Prévia do material em texto
Resumo sobre Economia no Setor Público A aula sobre Economia no Setor Público, ministrada pela Profª Ludmila Andrzejewski Culpi, aborda a evolução da intervenção do Estado na economia ao longo da história, analisando como diferentes teorias econômicas e políticas interpretam esse envolvimento. O primeiro tema discute a evolução do pensamento econômico e a intervenção estatal, destacando que o Estado não sempre exerceu as funções que desempenha atualmente. A concepção moderna de Estado-nação, surgida após o Tratado de Westfália em 1648, não incluía atividades econômicas, mas com o tempo, especialmente na Inglaterra e na França, o Estado começou a se envolver em atividades econômicas, como a arrecadação de impostos e a emissão de moeda. Historicamente, a primeira atuação do Estado na economia estava ligada ao financiamento de guerras, um padrão que remonta ao período greco-romano. Na Antiguidade, a economia era rudimentar, com a sobrevivência sendo a principal preocupação, e o comércio e a moeda ainda não estavam desenvolvidos. O capitalismo, como o conhecemos, não existia, e as trocas eram feitas por meio de escambo. A Grécia antiga, embora apresentasse um avanço em termos econômicos e políticos, ainda via a economia como secundária em relação à vida política. O Império Romano também tinha um governo que se concentrava na expansão territorial, com uma participação discreta na economia. Com o fim do feudalismo, o mercantilismo emergiu como a primeira escola de pensamento econômico, defendendo a intervenção do Estado na economia para proteger a nação e garantir uma balança comercial favorável. O segundo tema da aula aborda a teoria liberal, que nega a necessidade de intervenção do Estado na economia. Adam Smith, considerado o pai do liberalismo, defendia a autorregulação do mercado, onde a "mão invisível" do mercado garantiria o equilíbrio econômico. Smith argumentava que o Estado deveria se restringir a funções básicas, como garantir a segurança e a justiça, enquanto David Ricardo também sustentava que a intervenção estatal poderia ser um entrave ao crescimento econômico. Em contraste, a teoria keynesiana, que ganhou destaque após a crise de 1929, argumenta que a intervenção do Estado é essencial para estimular a demanda e o crescimento econômico, especialmente em tempos de crise. Keynes defendia que o Estado deveria aumentar os gastos públicos para impulsionar a economia, uma ideia que influenciou a criação do Estado de bem-estar social na Europa. O marxismo, por sua vez, critica o capitalismo, afirmando que o Estado serve como um instrumento para manter os interesses da classe capitalista, perpetuando a exploração da classe trabalhadora. Marx argumentava que a consciência da classe trabalhadora sobre sua exploração levaria a uma revolução que eliminaria o capitalismo. O quinto tema da aula discute o avanço e crescimento da economia moderna do setor público, destacando que, independentemente das críticas, o Estado sempre desempenha um papel ativo na economia. O neoliberalismo, que ganhou força após as crises dos anos 1970, promoveu a privatização e a desregulamentação, mas também resultou em aumento da pobreza e concentração de renda. Na aula seguinte, a Profª Pollyanna Gondin introduz as funções econômicas do governo, que incluem a função alocativa, distributiva e estabilizadora. A função alocativa é crucial, pois refere-se à oferta de bens e serviços que o setor privado não fornece adequadamente. A função distributiva busca reduzir desigualdades de renda, transferindo recursos das classes mais ricas para as mais necessitadas, enquanto a função estabilizadora visa controlar a inflação e promover o crescimento econômico. A política econômica, que abrange ações do governo para atingir objetivos econômicos, é dividida em políticas macroeconômicas, como a política monetária, cambial e fiscal, que são essenciais para o planejamento econômico e a regulação da economia. Destaques A intervenção do Estado na economia evoluiu ao longo da história, desde a Antiguidade até o mercantilismo. A teoria liberal, representada por Adam Smith, defende a autorregulação do mercado e a mínima intervenção estatal. A teoria keynesiana argumenta que a intervenção do Estado é necessária para estimular a demanda e o crescimento econômico, especialmente em crises. O marxismo critica o capitalismo, afirmando que o Estado serve aos interesses da classe capitalista e perpetua a exploração da classe trabalhadora. As funções econômicas do governo incluem a alocativa, distributiva e estabilizadora, fundamentais para o bem-estar social e a regulação da economia.