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ECI 010 – Estradas I Superelevação Prof. Rachel Russo Seydell Superelevação é a inclinação transversal da pista na curva a fim de compensar a força centrífuga desenvolvida nos veículos e dificultar a derrapagem Superelevação (sobrelevação) é a inclinação transversal da pista que cria uma componente do peso do veículo em direção ao centro da curva que, somada à força de atrito, produzirá a força centrípeta necessária para compensar a força centrífuga e = f ( raio, velocidade do veículo) Superelevação Veículo em trecho reto com velocidade constante – movimento retilíneo uniforme – resultante das forças que atuam sobre ele é nula Em curva, é preciso que haja uma força em direção ao centro da curva (força centrípeta), senão o veículo continuará percorrendo uma trajetória em linha reta, por inércia Superelevação Se a pista na curva for transversalmente horizontal – força centrípeta resultará da força de atrito ao girar a direção e colocar os pneus em posição que gera uma força de reação sobre eles Fc = m . V2 Fat = N . f R Fc = força centrípeta necessária Fat = força de atrito disponível Superelevação N = constante f = coef. de atrito transversal pneu/pavimento f aumenta até um certo ponto e pode não ser suficiente para gerar a força centrípeta necessária, principalmente se a velocidade for alta ou o raio da curva for pequeno. Portanto, chega-‐se a um coeficiente de atrito máximo – ou seja, na iminência de escorregamento! Superelevação Com a curva superelevada, o peso é decomposto em duas forças: * Uma força perpendicular à pista è neutralizada pela força normal N * Uma força paralela à pista è força centrípeta e = tg α e = superelevação, em % Superelevação Atrito e força centrifuga Visando minimizar o impacto negativo dos fatores inerentes aos trechos curvos, são introduzidos os conceitos de superelevação e introduzidos os conceitos de superelevação e de superlargura. Tg αααα = e g ( e + f) = V2 R Com g = 9,81 e V em km/h: e + f = V2 127 R Relação entre Superelevação e Raio g . e + g . f = V2 = Ac (aceleração centrípeta) R Ac = força centrípeta / massa do veículo Fc = m V2 R Ac é formada por duas parcelas: g . e + g . f Raio mínimo Rmin = Vp2 127 . (emax + fmax) Para curvas com ângulo de deflexão (AC) muito pequeno (até 5o), para que o desenvolvimento D não fique muito curto, o raio deve ser aumentado (benefício estético e altera muito pouco a posição do traçado DNIT estabelece: D = 30 . (10 – AC) D (m); AC (graus) Raio mínimo emax è por razões de segurança Curvas em aclives acentuados com superelevação muito alta: caminhões pesados, com CG alto, a baixa velocidade ou parados, podem deslizar para o centro da curva ou tombar Valores máximos de e (AASHTO) em função de: Valores Limites de Superelevação * Condições climáticas (chuva, neve ou gelo) * Topografia do local * Localização (urbana ou rural) * Velocidade média do tráfego Rodovias rurais ou urbanas com Vp alta è emax 10 a 12% Regiões sujeitas a neve ou gelo è emax 8% Com congestionamento ou tráfego lento è emax 4 a 6% Em interseções em nível e canalizações è e pode ser desprezada Valores Limites de Superelevação e = 0% (valor teórico) * Na prática, usa-‐se uma pequena inclinação para escoamento de águas superficiais Valores Limites de Superelevação Raio mínimo para emáx Cálculo da superelevação a ser adotada (eR) Determinar a superelevação a ser adotada numa concordância horizontal com raio de curva circular R=214,88m, no projeto de uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, rodovia nova, em região de relevo ondulado, na Classe II do DNER. * f depende do tipo e condições de pavimentos e pneus Experimentos da AASHTO determinam o maior valor de f que não causa ao motorista a sensação de escorregamento (iminência) e mostram que fmax diminui com o aumento da velocidade Vp (km/h) 30 40 50 60 70 80 fmax 0,17 0,17 0,16 0,15 0,15 0,14 Valores máximos de f Vp (km/h) 90 100 110 120 fmax 0,13 0,12 0,10 0,09 Ou pelas equações: fmax = 0,24 – Vp/800 p/ Vp ≥ 80 km/h fmax = 0,188 – Vp/1667 p/ Vp < 80 km/h Valores máximos de f 1) Calcular o menor raio que pode ser usado com segurança em uma curva horizontal de rodovia, com velocidade Vp = 60 km/h, em imediações de cidade Rmin = V2 127 (emax + fmax) emax = 0,06 Item 6.2 ParaVp = 60 km/h fmax = 0,15 Tab. 6.1 Superelevação -‐ Exercícios 2) Em uma estrada onde a superelevação máxima é 10%, tem-‐se uma curva horizontal de raio 360 m. Qual é a maior velocidade que esta curva permite com segurança e conforto? Ver Tab. 6.1 Exercícios 3) Calcular a superelevação no trecho circular (figura), pelo método da AASHTO Vp = 100 km/h emax = 10% Exercícios 4) Para a curva do exercício anterior, calcular o coeficiente de atrito que está sendo efetivamente utilizado § Para a condição de maior conforto, qual será a superelevação e o coeficiente de atrito? Exercícios