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O Quilombo dos Palmares foi um dos maiores e mais duradouros quilombos do Brasil colonial, situado na região que hoje corresponde ao estado de Alagoas Surgiu no final do século XVI, liderado inicialmente por Ganga‑Zumba, e chegou ao seu ápice sob o comando de Zumbi dos Palmares (1680‑1695) . Palmares resistiu a diversas expedições militares portuguesas. Seu ponto forte foi a união de africanos fugitivos, indígenas e até alguns brancos dissidentes, que criaram uma cultura sincrética e uma rede de defesa fortificada. Em 1694, o governador da então Capitania de Pernambuco, Domingos Jorge Velho, liderou a última grande ofensiva. Em 1695, Zumbi foi capturado e morto, marcando o fim do quilombo, embora a memória da resistência tenha perdurado. O papel de Zumbi em Palmares Zumbi foi o principal líder militar e político do Quilombo dos Palmares nos últimos anos de sua existência. Defesa armada – Organizou uma rede de aldeias fortificadas e treinou guerreiros para lutar em guerrilha contra as expedições portuguesas. A estratégia de usar o terreno da Serra da Barriga e atacar em emboscadas foi decisiva para prolongar a resistência por quase duas décadas. Gestão interna – Sob seu comando surgiram normas de convivência (distribuição de terras, regras de ingresso de novos membros e resolução de conflitos) que mantiveram a coesão social entre africanos, indígenas e alguns brancos simpatizantes. Diplomacia e economia – Negociou trocas de alimentos, armas e artesanato com comunidades vizinhas, garantindo recursos essenciais e criando laços que dificultavam o cerco total dos colonizadores. Além disso, Zumbi tornou‑se símbolo de liberdade: sua morte em 20 de novembro de 1695 foi transformada em ícone da luta contra a escravidão e hoje marca o Dia da Consciência Negra no Brasil.