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ARTIGO 2: MODELAGEM MATEMÁTICA: UMA PROPOSTA DE ENSINO POSSÍVEL NA ESCOLA PÚBLICA
Nézio Luiz Carminati
Professor da rede pública estadual do Paraná Participante do PDE 2007 (2008) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
GRUPO 3-2 – Guilherme, Davi e Janiel
7 PARÁBOLA
Grupo 3: Davi, Genilson, Guilherme, Janiel, Laés e Marcos Vivian.
Docentes: Dr. Ezequias Esteves e Me. Gildon César.
MA23 – Geometria Analítica – 2025.2 – PROFMAT/IFPI/Floriano
1
7.1 Introdução
Como visto capítulo 5, a origem da teoria das seções cônicas está intimamente ligada ao problema de duplicação do cubo que consiste em, dada a aresta de um cubo, construir, com uso de régua e compasso, a aresta de um segundo cubo cujo volume é o dobro do primeiro.
Muitos matemáticos estudaram as propriedades da parábola, como Arquimedes (287 212 a.C.) que calculou a área delimitada por uma reta e uma parábola, e Galileu Galilei (1564 1642) que provou que a trajetória de um projétil é uma parábola.
A propriedade refletora da parábola, da qual trataremos mais adiante, é a mais explorada nas aplicações práticas, como na modelagem de espelhos para telescópios, antenas parabólicas ou faróis refletores. Isaac Newton desenhou e construiu o primeiro telescópio refletor parabólico.
7.1 Introdução
O objetivo deste capítulo é estudar a equação
nos casos em que exatamente um dos coeficientes A ou C é nulo.
7.2 Parábola
Seja 𝓛 uma reta e F um ponto do plano não pertencente a 𝓛. A Parábola 𝒫 de foco F e diretriz 𝓛 é o conjunto de todos os pontos do plano cuja distância a F é igual à sua distância a 𝓛.
𝒫 = {P| d(P,F) = d(P, 𝓛)}
Terminologia
Como já dissemos, o ponto F é o foco e a reta 𝓛 é a diretriz da parábola 𝒫.
A reta focal ℓ da parábola 𝒫 é a reta que contém o foco e é perpendicular à diretriz.
O ponto V da parábola 𝒫 que pertence à reta focal é o vértice de P.
Em particular, se A é o ponto onde 𝓛 intersecta ℓ , então V é o ponto médio do segmento AF.
O número 2p = d(F, 𝓛) é o parâmetro da parábola 𝒫. Note que d(V, F) = d(V, 𝓛) = p.
Parábola
Toda Parábola é simétrica em relação à sua reta focal.
De fato, seja 𝒫 uma parábola de foco F, vértice V , diretriz 𝓛 e reta focal ℓ(Figura 7.4).
Seja P 𝒫 e seja P’ o ponto simétrico de P em relação à reta ℓ.
O segmento PP’ ℓ intersecta a reta focal ℓ num ponto Q que é o ponto médio do segmento PP’.
Os triângulos PQF e P’QF são congruentes (LAL). Em particular, d(P, F) = d(P’, F).
Parábola
Além disso, d(P, 𝓛) = d(Q, 𝓛) = d(’, 𝓛), pois BPQA e AQP’B’ são retângulos.
Como 𝒫, temos d(P, F) = d(P, 𝓛).
Portanto,
d(,’ F) = d(’, 𝓛), isto é, ’ 𝒫.
7.3 Formas canônicas da parábola
Vamos obter as formas canônicas da parábola em relação a um sistema de coordenadas OXY. Começamos com os casos em que o vértice da parábola é a origem e a reta focal é um dos eixos coordenados. Depois trataremos dos casos em que o vértice é um ponto qualquer e a reta focal é paralela a um dos eixos coordenados.
Exercício
10. Vamos descrever um procedimento para efetuar a construção da parábola usando o GeoGebra:
numa janela do GeoGebra, trace a reta a por dois pontos A e B (diretriz da parábola).
escolha um ponto C, para ser o foco da parábola, fora da reta a;
escolha um ponto D na reta a;
trace a reta mediatriz b do segmento CD;
trace a reta c perpendicular à diretriz a que passa pelo ponto D;
determine a interseção E da mediatriz b com a reta c;
habilite o rastro no ponto E;
descreva a parábola de foco C e diretriz a, movendo o ponto D na diretriz
7.3 Formas canônicas da parábola
7.3.1 Parábola com vértice na origem e reta focal coincidente com o eixo OX
CASO I - O foco F está à direita da diretriz L
P
V
7.3 Formas canônicas da parábola
7.3.1 Parábola com vértice na origem e reta focal coincidente com o eixo OX
CASO I - O foco F está à direita da diretriz L
Y
X
Como o vértice da parábola P é a origem V =(0,0) ;
O foco é o ponto F = (p,0);
F
E a diretriz é a reta L : x = -p, onde 2p=d(F,L )
L
Logo, P =(x,y) ∈ P
P
7.3 Formas canônicas da parábola
7.3.1 Parábola com vértice na origem e reta focal coincidente com o eixo OX
CASO II - O foco F está à esquerda da diretriz ん
P
7.3 Formas canônicas da parábola
7.3.1 Parábola com vértice na origem e reta focal coincidente com o eixo OX
CASO II - O foco F está à esquerda da diretriz L
Y
X
Como o vértice da parábola P é a origem V =(0,0) ;
V
O foco é o ponto F = (-p,0);
F
E a diretriz é a reta L : x = p, onde 2p=d (F,L )
L
Logo, P =(x,y) ∈ P
P
7.3 Formas canônicas da parábola
7.3.2 Parábola com vértice na origem e reta focal coincidente com o eixo OY
CASO I - O foco F está acima da diretriz L
P
7.3 Formas canônicas da parábola
7.3.2 Parábola com vértice na origem e reta focal coincidente com o eixo OY
CASO I - O foco F está acima da diretriz L
Y
X
Como o vértice da parábola P é a origem V =(0,0) ;
V
O foco é o ponto F = (0, p);
F
E a diretriz é a reta L : y = - p, onde 2p=d (F,L )
L
Logo, P =(x,y) ∈ P
P
7.3 Formas canônicas da parábola
7.3.2 Parábola com vértice na origem e reta focal coincidente com o eixo OY
CASO II - O foco F está abaixo da diretriz L
P
7.3 Formas canônicas da parábola
7.3.2 Parábola com vértice na origem e reta focal coincidente com o eixo OY
CASO II - O foco F está abaixo da diretriz L
Y
X
Como o vértice da parábola P é a origem V =(0,0) ;
V
O foco é o ponto F = (0, -p);
F
E a diretriz é a reta L : y = p, onde 2p=d (F,L )
L
Logo, P =(x,y) ∈ P
P
P
Exemplo 1
Determine a equação da parábola P com vértice V na origem, cujo o foco é:
Como p = d(V, F) = 3 e,
F = (3,0)
Y
X
L
F
P
V
como a reta focal é o eixo OX
temos pelo caso I que
Portanto,
y2 = 12x
P
Exemplo 1
Determine a equação da parábola P com vértice V na origem, cujo o foco é:
Como p = d(V, F) = 2 e,
(b) F = (0,-2)
como a reta focal é o eixo OY
temos pelo caso II que
Portanto,
x2 = -8y
Y
X
V
F
L
P
P
Exemplo 2
Uma parábola P passa pelo ponto (4,-2), tem vértice V na origem, e o eixo OY como reta focal. Encontre sua equação, seu foco F e a equação da sua diretriz L .
Como a reta focal é o eixo OY
Y
X
V
F
L
P
.
Como ( 4, -2) ∈ P , usaremos P : x2 = - 4py
Logo, p = 2
⇒ 42 = - 4.p.(-2)
⇒16 = 8p
F = ( 0, -2)
P : x2 = - 8y é a equação da parábola.
⇒ p = 2
L : y = 2
Exemplo 3
Como P : x2 = - 16y, a reta focal é o eixo OY, assim
Y
X
V
F
L
P : x2 = - 4py
Logo, 16 = 4p, ou seja p = 4
Como p = 4, temos que :
F (0,-4) e L : y = 4
P
.
C
4
-1
4
7.3.3 Parábola com vértice V = e reta focal paralela ao eixo OX
Da mesma forma como fizemos para a elipse e a hipérbole nos capítulos anteriores, para obtermos a forma canônica da parábola de vértice no ponto V = e reta focal paralela ao eixo OX, vamos considerar o sistema de eixos ortogonais , com origem = V = e eixos que têm a mesma direção e mesmo sentido dos eixos OX e OY, respectivamente.
Caso I. O foco F está à direita da diretriz .
Sabemos que, no sistema de coordenadas , a equação da parábola é : ; o foco é = (p,0); o vértice é = (0,0); a diretriz é : = –p e a reta focal é = 0.
Caso I. O foco F está à direita da diretriz .
Sabemos que, no sistema de coordenadas , a equação da parábola é : ; o foco é = (p,0); o vértice é = (0,0); a diretriz é : = –p e a reta focal é = 0.
p
p
=(p,0)
(-p,0)
=V=
=(x,y)
Como x = + e y = + = x – e = y – . Logo, a equação da parábola : será:
:
Como x = + e y = + = x – e = y – . Logo, a equação da parábola : será:
:
p
p
=(p,0)
(-p,0)
V=
= (x,y)
Como x = + e y = + = x – e = y – . Logo, a equação da parábola : será:
:
e seus elementos são:
foco: F =
vértice: V =
diretriz: : x - = – p : x = – p;
Reta focal: l : y – = 0 l : y =
Caso II. O foco F está à esquerda da diretriz .
Sabemos que, no sistema de coordenadas , a equação da parábola é : ; o foco é = (–p,0); o vértice é = (0,0); a diretriz é : = p e a reta focal é = 0.
Como x = e y = += -x + e = y – . Logo, a equação da parábola : será:
:
:
F=(-p,0)
V=
(x,y) =
Como x = e y = + = -x + e = y – . Logo, a equação da parábola : será:
:
e seus elementos são:
foco: F =
vértice: V =
diretriz: : x = p : x = + p;
Reta focal: l : y = 0 l : y =
7.3.3 Parábola com vértice V = e reta focal paralela ao eixo OY
Como no caso anterior, considerando o sistema de eixos ortogonais , com origem = V = e eixos que têm a mesma direção e mesmo sentido dos eixos OX e OY, respectivamente, podemos obter as equações e os elementos das parábolas com vértice V = e reta focal paralelo ao eixo OY.
Caso I. O foco F está acima da diretriz .
Neste caso, o foco é F = ; a diretriz é : y = ; reta focal é l : x = é a equação da parábola é:
:
Observação:
Quando tiver sobre o OY
(acima)
Caso II. O foco F está abaixo da diretriz .
Neste caso, o foco é F = ; a diretriz é : y = ; reta focal é l : x = é a equação da parábola é:
:
Observação:
Quando tiver sobre o OY
(abaixo)
QUESTÃO 6.B
Determine a equação da parábola P que tem: vértice V = (6,-3) e diretriz L : 3x - 5y + 1 = 0
Determine a equação da parábola P que tem: vértice V = (6,-3) e diretriz L : 3x - 5y + 1 = 0
Inicialmente, sabemos que o vértice está no meio do segmento que liga o foco à reta diretriz, cujo vetor normal da reta L : 3x – 5y +1 = 0 é = (3,-5). Assim, calculando a distância entre o vértice V à diretriz L, obtemos que
Logo, como d = , o foco estará a mesma distância do vértice, mas no lado oposto da reta. Dessa, segue-se que o vetor unitário será
Logo, as coordenadas do foco é
F = V + d·u = (6,-3) + = (6,-3) + (3,-5) = (9, -8)
Portanto, pela definição de parábola, temos que d(F,V) = d(V,L), segue-se que, para um P = (x,y),
Elevando ao quadrado e multiplicando por 34:
VERIFICAÇÃO:
Tomando o vértice V = (6, -3) na equação da parábola segue-se que
25(36) + 9(9) + 30(6⋅(−3)) − 618(6) + 554(−3) + 4929
= 900 + 81 – 540 – 3708 – 1662 + 4929
= 0
EXEMPLO 4
Determine a equação da parábola de vértice V = (3, 4) e foco F = (3, 2). Encontre também a equação de sua diretriz.
Solução:
MA23 – GEOMETRIA ANALÍTICA
Como V = (3, 4) e F = (3, 2), : x = 3 é a reta focal e F está abaixo de V, ou seja, abaixo da diretriz . Logo, a equação da parábola é da forma:
: (x – 3)2 = – 4p(y – 4).
Sendo p = d(V, F) = 2, temos que : y = 6 é a diretriz e : (x – 3)2 = –8(y – 4) é a equação da parábola.
EXEMPLO 5
Encontre a equação da parábola com reta focal paralela ao eixo OX, que passa pelos pontos (, -1), (0, 5) e (-6, -7).
Solução:
Como a reta focal da parábola é paralela ao eixo OX, sua equação deve ser da forma : (y – y0)2 = 4p(x – x0) e, mais ainda, por inspeção, é da forma: (y – y0)2 = 4p(x – x0) que se escreve também na forma:
MA23 – GEOMETRIA ANALÍTICA
(y – y0)2 = 4p(x – x0) y2 – 2yy0 + yo2 = -4px + 4px0
y2 – 2yy0 + yo2 + 4px - 4px0 = 0
y2 + 4px – 2yy0 + yo2 - 4px0 = 0
Onde D = 4p, E = -2y0, F = y02 – 4px0.
EXEMPLO 5
Substituindo as coordenadas dos pontos dados nessa equação, temos o seguinte sistema:
Resolvendo o sistema, obtemos D = 8, E = -2 e F = -15. Portanto, a equação da parábola é
y2 + 8x – 2y – 15 = 0,
isto é,
y2 – 2y + 1 = 15 – 8x + 1,
ou, ainda,
: (y – 1)2 = -8(x – 2).
MA23 – GEOMETRIA ANALÍTICA
: (y – 1)2 = -8(x – 2)
Assim, a parábola tem vértice V = (2, 1) e reta focal : y = 1, paralela ao eixo OX. Como 4p = 8, isto é, p = 2, e o foco F está à esquerda da diretriz, segue que F = (0, 1) e : x = 4 é a diretriz de P.
MA23 – GEOMETRIA ANALÍTICA
7.4 A equação geral do segundo grau com B = 0 e AC = 0
Consideremos a equação canônica da parábola de vértice V = (x0, y0) e reta focal paralela ao eixo OX:
(y – y0)2 = 4p(x – x0).
Desenvolvendo e agrupando os termos dessa equação, obtemos:
y2 4px – 2y0y + y02 4px0 = 0.
Esta equação é da forma
Ax2 + Bxy + Cy2 + Dx + Ey + F = 0.
Onde A = 0, B = 0, C = 1, D = 4p, E = -2y0 e F = y02 4px0.
MA23 – GEOMETRIA ANALÍTICA
Analogamente, desenvolvendo a equação da parábola de vértice V (x0, y0) e reta focal paralela ao eixo OY
(x – x0)2 = 4p(y – y0),
Obtemos a equação
x2 – 2x0x 4py + x02 4py0 = 0,
Que é da forma
Ax2 + Bxy + Cy2 + Dx + Ey + F = 0.
Onde A = 1, B = 0, C = 0, D = -2y0, E = 4p e F = x02 4py0.
No primeiro caso, A = 0, B = 0 e C 0 e, no segundo caso, A 0, B = 0 e C = 0. Portanto, em qualquer caso, B = 0 e AC = 0.
MA23 – GEOMETRIA ANALÍTICA
Proposição 3
Reciprocamente, temos a seguinte proposição:
MA23 – GEOMETRIA ANALÍTICA
Seja a equação do 2º grau com B = 0:
Ax2 + Cy2 + Dx + Ey + F = 0. 7.1
Se A = 0 e C 0, esta equação representa um dos seguintes conjuntos:
Uma parábola cuja reta focal é paralela ao eixo OX, se D 0;
Um par de retas paralelas ao eixo OX, se D = 0 e E2 – 4CF > 0;
Uma reta paralela ao eixo OX, se D = 0 e E2 – 4CF = 0;
O conjunto vazio, se D = 0 e E2 – 4CF 0;
MA23 – GEOMETRIA ANALÍTICA
uma reta paralela ao eixo OX,
Se E2 – 4CF = 0;
O conjunto vazio, se E2 – 4CFobtemos
que representa uma parábola com:
vértice: V = (3,-2);
reta focal = y = -2
parâmetro: 4p = ( p = );
foco: F = (3, -2)=, à esquerda da diretriz;
diretriz: : x = +3=
(c)
Como A=B=D=0
, logo o discriminante é 121>0
, ou seja, e , paralelas ao eixo OX.
(d)
Como B=C=E=0
, logo o discriminante é 0
x, simplificando xou seja, paralelas ao eixo OY.
(e)
Como A=B=D=0
, logo o discriminante é -84
⇒
(x - 1)2 = 1 (y - 3)
4
⇒
y0 = 3
x0 = 1 e
4p = 1 ⇒ p = 1
4 16
Questão
V = ( 1 , 3 )
F = ( 1 , 49 )
16
L : y = 47
16
l : x = 1
Muito obrigado!
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