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Anatomia 
do Fígado 
e Vias 
Biliares
SUMÁRIO
FÍGADO ............................................................................................................. 3
1. Introdução .........................................................................................................3
2. Anatomia de superfície, faces, reflexões peritoneais e relações ..........................3
3. Anatomia macroscópica dos lobos ....................................................................8
4. Divisão anatomofunional ....................................................................................8
5. Suprimento vascular do fígado ........................................................................11
6. Drenagem linfática e inervação ........................................................................17
VIAS BILIARES ...................................................................................................18
1. Introdução .......................................................................................................18
2. Vesícula biliar ..................................................................................................18
3. Árvore biliar intra-hepática ..............................................................................19
Árvore biliar extra-hepática ....................................................................................... 20
4. Suprimento vascular e drenagem linfática .......................................................20
5. Inervação .........................................................................................................21
Referências ........................................................................................................................22
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   3
FÍGADO
1. INTRODUÇÃO 
O fígado é a maior víscera da cavidade abdominal, ocupando uma porção subs-
tancial da porção superior dela. Preenche a maior parte do hipocôndrio direito e do 
epigástrio, podendo se estender até o hipocôndrio esquerdo. O fígado aumenta de 
tamanho acompanhando o desenvolvimento do indivíduo até os 18 anos e, a partir da 
meia-idade, ocorre diminuição gradual do peso do fígado. Ao longo da vida o fígado 
apresenta uma cor marrom avermelhada, mas essa cor pode variar a depender da 
quantidade de gordura, sendo a obesidade a causa mais comum do excesso de gor-
dura no fígado, adquirindo uma cor mais amarelada à medida que o teor de gordura 
aumenta.
 Saiba mais! O fígado corresponde a cerca de 5% do peso corpo-
ral na infância e a 2% do peso do corpo na idade adulta.
2. ANATOMIA DE SUPERFÍCIE, 
FACES, REFLEXÕES PERITONEAIS E 
RELAÇÕES
O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome, 
onde é protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. O fígado normal situa-se pro-
fundamente às costelas VII a XII no lado direito e cruza a linha mediana em direção à 
papila mamária esquerda. 
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   4
Figura 1: Topografia do fígado
Fonte: Macrovector/shutterstock.com
O fígado tem uma face diafragmática convexa (anterior, superior e algo posterior) 
e uma face visceral relativamente plana, ou mesmo côncava (posteroinferior), que 
são separadas anteriormente por sua margem inferior aguda, que segue a margem 
costal direita, inferior ao diafragma.
A face diafragmática do fígado é lisa e tem forma de cúpula, onde se relaciona 
com a concavidade da face inferior do diafragma, que a separa das pleuras, pul-
mões, pericárdio e coração. Existem recessos subfrênicos — extensões superiores 
da cavidade peritoneal — entre o diafragma e as faces anterior e superior da face 
diafragmática do fígado. Os recessos subfrênicos são separados em recessos direi-
to e esquerdo pelo ligamento falciforme, que se estende entre o fígado e a parede 
anterior do abdome. A parte do compartimento supracólico da cavidade peritoneal 
imediatamente inferior ao fígado é o recesso sub-hepático.
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   5
O recesso hepatorrenal (bolsa de Morison) é a extensão posterossuperior do re-
cesso sub-hepático, situada entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim 
e a glândula suprarrenal direitos. O recesso hepatorrenal é uma parte da cavidade 
peritoneal dependente da gravidade em decúbito dorsal; o líquido que drena da bolsa 
omental flui para esse recesso. Lembre-se de que normalmente todos os recessos da 
cavidade peritoneal são apenas espaços virtuais, contendo apenas líquido peritoneal 
suficiente para lubrificar as membranas peritoneais adjacentes.
A face diafragmática do fígado é coberta por peritônio visceral, exceto posterior-
mente na área nua do fígado, onde está em contato direto com o diafragma. A área 
nua é demarcada pela reflexão do peritônio do diafragma para o fígado, como as lâ-
minas anterior (superior) e posterior (inferior) do ligamento coronário. Essas lâminas 
encontram-se à direita para formar o ligamento triangular direito e divergem para a 
esquerda a fim de revestir a área nua triangular. A lâmina anterior do ligamento coro-
nário é contínua à esquerda com a lâmina direita do ligamento falciforme, e a lâmina 
posterior é contínua com a lâmina direita do omento menor. Próximo ao ápice (a ex-
tremidade esquerda) do fígado cuneiforme, as lâminas anterior e posterior da parte 
esquerda do ligamento coronário se encontram para formar o ligamento triangular 
esquerdo. A VCI atravessa um profundo sulco da veia cava na área nua do fígado.
 Se liga! 
Na cirurgia - A secção do ligamento triangular esquerdo permite que o lobo he-
pático esquerdo seja mobilizado para a exposição da parte abdominal do esôfa-
go e dos pilares do diafragma. 
Na cirurgia – Cuidado ao seccionar o omento menor, pois pode haver uma 
artéria hepática aberrante esquerda passando em sua extremidade medial, po-
dendo ser identificada por uma pulsação no omento menor próximo da fissura 
umbilical.
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   6
Figura 2: Ligamentos do fígado.
Fonte: joshya/shutterstock.com
A porta do fígado é uma fissura profunda da face inferior do fígado, situada entre 
o lobo quadrado na frente e o processo caudado atrás e contém a veia porta, a ar-
téria hepática, plexos nervosos, ductos hepáticos direito e esquerdo e alguns vasos 
linfáticos, sendo que todas essas estruturas estão envoltas por uma cápsula fibrosa 
perivascular, conhecida como cápsula de Glisson, uma bainha de tecido conjuntivo 
frouxo que rodeia os vasos que passam pelos canais portais no interior do fígado 
(peritônio visceral) e é contínua com a cápsula hepática fibrosa. Há um denso agru-
pamento de vasos, que servem de suporte para o tecido conjuntivo, e o parênquima 
hepático logo acima da porta do fígado são muitas vezes chamados de placa hilar. 
A face visceral do fígado também é coberta por peritônio, exceto na fossa da vesí-
cula biliar e na porta do fígado — uma fissura transversal por onde entram e saem os 
vasos (veia porta, artéria hepática e vasos linfáticos), o plexo nervoso hepático e os 
ductos hepáticos que suprem e drenam o fígado. Ao contrário da face diafragmática 
lisa, a face visceral tem muitas fissuras e impressões resultantes do contato com ou-
tros órgãos.
Duas fissuras sagitais, unidas centralmente pela porta do fígado transversal, for-
mam a letra H na face visceral. A fissura sagital direita é o sulco contínuo formado 
anteriormente pela fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da veia cava. 
A fissura umbilical (sagital esquerda) é o sulco contínuo formado anteriormente pela 
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   7
fissura do ligamento redondo e posteriormente pela fissura do ligamento venoso. O 
ligamento redondo do fígado é o remanescente fibroso da veia umbilical, que levava o 
sangue oxigenado e rico em nutrientes da placenta para o feto. O ligamento redondo 
e as pequenas veias paraumbilicais seguem na margem livre do ligamento falcifor-
me. O ligamento venoso é o remanescente fibroso do ductovenoso fetal, que desvia-
va sangue da veia umbilical para a VCI, passando ao largo do fígado. 
Figura 3: Vista anterior e visceral do fígado
Fonte: lotan/shutterstock.com
Além das fissuras, as impressões na face visceral (em áreas dela) refletem a rela-
ção do fígado com:
• Lado direito da face anterior do estômago (áreas gástrica e pilórica);
• Parte superior do duodeno (área duodenal);
• Omento menor (estende-se até a fissura do ligamento venoso);
• Vesícula biliar (fossa da vesícula biliar);
• Flexura direita do colo e colo transverso direito (área cólica);
• Rim e glândula suprarrenal direitos (áreas renal e suprarrenal).
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   8
3. ANATOMIA MACROSCÓPICA DOS 
LOBOS 
O fígado é dividido em lobos hepático direito, esquerdo, caudado e quadrado, pelas 
fixações peritoneais e ligamentares da superfície. O lobo hepático direito é o lobo 
com maior volume e contribui para a formação de todas as faces do fígado, separado 
do lobo hepático esquerdo pelo ligamento falciforme superiormente e pelo ligamen-
to venoso inferiormente. Na face inferior, à direita do sulco formado pelo ligamento 
venoso, há duas proeminências separadas pela porta do fígado: o lobo caudado, que 
é posterior à porta do fígado; e o lobo quadrado, que é anterior a ela. A vesícula biliar 
está em uma fossa rasa à direita do lobo quadrado. O lobo hepático esquerdo é o 
menor dos dois lobos principais, está situado à esquerda do ligamento falciforme e 
não possui subdivisões. O lobo quadrado é visível como uma proeminência na face 
inferior do fígado, à direita do sulco formado pelo ligamento venoso. É anterior à 
porta do fígado e é delimitado pela fossa da vesícula biliar à direita, por uma porção 
pequena da margem inferior anteriormente, pela fissura do ligamento redondo à es-
querda e pela porta do fígado posteriormente. O lobo caudado é visível como uma 
proeminência nas faces inferior e posterior, à direita do sulco formado pelo ligamento 
venoso: é posterior à porta do fígado, à sua direita está o sulco da veia cava, acima é 
contínuo com a face superior, à direita da extremidade superior da fissura do ligamen-
to venoso. 
4. DIVISÃO ANATOMOFUNIONAL
Baseada na divisão do fígado realizada por Couinaud, o fígado é dividido em oito (e 
subsequentemente nove) segmentos funcionais tendo como base a distribuição dos 
ramos da veia porta e a localização das veias hepáticas no parênquima. Outros estu-
diosos utilizam o sistema biliar como ponto de referência para divisão do fígado. 
O fígado é dividido em quatro divisões portais pelos quatro ramos principais da 
veia porta, tendo as divisões lateral direita, medial direita, medial esquerda e lateral 
esquerda. As três principais veias hepáticas passam entre essas divisões como veias 
intersetoriais, que também são chamados de fissuras portais. Cada divisão está sub-
dividida em segmentos (geralmente dois) com base no seu suprimento por divisões 
terciárias das bainhas vasculares biliares. 
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   9
Figura 4: Distribuição dos vasos do fígado. 
Fonte: piyapon chantra/shutterstock.com
As divisões do fígado são compostas de um a três segmentos: lateral direita – 
segmentos VI e VII; medial direita – segmentos V e VIII; medial esquerda – segmen-
tos III e IV e parte do I; lateral esquerda – segmento II. 
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   10
Figura 5: Segmentos hepáticos. 
Fonte: piyapon chantra/shutterstock.com
Segmento I – corresponde ao lobo caudado, recebe de forma independente casos 
dos ramos direito e esquerdo da veia porta e da artéria hepática, e drena de modo in-
dependente para a veia cava inferior por vários ramos pequenos; 
Segmento II – é posterolateral à fissura esquerda, drena para a veia hepática 
esquerda; 
Segmento III – está situado entre a fissura umbilical e a fissura esquerda, drena 
para a veia hepática esquerda; 
Segmento IV – está entre a fissura umbilical e a fissura principal, anterior à fissura 
dorsal e ao segmento I, e a principal drenagem venosa desse segmento segue para a 
veia hepática intermédia; 
Segmento V – é o segmento inferior da divisão medial direita, estando entre as 
veias hepáticas intermédia e direita, com drenagem venosa seguida para as veias he-
páticas direita e intermédia; 
Segmento VI – é responsável por formar a parte inferior da divisão lateral direita, 
posterior à fissura portal direita, com drenagem venosa seguindo para a veia hepática 
direita, mas pode seguir diretamente para a veia cava inferior através da veia hepática 
direita inferior; 
Segmento VII – forma a parte superior da divisão posterior e está situado atrás da 
veia hepática direita, drenando para a veia hepática direita; 
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   11
Segmento VIII – é a parte superior da divisão anterior direita, drenando para as 
veias hepáticas direita e intermédia; 
Segmento IX – é uma subdivisão recente do segmento I, correspondendo à parte 
do segmento que é posterior ao segmento VIII. 
5. SUPRIMENTO VASCULAR DO 
FÍGADO 
O fígado, como os pulmões, tem irrigação dupla (vasos aferentes): uma venosa 
dominante e uma arterial menor. A veia porta traz 75 a 80% do sangue para o fígado. 
O sangue porta, que contém aproximadamente 40% mais oxigênio do que o sangue 
que retorna ao coração pelo circuito sistêmico, sustenta o parênquima hepático (célu-
las hepáticas ou hepatócitos) . A veia porta conduz praticamente todos os nutrientes 
absorvidos pelo sistema digestório para os sinusoides hepáticos. A exceção são os 
lipídios, que são absorvidos pelo sistema linfático e passam ao largo do fígado. O 
sangue da artéria hepática, que representa apenas 20 a 25% do sangue recebido pelo 
fígado, é distribuído inicialmente para estruturas não parenquimatosas, sobretudo os 
ductos biliares intra-hepáticos.
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   12
SEGMENTOS 
DO FÍGADO
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
Lobo caudado
Posterolateral à 
fissura esquerda
Entre a fissura 
umbilical e a fissura 
esquerda
Entre a fissura 
umbilical e a fissura 
principal
Segmento inferior da 
divisão medial direita
Parte inferior da 
divisão lateral direita
Parte superior da 
divisão posterior
Parte superior da 
divisão anterior direita
Subdivisão do 
segmento I
Drena para a VCI
Drena para a veia 
hepática esquerda
Drena para a veia 
hepática esquerda
Drena para a veia 
hepática intermédia
Drena para as veias 
hepáticas direita a 
intermédia
Drena para a veia 
hepática direita ou 
VCI através da veia 
hepática direita inferior
Drena para a veia 
hepática direita
Drena para as veias 
hepáticas direita e 
intermédia
Parte do segmento 
que é posterior ao 
segmento VIII
MAPA MENTAL – SEGMENTOS DO FÍGADO
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   13
O sistema venoso hepático possui duas divisões. O sistema portal que transporta 
o sangue venoso proveniente da maior parte do trato gastrointestinal e dos órgãos a 
ele associados para o fígado e o sistema venoso hepático que drena o sangue prove-
niente do parênquima hepático para a veia cava inferior. 
A veia porta começa ao nível da segunda vértebra lombar e é formada pela conver-
gência das veias mesentérica superior e esplênica. Está situada anteriormente à veia 
cava inferior e posteriormente ao colo do pâncreas. As principais tributárias extra-he-
páticas da veia porta são a veia gástrica esquerda e a veia pancreaticoduodenal su-
perior posterior. Na região da porta do fígado a veia porta se divide em dois ramos, o 
direito e o esquerdo. O ramo esquerdo emite ramos para os segmentos I (na maioria 
das vezes), IV, III e II, enquanto que o direito emite ramos para os segmentos V, VIII, 
VII e VI, podendo emitir também para o segmento I. 
O fígado é drenado por três veias hepáticas principais (direita, intermédia e esquer-
da) e por uma profusão de veias hepáticas secundárias. As principais levam o sangue 
para a parte supra-hepática da veia cava inferior e estão localizadas entre as quatro 
principais divisõesdo fígado, enquanto que as veias secundárias drenam para a parte 
intra-hepática da cava inferior. 
Figura 6: Veia porta do fígado. 
Fonte: BlueRingMedia/shutterstock.com
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   14
MAPA MENTAL – DRENAGEM VENOSA DO FÍGADO
VEIA 
MESENTÉRICA 
SUPERIOR + VEIA 
ESPLÊNICA
Veia porta
Ramo direito Ramo esquerdoVeia gástrica esquerda e veia pancreaticoduodenal 
superior posterior
V, VIII, VII, VI, I I, IV, III, II
Veia centrolobular Veia centrolobular
Veias hepáticas Veias hepáticas
VCI VCI
A artéria hepática, um ramo do tronco celíaco, pode ser dividida em artéria he-
pática comum, do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal, e artéria 
hepática própria, da origem da artéria gastroduodenal até a bifurcação da artéria he-
pática. Na porta do fígado, ou perto dela, a artéria hepática e a veia porta terminam 
dividindo-se em ramos direito e esquerdo; esses ramos primários suprem as partes 
direita e esquerda do fígado, respectivamente. O ramo direito quase sempre se divi-
de em ramos anterior e posterior, sendo que o ramo anterior irriga os segmentos V 
e VIII, e o posterior irriga os segmentos VI e VII, e, com frequência a divisão anterior 
envia ramos para o segmento I e para a vesícula biliar. A artéria hepática esquerda 
irriga os segmentos IV, III e II do fígado. 
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   15
Figura 7: Artérias do fígado. 
Fonte: Autoria própria
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   16
Figura 8: Vascularização arterial dos segmentos hepáticos. 
Fonte: Autoria própria
Artéria 
gastroduodenal
Artéria gástrica 
direita
Ramo anterior
Ramo posterior
IV, III e II
V, VII, I e 
vesícula biliar
VI e VII
Artéria hepática 
comum
Ramo direito
Ramo esquerdo
ARTÉRIA 
HEPÁTICA
ARTÉRIA 
HEPÁTICA 
PRÓPRIA
MAPA MENTAL – ARTÉRIAS DO FÍGADO
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   17
6. DRENAGEM LINFÁTICA E 
INERVAÇÃO 
A drenagem linfática hepática é vasta e pode seguir para linfonodos situados acima 
e abaixo do diafragma. Os vasos linfáticos do fígado são divididos em dois sistemas: 
superficial e profundo. Os superficiais seguem no interior do tecido areolar subseroso 
localizado em toda a superfície do fígado e drenam em quatro direções, sendo que os 
vasos provenientes da maior parte da face posterior, da face do lobo caudado e da parte 
posterior da face inferior do lobo hepático direito acompanham a veia cava inferior e dre-
nam para os linfonodos pericavais. Já os vasos dos ligamentos triangular direito e coro-
nário podem penetrar diretamente no ducto torácico sem passar por nenhum linfonodo 
intermediário e os vasos que drenam a maior parte da face inferior, da face anterior e da 
maior parte da face superior convergem para a porta do fígado para drenar para os linfo-
nodos hepáticos. Os vasos profundos são constituídos de vasos pequenos, no parênqui-
ma hepático, que se fundem para formar vasos maiores. Alguns seguem superiormente 
através do parênquima e formam os troncos ascendentes, que acompanham as veias 
hepáticas e passam através do forame da veia cava no diafragma para drenar para linfo-
nodos situados ao redor da parte terminal da veia cava inferior. Os vasos da parte inferior 
formam os troncos descendentes que emergem pela porta do fígado e drenam para os 
linfonodos hepáticos. 
A inervação do fígado é dupla, de forma que o parênquima é inervado por nervos 
hepáticos, que tem origem no plexo hepático, contendo fibras simpáticas e parassimpá-
ticas, penetrando no órgão através da porta do fígado e a cápsula é inervada por alguns 
ramos finos dos nervos intercostais inferiores. 
O plexo hepático é a maior estrutura derivada do plexo celíaco, recebendo ramos dos 
nervos vago anterior e posterior. Segue acompanhando a artéria hepática e a veia porta 
e seus ramos até o interior do fígado, onde suas fibras são enviadas para os vasos hepá-
ticos, para a árvore biliar e inerva diretamente os hepatócitos. Além disso, vários ramos 
finos do plexo inervam diretamente o ducto hepático e o ducto colédoco. Os ramos para 
a vesícula biliar formam um plexo cístico delicado. As fibras vagais são motoras para a 
musculatura da vesícula biliar e dos ductos biliares e inibitórias para o músculo esfíncter 
do ducto colédoco. Ademais, sabe-se que os nervos do plexo hepático inervam também 
as estruturas derivadas do intestino anterior e contribuem para inervação do piloro.
 Se liga!O fato da cápsula ser inervada pelos nervos intercostais faz 
com que, diante de um rompimento da cápsula hepática ou uma distensão, haja 
uma dor aguda e bem localizada.
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   18
VIAS BILIARES 
1. INTRODUÇÃO 
A árvore biliar é composta por ductos que coletam a bile do parênquima hepático 
e a transportam até a parte descendente do duodeno. De maneira geral, ela é dividida 
em: intra-hepática e extra-hepática. Os ductos intra-hepáticos têm origem nos cana-
lículos biliares maiores, que se reúnem e formam os ductos segmentares, os quais 
se fundem próximo da porta do fígado, dando origem aos ductos hepáticos direito 
e esquerdo. A porção extra-hepática é constituída pelos ductos hepáticos direito e 
esquerdo, pelo ducto hepático comum, pelo ducto cístico, pela vesícula biliar e pelo 
ducto colédoco. 
2. VESÍCULA BILIAR 
É um divertículo em forma de cantil, com fundo cego, ligado ao ducto colédoco 
por intermédio do ducto cístico, estando, geralmente, preso à face inferior do lobo 
hepático direito por tecido conjuntivo. No adulto, ela tem cerca de 7 – 10 cm de com-
primento e uma capacidade de armazenamento de até 50 mL. No geral, está em uma 
fossa rasa no parênquima hepático, sendo coberta pelo peritônio. É descrita como 
um órgão constituído por: fundo, corpo e colo, sendo que o colo está na extremidade 
medial, perto da porta do fígado e quase sempre está preso a ele por uma conexão 
curta coberta por peritônio, o mesentério, o qual, no geral, contém a artéria cística. Na 
extremidade lateral, o colo se alarga para formar o corpo da vesícula biliar, conhecido 
também como bolsa de Hartmann. 
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   19
Figura 9: Divisão da vesícula biliar.
Fonte: ilusmedical/shutterstock.com
3. ÁRVORE BILIAR INTRA-HEPÁTICA 
Composta pelos ductos segmentares e setoriais, responsáveis pela formação dos 
ductos hepáticos, sendo que o ducto hepático esquerdo é formado pela união dos 
ductos dos segmentos II e III, e, geralmente, do segmento IV também. Já o ducto he-
pático direito é formado pela união dos ductos setoriais medial e lateral direitos, os 
quais são formados por ductos segmentares, provenientes dos segmentos VI, VII, V e 
VIII.
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   20
Árvore biliar extra-hepática 
• Ducto cístico: É o ducto responsável por drenar o conteúdo da vesícula biliar 
para o ducto colédoco. Possui de 3 – 4 cm de comprimento, emerge do colo da 
vesícula biliar, se une ao ducto hepático comum e forma o ducto colédoco. No 
geral, essa junção entre o ductos cístico e o hepático comum ocorre ao nível da 
porta hepática. 
• Ductos biliares hepáticos: São os ductos hepáticos direito e esquerdo, que 
emergem do fígado e fundem-se próximo da extremidade direita da porta do 
fígado, formando o ducto hepático comum. O ducto hepático comum está loca-
lizado à direita da artéria hepática e é anterior à veia porta na margem livre do 
omento menor. 
• Ducto colédoco: Formado próximo da porta do fígado pela junção dos ductos 
cístico e hepático comum. No geral, possui de 6 – 8 cm de comprimento e tem 
por volta de 6 mm de diâmetro. O colédoco penetra junto com os ductos pan-
creáticos na parede duodenal, formando a ampola hepatopancreática, também 
conhecida como papila de Vater onde está situado o esfíncter de Oddi. 
• O trígono cisto-hepático (de Calot): É um espaço triangular formado entre o 
ducto cístico, o ducto hepático comum e a superfície inferior do segmento V 
do fígado. Trata-se de um importante marco anatômico, pois é nesse espaço 
onde passa a artéria cística, próximoà vesícula biliar, o linfonodo cístico e os 
vasos linfáticos que deixam a vesícula, uma ou duas veias císticas pequenas, os 
nervos autônomos que seguem para a vesícula e um pouco de tecido adiposo 
frouxo. 
4. SUPRIMENTO VASCULAR E 
DRENAGEM LINFÁTICA 
• Artéria cística: De forma geral, tem origem na artéria hepática direita, passando 
posterior ao ducto hepático comum e anterior ao ducto cístico, até alcançar a fa-
ce superior do colo da vesícula biliar e se dividir nos ramos superficial e profundo. 
Essas artérias se anastomosam na superfície do corpo e do fundo. Ela dá origem 
a vários ramos finos que irrigam os ductos hepáticos comum e lobar, além da par-
te superior do ducto colédoco. 
• Veias císticas: Raramente a drenagem da vesícula biliar é feita por uma única 
veia cística, de forma que, geralmente existem várias veias pequenas. As veias 
que se originam da face superior do corpo e do colo estão no tecido areolar en-
tre a vesícula biliar e o fígado, e penetram no parênquima hepático para drenar 
para as veias portas segmentares. O resto das veias forma uma ou duas veias 
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   21
císticas pequenas, que penetram no fígado diretamente ou após se unir às veias 
que drenam os ductos hepáticos e a parte superior do ducto biliar. 
• Vasos linfáticos: Vários vasos linfáticos partem dos plexos submucoso e sub-
seroso de todas as superfícies da vesícula biliar e do ducto cístico. Os que sur-
gem da face hepática da vesícula biliar se conectam aos vasos intra-hepáticos, 
o restante drena para o linfonodo cístico, que geralmente está acima do ducto 
cístico, no tecido do trígono cisto-hepático. 
5. INERVAÇÃO 
Tanto a vesícula biliar quanto a árvore biliar extra-hepática são inervadas por ra-
mos do plexo hepático. A parte retroduodenal do ducto colédoco e o músculo liso 
da ampola hepatopancreática também são inervados por ramos menores dos ramos 
pilóricos dos vagos. 
Anatomia do Fígado e Vias Biliares   22
REFERÊNCIAS
Standring S. Gray's Anatomia. A base anatômica da prática clínica. 40. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2010. 
Townsend C et al. Sabiston Tratado de Cirurgia. 18. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
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