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AULA 6 
MÉTODOS ÁGEIS DE PRODUÇÃO 
Prof. Sérgio Zagonel 
 
 
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INTRODUÇÃO 
As empresas hoje enfrentam grandes dificuldades para continuarem ativas 
no mercado devido ao enfrentamento do acirrado cenário econômico mundial. 
Para transpor os obstáculos desses novos desafios que a Industria 4.0 impõe às 
organizações, a automação tem sido uma solução comprovada para minimização 
das despesas de produção, redução das perdas produtivas e rapidez nas 
demandas de mercado. O novo nível de cobrança do mercado mundial, que 
possibilita oportunidades de aquisição de diversos tipos de produtos e serviços, 
cobra a máxima agilidade e qualidade assegurada das suas linhas de produção. 
Figura 1 – Automação e Indústria 4.0 
 
Créditos: Poptika/Shutterstock. 
Atualmente, poucas empresas no Brasil estão se preparando para a 
incorporação desses novos modelos tecnológicos que a Indústria 4.0 traz. 
Contudo, de forma global, milhares de empresa deverão difundir essas novas 
ferramentas de controle produtivo e conectividades de forma gradativa para 
melhorar suas estratégias, minimizar seus custos e manter seus produtos e 
serviços atrativos. Desta forma, quanto antes as organizações brasileiras 
começarem a investir gradativamente em suas linhas de produção e na formação 
de seus líderes, nesta nova filosofia da Indústria 4.0, poderão minimizar o risco de 
não sobreviverem neste ambiente competitivo. 
Nesta aula, faremos uma breve introdução à automação industrial, ao 
gerenciamento de linhas automáticas, aos conceitos da indústria 4.0, tecnologias 
especiais na indústria 4.0 e a liderança na indústria 4.0. 
 
 
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TEMA 1 – INTRODUÇÃO À AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 
 As estratégias desenvolvidas para as linhas de produção possuem como 
principal objetivo melhorar a produtividade. Isso quer dizer redução dos custos de 
produção, novas demandas, inovação e qualidade assegurada. Uma das 
ferramentas mais assertivas para essa melhora de performance das empresas é 
a automação Industrial. 
Em termos de conceito clássico, automação é a utilização de mecanismos 
combinados a comandos de programadores lógicos para a substituição de 
processos manuais que envolvem decisões humanas nas linhas de produção. 
Esse modelo foi desenvolvido em meados de 1940 por engenheiros da linha de 
produção da Ford Motor Company que projetaram vários dispositivos 
eletromecânicos para a substituição de tarefas dos operadores. 
Figura 2 – Início da automação 
 
Créditos: Fajar Tri Amboro/Shutterstock. 
Martins (2012) define que a automação é a somatória de vários objetivos 
da indústria, como uma qualidade maior e segura de seus dos produtos e serviços, 
mais flexibilidade de tipos para os clientes, redução de custos e minimização de 
perdas de matéria prima e insumos, informações disponíveis e de qualidade sobre 
o processo e um melhor planejamento e controle da produção. A automação pode 
 
 
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ser capaz de remover os operadores do controle do processo produtivo na 
indústria, mas reposiciona para uma melhor posição de controle. Nesta situação, 
os operadores da produção necessitam cada vez mais usar os seus 
conhecimentos para melhorar suas habilidades profissionais, buscando mais 
competência para realizar as suas novas atividades (Martins, 2012). 
Figura 3 – Automação industrial 
 
Créditos: Zapp2photo/Shutterstock. 
Uma linha de produção automática contribui para o aumento da 
competitividade das fábricas através de: 
• Melhora da qualidade dos produtos, pois as máquinas são mais eficientes 
do que os sistemas manuais; 
• As características de repetibilidades e qualidades para sistemas 
automáticos mais constantes; 
• Redução de custos de mão de obra com a automatização das linhas de 
produção e o controle da empresa. Haverá um alto investimento inicial para 
essa automação e maior qualificação técnica; 
• Redução de estoques com maior controle da produtividade, reduzindo a 
necessidade de grandes volumes estoques; 
• Redução de perdas de produtos; 
• Menor dispêndio de tempo em projeto e fabricação de novos produtos; 
• As máquinas automáticas se adaptam melhor a diferentes operações; 
• Implementação rápida de modificação de produtos; 
• Rapidez nas soluções para o mercado. 
 
 
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Ademais, a classificação aceita para os sistemas automatizados de 
produção está relacionada ao grau de flexibilidade, sendo definidos três tipos 
básicos: automação rígida, programável e flexível. A posição relativa dos três tipos 
de automação para os diferentes volumes e variedades dos produtos é mostrada 
no gráfico da Figura 4: 
Figura 4 – Tipos de automação industrial 
 
Fonte: Elaborado com base em Roggia, 2016. 
Os três tipos básicos de automação para os diferentes volumes e 
variedades dos produtos são: 
• Automação rígida – está baseada em uma linha de produção projetada para 
a fabricação de um produto específico. Apresenta altas taxas de produção 
e inflexibilidade do equipamento na acomodação da variedade de 
produção. 
• Automação programável – o equipamento de produção é projetado com a 
capacidade de modificar a sequência de operações de modo a acomodar 
diferentes configurações de produtos, sendo controlado por um programa 
que é interpretado pelo sistema. Diferentes programas podem ser utilizados 
para fabricar novos produtos. Esse tipo de automação é utilizado quando o 
volume de produção de cada item é baixo. 
• Automação flexível – reúne algumas das características da automação 
rígida e outras da automação programável. O equipamento deve ser 
 
 
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programado para produzir uma variedade de produtos com algumas 
características ou configurações diferentes, mas a variedade dessas 
características é normalmente mais limitada que aquela permitida pela 
automação programável. 
Algumas razões que justificam a automação da produção e da manufatura 
são as seguintes: aumento da produtividade, redução dos custos do trabalho, 
minimização dos efeitos da falta de mão de obra qualificada, redução ou 
eliminação das atividades manuais rotineiras, aumento da segurança do 
trabalhador, melhoria na uniformidade do produto e realização de processos que 
não podem ser executados manualmente. 
Figura 5 – Aplicação da automação industrial 
 
Créditos: Viktoria Kurpas/Shutterstock. 
Como o desenvolvimento de novas tecnologias e novas formas de 
automação, foram sendo divididas em vários níveis de atuação, sendo que cada 
nível é caracterizado por uma função dentro de um sistema complexo de 
automação, originando uma pirâmide de hierarquia da automação. A Figura 6 
ilustra a pirâmide hierárquica: 
 
 
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Figura 6 – Pirâmide de hierarquia da automação 
 
Fonte: Elaborado com base em Santos, 2012. 
Quadro 1 – Hierarquia da automação 
NÍVEL HIERARQUIA DA AUTOMAÇÃO 
Nível 1 
Aquisição de dados e controle manual: este nível é composto por dispositivos de 
campo, como atuadores, sensores, transmissores e outros componentes presentes 
na linha de produção, conhecida como chão de fábrica. 
Nível 2 
Controle: nível que compreende equipamentos que realizam o processamento 
automatizado das atividades da linha de produção. Estão inclusos os CLPs 
(Controladores Lógico-Programáveis), SDCDs (Sistemas Digitais de Controle 
Distribuído) e relés. 
Nível 3 
Controle de célula, supervisão e otimização do processo: destinado à supervisão 
dos processos executados por determinada célula de trabalho em uma linha de 
produção. Na maioria dos casos, também obtém informações de um banco de 
dados com todas as informações relativas ao processo. 
Nível 4 
Controle fabril total, produção e programação: responsável pela parte de 
programação e também do planejamento das linhas de produção. Este auxilia tanto 
no controle de processos industriais quanto na logística de suprimentos. Pode-se 
encontrar o termo gerenciamento da linha de produção neste nível. 
Nível 5 
Planejamento estratégicoe gerenciamento corporativo: aqui se encontra a 
administração dos recursos da empresa. Neste nível estão os softwares para 
gestão de venda e para gestão financeira, para ajudar na tomada de decisões que 
afetam a empresa como um todo. 
 
Fonte: Elaborado com base em Santos, 2012. 
 
 
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A automação industrial é a maneira mais eficiente, econômica e lucrativa 
de fazer investimentos nas modernizações das linhas de produção que as 
empresas podem realizar para ter maior participação no mercado. 
Figura 7 – Modernização da empresa 
 
Créditos: MSSA/Shutterstock. 
As organizações que realizaram os investimentos mais cedo na automação 
industrial de suas linhas de produção, como Coca-Cola, Nestlé, Volvo, Bosch, 
entre outras, se tornaram representativos em seus mercados. As empresas 
concorrentes estão agora correndo a passos largos para tentar alcançar o mesmo 
nível tecnológico em termos de qualidade e velocidade de produção. 
TEMA 2 – GERENCIAMENTO DE LINHAS AUTOMÁTICAS 
O gerenciamento da produção industrial determina a forma mais eficaz de 
alocar, nas linhas de produção automáticas, pessoas, equipamentos e materiais 
na fabricação de um produto. Está diretamente envolvido no planejamento 
produtivo e nos estudos de melhorias da eficiência de procedimentos de sistemas 
e produção complexos. 
 
 
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Figura 8 – Gerenciamento de linhas automáticas 
 
Créditos: Gorodenkoff/Shutterstock. 
Slack (1999, p. 195) define que “os gerentes de produção precisam 
considerar alguns pontos importantes antes de automatizar somente por conta da 
economia de custos”. Dessa forma, os gestores de linhas automáticas de 
produção devem tomar as seguintes decisões: 
• Qual tecnologia pode desempenhar uma tarefa melhor que o homem num 
sentido mais amplo, de forma a garantir segurança, rapidez e melhoria do 
produto? 
• Quais os custos indiretos advindos da automação e atividades de apoio, 
manutenção, energia, pessoal extra, consultorias, peças de reposição etc.? 
• Qual tecnologia pode ser flexível o suficiente para novas possibilidades de 
produtos ou serviços, com menos risco no investimento, falta de 
flexibilidade, obsolescência etc.? 
• Qual é o potencial de melhoria na criatividade humana em relação à 
máquina, à deficiência na solução de problemas, falta de criatividade, 
potencial humano versus custos? 
Algumas das operações de produção ainda não foram e não serão 
automatizados devido a vários fatores influenciadores, como baixa demanda, 
custo de investimento inviável, falta de desenvolvimento de tecnologia para 
automação deste processo, risco de segurança e ambiental baixo e outros 
(Kviatkowski; Gozzi, 2005) 
Com os novos modelos de armazenamento (em nuvens da internet) de 
dados produtivos e de sistemas, os gestores de linhas de produção vão poder ter 
 
 
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sua livre função acesso as informações importantes ao processo, praticamente 
ilimitada nas linhas automáticas. 
Figura 9 – Novas funções nas linhas automáticas 
 
Fonte: Sérgio Zagonel, 2020. 
Ainda hoje, muitas linhas de produção não estão conectadas 
automaticamente entre si, isto é, qualquer desvio que possa ocorrer nos 
processos de produção, as intervenções e históricos das outras unidades não 
estarão disponíveis adequadamente, somando tempos de desperdícios para 
localizar, diagnosticar e sanar os problemas gerados, sem contar com o retrabalho 
ou descarte dos produtos defeituosos. Com a integração de linhas automáticas, 
esses efeitos danosos ao processo produtivo podem ser minimizados. 
TEMA 3 – INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA 4.0 
 O modelo estratégico que originou a Indústria 4.0 partiu da iniciativa do 
governo alemão no início de 2013, baseado em novas tecnologias, com objetivo 
de ampliar a competitividade de seu mercado devido a grandes perdas da 
indústria alemã para empresas asiáticas concorrentes. 
Virtualização
• Cada vez mais as simulações se tornam parte importante do desenvolvimento da ciência e da 
tecnologia como um todo.
• No entanto, a proposta é utilizar essa capacidade em favor da indústria, de modo a ter versões 
virtuais de todas as fábricas.
Descentralização
• Os meios de comunicação são alguns dos segmentos da tecnologia que mais rapidamente vêm se 
desenvolvendo na última década. Justamente por isso, a descentralização pode ser um dos primeiros 
passos a ser concluído em um futuro próximo.
• Com apenas mais alguns avanços, será possível a tomada de decisões rápidas em qualquer lugar do 
mundo.
Modularidade
• Atualmente, grande parte das máquinas automáticas utilizadas na indústria é criada para tarefas 
específicas.
• A modularidade prevê máquinas criadas em módulos, que podem ser acopladas e desacopladas para 
que suas funções e capacidades mudem.
Orientação de 
serviços
• Atualmente, as pessoas estão vivenciando a chamada internet das coisas. Enquanto isso, a 
automação se preocupa em dar a cada objeto uma função individual a ser realizada de forma isolada.
• Apenas tornará a vida mais complicada. 
 
 
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Figura 10 – A Quarta Revolução Industrial 
 
Créditos: Elenabsl/Shutterstock. 
Para Firjan (2016, p. 6), a Indústria 4.0 pode ser definida do seguinte modo: 
• É a integração de todos os níveis da produção industrial por meio da soma 
da tecnologia digital e da internet com a indústria convencional. 
• Sua filosofia possibilita a comunicação entre as linhas de produção, 
sistemas de controle e dispositivos de segurança em que as empresas 
podem controlar de maneira autônoma todos as fases da produção e 
administração. 
• As fábricas inteligentes terão a capacidade e autonomia para agendar 
serviços de manutenções, prever e processos as falhas, adaptar aos novos 
requisitos de mudanças não planejadas na produção, antecipar ou 
postergar os fins de ciclos de produtos, integrar as cadeias de suprimentos 
e de serviços. 
 
 
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Figura 11 – Fábricas inteligentes 
 
Créditos: Trueffelpix/Shutterstock. 
Para a implementação de uma rede de produção conectada digitalmente, 
munida de controle de dados e informações, com base na entrada dos insumos, 
processando por todas as fases do processo produtivo, até a expedição dos 
produtos acabados ou serviços ao consumidor, serão necessárias as seguintes 
alterações de conceitos convencionais: 
• Operação em tempo real: aquisição e tratamento de informações da 
produção no momento que o processo está ocorrendo e, desta forma, 
possibilitar o controle da velocidade da produção e de tomadas de 
decisões. 
• Descentralização: sistemas controle e monitoramento de processos 
produtivos podem, devido ao banco de dados de históricos de relação a 
problemas e soluções, tomar decisões ou prever possíveis 
comportamentos com base no aprendizado dos próprios resultados 
passados. 
• Virtualização: possibilita o monitoramento e a rastreabilidade dos 
processos produtivos por meio de uma cópia virtual da operação da fábrica. 
Desta forma, simula possibilidades futuras de processos, reproduzindo a 
situação da produção e prevendo problemas e possíveis falhas no sistema. 
• Modularidade: as linhas de produção passarão a produzir somente de 
acordo com a demanda atual, utilizando recursos necessários e, desta 
forma, otimizar as linhas de produção e serviços. 
• Orientação a serviços: customização de processos de produção e operação 
com maior flexibilidade de adaptação de acordo com as especificações dos 
clientes e serviços, terão disponibilizados em rede aberta. 
 
 
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Figura 12 – Fábricas inteligentes 
 
Créditos: Elenabsl/Shutterstock. 
Com base nos princípios da Indústria 4.0, este sistema se torna uma 
realidade possível devido aos incrementos de novas tecnologias em diversas 
áreas. Esses avanços tecnológicos e a competitividade de mercado darão o 
impulso necessário para a aceleração na implantação desses novos conceitos. 
TEMA 4 – TECNOLOGIAS ESPECIAIS NA INDÚSTRIA 4.0 
As novas tecnologias queservirão à Quarta Revolução Industrial, ou seja, 
à Indústria 4.0, estarão aproveitando a expansão da banda larga de trafego de 
dados, a crescente disponibilidade de serviços nas nuvens e o aumento 
significativo da velocidade e capacidade de processamento de informações, que 
irão reproduzir as tecnologias dos projetos para a disposição da produção 
industrial nas Infraestruturas básicas, serviços de saúde e redes de transporte das 
cidade. 
 
 
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Figura 13 – Tecnologia na Indústria 4.0 
 
Créditos: Buffaloboy/Shutterstock. 
Para a Industria, 4.0, a manufatura inteligente está alterando a maneira 
como os produtos serão fabricados. Os novos processos de fabricação serão 
diferentes dos atuais, devido à rápida inovação tecnológica nas linhas de 
produção, em resposta aos desafios para a manutenção de seus mercados 
competitivos, eliminando os desperdícios (Lean Manufecturing), fidelizando seus 
clientes e maximizando os seus lucros. As organizações que não estiverem 
conectadas a essas mudanças e não investirem nessas novas tecnologias 
estarão, certamente, fadados à extinção. 
Figura 14 – Manufaturas inteligentes 
 
Créditos: Krylovochka/Shutterstock. 
 
 
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Os alicerces da Indústria 4.0 estão fundamentadas nas inovações 
tecnológicas para os novos meios de produção e serviço. Algumas das 
tecnologias, com maior relação aos processos produtivos, são: 
• Sistemas de integração vertical e horizontal: sistemas de comunicação 
entre controles internos de produção e os sistemas de administração da 
empresa. 
• Internet industrial das coisas (Industrial Internet of Things): consiste na 
conexão entre os objetos físicos, máquinas e sistemas de produção por 
meio de sensores e atuadores que permitem a coleta e troca de 
informações. 
• Cibersegurança: segurança de informação, evitando que os sistemas, 
máquinas e objetos que estão conectados em rede sejam afetados por 
ameaças ou falhas externas. 
• Computação na nuvem: processamento e análise de informações em 
servidor remoto, permitindo que sejam acessadas em vários lugares 
simultaneamente. Essa tecnologia também reduz a necessidade e custo de 
processadores de informações nas linhas de produção e sistemas internos 
da empresa. 
• Gestão de grandes quantidades de dados (Big Data): realiza maior 
desempenho de acesso às informações necessárias. Armazenamento de 
dados a uma velocidade muito superior aos sistemas tradicionais, com 
gravação e leitura em altas taxas. 
• Robótica autônoma: novas tecnologias de sensoriamento, conectividade e 
inteligência artificial para os robôs industriais da linha de produção. Estes 
ganharam novas habilidades para trabalhar sem uma supervisão humano, 
sendo capazes de executar e coordenar uma série de tarefas de logísticas 
e de produção. 
• Robótica na nuvem: utilização de recursos da computação na nuvem, 
juntamente com tecnologias de protocolos de comunicação e segurança, 
permitindo que os robôs possuam menos recursos internos, diminuindo 
custos e facilitando a programação. 
• Inteligência artificial: computadores com tecnologia capaz de aprender a 
reconhecer novos padrões de dados sem ser explicitamente programado 
para isso. O sistema utiliza métodos para análise e reconhecimento de 
 
 
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informações automatizados desenvolvidos para modelos analíticos. A 
inteligência artificial é comunicação final de todas as tecnologias 
relacionadas a Indústria 4.0 e permite a implantação deste sistema na 
empresa e linhas de produção. 
Figura 15 – Integração na Indústria 4.0 
 
Créditos: Pand P Studio/Shutterstock. 
A Indústria 4.0 trará grandes desenvolvimentos de novas tecnologias de 
produção, como laser, feixe de elétrons, manufatura aditiva, e de grandes avanços 
da microeletrônica e sistemas de comunicação, que proporcionarão uma 
velocidade ainda maior de adaptabilidade e tomada de decisões. No entanto, o 
impacto será ainda mais amplo e afetará o mercado como um todo, com criação 
de novos modelos de negócios, empresas ainda mais integradas com as 
preferências dos clientes, produzindo bens e serviços ainda mais customizados e 
com produção viável. Os profissionais também precisarão se adaptar, pois, com 
fábricas ainda mais automatizadas, novas demandas surgirão enquanto algumas 
deixarão de existir. 
 TEMA 5 – LIDERANÇA NA INDÚSTRIA 4.0 
O futuro da indústria de manufatura e serviços é a liderança 4.0. A 
automação robótica e da inteligência artificial vem colaborando para o avanço 
tecnológico do segmento, propiciando as empresas a implementar tecnologias de 
última geração em suas linhas de produção. Porém, somente algumas empresas 
 
 
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têm se preocupado em desenvolver e manter seus líderes atualizados para esta 
inovação. 
Figura 16 – Liderança na Indústria 4.0 
 
Créditos: Bizvector/Shutterstock. 
Com a introdução da Indústria 4.0 em toda a organização, desde a alta 
gestão ao chão de fábrica, a forma de liderar e compartilhar esse novo modelo 
organizacional com toda equipe mudou muito. Não somente as competências 
pessoais, a mentalidade enxuta e os métodos do Lean Manufecturing serão 
suficientes. Serão necessários o implemento da conectividade e a inteligência 
social. 
As empresas deverão identificação e desenvolver nos líderes da próxima 
geração ferramentas para liderança baseada em competências. As organizações 
precisam abordar os atributos na liderança que são mais significativos a seu 
modelo de negócio, desenvolvendo, com isso, vantagens competitivas. 
Figura 17 – Líderes competentes 
 
Créditos: Imageflow/Shutterstock. 
 
 
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Algumas dessas ferramentas organizacionais que podem ser 
desenvolvidas para a liderança serão definidas a seguir: 
Figura 18 – Novas competências 
 
Fonte: Sérgio Zagonel, 2020. 
Os novos desafios para a liderança 4.0 ficam mais claros quando 
entendemos a quantidade de habilidades que são exigidas para esta nova 
liderança. Fica mais evidente que os atuais sistemas educacionais e de 
treinamento precisam se adaptar também à preparação destes novos líderes e de 
suas equipes, para enfrentarem os novos desafios da indústria do século XXI. 
Inteligência 
social
• Pode ser compreendida como ações em situações sociais, bem como o dinamismo e a 
capacidade de se desenvolver uma postura eficaz em situações sociais, juntamente 
com o trabalho e a capacidade de envolver outras pessoas nessa operação.
Habilidades 
interpessoais
• Neste modelo, a eficácia social é direcionada ao desenvolvimento de relacionamentos. 
Para essa habilidade, o importante é ser um ótimo ouvinte, ativo e atento, trabalhando 
nos diálogos e demonstrando às esquipes estar aberto a críticas, sugestões e ao 
diálogo.
Inteligência 
emocional
• Capacidade de se comunicar e alcançar uma compreensão de situações emocionais, 
ficando em sintonia também com a emoção dos outros.
• É importante praticar a leitura não verbal da equipe (percepção emocional), 
especialmente com relação às suas próprias emoções também.
• Aprender a ter controle sobre suas próprias emoções, evitando impulsos 
comportamentais indesejados no ambiente de trabalho.
Resolução de 
conflitos
• Ajuda a evitar ou resolver as hostilidades de natureza interpessoal.
• Quando os membros da equipe estão em conflito, os líderes normalmente são 
chamados com o propósito de intermediar.
Tomada de 
decisão
• Um bom líder precisa estar preparado para as tomadas de decisão, sendo esta uma 
das principais competências para os líderes 4.0.
• Podem ser as melhores ou piores formas de tomar decisões, mas o bom líder sabe que 
é sua responsabilidade, devendo realizar essa tomada de decisão de forma coerente 
quando uma situação requer e consultando colegas e subordinados se necessário.
• A melhor forma de expandir essas habilidades é por meio de estudo, cursos, 
simulações e, principalmente, experiência. 
 
 
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Figura 19 – Novas habilidades para a liderança 
 
Créditos:Fizkes/Shutterstock. 
O avanço da tecnologia nas organizações repercute na melhor qualidade e 
competência das lideranças 4.0 e dará resultados na futura estabilidade das 
empresas. Esses novos líderes que buscam as características de sucesso 
profissional neste novo meio tecnológico e competitivo não só estarão melhorando 
seus próprios resultados e se desenvolvendo mais rapidamente do que seus 
outros colegas, mas também serão os visionários na maneira como irão liderar a 
indústria para o futuro. 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
FIRJAN, Finep. Industria 4.0. Rio de Janeiro: Senai, 2016. 
KVIATKOWSKI, M. A.; GOZZI, S. Impactos da automação de subestações de 
energia em indicadores técnicos de qualidade da ANEEL – uma abordagem 
crítica. XII SIMPEP – Bauru, SP, 2005. 
MARTINS, G. M. Princípios de Automação Industrial. 2012. Disponível em: 
. Acesso em: 23 
nov. 2020. 
ROGGIA, L.; FUENTES, R. C. Automação industrial. Santa Maria: Universidade 
Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, Rede e-Tec 
Brasil, 2016. 
SANTOS, G. A pirâmide da Automação Industrial. 2012. Disponível em: 
. 
Acesso em: 23 nov. 2020. 
SLACK, N. et al. Administração da produção. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
	Figura 1 – Automação e Indústria 4.0
	Figura 2 – Início da automação
	Figura 3 – Automação industrial
	Figura 4 – Tipos de automação industrial
	Figura 5 – Aplicação da automação industrial
	Figura 6 – Pirâmide de hierarquia da automação
	Quadro 1 – Hierarquia da automação
	Figura 7 – Modernização da empresa
	Figura 8 – Gerenciamento de linhas automáticas
	Figura 9 – Novas funções nas linhas automáticas
	Figura 10 – A Quarta Revolução Industrial
	Figura 11 – Fábricas inteligentes
	Figura 12 – Fábricas inteligentes
	Figura 13 – Tecnologia na Indústria 4.0
	Figura 14 – Manufaturas inteligentes
	Figura 15 – Integração na Indústria 4.0
	Figura 16 – Liderança na Indústria 4.0
	Figura 17 – Líderes competentes
	Figura 18 – Novas competências
	Figura 19 – Novas habilidades para a liderança

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