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FÍSICA I PRÉ-VESTIBULAR 309SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 15 FORÇA CENTRÍPETA INTRODUÇÃO Vimos em Movimento Circular que os corpos, para manterem o seu movimento, sofrem uma aceleração chamada de aceleração centrípeta, que aponta sempre para o centro da trajetória. Caso seu movimento seja acelerado, haverá também uma aceleração tangencial, e caso seja um movimento circular uniforme, haverá somente aceleração centrípeta. Devido à existência desta aceleração centrípeta e aplicando a segunda lei de Newton (força é igual ao produto da massa pela aceleração), teremos uma força dirigida para o centro. Esta força é denominada força centrípeta e sempre aparece em corpos que realizam um movimento cuvilíneo. Pela 1ª Lei de Newton, quando a força resultante sobre um corpo é nula, este executa um movimento retilíneo uniforme ou se mantém em repouso. Portanto, para executar um movimento circular, mesmo que uniforme, é necessário uma resultante diferente de zero, apontando para o centro, responsável por alterar a direção da velocidade. Logo, a força centrípeta é uma resultante de forças. Existem três expressões que nos permitem calcular a força ou resultante centrípeta, onde R é o raio da curva no ponto considerado. 2 cp cp cp mvF m a F R = ⋅ → = ou ainda Fcp = ω 2R EXEMPLOS PRÁTICOS DA FORÇA CENTRÍPETA PÊNDULO SIMPLES PÊNDULO COMPOSTO OU PÊNDULO CÔNICO Podemos calcular o módulo da velocidade da seguinte maneira Cp 2 2 F tan( ) P mVm g tan( ) R V R g tan( ) * V R g tan( ) θ = ⋅ ⋅ θ = = ⋅ ⋅ θ = ⋅ ⋅ θ Agora podemos calcular o módulo da velocidade angular: Lembrando que V = ω · R 2 2 ( R) R g tan( ) * R g tan( ) g tan( ) R ω⋅ = ⋅ ⋅ θ ω = ⋅ θ ⋅ θ ω = Sendo T o período, podemos calcula-lo: Lembrando que 2 T π ω = RT 2 g tan( ) = π ⋅ θ Essas relações não devem ser decoradas, o importante são as deduções, é o caminho matemático e o raciocínio envolvido que devem ser observados e fixados, não as equações. PRÉ-VESTIBULAR310 FÍSICA I 15 FORÇA CENTRÍPETA SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO ESTRADA EM DEPRESSÃO E LOMBADA Retilíneo N = P N1 = m . g Depressão Vamos considerar um automóvel com módulo da velocidade constante. CP CP 2 II N P F N P F m VN m g R − = = + ⋅ = ⋅ + Lombada CP CP CP 2 III P N F P F N N P F m VN m g R − = − = = − ⋅ = ⋅ − Perceba que o módulo da força normal é máximo na depressão e mínimo na lombada, entre essas comparações acima. NII > NI > NIII Não é necessário decorar essas relações, deve-se prestar atenção ao passo-a-passo para chegar nessas conclusões. GLOBO DA MORTE R P ac N v cpF P N= + VELOCIDADE MÍNIMA PARA REALIZAR O LOOPING R P �� No caso limite a moto perde o contato com o globo. (N O)= cpF P= m 2v m R = g v Rg= A velocidade mínima para o looping depende apenas do raio. GRAVIDADE SIMULADA Quando colocamos água num copo e giramos rapidamente, percebemos que a água não derrama. A ideia aqui é bem parecida, ao colocarmos uma pessoa dentro de uma nave em um lugar sem gravidade, podemos girar a nave a uma velocidade angular tal que a força normal tenha mesmo módulo que a força gravitacional de um planeta de gravidade conhecida, quando isso acontece, simulamos a gravidade desse planeta. Abaixo equacionamos a relação entre a velocidade angular, a gravidade que se deseja simular e o raio da curva, g R ω = Velocidade Máxima em curva horizontal Qual a velocidade máxima que podemos fazer uma curva plana sem derrapar? Com nossos conhecimentos sobre atrito é fácil de responder, sabemos que para um objeto deslizar sobre outro é preciso superar a força de atrito estático máxima, nesse caso, vemos na imagem abaixo que a força que aponta para o centro da trajetória é a força de atrito, como queremos descobrir a velocidade máxima, temos que considerar a iminência de deslize, ou seja, a força de atrito estático máximo. PRÉ-VESTIBULAR 15 FORÇA CENTRÍPETA 311 FÍSICA I SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO No eixo vertical N = P N = m · g No eixo horizontal CP at 2 e Máx 2 e e F F m V N R m V m g R V g R = ⋅ = µ ⋅ ⋅ = µ ⋅ ⋅ = µ ⋅ ⋅ Curva circular em pista sobrelevada sem atrito (Pista Inclinada) Considere que a aceleração da gravidade tenho módulo g, não há influência do ar, a) Qual deve ser a velocidade do móvel para que atue sobre ele apenas as forças peso e a normal? b) Qual deve ser a inclinação da pista para que em uma velocidade V a segurança do veículo na curva não dependa do atrito? cpF N sen= θ As duas perguntas possuem resposta pelo mesmo caminho matemático a) Cp Cp 2 F tan( ) ; P tan( ) F P mVm g tan( ) V R g tan( ) R α = α = ⋅ ⋅ α = ⇒ = ⋅ ⋅ α b) 2 2 Cp mV F VRtan( ) tan( ) P m g g R α = = ⇒ α = ⋅ ⋅ Rotor cp cpF ou R N= A construção de uma curva deve ser feita baseada nos limites de segurança para os passageiros. Ao ser planejada, ela deve proporcionar uma aceleração confortável dentro dos limites de velocidade permitidos na via. Este procedimento da engenharia é explorado na questão baseada em aceleração centrípeta. PROEXPLICA 01. (PUCRJ) Um bloco de massa 0,50 kg está preso a um fio ideal de 40 cm de comprimento cuja extremidade está fixa à mesa, sem atrito, conforme mostrado na figura. Esse bloco se encontra em movimento circular uniforme com velocidade de 2,0 m/s. Sobre o movimento do bloco, é correto afirmar que: a) como não há atrito, a força normal da mesa sobre o bloco é nula. b) o bloco está sofrendo uma força resultante de módulo igual a 5,0 N. c) a aceleração tangencial do bloco é 10 m/s2. d) a aceleração total do bloco é nula pois sua velocidade é constante. e) ao cortar o fio, o bloco cessa imediatamente o seu movimento. Resolução: B Avaliação das alternativas: [a] (Falsa) A força normal não é nula, pois o bloco está apoiado sobre ela. [b] (Verdadeira) No movimento circular uniforme a força resultante é a força centrípeta, então: ( )22 r c r r r 0,5 kg 2 m / sm vF F F F F 5 N R 0,4 m ⋅⋅ = ⇒ = ⇒ = ⇒ = [c] (Falsa) A aceleração tangencial é igual a zero, pois a única aceleração é a centrípeta no MCU. [d] (Falsa) A aceleração total do bloco é igual à centrípeta que é 2 2 2 c v 2a 10 m / s R 0,4 = = = [e] (Falsa) Ao cortar o fio, o bloco sai pela tangente da curva devido à inércia de movimento. EXERCÍCIO RESOLVIDO PRÉ-VESTIBULAR312 FÍSICA I 15 FORÇA CENTRÍPETA SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 02. (PUCSP) Um automóvel de massa 800 kg, dirigido por um motorista de massa igual a 60 kg, passa pela parte mais baixa de uma depressão de raio = 20 m com velocidade escalar de 72 km/h. Nesse momento, a intensidade da força de reação que a pista aplica no veículo é: (Adote g = 10m/s2). a) 231512 N b) 215360 N c) 1800 N d) 25800 N e) 24000 N Resolução: D Dados: r = 20 m; v = 72 km/h = 20 m/s; m = (800 + 60) = 860 kg e g = 10 m/s2. Sendo FN a força de reação da pista e P o peso do conjunto, analisando a figura, temos que a resultante centrípeta é: RC = FN – P ⇒ FN = RC + P ⇒ FN = 22 N 860 (20)mv m g F 860 (10) 17.200 8.600 r 20 + ⇒ = + = + ⇒ FN = 25.800 N. PROTREINO EXERCÍCIOS 01. Uma esfera com massa igual a 90 gramas é presa a um fio inextensível e gira no plano horizontal, produzindo um movimento circular uniforme de raio 49 centímetros sob ação de uma força resultante centrípeta de módulo 9 N. Calcule a velocidade, em m/s, com que a esfera se afastará caso o fio se rompa. 02. A imagem abaixo mostra uma esfera de 200 gramas que desliza em movimento circular uniforme sobre uma mesa horizontal, sem atrito, presa a um pino fixo no centro da mesa por um fio ideal de comprimento L = 0,5 m. Calcule a tração, em N, no fio quando a velocidade angular da esfera for de 10 rad/s. 03. Um motociclista de 50 kg passa por um viaduto em forma de arco de raio 10 metros com sua moto de 150 kg. Calcule o módulo da força normal, em N, que atua no motociclista ao passar pelo topo da pista com velocidade de 21,6 km/h. Adote g = 10 m/s² 04. Um carro de competição de 650 kg se desloca em movimentocircular uniforme em um plano horizontal de raio 57,6 m em uma pista sobrelevada sem atrito cujo o ângulo de sobrelevação é θ = 45°. Calcule o módulo da velocidade do carro para que ele se mantenha nesse plano. Adote g = 10 m/s² 05. Em uma viagem interestelar, deseja-se construir uma nave espacial com uma seção rotacional para simular, por efeitos centrífugos, a gravidade terrestre, aproximadamente 10 m/s². A seção foi projetada para girar a uma velocidade angular de 0,4 rad/s, calcule o raio da seção, em metros, para que a gravidade terrestre seja alcançada. PROPOSTOS EXERCÍCIOS 01. (ENEM) Uma criança está em um carrossel em um parque de diversões. Este brinquedo descreve um movimento circular com intervalo de tempo regular. A força resultante que atua sobre a criança a) é nula. b) é oblíqua à velocidade do carrossel. c) é paralela à velocidade do carrossel. d) está direcionada para fora do brinquedo. e) está direcionada para o centro do brinquedo. 02. (ENEM) O Brasil pode se transformar no primeiro país das Américas a entrar no seleto grupo das nações que dispõem de trens-bala. O Ministério dos Transportes prevê o lançamento do edital de licitação internacional para a construção da ferrovia de alta velocidade Rio-São Paulo. A viagem ligará os 403 quilômetros entre a Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro da capital paulista, em uma hora e 25 minutos. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 14 jul. 2009. PRÉ-VESTIBULAR 15 FORÇA CENTRÍPETA 313 FÍSICA I SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO Devido à alta velocidade, um dos problemas a ser enfrentado na escolha do trajeto que será percorrido pelo trem é o dimensionamento das curvas. Considerando-se que uma aceleração lateral confortável para os passageiros e segura para o trem seja de 0,1 g, em que g é a aceleração da gravidade (considerada igual a 10 m/s2), e que a velocidade do trem se mantenha constante em todo o percurso, seria correto prever que as curvas existentes no trajeto deveriam ter raio de curvatura mínimo de, aproximadamente, a) 80 m. b) 430 m. c) 800 m. d) 1.600 m. e) 6.400 m. 03. (UERJ) Um carro de automobilismo se desloca com velocidade de módulo constante por uma pista de corrida plana. A figura abaixo representa a pista vista de cima, destacando quatro trechos: AB, BC, CD e DE. A força resultante que atua sobre o carro é maior que zero nos seguintes trechos: a) AB e BC b) BC e DE c) DE e CD d) CD e AB 04. (UNESP) A figura representa, de forma simplificada, o autódromo de Tarumã, localizado na cidade de Viamão, na Grande Porto Alegre. Em um evento comemorativo, três veículos de diferentes categorias do automobilismo, um kart (K), um fórmula 1 (F) e um stock-car (S), passam por diferentes curvas do circuito, com velocidades escalares iguais e constantes. As tabelas 1 e 2 indicam, respectivamente e de forma comparativa, as massas de cada veículo e os raios de curvatura das curvas representadas na figura, nas posições onde se encontram os veículos. TABELA 1 TABELA 2 Veículo Massa Curva Raio kart M Tala Larga 2R fórmula 1 3M do Laço R stock-car 6M Um 3R Sendo FK, FF e FS os módulos das forças resultantes centrípetas que atuam em cada um dos veículos nas posições em que eles se encontram na figura, é correto afirmar que a) FS < FK < FF. b) FK < FS < FF. c) FK < FF < FS. d) FF < FS < FK. e) FS < FF < FK. 05. (EEAR) Uma criança gira no plano horizontal, uma pedra com massa igual a 40 g presa em uma corda, produzindo um Movimento Circular Uniforme. A pedra descreve uma trajetória circular, de raio igual a 72 cm, sob a ação de uma força resultante centrípeta de módulo igual a 2 N. Se a corda se romper, qual será a velocidade, em m/s, com que a pedra se afastará da criança? Obs.: desprezar a resistência do ar e admitir que a pedra se afastará da criança com uma velocidade constante. a) 6 b) 12 c) 18 d) 36 06. (MACKENZIE) Uma esfera de massa 2,00 kg que está presa na extremidade de uma corda de 1,00 m de comprimento, de massa desprezível, descreve um movimento circular uniforme sobre uma mesa horizontal, sem atrito. A força de tração na corda é de 18,0 N, constante. A velocidade de escape ao romper a corda é a) 0,30 m/s b) 1,00 m/s c) 3,00 m/s d) 6,00 m/s e) 9,00 m/s 07. (FUVEST) O pêndulo de um relógio é constituído por uma haste rígida com um disco de metal preso em uma de suas extremidades. O disco oscila entre as posições A e C, enquanto a outra extremidade da haste permanece imóvel no ponto P. A figura abaixo ilustra o sistema. A força resultante que atua no disco quando ele passa por B, com a haste na direção vertical, é (Note e adote: g é a aceleração local da gravidade.) a) nula. b) vertical, com sentido para cima. c) vertical, com sentido para baixo. d) horizontal, com sentido para a direita. e) horizontal, com sentido para a esquerda. 08. (IBMECRJ) Um avião de acrobacias descreve a seguinte trajetória descrita na figura abaixo: PRÉ-VESTIBULAR314 FÍSICA I 15 FORÇA CENTRÍPETA SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO Ao passar pelo ponto mais baixo da trajetória a força exercida pelo banco da aeronave sobre o piloto que a comanda é: a) igual ao peso do piloto. b) maior que o peso do piloto. c) menor que o peso do piloto. d) nula. e) duas vezes maior do que o peso do piloto. 09. (UNESP) Uma garota de 50 kg está brincando em um balanço constituído de um assento e de uma corda ideal que tem uma de suas extremidades presa nesse assento e a outra, em um saco de areia de 66 kg que está apoiado, em repouso, sobre o piso horizontal. A corda passa por duas roldanas ideais fixas no teto e, enquanto oscila, a garota percorre uma trajetória circular contida em um plano vertical de modo que, ao passar pelo ponto A, a corda fica instantaneamente vertical. Desprezando a resistência do ar e a massa do assento, considerando g = 10 m/s2 e as informações contidas na figura, a maior velocidade, em m/s, com a qual a garota pode passar pelo ponto A sem que o saco de areia perca contato com o solo é igual a a) 2 b) 5 c) 3 d) 4 e) 1 10. (ESPCEX) Uma partícula com carga elétrica negativa igual a -10-8 C encontra-se fixa num ponto do espaço. Uma segunda partícula de massa igual a 0,1 g e carga elétrica positiva igual a +10-8 C descreve um movimento circular uniforme de raio 10 cm em torno da primeira partícula. Considerando que elas estejam isoladas no vácuo e desprezando todas as interações gravitacionais, o módulo da velocidade linear da partícula positiva em torno da partícula negativa é igual a Dado: considere a constante eletrostática do vácuo igual a 2 9 2 N m9 10 . C ⋅ ⋅ a) 0,3 m/s b) 0,6 m/s c) 0,8 m/s d) 1,0 m/s e) 1,5 m/s 11. (IFCE) Considere a figura a seguir, na qual é mostrado um piloto acrobata fazendo sua moto girar por dentro de um “globo da morte”. Ao realizar o movimento de loop dentro do globo da morte (ou seja, percorrendo a trajetória ABCD mostrada acima), o piloto precisa manter uma velocidade mínima de sua moto para que a mesma não caia ao passar pelo ponto mais alto do globo (ponto “A”). Nestas condições, a velocidade mínima “V” da moto, de forma que a mesma não caia ao passar pelo ponto “A”, dado que o globo da morte tem raio R de 3,60 m é (Considere a aceleração da gravidade com o valor g = 10 m/s2.) a) 6 km/h b) 12 km/h c) 21,6 km/h d) 15 km/h e) 18 km/h 12. (MACKENZIE) O pêndulo cônico da figura abaixo é constituído por um fio ideal de comprimento N e um corpo de massa m = 4,00 kg preso em uma de suas extremidades e a outra é fixada no ponto P, descrevendo uma trajetória circular de raio R no plano horizontal. O fio forma um ângulo θ em relação a vertical. Considere: g = 10,0 m/s2; senθ = 0,600; cosθ = 0,800. A força centrípeta que atua sobre o corpo é a) 10,0 N b) 20,0 N c) 30,0 N d) 40,0 N e) 50,0 N 13. (UNESP) Em um edifício em construção, João lança para José um objeto amarradoa uma corda inextensível e de massa desprezível, presa no ponto O da parede. O objeto é lançado perpendicularmente à parede e percorre, suspenso no ar, um arco de circunferência de diâmetro igual a 15 m, contido em um plano horizontal e em movimento uniforme, conforme a figura. O ponto O está sobre a mesma reta vertical que passa pelo ponto C, ponto médio do segmento que une João a José. O ângulo θ, formado entre a corda e o segmento de reta OC, é constante. Considerando g = 10,0 m/s2; senθ = 0,6; cosθ = 0,8 e desprezando a resistência do ar, a velocidade angular do objeto, em seu movimento de João a José, é igual a a) 1,0 rad/s b) 1,5 rad/s c) 2,5 rad/s d) 2,0 rad/s e) 3,0 rad/s 14. (UNESP) Em um show de patinação no gelo, duas garotas de massas iguais giram em movimento circular uniforme em torno de uma haste vertical fixa, perpendicular ao plano horizontal. Duas fitas, F1 e F2, inextensíveis, de massas desprezíveis e mantidas na horizontal, ligam uma garota à outra, e uma delas à haste. PRÉ-VESTIBULAR 15 FORÇA CENTRÍPETA 315 FÍSICA I SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO Enquanto as garotas patinam, as fitas, a haste e os centros de massa das garotas mantêm-se num mesmo plano perpendicular ao piso plano e horizontal Considerando as informações indicadas na figura, que o módulo da força de tração na fita F1 é igual a 120 N e desprezando o atrito e a resistência do ar, é correto afirmar que o módulo da força de tração, em newtons, na fita F2 é igual a a) 120. b) 240. c) 60. d) 210. e) 180. 15. (UNESP) Curvas com ligeiras inclinações em circuitos automobilísticos são indicadas para aumentar a segurança do carro a altas velocidades, como, por exemplo, no Talladega Superspeedway, um circuito utilizado para corridas promovidas pela NASCAR (National Association for Stock Car Auto Racing). Considere um carro como sendo um ponto material percorrendo uma pista circular, de centro C, inclinada de um ângulo α e com raio R, constantes, como mostra a figura, que apresenta a frente do carro em um dos trechos da pista. Se a velocidade do carro tem módulo constante, é correto afirmar que o carro a) não possui aceleração vetorial. b) possui aceleração com módulo variável, direção radial e no sentido para o ponto C. c) possui aceleração com módulo variável e tangente à trajetória circular. d) possui aceleração com módulo constante, direção radial e no sentido para o ponto C. e) possui aceleração com módulo constante e tangente à trajetória circular. 16. (FGV) Em um dia muito chuvoso, um automóvel, de massa m, trafega por um trecho horizontal e circular de raio R. Prevendo situações como essa, em que o atrito dos pneus com a pista praticamente desaparece, a pista é construída com uma sobre- elevação externa de um ângulo α, como mostra a figura. A aceleração da gravidade no local é g. A máxima velocidade que o automóvel, tido como ponto material, poderá desenvolver nesse trecho, considerando ausência total de atrito, sem derrapar, é dada por a) m g R tg⋅ ⋅ ⋅ α . b) m g R cos⋅ ⋅ ⋅ α . c) g R tg⋅ ⋅ α . d) g R cos⋅ ⋅ α . e) g R sen⋅ ⋅ α . 17. (UPE-SSA) Em um filme de ficção científica, uma nave espacial possui um sistema de cabines girantes que permite ao astronauta dentro de uma cabine ter percepção de uma aceleração similar à gravidade terrestre. Uma representação esquemática desse sistema de gravidade artificial é mostrada na figura a seguir. Se, no espaço vazio, o sistema de cabines gira com uma velocidade angular ω, e o astronauta dentro de uma delas tem massa m, determine o valor da força normal exercida sobre o astronauta quando a distância do eixo de rotação vale R. Considere que R é muito maior que a altura do astronauta e que existe atrito entre o solo e seus pés. a) mRω2 b) 2mRω2 c) mRω2/2 d) mω2/R e) 8mRω2 18. (FUVEST) Uma estação espacial foi projetada com formato cilíndrico, de raio R igual a 100 m, como ilustra a figura abaixo. Para simular o efeito gravitacional e permitir que as pessoas caminhem na parte interna da casca cilíndrica, a estação gira em torno de seu eixo, com velocidade angular constante ω. As pessoas terão sensação de peso, como se estivessem na Terra, se a velocidade ω for de, aproximadamente, Note e adote: A aceleração gravitacional na superfície da Terra é g = 10 m/s2. a) 0,1 rad/s b) 0,3 rad/s c) 1 rad/s d) 3 rad/s e) 10 rad/s 19. (UNESP) Uma pequena esfera de massa m, eletrizada com uma carga elétrica q > 0, está presa a um ponto fixo P por um fio isolante, numa região do espaço em que existe um campo elétrico uniforme e vertical de módulo E, paralelo à aceleração gravitacional g, conforme mostra a figura. Dessa forma, inclinando o fio de um ângulo θ em relação à vertical, mantendo-o esticado e dando um impulso inicial (de intensidade adequada) na esfera com direção perpendicular ao plano vertical que contém a esfera e o ponto P, a pequena esfera passa a descrever um movimento circular e uniforme ao redor do ponto C. Na situação descrita, a resultante das forças que atuam sobre a esfera tem intensidade dada por a) (m ⋅ g + q ⋅ E) ⋅ cosθ b) (m g q E 2) sen⋅ − ⋅ ⋅ ⋅ θ c) (m ⋅ g + q ⋅ E) ⋅ senθ ⋅ cosθ d) (m ⋅ g + q ⋅ E) ⋅ tgθ e) m ⋅ g + q ⋅ E ⋅ tgθ PRÉ-VESTIBULAR316 FÍSICA I 15 FORÇA CENTRÍPETA SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 20. (EPCAR) Em um local onde a aceleração da gravidade vale g, uma partícula move-se sem atrito sobre uma pista circular que, por sua vez, possui uma inclinação θ. Essa partícula está presa a um poste central, por meio de um fio ideal de comprimento que, através de uma articulação, pode girar livremente em torno do poste. O fio é mantido paralelo à superfície da pista, conforme figura abaixo. Ao girar com uma determinada velocidade constante, a partícula fica “flutuando” sobre a superfície inclinada da pista, ou seja, a partícula fica na iminência de perder o contato com a pista e, além disso, descreve uma trajetória circular com centro em C, também indicado na figura. Nessas condições, a velocidade linear da partícula deve ser igual a a) 3 g 2 b) ( )g c) 3 g d) ( )4 2 g APROFUNDAMENTO EXERCÍCIOS DE 01. (FAMERP) Em um autódromo, cuja pista tem 5.400 m de comprimento, há uma curva de raio 120 m, em superfície plana inclinada, na qual a borda externa é mais elevada que a interna, como mostra a figura. O ângulo de inclinação θ é tal que senθ = 0,60. a) Supondo que um carro de competição desenvolva uma velocidade média de 216 km/h, determine o intervalo de tempo, em segundos, em que ele completa uma volta nessa pista. b) Considere que a massa do carro seja igual a 600 kg, que sua velocidade na curva inclinada seja 30 m/s e que a componente horizontal desta velocidade seja igual à resultante centrípeta. Determine a intensidade da força normal, em newtons, aplicada pela pista sobre o carro, nessa curva. 02. (FUVEST) De férias em Macapá, cidade brasileira situada na linha do equador e a 51º de longitude oeste, Maria faz um selfie em frente ao monumento do marco zero do equador. Ela envia a foto a seu namorado, que trabalha em um navio ancorado próximo à costa da Groenlândia, a 60º de latitude norte e no mesmo meridiano em que ela está. Considerando apenas os efeitos da rotação da Terra em torno de seu eixo, determine, para essa situação, a) a velocidade escalar vM de Maria; b) o módulo aM da aceleração de Maria; c) a velocidade escalar vn do namorado de Maria; d) a medida do ângulo α entre as direções das acelerações de Maria e de seu namorado. Note e adote: Maria e seu namorado estão parados em relação à superfície da Terra. As velocidades e acelerações devem ser determinadas em relação ao centro da Terra. Considere a Terra uma esfera com raio 6 × 106 m. Duração do dia ≈ 80.000 s π ≈ 3 Ignore os efeitos da translação da Terra em torno do Sol. sen30º = cos60º = 0,5 sen60º = cos30º ≈ 0,9 03. (FUVEST) Nina e José estão sentados em cadeiras,diametralmente opostas, de uma roda gigante que gira com velocidade angular constante. Num certo momento, Nina se encontra no ponto mais alto do percurso e José, no mais baixo; após 15 s, antes de a roda completar uma volta, suas posições estão invertidas. A roda gigante tem raio R = 20 m e as massas de Nina e José são, respectivamente, MN = 60 kg e MJ = 70 kg. Calcule a) o módulo v da velocidade linear das cadeiras da roda gigante; b) o módulo aR da aceleração radial de Nina e de José; c) os módulos NN e NJ das forças normais que as cadeiras exercem, respectivamente, sobre Nina e sobre José no instante em que Nina se encontra no ponto mais alto do percurso e José, no mais baixo. Note e Adote: π = 3 Aceleração da gravidade g = 10 m/s2 04. (UFTM) Ao se observar o movimento da Lua em torno da Terra, verifica-se que, com boa aproximação, ele pode ser considerado circular e uniforme. Aproximadamente, o raio da órbita lunar é 38,88 × 104 km e o tempo gasto pela lua para percorrer sua órbita é 27 dias. Considerando a massa da Lua igual a 7,3 × 1022 kg, adotando o centro do referencial Terra-Lua no centro da Terra e π ≅ 3, determine: a) a velocidade escalar média de um ponto localizado no centro da Lua, em km/h. b) o valor aproximado da resultante das forças, em newtons, envolvidas no movimento orbital da Lua. 05. (UFOP) Uma estação espacial é projetada como sendo um cilindro de raio r, que gira em seu eixo com velocidade angular constante ω, de modo a produzir uma sensação de gravidade de 1g = 9,8 m/s2 nos pés de uma pessoa que está no interior da estação. Admitindo-se que os seus habitantes têm uma altura média de h = 2 m, qual deve ser o raio mínimo r da estação, de modo que a variação da gravidade sentida entre os pés e a cabeça seja inferior a 1% de g? GABARITO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. E 02. E 03. B 04. B 05. A 06. C 07. B 08. B 09. D 10. A 11. C 12. C 13. A 14. E 15. D 16. C 17. A 18. B 19. D 20. A EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 01. a) ∆t = 90 s b) N = 7500 N 02. a) vM = 450 m/s b) aM = 0,034 m/s² c) vM = 225 m/s d) α = 0º 03. a) v = 4 m/s b) aR = 0,8 m/s² c) NN = 553 N; NJ = 756 N 04. a) v = 3.600 km/h b) Fres = 1,88 × 10 20 N 05. r = 200 m.