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Julia G. K. Resumo Prótese – 3º Bimestre INTRODUÇÃO À PRÓTESE TOTAL PT = Aparelho protético removível muco-suportado, destinado a substituir todos os dentes do arco, assim como reconstruir a parte gengival ausente, a fim de restituir a função do órgão, estética e fonética Portadores de próteses eficiência mastigatória: 100% - dentes naturais 80% - PF 50% - PPR 20% - PT (1/6 da eficiência mastigatória) Requisitos de uma PT: - Mastigatório: retenção – prótese não deve se deslocar no sentido vertical estabilidade – prótese não deve se deslocar no sentido horizontal - Estético: dentes – forma, tamanho, cor, posição porção gengival – cor, volume, escultura - Fonético: espaço protético posição dos dentes - Comodidade (conforto): delimitação da área basal DVO (nunca aumentado) relacionamento maxilo-mandibular MOLDAGEM PARA PT Moldagem Anatômica: x Moldagem Funcional: inicial final estática funcional simples preliminar moldeira de estoque moldeira individual (Alginato e Godiva) (Pasta Zinco Enólica) Objetivos: - mínima deformação dos tecidos de suporte – aplicação da técnica adequada na moldagem anatômica - extensão correta da base da prótese – ajuste da moldeira individual de acordo com as características anatomofisiológicas do paciente - vedamento periférico funcional – espessura e contorno adequados da borda da prótese - contato adequado da base da prótese com o rebordo – perfeita reprodução dos tecidos pelo material de moldagem Moldagem Anatômica: 1ª moldagem a ser realizada no paciente copiar os acidentes anatômicos em estado de repouso (estática) Objetivos: copiar a extensão total da área chapeável registro de todos os acidentes afastamento da mucosa móvel (copiar todas as estruturas anatômicas) Julia G. K. Área Chapeável: extensão máxima da boca desdentada que pode ser coberta pela prótese Superior: região posterior, região bucal e região labial a) Região Posterior: - sulcos hamulares - selado palatino posterior / área de travamento posterior (não é o limite “palato duro-mole”) pedir para o paciente falar “AH” e marcar com lápis cópia b) Região Bucal: - processo zigomático da maxila - inserção/freio lateral c) Região Labial: - freio labial superior (contornar o freio) Inferior: região bucal, região labial e região interna a) Região Bucal: - papila periforme (no alvéolo do 3ºM; boa área de suporte) - linha oblíqua (se ultrapassar, o musculo bucinador expulsar a prótese) - inserção lateral b) Região Labial: - freio labial inferior c) Região Interna: - linha milo-hióidea - glândula sublingual - apófise geni/espinhas genianas (freio lingual) Sequência de moldagem: 1. seleção da moldeira (atingir toda a área chapeável) 2. avaliar a necessidade de extensão com a cera periférica: afastamento dos tec. moles retenção do material na moldeira 3. manipular o material 4. inserção da moldeira na boca: centralizar a moldeira na boca comprimir adaptar o material no fundo de vestíbulo remoção após 2 a 4 minutos 5. avaliar o molde 6. vazar o gesso modelo anatômico (usado para confeccionar as moldeiras individuais) Moldeira Individual Confecção: 1. delimitação da área chapeável 2. isolamento do modelo 3. resina autopolimerizável 4. adaptação sobre o modelo 5. recorte dos excessos 6. polimento, confecção do cabo e acabamento Moldagem Funcional: moldagem dinâmica que registra todos os detalhes da área chapeável, das inserções musculares e de seus movimentos Objetivos: copiar fielmente todos os detalhes anatômicos da área chapeável Julia G. K. obter a extensão correta da área chapeável comprimir as zonas de compressão (palato mole – maxila) - compressão seletiva aliviar as zonas de alivio (rafe palatina – maxila; forame mentual – mandíbula) Sequência de moldagem: Superior: 1. ajuste da moldeira individual tracionar o lábio ou a bochecha em 45º (movimentar de um lado para o outro) cortar +- 2 mm 2. realização do selado periférico – godiva em bastão (moldar o fundo de vestíbulo) região labial: mm. orbicular da boca, mm. levantador do lábio superior e da asa do nariz, mm. levantador do âng. da boca (freio labial superior – 1 a 2 mm aquém) região bucal: mm. bucinador (1 a 2 mm aquém) – moldagem corono maxilar região posterior: exatamente na área chapeável – linha do “Ah” (pode variar o local) selado palatino superior: mm. tensor do véu palatino e mm. palatoglosso *posicionamento da linha vibratória (linha do “Ah”) – Classificação de House: Tipo I (+ retenção) Tipo II Tipo III (- retenção) 3. moldagem da superfície de apoio: pasta ZincoEnólica moldeira preparada vaselinar tudo levar moldeira repetir movimentos funcionais adicionar cera 7 no selado palatino posterior com objetivo de comprimir mais no molde Testes: Retenção: puxar o cabo para baixo Estabilidade: balançar o cabo para os lados Selado palatino: puxar o cabo para cima Inferior: 1. ajuste da moldeira individual região labial: tracionar o lábio ou a bochecha em 45º (movimentar de um lado para o outro) região bucal: ângulo distobucal (função do mm. masseter e bucinador) região sublingual: frênulo lingual inferior protrusão da língua ponta da língua na região post. do palato duro (retrusão) 2. realização do selado periférico – godiva de baixa fusão região/flanco sublingual: mm. genioglosso e mm. geniohióideo protrusão ponta da língua no palato mole região/flanco retrolingual: protrusão direita e esquerda influência na região distolingual região/flanco bucais: mm. bucinador tracionamento da musculatura ou sucção região/flanco labial: mm. orbicular da boca Julia G. K. mm. mentual tracionamento da musculatura ou sucção mm. depressor do lábio inferior mm. depressor do ângulo da boca RELAÇÃO INTERMAXILAR EM PT Planos de orientação: são bases provisórias confeccionadas sobre os modelos funcionais que tem objetivo de estabelecer e manter a altura em oclusão, fixar a RC, transferir as relações intermaxilares para um articulador e servir como base de provaAjuste em bloco: Plano de orientação: a) Região Anterior: verificação do suporte labial ajuste do contorno vestibular (aquecer a espátula e fazer o “desgaste” da cera – alisar - Corredor bucal: pequeno espaço entre a superfície vestibular dos dentes posteriores e a bochecha - Linha bipupilar b) Região Posterior Plano de camper: plano antropométrico (no crânio) que vai do tragus à asa do nariz Curvaturas relacionadas ao plano oclusal: curva de Spee e curva de Wilson Linhas de orientação: linha alta do sorriso (pedir p/ paciente sorrir alto e marcar onde será o lábio sup.) linha do canino linha média (medir com fio dental) Transferência do plano de orientação superior para o ASA: garfo para desdentado técnica “split-cast” DVO: distância entre 2 pontos, sendo um na maxila e outro na mandíbula, quando os dentes estão em contato - aumentada – invasão do EFL: contato na pronúncia comprometimento estético função mastigatória reduzida sensação de “boca-cheia” dor no rebordo (“vários” contatos prematuros) - reduzida: comprometimento estético função mastigatório reduzida fonética alterada quielite angular adaptação na ATM Métodos de registros da DVO: mensuração com compasso de Willians subjetivos: através da DVR (compasso na base do nariz até o mento) fonética (sons com “s” – sibilantes) deglutição Julia G. K. avaliação da estética facial (avaliação da harmonia facial) objetivos: proporções faciais combinação de métodos DVR: posição entre a maxila e a mandíbula quando a mandíbula está em uma posição postural de repouso EFL (espaço funcional livre): há variedade entre indivíduos (+- 2 a 3 mm) Relação Cêntrica: nos casos de PT, o registro interoclusal sempre é feito em RC manipulação pelo mento fixação dos planos de orientação (planos de orientação fixados em RC) Registros no plano de orientação superior: 1. Determinação do suporte labial 2. Posição das incisais dos dentes ântero-superiores em relação ao lábio superior em repouso 3. Orientação horizontal da porção antero-superior do roldete de cera (plano oclusal anterior) paralela à linha bipupilar e ao solo 4. Determinação do corredor bucal: deixar um espaço entre a região V posterior do roldete de cera e a mucosa da bochecha, bilateralmente 5. Orientação dos planos oclusais posteriores 6. Definição da linha média dos dentes artificiais de acordo com a linha média da face 7. Definição da linha correspondente à distal dos dentes caninos artificiais 8. Determinação da linha alta do sorriso que irá indicar a posição da cervical dos dentes anteriores de acordo com a altura do lábio superior em sorriso forçado 9. Escolha da cor dos dentes artificiais com o auxílio da escala específica dos mesmos Registros no plano de orientação inferior: o roldete de cera inferior deverá ser desgastado até coincidir com o roldete superior 1. Determinação da DVO por meio de associações de métodos clínicos 2. Determinada a DVO, realizar o desgaste do roldete inferior até atingir a DVO estabelecida Registros simultâneos nos planos de orientação superior e inferior: 1. Posicionamento horizontal da mandíbula para relação cêntrica (RC) 2. Travamento dos roldetes superior e inferior com grampos metálicos e aquecimento da cera lingual para união das mesmas 3. Adaptação do garfo de articulador para desdentados no roldete de cera superior e registro do arco facial 4. Montagem em articulador semi-ajustável dos modelos superior e inferior 5. Envio ao laboratório para montagem de todos os dentes artificiais em cera SELEÇÃO DOS DENTES ARTIFICIAIS O que selecionar: forma, tamanho e cor (de acordo com a pele, olhos, lábios, idade e sexo) Fatores a serem utilizados na seleção da cor dos dentes artificiais: presença de luz natural indireta evitar luz natural direta ou refletida desviar da interferência de cor de objetos próximos não demorar mais que 5 seg. olhando para a mesma cor utilizar um fundo azul para neutralizar a visão (quando a visão cansar, olhar para a cor azul) Características: Julia G. K. - Qualidade os dentes: baixo padrão (provisórios) médio padrão (bom) alto padrão (muito bom) - Forma: triangular, ovoide ou quadrada Triângulo estético de Nélson: o arco dental pode ser divido em triangular, ovoide ou quadrado conforme sua forma, e esta acompanha a mesma forma do rosto e do ICS - Altura: a altura dos incisivos corresponde a distância entre o tubérculo do lábio superior com o sorriso forçado até 1 a 2 mm abaixo do mesmo lábio em posição de repouso - Largura: Técnica da comissura – determina a distal dos caninos superiores na posição da comissura labial, quando em repouso muscular (largura dos 6 dentes ântero-superiores em curva) Tabela das medidas: largura e altura dos ICS largura dos 6 ântero-superiores em curva Sears: cúspides muito altas diminuem a estabilidade anatomia oclusal deve permitir uma boa trituração alimentar dentes posteriores devem orientar as forças mastigatórias e permitir o balanceamento bilateral satisfazer estética Gysi: maior inclinação cuspídea maior eficiência mastigatória menor a estabilidade (componente horizontal) O que é marcado no rodete de cera? 1. Linha mediana – face medial dos ICS 2. Linha dos caninos – face distas do CS 3. Linha alta do sorriso – região cervical dos dentes anteriores Para selecionar o modelo dos dentes artificiais: 1. Medir a distância entre as distais dos CS 2. Medir a distância entre linha alta do sorriso até a borda incisal do rodete de cera 3. Escolher qual das formas se aproxima mais da face e do rebordo do paciente MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS Cuidados: remover apenas a quantia de cera suficiente para acomodar o dente a ser montado montar primeiramente a bateria antero-superior Incisivo Central Superior: paralelo à linha mediana (mesial encostada na linha média) vestibular no nível do plano de cera cervical levemente para palatina incisal para vestibular Julia G. K. Incisivo Lateral Superior: mesial encostada na distal do ICS pelo ponto de contato vestibular ligeiramente recuada para a palatina cervical inclinada para distal e palatina incisal ligeiramente para palatina Canino Superior: mesial encostada na distal do ILS pelo ponto de contato vestibular segue o plano de cera cervical inclinada para distal e vestibular incisal ligeiramente para palatina 1º e 2º PM Superior: face mesial mantém o ponto de contato as cúspides vestibular e palatina tocam no plano inferior a inclinação do longo eixo é perpendicular ao plano oclusal tanto para o sentido vestíbulo- palatino como mésio-distal sobre a linha principal de suporte Incisivo Central Inferior: mesial encostada na linha média Incisivo Lateral Inferior: trespasse de ¼ na articulação com antagonista incisal ligeiramente para vestibular perpendicular ao plano oclusal Canino Inferior: cúspide nalinha de contato com ILS em ¼ de trespasse incisal inclinada para mesial no sentido vestíbulo-lingual ligeiramente para lingual 1º e 2º PM Inferior: cúspide vestibular do 1º PM interpõe-se entre o canino e o 1ºPM superior perpendicular ao longo eixo do plano oclusal 1º e 2º M Inferior: cúspide mésio-vestibular entre o 2º PM e o 1º M superior seguindo a linha principal de suporte chave de oclusão em classe I de angle PROVA DOS DENTES Verificação dos contatos: - Checar a oclusão: RC em DVO – em boca igual no articulador Oclusão Balanceada Bilateral: Lateralidade: em grupo no lado de trabalho lado de trabalho/balanceio – deve apresentar o maior número de contatos Protrusão: maior número de contatos anteriores e posteriores Abertura e fechamento: maior número de contatos possíveis em posterior (= normal) dentes anteriores quase sem contatos finalidade: estabilização da prótese - Testes fonéticos: conversar normalmente as prótese não devem: bater, impedir emissão de sons, emitir sons sibilantes, soltar - Testes estéticos: sorriso discreto, sorriso amplo Julia G. K. - Seleção da cor da gengiva: monocromática; caracterização da gengiva (tomas gomes) Ceroplastia: quanto mais livre de retenções a ceroplastia, mais fácil a higienização do paciente deixar côncava a região interna da prótese (espaço para a língua) bossa canina PROCESSAMENTO DA PRÓTESE TOTAL 1. Inclusão: o modelo funcional dentro de uma mufla para substituir a cera (ceroplastia) e a base de prova por uma resina termopolimerizável Cuidados: antes de remover os modelos do articulador, deixá-los em oclusão e vazar cera utilidade na região das bordas para evitar posicionamento incorreto Adaptação do modelo na mufla: verificar o tamanho do modelo isolar a mufla com vaselina evitar o desgaste do modelo afim de conseguir o retorno ao articulador Inclusão na mufla: preencher com gesso pedra tipo III deixar a superfície do mesmo expulsiva não deixar resíduos de gesso sobre a emenda da mufla Muralha: objetivo – não ter a movimentação dos dentes pode ser realizada com gesso pedra tipo IV (fina camada) ou silicona p/ este fim (Zetalabor) adaptar a contra-mufla isolada sobre a mufla deixar aparecendo os dentes na ponta de cúspide preenchimento da contra-mufla: com gesso pedra tipo III somente após a presa do material da muralha 2. Prensagem: fazer perfurações na base dos dentes quando abrir a mufla Isolar o modelo funcional e a região correspondente à muralha e proximidades Verificar a necessidade ou não de caracterização de base ou somente a cor monocromática Preparar a resina acrílica termopolimerizável de acordo com as instruções do fabricante Prensa: manter o conjunto sob a prensa até a cristalização final do gesso Abertura da mufla: aquecimento por fonte de calor água quente (65º) e micro-ondas (45” em potência máx.) soltar os parafusos e abrir a mufla lavar com água quente – eliminar a cera Perfurações: retenções em baixa rotação – cuidar com o aprofundamento após o término limpar bem os dentes e o gesso isolar o gesso com isolante, sem encostar nos dentes Caracterização de base: Cores pré-fabricadas (Classico / Vip) Técnica de Tomaz Gomes Acréscimo de corante (resina) de acordo com a cor selecionada Resina acrílica termopolimerizável Julia G. K. 3. Polimerização: a) Convencional – mufla convencional e água aquecida lentamente (9 horas) até 60-70º - eleva- se a temperatura por mais 30 min - 12 horas de descanso b) Micro-ondas – mufla especial e aparelho de micro-ondas (900 W de potência) 3 min a potência 30% 4 min a potência 0% (desligado) 4 min a potência 50% abrir a mufla somente 1:30h depois 4. Demuflagem: remoção do conjunto prensado e polimerizado da mufla cuidar para não quebrar a prótese usar serrinha e alicate específico para este fim remover o gesso usado na inclusão não separar a prótese do modelo para acabamento Acabamento e Polimento das PT: Fatores a serem analisados: - Vazamento do gesso: proteção de bordas 3 a 4 mm da borda moldada; 1 cm de espessura gesso pedra - Tamanho do modelo funcional antes da mufla (altura e largura) 1º Estágio: Acabamento inicial fresas de corte grosso ou médio e tiras de lixa ou borrachas específicas não encostas nas bordas apenas renovar a resina pertinente ao excesso sobre a proteção de bordas 2º Estágio: Torno de polimento – manter a espessura e anatomia da borda da PT escovas, feltro e flanela pedra pomes e branco de espanha INSTALAÇÃO E CONSERTOS DE PRÓTESE TOTAL Instalação da PT no paciente: alertar sobre os 3 períodos – adaptação 1. período inicial: a resiliência da mucosa pode agir contra a fixação da PT (o uso contínuo nos 1os dias favorece a remodelação da mucosa e fixação da PT) 2. período sobre a mucosa 3. remodelação - Adaptação Periférica: observar zona de selamento periférico freios e bridas (compreensão) Antes da instalação: inspecionar tátil e visual a base da prótese, para detectar irregularidades que possam traumatizar a mucosa (remoção e polimento) observar a inserção da prótese, sua adaptação frente a estruturas como freios e bridas e áreas de sobre contorno (prótese longa) - Requisitos Oclusais: contato posterior bilateral (máximo de contatos) Lateralidade: lado de trabalho – desoclusão em grupo lado de balanceio – máximo de contatos possíveis (exceto em anteriores) Protrusão: máximo de contatos possíveis - Estética: 1m do espelho (sulcos genianos, volume de lábio) 1ª impressão: inicialmente a sensação é de que a PT está frouxa (“boca cheia”) pode ter ânsia/náusea – deixar a língua ocupada com bala ou pastilha Julia G. K. a quantidade de saliva pode aumentar nos primeiros dias dificuldade para deglutir dentes – longos - Fonética: alteração inicial dos sons sibilantes (“s”) treinamento (“fisioterapia”): leitura em voz alta (falar) e comer - Alimentação: orientar a comer alimentos macios e em pequenas porções (ex: arroz – bom) evitar alimentos adesivos (ex: pão, bolacha, torrada – ruim) - Sensibilidade: inicialmente gengiva dolorida, pontos de pressão, morder a língua e bochecha - Higienização: orientar a higiene (da PT e gengiva) criteriosa – alertar dos riscos não dormir com a prótese – deixar em um copo com água morna com pastilha limpar com escova específica e detergente neutro – evitar materiais abrasivos não usar água quente (água do banho) - Fixadores: (ex: corega, fixodent, protefix) Indicações: PT inferiores, rebordos reduzidos, ocasiões especiais Duração do trabalho: (emmédia 5 anos – não dizer ao paciente para não criar expectativas) depende: grau de retenção cuidados gerais por parte do paciente consultas de retorno reembasamento consertos: trincas – com peça de mão aumentar a trinca, sem atravessar e preencher o acrílico quebrado dente lascado – remover o dente e substituir por dente de estoque Ajustas com cautela, utilizar a maxicut de corte mais fino e borrachas Poucos ajustes na consulta de instalação Ajustes maiores nas consultas de acompanhamento Evitar áreas de bordas e sempre polir Split Cast ou Remontagem: observar os passos laboratoriais - como por ex.: como se prepara o articulador, o biselamento do modelo, em que etapa é confeccionada e sua finalidade: remover os contatos prematuros provenientes das alterações dimensionais ocorridas no processo de inclusão, prensagem e polimerização PRÓTESE TOTAL IMEDIATA: prótese instalada logo após a extração dos dentes Anamnese confecção da PT cirurgia (exodontias) reembasamento com resina resiliente instalação proservação Indicação: sempre que houver indicação de extração de dentes remanescentes, o paciente pode se beneficiar das vantagens que a PT imediata pode proporcionar - dentes remanescentes não suportam mais uma PPR - doença periodontal (dentes não tem mais o suporte ósseo) - pacientes que vão fazer enxertos e/ou implantes Contraindicações: - pacientes em estados físicos e/ou psíquicos que não suportariam a cirurgia - casos patológicos: grande remoção de tecido Julia G. K. - paciente não entende dificuldades e limitações - quando o CD não estiver apto a realizar a PT imediata Vantagens: Anatômicas: impede a perda imediata da DVO (fazer registro com compasso de Willis) minimiza as alterações da ATM evita o espraiamento lingual (expansão horizontal da língua) impede o colapso labial e o afundamento das bochechas Funcionais: permite que os músculos afetados continuem funcionando em posições normais facilita a mastigação e a fala controle da hemorragia Psicológicas: equilíbrio emocional – evita o “bulling” (sem dentes) não interrupção das atividades sociais facilita a decisão de sacrificar dentes naturais e ganhar dentes novos reduz transtornos – paciente edentado para usuário de prótese Estéticas: impede o colapso facial arqueamento da linha de selamento dos lábios e comissuras melhora o aspecto estético do paciente (tira aspecto de envelhecimento e tristeza) transição menos perceptível dos dentes naturais para os artificiais Desvantagens: número de visitas para ajustes maior custo trocar após 3 meses prova estética dificultada adesão diminuída – local das extrações reembasamento para compensar a contração cicatricial - retração / reabsorção dificuldade de mastigação necessidade em muitos casos de uso de pastas fixadoras Sequência técnica de confecção: 1ª consulta: 1. Moldagem preliminar moldagem anatômica modelo anatômico 2ª consulta: planos de orientação 2. Técnica mista de moldagem (áreas dentadas com alginato e desdentadas com pasta zinco enólica) modelo de trabalho 3ª consulta: 3. Exame clínico + Rx panorâmica e periapicais + Fotografias do paciente (frente/perfil) 4. Moldagem funcional (pasta zinco enólica) vedamento periférico vedamento posterior 5. Reposicionamento da moldeira em boca moldagem com alginato modelo funcional 6. Cortar o alginato sobreposto expor contorno da godiva 7. Rodete de cera registro em cera 8. Avaliar DVO e estética – suporte labial, altura incisal, linha média, tomada de cor - avaliação e determinação da DVO - definir plano oclusal - registro intermaxilar em boca – objetivos: determinar a posição da maxila montagem do modelo superior montagem do modelo inferior 12. Montagem em ASA 4ª consulta: fase laboratorial Julia G. K. 13. Em laboratório (acrilização): remoção dos dentes no modelo de gesso montagem dos dentes em cera ceroplastia (região palatina e de gengiva artificial) acrilização inclusão na mufla acabamento e polimento (confecção de guia cirúrgico = vai auxiliar na fase cirúrgica e posterior adaptação da prótese) 14. Prova dos dentes acrilagem prótese pronta selecionar a cor da gengiva repassar informações ao técnico 5ª consulta: fase cirúrgica 15. Exodontias (verificar áreas isquêmicas com guia cirúrgico, excesso de tecido e suturas) Alguns casos são realizadas em 2 etapas: 1º dentes posteriores – aguarda cicatrização inicial 2º dentes anteriores – momento da instalação 16. Instalação da PT imediata 17. Paciente retorna após 10 dias para remoção de pontos Prova Ajuste (fundo de vestíbulo; discrepâncias oclusais) Reembasamento REEMBASAMENTO: todo procedimento que permite ajustar a base de uma prótese aos tecidos que lhe dão assento, mediante a interposição de material que passa a formar parte da base Indicação: após prótese totais imediatas após cirurgia de enxerto e implante – soft condições patológicas condições financeiras Imediatos: feitos no consultório em resina acrílica quimicamente ativadas ou silicones (resistentes) Mediatos: feitos no laboratório com resina acrílica termicamente ativadas Diretos: com materiais soft Indiretos: repete-se fase de programação de bordos e moldagem com pasta zinco enólica Temporários: PT imediata; após cirurgias Longa duração: somente em casos em que as relações intermaxilares estão corretas estética apropriada bom estado da prótese Orientações: 24 horas: prescrição medicamentosa, compressa e dieta líquida não deve remover a prótese nas 1as 24h (pode não conseguir recolocar) se houver presença de ulcerações ajustar a PTI instruir quanto ao uso de enxaguatórios e higienização iniciar alimentação “macia” e gradativamente voltar a rotina orientar quanto ao uso de pastas fixadoras 30 dias o condicionador de tecido deverá ser trocado pelo menos a cada 15 dias Após 4 a 6 semanas: pode utilizar material reembasado rígido direto na boca Após 3 a 6 meses (1 ano): pode-se realizar a troca da prótese ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ *Revisão*: Registros Maxilo-Mandibulares Julia G. K. Relação Intermaxilar: pode ser visualizada no plano vertical (DV) e no plano horizontal/sagital (RC) – a mandíbula se posiciona em nível vertical e horizontal na maxila Dimensão Vertical (DV): distância entre 2 pontos arbitrários – 1 na maxila e 1na mandíbula (sentido vertical) Classificação: a) DVO: relação intermaxilar estabelecida quando os dentes estão em contato b) DVR: relação intermaxilar em que a mandíbula está em posição fisiológica de repouso (mm. elevadores e abaixadores em equilíbrio) c) EFL: distância intermaxilar que corresponde ao deslocamento da mandíbula da posição de DVR a DVO, ou seja: EFL = DVR - DVO * EFL ideal: +- 2 a 4 mm EFL insuficiente: os dentes tocam durante a pronúncia e provoca cansaço nos mm. mastigadores (DVR << DVO) EFL aumentada: estética prejudicada e pronúncia sibilante (DVR >> DVO) Julia Grimberg Kohane