Os achados neuronais não podem dar um contributo fundamental na predição do futuro sucesso ou insucesso na leitura.
As informações genéticas e familiares, em conjunto com com dados comportamentais de competências pré-leitoras relevantes podem facilitar a identificação de déficits. Tal abordagem permite gerar diagnósticos precisos e confiáveis, apesar de não ter impactos na melhora da leitura das crianças, na sua vivência escolar e familiar, e na própria dinâmica educativa.
Um dos contributos da neurociência poderá ser a identificação precoce de marcadores neuronais de défices leitores, que podem estar presentes mesmo antes da aprendizagem da leitura. Atualmente, a dislexia é sinalizada habitualmente depois da criança iniciar a aprendizagem da leitura e o seu insucesso ser detetado, quando o ideal seria intervir antes ou logo no início da aprendizagem leitora.
Todas as opções
A aprendizagem da leitura está associada:
Ao aumento da atividade neuronal nas regiões temporal e frontal do hemisfério esquerdo, bem como a uma diminuição de atividade nas regiões inferiores temporais e no giro fusiforme do hemisfério direito.
A redução da atividade neuronal nas regiões temporal e frontal do hemisfério esquerdo, bem como a um aumento de atividade nas regiões inferiores temporais e no giro fusiforme do hemisfério direito.
A leitura deixar de ser tão custosa e quase completamente dependente do reconhecimento da palavra para ser mais automática e dependente da conversão grafema-fonema.
Ao leitor típico se tornar mais proficiente, ocorrendo uma redução da especialização do hemisfério esquerdo e um menor envolvimento das regiões cerebrais posteriores; o oposto acontece com as regiões anteriores, cujo envolvimento aumenta com o aumento da experiência.
Na leitura são ativadas principalmente as três seguintes regiões:
A área temporo-parietal, a área occipito-temporal e o cerebelo, lateralizadas no hemisfério direito
O sulco temporal superior, a área temporo-parietal e o hipocampo, lateralizados no hemisfério esquerdo.
A área occipito-temporal, o cerebelo e o giro supramarginal, lateralizados no hemisfério direito.
A área temporo-parietal, a área occipito-temporal e o giro frontal inferior, lateralizadas no hemisfério esquerdo.
Além do envolvimento nos processos fonológicos, essa região foi implicada na memória fonológica e no processamento semântico. A região descrita é a:
Região temporo-parietal.
Giro frontal inferior.
Cerebelo.
VWFA.
Selecione a alternativa correta:
A influência genética nos processos e distúrbios de leitura é inegável, por isso podemos permitir-nos uma perspetiva determinística, visto que outros fatores, como por exemplo o meio evolvente, não influenciam na aprendizagem da leitura.
A leitura é uma invenção cultural recente e, por isso, não existem genes específicos para este processo, mas sabe-se que há influências genéticas nos traços cognitivos e comportamentais que suportam a leitura.
A influência genética na competência leitora foi demonstrada, no entanto, as ocorrências familiares e os estudos com gémeos corroboram a natureza não hereditária da dislexia, que ocorre em 15% dos gêmeos idênticos e em 5% dos indivíduos que têm um familiar direto com tal disfunção.
Ainda não foram encontrados genes associados aos défices leitores e à dislexia. Por isso não se pode assumir a influência genética nos processos e distúrbios de leitura.
Marque a alternativa que completa corretamente as lacunas na frase.
A ______________ foca na conversão grafema-fonema, enquanto a _______ analisa a palavra como uma unidade.
via fonológica / via morfológica
via fonológica / via lexical
via morfológica / via parietal
via parietal / via lexicall
As alterações cerebrais decorrentes de intervenção na leitura podem ser de:
Normalização da ativação e conetividade cerebrais em regiões dos circuitos de leitura considerados hipoativadas em leitores com dislexia.
Aumento de ativação em regiões que tipicamente não são alocadas durante os processos de leitura.
A diversidade de resultados e de relações entre achados comportamentais e neuronais nos estudos de intervenção sugerem que as diferenças individuais nas respostas neuronais à intervenção são provavelmente muito diversas.
Todas as opções.
Selecione a frase verdadeira.
O “cérebro” é um computador.
Usamos apenas 10% do nosso “cérebro”.
O funcionamento “cerebral” não pode ser reduzido a um hemisfério lógico/racional e outro criativo/emocional.
O nosso “cérebro” tem um estilo de aprendizagem preferido