 
Acelga 
Alface 
Grupo das frutas 
Abacate 
Abacaxi 
Ameixa 
Grupo do leite 
Creme de leite 
Iogurte de fruta 
Leite 
Grupo da carne 
Boi 
Frango 
Peixe 
Embutidos 
Linguiça 
Presunto 
Salsicha 
Grupo das 
leguminosas 
 
Ervilha 
Feijão 
Grão de bico 
Grupo dos fast food 
Batata frita 
Coxinha 
Empada 
Grupo dos doces 
Achocolatado 
Açúcar 
Balas 
Grupo da gordura 
Azeite 
Margarina 
Óleo vegetal 
Bebidas 
Café 
Cerveja 
Refrigerante 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 91 
3 - História Dietética 
 
O indivíduo é entrevistado para fornecer informações detalhadas sobre seu hábito 
alimentar 
 
Informações 
R24h e QFCA 
Tratamento dietético anterior 
Preferências, intolerâncias, aversões, nº. de refeições, apetite, horários e local das 
refeições, atividade física, etc. 
 
Vantagens 
 Leva em consideração sazonalidade 
 Completa e detalhada descrição qualitativa e quantitativa da ingestão alimenta 
 Minimiza as variações que ocorrem dia-a-dia 
 Fornece boa descrição da ingestão usual 
 
Desvantagens 
 Requer treinamento 
 Depende da memória 
 Exige tempo 
 
3 - Orçamento Familiar 
 
Informações sobre os gastos familiares com alimentos quantidade e qualidade dos 
alimentos adquiridos semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente. 
Foi utilizado em 1962 pela Fundação Getúlio Vargas para estudo sistemático do 
consumo alimentar no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 92 
 Métodos Prospectivos 
 
1 - Registro Alimentar Estimado 
O indivíduo registra, no momento do consumo, todos os alimentos e bebidas ingeridos 
em um período que varia de um dia a uma semana 
 
Vantagens 
 Não depende da memória 
 Maior acurácia e precisão quantitativa dos alimentos 
 Identifica tipos de alimentos e preparações consumidos e horários das refeições 
 
Desvantagens 
 Pode interferir no padrão alimentar 
 Requer tempo 
 Indivíduo alfabetizado 
 Subestimação 
 Exige motivação e colaboração 
 Dificuldade em estimar a quantidade ingerida 
 
2 - Pesos e Medidas (Registro alimentar pesado) 
 
Registro da quantidade de alimentos consumidos através da pesagem direta dos 
alimentos 
 Utilizado no ENDEF em 1974-1975, registrando as medidas durante 7 dias 
 
Vantagens 
 
 Aumenta a acurácia do tamanho das porções e dos nutrientes ingeridos 
 
Desvantagens 
 Pode restringir a escolha dos alimentos 
 
 Exige tempo, alto custo 
 
 Consumo pode ser alterado nos dias de registro 
 
 Difícil aplicabilidade na rotinaDisciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 93 
Principais fontes de erro dos métodos de avaliação do consumo alimentar 
 
Entrevistado 
 - Incompreensão quanto ao que está sendo questionado 
 
 - Sub ou superestimação do consumo 
 
 - Erro na estimativa do tamanho da porção 
 
 - Omissão do uso de suplementos 
 
 - Falha de memória 
 
Entrevistador 
 - Registro incorreto das resposta e/ou descrição incompleta de alimentos 
 
 - Omissão intencional 
 
 - Demonstrar aprovação ou desaprovação do padrão alimentar 
 
 - Erro na conversão em gramas da medida caseira 
 
 
Tabelas e softwares de composição de alimentos 
 
 
 - Fontes desatualizadas, pouco confiáveis e incompletas 
 
 - Fontes de dados internacionais, provavelmente, não são verdadeiras para o teor 
denutrientes consumidos no Brasil 
 
 
Referências bibliográficas 
 
CINTRA, I.P., HEYDE, M.E., SCHIMITZ, B.A., FRANCESCHINI, S.C. TADDEI, J.A.A.C., 
 
CUPARRI, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 1ª ed., 2002, 406p. 
 
FISBERG, R.M., SLATER, B., MARCHIONI, D.M.L., MARTINI, L.A. Inquéritos 
Alimentares: Métodos e bases científicos. 1ª ed. Barueri: Manole, 2005. 334p. 
 
PEREIRA, R., KOIFMAN, S. Uso do questionário de frequência na avaliação do 
consumo alimentar pregresso. Rev. Saúde Pública, 1999, v. 33, n. 6, p. 610-621. 
 
SIGULEM, D.M. Métodos de Inquéritos Dietéticos. Cadernos de Nutrição, 1997, v.13, 
n.2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 94 
11 - ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 95 
Tabelas de Referências 
 
Classificação segundo Gomes Classificação segundo Waterlow 
% Adequação P/I Estado Nutricional P/A  90% P/A < 90% 
≤ 60 
61 – 75 
76 – 90 
91 – 110 
> 110% 
Desnutrição Grave ou grau III 
Desnutrição Moderada ou grau II 
Desnutrição Leve ou grau I 
Eutrófico 
Sobrepeso/obesidade 
 
A/I  95% Eutrófico 
Desnutrição 
aguda 
A/I < 95% 
Desnutrição 
pregressa 
Desnutrição 
crônica 
 
Classificação da perda de peso por unidade de tempo 
Grau de desnutrição Leve Moderado Grave 
Perda de Peso / Tempo 
< 5% / 1 mês 
< 7,5% / 3 meses 
< 10% / 6 meses 
< 2% / 1 semana 
> 5% / 1 mês 
> 7,5% / 3 meses 
> 10% / 6 meses 
> 2 / 1 semana 
> 20 / 6 meses 
 
Classificação segundo IMC para população adulta % de adequação do usual ou habitual 
IMC (kg/m
 2
) Classificação Adequação do peso (%) Estado nutricional 
< 16,0 Desnutrição grave 95 – 110 Eutrófico 
16,0 – 16,9 Desnutrição moderada 85 – 94 Desnutrição leve 
17,0 – 18,4 Desnutrição leve 75 – 84 Desnutrição moderada 
18,5 – 24,9 Eutrofia < 74 Desnutrição grave 
25,0 – 29,9 Sobrepeso (pré-obeso) Fonte: Blackburn e cols, citado por Duarte, 2007. 
30,0 – 34,9 Obesidade grau I 
35,0 – 39,9 Obesidade grau II 
≥ 40,0 Obesidade grau III 
 
 
 
Estado nutricional segundo a Circunferência do Braço (CB), Circunferência Muscular do Braço (CMB) e Prega Cutânea Tricipital (PCT) 
 
Desnutrição 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
 
Grave Moderada Leve 
CB <70% 70 – 80% 80 – 90% 90 – 110% 110 – 120% > 120% 
CMB < 70% 70 – 80% 80 – 90% 90 – 110% --- --- 
PCT < 60% 60 – 80% 80 – 90% 90 – 110% 110 – 120% > 120% 
 
 
 
Membro Amputado Proporção de Peso % Edema Peso hídrico 
Mão 0,8 + tornozelo 1,0 kg 
Antebraço 2,3 ++ joelho 4,0 kg 
Braço até o ombro 6,6 +++ raiz da coxa 6,0 kg 
Pé 1,7 ++++ anasarca 12,0 kg 
Perna abaixo do joelho 7,0 Ascite leve 2,2 kg 
Perna acima do joelho 11,0 Ascite moderada 6,0 kg 
Perna inteira 18,6 Ascite grave 14,0 kg 
 
Estimativa de altura 
Homens = [(2,02 x AJ) – (0,04 x I)] + 64,19 Mulheres = [(1,83 x AJ) – (0,24 x I)] + 84,88 
AJ: Altura do joelho em centímetros, I: Idade em anos 
 
Equações recomendadas para estimativa do peso corporal. 
 
 
Exames bioquímicos 
Interpretação Albumina Transferrina Leucócitos 
Depleção leve 3,0 – 3,5 g/dL 150 – 200 mg/dL 1200 – 2000 cél/mm3 
Depleção moderada 2,4 – 2,9 g/dL 100 – 150 mg/dL 800 – 1000 cél/mm3 
Depleção grave < 2,4 g/dL < 100 mg/dL < 800 cél/mm3 
 
 
Faixa de normalidade simplificada 
Sexo CB(cm) PCT (mm) CMB (cm) AMB(cm2) 
Masculino 29,5 12,5 25,5 28,1 
Feminino 28,5 16,5 23,2 22,2 
Grupo Equação Grupo Equação 
Homens brancos 
Homens negros 
(AJ x 1,19) + (CB x 3,21) – 86,82 
(AJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72 
Mulheres brancas 
Mulheres negras 
(AJ x 1,01) + (CB x 2,81) – 66,04 
(AJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 96 
Referências de Percentis para Circunferência do Braço (CB), Prega Cutânea 
Tricipital (PCT) e Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
 
Percentis de circunferência do braço (cm) de acordo com a idade para homens
Idade
5 10 15 25 50 75 85 90 95
Percentil
 
 
 
Percentis de circunferência do braço (cm) de acordo com a idade para mulheres
Idade
5 10 15 25 50 75 85 90 95
Percentil
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 97 
Idade
5 10 15 25 50 75 85 90 95
Percentil
Percentis de prega cutânea tricipital (cm) de acordo com a idade para homens
 
 
 
Idade
5 10 15 25 50 75 85 90 95
Percentil
Percentis de prega cutânea tricipital (cm) de acordo com a idade para mulheres
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 98 
Idade
5 10 15 25 50 75 85 90 95
Percentil
Percentis de circunferência muscular do braço (CMB cm) de acordo com a idade para homens
 
 
 
Idade
5 10 15 25 50 75 85 90 95
Percentil
Percentis de circunferência muscular do braço (CMB cm) de acordo com a idade para mulheres
 
 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 99 
Avaliação Nutricional de Idoso 
 
 
Percentis de Circunferência do Braço (CB), Prega Cutânea Tricipital (PCT) e Circunferência 
Muscular do Braço (CMB) para homens de 60 anos ou mais. 
Idade 
Percentis 
10 15 25 50 75 85 90 
CB 
60 - 69 28,4 29,2 30,6 32,7 35,2 36,2 37,0 
70 - 79 27,5 28,2 29,3 31,3 33,4 35,1 36,1 
≥ 80 25,5 26,2 27,3 29,5 29,5 32,6 33,3 
 
 
 
 60 - 69 7,7 8,5 10,1 12,7 17,1 20,2 23,1 
PCT 70 - 79 7,3 7,8 9,0 12,4 16,0 18,8 20,6 
 ≥ 80 6,6 7,6 8,7 11,2 13,8 16,2 18,0 
 
 
 
 60 - 69 24,9 25,6 26,7 28,4 30,0 30,9 31,4 
CMB 70 - 79 24,4 24,8 25,6 27,2 28,9 30,0 30,5 
 ≥ 80 22,6 23,2 24,0 25,7 27,5 28,2 28,8 
Fonte: NHANES III (1988-1994) 
 Percentis de Circunferência do Braço (CB), Prega Cutânea Tricipital (PCT) e Circunferência 
Muscular do Braço (CMB) para mulheres de 60 anos ou mais. 
Idade 
Percentis 
10 15 25 50 75 85 90 
CB 
60 - 69 26,2 26,9 28,3 31,2 34,3 36,5 38,3 
70 - 79 25,4 26,1 27,4 30,1 33,1 35,1 36,7 
≥ 80 23,0 23,8 25,5 28,4 31,5 33,2 34,0 
 
 
 
 60 - 69 14,5 15,9 18,2 24,1 29,7 32,9 34,9 
PCT 70 - 79 12,5 14,0 16,4 21,8 27,7 30,6 32,1 
 ≥ 80 9,3 11,1 13,1 18,1 23,3 26,4 28,9 
 
 
 
 60 - 69 20,6 21,1 21,9 23,5 25,4 26,6 27,4 
CMB 70 - 79 20,3 20,8 21,6 23,0 24,8 26,3 27,0 
 ≥ 80 19,3 20,0 20,9 22,6 24,5 25,4 26,0 
Fonte: NHANES III (1988-1994) 
 
Classificação do estado nutricional conforme CB, PCT e CMB. 
PercentisClassificação 
> 90 Obesidade 
> 85 Sobrepeso 
> 75 Risco de sobrepeso 
25 - 75 Eutrofia 
10 - 25 Risco nutricional 
< 10 Desnutrição 
Fonte: NHANES III (1988-1994) 
 
Disciplina: Avaliação Nutricional. Prof. Msc. Luciano Alex Santos 100 
 
 
 
Equações para estimativa de peso e altura 
 
Estimativa de peso para idosos acima de 65 anos Estimativa da estatura 
Homens: Peso = (CB x 2,31) + (CP x 1,50) – 50,10 Homens (cm) = 64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho em cm) 
Mulheres: Peso = (CB x 1,63) + (CP x 1,43) – 37,46 Mulheres (cm) = 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho em cm) 
 
Equações recomendadas para a predição da estatura. 
Grupo Idade Equação Grupo Idade Equação 
Meninos brancos 
Meninos Negros 
6 –18 anos 
6 –18 anos 
40,54 + (2,22 x AJ) 
39,69 + (2,18 x AJ) 
Meninas brancas 
Meninas negras 
6 –18 anos 
6 –18 anos 
43,21 + (2,14 x AJ) 
46,59 + (2,02 x AJ) 
Homens brancos 
Homens negros 
19 – 60 anos 
19 – 60 anos 
71,85 + (1,88 x AJ) 
73,42 + (1,79 x AJ) 
Mulheres brancas 
Mulheres negras 
19 – 60 anos 
19 – 60 anos 
70,25 + (1,87 X AJ) – (0,06 x ID) 
68,10 + (1,86 x AJ) – (0,06 x ID) 
Homens idosos brancos 
Homens idosos negros 
> 60 anos 
> 60 anos 
59,01 + (2,08 x AJ) 
95,79 + (1,37 x AJ) 
Mulheres idosas brancas 
Mulheres idosas negras 
> 60 anos 
> 60 anos 
75 + (1,91 x AJ) – (0,17 x ID) 
58,72 + (1,96 x AJ) 
Fonte: CHUMLEA, 1994. 
 
Equações recomendadas para estimativa do peso corporal. 
Grupo Idade Equação Grupo Idade Equação 
Homens brancos 
Homens negros 
19 – 59 anos 
19 – 59 anos 
(AJ x 1,19) + (CB x 3,21) – 86,82 
(AJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72 
Homens idosos brancos 
Homens idosos negros 
60 – 80 anos 
60 – 80 anos 
(AJ x 1,10) + (CB x 3,07) – 75,81 
(AJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21 
Mulheres brancas 
Mulheres negras 
19 – 59 anos 
19 – 59 anos 
(AJ x 1,01) + (CB x 2,81) – 66,04 
(AJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48 
Mulheres idosas brancas 
Mulheres idosas negras 
60 – 80 anos 
60 – 80 anos 
(AJ x 1,19) + (CB x 2,68) – 65,51 
(AJ x 1,50) + (CB x 2,58) – 84,22 
Fonte: CHUMLEA, 1987. 
 
Cálculo do GEB, segundo Harris-Benedict. 
Homens: GEB = 66,5 + [13,8 x peso (Kg)] + [5,0 x altura (cm)] – [6,8 x idade (anos)]p 
Mulheres: GEB = 655,1 + [9,5 x peso (Kg)] + [1,8 x altura (cm)] – [4,7 x idade (anos)] 
 
Sexo 
Padrão 
Interpretação do PCT 
 
Área Muscular do Braço = Área Muscular sem osso 
CB PCT CMB 
Homens 29,5cm 12,5mm 25,5cm > 120% 
110% - 120% 
90% - 110% 
80% - 90% 
60% - 80% 
< 60% 
Obesidade 
Sobrepeso 
Adequado/Eutrofia 
Depleção leve 
Depleção moderada 
Depleção grave 
Homens 
(CMB -  x PCT)
2 
- 10
 
 4 
Mulheres 
 
 
 
28,5cm 
 
 
 
16,5mm 
 
 
 
23,2cm 
 
 
 
Mulheres 
(CMB -  x PCT)
2 
– 6,5
 
 4 
(HEYMSFIELD, 1999)

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