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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA NO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL INFANTIL
DAIANE CRISTINA CARNEIRO
CURITIBA
2018�
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA NO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL INFANTIL
Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Artes.
DAIANE CRISTINA CARNEIRO
CURITIBA
2018�
CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA NO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL INFANTIL
 Daiane Cristina Carneiro
RESUMO
 
O presente artigo tem por objetivo abordar a literatura como parte do desenvolvimento infantil. Percorrendo a trajetória da literatura infantil desde sua origem histórica, até a chegada ao Brasil. O mesmo foi realizado através de pesquisa bibliográfica, abordando o ponto de vista de diferentes autores. Tomando como exemplo o autor Monteiro Lobato e sua obra Geografia de Dona Benta, pôde-se identificar a importância da literatura na educação infantil, e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual da criança. 
	
Palavras-chave: Educação. Infantil. Literatura. Monteiro Lobato.
1. INTRODUÇÃO
Quando a infância começa a ser reconhecida como parte fundamental na sociedade, a partir do século XVII, descobriu-se a criança como um ser que necessita de lugar, tempo espaço e cuidados diferenciados. Ariès (1973), diz que: Até o século XVI, pode-se dizer, que a criança tal qual conhecemos hoje, não existia. Vestiam-se e comportavam-se tal como adultos, chegando a ser consideradas como adultos em miniatura.
Para Montessori (1966) o período da infância é extremamente importante na vida do ser humano, pois é identificando as necessidades e as especificidades desse período que se conhece o homem na sociedade.
Ainda segundo a autora, por muito tempo as crianças foram totalmente esquecidas, em relação a seus direitos de instrução: [...] não há lugar para elas nas ruas onde se multiplicam os veículos e os passeios estão atulhados de pessoas apressadas. Os adultos não têm tempo de se ocupar delas porque vivem absorvidos pelas tarefas urgentes” (MONTESSORI, 1966, p. 13).
Partindo desse princípio, esse artigo tem como objetivo, demonstrar o desenvolvimento da educação infantil no Brasil, tendo o direito da criança em idade pré-escolar, a educação, exercido. 
O artigo se divide em duas partes, onde na primeira, conceitua-se a educação infantil, bem como sua evolução no Brasil, através da implantação do método Montessori. Na segunda parte, pode-se identificar que Montessori criou um inteligente e completo material didático destinado a aperfeiçoar a atividade através dos sentidos, estimulando o desenvolvimento motor e o aumento do senso de observação e concentração da criança, enquanto na infância.
	
2. A EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA IMPORTÂNCIA PARA A CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO
A educação acontece em todos os lugares. Assim não existe modelo de educação, pois a escola não é o único lugar onde ela ocorre e nem muito menos o professor é seu único agente. Existem inúmeras educações e cada uma atende a sociedade em que ocorre, pois é a forma de reprodução dos saberes que compõe uma cultura, portanto, a educação de uma sociedade tem identidade própria. (BRANDÃO, 1995, p.9).
A Educação Infantil é entendida em amplo sentido, abrangendo todas as modalidades educativas vividas pelas crianças no ambiente familiar e social, antes mesmo de atingirem a idade da escolaridade obrigatória. Diz respeito tanto à educação familiar e a convivência comunitária, como a educação recebida em instituições específicas (PROINFANTIL, 2005).
Pode-se falar de Educação Infantil em um sentido bastante amplo, envolvendo toda e qualquer forma de educação da criança na família, na comunidade, na sociedade e na cultura em que viva. Mas há outro significado, mais preciso e limitado, consagrado na Constituição Federal de 1988, que se refere à modalidade específica das instituições educacionais para a criança pequena, de 0 a 6 anos de idade. Essas instituições surgem durante a primeira metade do século XIX, em vários países do continente europeu, como parte de uma série de iniciativas reguladoras da vida social, que envolvem a crescente industrialização e urbanização. (KUHLMANN, 2003, p.469).
	
Segundo Cunha (1987), a história da literatura infantil começa a delinear-se no início do século XVIII�, quando a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.
[...] a concepção de uma faixa etária diferenciada, com interesses próprios e necessitando de uma formação específica, só acontece em meio à Idade Moderna. Esta mudança se deveu a outro acontecimento da época: a emergência de uma nova noção de família, centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num núcleo unicelular, preocupado em manter sua privacidade (impedindo a intervenção dos parentes em seus negócios internos) e estimular o afeto entre seus membros. (ZILBERMAN, 1985, p.13).
Em 1697, Charles Perrault traz a público Histórias ou contos do tempo passado, com suas moralidades: Contos de Mãe Gansa. Ganham, então, forma editorial as seguintes histórias: A Bela Adormecida no bosque, Chapeuzinho Vermelho, O Gato de Botas, As Fadas, A Gata Borralheira, Henrique do Topete e O Pequeno Polegar.
A literatura é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático no trabalho da linguagem e na formação da criança, pois utilizar a literatura é trabalhar com o homem e sua personalidade.
De acordo com Souza (2009) em países como o Canadá e Estados Unidos, muitas escolas já aboliram definitivamente os livros didáticos e utilizam os de literatura para ensinar os mais diferentes conteúdos, mas principalmente utilizam os textos literários para ensinar alunos a ler. A autora esclarece o potencial da literatura em contribuir com o desenvolvimento cognitivo e afetivo, podendo ser utilizada com o intuito de formar leitores.
Abramovich (2004, p. 24), nos diz que, ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de prazer, de divertimento dos melhores.... É encantamento, maravilhamento, sedução... O livro da criança que ainda não lê é a história contada [...].
Ainda segundo o autor:
Ao ler uma história a criança também desenvolve todo um potencial crítico. A partir daí ela pode pensar, duvidar, e perguntar, questionar.... Pode se sentir inquietada, cutucada, querendo saber mais e melhor ou percebendo que se pode mudar de opinião.... [...]. (Abramovich, 2004, p. 143).
A literatura infantil, como meio de comunicação e modalidade da leitura, também é um dos mais eficientes mecanismos de recreação e lazer, servindo como um método prático de terapia educacional. A literatura desempenha papel fundamental na vida da criança, não apenas pelo seu conteúdo recreativo que desempenha, mas também pela riqueza de motivações, sugestões e de recursos que oferece ao seu desenvolvimento. (ARRUDA, et al., 2014).
Cândido (1995) afirma que a Literatura desenvolve em nós a sensibilidade, tornando-nos mais compreensivos, reflexivos, críticos e abertos para novos olhares e possibilidades diante da nossa condição humana. 
A literatura infantil se enraizou no Brasil, através das adaptações de obras portuguesas com a chegada de D. João VI ao país. Essas adaptações eram feitas, inicialmente, por Alberto Figueiredo Pimentel, e ficaram conhecidas pela inserção de contos europeus no Brasil.
Considerando que as obras adaptadas eram de origem europeia, o primeiro registro de literatura infantil brasileira dá-se pelas mãos de Monteiro Lobato,em 1920, com a obra A menina do narizinho arrebitado (CADEMARTORI,1986).
Cunha (1987, p. 20), diz que: no Brasil, como não poderia deixar de ser, a literatura infantil tem início com obras pedagógicas e, sobretudo, adaptadas de produções portuguesas, demonstrando a dependência típica das colônias. Pode-se dizer que a literatura infantil brasileira teve início com Monteiro Lobato, com uma literatura centralizada em algumas personagens em especial.
2. MONTEIRO LOBATO E A GEOGRAFIA DE DONA BENTA
José Bento Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, na cidade de Taubaté. Filho de José Bento Marcondes Lobato e de Olímpia Augusta Monteiro Lobato, formou-se em Direito, atuou como Promotor Público e, após receber uma herança do avô, tornou-se fazendeiro.	
Coube a Lobato a fortuna de ser, na área da literatura infantil e juvenil, o divisor de águas que separa o Brasil de ontem e o Brasil de hoje. Fazendo a herança do passado imergir no presente, Lobato encontrou o caminho criador que a literatura infantil estava necessitando. Rompe, pela raiz, com as convenções estereotipadas e abre as portas para as novas idéias e formas que o novo século exigia. (COELHO, 2000).
A insistência e o senso de oportunidade com que Monteiro Lobato intercala instrução e educação em suas narrativas, mesmo as menos propícias a inserções didáticas, revelam, desnudam, esclarecem sua preocupação de fazer de sua literatura para crianças e jovens um veículo de formação intelectual e moral. (BARBOSA,1996, p. 85)
Dentre suas inúmeras publicações de sucesso, esse artigo destaca a obra Geografia de Dona Benta.
O livro explica a ciência geográfica de forma simples e divertida para crianças na fase pré-escolar. No decorrer dos 30 capítulos, o autor descreve as viagens de o Terror dos Mares, um navio onde os personagens embarcam para a viagem geográfica. Por se tratar de um livro infantil, o autor utiliza uma linguagem simples para facilitar o entendimento dos leitores, tornando assim mais prazeroso o estudo da geografia como matéria.
Lobato aborda um projeto que elaborou para reestruturar o espaço geográfico brasileiro, pautado na industrialização, no trabalho eficiente, na exploração dos recursos naturais, na educação, na construção de uma identidade nacional, na democracia e em uma política territorial, objetivando o desenvolvimento do país e a melhora na condição de vida da população.
A viagem tem início quando os personagens� embarcam no Terror dos Mares, e viajam por todo o Brasil para aprender sobre a Geografia, destacando aspectos socioeconômicos e físicos de cada estado. Começando pelo Rio Grande do Sul, Lobato destaca as condições climáticas do estado, mostrando como o mesmo pode se desenvolver mais. Com a proximidade do Rio Grande do Sul com a Antártida, os personagens visitam, e é onde a personagem principal, Dona Benta, explica o que são os polos e o clima que atua nessa parte do planeta. Seguindo a viagem, os personagens passam por Mato Grosso onde Dona Benta inicia um discurso sobre o petróleo encontrado na região, e Lobato traz para a narrativa sua opinião sobre a exploração do petróleo no Brasil.
Ao passarem por São Paulo, atracando no Porto de Santos, Dona Benta explica a importância desse Porto para a entrada e saída das mercadorias do país. Em seguida passam pelo Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espirito Santo, até chegarem no Nordeste, onde Dona Benta discursa sobre a seca e suas causas, sugerindo algumas soluções, como a irrigação. Ao chegarem a Amazônia, Dona Benta explana sobre os recursos das águas e das florestas e mostra a preocupação com a possível exploração da região, o que demonstra que o autor deseja formar uma consciência ambiental nas crianças brasileiras. Em seguida Dona Benta aponta uma pequena faixa de terra� que liga a América do Sul à América do Norte.
Através da linguagem escolhida por Lobato, é possível colocar em questão, para as crianças, os problemas de cada região do país bem como propostas de soluções viáveis e coerentes. 
Embora o cenário Geográfico apresentado no livro, muito tenha mudado, o mesmo pode ser usado como exemplo, de que a literatura deve ser uma ferramenta utilizada na metodologia de ensino na Educação infantil, beneficiando-se de ilustrações e vocabulário simples e auto explicativo, contribuindo para o desenvolvimento da educação, da sensibilidade, da concentração, dos aspectos cognitivos e linguísticos, do exercício da imaginação, além, de favorecer o acesso aos diferentes saberes sobre a cultura de povos e lugares desconhecidos, seja do universo fictício ou real.
3. CONCLUSÃO
Ao longo deste artigo, afirmou-se a importância da Literatura Infantil na formação de leitores, através do seu uso frequente no cotidiano escolar. As pesquisas possibilitaram compreender como surgiu a literatura infantil desde seu início até sua chegada ao Brasil, destacando-se Monteiro Lobato que pôde proporcionar e ainda possibilita uma literatura de qualidade.
Refletiu-se sobre a Literatura Infantil enquanto obra literária, como recurso de incentivo à leitura e a formação de novos leitores. Nessa perspectiva a criança é um ser atuante no processo que poderá sair-se bem em diferentes áreas e ter melhores chances no futuro.
O artigo reafirmou a questão inicial sobre à contribuição da literatura no desenvolvimento intelectual infantil, de que a criança quando entra em contato com a leitura de histórias, desde cedo e constantemente, desenvolvem a oralidade, a imaginação, a criatividade e principalmente o gosto pela leitura. Pode-se ressaltar que a Literatura Infantil contribui para a formação do leitor, estimulando a curiosidade e instigando a produção de novos conhecimentos.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
	
� Sabe-se que devido a cultura do século, as crianças não eram percebidas socialmente como seres diferentes dos adultos, compartilhavam o mesmo tipo de roupa, ambientes caseiros e sociais como também o trabalho.
� Sendo eles: Dona Benta, Tia Nastácia, Emília, Narizinho e Pedrinho, Visconde e Quindim.
� Também conhecida como América Central ístmica ou continental. É formada por sete países: Guatemala, Belize, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá, totalizando uma população de cerca de quarenta milhões de habitantes

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