Prévia do material em texto
* Doença de Chagas Tripanossomíase americana Prof. Augusto César E. Rodrigues * OBJETIVO DA AULA Estudar a classificação, morfologia, biologia ações patogênicas, diagnóstico, epidemiologia, profilaxia e tratamento. * CLASSIFICAÇÃO Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Classe: Zoomastigophora Ordem: Kinetoplastida Família: Trypanosomatidae Gênero: Trypanosoma Espécie: Trypanosoma cruzi * Doença de Chagas Conceito A Doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. transmitida pelos triatomas, que os eliminam pelas fezes, na forma de tripomastigota. que pode causar uma manifestação aguda (chagoma de inoculação e sintomas sistêmicos inespecíficos) após 4 - 12 dias da inoculação, ou crônica. após um período de latência de 10 a 20 anos, comprometendo coração, esôfago e porção distal do intestino. * Doença de Chagas morfologia Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909): * Doença de Chagas Etiologia Trypanosoma cruzi - epimastigota * Doença de Chagas Etiologia Trypanosoma cruzi - tripomastigota * Tripanpsoma cruzi – amastigota no músculo cardíaco * Doença de Chagas Epidemiologia Ciclo de vida do Trypanossoma cruzy: * Doença de Chagas Epidemiologia Endêmica nas Américas: zona rural de América Latina até o sul dos EUA; alto grau de adaptação dos vetores às condições de habitação humana na zona rural; estimativa de 16 milhões de pessoas infectadas; resultando em 45.000 mortes/ano; é a causa mais importante de cardiopatia; tanto quanto 70% das pessoas contaminadas podem permanecer assintomáticas; crianças de até 10 anos constituem a maioria dos pacientes na fase aguda da doença; * Doença de Chagas Patogenia Infecção: ocorre geralmente à noite, durante a alimentação dos insetos, por meio de picadas em áreas expostas da pele, usualmente membros superiores e face. engurgitamento causado pela ingestão de sangue provoca imediata defecação do triatomíneo, liberando as formas infectantes (tripomastigotas metacíclicos). penetração no hospedeiro humano ocorre: via mucosa ou por escarificações microscópicas da pele, conseqüência do prurido intenso no local da picada, facilitando o acesso dos tripomastigotas à corrente sangüínea. * Formas de infecção - vetorial; - transfusão sanguínea; - transplacentária; - acidentes de laboratório; - tratando animais silvestres; - oral. * Doença de Chagas Clínica Período de incubação: é de 4 a 12 dias a partir da infecção até o aparecimento dos sintomas da fase aguda. Período de progressão: após o término da fase aguda até a identificação das manifestações crônicas é variável, prolonga-se por 10 a 20 anos. denominado de fase latente ou indeterminada. freqüentemente assintomático. * Doença de Chagas Clínica Fase aguda: porta de entrada: chagoma de inoculação: * Doença de Chagas Clínica Fase aguda: chagoma de inoculação: * Doença de Chagas Clínica Fase aguda: chagoma de inoculação: * * Doença de Chagas Patogenia No quadro crônico: Megacolon chagásico: * Doença de Chagas Patogenia No quadro crônico: Megacolon chagásico: * Mega-cólon * Doença de Chagas Clínica Fase aguda: geralmente não é identificada, por serem inaparentes ou não valorizados os sintomas característicos: porta de entrada: chagoma de inoculação: quando ocorre na face, corresponde ao sinal clássico de Romaña, * Doença de Chagas Clínica Fase aguda: principais queixas são: febre prolongada, anorexia, adinamia, mal-estar geral, cefaléia. exame físico, nota-se: linfadenopatia, hepatoesplenomegalia e sinais de insuficiência cardíaca relacionados à miocardite. * Doença de Chagas Clínica Fase aguda: menos freqüentemente: alterações sensoriais e neurológicas indicativas de eventual ocorrência de meningoencefalite (praticamente limitada às crianças, sendo freqüentemente fatal). mesmo não tratadas, essas alterações involuem, desaparecendo espontaneamente em algumas semanas. Contudo, a letalidade pode atingir 5 a 10%. nas formas congênitas há predomínio da hepatomegalia sobre o quadro febril. * Doença de Chagas Clínica Fase crônica: distinguem-se duas formas de comprometimento visceral: cardíaca: pacientes com predomínio de lesão miocárdica as complicações descritas são: insuficiência cardíaca, fenômenos tromboembólicos, choque cardiogênico e intoxicação digitálica. Súbita parada cardíaca em jovens é atribuída a fibrilação ventricular. digestiva: ocorre estase com dilatação e atonia a montante dos segmentos afetados e induzindo à formação de megaesôfago e megacólon, disfagia, regurgitação, constipação e volvo sigmóide . * Doença de Chagas diagóstico Fase aguda: demonstração direta do parasita: - exame microscópico de gota espessa ou esfregaço, - xenodiagnóstico: pesquisa de parasitas no conteúdo intestinal ou nas fezes dos triatomíneos, algumas semanas após alimentá-los com sangue do paciente suspeito da infecção. Sensibilidade de 90% na fase aguda, e 30 a 40% na fase crônica. São necessárias de 30 a 40 ninfas de terceiro ou quarto estágios, com jejum prévio de pelo menos vinte dias, em cada coleta. * Doença de Chagas Laboratório Fase aguda: hemoculturas: em meio NNN (Nicolle-Novy-MacNeal), com sensibilidade um pouco inferior ao xenodiagnóstico. pesquisa de anticorpos específicos para o T. Cruzi: * Doença de Chagas Laboratório Diagnóstico diferencial: Sinal de Romaña: traumas, conjuntivites, picadas de insetos, miíase abscessos e celulite periorbitária. Sinais e sintomas sistêmicos: esquistossomose, calazar, brucelose, toxoplasmose,sífilis mononucleose infecciosa, citomegalovirose, Congênita: sífilis, toxoplasmose. * Doença de Chagas Tratamento Tratamento ainda é insatisfatório: é indicado na fase aguda apenas, sendo controverso nas fases latente e crônica. - Nifurtimox: - Benzonidazol: