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Objetivos
Módulo 1
Princípios e responsabilidades da governança
corporativa
Identificar os princípios e as responsabilidades da governança
corporativa.
Governança
corporativa e
governança de TI
Profa. Priscila Granato da Silva Castro Fleischhauer
Descrição
Você vai estudar a governança corporativa e
governança de tecnologia da informação (TI).
Propósito
É importante que o profissional da área
compreenda os fundamentos da governança
corporativa e governança de tecnologia da
informação, as respectivas
responsabilidades e sua importância em
âmbito organizacional. Além disso, é preciso
que entenda a importância de alinhar a
governança de TI com a governança
corporativa e as respectivas estratégias, e
ainda conhecer os processos de tomada de
decisão realizados pela governança de TI.
Por fim, é preciso que esse profissional tenha
claro o papel dessas áreas para os
resultados e o crescimento adequado de
uma organização.
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Módulo 2
Estratégia de TI e estratégia corporativa
Relacionar a estratégia de tecnologia da informação (TI) com a
estratégia corporativa.
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Módulo 3
Princípios e responsabilidades da governança de TI
Descrever os princípios e as responsabilidades da governança
de tecnologia da informação (TI)
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Módulo 4
Processo de decisão na governança de TI
Identificar o processo de decisão na governança de tecnologia
da informação (TI).
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Introdução

Existem diversas organizações mundiais que atuam no Brasil,
realizando operações de serviços de tecnologia da informação e
atendendo às demandas mundiais em grande escala. Em 2002,
foi publicada a Lei Sarbanes-Oxley, que visa à proteção do
mercado de capitais e de seus investidores, estabelecendo o
conceito atual de governança corporativa em consequência da
participação e importância da área de tecnologia nas
organizações. Em 2019, foi divulgada a Portaria nº 778 sobre a
implantação da governança de tecnologia da informação e
comunicação em órgãos e entidades pertencentes ao Sistema de
Administração dos Recursos de Tecnologia do Poder Executivo
Federal.
A necessidade de profissionais de governança em TI com alto
nível de conhecimento é de fundamental importância. Entretanto,
há uma carência de profissionais que conheçam os modelos e as
técnicas de governança corporativa nos diversos segmentos em
que a TI é aplicada.
A governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas são
dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo relacionamento
entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de
fiscalização e controle e demais partes interessadas. Ela tem
como principais responsabilidades o fortalecimento e a
disseminação dos princípios e dos valores da organização. A
importância estratégica da TI nas organizações reflete a
necessidade de informações e sinergia exigidas em uma
sociedade dinâmica.
Nesse contexto, a governança de TI é um conjunto de práticas,
padrões, processos e técnicas que envolve relacionamentos
estruturados entre gestores, técnicos e usuários de TI, visando
assim minimizar riscos e custos no suporte dos recursos
tecnológicos alinhados com os princípios de governança
corporativa e com as estratégias e objetivos de negócio.
O conteúdo visa compreender os princípios e as
responsabilidades da governança de TI e da governança
corporativa, bem como a extrema importância de alinhamento
entre essas áreas, no que tange às estratégias, aos processos e
aos resultados efetivos para uma organização.
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1
Princípios e responsabilidades da governança corporativa
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os princípios e as responsabilidades da governança corporativa.
Ligando os pontos
As empresas estão, sempre, procurando meios de se manterem bem-
sucedidas e lucrativas. Com isso, costumam adotar boas práticas que
ajudem a atingir esses objetivos. Nesse sentido a governança
corporativa tende ser uma excelente alternativa e, muitas vezes, uma
exigência legal para a administração de empresas. Para entendermos o
conceito de governança corporativa na prática, vamos analisar o caso
da empresa Americanas.
Ser uma loja popular e que comercializasse vários tipos de produtos em
um só lugar. Essa proposta, apesar de parecer muito explorada
atualmente, foi considerada bastante inovadora e tornou-se a premissa
de negócio estabelecida por John Lee, Glen Matson, James Marshall e
Batson Borger, fundadores das Lojas Americanas, em maio de 1929.
Outra inovação implementada pela marca em sua primeira loja, mesmo
contrariando o senso comum da época, foi a contratação de mulheres.
O objetivo era atrair mais clientes, principalmente as donas de casa, e,
assim, alavancar as vendas.
Ao final do primeiro ano, os quatro americanos, que partiram de Nova
York com um sonho, já haviam conquistado quatro lojas, sendo três no
Rio de Janeiro e uma em São Paulo.
Anos depois, na década de 1940, a empresa deu início a mais uma
expansão, abrindo seu capital na Bolsa de Valores e transformando-se
em uma sociedade anônima.
Em 2015, a marca alcançou a sua milésima loja e, nos anos seguintes,
partiu rumo ao comércio eletrônico, tornando-se, mais tarde, uma das
principais lojas de varejo multicanal do Brasil.
Entre 2020 e 2021, a empresa realizou dez operações entre fusões e
aquisições, totalizando 29 operações desse tipo em sua história. Já em
2022, por conta de sua reestruturação societária, passou a ser listada no
Novo Mercado da B3, no segmento de maior nível de governança
corporativa do país.
Desde seu lançamento em 2000, o Novo Mercado é reconhecido por
estabelecer um padrão de governança corporativa altamente
diferenciado. Desde a primeira empresa listada em 2002, tornou-se um
benchmark para transparência e governança, sendo especialmente
procurado por empresas que planejam realizar ofertas públicas
significativas e direcionadas a diversos tipos de investidores, conforme
indicado pela B3.
Apesar da trajetória de sucesso, a empresa acabou por protagonizar, em
2023, o maior escândalo brasileiro no âmbito contábil, pela ineficácia
das auditorias independentes e a negligência sumária da governança
corporativa.
Em janeiro de 2023, a Americanas anunciou que havia encontrado
inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões, sendo impossível
determinar o impacto dessas inconsistências nos balanços da
companhia. O valor de mercado da Americanas caiu de R$ 10,83 bilhões
para R$ 2,51 bilhões em apenas um dia.
A fraude ocorreu ao longo da gestão do ex-presidente-executivo Miguel
Gutierrez, que comandou a varejista por vinte anos. Em novembro de
2023, quase um ano depois do escândalo ser divulgado, a Americanas
veio a público para corrigir suas informações contábeis.
A Americanas teve um prejuízo de R$ 6 bilhões no ano de 2021 e de R$
12,9 bilhões no ano de 2022. Sua dívida líquida, já na condição de
recuperação judicial, chegou a R$ 26,2 bilhões em 2023.
Mas os impactos não se resumiram apenas às quantias citadas. No
período próximo a descoberta da fraude, os investimentos sofreram
uma enorme redução e o canal digital não recebeu nenhum
investimento. Foram fechadas 97 lojas em oito meses, 5 mil
trabalhadores foram desligados dos quadros da empresa e,
principalmente, o número de cliente ativos diminui em quase 7 milhões
no pós-fraude.
A apuração dos detalhes, legais e administrativos, que levaram ao
rombo bilionário da Americanas continua em progresso. Contudo, é fato
que os agentes de governança que deveriam zelar pela empresa,
mesmo investidos de responsabilidade corporativa, falharam ao reduzir
as externalidades negativas do negócio, descumprindo os princípios da
governança corporativa ao desconsiderarem a transparência necessáriaque devem ser observados
dentro da TI. Na matriz de arranjo de governança de TI, as decisões
(colunas) são cruzadas com arquétipos (linhas) que descrevem
combinações de pessoas que possuem os direitos decisórios ou
contribuem para a tomada de decisão de TI.
Para descrever os grupos de pessoas, Weill e Ross (2006) utilizaram os
grupos de pessoas, arquétipos políticos, tais como: monarquia,
feudalismo, federalismo, duopólio e anarquia. Os arquétipos foram
divididos em seis grupos. Vamos conferi-los!
 Monarquia de negócio
Os altos executivos de negócio tomadores de
decisões de TI que afetam toda a organização são
representados por essa monarquia. Normalmente,
ti d i it t ib i õ d
 
esse tipo de monarquia aceita contribuições de
muitas fontes para as decisões-chave.
Os principais participantes do arquétipo monarquia
de negócio são os gestores de nível estratégico.
 Monarquia de TI
Os profissionais de TI, principalmente o CIO, tomam
as decisões da TI. Normalmente, as organizações
implementam as monarquias de TI de diversas
formas; com frequência, envolvem profissionais de
TI tanto de equipes corporativas como de unidades
de negócios.
Os principais participantes do arquétipo monarquia
de TI são profissionais da área de TI (da
organização inteira) ou da TI das unidades de
negócio.
 Feudalismo
As diretorias, os órgãos mais centrais e as unidades
de negócio são os responsáveis pelas decisões
sobre a TI. As unidades de negócios maiores e mais
poderosas com frequência recebem maior atenção
e têm maior influência sobre as decisões.
 Duopólio de TI
O consenso bilateral entre os executivos de TI e
outros executivos de negócio representam o
duopólio de TI. Ele envolve o grupo principal de TI e
a equipe de alta gerência, os executivos e líderes
das unidades de negócio.
É possível que haja duas variações na participação,
os gestores de nível estratégico e a equipe de TI, ou
a equipe de TI e os líderes das unidades de negócio.
 Anarquia
Os indivíduos de pequenos grupos são os
tomadores decisões sobre a TI. As anarquias são
id d í d it d TI i
Os arquétipos demonstram os grupos decisórios que são encontrados
em muitas organizações, públicas ou privadas, e servem para indicar
quem deve ser responsabilizado por tomar determinados tipos de
decisões.
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Capacidade da governança de TI
A governança de TI ultrapassa as abordagens de controle de risco e
alcança a estratégia e todo o modelo de gestão empresa. Ela se envolve
nos processos e nas estruturas organizacionais que devem viabilizar
avanços em direção à eficiência, à transparência e à competitividade,
integrando a tecnologia e o fluxo de informações ao objetivo de negócio
da organização.
Equipe empresarial trabalhando com o auxílio da tecnologia.
Para atuar em toda extensão da empresa, a governança de TI necessita
estabelecer os mecanismos do processo de decisão e o alinhamento
estratégico com o negócio. Para isso, Grembergen, Haes e Guidentops
consideradas a ruína de muitos grupos de TI, pois
são caras de sustentar e preservar.
Na anarquia, não há participação dos gestores de
nível estratégico da organização, bem como da
equipe de TI e de líderes das unidades de negócio.
(2004), citados por Albertin e Albertin (2010), definem algumas
capacidades necessárias. Vamos conferi-las!
A norma NBR ISO/IEC 38500 (2009), que trata da governança
corporativa de tecnologia da informação, tem como objetivo fornecer
uma estrutura de princípios para os dirigentes usarem na avaliação, no
gerenciamento e monitoramento do uso da tecnologia da informação
em suas organizações.
A norma oferece uma estrutura para orientar os dirigentes das
organizações sobre o uso eficaz, eficiente e aceitável da tecnologia da
informação em suas empresas. Também ajuda a alta administração das
organizações a entender e cumprir suas obrigações legais,
regulamentares e éticas com relação ao uso da tecnologia da
informação. Desse modo, estabelece seis princípios de governança de
TI. Veja!
 
De acordo com o modelo apresentado na norma, existe uma sugestão
para que os dirigentes governem TI com o tripé, a fim de avaliar o uso
atual e futuro da TI, orientar a preparação e a implementação de planos
e políticas para assegurar que o uso da TI atenda aos objetivos do
negócio e monitore o cumprimento de políticas e o desempenho em
relação ao planejado.
Estruturas formais de integração 
Processos formais de integração 
Integração 
Responsabilidade
Os indivíduos e grupos dentro da
organização compreendem e
aceitam seus papéis e suas
responsabilidades com
referência ao fornecimento e
demanda de tecnologia da
informação. Fica estabelecido
que responsáveis pelas ações
também têm autoridade para
desempenhá-las.
Estratégia
O desenvolvimento da estratégia
do negócio considera as
capacidades atuais e futuras de
TI. O planejamento estratégico
de TI busca atender às
necessidades atuais e contínuas
da estratégia de negócio da
organização.
Contextualizar o processo de decisão
na governança de TI
Assista ao vídeo e confira o papel de decisão da governança da
tecnologia da informação, quem são os atores no processo decisório e
o alinhamento entre negócio e TI.
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

Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para
atingir seus
objetivos.
Questão 1
Qual dos arquétipos a seguir relacionados não faz parte de uma
matriz de arranjos de governança?
Questão 2
Sobre o processo de decisão na governança em TI, assinale a
alternativa correta.
A Monarquia
B Presidencialismo
C Anarquia
D Federalismo
E Feudalismo
Responder
A
A governança em TI vai além das questões relativas a
controle de risco, abrangendo todos os processos e
as estruturas organizacionais.
B
Não é necessário que a governança em TI estabeleça
mecanismo relativos ao processo decisório.
C
Somente empresas de grande porte requerem
governança em TI.
D
A governança em TI só deve ser usada em
organizações cujo negócio é TI.
E
A governança em TI deve ter como foco as decisões
técnicas da sua área.
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Considerações finais
Neste conteúdo, você viu que, com o aumento da importância da TI nas
organizações, cria-se a necessidade de refletir e dar maior atenção a
questões vinculadas ao crescimento de investimentos na área da TI e
considerar o valor que ela agrega à organização e a seus produtos e
serviços prestados. Desse modo, é relevante a preocupação com o
alinhamento da estratégia de negócio com a TI e as decisões que são
tomadas por ela.
É importante finalizar entendendo que a governança de TI tem como
objetivo o alinhamento entre as estratégias da organização com a TI,
além de deixar mais transparentes as questões vinculadas a riscos,
investimentos e, sobretudo, à tomada de decisão em aspectos que
envolvem a TI.
Podcast
Ouça um bate-papo sobre governança corporativa e
governança da TI, assim como suas boas práticas e objetivos.
00:00 12:22
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

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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/46646/index.html?brand=estacio
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Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo,
indicamos os seguintes livros:
Governança Corporativa, do Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa (IBCG).
Governança Corporativa: Fundamentos, Desenvolvimento e
Tendências, de José Rossetti e Adriana Andrade.
Governança Corporativa no Brasil e no Mundo, de Alexandre Silveira
Governança corporativa – O Poder de Transformação das
Empresas, de Roberto Gonzalez.
A Caixa-Preta da Governança, de Sandra Guerra.
Governança Corporativa e Gestão Estratégica, de Patrícia Campos
Baptista.
Estratégia Competitiva, de Michael E. Porter.
Marketing de Guerrilha, de Jay Conrad Levinson.
A Quinta Disciplina, de Peter Senge.
Marketing 3.0, de Philip Kotler.
Para Onde nos Levaa Tecnologia, de Kevin Kelly.
Steve Jobs: a biografia, de Walter Isaacson.
Implantando a Governança de TI, de Aguinaldo Aragon Fernandes e
Vladimir Ferraz de Abreu.
Governança de TI – Tecnologia da Informação, de Jeanne W. Ross.
T.I.: mudar e inovar, de Marcelo Gaspar, Thierry Gomez e outros
autores.
Referências
DRUCKER, P. F Administrando para o Futuro: Os Anos 90 e a Virada do
Século. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1992.
EELLS, R. The Meaning of Modern Business: An Introduction to the
Philosophy of Large Corporate Enterprise. Nova York: Columbia
University Press, 1960.
IBGC. Código das melhores práticas de governança corporativa. São
Paulo: IBGC, 2015.
IBGC. Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa /
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - 6. ed. São Paulo: IBGC.
2023.
MURITIBA, Sérgio Nunes (coord.). Série Histórias que Inspiram: Casos
de abertura de capital no Brasil - Volume 2. Sérgio Nunes Muritiba,
Patricia Morilha Muritiba e Tiago Isaac. 1. ed. São Paulo: B3, 2019.
Consultado na internet em: 28 dez. 2023.
SWAIM, R. A Estratégia Segundo Drucker - Estratégias de Cresc. e
Insights de Mark. Extraídos da Obra Peter Drucker. Rio de Janeiro: LTC,
2011.
WEILL, P.; ROSS, W. J. Governança de TI – Como as empresas com
melhor desempenho administram os direitos decisórios de TI na busca
por resultados superiores. São Paulo: M. Books do Brasil, 2006.
YU, A. S. O.; CAMARGO JR, A. S. C.; LIMA, A. C. Tomada de Decisão nas
Organizações - Uma Visão Multidisciplinar. São Paulo: Saraiva, 2011.
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Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
Ao refletir sobre o estudo de caso apresentado, podemos considerar
que uma importante ferramenta da governança corporativa não
funcionou adequadamente. Qual das alternativas apresenta a
ferramenta em questão?
A Auditoria independente.
B Análise crítica.
C Auditoria da qualidade.
D Checklist.
E Matriz de Eisenhower.
Questão 2
No case, foram apresentados alguns impactos que aconteceram após
a descoberta da fraude da Americanas. Um deles diz respeito à
diminuição dos clientes ativos da empresa. Qual foi o motivo para que
essa diminuição ocorresse?
Questão 3
A governança corporativa permite que as organizações sejam mais
valorizadas em seu mercado e que o seu desempenho econômico
cresça. Com a administração realizada pela Americanas, nenhum
desses benefícios foi alcançado. Além disso, os princípios da
governança corporativa foram sumariamente negligenciados. Um
desses princípios é a responsabilização. Explique por que esse princípio
foi deixado de lado no caso da fraude da Americanas.
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Responder
A Centralização da tomada das decisões estratégicas.
B
Alteração do ambiente de confiança e bom
relacionamento de todas as partes interessadas.
C
Desprezo pela longevidade econômica e pela garantia do
fluxo de caixa da empresa.
D Ingratidão dos clientes;
E
Deslealdade do mercado que se aproveitou do momento
difícil da Americanas.
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Governança corporativa
Origem da palavra governança
Tem origem grega e significa dirigir. O primeiro uso desse termo em
conexão com estruturas institucionais foi efetuado em 1885, no livro de
John Fortescue The Governance of England, tradução inglesa de uma
obra latina do século XV conhecida como A Diferença entre um Absoluto
e uma Monarquia Limitada. No entanto, o sentido atual e mais amplo de
governança, abrangendo as atividades de uma gama de instituições
públicas e privadas, iniciou-se na década de 1990, quando o termo foi
renomeado por economistas e cientistas políticos e disseminado por
instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo
Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, sendo amplamente
utilizado desde então.
A governança é um conceito teórico referente às ações e aos processos
pelos quais práticas e organizações estáveis surgem e persistem. Tais
ações e processos podem operar em organizações formais e informais
de qualquer tamanho.
Veja a distinção entre os conceitos de política e governança!
Política
Envolve processos
pelos quais um grupo
de pessoas chega a
decisões coletivas,
geralmente,
consideradas
vinculativas para o
grupo e aplicadas como
políticas comuns.
Governança
Transmite os elementos
administrativos e
processuais do
governo.
As organizações corporativas costumam usar a palavra governança
para descrever a maneira pela qual os conselhos ou seus afins dirigem

uma corporação e as leis e os costumes (regras) aplicáveis a essa
direção.
Conceito de governança corporativa
Consiste no conjunto de processos, costumes, políticas, leis e
instituições que afetam o modo como as pessoas dirigem, administram
ou controlam uma corporação. A governança corporativa também inclui
as relações entre os diversos atores envolvidos e as metas corporativas.
Confira os principais atores!
Acionistas
Administração
Conselho de administração
Outras partes interessadas incluem funcionários, fornecedores, clientes,
bancos, outros credores, reguladores, meio ambiente e comunidade em
geral.
O primeiro uso documentado de governança corporativa é de Richard
Eells (1960, p. 108) para denotar a estrutura e o funcionamento da
política corporativa.
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), é
possível definir governança corporativa como o sistema pelo qual as
empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e
incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de
administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais
partes interessadas.
As boas práticas de governança corporativa convertem
princípios básicos em recomendações objetivas,
alinhando interesses com a finalidade de preservar e
otimizar o valor econômico de longo prazo da
organização, facilitando seu acesso a recursos e
contribuindo para a qualidade da gestão da
organização, sua longevidade e o bem comum.
A governança corporativa pode ser definida como um conjunto de boas
práticas para aumentar a confiança das partes interessadas
(investidores, acionistas, fornecedores, colaboradores etc.) perante os
administradores de uma empresa. Por meio de princípios, como a
transparência, e de mecanismos que proporcionem um melhor
desempenho econômico, muitas instituições estão mudando a maneira
de gerir e controlar o seu negócio e, claro, melhorando continuamente
os seus resultados financeiros (e os intangíveis) com a aplicação das
melhores práticas de governança corporativa.
Gerentes corporativos trabalhando na sala de monitoramento.
A primeira condição para que uma pessoa faça parte de um jogo é
conhecer as suas regras. A governança corporativa funciona de modo
semelhante. São estabelecidas diversas regras, que somadas dão
sentido à rotina do negócio, gerando mais agilidade, transparência e
autonomia às atividades da empresa, independentemente de seu
tamanho.
Crescer com governança corporativa significa, entre outras coisas,
aprimorar os processos de administração da empresa e as tomadas de
decisão estratégicas, como iniciar um novo projeto, ter conhecimento
do(s) responsáveis por aprovar o(s) orçamento (s) e dos integrantes do
conselho.
A governança é a forma como as regras, normas e ações são
estruturadas, sustentadas, reguladas e responsabilizadas. O grau de
formalidade depende tanto das regras internas de determinada
organização quanto de fatores externos, por exemplo, seus parceiros de
negócios. A governança pode assumir muitas formas, impulsionada por
muitas motivações, com muitos resultados diferentes.
Importância da governança corporativa para as organizações
Até o final dos anos 90, governança era uma palavra pouco usual no
dicionário das corporações que, a partir de uma necessidade de maior
transparência causada pelo aumento da complexidade de seus
negócios e das inter-relações com seus stakeholders, obrigou as
empresas a seguir esse conjunto de práticas.
Outro fator importante para a sua adoção foi a explosão de empresas
que passaram a abrir capital para financiar seus investimentos. Nesse
contexto, as empresas descobriram que, para atrair novos investidores,
era necessária maior transparência do seu negócio, assim seus atuais
acionistas saberiam o resultado de seus investimentos.
Acompanhe a seguir o caso da empresa Enron Corporation, que foi um
exemplo marcante de má conduta empresarial que resultou em uma das
maiores falências corporativas da história dos Estados Unidos.
 O ano de 2001 foi um marco para a aceleração da
adoção de práticas de governança corporativa no
mundo. Escândalos financeiros, como o da
empresa norte-americana Enron, que fraudava
demonstrativos financeiros para cobrir prejuízos,
destruíram a confiança de muitos investidores que
perderam todos os seus investimentos.
 Após esses escândalos, uma lei com o nome de
Sarbanes-Oxley foi aprovada pelo congresso
americano. A SOX responsabilizava criminalmente
os executivos das empresas com ações na bolsa de
valores de Nova York que fraudassem as
demonstrações financeiras. Na imagem, veja o
senador Paul Sarbanes, que assinou a lei, com o
presidente George W. Bush durante a cerimônia da
assinatura da lei, em 2002.
Princípios fundamentais da governança corporativa
Permeiam, em maior ou menor grau, as práticas que resultam em um
clima de confiança tanto internamente como nas relações com
terceiros. Por trataremdas melhores práticas para administrar um
negócio, os métodos de governança tornaram-se fundamentais para
avaliar os riscos e o retorno de um investimento. Inclusive, esse é um
dos principais motivos que tem dado bastante evidência ao tema
quando se fala em eficiência e transparência na gestão empresarial.
 As punições afetavam os executivos, mesmo que
eles não tivessem participação nas fraudes,
exigindo a criação de processos de controle para
evitar esse tipo de crime e para mostrar maior
transparência da empresa com todos os seus
stakeholders. A punição ia desde multas até a
prisão dos executivos.
 O ambiente de descrédito das grandes corporações
fortaleceu a governança corporativa, baseada nos
princípios da transparência, independência e
prestação de contas, como mecanismos para atrair
novos investimentos.
Empresas que colocam a governança corporativa em
prática são mais valorizadas e têm mais facilidade
para captar recursos. Ao mesmo tempo, ao aplicar
bem esses recursos, constroem boa reputação e se
consolidam no mercado, em um processo contínuo de
criação de valor.
Confira os quatro princípios fundamentais da governança corporativa!
Transparência
Consiste no desejo de disponibilizar para
as partes interessadas as informações que
sejam de seu interesse, e não apenas
aquelas impostas por disposições de leis
ou regulamentos. Não se deve restringir ao
desempenho econômico-financeiro, e sim
também contemplar os demais fatores
(inclusive intangíveis) que norteiam a ação
gerencial e conduzem à preservação e à
otimização do valor da organização.
 1 de 4 
Para colocar em prática os princípios da governança corporativa, as
organizações dispõem de várias ferramentas, como auditorias
independentes, documentações, estatutos etc.
Uma empresa com governança corporativa implantada tem maior
credibilidade perante investidores. Outros dispositivos possíveis para
começar essa organização são:
Criação de diretorias (finanças, comercial, fiscal etc.).
Instauração de um conselho administrativo ou consultivo.
Entregas de relatórios periódicos.
Implantação de ferramentas de gestão.
Essas ferramentas são imprescindíveis a empresas de capital aberto e
recomendáveis a qualquer outra companhia que busque melhorar seus
resultados por meio da excelência na gestão empresarial.
 
Papel do Conselho de Administração na governança
O Conselho de Administração é o órgão colegiado encarregado do
processo de decisão de uma organização em relação ao seu
direcionamento estratégico. Ele exerce o papel de guardião de
princípios, valores, objeto social e sistema de governança da
organização, sendo seu principal componente. Além de decidir os rumos
estratégicos do negócio, compete ao Conselho de Administração,
conforme o melhor interesse da organização, monitorar a diretoria,
atuando como elo entre ela e os sócios.
Os membros do Conselho de Administração são eleitos pelos sócios.
Na qualidade de administradores, os conselheiros possuem deveres
fiduciários para com a organização e prestam contas aos sócios nas
assembleias. De forma mais ampla e periódica, também prestam contas
aos sócios e às demais partes interessadas por meio de relatórios
periódicos.
Membros do Conselho de Administração de uma empresa.
O conselheiro tem seus deveres perante a organização. O conceito de
representação, pelo conselheiro, de qualquer parte interessada, é
inadequado.
Representação do conceito de rede de comunicação global.
O desempenho do Conselho de Administração depende do respeito e da
compreensão das características de cada um de seus membros, sem
que isso implique ausência de debates de ideias. A diversidade de perfis
é fundamental, pois permite que a organização se beneficie da
pluralidade de argumentos e de um processo de tomada de decisão
com maior qualidade e segurança.
Todos os conselheiros, uma vez eleitos, têm responsabilidade para com
a organização, independentemente de sócio, grupo acionário,
administrador ou parte interessada que o tenha indicado para o cargo.
Também devem criar e preservar valor para a organização como um
todo, observados os aspectos legais e éticos envolvidos.
Pilares e benefícios da governança corporativa
Os pilares da governança corporativa são os agentes e os
procedimentos que devem sustentar suas boas práticas. Vamos
conhecê-los!
Os benefícios da governança corporativa são inúmeros. Fique por dentro
de alguns deles!
Converter princípios, missões, valores e outros conceitos abstratos
em ações concretas e efetivas.
Alinhar os interesses de diversos stakeholders, como acionistas e
executivos, para que se definam os melhores objetivos estratégicos
 Propriedade (representada pelos sócios)
 Conselho de Administração
 Gestão, auditoria independente
 Conselho fiscal
 Conduta e conflito de interesses
para a organização.
Descentralização da tomada das decisões estratégicas e mais
transparência em sua motivação.
Preservar o valor da organização em longo prazo, garantindo sua
longevidade econômica de forma sustentável.
Promover uma gestão organizacional de qualidade e que facilite o
acesso aos recursos e às fontes de financiamento necessários para
seu crescimento.
Melhoria da imagem da empresa e valorização de sua marca.
Promover, em empresas familiares, a capacitação e a escolha de
herdeiros e administradores adequados.
Princípios e responsabilidades da
governança corporativa
Assista ao vídeo e veja mais sobre o conceito de governança
corporativa, sua importância nas organizações e seus principais
fundamentos.
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

Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para
atingir seus
objetivos.
Questão 1
A discussão sobre governança corporativa envolve a criação de
mecanismos internos e externos que assegurem
Questão 2
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC),
governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são
dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os
relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração,
diretoria e órgãos de controle. Nesse contexto, quais dos itens
listados a seguir são princípios básicos de governança corporativa?
I. Equidade e transparência
II. Responsabilidade corporativa
III. Legalidade e legitimidade
IV. Prestação de contas (accountability)
A
prioridade da instituição na remuneração dos
conselheiros.
B
prática de atividades de responsabilidade social que
promovam comunidades.
C
adoção de monitoramento bancário por meio de
indicadores de desempenho contábil.
D
tomada de decisões pela organização no melhor
interesse dos investidores.
E
direitos e interesses corporativistas dos
colaboradores da instituição.
Responder
A II, III e IV.
B II e IV.
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2
Estratégia de TI e estratégia corporativa
Ao final deste módulo, você será capaz de relacionar a estratégia de tecnologia da informação (TI) com a estratégia corporativa.
C I, II e IV.
D III e IV.
E I, III e IV.
Responder
Ligando os pontos
Imagine administrar uma empresa globalizada em um contexto repleto
de adversidades. Pandemia, transição energética, eletrificação da frota,
obsolescência tecnológica, recessão da economia, conflitos
geopolíticos e, até mesmo, a combinação de todos esses fatores faz da
indústria automobilística um setor desafiador. Uma empresa inserida ou
não no setor automobilístico precisa formular estratégias que consigam
alavancar os seus negócios para transpor esses e outros desafios.
Entenda melhor como a estratégia se insere em um cenário empresarial.
Confira também as suas possibilidades com o estudo de caso a seguir,
no qual abordamos a retomada internacional da Nissan Motor
Corporation.
A estratégia empresarial, ou simplesmente estratégia, em uma visão
holística, vai além de um conjunto de ações para obter os resultados
desejados. A estratégia deve ser encarada como o mantra que permeia
todos os níveis da organizaçãoe chega a todos os funcionários com a
clareza necessária para transformar a empresa.
Com toda tradição, disciplina e tecnologia japonesa, a Nissan buscou
transformar o seu parque industrial, em crise desde 2018, dando um
basta nos problemas reputacionais trazidos pela prisão de seu
presidente e pelos impactos da pandemia do Covid-19.
Para lograr êxito nesse grande desafio e regressar a uma condição
sustentável e de lucratividade, a empresa investiu em um planejamento
estratégico escalonável conhecido como "Nissan Next".
Nesse plano de transformação, a Nissan optou por garantir um
crescimento estável ao invés de buscar uma expansão excessiva de
vendas. A empresa decidiu concentrar-se nas suas competências-chave
e aprimorar a qualidade do seu negócio, mantendo uma forte disciplina
financeira. O objetivo é focar na receita líquida por unidade para
conseguir maior rentabilidade. Paralelamente, a Nissan buscou
reestabelecer uma cultura corporativa que reflete os valores e a
essência da marca, um movimento que a empresa considera ser o início
de uma nova era, conforme declarado em 2020.
O plano estratégico formulado foi baseado em duas áreas estratégicas.
A primeira era relacionada à racionalização, ou seja, ações estruturantes
com foco na redução de custos e no aumento da eficiência. A segunda
área priorizou os principais mercados e produtos da montadora.
O plano concentrou-se também no aumento da inovação, das
habilidades empresariais, no foco no cliente e na qualidade, juntamente
a uma transformação cultural contínua.
Algumas das iniciativas estratégicas contidas no plano incluíram a
construção de alianças com parceiros estratégicos para o
compartilhamento de recursos, incluindo produção, modelos e
tecnologias; e a apresentação do sistema avançado de assistência ao
motorista – ProPilot Assist – em diversos modelos em vinte mercados,
visando mais de 1,5 milhão de unidades equipadas com o sistema por
ano até o fim do ano fiscal de 2023.
Essa última iniciativa, em particular, representa o rigoroso desafio da
integração com a tecnologia, não exatamente pelas questões mais
práticas que a tecnologia nos proporciona, mas pelo desafio de conjugar
os aspectos da governança de TI ao orquestrar, de forma estratégica, o
desenvolvimento, a implantação, os testes e, eventualmente, a correção
de todos os problemas existentes. Além disso, a Nissan busca se
manter na vanguarda tecnológica e em sintonia com as expectativas
traçadas no planejamento estratégico da empresa.
O sistema ProPilot Assist, essencial para o programa de mobilidade
inteligente da Nissan, é fundamental na sua iniciativa de reestruturação
empresarial.
Ciente do grande desafio apresentado, a Nissan deu início, por meio de
seu Centro de Pesquisa do Vale do Silício, a uma parceria tecnológica
com o Centro de Pesquisa Ames da NASA, em Moffett Field, Califórnia.
O foco nos anos de pesquisa conjunta foi o desenvolvimento de
sistemas de acionamento autônomo, contendo hardware e software
sofisticados e usados em aplicações rodoviárias e espaciais.
Segundo a Nissan, em 2018, 75 mil veículos foram vendidos com a
tecnologia ProPilot Assist no mundo. Em 2019, esse número saltou para
mais de 350 mil veículos. Em 2023, a montadora ultrapassou 1 milhão
de veículos, sendo um terço das vendas atribuídas ao mercado europeu.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
É possível identificar que a Nissan buscou colher alguns benefícios ao
formular o seu planejamento estratégico. Marque a alternativa que
identifica um desses benefícios.
A Comunicação assertiva.
Questão 2
O Sistema ProPilot Assist é essencial para o programa de mobilidade
inteligente da Nissan e para sua reestruturação empresarial. O sucesso
do sistema é fruto da integração entre a estratégia e a governança de
TI da empresa ao
Questão 3
Considerando que a formulação de estratégias em uma organização
serve como um guia para todos os níveis hierárquicos, refletindo
diretamente no desempenho e nas metas da empresa, discuta qual é o
B Agilidade de negócio.
C Crescimento empresarial.
D Segurança da Informação.
E Terceirização de serviços.
Responder
A desprezar o planejamento estratégico.
B
orquestrar, de forma estratégica, o desenvolvimento do
sistema em conjunto com a NASA.
C
formular, de forma estratégica, a publicidade do novo
sistema.
D
terceirizar, de forma estratégica, o desenvolvimento do
sistema.
E
contratar, de forma estratégica, profissionais de
desenvolvimento de sistemas.
Responder
principal objetivo de desenvolver estratégias claras e bem definidas nas
organizações. Além disso, explique a importância da comunicação
eficaz no processo de disseminação dessas estratégias para todos os
funcionários. Como essa comunicação contribui para a transformação e
o sucesso da organização?
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Estratégia
É uma palavra de origem grega que significa “a arte de liderar uma tropa;
comandar”. Normalmente, estipula-se uma estratégia para superar
algum problema, indicando assim habilidade, astúcia ou esperteza.
Pessoa jogando xadrez.
Tanto no âmbito profissional quanto no pessoal, o pensamento
estratégico é essencial para o ser humano, podendo ser estimulado até
mesmo por meio de jogos. O xadrez, por exemplo, requer que os
jogadores desenvolvam estratégias, pois ambos os jogadores devem
pensar com antecedência no movimento de suas peças.
Estratégia empresarial
É a definição de um conjunto de ações a serem tomadas com base no
estudo do passado, presente e das perspectivas futuras, visando
alcançar os resultados desejados. Essas ações envolvem planejamento,
execução, coordenação e ajustes constantes com o objetivo de se
adaptar a um ambiente em constantes mudanças, em busca de
determinados objetivos.
Em um mundo cada vez mais competitivo, é essencial que as empresas
tenham uma boa estratégia competitiva e corporativa.
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Planejamento estratégico
É o processo de elaborar a estratégia de uma organização e definir
como alcançar seus objetivos. Em outras palavras, a empresa
reconhece a sua situação atual e faz uma projeção de futuro, ou seja,
como deseja estar daqui a alguns anos. Essa visão de longo prazo prevê
mudanças que ajudem na diferenciação de negócio.
Esse processo permeia toda a organização, logo, a responsabilidade por
ele deve recair sobre todas as pessoas. Líderes e gerentes são
condutores e articuladores dessa jornada, mas sozinhos não
conseguem fazer as mudanças necessárias para atingir a visão de
futuro definida pela empresa. É necessário trabalho conjunto,
colaboração e compartilhamento. Sem divisão de tarefas, o
planejamento estratégico não funciona!
Exemplo
Uma empresa pode se distinguir de outra por
meio de estratégia de marketing, com o
objetivo de melhorar o seu posicionamento
no mercado onde atua.

Equipe de trabalho interagindo em escritório.
Periodicamente, o planejamento precisa ser reajustado. À medida que o
ambiente externo sofre mudanças, a empresa deve se adaptar a essas
transformações. Assim, ocorre a evolução no mercado.
O planejamento estratégico estabelece pontos fortes e
fracos da organização e identifica as oportunidades e
ameaças do cenário de atuação da empresa. Dessa
maneira, torna-se viável estabelecer objetivos e ações
estratégicas que aumentem a competitividade da
organização no mercado de trabalho.
Durante o planejamento estratégico, são definidas as estratégias, tendo
como foco o curto, médio e longo prazo da empresa, geralmente,
abrangendo um período de 5 a 10 anos. Nessa etapa, é importante
considerar os fatores internos e externos à organização, os quais
ajudam a mapear todas as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças,
fornecendo uma ótima base para a estruturação dos demais planos
estratégicos.
Uma excelente ferramenta é a análise SWOT(strengths and weaknesses
/ opportunities and threats), conhecida no Brasil como FOFA (forças e
fraquezas / oportunidades e ameaças).
A análise de ambiente é dividida em duas partes:
Ambiente interno
Forças e fraquezas.
Ambiente externo
Oportunidades e ameaças.
A Análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a
posição estratégica da empresa no ambiente em questão. Apesar de ter
surgido na década de 1960, nos Estados Unidos, hoje, essa metodologia
é uma das mais utilizadas e eficazes no mundo administrativo.
Além de diagnosticar a atual fase do negócio, ela também auxilia nas
ações de projeção e ascensão, ou seja, ajuda a planejar os próximos
passos e a reparar algumas lacunas que interferem na lucratividade da
sua empresa.
Missão, visão e valores
Envolvem o tripé que confere identidade e propósito para uma empresa.
Sem esse tripé, é praticamente impossível construir um planejamento
estratégico e guiar as decisões feitas dentro da companhia, de modo a
atingir os resultados esperados. Vamos entender melhor cada um
desses elementos!
Define uma empresa, de acordo com Peter Drucker. Ela deve
refletir aquilo que a organização tem de especial e a diferencia
das demais.
O principal papel da missão é inspirar e engajar todos os
funcionários em direção ao sucesso da organização. Quando a
equipe sabe que há objetivos maiores por trás de cada decisão,
considera a missão em suas atividades diárias e contribui para o
crescimento da empresa naturalmente. Por esse motivo, é
importante comunicar a missão efetivamente por toda a
empresa, redigindo-a de maneira clara e compreensível por
qualquer pessoa.
Por exemplo, a missão do Mcdonald’s é servir alimentos de
qualidade, com rapidez e simpatia, em um ambiente limpo e
agradável.
Objetivos estratégicos
Missão Visão Valores
São as metas globais e amplas da organização, e devem estar
diretamente relacionados à missão da empresa. A cada objetivo
estratégico alcançado, a empresa deve caminhar para mais perto de
alcançar a sua visão de futuro.
Depois de definir seus objetivos estratégicos, a organização os
subdivide em dois tipos. Confira!
A próxima etapa é transformar tudo em números com a ajuda do
orçamento empresarial. A empresa possuirá um plano completo que
abrange:
Quanto precisa faturar.
Quais são os limites de custos e despesas que precisa respeitar.
Quais investimentos precisa realizar.
Além disso, pode acompanhar os números ao longo do ano, verificando
se está caminhando para alcançar sua visão ou se precisa de algum
ajuste na operação.
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Exemplo
Aumento da satisfação dos clientes em 30%,
redução dos custos administrativos em 10%,
aumento do nível de capacitação dos
funcionários em 20%.

Planejamento tático 
Planejamento operacional 
Planejamento estratégico de TI
Atualmente, empresas dependem fortemente dos serviços de
tecnologia, os quais devem estar alinhados aos objetivos do negócio
como premissa para a performance e sobrevivência no mercado. O
objetivo do planejamento estratégico de TI é alinhar objetivos de
tecnologia da informação aos objetivos do negócio.
Planos Estratégicos de TI (PETI) e Planos Diretores de TI (PDTI),
portanto, são instrumentos que devem ser desenvolvidos e mantidos de
maneira integrada a planejamentos estratégicos corporativos, assim
como respectivos.
Veja duas definições para o planejamento estratégico de TI!
É o processo de elaborar uma estratégia
para uso da tecnologia da informação em
uma organização. Por meio dele, a
estratégia de tecnologia da informação é
estruturada, organizada e sistematizada.
Contar com um planejamento estratégico
de TI garante que a tecnologia da
informação está sendo usada a favor do
negócio e ajuda a criar valor para os
clientes.
 1 de 2 
O planejamento estratégico deve considerar ainda alguns elementos
importantes. Vamos conhecê-los!
 Análise de ambiente interno e externo da TI
Envolve verificar o que a área de tecnologia pode
fazer de diferente no futuro, visando gerar novos
resultados para a organização. Ao analisar as
condições externas, é preciso averiguar o que os
concorrentes estão fazendo e o que o mercado
precisa.
 
Importância do planejamento estratégico de TI
Muitas áreas de TI apenas atendem ao que as áreas de negócio pedem,
sem se preocupar se realmente haverá resultados. Os orçamentos das
empresas, em sua maioria, são utilizados para a manutenção dos
serviços essenciais de TI, sendo destinada uma pequena parte para o
crescimento dos negócios.
 Iniciativas estratégicas
Referem-se a projetos e programas executados
para alcançar os objetivos estratégicos, podendo
atender à estrutura interna da TI ou beneficiar toda
a organização. Como exemplo de iniciativas, existe
a padronização de processos e implantação de
modelo de governança de TI.
 Indicadores estratégicos
Não basta apenas fazer um ótimo planejamento
estratégico de TI. É preciso monitorar a execução
desse plano e ficar de olho nos indicadores das
iniciativas e dos próprios objetivos estratégicos.
Com o acompanhamento constante, indicadores
que não estiverem performando bem terão uma
chance de se recuperarem.
Para que o monitoramento seja completo, é
interessante associar papéis e responsabilidades
aos indicadores, isto é, estabelecer um responsável
pelo indicador e por fornecer informações para
apuração deste. Para isso, será necessário fechar
acordos entre as partes, com informações
necessárias e prazos, visando atender ao
monitoramento do planejamento estratégico.
Por isso, ele pode sofrer ajustes, dependendo de
como está a execução da estratégia. Esses ajustes
decorrem de uma análise profunda do desempenho
da estratégia. Assim, o planejamento não pode ser
muito engessado nem muito volátil. É preciso
encontrar um equilíbrio entre esses dois extremos.
Programadora refletindo sobre o planejamento estratégico de TI em seu escritório.
O planejamento estratégico de TI surge justamente para explorar todo o
potencial que a área de TI de uma organização oferece. Isso porque o
processo de planejamento exige uma reflexão profunda acerca das
competências e habilidades da TI.
A área de TI pode ser potencial parceira estratégica do negócio. A TI
pode atuar como agente de mudanças e transformar o negócio, pois
conhece a organização como nenhuma outra área.
Com o aumento na disponibilidade de informações, hoje, é possível
entender com mais facilidade os desejos e as necessidades dos
consumidores. Assim, as empresas conseguem se aproximar mais do
cliente por meio de uma estratégia conduzida pelo valor e pelas
informações.
A importância da TI se dá à medida que ela proporciona a
transformação digital. Nesse sentido, pode-se considerar o aumento das
soluções de TI e o surgimento de novos modelos de negócio. Por isso,
ela deve participar ativamente das discussões estratégicas, de forma
que tenha mais condições de colaborar com a empresa.
Benefícios do planejamento estratégico de TI
Comunicação transparente
Com o planejamento estratégico de TI, a equipe da área entenderá
melhor o seu papel dentro da empresa. Assim, os colaboradores serão
motivados a trabalhar em prol do negócio, o que também contribui para
a percepção da empresa sobre os resultados da TI.
Portanto, o planejamento estratégico de TI ajuda a levar visibilidade para
a área. Serve também como ferramenta para comunicação com a
direção da empresa e para apresentar os resultados esperados com a
TI. Assim, é possível melhorar a governança como um todo.
Agilidade de negócio
O planejamento estratégico de TI traz agilidade organizacional, que é a
capacidade de as empresas responderem rapidamente às mudanças,
considerando que as tecnologias facilitam a execução de processos e
projetos.
Crescimento organizacional
O planejamento estratégico de TI proporciona crescimento
organizacional, isto é, aumenta a competitividade da empresa e
favorece a continuidade donegócio.
Uso correto de recursos
O planejamento estratégico de TI ajuda a priorizar projetos e outras
ações, auxiliando na tomada de decisões. O uso correto de recursos é
algo natural e vem como consequência do planejamento estratégico de
TI.
Alinhando o negócio com a TI
As empresas precisam de uma maneira de ter todas as partes
trabalhando em conjunto.
Não adianta permitir que cada departamento busque a própria
otimização pensando que, assim, terá um conjunto otimizado. Otimizar
todas as partes é algo bom, porém não otimiza o todo. Devemos olhar
além dos processos e das funções departamentais e desenhar o
negócio como um todo para observar tanto as relações entre as partes
quanto a necessidade de trabalhem em conjunto.
Equipe em demonstração de trabalho conjunto.
Para alinhar as áreas de negócio e consequentemente as áreas de apoio
que incluem a TI, é preciso começar pela estratégia, considerando a
missão, a visão, os valores e os objetivos do negócio como um todo. É
importante visualizar o negócio com seus elementos e suas relações e,
muitas vezes, redesenhá-los.
Além disso, é preciso considerar o ambiente externo e os processos de
negócio. Com isso, a TI poderá atuar fortemente para ajudar na
execução desse conjunto, ou seja, poderá se alinhar ao negócio. Como
disse Peter Ducker, “Planejamento não diz respeito às decisões futuras,
mas às implicações futuras de decisões presentes”.
Importância do alinhamento entre a
estratégia de tecnologia da
informação e a estratégia
corporativa
Confira, neste vídeo, a relevância da estratégia empresarial e o
planejamento estratégico de TI, assim como sua importância e
respectivos benefícios.
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Questão 1
O planejamento estratégico é uma ferramenta indispensável a uma
organização, uma vez que previne as incertezas por meio de
técnicas e processos administrativos, os quais permitem o
planejamento, a elaboração de objetivos e as necessárias
estratégias. Dito isso, analise as afirmativas a seguir.
I. O planejamento estratégico significa o ponto de partida na
administração estratégica das organizações,
independentemente de seu tamanho e tipo.
II. A partir do processo de planejamento estratégico, a
organização identificará as oportunidades e as ameaças em
um mercado globalizado e competitivo como o atual.
III. O planejamento está relacionado ao alto nível da organização, é
o responsável por estabelecer a melhor direção a ser seguida.
IV. O principal auxílio para a alta administração é o planejamento
estratégico, que orienta as decisões tomadas sem levar em
conta a alta margem de erro do planejamento.
Estão corretas as afirmativas

Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para
atingir seus
objetivos.
A I e III.
B II e IV.
Questão 2
O planejamento formal nas organizações prevê a formulação de
objetivos que especifiquem os estágios de visão e missão
organizacional. Os objetivos podem ser classificados de acordo
com os níveis organizacionais. Dito isso, assinale a opção em que
esses níveis estão listados corretamente.
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C I, II e III.
D I, II, III e IV.
E II e III.
Responder
A Executivo, estratégico e tático.
B Estratégicos, táticos e operacionais.
C Tático, operacional e logístico.
D Logístico, tecnológico e estratégico.
E Executivo, estratégico e tático.
Responder
3
Princípios e responsabilidades da governança de TI
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever os princípios e as responsabilidades da governança de tecnologia da informação (TI)
Ligando os pontos
Alcançar a vantagem competitiva é um esforço de todas as áreas de
uma empresa. No entanto, a governança de TI tem sido crucial no
desdobramento das estratégias formuladas pela alta administração.
Veja nesse caso como a governança de TI pode apoiar,
significativamente, a estratégia empresarial ao ponto de revolucionar
não somente uma empresa, mas todo o setor de varejo brasileiro.
Conheça em detalhes como o Magazine Luiza tornou-se a empresa líder
em seu mercado e, por muito tempo, foi a preferida do mercado de
ações.
A transformação digital é um movimento considerado inevitável para as
empresas que pretendem se manter competitivas no mercado e é
indissociável da estratégia empresarial e, sobretudo, da governança de
TI.
Tendo clareza sobre essa tendência, o Magazine Luiza estabeleceu uma
complexa estratégia corporativa que revolucionou a empresa e o varejo
brasileiro em busca de uma vantagem competitiva que a tornasse líder
em seu segmento de mercado.
A empresa, que iniciou suas atividades em 1957 com a razão social A
Cristaleira, consolidou-se em 2022 como a maior plataforma de varejo
multicanal do Brasil, com 23 centros de distribuição e 246 cross-
dockings estrategicamente localizados, e 1.339 lojas distribuídas em 21
estados do país.
Esse salto deveu-se à sua capacidade de estabelecer quatro ciclos
estratégicos, liderados pela família Trajano, a forte adoção de tecnologia
em sua estratégia e no cotidiano de sua operação, em um esforço
permanente de governança.
O primeiro ciclo estratégico iniciou-se em 1957 com a sua fundação, e o
fato relevante à época foi a revitalização da marca, quando nasceu o
nome Magazine Luiza através de uma campanha na rádio local, em
Franca, interior do estado de São Paulo.
Em 1991 e 2009, foram realizados outros dois outros ciclos estratégicos
marcados pelo crescimento empresarial e a consolidação da marca,
respectivamente.
Em 2016, a empresa digitalizou seus processos e deu início à
construção de uma nova empresa. De fato, a tecnologia esteve presente
no Magazine Luiza em boa parte de sua trajetória, e sua estrutura de
governança de TI foi responsável por uma das iniciativas de
transformação digital mais bem-sucedidas do Brasil.
Inicialmente, a presença online não parecia ser algo fácil; contudo, o
CEO Fred Trajano promoveu uma agressiva mudança cultural. O
comércio eletrônico veio a ser a prioridade da empresa. Um dos marcos
empresariais, nesse contexto de mudança, foi, em 2014, a criação do
Luizalabs, o laboratório de Tecnologia e Inovação do grupo empresarial.
O Luizalabs, que é a área de desenvolvimento de tecnologia da
Magazine Luiza, conta atualmente com mais de 2.000 desenvolvedores
e especialistas. Eles estão organizados em pequenos grupos com
missões específicas, conhecidos como squads. Essa equipe desenvolve
ferramentas para diversas áreas da companhia, como atendimento,
logística, financeiro e gestão de estoque. O objetivo dessas ferramentas
é aprimorar a eficiência do processo de varejo, melhorando a
rentabilidade, os prazos de entrega e a experiência do cliente.
A cultura corporativa é a base para o sucesso do Luizalabs, sendo
essencial para o posicionamento da Magazine Luiza como uma
empresa de tecnologia. Com a criação do Luizalabs em 2012, a
Magazine Luiza passou de compradora a desenvolvedora de sua própria
tecnologia, e agora se vê pronta para ser fornecedora de tecnologia para
os vendedores em seu marketplace e para milhares de varejistas
tradicionais. Em dezembro de 2018, a Magazine Luiza expandiu ainda
mais suas capacidades com a aquisição da Softbox, uma empresa
focada em soluções digitais para o varejo.
Outros três aspectos da trajetória do Magazine Luiza reforçam a
relevância da governança de TI a serviço da estratégia empresarial e
explicam a assertividade das decisões tomadas no âmbito da
governança corporativa.
O primeiro está relacionado à abertura de capital na bolsa de valores em
2011, fazendo com que os níveis de governança, em todas as suas
dimensões, fossem intensificados. Segundo Muritiba (2019), foram
captados mais de R$ 920 milhões, com uma demanda por ações
superior a 50% da oferta na época.
O segundo vai ao encontro do seu marketplace Magalu. O que poderia
ser mais um caso relativamente comum de implantação de uma
plataforma digital, tornou-se um grande desafio em função da inclusão,em 2017, de pequenos empreendedores expondo as suas mercadorias
para venda direta no Magalu.
Em 2022, a empresa alcançou a marca de 200 mil vendedores parceiros
(sellers), que utilizam regularmente o seu marketplace e sua
infraestrutura logística, perfazendo 36% das vendas online da empresa.
O terceiro aspecto representou mais um divisor de água para o seu
crescimento. Segundo a plataforma de dados Sling Hub, especialista em
informações para fusões e aquisições de startups, o Magazine Luiza foi
a corporação que mais comprou esse tipo de empresa até novembro de
2021 na América Latina. Foram 23 startups, entre elas e-commerces,
como: Época Cosméticos, Netshoes e KaBuM!, e startups que atuam
com delivery, mídia e serviços financeiros, como Canaltech, Inloco,
Aiqfome, Hub Fintech, Steal the Look e Jovem Nerd.
Esses três aspectos indicam o tom da estratégia e da cultura da
empresa. O Magazine Luiza pretende transformar o seu aplicativo, o
SuperApp Magalu, em um super aplicativo nos padrões das grandes
empresas chinesas do e-commerce.
Os números consolidados de 2022 mostram que o ecossistema Magalu
obteve R$60 bilhões de vendas totais, R$43 bilhões no e-commerce,
correspondendo a 52% de crescimento médio em três anos, e mantendo
uma operação com 37 milhões de clientes ativos.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
O caso aborda a trajetória do Magazine Luiza, empresa líder do
segmento de varejo que vem se posicionando também como uma
empresa de tecnologia. Qual foi, segundo a própria empresa, a base
para essa mudança estratégica?
Questão 2
Alinhado à estratégia corporativa, o Magazine Luiza instituiu o
LuizaLabs como a área de desenvolvimento de tecnologia da empresa.
Por meio de uma forte abordagem tecnológica, a empresa buscou
melhorar três aspectos. Assinale a alternativa que apresenta os
aspectos corretos.
A Comunicação corporativa.
B Cultura corporativa.
C Rigidez corporativa.
D Visão corporativa.
E Miopia corporativa.
Responder
A Rentabilidade, prazos de entrega e experiência do cliente.
B Lucratividade, prazos de entrega e experiência do cliente.
C Rentabilidade, prazos de análise e experiência do cliente.
D
Rentabilidade, prazos de entrega e experiência de
mercado.
E
Materialidade, prazos de devolução e experiência do
cliente.
Questão 3
O caso demonstra o salto que o Magazine Luiza realizou através de
ciclos estratégicos para se tornar uma empresa líder em seu mercado.
Explique por que os ciclos estratégicos são tão relevantes para as
empresas que desejam mudar seu estado.
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Governança de TI
Visando à proteção do mercado de capitais e de seus investidores, foi
promulgada em 2002 a Lei Sarbanes-Oxley, estabelecendo o conceito
atual de governança corporativa. Em consequência da participação e
importância da informática nas operações das organizações, surgiu
também a governança de TI, visando exclusivamente estabelecer
mecanismos de proteção, segurança, confiabilidade nas empresas e,
com isso, evitar a ocorrência de fraudes, viabilizar meios para a sua
identificação e proteger o mercado investidor.
A governança em TI, portanto, é a responsável por garantir que as
informações estejam disponíveis para dar suporte ao processo de
governança corporativa, integrando os setores e proporcionando o
embasamento para a tomada de decisões da alta cúpula da
organização.
Responder
Princípios da governança de TI
A governança é feita com base em um conjunto de políticas e processos
internos que garantem a transparência e eficiência das informações.
Essa área fornece suporte aos membros da alta administração para que
tenham base de informações no processo de tomada de decisões,
sempre com o objetivo estabelecido no planejamento estratégico.
Confira, a seguir, princípios e estruturas utilizados pela governança de TI.
Gestão de riscos
O risco é inerente a qualquer atividade realizada pelas
empresas. No entanto, ele precisa ser constantemente
monitorado para que os membros da organização possam agir
a tempo de corrigir os eventuais problemas.
Entrega de valor
A TI precisa garantir que seus benefícios sejam entregues
devidamente executados em todos os setores da organização.
Alinhamento estratégico
As soluções e práticas de TI devem estar alinhadas a todos os
objetivos estratégicos da empresa. Caso contrário, a
governança de TI torna-se ineficiente.
Curiosidade
Em 4 de abril de 2019, foi divulgada a
Portaria nº 778, que dispõe sobre a
implantação da governança de tecnologia e
comunicação em órgãos e entidades
pertencentes ao Sistema de Administração
dos Recursos de Tecnologia da Informação
do Poder Executivo Federal.

Gestão de recursos
Os recursos necessários para que a TI preste seus serviços
devem ser geridos da forma mais eficaz. Isso vale tanto para
os recursos tecnológicos quanto para os recursos humanos,
que operacionalizam os sistemas.
Mensuração de desempenho
Todos os projetos e processos devem ser mensurados para
que seus objetivos sejam alcançados.
Benefícios da governança de TI para o negócio
Confira, na sequência, quais benefícios uma governança de TI bem-
sucedida pode proporcionar ao negócio.
 
As inovações tecnológicas tornaram-se fortes aliadas dos
negócios e são definidas pelo resultado da exploração de novas
ideias, levando à criação de um produto, processo ou serviço
totalmente novo ou melhorado. Portanto, é muito importante
manter o foco em inovações tecnológicas, pois são elas que
contribuirão para uma maior probabilidade de resultados
positivos para a organização.
Importância da governança de TI
Uma empresa precisa de governança de TI, pois falhas na tecnologia da
informação podem colocar em risco a credibilidade da empresa com os
consumidores.
Inovação Produtividade Qualidade Redução de
Representação de rede de segurança cibernética.
Além disso, um acidente ou erro em TI pode afetar a segurança da
informação e a confidencialidade de processos. Diferentes projetos de
TI que não possuam alinhamento estratégico e procedimentos podem
acarretar prejuízos financeiros para um negócio.
Esses são aepnas alguns exemplos de uma gama de erros que podem
ocorrer em uma organização sem uma governança de TI consolidada.
A governança de TI tem a responsabilidade de solucionar problemas de
alinhamento organizacional em relação à TI e às estratégias do negócio.
Ela atua por meio da identificação de áreas interessadas em iniciativas
de TI, mapeamento dos graus de tomada de decisão de cada setor e
criação de modelos e padrões de governança para que todas as áreas
façam o uso adequado de TI e tenham um bom retorno sobre os
investimentos.
Uma governança de TI com padrões e processos
definidos garante a segurança de sistemas e
processos, a integridade de dados e mitiga os riscos
do negócio.
O primeiro aspecto mais relevante das organizações que têm sucesso
usando a estratégia é o alinhamento com todas as áreas do negócio.
Todas as iniciativas de TI precisam ter interdependência com o
planejamento estratégico e devem ser avaliadas constantemente.
Para garantir um modelo de governança de TI eficaz, é necessário ter o
envolvimento e apoio da alta gestão, com padrões estabelecidos e
responsabilidades definidas para aplicação em toda a organização.
Também vale ressaltar a importância de gerenciar os riscos aos quais o
negócio está exposto e de direcionar a tomada de decisões de maneira
assertiva.
Frameworks da governança de TI
Para implantar a governança de TI em sua empresa, é importante que
você conheça todos os frameworks – em outras palavras, modelos de
trabalho – que lhe fornecem as métricas e o que deve ser feito para
garantir a eficácia dessa prática.
Conheça os principais frameworks da governança de TI!
Relação da COBIT e da ISO 38500 com a governança em TI
A ISO/IEC 38500 estipula um modelo para a governançacorporativa de
TI, além de definir esse termo como o sistema pelo qual a utilização
futura e atual da tecnologia da informação é dirigida e controlada.
A governança corporativa de TI engloba a análise e a orientação do
emprego da TI para fornecer suporte à empresa a fim de alcançar seus
objetivos estratégicos. Também envolve o monitoramento da utilização
da TI para se executar os planos traçados, ou seja, suas políticas de uso
dentro da empresa.
Para entender melhor, é importante que gestores gerenciem a TI por
meio dessas três tarefas principais, confira!
COBIT (Control Objectives for Information and Related
Technology) 
ITIL (Information Technology Infrastructure Library) 
PMBOK (Project Management Body of Knowledge). 
 Avaliar o emprego atual e futuro da TI, levando em
consideração as pressões internas e externas que
influenciam o negócio — tendências
socioeconômicas, mudanças tecnológicas e
influências políticas.
 Considerar as necessidades futuras e atuais do
empreendimento.
 Gerenciar a preparação e a implantação de políticas
e planos para assegurar que a utilização da TI
consiga atender aos objetivos da empresa;
it f l ã l
As três atividades apresentadas englobam diferentes tipos de
processos, necessitam e exigem distintas estruturas organizacionais,
além de servirem a propósitos diferentes.
Da perspectiva do COBIT, a governança de TI assegura que as
necessidades, as opções e as condições das partes interessadas sejam
analisadas de modo a determinar os objetivos corporativos acordados.
Ela estabelece a direção por meio de priorização e de tomada de
decisão, bem como provê monitoramento de performance e
conformidade com relação aos propósitos definidos.
Na governança, são debatidos e aprovados políticas e planos de
alinhamento estratégico, a implantação de processos e os instrumentos
de controle/monitoramento que orientarão a gestão da TI.
Em grande parte das empresas, a governança de TI está sob
responsabilidade do conselho de administração, tendo como liderança o
presidente. No entanto, determinadas responsabilidades de governança
podem ser delegadas a estruturas empresariais especiais em um nível
adequado, com atenção especial para companhias maiores e mais
complexas.
Estratégia de gestão de TI e de governança
Para a boa aplicação da governança em TI na empresa, é preciso ter um
correto entendimento sobre quais as suas diferenças em relação à
gestão de TI convencional.
Primeiramente, é necessário deixar claro que a governança compreende
todas as práticas e técnicas relacionadas a avaliar, direcionar e
monitorar fluxos de trabalho, processos e atividades da área de
tecnologia da informação. Vejamos!
Governança
Corresponde à camada
em que se discute e se
aprova os direitos de
decisão, as normas e
demais políticas de
gestão. Esses serão
utilizados para o
alinhamento
Gestão de TI
Compreende
metodologias que têm
relação com planejar,
desenvolver, executar e
controlar/monitorar
atividades, processos e
fluxos de trabalho de TI.
Elas estão em
monitorar a performance em relação aos planos e o
cumprimento das políticas. Por sua vez, o COBIT
realiza uma clara distinção entre gestão e
governança em TI em seu quinto princípio:
distinguir a governança de gestão.

estratégico, a
implantação de
processos e os
mecanismos de
controle que orientarão
o gerenciamento de TI,
que, por sua vez,
correspondem à
camada de execução da
TI.
constante sintonia com
o direcionamento
estratégico entregue
pela governança em TI.
Na visão do COBIT, quando falamos das necessidades do negócio, a
governança tem a ver com avaliar, dirigir e monitorar processos,
enquanto a gestão de TI é vinculada a planejar, construir, entregar e
monitorar.
Princípios e responsabilidades da
governança de TI
Entenda melhor, neste vídeo, o conceito e os princípios da governança
de tecnologia da informação, bem como seus respectivos frameworks.
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
Questão 1
Em termos de governança, gestão e controle, o CobiT 5 cobre todo
o conjunto de atividades de TI, concentrando-se mais em “o que”
deve ser atingido do que em “como” atingir. Assim, o Cobit pode ser
utilizado em uma organização

Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para
atingir seus
objetivos.
A
somente no nível mais alto da gestão e governança
que permite uma visão corporativa que trate, por
exemplo, de questões legais e/ou de compliance.
B
para avaliar os riscos operacionais de TI, observando-
se os habilitadores sempre de forma isolada, a fim de
analisar se há discrepâncias em relação às boas
práticas e avaliar a probabilidade de ocorrência e a
severidade do impacto dos riscos no negócio.
C
para implementar a governança de uma única vez
com práticas relativas às áreas de processos, sendo
mapeados para os habilitadores do modelo de forma
a criar uma estrutura específica de governança que
não utilize padrões já existentes.
Questão 2
Assinale a alternativa correta sobre a definição de ITIL.
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D
como um checklist para avaliar os pontos fortes e
fracos de todos os habilitadores de TI, servindo como
subsídio para a proposição de ações de melhoria,
visando a uma estruturação eficaz da governança e do
gerenciamento.
E
apenas para definir políticas internas de segurança da
informação, desconsiderando qualquer outro aspecto
da governança de TI, como gestão de riscos,
alinhamento estratégico e gerenciamento de recursos.
Responder
A
É um fórum de gerenciamento de serviços de
tecnologia da informação.
B
É um sistema de certificação para profissionais de
tecnologia da informação.
C
É uma biblioteca de melhores práticas para a gestão
de serviços em tecnologia da informação.
D
É um ambiente corporativo para a gestão da
estratégia de serviços em tecnologia da informação.
E
É uma base de dados para profissionais de tecnologia
da informação.
Responder
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4
Processo de decisão na governança de TI
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar o processo de decisão na governança de tecnologia da informação (TI).
Ligando os pontos
A tomada de decisão está presente em todo o tipo de empresa e em
todos os níveis de administração, sendo um fator crítico de sucesso a
sistemática utilizada ao longo do processo decisório. Apesar dessa
máxima ser de conhecimento de muitos executivos, as decisões
continuam sendo fundamentadas através da percepção pessoal do
decisor, trazendo consigo inúmeros riscos e prejuízos para as empresas.
Conheça a Épsilon, empresa líder na prestação de serviços de
arquitetura e paisagismo, que, depois de um grande prejuízo,
reconfigurou a sua governança de TI e o seu processo decisório.
A Épsilon é uma prestadora de serviços fundada na década de 1980, que
tem, desde o seu início, um posicionamento de mercado bastante claro
ao dedicar-se a planejar, projetar, gerenciar e preservar os espaços
abertos, urbanos ou não, de forma a criar paisagens, de acordo com
critérios estéticos e sustentáveis para clientes de alto padrão.
Um dos processos mais significativos da Épsilon está vinculado à
execução de projetos arquitetônicos. É um processo em que se
concentra a maior parcela do capital intelectual da empresa, sendo vital
para seu faturamento.
É com as plantas arquitetônicas impressas em grandes dimensões e,
principalmente, com maquetes em 3D que os clientes visualizam, com
precisão, a proposta de valor idealizada pela Épsilon.
A impressão na Épsilon não é apenas a entrega formal de um produto
vendido, é o momento de encantar o cliente e a oportunidade de ampliar
o vínculo comercial entre as partes proporcionando, eventualmente, um
aumento do escopo contratado.
No passado, a Épsilon havia decidido não manter um profissional
dedicado à governança de TI, utilizando consultores específicos para
cada demanda tecnológica. Essa decisão custou à empresa 350
impressoras paradas por falta de peças de reposição, a paralisaçãototal
das impressoras 3D e um custo com impressão terceirizada da ordem
de meio milhão de reais nos quatro escritórios regionais no período.
Consciente de que a decisão não foi acertada, a alta administração da
empresa revisitou a sua decisão e, no último planejamento estratégico,
optou pela contratação de um profissional dedicado à governança da TI.
Tão logo assumiu a nova área, o profissional começou a promover
breves encontros com os mais variados públicos dentro da empresa,
buscando coletar as suas percepções sobre o problema. Conhecer o
contexto na qual as decisões foram tomadas e tentar reconstruir os
cenários de decisão poderia contribuir para que os erros do passado
não se repetissem.
Nas semanas seguintes, a sua orientação voltou-se à coleta e à análise
de toda a documentação disponível: atas de reunião, especificações de
compra e relatórios de manutenção. Isso tornou o momento próprio
para o questionamento e o entendimento do problema de forma
estruturada.
E buscando não alongar, em demasia, o processo decisório, sua
experiência o conduzia, progressivamente, a construir possíveis
alternativas e a estimar as respectivas consequências.
Foram elencados quatro aspectos que demandariam decisões de
máxima relevância para a empresa:
1. O que fazer com as impressoras, os suprimentos e as peças de
reposição existentes e alocadas nos quatro escritórios regionais?
2. Como gerenciar os suprimentos e a manutenção de cada
impressora nova nos quatro escritórios regionais?
3. Como manter o serviço em linha com os avanços tecnológicos da
área?
4. Como alcançar um custo para o serviço de impressão que seja
adequado mesmo contando com alguma terceirização?
Após alguns ciclos de reuniões com a equipe de governança, tendo o
objetivo claro de avaliar as alternativas viáveis quanto a custos,
resultados, riscos e outros fatores ligados à estratégia da empresa, a
decisão final foi apresentada à alta administração.
As recomendações da área de governança de TI que vieram a se
mostrar muito assertivas ao ponto de se tornarem políticas de
governança foram:
Criação de um padrão comum para todas as regionais da empresa
constituído por “ilhas de impressão” posicionadas, de forma
estratégica em cada setor.
Criação de duas ilhas de impressão padronizadas: uma para a
impressão de grandes formatos de toda a regional; e outra, em
número suficiente, para suprir o uso cotidiano, sendo composta por
impressoras multifuncionais novas e impressoras existentes
atuando como backup, posicionadas em todos os andares das
regionais.
Definição de que as novas impressoras e suas respectivas
manutenções serão objeto de outsourcing de impressão e os
suprimentos serão fornecidos pela Épsilon.
Terceirização de todas as impressões 3D. Suas utilizações deverão
ser autorizadas exclusivamente pelos supervisores.
Após dois semestres de acompanhamento da nova política de
impressão e alguns pequenos ajustes ao longo do percurso, constatou-
se a redução de 27% do custo de impressões, 73% do custo de
terceirização e a melhoria significativa na continuidade do serviço, que
passou a ter um tempo médio entre falhas de apenas 20 minutos.
Novos contratos foram obtidos através da apresentação das maquetes
3D e a relevância da área de governança de TI para o sucesso da
estratégia empresarial tornou-se clara para toda a alta administração.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
A tomada de decisão está presente em todo o tipo de empresa e em
todos os níveis de administração. Qual é o fator crítico de sucesso
relacionado à tomada de decisão?
Questão 2
Por que conhecer o contexto no qual as decisões foram tomadas e
tentar reconstruir os cenários de decisão é importante?
A Estabelecer uma sistemática para o processo decisório.
B
Estabelecer uma quantidade máxima de decisões por ano
na empresa.
C
Estabelecer um número mínimo de pessoas para
participar do processo decisório.
D Estabelecer um prazo máximo para o processo decisório.
E
Estabelecer uma quantidade mínima de decisões por ano
na empresa.
Responder
A Para criar problemas e novas soluções.
B Para tentar evitar que os erros do passado se repitam.
C Para responsabilizar os culpados pelos erros.
D Para se proteger caso algo saia do rumo.
E Para cavar uma promoção depois de resolver o problema.
Responder
Questão 3
O caso demonstra que a alta administração da Épsilon constatou que
sua decisão sobre a governança de TI foi equivocada e acabou por
revogar a decisão e reposicionar a sua estratégia. O que fez a alta
administração da Épsilon entender que tomou uma decisão errada? O
que se mostrou decisivo para corrigir os problemas encontrados e quais
foram os ganhos colhidos?
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Principais decisões na governança de
TI
A área de tecnologia da informação (TI) vem a cada dia desempenhando
um papel mais importante nas organizações, especialmente pelo fato de
que grande parte das transações é registrada em ambientes
informatizados, além de proporcionar agilidade, mobilidade e suporte à
tomada de decisão.
O aumento da importância da TI resulta na reflexão e em uma maior
atenção em questões vinculadas ao crescimento de investimentos em
TI, valor que a área agrega à organização e a seus produtos e serviços.
Essas questões fazem com que os temas de tomada de decisão na área
de tecnologia e governança de TI sejam mais frequentes.
Como consequência, torna-se essencial o alinhamento entre o negócio e
a TI, principalmente, devido aos altos investimentos, à dificuldade de
mensurá-los e à definição de como e quem são os atores do processo
decisório.
Pessoa utilizando a tecnologia em prol dos negócios.
A TI pode contribuir significativamente para que as organizações
alcancem seus objetivos, mas, para isso, é preciso que a governança de
TI seja implantada em uma área clara, forte, especialmente nos quesitos
de riscos, controle dos custos, de pessoas, de contratos, fornecimento
de serviços de terceiros, além de ficar claro como são tomadas as
decisões e os respectivos responsáveis. Entretanto, devido à
complexidade da TI, existe uma dificuldade de obtenção de respostas
claras a questionamentos sobre quem são os tomadores de decisões na
área de TI das organizações.
A governança de TI é uma ferramenta capaz de permitir o alinhamento
entre as estratégias de negócio e da TI, além de favorecer maior
profissionalismo aos processos decisórios da TI.
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Matriz de arranjo da governança de TI
De acordo com Weill e Ross (2006), uma governança de TI eficaz deve
tratar de três questões referentes à tomada de decisão:
1. Quais decisões devem ser tomadas para garantir a gestão e o uso
eficazes de TI?
2. Quem deve tomar essas decisões?
3. Como essas decisões serão tomadas e monitoradas?
Weill e Ross (2006) implementaram a matriz de arranjo de governança
de TI, que aborda as questões que envolvem quais são as decisões que
devem ser tomadas e quem deve tomá-las. A matriz permite a relação
entre cinco decisões-chave que se relacionam com um conjunto de
arquétipos que permitem especificar os direitos decisórios na TI.
Com relação às principais decisões sobre a governança de TI, os
autores sugerem que toda organização precisa tomar cinco grandes
decisões inter-relacionadas sobre a TI. Confira!
Decisões sobre os princípios de TI
São declarações de alto nível sobre como
a TI é utilizada no negócio. Tornam-se
parte do ambiente organizacional e podem
ser discutidas, debatidas, apoiadas,
recusadas e aprimoradas. Além disso,
definem o comportamento desejável tanto
para os profissionais de TI como para os
usuários da tecnologia da informação.
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As cinco decisões apresentadas sobre a governança de TI inter-
relacionam-se para resultar em uma governança de TI eficaz, pois cada
uma representa aspectos importantes

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