Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Fórmulas
Nutrição e Dietética
Sumário
1. ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) ................................................................................ 3
2. METROPOLITAN LIFE ............................................................................................................... 7
3. FÓRMULA DE LORENTZ .......................................................................................................... 9
4. NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS ....................................................... 10
5. DETERMINAÇÃO DO GET ....................................................................................................... 14
6. EQUAÇÕES DE PREDIÇÃo ...................................................................................................... 18
7. DISTRIBUIÇÃO CALÓRICA E PERCENTUAL DOS MACRONUTRIENTES: ................... 35
8. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL POR REFEIÇÃO .................................................................. 38
9. CÁLCULOS DE NECESSIDADE PROTEICA .......................................................................... 38
10. RECOMENDAÇÕES DE CONSUMO DE NUTRIENTES PARA 
PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS ...................................... 40
11. NPU e NDPCAL ....................................................................................................................... 41
Serviço Social
3
PESO 
Peso Teórico: definido como aquele peso adequado a um indivíduo em função de 
critérios como altura, sexo, idade e biotipo.
Peso Atual: o indivíduo deverá posicionar-se em pé, no centro da balança, descalço 
com roupas leves. Peso que o indivíduo apresenta no momento.
Peso Usual: é utilizado como referência na avaliação das mudanças recentes de peso e 
em casos de impossibilidade de se medir o peso atual. É o peso habitual do indivíduo.
 � O peso corporal representa a soma da massa de tecidos (gordura, proteínas e os-
sos) e de água.
 � O peso também pode ser estimado a partir de dados da circunferência da pantur-
rilha, altura do joelho, circunferência do braço e outros.
 � A avaliação do peso corporal pode ser feita com base no IMC.
CÁLCULO DO PESO IDEAL OU PESO ESPERADO
1. ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC)
1.1 Adultos
IMC = Peso (kg)
 Altura (m)2
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS), 2000 1.
Manual de Estágio
4
Tabela 1: Classificação do IMC para Adultos de ambos os sexos.
CLASSIFICAÇÃO DO IMC
60 anos)
Tabela 2: Classificação do Estado Nutricional Segundo IMC para idosos de ambos os 
sexos, segundo Lipschitz (1994).
Serviço Social
5
Classificação IMC (Kg/m2)
Desnutrição 27
Fonte: Lipschitz (1994) 2.
Tabela 3: Classificação do Estado Nutricional Segundo IMC para idosos de ambos os 
sexos segundo Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) (2002).
Classificação IMC (Kg/m2)
Baixo peso 10,4
PP (cm) Mulheres 11,0
Fonte: Krause, Mahan, 2002, Apêndice 18 4.
Através desses resultados pode-se 
afirmar que o indivíduo está com déficit 
de peso de aproximadamente 7,2 kg em 
relação ao seu peso teórico mínimo.
Manual de Estágio
8
Tabela 5: Classificação da Compleição Física, segundo Metropolitan Life:
METROPOLITAN LIFE, 1983
HOMEM MULHER
Alt. (cm) Peq. Méd. Gran. Alt. (cm) Peq. Méd. Gran.
157 57-60 59-63 62-67 147 46-50 49-54 53-59
159 58-61 60-64 63-69 150 46-51 50-55 54-60
162 59-62 61-65 64-70 152 47-52 51-57 55-61
165 60-63 62-66 65-72 155 48-53 52-58 56-63
167 61-64 63-68 66-74 157 49-54 53-59 57-64
170 62-65 64-69 67-75 160 50-56 54-61 59-66
172 63-66 65-70 68-77 162 51-57 56-62 60-68
175 64-67 66-72 70-79 165 52-58 57-63 61-70
177 65-69 68-73 71-81 167 54-60 58-65 63-71
180 66-70 69-75 72-83 170 55-61 60-66 64-73
183 67-72 70-76 74-85 172 56-62 61-67 66-75
185 68-74 72-78 75-86 175 58-64 62-69 67-76
187 70-75 74-80 77-88 178 59-65 64-70 68-78
190 71-77 75-82 79-91 180 61-66 65-71 70-79
192 73-79 77-84 81-93 183 62-68 66-73 71-80
Fonte: Krause, Mahan, 2002, Apêndice 19 4.
Serviço Social
9
3. FÓRMULA DE LORENTZ
 Peso Ideal = (A – 100) – (A – 150) ± 5
 4
 Altura (A) = cm
 Obs.: + 5 para estrutura grande
 - 5 para estrutura pequena
 = não acrescentar valores para estrutura média
Fonte: Augusto et al., 1995 5.
EXEMPLO:
Uma mulher com 1,70 m de altura e circunferência de 14 cm para o pulso do braço não 
dominante:
Estrutura = 170(cm)/ 14(cm) = 12,14 (pequena)
Peso Ideal = (170 -100) - (170 - 150) - 5 = 60 Kg
 4 
Manual de Estágio
10
4. NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS 
4.1 Necessidade energética
É a quantidade de energia, na forma de calorias (kcal), necessária para o crescimento 
e a manutenção das funções vitais de um indivíduo de acordo com sua idade, sexo, 
massa corporal, estatura e grau de atividade física. Em situações especiais, como infância, 
gestação e lactação, as necessidades energéticas devem ser apropriadas para a correta 
manutenção do organismo. Em processos patológicos, o consumo de energia também deve 
ser avaliado e considerado de acordo com o gasto energético. É importante enfatizar que 
pessoas doentes ou que sofreram trauma podem ter seu consumo energético aumentado 
ou diminuído. Além disso, a composição corporal do indivíduo é um fator determinante para 
adequação ou inadequação energética. Por exemplo, uma pessoa com maior quantidade de 
massa magra corporal do que de massa gorda, ou vice-versa, pode necessitar de consumo 
energéticodiferente em comparação com uma pessoa normal.
4.2 Componentes dos gastos energéticos
Os três componentes que formam o gasto energético total (GET) diário de uma pessoa 
são o gasto energético basal (GEB) ou taxa de metabolismo basal (TMB), o efeito térmico 
do alimento (ETA) e a termogênese por atividade (TA).
4.3 Estimativa do GEB
Na sequência serão apresentadas equações para estimar o GEB de indivíduos a partir do 
peso corporal (kcal/dia), segundo gênero, faixa etária e peso corpóreo. 
Serviço Social
11
4.3.1 Cálculos pelos métodos da FAO/OMS (2004)
Quadro 1 - Equações para cálculo da TMB sugeridas para uso internacional pela FAO/
WHO/UNU (2004). 
IDADE (anos) HOMENS – TMB (Kcal/dia) MULHERES – TMB (Kcal/dia)
 60 (11,711 x P) + 587,7 (9,082 x P) + 658,5
Fonte: FAO/OMS, (2004)6. Peso (P) em kg
Quadro 2 - Fator atividade física (FAF) (FAO/OMS, 2004).
Natureza da atividade FAF
Sedentária ou leve 1,53
Ativa 1,76
Muito ativa 2,25
Fonte: FAO/OMS, (2004)6.
Manual de Estágio
12
 Então, para calcular o valor energético total (VET) segundo FAO/OMS, 2004, deve-se 
calcular primeiro a TMB e multiplicar pelo valor de FAF.
Exemplo: Para a faixa etária entre 30 e 60 anos, mulheres, a fórmula é:
TMB = (8,126 x peso em kg) + 845,6
TMB = (8,126 x 69) + 845,6
TMB = (560,694) + 845,6
TMB = 1.406,29 kcal
Se esta mulher for sedentária: Utilizar o FAF 1,53
Então: TMB= 1.406,29 x 1,53 = 2.151,62 Kcal/dia
4.3.2 Equações de Harris Benedict (1919)7 – utilizado principalmente em indivíduos 
enfermos.
Homens: 66,47 + (13,75 x peso) + (5,00 x estatura) - (6,76 x idade) 
Mulheres: 655, 0955 + (9,5634 x peso) + (1,8496 x estatura) - (4,6756 x idade)
Em que: 
 � peso = kg;
 � estatura = centímetros;
 � idade = anos.
Serviço Social
13
4.3.3 SBAN 
Tabela 6: Equações para Cálculo de GEB, segundo SBAN (1990):
 Idade Homem Mulher
18 – 30 15,3 x P + 679 14,7 x P + 496
30 – 60 11,6 x P + 879 8,7 x P + 829
> 60 13,5 x P + 487 10,5 x P + 596
Fonte: SBAN, 1990 8. Peso (P) = kg
4.3.4 OMS, 1999
Tabela 7: Equações para cálculo de GEB, segundo OMS (1999). 
Homem 10-18 16,6 P + 77 A + 572
18-30 15,4 P - 27 A + 717
30-60 11,3 P + 16 A + 901
 >60 8,8 P + 1128 A – 1071
P= Kg / Altura (A) = m
Mulher
10-18 7,4 P + 482 A + 217
18-30 13,3 P + 334 A + 35
30-60 8,7 P - 25 A + 865
>60 9,2 P + 637 A - 302
Fonte: FAO/OMS/UNU, 19999.
Manual de Estágio
14
5. DETERMINAÇÃO DO GET
Para determinação do GET, é necessário estimar o GEB e acrescentar os fatores adicionais 
para o ETA e para atividades. Uma maneira simplificada de estimar adicionais por atividade 
física ao GEB é usar estimativas do grau de atividade física, que serão então multiplicadas 
pelo GEB medido ou estimado. Para estimar o GET para a atividade mínima, deve-se 
aumentar o GEB em 10% a 20%; para atividade moderada, aumentar o GEB em 25% a 
40%; para atividades extenuantes, aumentar o GEB em 45% a 60%. 
Para se obter a Gasto Energético Total (GET) são acrescidos ao GEB (ou TMB –Taxa 
Metabólica Basal) a energia gasta com a prática de atividades, ou seja, calcular o GEB e 
multiplicar pela atividade física:
 GET = GEB x FA
Quadro 3: Fatores para estimar a recomendação de energia diária em diferentes níveis 
de atividade física.
Atividade
Fator atividade
Homens Mulheres
Muito leve 1,3 1,3
Leve 1,6 1,5
Moderada 1,7 1,6
Pesada 2,1 1,9
Muito pesada 2,4 2,2
Fonte: Food and Nutrition Board, 198910.
Serviço Social
15
Quadro 4: Classificação das atividades físicas.
LEVES
Atividade realizadas em pé ou sentado
Trabalho de laboratório ou de escritório
A maioria dos profissionais liberais (médico, arquiteto, advogado, contadores)
Músicos, motoristas, professores, pintores de quadros
Costurar, passar, cozinhar, passar roupas
Garagistas, eletricistas, carpinteiros, impressores
Garçons e trabalhadores de restaurantes
Costureiros e alfaiates
Cuidar de crianças, lavar roupas
Donas de casa com aparelhos eletrodomésticos
Caminhar em superfícies planas
Golfe, tênis de mesa, vôlei, sinuca, bilhar, navegação
MODERADAS
Jardineiros, pescadores
Donas de casa sem aparelhos eletrodomésticos
Comerciários, estudantes
Carregar peso
Trabalhar com enxadas
Esquiar, jogar tênis, dançar, ciclismo, nadar
PESADAS OU INTENSAS
Caminhar carregando pesos, ladeira acima
Derrubar árvores
Trabalho manual em mineração
Carregadores, ferreiros, metalúrgicos
Recrutas e soldados do exército na ativa
Basquete, futebol, alpinistas, dançarinos, natação, handebol, atletismo, remo, ginástica, marcha
Fonte: RDA, 198911.
Manual de Estágio
16
Para Harris Benedict, o GEB deve ser corrigido pelo fator atividade e pelo fator injúria.
Em que:
Quadro 5: Fatores de Atividade
Acamado 1,2
Acamado + móvel 1,25
Deambulante 1,3
 Fonte: MARTINS, 200012.
Quadro 6: Fatores de Estresse (Injúria)
Injúria Fator Injúria Fator
Jejum simples 0,85
Multitrauma 
(reabilitação)
1,5
Cirurgia menor 1,1 – 1,2 Multitrauma + sepse 1,6
Câncer 1,1 – 1,3 ITU, pneumonia 1,0 – 1,2
Infecção: leve 1,1 AVC 1,0 – 1,2
Moderada (sepse) 1,3 SIDA 1,8 - 2,1
Grave (tipo 
peritonite)
1,4
Queimaduras: SCQ 
(0– 20%)
1,1 – 1,5
Trauma: esquelético 1,4 SCQ (20 – 40% 1,5 – 1,8
fratura 1,2 SCQ (> 40%) 1,8 – 2,0
cabeça 1,4 (comatoso) Febre 1,01 + 0,13 por ºC
1,6 (terapia c/ 
esteroides)
Desnutrição grave 1,5
Fonte: WAITZBERG e RODRIGUES, 199513.
Serviço Social
17
Quadro 7: Fatores Térmicos
38 ºC 1,1
39 ºC 1,2
40 ºC 1,3
41 ºC 1,4
Fonte: WAITZBERG e RODRIGUES, 199513.
5.1 Estimativa de Kcal / Kg de peso corporal Fórmula de Bolso 
(Nesta situação, o fator injúria já está contemplado pelo valor energético estipulado)
Situação Kcal/Kg de peso/dia Situação
Kcal/Kg de peso/
dia 
Indivíduo estável 20 – 22 Kcal/Kg Cirurgia eletiva 32 Kcal/kg
Perda de peso 20 – 25 Kcal/kg Politraumatismo 35 – 40 Kcal/kg
Manutenção de Peso 25 – 30 Kcal/kg Sepse 25 – 30 Kcal/kg
Ganho de peso 30 – 35 Kcal/kg Hepatopata 30 – 40 Kcal/kg
Nefropatas 30 – 35 Kcal/kg
Fonte: Ferrannini 1988; Martins, 200012, 14.
Manual de Estágio
18
6. EQUAÇÕES DE PREDIÇÃO
Órgãos internacionais como a National Academy of Sciences (NAS), o Institute of 
Medicine (IOM) e o Food and Nutrition Board (FNB) definiram as necessidades energéticas 
estimadas para homens, mulheres, crianças e bebês, e para gestantes e lactantes. A 
necessidade energética estimada (NEE) ou EER (Estimated Energy Requirement) é a média 
de ingestão de energia da dieta para manter esse equilíbrio em um adulto saudável, de 
acordo com idade, sexo, massa corporal, estatura e grau de atividades físicas ideais para a 
saúde. A tabela a seguir mostra os valores de referência média de ingestão dietética para 
pessoas saudáveis e ativas, de estatura, massa corporal e idade de referência para cada 
grupo etário. 
Quadro 8: Valores de referência de ingestão dietética das DRIs para indivíduos ativos.
Estágio da 
vida 
Critério NEE de NAF ativo (kcal/dia)a
Sexo masculino Sexo feminino
0-6 m
Gasto de energia + de-
posição de energia
570 520 (3 meses)
7-12 m
Gasto de energia + de-
posição de energia
743 676 (9 meses)
1-2 a
Gasto de energia + de-
posição de energia
1.046 992 (24 meses)
3-8 a
Gasto de energia + de-
posição de energia
1.742 1.642 (6 anos)
9-13 a
Gasto de energia + de-
posição de energia
2.279 2.071 (11 anos)
14-18 a
Gasto de energia + de-
posição de energia
3.152 2.368 (16 anos)
> 18 a Gasto de energia 3.067b 2.403 (19 anos)
Serviço Social
19
Gestantes
14 a 18 a
Primeiro 
trimestre NEE adolescente do 
sexo feminino + altera-
ção em TEE + deposição 
de energia da gravidez
2.368 (16 anos)
Segundo 
trimestre2.708 (16 anos)
Terceiro 
trimestre
2.820 (16 anos)
19-50 a
Primeiro 
trimestre NEE adulta do sexo 
feminino + alteração 
em GTE + deposição de 
energia da gravidez
2.403b (19 anos)
Segundo 
trimestre
2.743b (19 anos)
Terceiro 
trimestre
2.855b (19 anos)
Lactantes
14-18 a
Primeiro 
semestre
NEE adolescente do 
sexo feminino + débito 
de energia do leite – 
perda de peso
2.698 (16 anos)
Segundo 
semestre
2.768 (16 anos)
19-50 a
Primeiro 
semestre
NEE adulta do sexo 
feminino + débito de 
energia do leite – perda 
de peso
2.733b (19 anos)
Segundo 
semestre
2.803b (19 anos)
Manual de Estágio
20
Fonte: Institute of Medicine.
Nota: Para americanos e canadenses saudáveis ativos na altura e peso de referência; 
aNAF = nível de atividade física; NEE = necessidade estimada de energia; GET = gasto 
total de energia; bSubtrair 10 kcal/dia para homens e 7 kcal/dia para mulheres, para 
cada ano de idade acima de 19 anos.
Fonte: PADOVANI, R. M.; et al. (2006)15.
6.1 Equações de predição para quatro graus de atividade física
A seguir serão listadas as equações de predição de NEE para pessoas com massa 
corporal adequada. As equações de predição do GET também serão listadas para vários 
grupos com sobrepeso ou de obesos, bem como para a manutenção da massa corporal 
em meninas e meninos obesos.
6.1.1 Necessidades energéticas estimadas DRIs (2001) ou EER (Estimated Energy 
Requirement)
Quadro 9: Equações de Predição para Quatro Graus de Atividade Física†
NEE (EER) para bebês e crianças pequenas de 0 a 2 anos (dentro do percentil de 
massa corporal/estatura de 3 a 97)
NEE = GET‡ + deposição energética
0-3 meses (89 × massa corporal do bebê [kg] – 100) + 175 (kcal para deposição 
energética)
Serviço Social
21
4-6 meses (89 × massa corporal do bebê [kg] – 100) + 56 (kcal para deposição energética)
7-12 meses (89 × massa corporal do bebê [kg] – 100) + 22 (kcal para deposição 
energética)
13-35 meses (89 × massa corporal do bebê [kg] – 100) + 20 (kcal para deposição 
energética)
NEE para meninos de 3 a 8 anos (dentro do percentil de massa corporal/estatura 
de 5 a 85 para IMC)§
NEE = GET‡ + deposição energética
NEE = 88,5 – 6,9 × idade (anos) + AF × (26,7 × massa corporal [kg] + 903 × estatura [m]) 
+ 20 (kcal para deposição energética)
NEE para meninos de 9 a 18 anos (dentro do percentil de massa corporal/estatura 
de 5 a 85 para IMC)
NEE = GET + deposição energética
NEE = 88,5 – 61,9 × idade (anos) + AF × (26,7 × massa corporal [kg] + 903 × estatura [m]) 
+ 25 (kcal para deposição energética)
Em que:
AF = coeficiente de atividade física para meninos de 3-18 anos:
AF = 1 se GAF é estimado em ≥ 1 percentil 85 para sobrepeso)
GET = 114 – 50,9 × idade (anos) + AF × (19,5 × massa corporal [kg] + 1.161,4 ×
Estatura [m])
Em que:
AF = coeficiente de atividade física
AF = 1 se o GAF for estimado em ≥ 1,0 percentil 85 para sobrepeso)
GET = 389 – 41,2 × idade (anos) + AF × (15 × massa corporal [kg] + 701,6 ×
estatura [m])
Em que:
AF = coeficiente de atividade física
AF = 1 se o GAF for estimado em ≥ 1,0Mulheres eutróficas e com sobrepeso ou obesas com 19 anos ou mais (IMC ≥ 18,5 
kg/m2)
GET = 387 – 7,31 × idade (anos) + AF × (10,9 ×x massa corporal [kg] + 660,7 ×
estatura [m])
Em que:
AF = coeficiente de atividade física
AF = 1 se o GAF for estimado em ≥ 1,0 TOTAL CALÓRICO DA DIETA
EXEMPLO: 120 g x 4 = 400 kcal de proteína
 300 g x 4 = 1.200 kcal de carboidrato
 80 g x 9 = 720 kcal de lipídios
7.3 Para determinar a porcentagem do VCT de macronutrientes:
Kcal do nutriente x 100 = % do total de Kcal do nutriente
Total Kcal da dietaEXEMPLO:
- Calcular a distribuição percentual de calorias de uma dieta que contêm 100 g de lipídio, 100 
g de proteína e 300 g de carboidrato.
Proteína
100 g de proteína x 4 Kcal = 400 Kcal de proteína
Serviço Social
37
400 Kcal de proteína
 x 100 = 16% de proteína
 2500 VCT
Carboidrato
300 g de carboidrato x 4 Kcal = 1200 Kcal de carboidrato
1200 Kcal de carboidrato
 x 100 = 48% de carboidrato
2500 Kcal do VCT
Lipídios
100 g de lipídios x 9 Kcal = 900 Kcal de lipídios
900 Kcal de lipídios
 x 100 = 36% de lipídios
2500 Kcal do VCT
7.4. Porcentagem de Macronutrientes:
Tabela 9: Porcentagem de macronutrientes, segundo OMS, DRI, Phillip, SBAN e Guia Alimentar.
Nutriente OMS, 2003 DRI 2001 Philippi* SBAN, 1990
Guia Alimentar 
(MS, 2005)
Proteína 10 a 15 % 10 a 35% 10 a 15% 10 a 12% 10 a 15%
Lipídios 15 a 30 % 20 a 35% 20 a 30 % 20 a 25% 20 a 30%
Carboidratos 55 a 75% 45 a 65% 50 a 60 % 60 a 70% 50 a 60%
Fonte: * Pirâmide Adaptada para população brasileira Philippi (1999).
Manual de Estágio
38
8. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL POR REFEIÇÃO
Quadro 11: Distribuição percentual do VCT por refeição.
Refeição % VCT
Desjejum 25%
Lanche 5%
Almoço 35%
Lanche 5%
Jantar 25%
Ceia 5%
9. CÁLCULOS DE NECESSIDADE PROTEICA
Tabela 10: Valores em gramas de necessidade de proteínas por faixa etária, segundo FAO 
/ OMS, 1995
Idade
Proteína de boa qualidade 
g/ Kg peso/ dia
Proteína alimentação 
mista g/ Kg/ dia
Crianças
4-6 m 1,85 2,50
7-9 m 1,65 2,20
10-12 m 1,50 2,00
1,1-2 a 1,20 1,60
2,1-3 a 1,15 1,55
3,1-5 a 1,10 1,50
5,1-12 a 1,00 1,35
Homens
12,1-14 a 1,00 1,35
14,1-16 a 0,95 1,30
16,1-18 a 0,90 1,20
> 18 a 0,75 1,00
Serviço Social
39
Mulheres
12,1-14 a 0,95 1,30
14,1-16 a 0,90 1,20
16,1-18 a 0,80 1,10
> 18 a 0,75 1,00
Gravidez 6,00 8,00
Lactação
6 primeiros meses
17,00 23,00
Lactação após 
6 meses
12,00 16,00
Fonte: FAO / OMS / UNU, 1985 17.
Tabela 11: Recomendações de Proteína de Referência de Alta Qualidade para seres 
humanos normais.
Idade
(anos)
Peso
(kg)
Dieta Recomendada para a 
Concessão de Proteína (g/kg/dia)
0-0,5 6 2,2
0,5-1 9 1,6
1-3 13 1,2
4-6 20 1,1
7-10 28 1,0
Homens Mulheres Homens Mulheres
11-14 45 46 1,0 1,0
15-18 66 55 0,9 0,8
19+ 72-79 58-65 0,8 0,8
(g/dia)
Gravidez Adicional +10
Lactação, 1º Semestre +15
Lactação, 2º Semestre +12
Manual de Estágio
40
Tabela 12: Recomendações de proteínas, segundo SBAN.
Idade
Proteína de Alimentação Mista* SBAN 
(1990) (g/Kg/dia) (g/dia)
Adultos
18,0 ou + anos 1,0
Gestantes +8
Lactantes
1° semestre + 23
2° semestre + 16
* Proteína com digestibilidade verdadeira de 80-85% e qualidade aminocídica de 
90% em relação ao leite ou ovo.
Fonte: Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto, 200218.
10. RECOMENDAÇÕES DE CONSUMO DE NUTRIENTES PARA 
PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
Tabela 13: Recomendações de nutrientes para Prevenção de DCNT, segundo a 
OMS, 2007.
Nutriente Quantidade (% do total de energia)
Gordura Total 15-30%
Ácidos graxos saturados = 400 g por dia
* Isto é calculado como: gordura total – (Ácidos Graxos saturados+Ácidos Graxos 
polinsaturados+Ácidos Graxos trans)
Fonte: OMS, 200719.
11. NPU E NDPCAL
NPU = utilização de proteína líquida, que é obtida por meio dos fatores de correção. 
Deve-se multiplicar a quantidade de proteína de cada fonte pelo fator de correção 
correspondente.
Fatores de Correção: proteína de origem animal – 0,7
proteína de leguminosas – 0,6
 proteína de cereais, frutas, vegetais – 0,5
NPU = proteína (g) x fator correção => somar todas as proteínas líquidas do cardápio 
(considerando cada fator de correção)
NDPCal – é a quantidade de calorias fornecidas pela proteína líquida do cardápio (NPU). 
Para calcular o NPCAL basta multiplicar o valor proteico de cada alimento do cardápio pelo 
valor calórico da proteína.
Manual de Estágio
42
NPCaL = NPU (g) x 4 calorias
NDPCal% =______NPCal X 100_______
 VET (Valor Energético Total)
No Brasil, este indicador é utilizado no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) 
que recomenda refeições com valores de NDPCal% entre 6 e 10%.
EXEMPLO:
Avalie o caso a seguir: AFD 35 anos, sexo masculino, eutrófico.
a) Identifique em cada alimento desta dieta, o Fator de Utilização Proteica;
b) Calcule o NPU ;40,64 g c) Calcule o NPCal 162,56 Kcal
d) Calcule o NDPCal%: NDPCal% = NPCal x 100/ VET = 162,56 Kcal x 100/ 
1367,38 Kcal = 11,89%
e) Qual é a porcentagem indicada pela FAO/OMS de NDPCal%? Esta dieta está adequada? 
Descreva a recomendação.
 R: A dieta não tem a porcentagem de proteína líquida recomendada que é de 6 a 10. 
f) qual o valor energético e de macronutrientes da dieta? 
VET = 1367,38 Kcal CHO%: 56,82% Lipídios %: 24,24% Proteínas %: 18,84%
g) Está adequado segundo as recomendações das DRI de macronutrientes? Descreva a 
recomendação. 
R: A dieta está adequada segundo a distribuição de macronutrientes, segundo a DRI, 
que é de 45-65% para CHO, 20 – 35% para Lipídios e de 10 a 35% para proteínas.
Quanto à distribuição de energia por refeição, a dieta excede em calorias no café da 
manhã e necessita aumentar a densidade energética do lanche da tarde.
Serviço Social
43
Refeição Alimento
Quant.
 (g)
Carb.
(g)
Lip.
(g)
Prot.
(g)
Fator
NPU NPcal
(NPUx 4Kcal)
Total de
Energia/ 
refeição
Café 
Manhã 
Café (infusão) 25 * * * - - -
Leite integral 240 12,00 7,20 7,20 0,7 5,04 20,16
Açúcar 16 15,92 0,00 0,00 05 0 0
Pão francês 50 28,70 0,10 4,65 0,5 2,32 9,28
Manteiga c/ 
sal 
19 0,01 8,24 0,04 0,7 0,028 0,112
Subtotal CM 
(g)
56,63 5,52 11,89 - - CM
Subtotal CM 
(Kcal)
226,52 139,86 47,56 - -
413,94 
(30,27%)
Almoço Alface 30 0,87 0,06 0,39 0,5 0,195 0,78
Tomate 100 4,60 0,30 0,80 0,5 0,40 1,60
Arroz cozido 120 38,76 3,48 2,40 0,5 1,20 4,80
Feijão-preto 
cozido
100 12,20 0,30 4,40 0,6 2,112 8,448
Frango assado 80 0,00 4,32 14,56 0,7 10,19 40,76
caqui 100 19,30 1,00 0,40 0,5 0,20 0,80
Subtotal ALM 
(g)
75,73 9,46 23,95 - Almoço
Subtotal ALM 
(Kcal)
302,92 85,14 91,80 -
479,86 
Kcal
(35,09%)
Lanche
Tarde
Iogurte 200 12,60 5,80 7,80 0,7 5,46 21,84
Subtotal LT (g) 12,60 5,80 7,80 - LT
Subtotal LT 
(Kcal)
50,40 52,20 31,20 -
133,80 
Kcal
(9,78%)
Jantar Agrião 40 1,32 0,16 1,12 0,5 0,56 2,24
Pão aveia 50 29,80 2,85 6,20 0,5 3,10 12,40
atum 50 0,0 3,0 13,1 0,7 9,17 36,68
cenoura 10 0,77 0,02 0,13 0,5 0,065 0,26
Manual de Estágio
44
Mamão 
formosa
150 17,4 0,15 1,2 0,5 0,60 2,40
Subtotal JAN 
(g)
49,29 6,18 21,75 - Jantar
Subtotal JAN 
(Kcal)
197,16 55,62 87,0 -
339,78 
Kcal
(24,85%)
SOMA 
TOTAL
Macro (g)
194,25 36,98 64,39
NPU
40,64
X4 X9 X4 X4
Energia 
Macro
(Kcal)
%
----- ----- 777,0
56,82%
332,82
24,34%
257,56
18,84%
(NDPcal) 
162,56 
Kcal
NDPcal 
162,56 Kcal
DRI Reco-
menda-
ção
45-65% 20-35% 10-35%
NDPcal%
11,89%
VET(Kcal) 1367,38 Kcal/dia
REFERÊNCIAS 
1 Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation. 
World Health Organ Tech Rep Ser, v. 894, p. i-xii, 1-253, 2000. ISSN 0512-3054. Disponível 
em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11234459. 
2 LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Prim Care, v. 21, 
n. 1, p. 55-67, Mar 1994. ISSN 0095-4543. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/
pubmed/8197257. 
Serviço Social
45
3 (OPAS)., O. P.-A. XXXVI Reunión del Comitê Asesor de Ivestigaciones
en Salud – Encuestra Multicêntrica – Salud Beinestar y Envejecimiento (SABE) en América 
Latina e el Caribe 2002.
4 MAHAN LK, E.-S. S. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia.Rio de Janeiro, Brasil: 
Elsevier, 2002. 1227 ISBN 978-85-352-5512-6. 
5 AUGUSTO ALP, A. D., MANNARINO IC, GERUDES M. Terapia Nutricional. Atheneu, 
1995. 
6 (WHO)/, F. A. A. O. F. W. H. O.; (UNU)., U. N. U. Human Energy Requirements. Rome, 
2004.
7 HARRIS, J. A., & BENEDICT, F. G. A biometric study of basalmetabolism in man. 
Washington, DC: Carnegie Institution of Washington. p. 279. 1919.
8 VANNUCCHI, H. et al. Aplicações das recomendações
nutricionais adaptadas à população brasileira. Ribeirão Preto: 1990. p. 156.
9 The application of risk communication to food standards and safety matters. Report 
of a Joint FAO/WHO Expert Consultation. Rome, 2-6 February 1998. FAO Food Nutr Pap, 
v. 70, p. i-iii, 1-42, 1999. ISSN 0254-4725. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/
pubmed/10445166. 
Manual de Estágio
46
10 MEDICINE, I. O. Frontiers in the Nutrition Sciences: Proceedings of a Symposium. 
Washington, DC. The National Academies Press, 1989.
11 N. R. C. U. S. O. T. T. E. O. T. R. D. A. Recommended Dietary Allowances: 10th Edition. 
Washington (DC): National Academies Press (US), 1989.
12 MARTINS, C.; CARDOSO, S. P. Terapia nutricional enteral e parenteral. Manual de 
rotina técnica. Curitiba: Nutroclinica, Brasil, 2000. 
13 WAITZBERG, D. L. R., JOAQUIM JOSÉ. Nutrição Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 
Gasto energético e cálculo de necessidade calórico-proteica. São Paulo: Atheneu, 1995.
14 FERRANNINI, E. The theoretical bases of indirect calorimetry: a review. Metabolism, 
v. 37, n. 3, p. 287-301, Mar. 1988. ISSN 0026-0495. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.
nih.gov/pubmed/3278194. 
15 MEDICINE, I. O. Dietary reference intakes; the essential guide to nutriente 
requirements. Washington (DC): National Academy Press, 2006.
16 ACADEMIES., I. O. M. O. T. N. DRI – dietary reference intakes for energy, carbohydrate, 
fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids. Food and Nutrition Board. 
Washington: The National Academies Press, 2002.
Serviço Social
47
17 Energy and protein requirements. Report of a joint FAO/WHO/UNU Expert 
Consultation. World Health Organ Tech Rep Ser, v. 724, p. 1-206, 1985. ISSN 0512-3054. 
Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3937340. 
18 L., C. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2002. 
19 SAÚDE, O. O. M. D. Who Expert Consultation on Preventing Chronic
Diseases: A framework for action. Geneva, 2007.

Mais conteúdos dessa disciplina