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Marcela, ao parar diante de faixa de pedestre, na cidade de Uberlândia/MG, teve seu veículo abalroado pelo automóvel conduzido por Eduardo e, em razão do acidente, teve sua mão direita amputada. Por esse motivo, propôs, contra Eduardo, ação de conhecimento pelo procedimento comum, pleiteando indenização, no valor de R$ 15.000,00 pelos danos materiais suportados, referentes a despesas hospitalares e gastos com remédios, e indenização por danos morais, no valor de R$ 60.000,00, pela amputação sofrida. O processo foi distribuído para o juízo da 1ª Vara Cível de Uberlândia/MG. Eduardo lhe informa que Marcela propusera, havia um ano, ação idêntica perante a 2ª Vara Cível de Uberlândia/MG e que o referido processo aguardava apresentação de réplica da autora. Eduardo lhe informa que gostaria que Marcela fosse condenada a lhe pagar indenização pelos prejuízos que suportou, no valor de R$ 10.000,00, sob a alegação de que ela teria parado o veículo, indevidamente, diante da faixa de pedestre, visto que, segundo relatou, não havia qualquer pessoa aguardando para atravessar a via, assim como tem duas testemunhas que a tudo assistiram e se puseram à disposição para relatar em juízo o ocorrido. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Eduardo, redija a peça processual cabível, abordando todas as questões processuais e de direito material necessárias à defesa de seu cliente. Exmo.(a) Sr.(a) Dr.(a) Juiz(a) de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Uberlândia – MG Processo N°: (número do processo) Eduardo (sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (RG), (CPF), (endereço eletrônico), residente e domiciliado (endereço), vem por meio de seu advogado (nome), com endereço profissional eletrônico (e-mail) apresentar a Vossa Excelência, sua CONTESTAÇÃO na Ação de Conhecimento e Indenização de Danos Morais proposta por Marcela (sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (RG), (CPF), (endereço eletrônico), residente e domiciliada (endereço). II – Preliminarmente – DA LITIPENDÊNCIA Dispõe o Art. 337, §§ 1°, 2°, e 3° do CPC que há litispendência quando se repete ação que está em curso. Venho então diante Vossa Excelência informar que ocupa-se a presente demanda de Ação de Conhecimento e Indenização de Danos Morais ajuizada pela Autora Marcela, porém, na 2ª Vara Cível de Uberlândia/MG, com a MESMA PARTE, a MESMA CAUSA DE PEDIR e o MESMO PEDIDO o que, à evidência, caracteriza a litispendência prevista no Art. 337, §§ 1°, 2°, e 3° do CPC. Informo também que a ação idêntica na 2ª Vara Cível de Uberlândia/MG aguarda apresentação de réplica da autora. Em face do exposto e da comprovada existência de litispendência, requer, preliminarmente (Art. 337, VI do CPC), que Vossa Excelência com base no Art. 485, §3° digne-se decretar a extinção do processo, sem resolução do mérito, nos termos do Art. 485, V do CPC, com a consequente condenação do autor nas custas e nos honorários do advogado da demandada. III – Breve Síntese dos Fatos Eduardo colidiu seu veículo com o veículo de Marcela na cidade de Uberlândia/MG quando esta parou indevidamente diante da faixa de pedestre. Como resultado, Marcela teve sua mão direita amputada e ambas as partes obteve prejuízos materiais. Com esta colisão a autora Marcela propôs, contra Marcelo, dois processos, pleiteando, nos dois, ação de conhecimento, pedindo indenização, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), pelos danos materiais suportados, referente a despesas hospitalares e gastos com remédios, e indenização por danos morais, no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), pela amputação sofrida. As únicas diferenças entre processos sendo a data do início do procedimento e a Vara Cível. IV – Do Mérito Se acaso não seja declarado litispendência neste processo, adentrar-se-á o mérito da questão. A alegação da autora ao dizer que estava diante a faixa de pedestre fora despropositada, visto que ela teria parado o veículo, indevidamente, diante da faixa de pedestre, visto que, não havia qualquer pessoa aguardando para atravessar a via. Eduardo possui duas testemunhas que poderão testemunhar o ocorrido. Tal atitude inesperada resta configurada a excludente de responsabilidade civil de Eduardo e se configura por culpa exclusiva da vítima. Se assim a tese não for acolhida, ao menos pode-se admitir a culpa concorrente da vítima, argumento que terá repercussão na minoração considerável do pleito indenizatório. V – Reconvenção Eduardo, conforme o dispositivo 343 do CPC vem por esta propor sua reconvenção contra a autora. Eduardo alega que ela teria parado o veículo, indevidamente, diante da faixa de pedestre, visto que, segundo relatou, não havia qualquer pessoa aguardando para atravessar a via, assim como tem duas testemunhas que a tudo assistiram e se puseram à disposição para relatar em juízo o ocorrido. Eduardo requer que Marcela seja condenada a lhe pagar indenização pelos prejuízos materiais que suportou, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). VI - Dos Requerimento Diante de todo o exposto requer: O reconhecimento da Preliminar de Litispendência arguida e determinado a extinção do processo sem resolução do mérito pelos motivos expostos; Subsidiariamente, caso a preliminar não seja reconhecida por Vossa Excelência que seja julgado improcedente o pedido de indenização pelos danos materiais e o pedido de indenização por danos morais. Quanto às provas requer provar o alegado por todos os meios em Direito admitido, em especial pela produção de prova testemunhal. Condenação da autora em R$ 10.000,00 (dez mil reais) por danos materiais. A condenação da autora ao pagamento das custas e honorários sucumbências, de acordo com o artigo 85, §2° do CPC. Nestes termos, Pede deferimento. Uberlândia/MG Data Nome do Advogado Registro da OAB