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Prévia do material em texto

CAPA 21 cmLOMBADA1,2 cmCONTRA-CAPA 21 cm
Serviço Social
Caderno de Atividades
1
29,7 cm
Anhanguera Publicações
Alameda Maria Tereza, 2.000
Valinhos - SP - CEP 13278-181
Se
rv
iç
o 
So
ci
al
1
Universidade Anhanguera - Uniderp
Centro de Educação a Distância 
Caderno de Atividades
Serviço Social
Coordenação do Curso
Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre
Autores
Ana Lucia Américo Antonio
Angela Cristina Dias do Rego Catonio
Edilene Xavier Rocha Garcia
Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre
Helenrose A. da S. Pedroso Coelho
Luciano Gamez (org.)
Ricardo Leite de Albuquerque
Yaeko Ozaki
Universidade Anhanguera - Uniderp
Centro de Educação a Distância
Chanceler
Ana Maria Costa de Sousa
Reitor
Guilherme Marback Neto
Vice-Reitora
Heloisa Helena Gianotti Pereira
Pró-Reitores
Pró-Reitor Administrativo: Antonio Fonseca 
de Carvalho
Pró-Reitor de Extensão, Cultura e 
Desporto: Ivo Arcângelo Vendrúsculo Busato
Pró-Reitor de Graduação: Eduardo de 
Oliveira Elias
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: 
Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretor-Geral
José Manuel Moran
Diretor-Adjunto
Luciano Sathler
Coordenação de Qualidade do Material 
Didático
Luciano Gamez: Coordenador e organizador 
da publicação
Barbara Monteiro Gomes de Campos
Bruno Tonhetti Galasse
Fernanda Bocchi Balthazar
Helena Okada
Lucia Helena Paula do Canto
Waurie Rolão
Ilustrações
Ednei Marx
ANHANGUERA PUBLICAÇÕES
Gerente Editorial
Adauto Damásio
 
 
 C129 Caderno de atividades: serviço social / Ana Lucia Américo An-
tonio... [et. al.].; Organizador Luciano Gamez; Coordenação 
do curso Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre. – Valinhos : 
Anhanguera Publicações, 2011. 
288 p.
 
ISBN: 978-85-7969-053-2 
 
1. Serviço social. I. Antonio, Ana Lucia Américo. II. Gamez, 
Luciano. III. Nobre, Elisa Cléia Pinheiro. 
CDD - 20.ed. : 370.15
© 2011 Anhanguera 
Publicações - Proibida 
a reprodução fi nal ou 
parcial por qualquer meio 
de impressão, em forma 
idêntica, resumida ou 
modifi cada em língua 
portuguesa ou qualquer 
outro idioma. Impresso 
no Brasil 2011
Nossa Missão, Nossos Valores
Desde sua fundação, em 1994, os fundamentos da “Anhanguera Educacional” têm sido o principal motivo do 
seu crescimento. 
Buscando permanentemente a inovação e o aprimoramento acadêmico em todas as ações e programas, é uma 
Instituição de Educação Superior comprometida com a qualidade do ensino, pesquisa de iniciação científi ca e 
extensão, que oferecemos. 
Ela procura adequar suas iniciativas às necessidades do mercado de trabalho e às exigências do mundo em cons-
tante transformação. 
Esse compromisso com a qualidade é evidenciado pelos intensos e constantes investimentos no corpo docente 
e de funcionários, na infraestrutura, nas bibliotecas, nos laboratórios, nas metodologias e nos Programas Institu-
cionais, tais como:
• Programa de Iniciação Científi ca (PIC), que concede bolsas de estudo aos alunos para o desenvolvimento de 
pesquisa supervisionada pelos nossos professores.
• Programa Institucional de Capacitação Docente (PICD), que concede bolsas de estudos para docentes cursa-
rem especialização, mestrado e doutorado.
• Programa do Livro-Texto (PLT), que propicia aos alunos a aquisição de livros a preços acessíveis, dos melhores 
autores nacionais e internacionais, indicados pelos professores.
• Serviço de Assistência ao Estudante (SAE), que oferece orientação pessoal, psicopedagógica e fi nanceira aos 
alunos.
• Programas de Extensão Comunitária, que desenvolve ações de responsabilidade social, permitindo aos alunos 
o pleno exercício da cidadania, benefi ciando a comunidade no acesso aos bens educacionais e culturais.
A fi m de manter esse compromisso com a mais perfeita qualidade, a custos acessíveis, a Anhanguera privilegia 
o preparo dos alunos para que concretizem seus Projetos de Vida e obtenham sucesso no mercado de trabalho. 
Adota inovadores e modernos sistemas de gestão nas suas instituições. As unidades localizadas em diversos Es-
tados do País preservam a missão e difundem os valores da Anhanguera.
Atuando também na Educação a Distância, orgulha-se em oferecer ensino superior de qualidade em todo o Terri-
tório Nacional, por meio do trabalho desenvolvido pelo Centro de Educação a Distância da Universidade Anhan-
guera - Uniderp, nos diversos polos de apoio presencial espalhados por todo o Brasil. Sua metodologia permite 
a integração dos professores, tutores e coordenadores habilitados na área pedagógica, com a mesma fi nalidade: 
aliar os melhores recursos tecnológicos e educacionais, devidamente revisados, atualizados e com conteúdo cada 
vez mais amplo para o desenvolvimento pessoal e profi ssional de nossos alunos.
A todos, bons estudos!
Prof. Antonio Carbonari Netto
Presidente - Anhanguera Educacional
Sobre o Caderno de Atividades
Caro(a) Aluno(a),
Você está recebendo o Caderno de Atividades, preparado pelos professores do Curso de Graduação em que você 
está matriculado, com o objetivo de contribuir para a sua aprendizagem. Ele aprofunda os conteúdos disponíveis 
nas publicações que fazem parte do Programa do Livro-Texto (PLT), trazendo orientações de estudo, destaques, 
propostas de atividades individuais e em grupo e desafi os de aprendizagem a serem realizados. 
As questões propostas foram elaboradas pelos docentes ou adaptadas de provas públicas já realizadas, inclusi-
ve do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que tem o objetivo de aferir o rendimento dos 
alunos dos cursos de graduação em relação a conhecimentos, habilidades e competências, necessários ao seu 
futuro desempenho profi ssional. Essa inclusão de perguntas, selecionadas a partir de avaliações ocorridas fora 
do âmbito universitário, colabora na sua preparação para o enfrentamento de situações mais contextualizadas.
Você também vai encontrar caminhos para vincular os textos e questões com as teleaulas do seu curso. Isso 
permite planejar com antecedência seu tempo e dedicação, estudar os temas previamente e se preparar para 
aproveitar ao máximo a interação com a equipe docente.
Desejamos que você tenha um ótimo semestre letivo.
José Manuel Moran e Luciano Sathler
Diretoria do Centro de Educação a Distância
Universidade Anhanguera - UNIDERP
Autores
Ana Lúcia Américo Antonio
Graduação: Serviço Social - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 1999.
Especialização: Trabalho Social com Famílias - Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do 
Pantanal (UNIDERP) - 2001.
Angela Cristina Dias do Rego Catonio
Graduação: Letras - Português/Inglês - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 1996.
Especialização: Comunicação Social - Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) - 1999.
Mestrado: Comunicação Social - Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) - 2000.
Edilene Xavier Rocha Garcia
Graduação: Serviço Social - Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMT) - 1988.
Especialização: Gestão de Políticas Sociais - Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal 
(UNIDERP) - 2003.
Mestrado: Desenvolvimento Local - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 2007.
Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre
Graduação: Serviço Social - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 1992.
Especialização: Políticas Sociais - Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal 
(UNIDERP) - 2003.
Mestrado: Educação - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - 2007.
Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho
Graduação: Ciências Sociais - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - 1982.
Direito - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 1992.
Psicologia - Universidade para o Desenvolvimentodo Estado e Região do Pantanal (UNIDERP) - 2004.
Especialização: Gestão Judiciária Estratégica - Centro Federal de Educação Tecnológica de Mato Grosso (CEFET-MT) - 2007.
Mestrado: Psicologia Social - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 2007.
Luciano Gamez - Organizador da publicação
Graduação: Psicologia - Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação - Universidade de Lisboa (FPCE-UL) - 1992.
Mestrado: Engenharia Humana - Universidade do Minho (UMINHO) - 1998.
Doutorado: Engenharia de Produção - Área de concentração: Ergonomia - Universidade Federal de Santa Catarina 
(UFSC) - 2004.
Ricardo Leite de Albuquerque
Graduação: Licenciatura em Educação Física e Técnica de desporto - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - 1976.
Especialização: Aperfeiçoamento em Informática Aplicada à Educação - Universidade Estadual de Campinas 
(UNICAMP) - 1987.
Mestrado: Educação - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - 1999.
Yaeko Ozaki
Graduação: Psicologia - Universidade São Francisco (USF) - 1992.
Especialização: Administração de Recursos Humanos - Universidade São Judas Tadeu (USJT) - 1993.
Mestrado: Clínica Médica - Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNI-CAMP) - 2008.
Família e Sociedade
Tema 1 - Mudanças Estruturais, Política Social e Papel da Família ............................... 15
Tema 2 - Novas Propostas e Dinâmica da Família ........................................................ 22
Tema 3 - Transformações Econômicas e Sociais no Brasil dos Anos 1990 
 e seu Impacto no Âmbito da Família ............................................................ 28
Tema 4 - A Família, a Criança e o Adolescente ........................................................... 34
Tema 5 - Família - e as Situações Vivenciadas por seus Membros ................................ 41
Tema 6 - Família e Trabalho ........................................................................................ 48
Tema 7 - Programas de Atendimento à Família ........................................................... 55
Tema 8 - O Assistente Social e o Trabalho com Famílias .............................................. 61
Serviço Social na Contemporaneidade
Tema 1 - Preleções sobre a Gênese do Serviço Social .................................................. 79
Tema 2 - A Especificidade do Serviço Social ................................................................ 86
Tema 3 - O Serviço Social e as Políticas Sociais ........................................................... 93
Tema 4 - A Natureza Subalterna do Serviço Social .................................................... 100
Tema 5 - O Objeto do Serviço Social ........................................................................ 107
Tema 6 - Particularidades do Serviço Social .............................................................. 114
Tema 7 - Teoria e Prática no Serviço Social ............................................................... 120
Tema 8 - Demandas Profissionais do Serviço Social ................................................... 126
Sumário
Tecnologias da Informação e da Comunicação
Tema 1 - A Relação entre a Tecnologia e a Comunicação ......................................... 142
Tema 2 - O Fenômeno Técnico e suas Particularidades no Âmbito da Comunicação
 e da Cultura Contemporânea .................................................................... 148
Tema 3 - A Tecnologia da Informação e a Utilização de suas Ferramentas 
 Computacionais no Apoio à Atuação Profissional do Assistente Social ....... 155
Tema 4 - Mídia e Questão Social: o Direito à Informação como Direito Humano ....... 162
Tema 5 - A Indústria Cultural e seus Produtos Midiáticos .......................................... 169
Tema 6 - Configurações Midiáticas da Globalização: Hegemonia e Monopólios ....... 176
Tema 7 - A Blogosfera e as Alternativas à Comunicação Hegemônica ...................... 182
Tema 8 - O Assistente Social na Era das Comunicações ............................................ 189
Leitura e Produção de Textos
Tema 1 - Leitura, Texto e Sentido ............................................................................. 204
Tema 2 - Texto e Contexto ....................................................................................... 212
Tema 3 - Texto e Intertextualidade ........................................................................... 221
Tema 4 - Coerência Textual: um Princípio de Interpretabilidade ................................ 231
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Tema 1 - Você no Mundo ........................................................................................ 253
Tema 2 - Você com os Outros .................................................................................. 259
Tema 3 - Você e a Empregabilidade.......................................................................... 267
Tema 4 - Você Conquistando Oportunidades ........................................................... 275
Serviço Social na 
Contemporaneidade 
Autoras:
Edilene Xavier Rocha Garcia
Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre
 
476
Serviço Social na 
Contemporaneidade 
Orientações de estudo
Caro(a) aluno(a),
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base 
no livro A Natureza do Serviço Social, do autor Car-
los Montaño, Editora Cortez, 2009, 2ª Edição PLT 
354.
Ele é composto de oito temas:
Tema 1
Preleções sobre a Gênese do Ser-
viço Social 
Aborda os conteúdos do capítulo 1, itens 1 e 2, páginas 17-54 do PLT. Nele, você observará que o autor realiza 
uma discussão entre autores de diferentes vertentes sobre as causas que provocaram a emergência do Serviço 
Social enquanto profi ssão e sua legitimação social. 
Apresenta duas teses declaradamente opostas sobre a origem da profi ssão: uma que defende a profi ssionalização 
do voluntariado e outra a satisfação e manutenção do projeto hegemônico da classe burguesa.
Assim discorre a respeito da natureza, gênese, funcionalidade e legitimidade do Serviço Social. 
Tema 2
A Especifi cidade do Serviço Social 
Aborda os conteúdos do capítulo 1, item 2, páginas 54-69 do PLT. Nele, Montaño examina a legitimidade do 
Serviço Social enquanto profi ssão, sua utilidade pública e, o mais importante, a tensão em que vive o assistente 
social situado entre a lógica da perspectiva Endogenista e os fundamentos da perspectiva Histórico-crítica, pois, 
nas palavras do autor, ou há de servir a um ou a outro senhor.
Tema 3
O Serviço Social e as Políticas Sociais
Aborda os conteúdos do capítulo 1, das páginas 69-92 do PLT. Nele, você perceberá que o autor apresenta suas 
considerações sobre a as políticas sociais e o Serviço social. Você deve entender que, nessa obra, Montaño (2007) 
apresenta duas teses sobre a emergência do Serviço Social e, assim, o conteúdo das páginas acima citadas segue 
na mesma vertente, ou seja, por meio da contribuição de Alejandra Pastorini, tenta mostrar como as duas con-
cepções por ele abordadas, a perspectiva Endogenista e a perspectiva Histórico-crítica, conceituam e interpretam 
a relação do Serviço Social com as políticas sociais. 
 
77
Tema 4
A Natureza Subalterna do Serviço Social 
Aborda os conteúdos do capítulo 2, páginas 93-117 do PLT. Nele, o autor realiza uma diferenciação entre gênese 
e estrutura, surgimento e evolução do Serviço Social no Brasil. Discute que, apesar de acirradas tentativas, a pro-
fi ssão ainda não se “libertou” do Endogenismo que marcou a origem da profi ssão, nem do “discurso romântico” 
contra a ordem hegemônica capitalista, o que, na visão do autor, impede o Serviço Social brasileiro de questionar-
se socialmente. Discorre sobre o caráter de subalternidade atribuído à profi ssão e divide-o em quatro tópicos 
explicando-os concisamente. Uma refl exão indispensávelà formação profi ssional, descortinando verdades, des-
mistifi cando paradigmas, apontando saídas a problemas cotidianos.
Tema 5
O Objeto do Serviço Social
Aborda os conteúdos do capítulo 2, item 2, páginas 118-143 do PLT. Nele, você verá que o autor faz uma crítica 
sobre a existência, ou não, de um objeto específi co de estudo e intervenção do Serviço Social. Apresenta diversos 
autores que versam sobre o tema sob pontos de vistas diferentes, e a necessidade que a categoria de assistentes 
sociais se depara em encontrar uma especifi cidade da profi ssão a fi m de legitimá-la socialmente.
Tema 6
Particularidades do Serviço Social
Aborda os conteúdos do capítulo 2, páginas 143-161 do PLT. Nele, o foco de discussão são as particularidades do 
Serviço Social como profi ssão inserida na divisão sociotécnica do trabalho. Para respaldar as refl exões referentes 
a esse tema, faz-se necessário compreender o conceito de “trabalho” e o seu signifi cado para o Serviço Social. 
Abre-se aqui um espaço para uma profunda refl exão sobre o conceito de trabalho e se esse conceito aplica-se ao 
Serviço Social.
É também um espaço propício para debater sobre as particularidades que envolvem o Serviço Social, que segundo 
Montaño (2007, p. 154) “são desdobramentos da inserção da profi ssão na divisão sociotécnica do trabalho e suas 
características históricas”.
Tema 7
Teoria e Prática no Serviço Social 
Aborda os conteúdos do capítulo 2, páginas 161-194 do PLT. Nele, o autor realiza uma discussão sobre a teoria e a 
prática do Serviço Social, buscando entender esse conceito não só no que diz respeito aos termos em si, mas, sim, 
analisando a abrangência que a compreensão destes deve ter no desenvolvimento do “fazer” do assistente social. 
Estabelece uma análise baseada no “Método Belo Horizonte”, o qual é utilizado como base pelos praticistas, ou 
seja, aqueles profi ssionais que defendem que a prática é a base para a construção da teoria, como referencial para 
defesa dos conceitos ali apresentados. Emerge dessa discussão a necessidade de se entender a especifi cidade do 
Serviço Social, compreendendo suas particularidades, assuntos estes já estudados em temas anteriores, mas que 
sempre permeará a discussão sobre o Serviço Social como profi ssão.
 
478
Tema 8
Demandas Profi ssionais do Serviço Social
Aborda os conteúdos do capítulo 2, páginas 194-200 do PLT. Nele, você observará que o autor realiza uma dis-
cussão sobre as demandas tradicionais e as demandas atuais do Serviço Social, chamando a atenção para a ne-
cessidade de atualização dessa profi ssão para que não fi que presa ao conservadorismo no campo da intervenção 
profi ssional. 
Dessa forma, ressalta o autor que o assistente social deve assumir a responsabilidade e o desafi o de enfrentamen-
to às novas demandas, saturando-se de conhecimento crítico sobre a dinâmica da realidade sobre a qual e com a 
qual interage, pois é essa realidade o seu verdadeiro campo de atuação.
A análise de Montaño (2007) nesse tema reveste-se de importância, pois o profi ssional de Serviço Social deve ter 
clareza de que o seu conhecimento não deve se limitar à academia, mas, sim, deve sempre ser atualizado para 
que possa acompanhar e entender as mudanças que o movimento societário apresenta, podendo, assim, intervir 
com segurança e qualidade nas situações de vulnerabilidade social advindas da transformações sociais, além de 
compreender a necessidade de abertura de novos campos de trabalho para a profi ssão.
ATENÇÃO! As respostas para as atividades deste caderno estão disponíveis no ambiente vir-
tual do curso. Consulte seu tutor presencial para mais informações.
 
79
Tema 1
Preleções sobre a Gênese do Serviço Social 
Objetivos de aprendizagem
• Compreender o surgimento do Serviço Social como profi ssão.
• Discutir a perspectiva evolucionista e a perspectiva Histórico-crítica.
• Refl etir sobre a natureza, a gênese, e a funcionalidade do Serviço Social.
Para início de conversa
Neste tema, você irá estudar a origem do Serviço Social en-
quanto profi ssão. Você sabe por que este tema é importante? 
Porque ele permite discutir a realidade do Serviço Social na 
contemporaneidade. Serão abordadas as transformações que 
a economia, a política e a cultura provocaram na sociedade 
brasileira e como isso infl uenciou a profi ssão. 
Por dentro do tema
Neste primeiro capítulo, Carlos Montaño analisa sucintamente duas teses anta-
gônicas que afi rmam fundamentar a origem do Serviço Social como profi ssão 
reconhecida pela sociedade. Em cada uma delas, apresenta autores renomados 
que desenvolveram minuciosas pesquisas, detalhadas investigações, bem como 
inúmeras publicações que justifi cam suas ponderações. 
A primeira tese denominada perspectiva Endogenista defende que o Serviço So-
cial nada mais é que a “evolução, organização e profi ssionalização das formas 
‘anteriores’ de ajuda da caridade e da fi lantropia, vinculada agora à intervenção na 
‘questão social’” (MONTAÑO, p.20), enquanto que a segunda tese, a perspectiva 
Histórico-crítica, advoga que a gênese e a natureza do Serviço Social reproduzem 
o projeto político-econômico e ideológico da classe burguesa no contexto do capitalismo.
Essa discussão é de fundamental importância, pois oferece ferramentas teóricas ao aluno para não só com-
preender a história da profi ssão, mas também para mostrar sua signifi cação social na contemporaneidade. Além 
disso, permite uma refl exão sobre a identidade do assistente social na atualidade e os desafi os que se inserem 
nesse contexto.
Nas análises de Montaño, a perspectiva Evolucionista separa história e sociedade, ou seja, são demonstradas 
apenas como um 
 cenário de desenvolvimento profi ssional […], como uma maquete onde se insere uma peça autônoma” des-
conexa do fator que a determina, a história e como o homem e as relações sociais na história. Se a origem 
do Serviço Social pode ser considerada como uma “evolução das formas anteriores de assistência e ajuda […] 
deveríamos remontar a gênese do Serviço Social à Eva (para os cristãos) ou aos primeiros primatas (para os 
darwinistas) como antecessores e precursores do Serviço Social. (MONTAÑO, pp. 28-29)
 
480
Na perspectiva Histórico-crítica, a função do Serviço Social é autenticar, justifi car a ordem burguesa, na medida 
em que o Estado assume a questão social como sua responsabilidade, por meio das políticas sociais.
Desta forma, o autor possibilita uma investigação do caráter, da origem e das funções da profi ssão. Observe que 
Montaño torna possível a verifi cação de um conjunto de fatores, de pontos de vista divergentes, que contribuem 
para compreender o Serviço Social na contemporaneidade.
No aporte do autor, esses elementos ainda não têm sido debatidos o sufi ciente, produzindo assistentes sociais 
com uma formação teórico-metodológica mutilada. 
Há que se discutir o papel do Serviço Social na sociedade contemporânea e os rumos da profi ssão. Qual tese se 
efetiva: a perspectiva Endogenista, uma fi lantropia e caridade profi ssionalizada, ou a perspectiva Histórico-
crítica, o cumprimento do projeto político-econômico burguês a serviço do capital, desempenhando o controle 
social na execução terminal das políticas sociais?
Anotações
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81
Serviço Social na 
Contemporaneidade Tema 1 - Atividades
Agora é com você! Responda às questões a 
seguir para conferir o que aprendeu.
Questão 1
(FEPESE, 2006 - adaptada). No exercício profi s-
sional o assistente social desenvolve ações nas 
quais reconhece que:
 I. A solidariedade contemporânea e a solida-
riedade missionária são alternativas de so-
brevivência das famílias empobrecidas.
II. A família só pode ser atendida de forma dig-
na se cada um dos seus segmentos (criança, 
adolescentes, adultos e idosos) for conside-
rado na sua individualidade. 
III. Família é uma construção social, cultural e 
histórica, um núcleo formado por membros 
que têm laços consanguíneos, que mantêm 
relações de afetividade e de convivência e é 
locus onde se constróem subjetividades.
IV. Sua contribuição se dá no exercício do con-
trole social em favor da ideologia dominan-
te. 
V. Importância de se identifi car as fragilidades 
que as situações de vida impõem a todos os 
cidadãos, o que evidencia o caráter indivi-
dualizado das necessidades sociais.
Representam o pensamento Endogenista: 
a) As afi rmativas III, IV e V.
b) As afi rmativas I, II, e V.
c) As afi rmativas I, III eIV.
d) As afi rmativas II, III e IV.
e) As afi rmativas I,IV e V.
Questão 2
Leia o texto com atenção, inclusive as notas de 
rodapé, e assinale a única alternativa correta. 
Juan Barreix diferencia caridade de fi lantropia 
afi rmando que:
a) Caridade refl ete voluntariado e fi lantropia 
ações civis.
b) Caridade se refere às ações religiosas da Ida-
de Média e fi lantropia às ações religiosas 
contemporâneas.
c) Caridade e fi lantropia são sinônimos. 
Atividades
INSTRUÇÕES
É chegado o momento de verifi car seu aprendi-
zado. Leia com muita atenção cada enunciado, 
pois da interpretação correta depende o acerto 
de cada questão. Os 4 primeiros exercícios serão 
resolvidos individualmente. A atividade de nú-
mero 5 também será individual e sua resposta 
valerá nota e deverá ser postada no ambiente 
virtual de aprendizagem - Moodle. As questões 
de 6 a 10 serão desenvolvidas em grupo de 4 a 
5 membros, no máximo. Essa profi ssão requer 
trabalho em equipe. Divergência de ideias será 
inevitável. Discuta, leia o material de apoio, re-
fl ita com o grupo e chegue a um consenso. Esse 
exercício faz parte da sua formação profi ssional.
Atenção: Apenas a proposição de número 5 de-
verá ser postada no ambiente virtual e valerá 
nota. Tal atividade deverá ser realizada indivi-
dualmente e postada no Moodle.
Ponto de partida
Carlos Montaño realiza uma análise das causas 
que deram início ao Serviço Social como profi s-
são legitimada socialmente. O autor se baseia 
em quais documentos para concretizar tal refl e-
xão?
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82
Serviço Social na 
ContemporaneidadeTema 1 - Atividades
faz parte. Todavia, a relativa autonomia dos 
profi ssionais e seus compromissos ético-políti-
cos com os usuários dos serviços institucionais 
permitem que desenvolvam uma prática profi s-
sional: 
I. Crítica, em face das demandas e limites ins-
titucionais, valorizando os interesses dos 
usuá rios e sustentando a construção coletiva 
de respostas às suas demandas.
II. Neutra, objetivando evitar a presença e o 
acirramento das contradições sociais.
III. Legitimadora da política institucional, por 
meio da imposição de suas normas e da de-
fesa de seus objetivos e interesses.
IV. Conservadora, atuando de modo a enqua-
drar demandas dos usuários nos limites ins-
titucionais e defendendo os interesses domi-
nantes na instituição.
V. Voluntarista, desconsiderando as contradi-
ções sociais e institucionais.
Quais afi rmativas representam a perspectiva 
Histórico-crítica?
a) I e V.
b) II e III.
c) I e IV.
d). II e V.
e) III e IV.
Questão 5
José Paulo Netto contribui com a perspectiva 
Histórico-crítica ao afi rmar que os processos po-
líticos, culturais, econômicos e sociais da ordem 
burguesa no período do capitalismo monopolis-
ta “gestam as condições histórico-sociais” que 
favoreceram a gênese do Serviço Social.
POR QUE
Sem essa verifi cação, a análise do Serviço Social 
perde sua solidez e não passará de uma descri-
ção histórica de um conjunto de fatos que ocor-
reram, todavia não têm relação entre si e ainda 
que tais elementos sobrevieram de forma linear, 
sem oscilação, nem decorrências. 
CONSEQUENTEMENTE
“na emergência profi ssional do Serviço Social, 
não é este que se constitui para criar um dado 
espaço na rede sócio-ocupacional, mas é a exis-
tência deste espaço que leva à constituição pro-
fi ssional [...]” 
d) Conceitua caridade por ajuda humanitária e 
Filantropia por ações religiosas.
e) Defi ne caridade como inspiração religiosa e 
fi lantropia como a ajuda humanitária. 
Questão 3
Na perspectiva Histórico-crítica o Serviço Social 
se originou da “síntese dos projetos político-
econômicos. Eles operam no desenvolvimento 
histórico, em que se reproduz material e ideo-
logicamente a fração de classe hegemônica, 
quando no contexto do capitalismo na sua ida-
de monopolista, o Estado toma para si as res-
postas à questão social”.
Com essa afi rmação seus defensores advogam 
que:
I. O Serviço Social nasce para cumprir os inte-
resses ideológicos da classe dominante.
II. O Serviço Social emerge para subsidiar a luta 
da classe operária.
III. O Serviço Social surge para cumprir uma 
função na ordem social e econômica como 
partícipe na reprodução das relações sociais 
e ideológicas hegemônicas.
IV. A gênese do Serviço Social pode ser 
compreen dida como um produto histórico 
encontrado para solucionar a desigualdade 
social advinda da Revolução Industrial.
V. O profi ssional do Serviço Social desempenha 
um papel claramente político, cuja função 
se encaixa na engrenagem da divisão socio-
técnica do trabalho.
Assinale a única alternativa correta.
a) Todas as alternativas estão corretas.
b) Apenas II, III e V estão corretas.c) Apenas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas I, II e IV estão corretas.
e) Apenas I, III e V estão corretas.
Questão 4
(ENADE, 2004 - adaptada). Do ponto de vista 
das instituições empregadoras do assistente so-
cial, o conjunto de estratégias profi ssionais tem 
como objetivo último legitimar e reproduzir a 
instituição e a sociedade de classes da qual ela 
83
Serviço Social na 
Contemporaneidade Tema 1 - Atividades
A esse respeito, é possível concluir que:
I. O fato de a institucionalização do Serviço 
Social ocorrer após a Grande Depressão não 
pode ser considerado uma coincidência cro-
nológica.
II. A legitimação do Serviço Social não deve ser 
atribuída à profi ssionalização da ajuda ou 
da caridade, pois é necessário considerar a 
ordem monopólica capitalista. 
III. Na perspectiva Histórico-crítica o assistente 
social contribui com o aumento do acúmulo 
do capital e manutenção do sistema. 
IV. O contexto social, cultural, econômico e po-
lítico não podem ser avaliados como deter-
minantes na emergência do Serviço Social, 
uma vez que desconsidera a luta das classes 
no período do capitalismo monopolista.
V. Relacionar o contexto histórico ao surgi-
mento da profi ssão signifi ca afi rmar que 
os “atores”, os “protagonistas” do Serviço 
Social como profi ssão são “sempre pessoas 
singulares”, nunca podem ser considerados 
“atores coletivos”.
Assinale a única alternativa correta:
a) Todas as alternativas são falsas.
b) Apenas I, II, e V estão corretas. 
c). Apenas II, IV e V estão corretas.
d) Apenas I, II e C estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas. 
Questão 6
Complete as lacunas: 
Natálio Kisnerman (1980) pretende compreen-
der a história do Serviço Social, avaliando ___
____________________________. Dessa forma re-
monta a origem da profi ssão ao Positivismo de 
Comte, ao Século XIX. A gênese do Serviço So-
cial aparece identifi cada aqui “claramente ____
______________________________ sistemática de 
orientação protestante, por um lado, ou como 
forma prática da sociologia, por outro lado”. 
Mas, ao contrário de Kruse, negando como an-
tecedentes da profi ssão ______________________
______________________. Assim, Kisnserman, es-
quematizando uma suposta perspectiva dialéti-
ca, resume dizendo: o processo do Serviço Social 
é dialético […] A etapa _______________________
______________ constitui a tese […] surge o Servi-
ço Social como antítese, […] A partir de 1965, os 
movimentos de _____________________________ 
negam o Serviço Social - que agora é qualifi -
cado como____________________ - e procuram 
superá-lo numa síntese…”. (MONTAÑO, p. 21)
Questão 7
(ENADE, 2007 - adaptada). A análise do signi-
fi cado social do Serviço Social no processo de 
reprodução das relações sociais salienta o ca-
ráter contraditório da profi ssão. Ela reproduz, 
pela mesma atividade, interesses contrapostos 
que convivem em tensão, demandas do capital 
e do trabalho e só pode fortalecer um ou outro 
polo pela mediação de seu oposto. Esse caráter 
contraditório da atuação profi ssional decorre 
da relação de classes. Esta defi nição deriva de 
qual perspectiva quanto à natureza, gênese e 
funcionalidade do Serviço Social?
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 ____________________________________________
 ____________________________________________
 ____________________________________________
 ____________________________________________
Questão 8 
Balbina Ottoni Vieira, uma das representantes 
da perspectiva Endogentista realiza uma análi-
se bastante ousada na visão dos demais autores. 
Em um mínimo de 7 e num máximo de 10 linhas 
destaque suas principais ideias.
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84
Serviço Social na 
ContemporaneidadeTema 1 - Atividades
Questão 9 
O que Maria Lúcia Martinelli pretende demons-
trar ao afi rmar que na lógica da perspectiva 
Histórico-crítica o assistente social assume uma 
“identidade atribuída”? Mínimo de 5 e máximo 
de 7 linhas.
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 ____________________________________________
 ____________________________________________
Questão 10
Em um mínimo de duas linhas e num máximo de 
quatro explique com suas palavras o que susten-
ta a perspectiva Endogenista quanto à origem 
do Serviço Social. 
 ____________________________________________
 ____________________________________________
 ____________________________________________
 ____________________________________________
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Você quer saber mais sobre esse assunto? Então, 
consulte:
• Acesse o site do Conselho Regional de Serviço 
Social de São Paulo - CRESS/SP. Disponível em: 
<http://www.cress-sp.org.br/index.asp?fuse 
action=historia_ano>. Acesso em: 18 nov. 2010. 
Você não pode deixar de navegar nesse site. 
Logo que abrir o link observará uma “linha do 
tempo”; clique em cada ano que aparece na 
tela de seu computador e aparecerá a síntese 
histórica correspondente àquele ano. 
• Assista ao vídeo do Youtube. Disponível em: 
<http://www.youtube.com/watch?v=cyHekEAB_
js&feature=related>. Acesso em: 23 nov. 2010. 
Nele, Carlos Montaño (2009) apresenta duas 
teses a respeito da origem do Serviço Social. 
Você verifi cou que a perspectiva Histórico-crítica 
sustenta a gênese, natureza e funcionalidade 
da profi ssão como um produto histórico, cujo 
propósito é manter a ideologia dominante.
• Assista ao vídeo do Youtube, disponível no 
endereço eletrônico <http://www.youtube.com/
watch?v=vwC6fL57Idw>. Acesso em: 23 nov. 
2010. Esse vídeo traz uma entrevista com uma 
assistente social.
No seu PLT você verifi cou a perspectiva 
Endogenista que defende que a gênese, a 
natureza e a funcionalidade do Serviço Social 
se deram pela profi ssionalização das formas de 
ajuda ao próximo. Assista ao vídeo Aprenda um 
pouco sobre Serviço Social e refl ita a respeito 
das transformações que a profi ssão vem 
atravessando na contemporaneidade. 
Leia ainda:
• O artigo de Márcia Pastor e Eliane Cristina 
Lopes Brevilheri, Estado e Política Social. 
Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/
pdf/2009/2009_2/84%20ESTADO%20E%20
POLITICA%20SOCIAL.pdf>. Acesso em: 18 
nov. 2010. Trata das diferentes confi gurações 
assumidas pelo Estado no contexto do 
capitalismo e suas respostas diante da questão 
social. 
• O artigo Ana Carolina Santini B. de 
Abreo, Contemporaneidade e Serviço 
Social: contribuição para interpretação das 
metamorfoses societárias. Disponível em: 
<http://www.ssrevista.uel.br/c_v2n1_contemp.
htm>. Acesso em: 18 nov. 2010. Aborda as 
transformações no mercado mundial, refl etindo 
sobre as mudanças no espaço ocupacional do 
Serviço Social e as demandas à profi ssão. 
 
FINALIZANDO
Aqui você aprendeu um pouco mais da histó-
ria do Serviço Social. É importantíssimo conhe-
cer a história da profi ssão, pois por meio dela 
compreenderá o motivo pelo qual as assistentes 
sociais são confundidas com “aquelas mocinhas 
boazinhas que o governo paga para ter dó dospobres”. (ESTEVÃO, 1992, p.7)
Neste tema, você observou diferentes correntes 
sobre a origem do Serviço Social como profi ssão 
legitimada pela sociedade. A perspectiva Endo-
genista e a perspectiva Histórico-crítica.
Diversos autores foram pesquisados por Carlos 
Montaño para auxiliar na fundamentação teó-
rica pertinente ao tema em questão. 
85
Serviço Social na 
Contemporaneidade Tema 1 - Atividades
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Essa discussão é da maior relevância no início 
de sua formação acadêmica, pois proporciona 
uma refl exão sobre os rumos da profi ssão na 
contemporaneidade.
Você percebeu que no decorrer do curso será 
imprescindível seu empenho na leitura do seu 
PLT, no desenvolvimento das atividades e no 
acesso ao ambiente virtual - Moodle para acom-
panhar as informações que são acrescentadas.
Anotações
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486
Tema 2
A Especifi cidade do Serviço Social 
Objetivos de aprendizagem
• Conhecer a prática profi ssional permeada de tensão. 
• Demonstrar a legitimidade da prática profi ssional sob a perspectiva Evolucionista. 
• Apresentar os elementos que legitimam o Serviço Social sob a perspectiva Histórico-crítica.
Para início de conversa
Você saberia explicar por que o Serviço Social pode ser con-
siderado uma profi ssão legitimada socialmente? Você en-
tenderá que ela é reconhecida como legítima, verdadeira e 
admitida algo como justifi cável. 
Por dentro do tema
Sob as duas teses Endogenista ou Evolucionista e Histórico-crítica, reconhecida-
mente opostas, Carlos Montaño apresenta a tensão vivida pelos assistentes sociais 
devido aos alicerces que determinaram o Serviço Social como profi ssão.
Inicialmente é necessário saber o signifi cado de tensão. Houaiss conceitua por ten-
são:
 estado do que ameaça romper-se […] diferença de potencial entre 
dois de seus pontos […] força ou sistema de forças que age sobre um 
corpo sólido, por unidade de área, e é capaz de provocar compressão, 
cisalhamento ou tração […] estado de sobrecarga física ou mental. 
(Houaiss, 2001)
O mesmo autor entende por cisalhamento “fraturação das rochas sob a ação de esforços tectônicos, ou seja, dois 
esforços paralelos em sentidos opostos”. (id.)
Atente para uma leitura crítica e minuciosa do seu PLT a fi m de verifi car que Montaño pretende demonstrar mais 
que um estado mental dos assistentes sociais, mas um campo de forças antagônicas em sentidos opostos que 
certamente aspira provocar uma fratura na sociedade, esta que não necessariamente deve ser interpretada como 
negativa, podendo até signifi car o resultado da luta de classes. 
Obviamente não se deve desprezar o sentido primeiro do vocábulo “tensão”, entendido por Houaiss (2001) 
como “estado de sobrecarga física ou mental” a que têm se submetido os profi ssionais do Serviço Social ante a 
contraditória relação usuário x empregadores dos serviços prestados. Daí a importância do tema na sua formação 
profi ssional. Ele vai subsidiá-lo não só no enfrentamento da questão social, mas também no inevitável confl ito 
decorrente das duas teses que fundamentam a gênese, a natureza, a funcionalidade e a legitimidade da profi ssão. 
 
87
A perspectiva Endogenista também é conhecida por Evolucionista, pois, como o próprio nome já diz, nela a 
origem do Serviço Social deu-se como evolução das formas de ajuda que já existiam, porém de forma não siste-
matizada. Para os defensores dessa tese, a legitimidade da profi ssão ocorre apenas por meio da “especifi cidade 
da sua prática profi ssional” (MONTAÑO, p. 54). Torná-la verdadeira, jurídica e socialmente, é estabelecer limites 
às demais profi ssões de maneira que caiba ao Serviço Social uma única e exclusiva especifi cidade.
Dessa forma, para os Evolucionistas, ou Endogenistas, a prestação de serviços à população vulnerabilizada é 
trabalho específi co do assistente social. Também o é a pesquisa social, como condutora de sua prática, a metodo-
logia, os objetivos, os objetos de intervenção e as políticas sociais, seu campo de atuação.
Há autores que consideram essa especifi cidade uma “grande ilusão”, como é o caso de Maria Lúcia Martinelli 
(apud Montaño,2009, p. 55), isso porque todas as profi ssões são construídas com o propósito social defi nido, e 
nas palavras de Martinelli “com uma identidade atribuída”. Assim, como conferir problemas da área da saúde, 
habitação, saneamento básico, educação, entre outros, a profi ssionais exclusivos do Serviço Social?
Para os críticos desta concepção trata-se de uma “ilusão fetichizada”, conferindo ao assistente social o poder 
sobrenatural e/ou mágico de solucionar problemas estruturais, sem discuti-los com as instâncias provocadoras 
dos mesmos.
Montaño advoga que os defensores desses princípios o fazem por ansiedade, pois a mudança levaria o profi ssio-
nal do Serviço Social à perda da estabilidade. 
 Parece difícil aceitar a tese de que a legitimidade do Serviço Social recaia na ‘especifi cidade’ de sua 
prática, em especial em momentos nos quais espaços tradicionalmente ocupados por assistentes 
sociais estão sendo disputados com sociólogos, psicólogos sociais, terapeutas familiares e até pro-
fi ssionais não ligados diretamente ao ‘social’: agrônomos, médicos, arquitetos, entre outros […], 
sem perceber o lugar que ocupa a profi ssão na ordem socioeconômica, aparece como inteiramente 
“funcional” ao sistema e ao capital. (MONTAÑO, p.56)
Assim a especifi cidade é alimentada no intuito de a categoria profi ssional manter seu campo de trabalho, seu 
emprego.
Contrariamente à proposição demonstrada, os autores representantes da perspectiva Histórico-crítica esteiam 
que o Serviço Social ocupa um lugar na divisão sociotécnica do trabalho. Isso signifi ca que com o objetivo de 
cumprir o projeto hegemônico a favor do capital a profi ssão desempenha “funções de controle e apaziguamento 
da população em geral e das classes trabalhadoras em particular”. Além disso, corrobora com a acumulação do 
capital por meio da “socialização dos custos de reprodução da força de trabalho e do crescimento da demanda 
efetiva” estimulando a produtividade e o trabalho. (MONTAÑO, p. 57)
Nessa perspectiva, a legitimidade da profi ssão está relacionada à ordem burguesa; assim sua função social não se 
refere ao “seu caráter técnico” mas à “função política, de cunho educativo, moralizador e disciplinador” (ibid.).
José Paulo Netto, um dos representantes dessa tese, pondera que é apenas na ordem monopólica que a atividade 
dos assistentes sociais pode ser percebida como legítima, porque o desempenho de suas funções se consolida 
“por meio da divisão social e técnica do trabalho na sociedade burguesa”. (MONTAÑO, p.58)
Sob esta ótica, a profi ssão legitima-se sob duas dimensões: “dimensão hegemônica e a dimensão subalterna”. 
(ibid.)
De um lado, encontra-se o assistente social x classe demandante-empregador e do outro o assistente social x 
classe subalterna/usuário.
Na dimensão hegemônica, na qual o profi ssional relaciona-se com o demandante-empregador, a funcionalidade 
do Serviço Social é satisfazer aos interesses do sistema capitalista, enquanto que, na relação subalterna, o usuário 
assume o papel de demandante ao transformar suas necessidades em reivindicações, “obrigando” o Estado (ins-
trumento da classe hegemônica) a contratar o assistente social para diminuir sua vulnerabilidade.
Assim, o assistente social só poderá atuar após ser aceito e legitimado pela população assistida.
A questão social torna-se necessária uma vez que se transforma em estratégia de controle social por meio das 
políticas sociais executadas pelo assistente social, contratado pela classe dominante e legitimado pela população 
atendida. 
 
488
Todavia Montaño (2009) adverte que o:
 Compromisso ético-profi ssional, portanto, deve estar voltado para atender os problemas que afe-
tam essas classes sociais (que vivem do trabalho) […]. É por isso que a opção político-profi ssional 
deve, além das orientações ideopolíticas de cada assistente social individualmente, (o que pode 
reforçar ou não aquela opção), se voltar fundamentalmente para a defesa dos interesses e direitos 
das classes trabalhadoras e para a defesa dos princípios de democracia e justiça social, pois, mesmo 
que diretamente a demanda do profi ssional parta dos organismos ligados às classes dominantes, a 
verdadeira fonte […]. E, portanto o fundamento último da legitimação profi ssional está na demanda 
e luta que a população trabalhadora faz por serviços sociais e assistenciais, e da conquista de direitos 
universais […]. (MONTAÑO, p.64)
Anotações
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89
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 1
Parece difícil aceitar a tese de que a legitimida-
de do Serviço Social recaia na “especifi cidade” 
de sua prática, em especial em momentos nos 
quais espaços tradicionalmente ocupados por 
assistentes sociais estão sendo disputados por 
sociólogos, psicólogos sociais, terapeutas fami-
liares e até profi ssionais não ligados ao “social”: 
agrônomos, médicos, arquitetos, entre outros.
CONSEQUENTEMENTE
A legitimidade do Serviço Social exige construir 
barreiras invisíveis às demais profi ssões, criando 
espaços interprofi ssionais. 
POR QUE
As afi rmações acima ratifi cam a tese Evolucio-
nista.
A esse respeito, é possível concluir que:
a) As três afi rmações são verdadeiras, a segun-
da justifi ca a primeira e a terceira.
b) As três afi rmações são verdadeiras, a segun-
da justifi ca a primeira, mas não justifi ca a 
terceira.
c) A primeira afi rmação é verdadeira, a segun-
da e a terceira são falsas por não terem rela-
ção entre si.
d) As três afi rmações não têm relação entre si, 
porque a segunda e a terceira não justifi cam 
a primeira.
e) As três afi rmações são falsas, pois não tra-
tam da “especifi cidade” do Serviço Social.
Questão 2
(ENADE, 2007 - adaptada). Analise as afi rmati-
vas a seguir:
Na expansão monopolista, as funções políticas 
do Estado burguês se articulam organicamente 
com as suas funções econômicas.
POR QUE
O Estado condensa os interessescomuns do ca-
pital.
A esse respeito é possível concluir que:
I. A legitimidade do Serviço Social radica na 
especifi cidade da sua prática profi ssional.
Atividades
INSTRUÇÕES
Para dar suporte ao seu aprendizado, leia 
seu MONTAÑO, pp. 54-69 e se concentre nas 
reflexões apresentadas.
Assim, poderá estabelecer um diálogo com 
autores consagrados no tema que está estu-
dando. Lembre-se de que conhecer a história 
é de suma importância para sua carreira, mas 
refl etir sobre os conceitos analisados é da maior 
relevância.
Os cinco primeiros exercícios deverão ser resol-
vidos individualmente. A atividade de número 1 
é individual, valerá nota e a resposta deverá ser 
postada no ambiente virtual Moodle. As propo-
sições de 6 a 10 deverão ser desenvolvidas em 
grupo de 4 a 5 membros, no máximo.
Atenção: Apenas a proposição de número 1 
deverá ser postada no ambiente virtual e valerá 
nota.
Ponto de partida
Completa as lacunas:
A fonte da demanda profi ssional está na exis-
tência da chamada ______________, castigando 
os setores trabalhadores, mesmo que ela não 
seja direta nem ______________ e, sim, mediati-
zada pelo ______________ e outras instituições. 
O compromisso _______________, portanto, 
deve estar voltado para atender aos proble-
mas que afetam essas _______________[…] É 
por isso que a opção político-profi ssional e, 
deve, além das orientações ________________ 
de cada assistente social […], se voltar funda-
mentalmente para a _________________ dos in-
teresses e _________________ das classes traba-
lhadoras e para a ____________ dos princípios de 
_________________ e _________________ […].
Agora é com você! Responda às questões a 
seguir para conferir o que aprendeu.
Tema 2 - Atividades
90
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 4
Acreditar que o Serviço Social tem uma “espe-
cifi cidade” técnica, executora de tarefas apolí-
ticas e neutras, praticista, oculta o “manto de 
equidade“, orientado pela classe dominante e 
hegemônica. Esta tese se caracteriza por uma 
perspectiva rígida, sem movimento, a histórica, 
sobre os processos de demanda e respostas às 
necessidades sociais. Nelas se insere a profi ssão 
como prática legítima.
Nas análises de Montaño esta afi rmação se refe-
re ao pensamento:
a) Evolucionista.
b) Subalterno.
c) Endogenista.
d) Populista.
e) Histórico-crítico.
Questão 5
A reifi cação dos métodos e técnicas de interven-
ção, a burocratização das atividades, a psicolo-
gização das relações sociais, a absorção de uma 
terminologia mais adequada à estratégia de 
crescimento econômico acelerado são fatores, 
entre outros, que contribuem para:
a) Consolidar a “especifi cidade“ tão discutida 
nas Diretrizes curriculares do curso de Servi-
ço Social em 1963.
b) Confi rmar a legitimidade da prática do assis-
tente social sob a óptica de Vargas.
c) Encobrir na consciência do profi ssional as re-
ais implicações de sua prática. 
d) Encobrir na consciência dos usuários as reais 
implicações das demandas sociais.
e) Legitimar a “especifi cidade” da profi ssão, 
resultante da luta da Igreja Católica em fa-
vor do Serviço Social profi ssionalizado.
II. A legitimidade do Serviço Social dá-se por 
meio da pesquisa social, da metodologia, 
dos objetivos e dos objetos de intervenção.
III. O Serviço Social ocupa um lugar na divisão 
sociotécnica do trabalho. 
IV. A legitimidade do Serviço Social dá-se pela 
função prestada à ordem burguesa.
V. O Serviço Social legitima-se como profi ssão 
mediante sua prestação de serviços ao Esta-
do, na qualidade de executor terminal de 
políticas sociais.
Assinale a única alternativa correta:
a) Apenas I, II, e III estão corretas.
b) Apenas III, IV, e V estão corretas. 
c) Apenas II, IV e V estão corretas.
d) Apenas I, III e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas. 
Questão 3
A dimensão ______________ se refere à relação 
assistente social/usuário, relação esta quase sem-
pre mediatizada pelo Estado ou outros organis-
mos ofi ciais e empresariais. Apesar de o usuário 
não ser o contratante do assistente social, ele 
transforma suas necessidades e carências em rei-
vindicações e demandas ao _____________ e/ou 
em lutas contra as classes ____________________. 
É também o responsável pelo processo de trans-
formação de necessidades _________________ 
em demandas ______________. Assim, é o 
____________________ quem cria o espaço de 
trabalho do ___________________________. 
Assinale a alternativa que completa as lacunas.
a) Subalterna/Estado/hegemônicas/sociais/pro-
fi ssionais/usuário/assistente social.
b) Hegemônica/Estado/sociais/individuais/so-
ciais/profi ssional/usuário.
c) Subalterna/Estado/hegemônicas/profissio-
nais/individuais/usuário/assistente social.
d) Hegemônica/Estado/subalternas/individuais/ 
profi ssionais/ assistente social/usuário.
e) Subalterna/Estado/subalternas/individuais/
sociais/Estado/usuário.
Tema 2 - Atividades
91
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 8
Com base na resposta anterior, argumente por 
qual motivo os defensores da perspectiva Histó-
rico-crítica censuram a chamada “especifi cida-
de” do Serviço Social na dimensão Endogenis-
ta? Mínimo de 08, máximo de 10 linhas.
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Questão 9
Explique o que Iamamoto quis dizer ao afi rmar 
que o assistente social é um profi ssional da “co-
erção e do consenso”.
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Questão 6
(ENADE, 2007 - adaptada). Nas Diretrizes Gerais 
para o Curso de Serviço Social, aprovadas pela 
Assembléia Nacional da Associação Brasileira de 
Ensino e Pesquisa em Serviço Social, em 1996, 
as múltiplas expressões da “questão social” fi -
guram como objeto de trabalho do assistente 
social, nas mais variadas dimensões da realidade 
social. A realização de estudos socioeconômi-
cos, de acordo com o que postulam as diretrizes, 
orienta-se por uma perspectiva teórico-metodo-
lógica crítica.
É CORRETO AFIRMAR QUE:
À luz da orientação teórica adotada pelas Dire-
trizes, a direção social dos estudos socioeconô-
micos deve ser parametrizada pela perspectiva 
das desigualdades criadas pela sociedade capi-
talista.
VERIFICA-SE QUE: 
Os textos acima legitimam as ações do assisten-
te social sob qual perspectiva? Justifi que. Míni-
mo de 04 e máximo de 06 linhas
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Questão 7
Para os defensores da perspectiva Evolucionista 
qual é a especifi cidade do Serviço Social? Míni-
mo de 08, máximo de 10 linhas.
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Tema 2 - Atividades
92
Serviço Social na 
Contemporaneidade
de a Academia se preocupar em defi nir o que 
é o Serviço Social. Bem como a relevância em 
oferecer uma resposta para esta questão, no 
momento da formação profi ssional. 
• O artigo de Ednéia Machado, Questão Social: 
objeto do Serviço Social? Disponível em: < 
http://www.ssrevista.uel.br/c_v2n1_quest.htm>. 
Acesso em: 18 nov. 2010. Aborda a questão 
social como objeto do Serviço Social na nova 
proposta de reformulação curricular. Resgata 
a concepção de questão social como forma 
de refl etir sobre a mesma, ou suas expressões 
constituírem-se como objeto profi ssional do 
Serviço Social.
FINALIZANDO
Você viu que o debate sobre a “especifi cidade” 
do Serviço Social não é novo, nem deve termi-
nar tão cedo. Todavia, é da maior relevância 
para sua formação acadêmica. 
As demandas contemporâneas impõem novos 
desafi os à profi ssão e, para tanto, criativos e 
originais rumos hão de ser tomados em seu en-
frentamento, uma vez que a relação tencionada 
aos profi ssionais consolida-se entre a profi ssio-
nalização das formas de ajuda e a prestação dos 
serviços ao capital.
Na relação assistente social/empregador e assis-
tente social/usuário é ímpar encontrar um canal 
de comunicação em direção à democracia. A 
sociedade brasileira está mais madura que em 
décadas anteriores e, por este motivo, não acei-
ta ser ludibriada com programas paliativos para 
se manter sob domínio das classes hegemônicas. 
Por outro lado, o profi ssional de Serviço Social 
também não se submete mais ao caráter fi lan-
tropo de ajuda aos necessitados, porque enten-
de seu papel intelectual, técnico e político na 
transformação da estrutura social.
Daí a importância de sua dedicação à leitura 
de seu PLT, dos textos de Apoio Complementar 
e de seu empenho no desenvolvimento deste 
Caderno de Atividades. Tudo isso será útil para 
que você ocupe um lugar de destaque no mer-
cado de trabalho como profi ssional propositivo, 
respeitado e preparado a propor mudanças na 
sociedade. 
Questão 10
No aporte de Iamamoto e Carvalho (apud Mon-
taño, 2009, p.57), a legitimidade do assistente 
social emerge por meio de mais de um caráter. 
Aponte-os e explique-os: mínimo de 6 e máximo 
de 8 linhas. 
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AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Você quer saber mais sobre esse assunto? Então,
• Assista ao vídeo no Youtube, disponível em: 
<http://www.youtube.com/watch?v=eKf7GeKX
3uI&feature=fvsr>. Acesso em: 23 nov. 2010. 
Esse vídeo demonstra, com humor, as duas 
perspectivas, Endogenista e Histórico-crítica, 
que a sociedade tem da profi ssão.
• Assista ao vídeo no Youtube, disponível em: 
<http://www.youtube.com/watch?v=lbL8xU9i-
hM&feature=related>. Acesso em: 23 nov. 2010. 
Com ele você irá verifi car o que foi demonstrado 
em seu PLT, o trabalho multidisciplinar no 
trabalho de atendimento às famílias. 
• Assista ao vídeo no Youtube, 
disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=lc3Mkb5XT2M>. Acesso em: 23 nov. 
2010. Nas palavras de Montaño o que deve 
mover os profi ssionais do Serviço Social 
independente das teses que possam funda-
mentar a origem da profi ssão é o compromisso 
com a ética, com a democracia, com a justiça e 
com a equidade social.
Leia ainda:
• O artigo de Evaristo Colmán, O que é Serviço 
Social? Vigência de um “velho” problema e 
desafi o para a formação profi ssional. Dispo-
nível em: <http://www.ssrevista.uel.br/c_v1n1_
desafi o.htm> Acesso em: 18 nov. 2010. Colmán 
levanta nesse artigo algumas preocupações que 
o aparecimento súbito deste tema impõe para 
a formação profi ssional. Discute a importância 
Tema 2 - Atividades
 
93
Tema 3
O Serviço Social e as Políticas Sociais
Objetivos de aprendizagem
• Reconhecer as divergências conceituais de Política e Políticas Sociais.
• Defi nir o conceito de políticas sociais nas perspectivas Endogenista e histórico-critica.
• Relacionar Serviço Social com as Políticas Sociais que envolvem o ser humano e o trabalho.
• Refl etir sobre as tendências contemporâneas das Políticas Sociais.
Para início de conversa
Você sabia que nas últimas duas décadas têm-se intensifi ca-
do os debates sobre temas que envolvem as políticas sociais? 
Sabia que esse crescente interesse pelo tema pode ser atribu-
ído a diferentes circunstâncias? Porém, nenhum dos ângu-
los de análise das políticas sociais pode ser desvinculado das 
profundas transformações que se processam velozmente na 
sociedade capitalista contemporânea, e cujas interpretações 
desafi am intelectuais, pesquisadores, profi ssionais, gestores 
e todos os sujeitos investidos de algum nível de responsabili-
dade pública. Preste atenção, pois aqui não basta conhecer o 
conceito de políticas sociais, mas sim qual o seu vínculo com 
o Serviço Social..
Por dentro do tema
É imprescindível para a discussão do tema proposto conhecer primeiramente o que 
é política. Constantemente tal assunto é tema de conversas e debates, tanto aca-
dêmicas como informais, porque todos procuram apresentar um conceito próprio 
sobre o assunto. No entanto, para que se possa estabelecer um conhecimento real 
sobre política e políticas sociais é preciso ir além do que se estabelece no senso co-
mum. Em outras palavras, é necessário buscar conhecer qual a confi guração deste 
tema na formação e desenvolvimento da sociedade. 
Machado e Kyosen (2010, p.1) consideram que política é a “[...] ciência de bem 
governar um povo, constituído em Estado. Em um Estado democrático, essa gover-
nabilidade é exercida pelo poder público, via representantes conduzidos ao poder, 
direta ou indiretamente, pelo povo”.
Os autores analisam que o objetivo da “política” é estabelecer princípios que sejam indispensáveis à realização de 
um governo, bem como apontar caminhos para que o Estado realize as suas tarefas de maneira a alcançar sempre 
o bem-estar dos seus governados. 
Como parte de suas tarefas cabe ao Estado, conforme estabelece a Constituição Federal do Brasil, buscar o aten-
dimento às necessidades sociais básicas da população, seja por meio de garantias e ações concernentes à assis-
 
494
tência social, saúde, educação, segurança. É por meio dessas garantias e ações que se verifi ca a implementação e 
efetivação da política social do Estado. 
Para Machado e Kyosen (2010, p.2) “ política social é uma política, própria das formações econômico-sociais 
capitalistas contemporâneas, de ação e controle sobre as necessidades sociais básicas das pessoas não satisfeitas 
pelo modo capitalista de produção”. 
Os autores consideramque políticas sociais são uma ação de mediação entre as necessidades de valorização e 
acumulação do capital e as necessidades de manutenção da força de trabalho disponível para o mesmo. Assim, 
a política social pode ser entendida como uma forma de gestão estatal da força de trabalho e do preço da força 
de trabalho. 
Segundo Junqueira (2006, p. 197), a política social é parte do processo de alocação e distribuição de valores. Ela 
“[...] intervém no hiato derivado dos desequilíbrios na distribuição, em favor da acumulação e em detrimento da 
satisfação das necessidades sociais básicas, assim como na promoção da igualdade”. O objetivo dessa intervenção 
estatal é justamente promover os direitos sociais garantindo os direitos do cidadão.
Dessa forma, salienta-se a visão do autor acima citado “[...] as políticas sociais são decisivas para a consolidação 
democrática e para o futuro da economia, dado o seu potencial de redução de riscos políticos e sociais”. (JUN-
QUEIRA, 2006, p. 197)
A reformulação da Constituição Federal, ocorrida em 1988, pode ser tomada como um salto de qualidade no 
que tange à discussão sobre a integração da atuação das políticas sociais, pois passa a reconhecer os direitos dos 
cidadãos à saúde, à educação, à seguridade social etc. 
No entanto, é importante acrescentar que entre o discurso e a prática há um grande caminho a ser percorrido, 
uma vez que para se chegar a um consenso deve-se também trilhar o caminho das mediações, o qual engloba os 
interesses dos atores sociais com a organização gestora dessa política.
Seguindo ainda o raciocínio de Junqueira (2006), chama-se a atenção para o processo de implantação das diversas 
políticas sociais, uma vez que essa implantação não depende apenas da vontade política e dos recursos daqueles 
que são detentores do poder, pois cada política setorial tem também seus interesses peculiares.
 
 [...] Assim, a realização de um projeto articulado das políticas sociais demanda a mudança de práti-
cas, padrões e valores, enfi m, uma mudança na cultura organizacional das instituições autônomas 
provadas voltadas aos interesses coletivos e capazes de dar maior efi cácia à gestão das políticas 
sociais. (JUNQUEIRA, 2006, p.197)
Desse modo, considera-se que a política social ideal não é aquela colocada no papel de maneira técnica, mas 
aquela nascida de um processo de implementação com acompanhamento gerencial, porque de outra forma, a 
distância entre a elaboração e os resultados esperados pode apresentar uma defasagem muito grande. 
Preste atenção que vários autores se preocupam em explicar as políticas sociais, mas a compreensão conceitual 
do termo “políticas sociais” dependerá da escolha teórica de tais autores para compreensão do movimento socie-
tário. Dessa forma, os conceitos acima apresentados não devem ser vistos como defi nitivos mas como caminhos 
para que você estabeleça a sua própria escolha ou defi nição, assim como Montaño, no PLT, escolhido para esta 
disciplina.
Ressalta-se que na análise apresentada por Montaño (2007) no PLT o autor busca uma interlocução com vários 
autores que fundamentam as teses por ele levantadas. Isso mostra que a emergência do Serviço Social pode ser 
vista de forma “[...] internamente heterogênea” e os fundamentos legitimadores da profi ssão do ponto de vista 
teórico e interventivo nos dois posicionamentos, com particular ênfase no âmbito das políticas sociais”. (p. 10)
Considera ainda a “existência de um ‘vinculo genético’ entre o Serviço Social e as políticas sociais, não só pelo 
seu surgimento simultâneo, mas também por seu posterior desenvolvimento paralelo”.
Entenda que a preocupação do autor do PLT vai além da conceituação do termo Políticas Sociais. Busca compre-
ender como as duas teses analisadas em sua obra compreendem a atuação do assistente social sob a infl uência 
de uma ou de outra concepção ora analisada.
Para melhor fi xação e entendimento do assunto tratado, cabe a você ler com atenção o texto proposto em seu 
PLT, destacando os principais pontos analisados por Carlos Montaño e refl etindo sobre a importância desta análise 
para a sua atuação profi ssional. 
95
Serviço Social na 
Contemporaneidade
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Agora é com você! Responda às questões a 
seguir para conferir o que aprendeu.
Questão 1
Com relação às políticas sociais numa perspecti-
va crítica, é correto afi rmar:
a) São formas de manutenção da força de tra-
balho no sentido de superação das necessi-
dades básicas da população.
b) São serviços estatais que asseguram direitos 
aos mais espoliados, como correção das de-
sigualdades sociais.
c) São mecanismos de articulação de processos 
políticos, econômicos e sociais, com vistas à 
legitimação da ordem social e reprodução 
da força de trabalho.
d) São programas e medidas, cujo objetivo é as-
segurar o bem-estar social, refl etindo certas 
prioridades e valores humanistas por parte 
do Estado e da sociedade.
e) São ações capazes de proporcionar aos in-
divíduos e às famílias condições normais de 
vida e oportunidades para tornar a vida da 
classe trabalhadora mais organizada.
Atividades
INSTRUÇÕES
Para dar suporte ao seu aprendizado, concen-
tre-se nas refl exões apresentadas anteriormen-
te, busque respaldo na leitura de livros e textos 
sugeridos no tópico 7. Assim, poderá estabe-
lecer um diálogo com autores consagrados no 
tema que você está estudando. Preste atenção, 
pois durante uma leitura aprofundada do tema, 
você mesmo poderá traçar a sua linha de enten-
dimento sobre o assunto. Portanto, lembre-se 
de que conhecer os conceitos é de suma impor-
tância para o seu aprendizado. 
Os 5 primeiros exercícios deverão ser resolvi-
dos individualmente. A atividade de número 
10 também é individual e a reposta deverá ser 
postada no ambiente virtual de aprendizagem 
Moddle. 
Atenção: apenas a proposição de número 10 de-
verá ser postada no ambiente virtual Moddle.
Ponto de partida
Leia com atenção o trecho a seguir e responda 
ao questionamento.
“O Bolsa Família está consolidado como políti-
ca social no Brasil, cumprindo seu objetivo de 
transferir renda para famílias carentes. Atual-
mente o programa atende a 15,5 milhões de 
famílias, distribuindo 3,37% do Produto Interno 
Bruto (PIB) do País. É um dos fatores para a re-
dução de quase três pontos, entre 1995 e 2004, 
do índice Gini, na medida de concentração de 
renda, sendo responsável por 7% da queda. 
Desde o início do programa, em 2003, 19,4 mi-
lhões de famílias saíram da extrema pobreza, 
segundo dados da Fundação Getúlio Vargas”.
Fonte: Revista Desafi os do Desenvolvimento. Fragmento 
retirado da edição de maio/jun de 2010. Ano 7.n.61. 
Para Montaño (2007), partindo do pressuposto 
de que as políticas sociais devem ser pensadas 
sob uma perspectiva de totalidade, estrutural e 
histórica, a política social tem uma função eco-
nômica. Qual o conceito desta função e qual 
o objetivo que se pretende alcançar por meio 
dela?
Tema 3- Atividades
96
Serviço Social na 
Contemporaneidade
a Bolsa Família, mas os benefi ciários preferem 
não arriscar. Juceli Alves, 47, nove fi lhos, diz que 
teme perder os R$ 134 mensais da Bolsa Família 
se for registrada: “É melhor contar com o cer-
to”. O governo nega que os benefícios sociais 
causem “dependência”. 
Fonte: Folha de S. Paulo, São Paulo, 16 maio 2010.
Segundo Potyara Pereira (2008, p. 91), “é justa-
mente por ser confl ituosa (e contraditória), que 
a política [pública] permite a formação de con-
trapoderes em busca de ganhos para a comuni-
dade e de ampliação da cidadania”. 
Dadas as alternativas:
I. O benefício Bolsa Família, como políti-
ca contraditória, prejudica a condição de 
emancipação política de trabalhadores ao 
determinar o fi m de atividades de emprego 
intensivo.
II. A redução no número de empregados das 
lavouras de café, com 170 pessoas, para pas-
tagens geridas por menos de 10 pessoas, 
revela os objetivos mercantilistas do empre-
sariado rural, que subvaloriza a força de tra-
balho em favor de melhores taxas de lucro.
III. A opção por não ter registro em carteira e 
a falta de mão de obra para atividades de 
emprego intensivo revelam que a vinculação 
ocupacional nestas atividades é precária, le-
vando os trabalhadores a encontrar mais se-
gurança social nos benefícios de seguridade.
IV. O benefício Bolsa Família, no contexto noti-
ciado, tem um signifi cado político ameaça-
dor à reprodução das relações de exploração 
no trabalho.
Com base na notícia acima e, considerando a 
natureza confl ituosa das políticas sociais, é cor-
reto o que se afi rma:
a) Somente na afi rmativa I.
b) Somente na alternativa III.
c) Somente nas alternativas I, II, III.
d) Somente nas alternativas I e II.
e) Somente nas alternativas II e III.
Questão 4
Para Montaño (2007) existe um “vinculo gené-
tico entre o Serviço Social e as políticas sociais”. 
Segundo o autor, esse estreito vínculo é deriva-
do:
Questão 2
A partir da leitura do texto que segue, selecione 
a alternativa correta quanto às Políticas Sociais.
“[...] O trabalho do assistente social pode pro-
duzir resultados concretos nas condições ma-
teriais, sociais e culturais da vida de seus usuá-
rios, [...] em seus comportamentos, valores, seu 
modo de viver e pensar, suas formas de luta e 
organização, suas práticas de resistência.” (YAS-
BEK, 2004)
a) As políticas sociais representam espaços de 
dominação e priorização de interesses par-
ticulares, não sendo capazes de alterar as 
condições de vida dos usuários.
b) As políticas sociais representam o reconhe-
cimento das lutas e da prática cotidiana do 
assistente social em relação às necessidades 
de seus usuários.
c) As políticas sociais não se constituem como 
campo de trabalho específi co do assistente 
social.
d) As políticas sociais não são a mediação para 
o exercício da intervenção profi ssional.
e) As políticas sociais se estruturam vinculadas 
às iniciativas fi lantrópicas e o assistente so-
cial precisa se adequar a essas práticas, sob 
pena de não atender a seus usuários.
Questão 3
(MPRS, 2008 - adaptada). Leia a seguinte notí-
cia: 
BENEFÍCIO SOCIAL PREJUDICA ATIVIDADE 
RURAL DO NORDESTE
Para manter Bolsa Família trabalhador opta 
por não ter carteira assinada. Trabalhadores 
rurais do Nordeste estão optando por não ter 
registro em carteira para continuar recebendo 
benefícios sociais como a Bolsa Família e a apo-
sentadoria especial antecipada, relata Fernando 
Canzian. A falta de mão de obra resulta no fi m 
de atividades que usam emprego intensivo. Em 
Brejões (BA), lavouras de café, que emprega-
vam mais de 170 pessoas, estão virando pastos 
geridos por menos de 10 pessoas. No caso da 
aposentadoria, o registro anula a condição de 
“segurado especial”. Quem trabalha só alguns 
meses na safra não perderia necessariamente 
Tema 3 - Atividades
97
Serviço Social na 
Contemporaneidade
a) Das lutas empreendidas pela categoria para 
se fi rmar como profi ssão.
b) Das diferentes formas de se conceber as po-
líticas sociais.
c) Do lugar que o Serviço Social ocupa na di-
visão sociotécnica do trabalho no início da 
sociedade monopolista.
d) Das diferentes formas de se pensar o Estado 
e segundo a ênfase dada às diferentes fun-
ções que ele cumpre na sociedade. 
e) Do projeto ético-político da profi ssão.
Questão 5
Para os autores que entendem as políticas so-
ciais como “aquelas ações que procuram dimi-
nuir as desigualdades sociais geradas a partir 
das naturais diferenças entre os sujeitos e suas 
relações na sociedade e no mercado”, a concep-
ção da gênese do Serviço Social como profi ssão 
é dada pela: 
a) Profi ssionalização da fi lantropia.
b) Legitimação do Serviço Social.
c) Reconhecimento do Serviço Social como 
política.
d) Mudança social contemporânea.
e) Concepção de estado e de suas funções.
Questão 6
Leia o artigo “Política e política social” de Ed-
néia Maria Machado e Renato Obikawa Kyosen. 
Disponível em: <www.ssrevista.uel.br/n1v3.pdf> 
Conceitue Política e Política Social em um máxi-
mo de 12 linhas:
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Questão 7
Preencha as lacunas em branco na afi rmação a 
seguir: 
Para Faleiros, as políticas sociais “só podem ser 
entendidas como um _______________________
________________, dentro do contexto da ____
_______________________________na idade dos 
____________________”.
Questão 8
Em relação às políticas sociais, ao falar em “des-
politização” da esfera econômica, tanto na 
produção quanto na distribuição, qual a crítica 
apresentada por Alejandra Pastorini sobre esta 
política?
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Tema 3 - Atividades
98
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 9
Leia atentamente as considerações apresenta-
das e responda o que se pede:
1- Na concepção histórico-crítica (segunda 
tese) as políticas sociais são vistas, para além 
da sua função social, como mecanismos de 
articulação tanto de processos políticos, 
quanto econômicos. 
2- Se o Serviço Social surge como uma profi s-
são vinculada à execução dessas políticas 
sociais,o assistente social se legitima como 
ator por meio do desempenho das mesmas 
funções, ou seja, a função social, econômica 
e política.
Pergunta-se: segundo a análise apresentada 
no PLT por Alejandra Pastorini, o que é preciso 
para que a funcionalidade do Serviço Social de-
rivada da funcionalidade da política social seja 
desvendada?
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Questão 10
Segundo Montaño (2007) qual a concepção de 
políticas sociais apresentada pela concepção En-
dogenista (primeira tese). 
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AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Você quer saber mais sobre o assunto? Então:
• Leia As políticas sociais no contexto 
neoliberal, de Bezerra Silva. Disponível em: 
<www.geniodalampada.com/index.php? 
politicas- sociais...servicosocial>. Aceso em: 15 
nov/ 11/2010. Nesse texto, você poderá conhecer 
aspectos das políticas sociais analisados pela 
autora sob a ótica do neoliberalismo. Tal análise 
abre novos cainhos para você pensar o assunto 
tratado de maneira crítica e contemporânea.
• Leia Politica Social: direito de cidadania? 
de Edinéia Maria Machado. Disponível em: 
<www.ssrevista.uel.br/c_v3n1_politica.htm>. 
Acesso em: 15 nov. 2010. Esse é um trabalho 
que aborda conceitos sobre a política social 
analisando-a como um direito de cidadania. A 
leitura desse texto será de grande proveito para 
o seu aprendizado. 
• Pesquise o site: <http://revistaeletronicardfd.
unibrasi l .com.br/ index.php/rdfd/artic le/
viewArticle/239>. Acesso em: 18 nov. 2010. 
Leia o trabalho de André Viana Custódio e 
Ismael Francisco de Souza. Políticas sociais e 
as diretrizes para formulação de uma política 
nacional de combate ao trabalho infantil. 
A leitura dessa dissertação aprofundará 
seu conhecimento sobre a formulação e 
implementação das política sociais, conhecendo 
por meio da análise de uma situação real os 
resultados que a aplicação política pode trazer 
à sociedade.
Lembre-se de que todos esses trabalhos 
poderão subsidiar seus estudos, mas caberá a 
você interpretar o melhor caminho na escolha 
teórica para interpretar a natureza do Serviço 
Social. 
FINALIZANDO
Como você estudou até aqui, compreender o 
Serviço Social como profi ssão não depende de 
uma simples leitura. É necessário que você com-
preenda os diferentes caminhos percorridos, 
desde a sua gênese até os dias atuais e também 
interprete o que os vários autores apresentam 
sobre o tema. 
De igual importância é a compreensão das po-
líticas sociais, que, de forma complexa, possi-
bilitam analisar o movimento da sociedade, as 
necessidades sociais oriundas deste movimento.
Inserido nesse contexto, o Serviço Social suscita 
a investigação apresentada por Montaño (2007) 
Tema 3 - Atividades
99
Serviço Social na 
Contemporaneidade
e, dialogando com os trabalhos de Marilda 
Iamamoto, José Paulo Netto, Vicente Faleiros e 
Maria Lucia Martinelli, entre outros, busca situ-
ar a emergência da profi ssão em meio ao desen-
volvimento capitalista. 
Para que você possa avançar no entendimento 
deste tema, faça uma leitura atenciosa do con-
teúdo apresentado pelo autor. Leia as conside-
rações dos autores por ele consultados para que 
você tenha o seu conhecimento ampliado e sua 
prática apurada. Assim, contribuirá de manei-
ra ativa para a consolidação do Serviço Social 
como profi ssão.
Anotações
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Tema 3 - Atividades4100
Tema 4
A Natureza Subalterna do Serviço Social 
Objetivos de aprendizagem
• Refl etir sobre o caráter de subalternidade do Serviço Social brasileiro. 
• Examinar quatro aspectos considerados fomentadores do caráter de subalternidade apontados pelo autor.
Para início de conversa
Como você já observou nos capítulos anteriores, Montaño 
fundamenta sua discussão a respeito da origem, natureza e 
funcionalidade do Serviço Social em duas teses opostas. O 
Tema 4 torna-se interessantíssimo, pois a despeito da tese 
escolhida para justifi car as origens da profi ssão, fomenta a 
discussão a respeito das possíveis razões sobre a natureza su-
balterna do Serviço Social no mundo do trabalho. Abre-se 
um leque de refl exões rumo a uma terceira via para a conso-
lidação do exercício profi ssional.
Por dentro do tema
Neste capítulo, Carlos Montaño denuncia que apesar de participar de inúmeros mo-
vimentos com intenção de romper com o conservadorismo, os profi ssionais acaba-
ram por reforçá-lo. Critica que os assistentes sociais preocupados com a metodolo-
gia esqueceram-se de questionar a profi ssão sociologicamente, seu papel social, sua 
função junto à transformação da estrutura da sociedade. Para o autor a “tecnifi ca-
ção” confi rmou o “paternalismo” ainda estigmatizado na ação do Serviço Social.
Por outro lado, justifi ca que essa é uma característica de sociedades que passaram, 
ou passam, por regimes políticos repressivos e autoritários. No contexto histórico-
político brasileiro dos anos de 1960-1970 não havia ambiente para uma discus-
são sobre o papel social da profi ssão, assim a “massa intelectual”, como denomina 
Montaño, dedicou-se à sua instrumentalização. Foi possível apenas “se tornar efi ciente no que faz sem questionar 
por que o faz e para quem o faz” (MONTAÑO, p. 96).
Com o Movimento de Reconceituação esses profi ssionais criticam o “metodologismo”, mas não obtiveram o su-
cesso esperado. Assim, esse Movimento não passou de “intenção de ruptura” e o Serviço Social seguiu atrelado 
à sua origem tradicional.
Montaño credita a natureza e a legitimidade do Serviço Social ao fenômeno da subalternidade. Entende que o 
Serviço Social na contemporaneidade pode ser compreendido se analisado sob quatros aspectos vinculados ao 
exercício profi ssional: a questão do gênero, o empobrecimento do estudante e o futuro profi ssional, a condição 
do assistente social como funcionário público e, fi nalmente, o Serviço Social visto como tecnologia em relação às 
ciências sociais. De forma sucinta, mas não menos efi ciente, o autor argumenta sobre possíveis alicerces respon-
sáveis pela postura de submissão da profi ssão no mundo do trabalho.
 
101
Com relação à questão de gênero explica que o fato do público à procura do curso de Serviço Social ser “emi-
nentemente feminino”, em uma sociedade patriarcal, corrobora com a visão de que esta é uma profi ssão de me-
nor importância, visto ser carreira para mulheres. Reproduz o caráter assistencialista da profi ssão, afi nal, “na nossa 
cultura, o assistencialismo é [...] uma combate [...] predominantemente feminino”. (MONTAÑO, p. 99) 
O empobrecimento do estudante/profi ssional de Serviço Social é citado não por desprezar a democrati-
zação do ensino, mas para demonstrar que enquanto, na origem da profi ssão, as classes altas eram os maiores 
interessados pelo tema, na atualidade, as camadas mais baixas economicamente é que têm maior interesse pelo 
Serviço Social. No entendimento dos autores consultados por Montaño, esse fato se dá pois “facilita a empatia” 
do assistente social com o público usuário de seus serviços, contribui para “ajustar a autoimanem de identidade 
entre este profi ssional e os estratos mais empobrecidos“ da sociedade (MONTAÑO, p. 104). Ao se referir ao as-
sistente social como funcionário público e empregado do capital, advoga que este surge como executor 
terminal das políticas sociais, cujo objetivo é a “consolidação da ordem”. Para os autores examinados não é sem 
propósito que o Estado (poder público) é estabelecido como “fonte privilegiada de emprego para o assistente 
social [...] que passa a ser um “servidor público”, acarretando servilismo deste profi ssional ao órgão empregador 
e não à causa pela qual foi contratado. 
O último elemento ponderado por Carlos Montaño para fi ns de análise da subalternidade da profi ssão é o Serviço 
Social como “tecnologia” e sua relação com as “ciências”. “O Serviço Social é entendido como uma tecnolo-
gia [...] não produz conhecimento teórico, utiliza-se apenas da [...] importação do acervo teórico das ciências e [...] 
realiza [...] sua aplicação” (MONTAÑO, p. 114). A Tecnologia não é aceita como produção de conhecimento, mas 
apenas como aplicação do mesmo, o que imprime uma percepção de inferioridade aos profi ssionais da área e aos 
que não são da área ao contemplarem o Serviço Social com certa superioridade, pois lhe emprestam sua produção 
teórica para que o Serviço Social possa se utilizar dela na intervenção social.
Nas considerações de Montaño, este é um julgamento equivocado, pois nem todo acervo teórico é efi ciente e 
sufi ciente no exercício da prática profi ssional, e para isto o praticismo - tão criticado - dos assistentes sociais é 
fundamental e insubstituível. Ambos, intelectual e técnico têm seu papel social o que é inegável, mas um não 
substitui o outro, nem o supera.
Finaliza este capítulo advertindo que não há motivos para se deixar levar por “uma visão fatalista, de que nada 
pode ser feito dentro das amarras das organizações burocráticas” (MONTAÑO, p. 109), pois nem os organismos 
estatais ou particulares são fortalezas inexpugnáveis da ideologia dominante, nem as comunidades ou os grupos 
populares transmitem, infalivelmente, o ponto de vista proletário. (LIMA, 1993, apud, MONTAÑO 2009, P.109)
Anotações
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Inexpugnável: Inconquistável.
Proletariado: conjunto dos trabalhadores de um determinado país, região, 
cidade etc., ou do mundo inteiro; classe social dos proletários; 
classe trabalhadora.
102
Serviço Social na 
ContemporaneidadeTema 4 - Atividades
Atividades
INSTRUÇÕES 
Caro aluno, agora que você já fez uma leitura do 
material proposto para o desenvolvimento des-
ta aula e já assistiu à explicação sobre o tema, 
é chegado o momento de verificar seu aprendi-
zado. Leia com muita atenção cada enunciado, 
pois da interpretação correta do texto depende 
o acerto de cada questão. Observe que os seis 
primeiros exercícios deverão ser resolvidos indi-
vidualmente. A atividade de número 7 também 
é individual e será considerada como atividade 
avaliativa. Portanto, a reposta deverá ser posta-
da no ambiente virtual de aprendizagem Moo-
dle. As questões de 8 a 10 deverão ser desenvol-
vidas em grupo de 4 a 5 membros, no máximo. 
Atenção: Apenas a questão de número 7 deverá 
ser postada no ambiente virtual e valerá nota. 
Essa atividade deverá ser realizada individual-
mente e postada no ambiente virtual de apren-
dizagem no dia especificado no cronograma de 
aulas. Preste atenção também às orientações do 
professor durante as aulas transmitidas. 
Ponto de partida
Neste tema, Carlos Montaño discute o caráter 
da subalternidadedo Serviço Social e defende 
que o mesmo está ligado a alguns elementos. 
Quais são eles?
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Agora é com você! Responda às questões a 
seguir para conferir o que aprendeu.
Questão 1
Montaño afi rma que um dos fatores do Servi-
ço Social assumir o caráter de subalternidade é 
não produzir conhecimento próprio e utilizar-
se do acervo teórico de outras ciências. A isso 
denomina-se:
a) Tecnologia Social.
b) Teoria Social.
c) Ciência Social.
d) Tecnologia.
e) Ciência.
Questão 2
Se o profi ssional de campo não produz teoria, 
mas usando os conhecimentos já acumulados 
para explicar a estrutura e dinâmica do fenôme-
no com o qual se depara [...] elabora um conhe-
cimento situacional (diagnóstico) para intervir 
crítica e efetivamente nos processos,
ENTÃO,
Esta atividade (de campo) não é subordinada ou 
subalterna à científi ca, mas elas se comportam 
como complementares. 
ASSIM,
O assistente social de campo não tem motivo 
para ser considerado subalterno ao (assistente 
social) acadêmico; assim como o conhecimento 
situacional (diagnóstico) não é menos impor-
tante que o teórico.
A ESSE RESPEITO É POSSÍVEL CONCLUIR QUE 
Cada conhecimento, teórico e situacional, tem 
funções e espaços próprios na produção do co-
nhecimento. 
PODE-SE AFIRMAR QUE
a) A primeira afi rmação é falsa, a segunda, a 
terceira e a quarta são verdadeiras e apre-
sentam relação entre si.
b) As quatro afi rmações são verdadeiras, pois 
se justifi cam mutuamente.
c) As três primeiras afi rmações têm relação en-
tre si, e a quarta afi rmação é falsa.
103
Serviço Social na 
Contemporaneidade
recebidos por homens e mulheres. Pelo contrá-
rio, a diferença acentua-se. No caso do comércio, 
por exemplo, a diferença de rendimentos para 
profi ssionais com escolaridade de onze anos ou 
mais de estudo é de R$ 616,80 a mais para os 
homens. Quando a comparação é feita para o 
nível superior, a diferença é de R$1.653,70 para 
eles. Disponível em: < http://oglobo.globo.com/
economia/boachance/>. Acesso em: 19 out. 2010 
(com adaptações).
Considerando o tema abordado acima, analise 
as afi rmações seguintes:
I. Quanto maior o nível de análise dos indica-
dores de gêneros, maior será a possibilidade 
de identifi cação da realidade vivida pelas 
mulheres no mundo do trabalho e da busca 
por uma política igualitária capaz de supe-
rar os desafi os das representações de gêne-
ro.
II. Conhecer direitos e deveres, no local de tra-
balho e na vida cotidiana, é sufi ciente para 
garantir a alteração dos padrões de inserção 
das mulheres no mercado de trabalho.
III. No Brasil, a desigualdade social das minorias 
étnicas, de gênero e de idade não está ape-
nas circunscrita pelas relações econômicas, 
mas abrange fatores de caráter histórico-
cultural.
IV. Desde a aprovação da Constituição de 1988, 
tem havido incremento dos movimentos ge-
rados no âmbito da sociedade para diminuir 
ou minimizar a violência e o preconceito 
contra a mulher, a criança, o idoso e o ne-
gro.
É correto apenas o que se afi rma em: 
a) I e II
b) II e IV
c) III e IV
d) I, II e III
e) I, III e IV
Questão 5
Carlos Montaño, ao discutir que o empobreci-
mento do estudante/profi ssional do Serviço So-
cial contribui para o fomento do caráter de su-
balternidade da profi ssão, salienta que não faz 
críticas à democratização/socialização do ensi-
no; pelo contrário, suas elucubrações inferem-se 
que em um modelo de sociedade capitalista, a 
d) As quatro afi rmações são falsas, pois não 
tratam da “subalternidade” do serviço so-
cial.
e) Apenas a segunda e quarta afi rmações são 
verdadeiras e apresentam relação entre si, 
enquanto que a primeira e a terceira afi r-
mações são falsas.
Questão 3
Ao mencionar o assistente social funcionário 
público como refém do Estado empregador, 
Montaño pondera que este ator utiliza-se de 
estratégias organizacionais para o desempenho 
de suas funções. Assinale a alternativa que des-
creve essas táticas descritas por Michel Crozier.
a) O saber situacional; o domínio da informa-
ção; o controle político; o domínio da regra 
institucional; e o controle do usuário das po-
líticas sociais. 
b) O saber científi co; o domínio da informação; 
o controle político; o domínio da regra insti-
tucional; e o controlo do usuário das políti-
cas sociais.
c) O saber e a perícia; a informação conjun-
tural; o domínio da regra institucional; e o 
controle do entorno institucional.
d) A articulação política; o controle social; a 
participação cidadã; o poder sobre as comu-
nidades locais. 
e) O saber e a malícia; a informação conjun-
tural; o domínio das relações de poder; e o 
controle do entorno da comunidade local.
Questão 4
(ENADE, 2010). Conquistar um diploma de curso 
superior não garante às mulheres a equiparação 
salarial com os homens, como mostra o estudo 
“Mulher no mercado de trabalho: perguntas e 
respostas”, divulgado pelo Instituto Brasileiro 
de Pesquisas e Estatísticas (IBGE), nesta segun-
da-feira, quando se comemora o Dia Internacio-
nal da Mulher.
Segundo o trabalho, embasado na Pesquisa 
Mensal de Emprego de 2009, nos diversos grupa-
mentos de atividade econômica, a escolaridade 
de nível superior não aproxima os rendimentos 
Tema 4 - Atividades
104
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 7
Ao tratar da questão de gênero e relacioná-la 
ao caráter de subalternidade da profi ssão, o au-
tor dialoga com diversos autores que argumen-
tam sobre o inegável papel de destaque de mu-
lheres ocidentais e orientais, infelizmente não 
admitido economicamente nem tampouco legi-
timado nas sociedades patriarcais. Realize, indi-
vidualmente, uma pesquisa sobre três mulheres 
que marcaram a época em que viveram, por 
terem realizado ações humanitárias, ou políti-
cas ou de qualquer outro caráter, que tenham 
se destacado por realizar algo que as distinguiu 
das demais de sua época e/ou mudado os rumos 
da humanidade. Essas mulheres podem ser de 
outros países e até de outros Continentes. 
Pesquisa:
Coloque os nomes completos dessas mulheres, 
sua nacionalidade, a idade que tinham quando 
realizaram este feito, o país de origem e o que 
realizaram que fi zeram delas uma referência 
para a história da humanidade. Esta pesquisa 
será livre. Oriento que os quesitos a serem ava-
liados serão: a pesquisa solicitada com os itens 
acima, a criatividade e a originalidade, ou seja, 
personagens inusitadas, que não são conheci-
das. 
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proximidade das condições socioeconômicas do 
assistente social com as classes populares, por 
um lado, facilita imensamente sua capacidade 
de empatia, contribui também para conformar 
a autoimagem de identidade entre este profi s-
sional e os estratos mais empobrecidos. Esta, 
apesar de no plano socioeconômico pes soal ter 
fundamento, fetichiza a relação profi ssional 
com o usuário das políticas sociais, levando o as-
sistente social, em diversos casos, a ignorar sua 
funcionalidade e signifi cação social.
Assinale a alternativa que completa as lacunas 
conforme o texto e as análises de Montaño: 
a) Interpretação da realidade/empobrecidos/
usuário/signifi cação social.
b) Simpatia/empobrecidos/empregador/signifi -
cação social.
c) Empatia/enriquecidos/intelectual/legitima-
ção social.
d) Empatia/empobrecidos/usuário/signifi cação 
social.
e) Interpretação da realidade/discriminados/re-
gulador/ signifi cação social.
Questão 6
A que fato o autor atribui o elevado índice de 
pessoas pertencentes às camadas médias e bai-
xas da população ingressarem nas universida-
des, acesso, até pouco tempo, exclusivo da clas-
se burguesa?
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Tema 4 - Atividades
105
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 8
Em sua obra, Montaño (2009) atribui ao vocá-
bulo “Intelectual” uma conotação não usual. 
Esclarece que “Intelectual não é sinônimo de 
acadêmico e “Técnico” não se refere a “profi s-
sional de campo”. Leia seu PLT e explique o que 
o autor denomina de “Intelectual”.
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Questão 9
Com a resposta da questão anterior é ratifi cada 
a opção ideológica do autor pelo divórcio entre 
teoria e prática? Sim ou Não? Justifi que sua res-
posta em um mínimo de duas e um máximo de 
quatro linhas.
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Questão 10
A respeito da relação polarizada ciência/ técnica 
e teoria /prática, Complete as lacunas:
No Documento de Araxá considera-se o Ser-
viço Social como uma técnica social, porquan-
to infl uencia o _____________________ e o 
meio, nos seus inter-relacionamentos (CBCISS, 
1986:23); enquanto no Encontro de Sumaré, o 
Serviço Social caracteriza-se como prática ou 
_______________________________ em virtude de 
atuar em realidades sociais concretas. (id.:139). 
Por outro lado, para Kisnerman, o Serviço Social 
constitui uma ocupação profi ssional que, estu-
dando as ________________________, traduz ne-
cessidades sociais em _________________________ 
(1980: 123). (MONTAÑO, p. 114)
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Você quer saber mais sobre esse assunto? Então: 
• Leia o artigo O sentido da refl exão sobre 
autonomia no Serviço Social de Carla Andréia 
Alves da Silva. Disponível em: <http://www.
ssrevista.uel.br/>. Acesso em: 29 nov. 2010. Vo-
lume 6 - Número 2 - jan./jun. 2004. Este artigo 
constitui-se em um estudo sobre a autonomia e 
seu entendimento na categoria dos assistentes 
sociais brasileiros.
• Leia o artigo Do conservadorismo à moral 
conservadora no Serviço Social brasileiro de Lé-
lica Elisa Pereira de Lacerda e Olegna de Souza 
Guedes. Disponível em: <http://www.ssrevista.
uel.br/>. Acesso em: 29 de nov. 2010. Volume 8 
- Número 2 - jan./jun. 2006. Neste artigo você 
encontrará uma breve abordagem de algumas 
das formas de conservadorismo que permeiam 
a ação e o discurso dos assistentes sociais, desde 
a emersão da profi ssão, perdurando até os dias 
atuais, com o intuito de suscitar debates sobre o 
assunto na categoria profi ssional.
• Leia o artigo Ciência, Tecnologia e Gênero: 
Desvelando o Signifi cado de Ser Mulher e Cien-
tista. De ELISA YOSHIE ICHIKAWA, JULIANA MÔ-
NICA YAMAMOTO E MAÍRA COELHO BONILHA 
Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/>. 
Acesso em: 29 nov. 2010. Volume 11 - Número 
1 - jul./dez. 2008. Os estudos sobre ciência, tec-
nologia e gênero, apesar de sua heterogeneida-
de, compartilham um objetivo político comum: 
a defesa de que não é possível compreender a 
Tema 4 - Atividades
106
Serviço Social na 
Contemporaneidade
ciência e a tecnologia ignorando o contexto so-
cial do sujeito cognoscente.
FINALIZANDO
Ninguém se forma no vazio. Formar-se supõe 
troca, experiências, interações sociais, aprendi-
zagens, um sem fi m de relações; ter acesso ao 
modo como cada pessoa se forma e ter em con-
ta a singularidade de sua história e, sobretudo, 
o modo singular como age, reage e interage 
com seus contextos. (MOITA, 2007, p. 115)
Nesse tema, você viu que postura profi ssional 
deve estar vinculada à formação profi ssional 
que, igualmente, está vinculada à construção da 
identidade e perfi l profi ssional. Assim, chama à 
refl exão a epígrafe apresentada. Seria errado 
vincular os três aspectos ou você pode conside-
rar uma inovação a discussão desses aspectos? 
É essencial, na discussão da formação profi ssio-
nal em Serviço Social, considerar que este tema 
é marcado por embates de ordem teórico-me-
todológica e que, até hoje, têm refl etido no co-
tidiano da atuação profi ssional. Dessa forma, é 
importante atentar que a discussão deste tema 
não deve encerrar aqui, mas sim ser constante-
mente trabalhada e analisada para que a cada 
dia possa acrescentar conhecimento ao profi s-
sional de Serviço Social.
Anotações
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Tema 4 - Atividades
 
107
Tema 5 
O Objeto do Serviço Social
Objetivos de aprendizagem
• Refl etir sobre a existência de um objeto para o Serviço Social.
• Discutir a especifi cidade como elemento legitimador da profi ssão.
• Relacionar o objeto do Serviço Social com o signifi cado social da profi ssão.
Para início de conversa
Caro acadêmico, este tema é de extrema relevância para a 
sua formação profi ssional, pois como o título denuncia, trata 
do elemento de estudo e intervenção do Serviço Social. Mon-
taño traz vários autores que versam sobre o assunto. Destaco 
a perspicaz análise de Netto (1992) ao apresentar o Serviço 
Social como uma estrutura reiterativa, ou seja, uma profi ssão 
que reitera a o ecletismo. 
Ecletismo: Diretriz teórica originada na Antiguidade grega 
que se caracteriza pela justaposição de teses [...] formando 
uma visão pluralista de mundo e multifacetada [...] disposi-
ção de espírito que se distingue pela escolha do que parece 
melhor entre várias doutrinas, métodos ou estilos. (HOUAISS, 
2001)
Por dentro do tema
Montaño (2009) assinala que nas discussões entre a categoria profi ssional não há consenso para a nomenclatura 
dispensada ao objeto de estudo e intervenção do Serviço Social, “tematizada, ora como especifi cidade, ora como 
identidade, ora como natureza, ora como perfi l, ou até cultura” (MONTAÑO, p. 
118). Acredita que este esforço dá-se em virtude de legitimá-lo diante das demais 
profi ssões.
Para discutir sobre a existência ou não da especifi cidade do Serviço Social é preciso 
primeiramente compreender o que é especifi cidade. 
O autor aplica por conceito deste vocábulo a “qualidade que certa espécie possui e 
pela qual se torna especial, diferente das outras” (p.120); por esta razão, atribui-se 
ao objeto do Serviço Social a importância de identidade.
 
4108
Identidade: “conjunto de caracterísitcas e circusntâncias que distinguem uma pes-
soa ou uma coisa e graças às quais é possível individualizá-las”. (HOUAISS, 2001)
O que Carlos Montaño (2009) pretende demonstrar é que o objeto de uma profi ssão é algo tão particular que não 
deve ser tratado no exercício de outras profi ssões e/ou de outros profi ssionais. 
Ao analisar as leis que regem o sistema capitalista verifi ca-se que o Serviço Social, na busca por sua especialização 
o faz numa perspectiva de “pulverização” e “segmentação” da realidade em “questões sociais”. Os fi lósofos, 
 sociólogos, economistas, entre outros pensadores consultados por Montaño (2009), apontam que ao invés de 
dedicarem o olhar para a estrutura da sociedade no sentido de intervir nela e transformá-la, a segmentaram, es-
pecializando uma profi ssão para tal.
Essa afi rmação manifesta-se a partir da tese histórico-crítica quanto a gênese da profi ssão, ou seja, está vinculada 
à ordem burguesa. Todavia, no “momento em que a classe burguesa perdeu seu caráter crítico revolucionário pe-
rante as lutas proletárias”, ocorreu a “segmentação da realidade em questões sociais”, permitindo o surgimento 
de uma intervenção igualmente pulverizada: “as políticas sociais setoriais e pontuais”. (MONTAÑO, pp. 125-126)
Desta forma, procurar pelo objeto do Serviço Social exige identifi cá-lo na divisão sociotécnica do trabalho, como 
demonstra Lukács “a especialização cada vez mais estreita é o “destino” da nossa época [...] a extensão da ciência 
moderna atingiu uma amplitude que não permite à capacidade de trabalho de um só homem dominar enciclope-
dicamente todo o campo do saber humano”. (LUKÁCS, 1992, p.122 apud MONTAÑO, pp. 120-121)
O Serviço Social origina-se neste contexto histórico e por isso Montaño discute a existência, ou não, de seu objeto/
especialidade, considerando-o segmentador da realidade.
Admite que haja autores que sustentam a falta da especifi cidade da profi ssão e que, segundo eles, isso se dá 
“pela inexistência de um corpo teórico próprio, a carência de um método único, a ausência de objetos, de ques-
tões sociais particulares a estes” (p. 127). Nessa vertente, as atividades do Serviço Social podem ser desempenha-
das por outros profi ssionais como sociólogos, psicólogos sociais, antropólogos etc.
Infere-se que a categoria de assistentes sociais “obstinadamente” deseja estabelecer a especifi cidade do Serviço 
Social acreditando assim garantir sua legitimidade.
Montaño destaca quatro elementos com os quais autores pesquisados defi nem a especifi cidade do Serviço Social:
1. Recorrer à legitimidade para reverter a subalternidade gerada pela separação positivista entre ciência x técnica. 
Aqui distinguem-se três tendências:
 • O grupo que entende o objeto social como próprio do Serviço Social, pois acredita que o mesmo 
constitui uma ciência.
 • Os que determinam o campo de pesquisa como objeto de conhecimento específi co do Serviço 
Social, como sendo a sistematização da prática profi ssional.
 • Aqueles que não concebem a existência de um objeto específi co, exclusivo, do Serviço Social, nem 
acreditam na “sistematização de sua prática”, “entendem que há uma “perspectiva” determinada, 
um certo “olhar” ou dado “recorte” específi co da realidade, do objeto social, próprio à profi ssão”. 
Para estes, o Serviço Social é percebido como “parte de um corpo interdisciplinar”. (MONTAÑO, 
p. 132)
2.Buscar a especifi cidade por meio de “metodologia própria: a prática profi ssional específi ca”. Tal aspecto 
permite perceber o Serviço Social como Tecnologia, “uma profi ssão cuja essência recai na atividade interventiva, 
na prática de campo e cujo método de intervenção lhe é específi co”. (MONTAÑO, p. 137)
3. Defi nir o específi co do Serviço Social “no tipo do sujeito com o qual trabalha (seu público-alvo): na re-
lação profi ssional-povo” (pp. 141-142). Nessa vertente a profi ssão é apreendida como uma militância política 
vinculada a uma população politicamente organizada.
 
109
4. E como último elemento, decorrente do anterior, identifi car a especifi cidade do Serviço Social “nos pretensos 
objetivos próprios” da profi ssão: conscientização das classes populares, a organização e a transformação social 
(MONTAÑO, p. 142). Nas palavras de Boris Lima “a teleologia do Serviço Social se encaminha para libertar as 
massas, situando sua meta na transformação das relações sociais”. (GUERRA, 1995, p.174, apud MONTAÑO, 
2009, p. 142)
Teologia: qualquer doutrina que identifi ca a presença de metas, fi ns ou objetivos últimos 
guiando a natureza e a Humanidade, considerando a fi nalidade como o princípio explicativo 
fundamental na organização e nas transformações de todos os seres da realidade. (HOUAISS, 
2001)
Anotações
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Tema 5 - Atividades
110
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Atividades
INSTRUÇÕES
Caro acadêmico, agora que você já fez uma 
leitura do material proposto para o desenvol-
vimento desta aula e já assistiu à explicação so-
bre o tema, é chegado o momento de verifi car 
seu aprendizado. Ressalto que leia com atenção 
cada enunciado para poder decifrar o que cada 
atividade está solicitando. Lembre-se de que a 
interpretação de texto fará parte do seu coti-
diano profi ssional. As cinco primeiras atividades 
deverão ser resolvidas individualmente. As pro-
posições de 6 a 10 deverão ser desenvolvidas em 
grupo de 4 a 5 membros, no máximo. O traba-
lho em equipe provoca discordância de ideias, 
o que é fantástico, pois promove a refl exão e 
fomenta a pesquisa. Não fujam da discussão. 
Leiam o material de apoio, refl itam, e cheguem 
a um consenso. Saliento que este exercício faz 
parte da sua formação profi ssional.
Ponto de partida
Neste tema, Carlos Montaño (2009) discute a es-
pecifi cidade do Serviço Social. O que signifi ca a 
palavra “especifi cidade”? 
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Agora é com você! Responda às questões a 
seguir para conferir o que aprendeu.
Questão 1
Assinale a alternativa correta. 
Montaño destaca que um dos temas prediletos 
apontados pelos assistentes sociais em Congres-
sos e encontros da categoria é a falta de especi-
fi cidade da profi ssão. Segundo as pesquisas do 
autor isso se dá graças à:
a) Existência de um saber específi co/campo de 
intervenção defi nido/presença de um sujei-
to próprio/metodologia e técnica defi nidas/ 
objetivos exclusivos da profi ssão.
b) Existência de um saber específi co/ausência 
de um campo de intervenção/carência de 
um sujeito próprio/metodologia e técnica 
defi nidas/falta de objetivos exclusivos.
c) Insufi ciência de um saber específi co/ausên-
cia de um campo de intervenção/carência de 
um sujeito próprio/defi ciência de métodos e 
técnicas/falta de objetivos exclusivos. 
d) Existência de um saber específi co/campo de 
intervenção indefi nido/presença de um su-
jeito próprio/metodologia e técnica defi ni-
das/objetivos exclusivos da profi ssão.
e) Insufi ciência de um saber específi co/ausên-
cia de um campo de intervenção/presença 
de um sujeito próprio/métodos e técnicas 
defi nidos/falta de objetivos exclusivos.
Questão 2
Assinale a alternativa que completa as lacunas:
Buscando legitimar a profi ssão, mas ainda pro-
curando reverter a _______________________ ge-
rada pela separação positivista entre ciência e 
________________, alguns autores tentam achar 
esta “_________________” profi ssional pensan-
do na existência de um _____________“especí-
fi co”, no sentido de uma “_______________”. 
(MONTAÑO, p. 129)
a) Legitimidade/técnica/especificidade/saber/
teoria própria.
b) Subalternidade/religião/legitimidade/saber/
teoria própria.
c) Subalternidade/técnica/legitimidade/saber/
teoria própria.
Tema 5 - Atividades
111
Serviço Social na 
Contemporaneidade
d) Subalternidade/técnica/especificidade/sa-
ber/teoria própria.
e) Legitimidade/técnica/especificidade/saber/
teoria própria.
Questão 3
Assinale a alternativa correta.
Nas pesquisas de Teixeira Caldas e D’Auria, 
“dois assistentes sociais afi rmaram que a espe-
cifi cação de uma dada ciência consiste na de-
terminação de seu objeto e o defi niram como 
‘condições internas no interior das classes domi-
nadas’”. Em outra entrevista para o profi ssional 
o objeto do Serviço Social consiste em:
a) Investigar e interpretar as necessidades e 
potencialidades da população.
b) Identifi car se as classes dominadas se perce-
bem enquanto objeto de dominação.
c) O saber social e institucional.
d) A articulação política, investigação social e 
interpretação da realidade de humanidades. 
e) Interagir entre a máquina pública a serviço 
da hegemonia capitalistae necessidade da 
população dominada.
Questão 4
É específi co do assistente social:
a) Conhecer as doenças da população.
b) Desenvolver trabalhos educativos em comu-
nidades.
c) Intervir na realidade social para modifi cá-la.
d) Criar leis de defesa dos direitos da po-
pulação.
e) Aprovar leis de defesa dos direitos da popu-
lação.
Questão 5
Maria Lúcia Rodrigues On entende que o Servi-
ço Social não assume o desafi o de “constituir-se 
como profi ssão produtora de conhecimentos”. 
A autora entende que existe um conhecimento 
específi co “construído” a partir de um método 
próprio o que demarca “a legitimidade de sua 
confi guração profi ssional” e que se constitui em 
mediação da sua intervenção. Este saber “espe-
cífi co” seria o resultado da objetivação própria 
de sua __________________. 
Assinale a alternativa que completa a lacuna 
conforme o texto de seu PLT:
a) Signifi cação social.
b) Prática profi ssional
c) Legitimação social.
d) Observação profi ssional.
e) Interpretação profi ssional.
Questão 6
Leia seu PLT (p.136), apoie-se em um dicionário 
e responda: o que Montaño (2009) cita que o 
Serviço Social não possui objeto de conhecimen-
to próprio, portanto não produz teoria própria. 
Possui, isto sim, um saber técnico-operativo au-
tóctone [...] por isso pode elaborar “teoria so-
bre o social” e não “teoria de Serviço Social”.
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Tema 5 - Atividades
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Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 7
Responda à questão segundo a análise de Gar-
cia Salord .
Garcia Salord entende que os “objetivos espe-
cífi cos” correspondem aos modelos e níveis de 
interpretação que constituem a metodologia 
específi ca do Serviço Social. Nesta visão, geral-
mente tende-se a conceber o assistente social 
como:
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Questão 8 
Em sua obra, Montaño (2009) defi ne especifi ci-
dade. Leia seu PLT e explique por que “especi-
fi cidade” confunde-se com “identidade”. Míni-
mo de seis, máximo de dez linhas.
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Questão 9 
Com relação à resposta da questão anterior, por 
que o autor discute a existência, ou não, da “es-
pecifi cidade” do Serviço Social? Mínimo de cin-
co, máximo de sete linhas.
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Questão 10
Carlos Montaño assevera que há os que deter-
minam o “campo de pesquisa” como objeto de 
conhecimento específi co do Serviço Social como 
sendo a sistematização da prática profi ssional. 
Nessa vertente, a “pesquisa” no Serviço Social 
estaria orientada para a ação. O Centro Latino 
Americano de Trabalho Social (CELATS) entende 
que a pesquisa é um instrumento que ajuda a 
desenvolver um objetivo principal. Qual é esse 
objetivo na visão do CELATS?
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Tema 5 - Atividades
113
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Anotações
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AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Você quer saber mais sobre esse assunto? Então: 
• Leia o artigo Questão social: objeto do 
Serviço Social, de Ednéia Maria Machado, 2008. 
Disponível em: <www.ssrevista.uel.br>. Acesso 
em: 29 nov. 2010. A questão social tem sido 
colocada, na nova proposta de reformulação 
curricular, como objeto do Serviço Social. 
Resgatar a concepção de questão social como 
forma de refl exão sobre a possibilidade de a 
questão social, ou as expressões da questão 
social se constituirem em objeto profi ssional é o 
objetivo deste artigo. 
• Leia o artigo Questão Social: um conceito 
revisitado de Lessi Inês Farias PINHEIRO. 
Disponível em: <http://www.eumed.net/rev/
cccss/03/fpod.htm>. Acesso em: 27 nov. 2010. 
A questão social foi constituída em torno das 
transformações econômicas, políticas e sociais 
ocorridas na Europa do Século XIX. Este artigo 
apresenta as visões de três autores, ligados a 
diferentes disciplinas da área social, com visões 
distintas da questão social.
• Asista ao fi lme Uma noite no museu, direção 
de Shawn Levy, que retrata a importância de 
estabelecer uma rede de contatos entre os 
diversos segmentos de uma comunidade e 
refl ita sobre o papel do assistente social diante 
dos confl itos sociais.
FINALIZANDO
Neste tema, você pôde observar uma acirrada 
discussão entre Montaño e diversos autores so-
bre a especifi cidade do Serviço Social, verifi cou 
os motivos pelos quais o autor defende a “não 
especifi cidade” da profi ssão e sim a particulari-
dade da mesma, assunto que será discutido no 
próximo capítulo.
Por outro lado, apresentou características pró-
prias dos profi ssionais da área ao intervirem 
na realidade social. Como já perceberam é 
uma obra bastante crítica, o que instiga à lei-
tura, não só do PLT, mas também do material 
de apoio proposto neste caderno e dos textos 
complementares. 
Tema 5 - Atividades
 
4114
Tema 6
Particularidades do Serviço Social
Objetivos de aprendizagem
• Conhecer o conceito de trabalho.
• Conhecer a importância do trabalho para a sociedade e as noções que permeiam a discussão sobre este 
tema.
• Analisar a existência de especifi cidades nas profi ssões da área social.
• Refl etir sobre a “especifi cidade” como exclusividade do Serviço Social.
• Compreender as particularidades do Serviço Social.
Para início de conversa
A discussão sobre trabalho não é nova e também não é des-
conhecida por você. O tema é bastante instigante, pois faz 
parte de uma realidade que permeia a vida das pessoas. Por-
tanto, é muito familiar, permitindo que você se envolva tanto 
para exaltá-lo quanto para criticá-lo.
Independentemente de qual seja o seu posicionamento no 
momento, a compreensão desse tema torna-se imprescindí-
vel para o profi ssional de Serviço Social, isso porque entender 
como acontecem as relações de trabalho é a abertura para 
compreender as discussões, os avanços e os desafi os impos-
tos ao Serviço Social na sociedade contemporânea.
Por dentro do tema
Inicialmente, você analisará algumas noções e conceitos sobre trabalho e sua impor-
tância na sociedade capitalista e nas relações sociais que envolvem o ser humano 
nessa atividade produtiva, considerando-se aqui que é por meio do trabalho que o 
homem atua sobre a natureza e a transforma, transformando também a sua própria 
natureza.
No entendimento de Pessanha (2004), o trabalho é indispensável para a vida social 
e para a formação do ser humano, o que o torna essencial, uma vez que é por meio 
do trabalho que cada homem constrói a sua própria história e produz a sua existên-
cia. Este processo de produção é impulsionado por contradições que produzem um 
movimento constante, porém necessário para gerar as transformações na realidade.
Conceituar a categoria trabalho é uma tarefa complexa, pois ainda, segundo Pessanha (1994), o termo carrega 
em si muito da concepção burguesa que, utilizando-se das ideias de Locke, ainda que deslocadas de seu conceito 
histórico, justifi ca moralmente a propriedade privada como produto do trabalho, ou seja, essa ideologia apresenta 
o trabalho como “virtude universal” a ser pregada e desenvolvida pelos homens.
 
115
Em uma concepção genérica, porém, trabalho pode ser conceituado como o uso da força de trabalho, na relação 
com a natureza, que tem como objetivo a produção de valores de uso utilizados para o suprimento da necessida-
de humana. Dessa forma, a categoria trabalho se fi rma como essencial para a constituição do ser humano como 
ser social, independentemente de sua complexidade, mas levando-se em consideração sua contribuição para o 
desenvolvimento da sociedade.
Neste caminho, não se pode deixar de lado a preocupação primordial que é a de situar o Serviço Social em meio 
a tal discussão, abordando então, neste tema, como a profi ssão é compreendida neste mundo tão complexo. 
Ressalta-se que estes são conceitos primordiais para a compreensão da confi guração do Serviço Social na divisão 
sociotécnica do mundo do trabalho.
Insere-se ainda na discussão deste tema as refl exões apresentadas no PLT sobre a especifi cidade que envolve as 
profi ssões da área social, especifi camente o Serviço Social. 
Montaño (2007) arremete contra a necessidade de se determinar a especifi cidade da profi ssão, pois entende que 
não é esta especifi cidade que determinará a natureza do Serviço Social e tampouco de outras profi ssões, mas sim 
as particularidades apresentadas por cada uma delas.
Mas qual a diferença entre especifi cidade e particularidade? Não teriam o mesmo sentido ou o mesmo conceito? 
Veja: na linguagem do dicionário “especifi cidade” é entendida como “qualidade do que é especifi co”, ou seja, 
qualidade do que é especial, exclusivo. No mesmo dicionário pode-se encontrar como conceito de “particularida-
de” aquilo que é particular, ou o que pertence apenas a certas pessoas ou coisas. Pode-se notar que é esta tênue 
linha que diferencia os termos em questão é o objeto que norteia as discussões de Montaño (2007), nas páginas 
que foram escolhidas como base para discussão desta aula, quando o autor apresenta suas refl exões sobre a na-
tureza do Serviço Social, e que devem, também, chamar a sua atenção.
Segundo Cólman (1994, p. 01), “As ideias de Montaño não constituem um posicionamento isolado. Autores 
importantes como José Paulo Netto e Marilda Vilela partilham em geral do mesmo ponto de vista, embora não 
façam desta recusa o centro de suas formulações”. Deste modo, abre-se um novo caminho para a análise da 
natureza do Serviço Social, qual seja, conhecer as particularidades desta profi ssão, o que segundo Montaño pode 
dar mais visibilidade à singularidade, universalidade e à mediação da particularidade, onde, segundo o autor, “as 
categorias são partícipes de um universal, de uma totalidade, carregada de historicidade” (2007, p. 156). Mas 
qual a pertinência de se discutir a existência ou não de uma especifi cidade para o Serviço Social?
Para Cólman (1994, p. 02), a discussão sobre este tema é relativamente recente, mais precisamente da década 
de setenta, “Até então, nos diversos meios profi ssionais, aceitava-se, como premissa, que o Serviço Social era 
uma disciplina profi ssional com alguma especifi cidade. Divergia-se quanto aos atributos desta especifi cidade, masnão da premissa geral”. Com o movimento de negação das bases funcionalistas do Serviço Social tradicional, 
surge então uma nova premissa em que José Paulo Netto afi rma “[...] Nos últimos anos, na produção intelectual 
do Serviço Social, vem-se afi rmando um movimento signifi cativo: o surgimento de elaborações que, rompendo 
defi nitivamente com as velhas preocupações acerca da “especifi cidade profi ssional”, priorizam a construção de 
conhecimentos sobre objetos da ação do assistente social” (Netto in Montaño, 2007). 
Pode-se notar que Montaño (2007, p.156) não está sozinho no caminho tomado, ou seja, desmistifi car a impor-
tância da especifi cidade do Serviço Social, que, segundo o autor, “remete à imutabilidade das atribuições, portan-
to do caráter aistórico, e às suas dimensões inclusivas e exclusivas, preocupando-se em analisar a particularidade 
da profi ssão, que contrariamente remete a categorias que são históricas, dinâmicas e tendenciais”.
Ressalta-se que a preocupação no estudo deste tema não se resume em exaltar os caminhos escolhidos por al-
guns autores na explicação ou conceituação da natureza do Serviço Social. Vai além, pois conhecer os caminhos 
teóricos escolhidos por estes autores auxiliará a você, caro aluno, a compreender o Serviço Social como profi ssão 
e como esta profi ssão insere-se no mundo do trabalho. 
116
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Atividades
INSTRUÇÕES
Para dar suporte ao seu aprendizado, sugere-se 
concentração nas refl exões apresentadas ante-
riormente e que busque respaldo nas leituras de 
livros e textos sugeridos no tópico 7.
Assim, poderá estabelecer um diálogo com au-
tores consagrados no tema que está estudando. 
Lembre-se de que conhecer conceitos é de suma 
importância para o seu conhecimento, mas as 
refl exões sobre os assuntos e conceitos anali-
sados são de mais importância ainda para que 
você tenha domínio sobre o que está estudan-
do.
Os cinco primeiros exercícios deverão ser resol-
vidos individualmente. A atividade de número 
10 também é individual e a reposta deverá ser 
postada no ambiente virtual de aprendizagem 
- Moodle - valerá nota. As proposições de 6 a 
9 deverão ser desenvolvidas em grupo de 4 a 5 
membros, no máximo.
Atenção: Apenas a proposição de número 10 
deverá ser postada no ambiente virtual e valerá 
nota.
Ponto de partida
Leia com atenção o relato a seguir: 
O BRASILEIRO ESQUECIDO
O motorista Cristiano Alan de Jesus, 39 anos, é 
um brasileiro esquecido. Nascido em Feira de 
Santana, na Bahia, mudou-se para São Paulo 
há 21 anos. “Lá eu trabalhava como pedrei-
ro, mas achava que aqui poderia melhorar de 
vida”, diz Cristiano. Morador do bairro Cháca-
ra do Sol, próximo à Represa Billings, na Zona 
Sul de São Paulo, ele pega um ônibus às 4 da 
manhã e passa duas horas e meia no trânsito 
para chegar ao centro da cidade. Seu trabalho 
consiste em dirigir uma van, para entregar pães 
a restaurantes. Cristiano, cujo salário é de 1.200 
reais, tem carro particular, mas como a gasoli-
na é cara para seu orçamento, só o utiliza para 
levar um de seus três fi lhos ou algum vizinho 
ao hospital. Onde ele mora, não há transporte 
público à noite nem pronto-socorro próximo. 
Suas duas fi lhas mais velhas foram adotadas de 
uma cunhada que morreu, há dezesseis anos. A 
novidade obrigou a sua mulher a abandonar o 
emprego de vendedora para cuidar da família. 
[...] Para comprar o terreno de sua casa, ainda 
não concluída, Cristiano trabalhou quinze horas 
por dia como conferente de estoque e vigilante, 
durante dois anos. Como ele gosta de dizer: “O 
trabalhador tem de batalhar”. 
(Depoimento retirado da Revista Veja, p.91. Editora Abril. 
edição 2185 – ano 43 – n.40. 6 de outubro 2010)
Agora levando em consideração as difi culdades 
apresentadas no depoimento acima, esclareça 
em um texto com o máximo de 10 linhas por 
que o trabalho é uma atividade essencial ao ser 
humano.
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Agora é com você! Responda às questões a 
seguir para conferir o que aprendeu.
Questão 1
Analisando o Serviço Social no processo de tra-
balho, pode-se considerar que: o Serviço Social 
é um trabalho________________, expresso sob a 
forma de______________, que tem_____________: 
interfere na reprodução material da força de 
trabalho e no processo de reprodução sócio- 
política ou ideo-política dos________________.
A alternativa que completa as lacunas em aber-
to e que dá sentido à afi rmativa é:
a) Essencial; assistencialismo; produtos; gover-
nantes.
b) Essencial; serviços; produtos; governantes.
c) Especializado; serviços; assistencialismo; in-
divíduos sociais.
d) Especializado; serviços; produtos; indivíduos 
sociais.
e) Especializado; produtos; serviços; indivíduos 
sociais.
Tema 6 - Atividades
117
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 2
A análise do signifi cado social do Serviço Social 
no processo de reprodução das relações sociais 
salienta o caráter contraditório da profi ssão. Ela 
reproduz, pela mesma atividade, interesses con-
trapostos que convivem em tensão – demandas 
do capital e do trabalho − e só pode fortalecer 
um ou outro polo pela mediação de seu opos-
to. De que decorre esse caráter contraditório da 
atuação profi ssional? 
a) Da intencionalidade do assistente social.
b) Da condução da atuação profi ssional.
c) Da pressão dos empregadores.
d) Da relação de classes.
e) Das demandas dos usuários.
Questão 3
Corrente importante de estudiosos da profi s-
são considera que a análise do papel do Serviço 
Social na reprodução das relações sociais deve 
partir do suposto de que a apreensão do signi-
fi cado histórico da profi ssão só é possível com a 
sua inserção na sociedade, pois o Serviço Social 
se fi rma como instituição peculiar na e a partir 
da divisão social do trabalho.
Essa concepção identifi ca como princípio que 
rege a estruturação das relações sociais na so-
ciedade: 
a) A solidariedade.
b) A contradição de classes.
c) A ideologia.
d) A intersubjetividade.
e) O saber/poder.
Questão 4
“O assistente social é (...) um intelectual que 
contribui, junto com inúmeros outros protago-
nistas, na criação de consensos na sociedade. 
Falar de consenso diz respeito não apenas à 
adesão ao instituído: é consenso em torno de 
interesses de classes fundamentais, sejam domi-
nantes ou subalternas, contribuindo no reforço 
da hegemonia vigente ou criação de uma con-
tra-hegemonia no cenário da vida social.” (ENA-
DE, 2007). (IAMAMOTO, M.V, 2001, p. 60)
A partir da leitura do texto acima, pode-se afi r-
mar que:
a) Há consenso de que todos os assistentes so-
ciais defendem os Interesses das classes su-
balternas.
b) Há consenso de que todos os assistentes so-
ciais defendem os interesses das classes do-
minantes.
c) A criação de consensos depende da adesão 
ao instituído por parte dos assistentes so-
ciais.
d) O assistente social pode contribuir para a 
formação de consenso contra-hegemônico.
e) Os assistentes sociais são intelectuais que ex-
cluem o consenso das suas atividades.
Questão 5
Segundo Montaño (2007), o Serviço Social inte-
gra a divisão sociotécnica do trabalho como:
a) Uma ciência.
b) Uma atividade.
c) Uma profi ssão.
d) Um saber.
e) Um instrumento de intervenção.
Questão 6
Leia atentamente o fragmento a seguir.“Envolver uma teoria com manto da verdade é 
atribuir-lhe uma característica não realizável his-
toricamente. Nada mais prejudicial ao processo 
científi co que o apego a enunciados evidentes, 
não discutíveis. Somente na teoria se pode dizer 
que a ciência é a interpretação verdadeira da 
realidade, porque, na prática, toda interpreta-
ção realiza apenas uma versão historicamente 
possível”. (DEMO, 1981, p. 25)
Segundo Montaño (2007), existe “teoria do Ser-
viço Social?” Apresente sua resposta em um tex-
to com o máximo de 5 linhas.
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Tema 6 - Atividades
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Serviço Social na 
ContemporaneidadeTema 6 - Atividades
Questão 9 
A questão social é tema constante para o Ser-
viço Social. Não a questão social focada apenas 
na desigualdade social entre pobres e ricos e, 
muito menos como “situação social problema”, 
mas a questão social que “[...] é a gênese das 
desigualdades sociais, em um contexto em que 
acumulação de capital não rima com equidade”. 
(IAMAMOTO, 2008, p.59). O tema “questão so-
cial” é exclusivo do Serviço Social? Justifi que a 
sua resposta.
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Questão 10
Em uma concepção genérica, trabalho pode ser 
conceituado como o uso da força de trabalho, 
na relação com a natureza, que tem como ob-
jetivo a produção de valores de uso utilizados 
para o suprimento das necessidades da vida 
humana. Desta forma, a categoria trabalho se 
fi rma como essencial para a constituição do ser 
humano enquanto ser social, independente-
mente de sua complexidade, mas levando-se em 
consideração sua contribuição para o desenvol-
vimento da sociedade. Considerando-se as re-
fl exões sobre o trabalho apresentadas em aula 
e em seu PLT, pergunta-se:
a) Qual o campo de ação (teórico/prático) do as-
sistente social e por meio de qual instrumento 
este profi ssional intervém neste campo de ação?
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Questão 7
Notadamente, Montaño (2007) defende em sua 
tese um debate contrário à existência de uma 
especifi cidade do Serviço Social. Defi ne que o 
que existe são particularidades, “[...] que são 
desdobramentos da inserção da profi ssão na di-
visão sociotécnica do trabalho e das suas carac-
terísticas históricas”. Responda: em que consiste 
a análise da particularidade do Serviço Social?
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Questão 8 
Qual a perspectiva a ser adotada por parte do 
profi ssional para que venha a ter uma prática 
crítica e transformadora, seja em nível micro ou 
macro?
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119
Serviço Social na 
Contemporaneidade
FINALIZANDO
Neste tema, você viu que o debate que se esta-
belece sobre a gênese do Serviço Social é bas-
tante complexo e inacabado. Pode-se notar que 
as consequências da incorporação do ideário 
neoliberal nas sociedades, incluindo-se aqui a 
sociedade brasileira, trazem consigo o impasse 
da consolidação democrática, do frágil enraiza-
mento da cidadania e das difi culdades históricas 
de sua universalização. 
Em tal contexto, o debate sobre as políticas so-
ciais ganha relevância pelo seu caráter de me-
diação entre as demandas sociais e as respostas 
organizadas pelo aparato governamental para 
implementá-las. Pode-se dizer que o Serviço 
Social insere-se neste contexto como profi ssão 
que tem nas políticas sociais o seu objeto de in-
tervenção das demandas sociais e que o amplo 
debate sobre a sua gênese e desenvolvimento 
como profi ssão, apresentado de forma perti-
nente por Carlos Montaño (2007), possibilita 
compreender que as políticas sociais, tal qual o 
Serviço Social, precisam de um aparato teórico 
sólido para que se compreenda o seu signifi ca-
do e sua função na sociedade, seja ela a função 
social ou econômica, como abordado no PLT.
Anotações
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AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Você quer saber mais sobre esse assunto? Então:
• Leia o artigo de Evaristo Colman, O que é 
Serviço Social?, disponível em: <http://www.ssre 
vista.uel.br/c_v1n1_desafi o.htm>.Acesso em: 23 
ago. 2010. Vigência de um “velho” problema e 
desafi o para a formação profi ssional.
• Leia o artigo de Maria Carmelita Yazbek, O 
signifi cado social da profi ssão. Disponível em:
<http://www.pucsp.br/pos/ssocial/professor/
yazbek_signifi cado.doc>. Acesso em: 23 
ago. 2010. Você poderá acrescentar ao seu 
conhecimento as considerações da autora sobre 
o signifi cado do trabalho para o Serviço Social.
• Leia o informativo Práxis. Disponível em: 
<http://www.cressrj.org.br>. Acesso em: 23 ago. 
2010. Nesse informativo, você terá informações 
atuais sobre o trabalho do assistente social e 
fi cará por dentro dos assuntos discutidos pela 
categoria.
• Assista ao fi lme Gaijin: caminhos da liberdade, 
direção de Tizuka Yamazaki, que retrata a 
importância da geração de riquezas e os efeitos 
que esse processo produz sobre o ser humano.
Tema 6 - Atividades
 
4120
Tema 7
Teoria e Prática no Serviço Social 
Objetivos de aprendizagem
• Conceituar teoria e prática em Serviço Social.
• Conhecer as divergências conceituais entre alguns autores sobre a teoria e prática em Serviço Social.
• Analisar criticamente os caminhos estabelecidos pelo Serviço Social para desenvolvimento de sua teoria e 
sua prática.
Para início de conversa
Nesta aula, trabalharemos um tema da maior relevância para 
a formação profi ssional do assistente social: o projeto ético-
político do Serviço Social. 
Você conhecerá a luta travada pelo Serviço Social para, pe-
rante o cenário contemporâneo, preservar valores e princí-
pios ético-políticos que permeiam a Humanidade.
Conhecerá, ainda, em que base se alicerça essa discussão e 
qual a importância de preservação desses princípios, assim 
como poderá compreender que seu compromisso como pro-
fi ssional deverá ir além do que você aprendeu nos bancos 
universitários, ou seja, deverá extrapolar os muros acadêmi-
cos e realmente aprofundar-se na defesa intransigente da de-
mocracia e dos direitos humanos. 
Por dentro do tema
O projeto ético-político profi ssional do Serviço Social no Brasil vincula-se a um pro-
jeto de transformação de sociedade, reitera a teoria crítica como fundamentação 
para o agir profi ssional. 
A discussão sobre a dicotomia entre a teoria e a prática é uma ação frequente en-
tre os assistentes sociais, sem, contudo, se apresentar uma conclusão que atenda 
a todos os profi ssionais sobre o assunto. Segundo SUGUIHIRO (et all, 2009, p. 6), 
isto “revela resquícios de uma fragilidade de fundamentação teórico-metodológica 
para uma atuação competente”, ou, como considera Montaño (2007), revela a 
necessidade de se encontrar a especifi cidade do Serviço Social.
A falta de clareza dos fundamentos que orientam a prática profi ssional traz como 
consequência a prevalência de “posturas conservadoras, autoritárias, discriminatórias, tecnocratas e clientelistas, 
enfraquecendo o projeto ético-político cuja defesa de liberdade e da emancipação dos sujeitos sociais se fazem 
presentes”. SUGUIHIRO (at all, 2009, p.6)
 
121
Insere-se nessa discussão a análise de Montaño (2007), mas, segundo o autor, suas considerações não se voltam 
a qualquer teoria ou prática, mas sim à análise da teoria e da prática que os praticistas consideram próprias do 
Serviço Social. 
Enfatiza nas páginas propostas para o estudo deste tema, a apologia à prática profi ssional, fruto das discussões 
dos profi ssionais reconceituadores, das décadas de 1960 a 1979, cujo teor repercute até hoje sobre o Serviço 
Social. 
Seguindo estas discussões, Montaño adverte que os assistentes sociais tendem a rejeitar as pesquisas que não são 
realizadas a partir do “fazer” de uma atividade de campo, ao mesmo tempo em que “encanta-se com os produ-
tos teóricos elaborados pos sociólogos, psicólogos sociais, antropólogos, pedagogos e economistas”. (Montaño, 
2007, p. 161)
Conceitualmente, pode-se entender a prática como o exercício ou o saber resultante de uma experiência, o que, 
para o assistente social, traduz-se na sua atuação nas atividades de campo ou prática profi ssional. Para os prati-
cistas, é ela a “fonte” de “teoria”. 
Salienta-se então que, no conceito “positivista”, aqueles profi ssionais que se voltam à pesquisa ou à produção de 
teoria não estão realizando uma atividade profi ssional específi ca do Serviço Social, pois esta atividade, ou seja, a 
pesquisa ou produção de teoria é específi ca do cientistas sociais.
Toma-se como referência para análise dos conceitos de prática e teoria apresentados pelos praticistas os docu-
mentos elaborados em Belo Horizonte no período de 1972 a 1975, conhecidos como “Método BH”, que apresen-
ta uma separação entre os momentos de produção da teoria e da prática, ou seja, dos momentos sensíveis (que 
inclui as sensações e percepções) e dos momentos abstratos do processo de conhecimento.
Montaño (2007, p. 167) analisa que, sob a ótica do Método BH, este momento sensível é o ponto de partida para 
a elaboração de conhecimento, ou seja, a fonte. Observe que a análise do autor relata um paradoxo existente no 
“Método BH”, qual seja, a proposta de primazia ou privilégio da prática sobre a teoria, e, no entanto, constrói um 
conjunto de procedimentos técnico-operativos, que denominam de “método profi ssional” fundamentalmente 
interventivo (na prática), a partir da adoção de um “método (dialético) de conhecimento” teórico-científi co, de 
interpretação e conhecimento da realidade. (Montaño, 2007, p. 167)
De semelhante teor surge o método elaborado por Boris A. Lima que, em 1986, elabora o “Método de interven-
ção na realidade”, que considera a existência da verdade objetiva, que, por sua vez, contém um caráter absoluto 
e um relativo. 
No entanto, Montaño (2007) assevera que os métodos apresentados partem do pressuposto de que a “prática é 
a fonte da teoria”, mas que a elaboração dos mesmos possuem equívocos substanciais no que se refere à con-
ceitualização da prática e da teoria bem como ao método de intervenção e de conhecimentos que as relaciona. 
Desse modo, Montaño (2007) tece suas considerações sobre este tema, chamando a atenção aos equívocos trazi-
dos pelos métodos apresentados tais como: a) confundir a “prática profi ssional” (imediata) com a “prática social” 
(histórica); b) confundir a “teoria” com abstração, com “generalização”e/ou com “sistematização”. 
Nas palavras de Montaño, pode-se dizer que, para os praticistas, a prática é a fonte de teoria e esta por sua vez 
é a racionalização da prática, mas como ele mesmo afi rma “[...] para nós a prática é o fundamento, a fi nalida-
de e o critério de verdade da teoria. Não aquela “prática” (profi ssional e direta) e aquela “teoria” (específi ca, 
instrumental) tal como são entendidas pelos praticistas, mas sim a prática social-histórica, entendida como um 
todo e a teoria (social) como uma modalidade de conhecimento que reproduz, idealmente, o movimento social”. 
(Montaño, 2007, p. 194). 
No decorrer de sua leitura, você poderá conhecer como esta relação se estabelece e se é pertinente ou não aos 
caminhos do Serviço Social. Preste atenção, pois a leitura do PLT é essencial para a sua compreensão do tema. 
Note que o assunto é complexo e precisará de sua dedicação intensa. São vários os conceitos trabalhados, mas 
sem a compreensão destes conceitos você terá difi culdades em avançar na sua caminhada acadêmica. 
Entenda que no PLT são apresentadas várias situações e analisadas várias perspectivas que fazem parte do Ser-
viço Social. Todas são importantes para que você entenda os assuntos que serão tratados no próximo semestre. 
Portanto, esmere-se em sua leitura e não se isente em questionar o seu professor sobre as dúvidas que surgirão 
durante este processo de aprendizagem. 
122
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Atividades
INSTRUÇÕES
Para dar suporte ao seu aprendizado, sugere-se 
concentração nas reflexões apresentadas ante-
riormente, e que busque respaldo nas leituras 
de livros e textos sugeridos no tópico 7, pois as-
sim poderá estabelecer um diálogo com auto-
res consagrados no tema que está estudando. 
Preste atenção, pois, durante uma leitura apro-
fundada do tema, você mesmo poderá traçar 
a sua linha de entendimento sobre o assunto. 
Portanto, lembre-se de que conhecer conceitos 
é de suma importância para o seu conhecimen-
to, mas as refl exões sobre os assuntos e concei-
tos analisados são de mais importância ainda 
para que você tenha domínio sobre o que está 
estudando. Os 5 primeiros exercícios são objeti-
vos e deverão ser resolvidos individualmente. As 
questões de 6 a 10 são dissertativas e poderão 
ser trabalhadas em grupo. 
Ponto de partida
Considere as afi rmações a seguir:
[...] Afi rmamos que a prática é o fundamento, 
a fi nalidade e o critério de verdade da teoria. 
(Montaño, 2007, p. 194)
[...] como o volume de informação disponível 
hoje em dia é assustador, ninguém tem condi-
ções de absorver o que se disponibiliza a cada 
dia. Portanto, é fundamental que o aluno 
aprenda a selecionar esta informação, analise-a 
e saiba utilizá-la. Em outras palavras, o aluno 
deve aprender a construir o conhecimento a 
partir dela e por meio da pesquisa.
(Fragmento de texto retirado da Revista Ensino Superior. 
Ano 12.n. 139. p. 49, 2010)
Levando em consideração a primeira afi rmação, 
responda: Você acredita que a pesquisa pode 
embasar a prática do assistente social?
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Agora é com você! Responda às questões a 
seguir para conferir o que aprendeu.
Questão 1
Com relação à perspectiva “praticista”, é corre-
to afi rmar:
a) Incluem-se nesta perspectiva os profi ssionais 
que defendem que para o Serviço Social a 
prática é a fonte de teoria.
b) Incluem-se nesta perspectiva aqueles pro-
fi ssionais que não se posicionam diante da 
discussão sobre a fonte de teoria do Serviço 
Social.
c) Incluem-se nesta perspectiva diversos profi s-
sionais que trabalham somente com pesqui-
sa, sem conhecer a prática.
d) Incluem-se nesta perspectiva somente aque-
les profi ssionais que vivenciaram o movi-
mento de reconceituação, nas décadas de 
1960 e 1970.
e) Incluem-se nesta perspectiva somente aque-
les profi ssionais que se dedicam à pesquisa 
pura, e que desta forma invadem o territó-
rio dos cientistas sociais.
Tema 7 - Atividades
123
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 2
Montaño (2007) toma como referência para dis-
cutir os conceitos de teoria e prática contidos na 
perspectiva praticista o “Método B.H”. Segundo 
o autor, este documento elaborado no período 
de 1972 a 1975 apresenta como paradoxo:
a) A proposta de primazia da teoria sobre a 
prática, no entanto incentiva os profi ssio-
nais a se dedicarem com mais afi nco à pes-
quisa.
b) A proposta de primazia da prática sobre a 
teoria, no entanto, propõe a construção de 
um conjunto de procedimentos técnico-ope-
rativos que têm como base a adoção de um 
método de conhecimento. 
c) A proposta de intervenção da realidade, 
mas somente a partir de um conhecimento 
profundo das políticas sociais que poderão 
atender à demanda da população
d) A proposta de mediação entre a teoria e a 
prática para o exercício da intervenção pro-
fi ssional.
e) A proposta de se estruturar o fazer profi ssio-
nal por meio de vinculações das políticas so-
ciais à prática do assistente social, sob pena 
de se estabelecer uma prática que não aten-
da a seus usuários.
Questão 3
Leia a afi rmação a seguir e marque a alternativa 
correta:
“[...] estas propostas metodológicas que partem 
da ideia de que a “prática é a fonte da teoria”, 
participam de equívocos substanciais, referen-
tes ao conceito de prática, de teoria e do mé-
todo de conhecimento e intervenção que as re-
laciona”. 
A crítica do autor sobre estas propostas aconte-
ce por que:
I. Confundem o profi ssional sobre qual po-
sicionamento deve assumir no desenvolvi-
mento de suas ações.
II. Confunde-se a prática profi ssional com prá-
tica social.
III. Prejudica a valorização do assistente social 
no mundo do trabalho.
IV. Confunde-se teoria com abstração, com ge-
neralização e/ou com sistematização.
Pode-se afi rmar que: 
a) Estão corretas as afi rmativas I e III.
b) Está correta a alternativa IV.
c) Está correta a alternativa I.
d) Está correta a alternativa III.
e) Estão corretas as afi rmativas II e IV.
Questão 4
Para Faleiros (1993), “a sistematização signifi ca 
o movimento de conhecimento que se vincula à 
construção de categorias. [...] o processo de sis-
tematização visa traduzir, no plano analítico, a 
complexidade, a riqueza, a multideterminação 
da realidade. Esse processo não é linear; depen-
de de uma evolução da apreensão do real até 
sua revelação em conceitos e juízos”. 
Levando-se em consideração a afi rmativa do au-
tor, Montaño (2007) considera que, para Falei-
ros, sistematização é o mesmo que:
a) Teoria.
b) Prática.
c) Diagnóstico.
d) Generalização.
e) Abstração.
Questão 5
Tomando como referência o conceito de diag-
nóstico apresentado por Scarón de Quintero 
(apud Montaño, 2007):
“O diagnóstico é juízo comparativo de uma 
situ ação dada com outra situação dada [...] 
Portanto, o diagnóstico é, em essência, uma 
comparação entre duas situações: ‘a presente’, 
que temos chegado a conhecer mediante a in-
vestigação, e outra, já defi nida e supostamente 
conhecida que nos serve de pauta ou de 
‘modelo’”.
É correto afi rmar que:
I. O diagnóstico não produz teoria.
II. O diagnóstico implica em uma investigação, 
visando levantar dados sobre a realidade 
para manipulá-la. 
Tema 7 - Atividades
124
Serviço Social na 
Contemporaneidade
III. O diagnóstico não se relaciona com a reali-
dade; baseia-se somente em dados teóricos.
IV. O diagnóstico é fonte de teoria e de prática.
V. O diagnóstico procura direcionar ações se-
gundo uma racionalidade que emana do su-
jeito que se pretende interventor.
Estão corretas as afi rmativas:
a) I e II.
b) I, II e II.
c) I, II e V.
d) II e III.
e) II e V.
Questão 6
A afi rmação: “[...] a prática é o “fundamento” 
da teoria” é defendida pela perspectiva mate-
rialista-dialética. Qual a defesa que esta pers-
pectiva apresenta para este conceito? 
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Questão 7
Preencha as lacunas em branco da afi rmação a 
seguir: 
“a prática” é o______________________, 
a___________________ e o ____________________
da teoria. Não aquela prática e teoria tal como 
são entendidas pelos _____________________, 
mas sim a _____________________, en-
tendida como um todo e a teoria como 
uma _________________________de co-
nhecimento que reproduz, idealmente, 
_________________________”.
Questão 8
Segundo Montaño (2007), se para se verifi car 
uma teoria ela tivesse que ser “comprovada”em 
cada prática concreta, singular, específi ca, então 
não fi caria teoria alguma em pé. Não há teoria 
que se “comprove” em todos os casos. Qual a 
afi rmação do autor se a situação acima descrita 
tivesse de ser implementada sobre cada teoria?
Leia atentamente a consideração apresentada 
no fragmento de texto a seguir. Ele servirá de 
base para as questões 9 e 10. Após a leitura res-
ponda o que se pede nas questões.
“Em retrospecto, olhando para as mudanças 
pelas quais as escolas e universidades devem 
passar, percebe-se que o papel delas e, conse-
quentemente, o papel que o professor exercerá 
perante a sociedade e organizações corpora-
tivas, aumentará de importância, tornando-o 
fundamental e essencial ao desenvolvimento 
humano. Neste contexto de mudanças rápidas 
e constantes caberá ao professor demonstrar 
ao aluno que não vale muito o ‘saber’ (assuntos 
abordados na aula) se este não estiver atrela-
do ao ‘saber ser’ (socialização) e ao ‘saber fazer’ 
(competências).”
(Fragmento de texto retirado da Revista Ensino Superior. 
Ano 12.n. 139. p. 49, 2010).
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Tema 7 - Atividades
125
Serviço Social na 
Contemporaneidade Tema 7 - Atividades
Questão 9
Com base na leitura do texto apresentado, res-
ponda: 
Você considera que o espaço escolar é um lugar 
de atuação profi ssional do assistente social? Por 
quê?
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Questão 10
O assistente social que exerce o seu trabalho 
como professor em um curso de Serviço Social, 
que produz teoria por meio do ensino, segundo 
os praticistas, estaria realizando uma atividade 
profi ssional? Por quê? 
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AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Você quer saber mais sobre esse assunto? Então:
• Leia TOMÉ, M. R. Sobre a Investigação em 
Serviço Social. Disponível em: www.cpihts.com/
PDF/Rosa%20Tome.pdf. Acesso em: 30/10/2010. 
Neste artigo você poderá compreender o 
respaldo teórico que envolve a investigação em 
Serviço Social.
• Leia MEDEIROS, M. A. A importância da 
pesquisa e da produção de conhecimento na 
formação profi ssional do assistente social. 
Disponível em: www.fepeg.unimontes.br/
index.php/eventos/forum2010/paper/.../137. 
Acesso em: 29/10/10. Este artigo ampliará seu 
entendimento sobre a pesquisa e a produção 
de teoria em Serviço Social. Leia com atenção 
e discuta com seus colegas sobre as questões 
apresentadas neste artigo.
FINALIZANDO
Caro aluno, este tema, assim como os outros, 
necessita de sua atenção e disposição na leitura 
aprofundada do PLT. Note que os temas estão 
entrelaçados e, dessa forma, você precisa enten-
der todas as partes que são apresentadas, para 
que possa compreender as particularidades e 
especifi cidades do Serviço Social.
Aqui vários conceitos foram apresentados e tra-
balhados nas aulas teleaulas, mas cabe a você 
ampliar o espaço de discussão sobre o assunto. 
Lembre-se de que o autor apresenta conceitos 
baseados no estudo iniciado por outros autores 
que o antecederam e que a intenção de Mon-
taño não é estabelecer desconstruir os métodos 
apresentados por estes autores, mas sim anali-
sar criticamente a contribuição apresentada por 
estes métodos ao Serviço Social.
Entenda que historicamente estes métodos e 
autores fazem parte dos caminhos trilhados 
pelo Serviço Social como profi ssão e que os 
conceitos ora apresentados ainda permeiam o 
“fazer” do assistente social. Resta, neste cami-
nho, que o conhecimento seja ampliado para 
que esta profi ssão acompanhe o movimento da 
sociedade em que ela se insere e não fi que pre-
sa aos seus muros internos, como bem adverte 
Marilda Iamamoto.
 
4126
Tema 8
Demandas Profi ssionais do Serviço Social
Objetivos de aprendizagem
• Conhecer as demandas tradicionais do Serviço Social.
• Examinar as demandas contemporâneas que se apresentam para o Serviço Social.
• Analisar criticamente os caminhos que o assistente social deve seguir para apresentar respostas para as de-
mandas, tradicionais e contemporâneas do Serviço Social.
Para início de conversa
No dicionário, pode-se encontrar o conceito de deman-
da apresentado como uma “busca” ou “discussão”. Neste 
tema, pretende-se justamente estabelecer o que estes termos 
determinam, ou seja, discutir as demandas tradicionais do 
Serviço Social e buscar caminhos pertinentes para a análise 
das demandas contemporâneas para essa profi ssão. 
O convite que se faz aqui é para que você, caro aluno, dis-
ponha-se a desenvolver a leitura do texto proposto para esse 
tema, mas que esta leitura seja uma leitura crítica para acres-
centar novos elementos à discussão que vem se estabelecen-
do desde o primeiro tema estudado. Lembre-se de procurar 
novas leituras que possam respaldar a sua discussão e a sua 
busca. 
 
Por dentro do tema 
Iamamoto (2009) adverte que, ao contrário do que idealiza o senso comum, o 
Serviço Social não tem poder em si mesmode solucionar os problemas sociais 
que se apresentam na sociedade brasileira. Como você pode observar, a questão 
social, objeto de estudo e intervenção do Serviço Social, é fruto da relação capital 
x trabalho. Em outras palavras, é consequência do modo de produção capitalista.
Montaño (2007, p. 194) chama a atenção para o fato do Serviço Social não desven-
dar as “[...] problemáticas emergentes na atualidade, de não estudar nem intervir 
sistematicamente nas novas demandas sociais”, advertindo que, dessa forma, con-
serva inalteradas as áreas ou as mesmas demandas com as quais já trabalhava no 
início de sua constituição profi ssional. 
Na leitura do PLT, nas páginas propostas para estudo desse tema, pode-se verifi car que a preocupação do autor 
volta-se para a necessidade de o Serviço Social estar atento às novas demandas que surgem para que a prática 
profi ssional do assistente social não fi que presa a concepções ultrapassadas e limitadoras do agir profi ssional. 
 
127
Com isto, adverte sobre a necessidade de entender as políticas públicas não como meros instrumentos de re-
distribuição de renda ou o Estado como o proporcionador do bem-estar social das pessoas carentes, como bem 
especifi cado na primeira tese apresentada pelo autor em sua obra, pois, se não há mudanças na concepção desses 
conceitos, as funções tradicionais de competência do assistente social também são congeladas, reproduzindo-se 
mecanicamente, ou como considera o autor, quase que ritualmente. 
Mas quais são as novas demandas que se apresentam para o Serviço Social e como tomar posse dessas novas 
frentes de atuação? Novamente o autor analisa que novos temas e, portanto, novas frentes de trabalho tem-se 
tornado evidentes na sociedade, como a preservação do meio ambiente e ecologia, microempressas, catástrofes 
naturais e suas consequências sociais, o Serviço Social nas empresas, que tem crescido assustadoramente, entre 
outras temáticas que outrora eram vistas como pertencentes a outras profi ssões e que passam hoje a incorporar 
o assistente social. 
No entanto, a visão deste profi ssional precisa ser ampliada, para que ele possa posicionar-se saindo dos campos 
tradicionais, enfrentado novos desafi os e adestrando suas mãos para um novo tempo e novas formas de inter-
venção, como bem adverte Marilda Iamamoto, quando diz é necessário “sair de seus muros internos”, ou como 
admoesta José Paulo Netto quando afi rma que a prática do assistente social está congelada, tornando a sua 
intervenção uma rotina.
Montaño (2007, p. 197) assevera que o Serviço Social “deve transcender a prática rotineira desenvolvida em torno 
de velhos campos”. Assim deve incorporar para o espaço profi ssional novos estudos e novas respostas não só 
às demandas emergentes, mas também às demandas já existentes. Dessa forma, poderá contribuir para que sua 
base de “sustentação funcional ocupacional” seja alterada e/ou atualizada.
Na leitura do texto você verá que o autor sugere dois passos para que a base de sustentação do Serviço Social 
possa ser modifi cada, quais sejam: captar novas demandas ou demandas emergentes e buscar qualifi cação para 
dar respostas que sejam sufi cientes às demandas que ora se apresentam.
Neste caminho, o profi ssional deve saturar-se de um conhecimento crítico, e não apenas sobre o seu agir, mas 
principalmente sobre as mudanças trazidas pela transformação da sociedade, pois é com esta realidade que ele 
interage; deve então compreender que é esta realidade o seu “verdadeiro motor e sentido da profi ssão”. 
Faz-se ainda necessário, neste processo, o diálogo com as teorias sociais e também a produção de conhecimento 
teórico-científi co, aportando elementos que possam abrir debates, participando ativamente desses momentos 
como propositor e não apenas como receptor de ideias pré-concebidas ou formuladas. 
Portanto, caro aluno, compreenda que o desafi o não é fácil e nem pequeno e que você faz parte dessa luta que 
deve ser empreendida para que o Serviço Social alcance novos patamares nessa sociedade em constante mudan-
ça e evolução. Atente porém que é por meio de um conjunto de ações que a profi ssão irá se desenvolver. Não 
somente por meio da pesquisa ou de um posicionamento crítico de seus profi ssionais, mas, sim, por meio de 
ações qualifi cadas que só acontecerão se os seus profi ssionais também estiverem qualifi cados. Isto implica em 
incorporar o produto da atividade docente e na reciclagem e atualização dos profi ssionais de campo. Lembre-se 
de que hoje você faz parte de um grupo que passa por uma aprendizagem diferenciada, inovadora; dessa forma 
você escreve a história do Serviço Social em um novo formato. Mas isto não bastará para que sua prática seja 
inovadora. Assim, busque sempre a qualifi cação e a atualização de seus conceitos pessoais e profi ssionais para 
que você não fi que estagnado como pessoa e tão pouco como profi ssional. 
Anotações
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128
Serviço Social na 
Contemporaneidade
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Agora é com você! Responda às questões a 
seguir para conferir o que aprendeu. 
Questão 1
Segundo Montaño (2007, p.195), as áreas tra-
dicionais de intervenção do Serviço Social são 
naturalizadas e permanentes, permanecendo 
ao longo da história, quase sem apresentar va-
riações. É correto afi rmar que, para o autor, o 
primeiro passo para se romper o conservadoris-
mo no campo de intervenção é: 
a) Adotar para o Serviço Social práticas advin-
das de outras áreas para que se tornem ino-
vações na intervenção do assistente social.
b) Assumir a responsabilidade e o desafi o de 
enfrentar as demandas novas e emergentes, 
saturando-se de conhecimento crítico sobre 
a dinâmica da realidade sobre a qual e com 
a qual se interage.
c) Assumir que o Serviço Social é responsável 
por apresentar respostas à questão social, 
pois, assim, poderá atualizar sua ação, uma 
vez que a questão social atualiza-se de acor-
do com o movimento da sociedade.
d) Deixar de lado a infl uência teórica trazida 
pelos assistentes sociais conservadores, bus-
cando uma nova forma de atuação para os 
assistente sociais contemporâneos.
e) Assumir que os profi ssionais que se dedicam 
à pesquisa pura devem ser considerados 
como aqueles que possibilitarão um novo 
caminho para a intervenção profi ssional do 
Serviço Social.
Atividades
INSTRUÇÕES
É hora de verifi car seu aprendizado. Leia, com 
atenção, cada exercício, para compreender o 
que está sendo solicitado. A interpretação tex-
tual é fundamental para a sua formação pro-
fi ssional. Os cinco primeiros exercícios são in-
dividuais. As respostas das questões de 1 a 3 
deverão ser resolvidas individualmente e posta-
das no ambiente virtual - moodle. As questões 
de 6 a 10 deverão ser em grupo de até 5 pes-
soas. O trabalho em equipe faz parte da sua for-
mação profi ssional.
Atenção: Apenas as proposição de números 1, 
2 e 3 deverão ser postadas no ambiente vir-tual e valerão nota. Esta atividade deve ser 
realizada individualmente e deve ser postada 
no ambiente virtual de aprendizagem.
Bom trabalho!
Ponto de partida 
O curso de Serviço Social procura preparar pro-
fi ssionais capazes de responder às demandas 
sociais; ele deve possuir habilidades teórico-
metodológicas, ético-políticas e técnico-opera-
tivas que lhe permitam responder aos desafi os 
atuais e a propor alternativas para as deman-
das futuras. A possibilidade de fazer um curso 
desse porte por meio do ensino a distância abre 
um caminho novo para as pessoas que desejam 
melhorar as condições de vida da população de 
seu país. Diante disso e baseado nas informa-
ções que você recebeu nesta aula responda à 
questão a seguir.
• Você considera que a “Educação a Distân-
cia” é um novo campo de atuação para os as-
sistentes sociais, portanto uma nova demanda 
para o Serviço Social? Justifi que sua resposta em 
um texto de no máximo 10 linhas.
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Tema 8 - Atividades
129
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 2
“A__________________________ da re-
alidade socioeconômica e política, e 
de seus ____________________________, 
não servem apenas para fundamentar a 
_______________________, mas para visuali-
zar as tendências da sociedade e as deman-
das emergentes, podendo assim estabele-
cer novas _____________________________, 
novas__________________ e, talvez, uma nova 
racionalidade, funcionalidade e legitimação”. 
Montaño (2007, p. 197)
a) Pesquisa social; fenômenos concretos; práti-
ca imediata; propostas interventivas; respos-
tas.
b) Prática imediata; pesquisa social; fenômenos 
concretos; propostas interventivas; respos-
tas.
c) Proposta de intervenção; conhecimento pro-
fundo das políticas sociais; prática imediata; 
realidade; propostas interventivas; respos-
tas.
d) Proposta de mediação; conhecimento pro-
fundo das políticas sociais; prática imediata; 
realidade; propostas interventivas; respos-
tas.
e) Pesquisa social; fenômenos concretos; práti-
ca imediata; propostas interventivas; conhe-
cimento profundo da realidade social.
Leia atentamente o texto a seguir. Ele servirá de 
base para que você responda às questões 3 e 4. 
Segundo Montaño (2007, p. 194), “[...] enquan-
to predominar a forma de entender as políticas 
sociais como meros instrumentos de redistribui-
ção da renda que visam atingir o reequilíbrio 
social afetado e alterado pela dinâmica do 
mercado, na medida em que sejam considera-
dos apenas como a procura, por parte do Esta-
do, do bem-estar social das pessoas carentes, e 
enquanto os serviços e a assistência social [...] 
estejam centrados nas áreas vinculadas à repro-
dução da força de trabalho, intervindo também 
nos aspectos que põem a sociedade em xeque”.
Questão 3
A crítica do autor sobre esta situação acontece 
porque ele entende que: 
a) Seguindo por este caminho de análise, o 
profi ssional pode confundir o seu papel e 
também qual posicionamento deve assumir 
no desenvolvimento de suas ações.
b) Partindo dessa concepção de políticas sociais 
e considerando a sua imbricação genética 
com o Serviço Social, as áreas de intervenção 
do assistente social passam a ser considera-
das instáveis em face das transformações so-
cietárias
c) Partindo dessa concepção de políticas sociais 
e considerando a sua imbricação genética 
com o Serviço Social, as áreas de intervenção 
do assistente social passam a ser considera-
das direta e invariavelmente como os pró-
prios campos de ação da profi ssão. 
d) Seguindo por este caminho de análise, o 
profi ssional pode confundir o seu papel e 
também qual a real imbricação genética do 
Serviço Social com as políticas sociais. 
e) Partindo dessa concepção do Serviço Social 
e considerando a sua imbricação genética 
com o movimento societário, as áreas de in-
tervenção do assistente social passam a ser 
consideradas direta e invariavelmente como 
os próprios campos de ação da profi ssão.
Questão 4
Levando-se ainda em consideração a afi rmati-
va do autor, pode-se dizer que a consequência 
negativa da centralidade da ação do assistente 
social estar exclusivamente ligada à interven-
ção nas questões advindas dos subprodutos da 
questão social (drogas, alcoolismo, delinquên-
cia, abandono) é:
a) A generalização do atendimento realizado 
pelo assistente social.
b) O quebra dos rituais historicamente cons-
truídos no atendimento do assistente social, 
prejudicando a ação profi ssional.
c) A difi culdade de diagnosticar uma situação 
social para a partir dela intervir na socieda-
de.
Tema 8 - Atividades
130
Serviço Social na 
Contemporaneidade
d) O congelamento e a reprodução de forma 
automática das funções tradicionais do assis-
tente social dentro do campo de ação profi s-
sional.
e) A generalização do atendimento do assis-
tente social, congelando a prática desse pro-
fi ssional.
Questão 5
O ponto de partida para enfrentar as deman-
das profi ssionais é compreender que o Serviço 
Social não tem o poder miraculoso de revelar-se 
a si mesmo. (IAMAMOTO, 2009, p. 150). A esse 
respeito é possível concluir que:
I. A profi ssão se manifesta a partir das rela-
ções confl ituosas de classe.
II. A profi ssão passa a ser compreendida a 
partir da história da sociedade da qual faz 
parte.
III. Desvendar a prática profi ssional supõe inse-
ri-la nas relações entre as classes sociais e o 
Estado brasileiro.
IV. A autora está equivocada em sua afi rmação, 
pois a prática demonstra o contrário, ou 
seja, o Serviço Social tem produzido verda-
deiros milagres na sociedade.
V. Desvendar a prática profi ssional requer um 
novo olhar teórico-metodológico a partir da 
história contemporânea e dispensa o passa-
do da sociedade.
Estão corretas as alternativas:
a) Todas as alternativas são falsas.
b) Apenas II, III e IV estão corretas.
c) Apenas I, II e IV estão corretas.
d) Apenas I, II e III estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas. 
Questão 6
“O aumento dos investimentos privados na 
questão social, [...] estão antes vinculados a um 
modo político e econômico de organização das 
forças produtivas do que simplesmente a aspec-
tos de solidariedade e associativismo”. (RICO, 
1998, p.25)
Ao ler essa afi rmação apresentada por Elizabeth 
de Melo Rico, em seu artigo “O empresariado, 
a fi lantropia e a questão social” pode-se dizer 
que este é um novo campo de pesquisa e atua-
ção do Serviço Social? Por quê?
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Questão 7
Montaño (2007, p. 197) afi rma que “O Serviço 
Social deve transcender a prática rotineira de-
senvolvida em torno de velhos campos, deve 
incorporar para o espaço profi ssional o estudo 
e as (novas) respostas tanto às demandas já exis-
tentes quanto, fundamentalmente, às respostas 
emergentes”.De acordo com o fragmento de texto acima o 
que o Serviço Social “pode e deve” fazer para 
alterar ou atualizar a sua legitimidade?
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Tema 8 - Atividades
131
Serviço Social na 
Contemporaneidade
Questão 8 
Se se tomar como verdade que toda profi ssão 
se constitui e se legitima por meio das respostas 
que conseguem dar a diversas necessidades que 
se apresentam no seio da sociedade, então tam-
bém pode-se afi rmar que a pesquisa só pode ser 
considerada válida quando pode ser aplicada de 
imediato para sanar as vulnerabilidades que se 
apresentam nessa mesma sociedade?
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Questão 9 
A pesquisa é um fator determinante no desen-
volvimento profi ssional. No entanto, não é a 
única ferramenta a ser utilizada nesse processo. 
Além da pesquisa, quais as outras ferramentas 
que sevem ser incorporadas nesse processo? 
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Tema 8 - Atividades
Questão 10
Qual a proposta do autor para se “romper com o 
imobilismo operatório, com a realidade subalter-
na e subalternizante do Serviço Social, com sua 
lógica e a sua razão de ser presentes desde a gê-
nese da profi ssão? 
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AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Você quer saber mais sobre esse assunto? Então, 
consulte:
• Leia Ana Carolina Santini B. CONTEM-
PORANEIDADE E SERVIÇO SOCIAL: Contribuição 
para Interpretação das Metamorfoses 
Societárias. Disponível em:< www.ssrevista.uel.
br/c_v2n1_contemp.htm>. Acesso em: 20/11/10. 
Este trabalho tem por objetivo promover 
debates pertinentes às transformações que vem 
ocorrendo: no mercado mundial, na globalização, 
no avanço do neoliberalismo, procurando 
encontrar algumas hipóteses explicativas dos 
fenômenos da pós-modernidade que mudaram 
o espaço ocupacional do Serviço Social e as 
demandas à profi ssão.
• Leia Ana Carolina Santini B; FÁVARO, Claudia 
Renata. Demandas de Serviço Social no setor 
empresarial. Disponível em: www.ssrevista.uel.
br/c_v4n1_demandas.htm. Acesso em 20/11/2010. 
O texto analisa as tradicionais e atuais demandas 
requisitadas para o Serviço Social no setor 
empresarial. 
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Serviço Social na 
Contemporaneidade
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Lembre-se de que estes trabalhos poderão 
subsidiar os seus estudos, mas não se detenha 
somente nessas indicações. Busque navegar 
por sites que apresentam trabalhos com 
reconhecimento científi co e conheça outros 
artigos e trabalhos para subsidiar as discussões 
sobre este assunto.
FINALIZANDO
Este tema é o último dessa disciplina, porém 
não é a última discussão que você pode fazer 
sobre este assunto. 
Pelo contrário, a proposta aqui apresentada 
deve ser para você apenas um começo na busca 
de conhecimento sobre o Serviço Social. Des-
sa forma, aprofunde o seu conhecimento com 
muita leitura e discussão com seus colegas e 
professores sobre os desafi os que o Serviço So-
cial tem enfrentado e ainda enfrentará na sua 
caminhada.
Como analisa o autor do PLT que foi utilizado 
nessa disciplina, o Serviço Social precisa repen-
sar o seu agir. Neste contexto, deve preocupar-
se com a nova realidade que se descortina à 
sua frente para que não se transforme em uma 
práticaresidual ou um mero conjunto de rituais 
práticos. O desafi o é não fechar-se em si mesmo, 
ampliando os horizontes e a sua compreensão 
sobre a transformação da sociedade.
Anotações
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Tema 8 - Atividades
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Serviço Social na 
Contemporaneidade Desafi o de Aprendizagem
Autora: Ana Cristina da Silva - Faculdade Anhanguera da Sorocaba
A atividade prática supervisionada (ATPS) é um método de ensino ¬aprendizagem desenvolvido por meio de um 
conjunto de atividades programadas e supervisionadas e que tem por objetivos: 
• Favorecer a aprendizagem. 
• Estimular a corresponsabilidade do aluno pelo aprendizado efi ciente e efi caz. 
• Promover o estudo, a convivência e o trabalho em grupo. 
• Desenvolver os estudos independentes, sistêmicos e o autoaprendizado. 
• Oferecer diferenciados ambientes de aprendizagem. 
• Auxiliar no desenvolvimento das competências requeridas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos 
de Graduação. 
• Promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas relativos à profi ssão. 
• Direcionar o estudante para a emancipação intelectual. Para atingir esses objetivos, as atividades foram or-
ganizadas na forma de um desafi o, que será solucionado por etapas ao longo do semestre letivo. 
Participar ativamente desse desafi o é essencial para o desenvolvimento das competências e habilidades requeridas 
na sua atuação no mercado de trabalho. 
Aproveite esta oportunidade para estudar e aprender com os desafi os da vida profi ssional. 
Competências e Habilidades 
Ao concluir as etapas propostas neste desafi o, vocês terão desenvolvido as competências e habilidades descritas 
a seguir: 
• Compreensão do signifi cado social da profi ssão e de seu desenvolvimento sócio-histórico nos cenários 
internacional e nacional; 
• Identifi cação das demandas presentes na sociedade, visando a formular suas respostas profi ssionais para a 
questão do enfrentamento da questão social. 
Primeiro Desafi o
A equipe produzirá um relatório como resultado de uma pesquisa a respeito do campo de trabalho atual do 
profi ssional do Serviço Social, sendo que essa pesquisa deverá conter dados da região onde estão localizados os 
alunos. 
Para a pesquisa, será necessário que o grupo entreviste alguns profi ssionais e elabore um relatório que contenha: 
1) Introdução. 
2) Desenvolvimento. 
3) Resultados. 
4) Conclusão. 
O desafi o é importante porque é preciso conhecer um pouco do histórico do Serviço Social para que se possa 
entender como esse se encontra nos dias de hoje. 
134
Serviço Social na 
ContemporaneidadeDesafi o de Aprendizagem
Autora: Ana Cristina da Silva - Faculdade Anhanguera da Sorocaba
Etapa n.o 1
Aula-tema: Questão social e Serviço Social 
Esta atividade é importante para que vocês reconheçam e discutam com seus colegas a ligação existente entre o 
profi ssional do Serviço Social e as questões sociais. 
Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos. 
PASSOS 
Passo 1 - Montem grupos de trabalho e passe os dados (nomes e RAs) para o professor. 
Passo 2 - Elaborem e entreguem ao professor um questionário simples contendo perguntas sobre o campo de 
trabalho do Serviço Social a ser aplicado durante a pesquisa a ser realizada. 
Passo 3 - Leiam os textos de apoio à aula tema em questão e participem das discussões que serão propostas. 
Passo 4 - Entrevistem pelo menos cinco profi ssionais que tenham mais de dez anos de atuação e cinco profi ssionais 
que tenham menos de cinco anos de atuação. Para os profi ssionais com mais experiência, questionem sobre 
como era o campo de trabalho e, para os mais recentes, como está o campo atualmente. Para ambos, procurem 
questionar sobre as mudanças que aconteceram e quais as ligações destas com as questões sociais vividas. 
Etapa n.o 2
Aula-tema: Mudanças no mercado profi ssional de trabalho 
Esta atividade é importante para que vocês possam analisar as mudanças do campo de atuação do profi ssional do 
Serviço Social. Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos. 
PASSOS 
Passo 1 - Leiam os capítulos do Livro-Texto que tratam do mercado de trabalho e as mudanças sofridas por ele. 
Passo 2 - Participem das discussões em sala de aula sobre a aula-tema em questão e façam anotações sobre os 
resultados. 
Passo 3 - Com base no que foi discutido e lido, separem as questões e organizem os resultados entre o campo e 
trabalho anterior e o campo de trabalho atual. 
Passo 4 - Organizem os dados da pesquisa de seu grupo e montem seu relatório fi nal, lembrando que: 
a) Na introdução, deverá conter alguns dados sobre o campo profi ssional.
b) No desenvolvimento, vocês devem discutir sobre as questões de realização do trabalho.
c) Apresentem os resultados de forma clara e objetiva. 
d) Na conclusão, coloquem um parecer do grupo sobre as mudanças profi ssionais. 
Passo 5 - Entreguem o trabalho fi nal ao professor. 
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Serviço Social na 
Contemporaneidade Desafi o de Aprendizagem
Autora: Ana Cristina da Silva - Faculdade Anhanguera da Sorocaba
Segundo Desafi o
A equipe produzirá, ao fi nal deste desafi o, uma apresentação de multimídia sobre o projeto profi ssional e a 
regulamentação que aconteceu a partir de 1980. 
O objetivo deste desafi o é promover a discussão que vigora desde a década de 80 e que promove a regulamentação 
da profi ssão, promovendo também uma visão ampliada das mudanças sociais que aconteceram neste período e 
que geraram mudanças no campo de atuação, conforme foi visto no desafi o anterior. 
A realização deste desafi o é importante, pois a partir dele o aluno terá maior clareza e conhecimento sobre 
aspectos importantes e ao mesmo tempo básicos do desenvolvimento da sua atividade profi ssional. 
É importante que este resultado seja apresentado para a sala de aula e entregue gravado em mídia para o 
professor. Bom trabalho! 
Etapa n.o 1
Aula-tema: Projeto Profi ssional em 1980 
Esta atividade é importante para que vocês acessem o conteúdo do Projeto Profi ssional de 1980 e conheçam suas 
bases legais e teóricas. Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos. 
PASSOS 
Passo 1 - Consultem na internet o “Projeto Ético¬Político do serviço Social e sua Relação com a Reforma Sanitária: 
elementos para o debate” que está disponibilizado em http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/
texto2-3.pdf, acesso em 15/02/10. No site, encontrarão dados para discussão das bases que infl uenciaram o 
projeto e qual o refl exo dele até hoje. 
Passo 2 - Reunam-se com seu grupo e montem um texto relacionando à leitura realizada e às discussões 
organizadas na aula tema em questão. 
Etapa n.o 2
Aula-tema: Projeto de Formação Profi ssional na Contemporaneidade: exigências e perspectivas 
Esta atividade é importante para que vocês conhecerem e divulgar as regras gerais de utilização de ambientes 
virtuais. Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos. 
PASSOS 
Passo 1 - Leiam o texto sobre o Serviço Social e Contemporaneidade disponível em: http://www.ssrevista.uel.br/c_
v6n2_silvia.htm, acesso em 15/02/10, e elaborem algumasanotações pessoais para serem discutidas em grupo. 
Passo 2 - Discutam com seu grupo como organizarão a forma de entrega do trabalho fi nal dentro do formato 
que foi pedido e contem com seu professor para maiores orientações. 
Passo 3 - Montem o texto fi nal, coloque-o com os efeitos necessários e entreguem para o professor gravado em 
CD, lembrando que existe a possibilidade de apresentação em sala de aula. 
136
Serviço Social na 
ContemporaneidadeReferências Bibliográfi cas
ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em Serviço Social. Disponível 
em: <http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto3-2.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2010. 
BORIN, A. L. dos S. et all. Como Pode Isto: trabalhar como escravo, passar fome num Estado rico? Só não 
morri, porque aqui e acolá, tem alguém prá ajudar. Rio de Janeiro: Libertas on-line, 2008. Disponível 
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CAMURÇA, M. A. Seria a Caridade a “Religião Civil” dos Brasileiros? Rio de Janeiro: Revista Praia 
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COLMAN, E. O que é Serviço Social? Vigência de um “velho” problema e desafi o para a formação 
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FALCÃO, F. J. Resgate De Uma Década: a conjuntura político-social brasileira dos anos 80. Rio de 
Janeiro: Libertas on-line, 2008. vol. 2. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistalibertas/fi les/2010/01/
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ESTEVÃO, A. M. R. O que é Serviço Social. São Paulo: Brasiliense, v. 111. 1992.
HOUAISS, A. Dicionário eletrônico da língua portuguesa. José Jardim de Barro Jr. (Org.). [CD-ROM]. Rio 
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IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profi ssional. 10. ed. 
São Paulo: Cortez, 2009.
____________. Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-
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JUNQUEIRA, L. A. P. Organizações sem fi ns lucrativos e redes sociais na gestão das políticas sociais. In: 
CAVALCANTI, M. (Org.) Gestão social, estratégias e parcerias: redescobrindo a essência da administração 
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LACERDA, L. E. P. de. et alii. Do conservadorismo à moral conservadora no serviço Social brasileiro. 
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PESSANHA, E.C. Ascensão e queda do professor. São Paulo: Cortez, 1994.
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Mais conteúdos dessa disciplina