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Pincel Atômico - 17/05/2023 12:52:05 1/4 DARLAN ANTIDES FOPPOLO FELIPE Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 12 (18163) Atividade finalizada em 23/03/2023 11:15:09 (820774 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA [512303] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 3,33 pontos [capítulos - 6] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: NOVEMBRO/2022 - SGegu0A220922 [73715] Aluno(a): 91361780 - DARLAN ANTIDES FOPPOLO FELIPE - Respondeu 6 questões corretas, obtendo um total de 2,50 pontos como nota [355760_557 52] Questão 001 Leia o texto a seguir. “O homem cordial pode ser visto como um tipo ideal weberiano: ele seria o precipitado de uma formação social caracterizada pela onipresença da esfera privada, logo, pelo primado das relações pessoais. Ora, a cordialidade não deve ser compreendida como uma característica essencialmente brasileira, mas antes como um traço estrutural de sociedades cujo espaço público enfrenta dificuldades para afirmar sua autonomia em relação à esfera privada. O conceito de cordialidade é um importante instrumento analítico para o estudo de grupos sociais dotados de elevado grau de autocentramento, portanto, em alguma medida, resistentes a pressões externas. ” (Rocha, João Cezar de Castro. Brasil nenhum existe. Folha de São Paulo, Domingo, 09 de janeiro de 2000). O texto acima propõe uma revisão da tese do “homem cordial”, desenvolvida pelo seguinte intelectual brasileiro: Afonso Arinos de Melo Franco. Machado de Assis. João Ubaldo Ribeiro. Ribeiro Couto. X Sérgio Buarque de Holanda. [355760_557 49] Questão 002 A teoria da democracia racial, derivada a partir da hipótese de pesquisa desenvolvida por Gilberto Freyre, principalmente com sua obra “Casa-Grande e Senzala”, pode ser relacionada à política de cotas implementada nos institutos federais a partir da Lei 12.711 de 29 de agosto de 2012. Dentre as opções abaixo, marque a CORRETA em relação ao conteúdo do enunciado acima. A teoria desenvolvida por Freyre atribui uma visão romantizada da realidade, tornando invisíveis várias formas de violência praticadas por brancos europeus em relação aos negros. A política de cotas raciais, nesse sentido, visa validar a teoria de Freyre. A teoria desenvolvida por Gilberto Freyre contribui para explicar a diferença entre os níveis de violência racial ocorridos nos EUA e no Brasil, bem como sustenta teoricamente a política de cotas raciais adotada em nosso país. X A teoria da democracia racial, derivada da obra de Freyre, mascara em grande medida a violência praticada por brancos contra negros no Brasil, sustentando de certo modo parte das críticas atribuídas à adoção de cotas raciais no país. A teoria da democracia racial, derivada da obra de Freyre, sustenta uma suposta convivência pacífica e democrática entre os negros, indígenas e brancos europeus, de modo a sustentar a política de cotas raciais. A teoria da democracia racial de Freyre tem por princípio desvelar todas as formas de violência de brancos contra negros no Brasil, amparando teoricamente a adoção de cotas raciais como forma de compensação histórica. Pincel Atômico - 17/05/2023 12:52:05 2/4 [355760_570 15] Questão 003 Leia o texto. Revendo a historiografia do século XIX aparecida no Brasil nas quatro décadas posteriores à Primeira Grande Guerra, salientam-se três fatores. Em primeiro lugar, a produção foi grande, comparada com a dos períodos anteriores. Depois, não apenas historiadores, mas, também economistas, antropólogos e sociólogos contribuíram para a apresentação de trabalhos históricos. Por fim, os textos foram mais analíticos que narrativos, refletindo a crescente profissionalização do mister do historiador. STEIN, Stanley. A historiografia do Brasil 1808-1889. In: Revista de História. V. 29 N. 59, 1964. p. 81. Em relação à escrita da história no Brasil feita entre os anos 1920 e 1950, a leitura do texto sugere que X o Brasil passava por um processo de crescente especialização dos historiadores. o ofício do historiador estava sendo mais valorizado socialmente. havia baixo grau de especialização entre historiadores, já que economistas e antropólogos também escreviam. as fronteiras entre história e outras ciências sociais eram pouco definidas. que a guerra teve impacto fundamental no aumento da especialização do historiador. [355760_557 38] Questão 004 A historiografia produzida pelo IHGB no século XX tinha como principal função validar o governo de D. Pedro II. acirrar os regionalismos, procurando validá-los. X a construção de uma história nacional. questionar a historiografia produzida em outros lugares na América do Sul. espelhar-se naquilo que era feito em termos de produção de conhecimento histórico em Portugal para mostrar a validade da herança portuguesa. [355760_557 53] Questão 005 Para Caio Prado Júnior, a formação brasileira se completaria no momento em que fosse superada a nossa herança de inorganicidade social - o oposto da interligação com objetivos internos - trazida da colônia. Este momento alto estaria, ou esteve, no futuro. Se passamos a Sérgio Buarque de Holanda, encontraremos algo análogo. O país será moderno e estará formado quando superar a sua herança portuguesa, rural e autoritária, quando então teríamos um país democrático. Também aqui o ponto de chegada está mais adiante, na dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por seu turno, dirá que a nação não se completa enquanto as alavancas de comando, principalmente econômico, não passarem para dentro do país. Como para outros dois, a conclusão do processo encontra-se no futuro, que agora parece remoto. Schwarz, R. Sequências brasileiras. SP: Cia das Letras. O que une as visões desses autores sobre o Brasil é X a ideia de que nosso passado tem que ser valorizado. a premissa de que o passado deve ser desprezado. a noção de que o presente que importa. a ideia de que nosso passado é de que só a superação de nosso atraso construirá um futuro melhor. a noção de que o futuro tem que ser construído. [355760_557 28] Questão 006 Sobre o contexto de produção de conhecimento histórico no Brasil, é correto afirmar que http://www.revistas.usp.br/revhistoria/issue/view/9204 http://www.revistas.usp.br/revhistoria/issue/view/9204 Pincel Atômico - 17/05/2023 12:52:05 3/4 somos herdeiros exclusivamente do passado colonial português. as condições de produção desse conhecimento mantiveram-se basicamente semelhantes desde o século XIX. as metodologias utilizadas para produção desse conhecimento avançaram bastante, mas em termos teóricos continuamos atrasados. X a herança cultural de povos africanos e de indígenas pré-1500 e pós-1500 muitas vezes foi desconsiderada. nossa herança cultural se constituiu no período posterior a 1500 apenas. [355762_596 18] Questão 007 “O desenvolvimento de diferentes áreas de estudo e a sofisticação das pesquisas elaboradas tornam complexa a tarefa de mapear as diversas tendências históricas que se entrecruzam no país, marcadas por uma grande variedade e riqueza, desde então. Das questões femininas e do gênero à masculinidade, da sexualidade às relações raciais, da história do público ao privado, da ciência à religiosidade e à magia, da cultura erudita à cultura popular e à mídia, da história social à história cultural, assistimos a uma crescente produção acadêmica, criativa, instigante e polêmica, nas últimas décadas. De modo geral, essa produção acadêmica procura acompanhar e atualizar-se com os desenvolvimentos teóricos e temáticos que se produzem no exterior, em especial, na França, Inglaterra, Itália, Estados Unidos, de onde vêm nossas principais referências teóricas, metodológicas e temáticas. Contudo, também fica clara a preocupação de trabalharem-se as especificidades locais das experiências históricas tal qual se constituem no país, nosdiferentes estados, cidades e municípios e outras regiões, diferindo radicalmente, daquelas vivenciadas em outros contextos históricos. RAGO, Margareth. A ‘nova’ historiografia brasileira. Anos 90, Porto Alegre, nº11, julho 1999. P. 74. O texto acima, de Margareth Rago, analisa a historiografia brasileira dos anos 1990. A ideia central defendida pela autora é a de que a historiografia dos anos 1990 no Brasil promoveu ampliação das temáticas ligadas à diversidade e o recrudescimento dos objetos de estudo X advogou uma especificidade nas suas temáticas e objetos de estudo frente ao que era feito em outros países caracterizou-se por uma pluralidade de temas, perspectivas teóricas e influências militou junto aos movimentos sociais ao defender determinadas pautas e temas historicamente negados aos estudos históricos ampliou seu repertório de temas e abordagens, a partir de um desenvolvimento isolado dos historiadores nacionais [355760_570 14] Questão 008 Leia. A teoria da democracia racial, derivada a partir da hipótese de pesquisa desenvolvida por Gilberto Freyre, principalmente com sua obra “Casa-Grande e Senzala”, pode ser relacionada à política de cotas implementada nos institutos federais a partir da Lei 12.711 de 29 de agosto de 2012. Dentre as opções abaixo, marque a CORRETA em relação aos conteúdos do enunciado acima. X A teoria da democracia racial, derivada da obra de Freyre, mascara em grande medida a violência praticada por brancos contra negros no Brasil, sustentando de certo modo parte das críticas atribuídas à adoção de cotas raciais no país. A teoria desenvolvida por Freyre atribui uma visão romantizada da realidade, tornando invisíveis várias formas de violência praticadas por brancos europeus em relação aos negros. A política de cotas raciais, nesse sentido, visa validar a teoria de Freyre. Pincel Atômico - 17/05/2023 12:52:05 4/4 A teoria desenvolvida por Gilberto Freyre contribui para explicar a diferença entre os níveis de violência racial ocorridos nos EUA e no Brasil, bem como sustenta teoricamente a política de cotas raciais adotada em nosso país. A teoria da democracia racial, derivada da obra de Freyre, sustenta uma suposta convivência pacífica e democrática entre os negros, indígenas e brancos europeus, de modo a sustentar a política de cotas raciais. A teoria da democracia racial de Freyre tem por princípio desvelar todas as formas de violência de brancos contra negros no Brasil, amparando teoricamente a adoção de cotas raciais como forma de compensação histórica.