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Semiologia do Abdome Prof. Ddo Marcos Antonio Prof.º Ddo Apolonio Alves 1 Tranquilidade e relaxamento do cliente Ambiente apropriado com boa iluminação Esvaziar a bexiga antes do exame Cliente em decúbito dorsal com exposição total do abdome (acima do apêndice xifóide até a sínfise púbica), membros superiores estendidos ao lado do corpo, cobrir a genitália PREPARAÇÃO PARA O EXAME 2 Perguntar sobre pontos dolorosos ou hipersensíveis antes do exame para examiná- los com cuidado, mãos do examinador sempre aquecidas, evitar movimentos bruscos. Se necessitar maior relaxamento da parede abdominal colocar um travesseiro sob os joelhos, ou solicitar ao cliente que flexione os joelhos; distraia o cliente com conversas ou perguntas. PREPARAÇÃO PARA O EXAME 3 Pedir ao cliente que localize a dor. A dor é fixa ou se desloca? Como começou? Há quanto tempo? É continua ou intermitente? Pedir que descreva a dor (cólica, queimação, em pontada, etc). Associar a ocorrência da dor: ciclo menstrual, estresse, cansaço,flatos, vômitos, náuseas, sangramento retal, febre, micção frequente, secreção vaginal ou peniana; O que agrava a dor? O que fez para aliviar a dor? ANAMNESE DOR ABDOMINAL Sequência do exame físico 7 DIVISÃO TOPOGRÁFICA Essencial: facilita a localização, pelo exame propedêutico, dos órgãos abdominais, de zonas e de formações anômalas. 8 9 Disposição das vísceras- Homem 10 Cicatrizes Flanco direito- colecistectomia Flanco Esquerdo- colectomia FID- apendicectomia, herniorrafia FIE- herniorrafia Hipogástrico- histerectomia Linha média- laparotomia Região lombar- nefrectomia TÉCNICAS SEMIOLÓGICAS INSPEÇÃO: Estática Dinâmica AUSCULTA PERCUSSÃO PALPAÇÃO 12 13 INSPEÇÃO Forma normal Lesões cutâneas Eliminações Abaulamentos : súbito/progressivo; localizado/global; conteúdo Depressões Ondas peristálticas visíveis Respiração Circulação colateral Umbigo INSPEÇÃO-FORMA / VOLUME Normal: de acordo com biótipo Patológico: simétricos ou assimétricos 14 15 16 SIMÉTRICAS-ABD. RETRAÍDO Caquexia= Achatamento antero-posterior-saliência do rebordo costal, sínfise púbica e crista ilíaca. 17 -Côncavo -Em grau moderado/normal em pessoas jovens e magras -Caquexia Simétrico : Abdômen Globoso 18 -Aumento em todas as direções -Obesidade -Ascite -Distensão Gasosa 19 Simétrico : Abdômen Globoso 20 Simétrico-Abdomen batráquio Com ascite médio volume-paciente deita e abaula flancos 21 Abdômen pendular Queda do ventre sobre a sínfise púbica e raiz da coxa. 22 Assimétrico-hepatomegalia 23 Assimétrico-aumento de vesícula 24 Assimétrico-Hernia 25 Inspeção Estática-Varizes 26 Inspeção estática -Cicatrizes 27 - Obstáculo nos grandes troncos venosos profundos (Cava e Porta) - Tipos: > Porta > Cava Inferior > Cava Superior > Porto Cava 28 - Porta Síndrome de Hipertensão Portal 3 sub-tipos: Periumbilical / Infraumbilical /Supraumbilical 29 -Cava Inferior Compressões: Extrínsecas (Tumores) Intrínsecas (Trombose) Distribuição na parede lateral e raiz dos MMII 30 - Cava Superior Tumores de Mediastino / Invasão por Neoplasias Localizadas na face anterior do Tórax e andar superior do abdome 31 - Porto Cava Obstrução nos 2 territórios Causa mais frequente > Cirrose Hepática 32 Inspeção dinâmica Batimento epigástrico- batimento aorta abdominal Movimentos peristálticos: Normalmente não são visíveis, podem ser visualizados nos clientes caquéticos, com parede abdominal mais adelgaçada ou em situações patológica- quadro suboclusivo 33 Ausculta RECOMENDA-SE EXECUTAR A AUSCULTA ANTES DA PALPAÇÃO PARA EVITAR AUMENTO INVOLUNTÁRIO DO PERISTALTISMO. •AMBIENTE TRANQUILO • PERMANÊNCIA POR 2 MINUTOS 34 Ausculta RHA-Inicia-se a marcar o minuto a partir do primeiro ruído audível ( conta-se por minuto). Normal: 5 a 35 ruídos hidroaéreos/m. 35 Auscultar sopros Ruidos metálicos- suboclusão intestinal 36 Percussão 37 Percussão Som Timpânico Som Submaciço Som Maciço 38 Hipertimpanismo Meteorismo, obstrução intestinal, volvo. Submaciço Menor quantidade de ar ou superposição de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal. Maciço Áreas de projeção do fígado, baço, útero gravídico, ascite, tumores. Pesquisa de ascite Piparote Ausculta Ruídos hidroaéreos Diarréia e oclusão intestinalAumentados Ausentes Íleo paralítico Percussão -Piparote 40 Palpação Palpação Superficial: sensibilidade, espessura da parede; tumorações; solução de continuidade, tensão, piparote ou sinal da onda líquida; 41 42 Palpação Profunda ou deslizante: mão espalmada, aprofundar no tempo expiratório, regiões dolorosas por último e não direcionar para órgãos SINAIS ABDOMINAIS SINAL DE BLUMBERG Descompressão brusca dolorosa → irritação do peritônio parietal (Sinal inespecífico) SINAL DE DUMPHY Dor desencadeada pela percussão abdominal ou referida quando solicita-se que o paciente tussa (Dor em FID) SINAL DE ROVSING Palpação do quadrante inferior esquerdo do abdômen desencadeia dor no quadrante inferior direito → deslocamento de ar → movimento do apêndice inflamado 43 SINAIS ABDOMINAIS SINAL DE MURPHY É indicativo de colecistite, quando o paciente suspende a inspiração por dor à compressão do rebordo costal direito. SINAL DE JOBERT É um sinal que refere-se ao desaparecimento da macicez e aparecimento de hipertimpanismo na região hepática. É um sinal observado nos grandes pneumoperitônios. 44 45 Sensibilidade Observar a localização e a irradiação : Ponto gástrico Ponto xifoidiano Cólica biliar, úlcera e neoplasia. Ponto epigástrico Gastrites, úlceras e tumores. Ponto biliar ou cístico Sinal de Murphy. Ponto apendicular Ponto de MacBurney Apendicite aguda. Sinal de Blumberg Peritonite Sinal de Rovsing Irritação peritoneal 47 Localização do ponto de McBurney (1), situado dois terços da distância do umbigo (2) à espinha ilíaca ântero-superior direita (3). Descompressão brusca x Sinal de Blumberg Presença de peritonite provoca dor tanto à compressão quanto à descompressão podendo ser, por vezes, mais desconfortável à descompressão. 48 APENDICITE (Sinal clínico do Psoas) É um indicador de irritação do grupo iliopsoas dos flexores do quadril no abdômen. É um dos sinais da apendicite. Para realizar a verificação positiva do Sinal do Psoas, basta que o cliente deite em decúbito lateral, de costas para o examinador. Deve-se segurar o quadril e distender a perna superior. Se dor, Sinal do Psoas positivo. A descompressão brusca dolorosa, quando ocorre no ponto de Mc Burney, é conhecida como sinal de McBurney e indicativo de apendicite aguda. 49 PSOAS 50 Figado 51 Deve-se permanecer à direita do tórax do cliente com o dorso voltado para sua cabeceira. Colocar as mãos paralelas com os dedos fletidos em garras, desde a linha axilar anterior, deslizando cuidadosamente do hipocôndrio D até o hipocôndrio E. Solicita-se ao cliente que inspire profundamente, pois, nesta fase,devido ao impulso diafragmático, o fígado desce facilitando a palpação da borda hepática 52 Técnica de Mathieu 53 Palpação do Fígado 54 Técnica de Lemos-Torres 55 56 Palpação do Figado 57 Palpação do Figado 58 PERCUSSÃO DÍGITO- DIGITAL INTENSAMENTE DOLOROSA, LOCALIZADA E CIRCUNSCRITA CONSISTE O SINAL DE TORRES-HOMEM, CARACTERÍSTICO DE ABSCESSO HEPÁTICO. 59 BAÇO Percussão Espaço de Traube Palpação Posições especiais ( Shuster) 60 Limites • Em baixo: pela reborda costal • Em cima: uma linha curva de concavidade ínfero-interna que nasce ao nível da 6ª cartilagem costal dirige-se para fora, curvando-se para baixo até o 10º arco costal, na linha axilar anterior. Espaço semilunar de Traube Baço 62 Baço 63 Baço 64 Palpação de Baço 65 Baço O aumento do baço chama-se Esplenomegalia Espaço de Traube deve estar livre Se estiver maciço pode estar sendo ocupado pelo baço. 66 Rim 67 PRICIPAIS ALTERAÇÕES: • HIDRONEFROSE • TUMORES •RINS POLICÍSTICOS 68 Rim GIORDANO- punho percussão de Giordano 69 •Percussão de Giordano: de região lombar dolorosa na área de projeção renal 70 SEMIOLOGIA PERCUSSÃO SINAL DE GIORDANO Termos técnicos Regurgitação; Constipação; Fecaloma Esteatorreia Enterorragia Flatulência Esteatose Hepática Disfagia; Pirose; Eructação; Hematêmese; Êmese Diarréia Melena 72