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Sandy Lara Budrys Adorno¹ Educação do surdos A acessibilidade para surdos ainda se encontra em um cenário com muitos desafios, tem se visto que agora há uma maior integração se comparado com algum tempo atrás, porém essa parcela da sociedade ainda enfrenta dificuldades para realizar tarefas cotidianas. Se analisarmos o contexto histórico, veremos que esse percurso foi cheio de adversidades, as pessoas surdas assim como outras com problemas e más formações, foram por muito tempo, consideradas deficientes, ineficazes e até irracionais. Elas não possuíam direitos e como enfatiza o autor, eram excluídas da sociedade, chegando a algumas vezes a serem sacrificadas. O cenário só começou há mudar muito tempo depois, após o surgimento da educação para surdos. No século XVIII, foi a primeira vez que alguém via os surdos como pessoas normais, que mereciam os mesmos diretos humanos e de cidadãos. Foi na França que começou a se difundir a educação para surdos, o Abade Michel de L´Epée criou um método a partir das linguagens de sinais, este que com o tempo, foi se propagando em outros países possibilitando o surgimento de escolas públicas e até universidades. No Brasil, o primeiro contato com esse tipo de ensino foi em 1857 com a chegada de Ernet Hwet, professor surdo francês que foi trazido por Dom Pedro II e fundou o Instituto de Surdos-Mudos. A partir de todo esse movimento que começa a se difundir, surgiram também leis que garantiam os direitos dessas pessoas, é necessário lembrar que isso foi ocorrendo aos poucos. No Brasil, as Leis de Diretrizes e Bases da Educação garantem atendimento educacionais especializados, disponibilizando métodos adequados e profissionais habilitados. De fato, mesmo após a criação dessas diretrizes, algumas instituições demoraram a aderir a todos esses fatores, escolas públicas e universidades deveriam por lei, disponibilizar intérpretes, o que não ocorre em todos os lugares. A falta de comunicação ainda é obstáculo presente na vida das pessoas surdas, grande parte da população não conhece a linguagem de sinais e nem as diferenças entre surdos e surdo-mudos, algumas chegam a até tratar a linguagem de sinais como sendo mímica, o que está totalmente incorreto. Conforme a Federação Nacional dos Surdos é equivocado a denominação de surdo-mudo a todas as pessoas surdas, já que alguém surdo não necessariamente será mudo. Surda é a pessoa em que a audição não é funcional e tem como língua materna a LIBRAS, enquanto o deficiente auditivo não participa das Associações e não conhece LIBRAS. Assim é muito importante compreender que a comunidade surda utiliza uma linguagem própria que deve ser respeitada, ao mesmo tempo em que também faz uso da linguagem específica do país, nesse caso, o português. Dessa forma, é visto a importância do biliguismo para a comunidade surda, já que precisa estar integrada nesses dois meios. ¹ Aluna do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária 1º semestre/2019