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O cérebro se transforma A neuroplasticidade é o nome dado à capacidade de o cérebro se modificar e reorganizar os circuitos neuronais ao longo de nossa vida. Esse processo é feito a todo instante e de forma involuntária. Ele pode ser desencadeado por mudanças ambientais, experimentais, sociais, físicas ou lesionais. Existe um estudo que mostra a ação da neuroplasticidade, realizado pelo cientista espanhol Pascual-Leone, vendando pessoas adultas e com visão saudável por cinco dias, onde agiram como deficientes visuais. Após o estudo foi possível observar por meio de ressonância magnética que o córtex visual começou a ser ativado pela audição e o tato, ou seja, o cérebro estava se adaptando àquelas condições. Existem algumas condições que podem estimular esse acontecimento, como: AVE, AVC, derrame, depressão, perfuração do encéfalo, trauma de grandes proporções, autismo, reabilitação de vícios e dependências, até mesmo novas aprendizagens, entre outros. A função da neuroplasticidade pode ser utilizada em algumas áreas da saúde, como a fisioterapia e/ou a psicologia. Nessas áreas, alguns exercícios são feitos para estimular as funções motoras e prevenir futuras perdas de cognição decorrentes de alguma lesão, fazendo com que as funções neuronais mudem e se adaptem. Pode ser utilizada também para induzir, ajudar ou até mudar certos hábitos considerados maléficos. Esses exercícios estimulam as sinapses e promovem um crescimento dos axônios para, assim, aumentarem a plasticidade do cérebro. Ainda não existe nenhuma teoria cientifica que comprove com exatidão do funcionamento da neuroplasticidade, mas já existem estudos mostrando que para induzi-la é aconselhado possuir bons hábitos alimentares, praticar meditação, manter uma boa saúde psíquica, entre outras coisas mais.