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Aline Alves

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Estudo Intensivo - Ética e Estatuto da OAB
ESTUDO INTENSIVO
ESTUDO INTENSIVO - ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Existem cinco categorias de advogados: autônomo, público, associado parceiro, 
empregado e sociedade de advogados, sendo as três últimas as mais relevantes. O advo-
gado autônomo tende a entrar em desuso devido à tributação. O advogado público inclui 
o Procurador Federal, o Procurador de Estado, o Procurador do Distrito Federal, o Procu-
rador do Município e o advogado da União.
Os tópicos mais importantes são o advogado associado, o advogado empregado e a 
sociedade de advogados.
Advogado associado (art. 17-A e art. 17-B)
O advogado associado não se torna sócio do escritório, nem é empregado, mas atua 
em parceria em causas específicas. A figura do advogado associado pode ser desenhada 
ao lado do advogado autônomo, que atua como profissional liberal.
Existem sociedades de advogados, que podem ser simples, compostas por dois ou 
mais advogados, ou individuais, com um único sócio. Nesse caso, o sócio pertence a uma 
pessoa jurídica.
O advogado autônomo não está vinculado a nenhuma sociedade. Por outro lado, a 
sociedade de advogados pode ser simples ou individual, e o advogado associado pode ser 
tanto um advogado autônomo quanto uma sociedade que deseja formar uma parceria. 
O advogado associado deve ser visto como um parceiro na atuação jurídica.
Uma sociedade simples de advogados especializada em tributário pode, em determi-
nado momento, receber um caso penal. Em vez de dispensar o cliente, a sociedade pode 
contatar um advogado ou uma sociedade especializada em direito penal e formar uma 
associação para atuar em conjunto no caso.
Nesta associação, nenhuma das partes se torna sócia ou empregada da outra; ambas 
colaboram exclusivamente devido à especialidade da matéria. 
O advogado associado pode formar mais de uma associação pós-seccional, seja com 
advogados individuais ou sociedades de advogados, simples ou individuais, dentro da 
mesma seccional, desde que não haja vínculos de emprego.
Obs.: � um advogado não pode ter mais de um registro de sociedade na mesma seccional 
ou estado, mas pode formar quantas parcerias desejar.
Ser sócio de uma sociedade não é o mesmo que ser associado. Um advogado pode 
ter várias associações com outros advogados ou sociedades, simples ou individuais, na 
mesma seccional, desde que não haja características de uma relação de emprego.
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Os requisitos da relação de emprego são habitualidade, onerosidade, subordinação 
e pessoalidade.
O advogado associado não recebe salário, pois não é empregado; ele recebe um per-
centual sobre a partilha dos honorários. Não cumpre jornada de trabalho de 8 horas 
diárias e pode trabalhar integralmente de casa ou ir ao escritório quando desejar, sem 
obrigatoriedade de presença.
Não há habitualidade ou subordinação, ele trabalha por metas e não há pessoalidade 
ou salário fixo, apenas a partilha percentual dos honorários contratados. A associação 
deve ser formalizada por contrato, que pode abranger todas as causas criminais, algu-
mas ou apenas uma. Ademais, o contrato deve qualificar as partes envolvidas, especifi-
car o objeto da associação e discriminar a repartição dos riscos da atuação. 
Por exemplo, se um escritório especializado em direito tributário se associa a um 
advogado especialista em direito criminal e ocorre um erro na ação, a responsabilidade 
não pode ser atribuída exclusivamente ao advogado criminal.
O contrato deve especificar a responsabilidade pelo fornecimento de materiais e 
custeio das despesas, incluindo viagens, além da duração do contrato, que pode ser por 
prazo determinado ou indeterminado. A duração deve ser claramente definida, seja de 
dois anos, um ano ou seis meses.
Esses são os quesitos mais importantes sobre o advogado associado.
ADVOGADO EMPREGADO
1) Requisitos
Para ser advogado empregado, é necessário cumprir os requisitos da relação de 
emprego: habitualidade, onerosidade, subordinação e pessoalidade (OSPI).
Habitualidade significa comprovar uma jornada de trabalho regular. Onerosidade 
implica trabalhar o mês inteiro com a expectativa de receber salário ao final. Pessoali-
dade indica que a pessoa contratada, como João, deve ser a mesma que realiza o traba-
lho, sem substituições.
O requisito mais importante é a subordinação. O advogado empregado deve obede-
cer às ordens manifestamente lícitas de seu chefe, mas sem desvio de função. Ele não 
deve realizar tarefas pessoais para o chefe, como compras, transporte de familiares ou 
ações pessoais de divórcio.
O advogado empregado deve manter sua independência funcional e isenção técnica, 
garantindo que sua atuação seja limitada às causas do escritório e que ele possa decidir 
a melhor ação cabível para o cliente.
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2) Salário mínimo
O advogado empregado recebe salário, que não é fixado por lei, mas por sentença 
normativa do juiz do trabalho, acordo ou convenção coletiva de trabalho.
3) Jornada de trabalho
A jornada de trabalho do advogado empregado é de 8 horas diárias ou 40 horas sema-
nais, sem exceções para regime de dedicação exclusiva.
4) Adicional noturno 
a) O adicional noturno para o advogado empregado é semelhante ao do trabalhador 
urbano na CLT: a hora noturna é reduzida para 52 minutos e 30 segundos, com um adi-
cional de 20%, aplicável entre 22 horas e 5 da manhã.
b) Para o trabalhador rural, o adicional noturno é de 25%, seja na lavoura ou na 
pecuária. Na lavoura, o trabalhador rural começa a trabalhar às 21 horas e termina às 5 
da manhã. Na pecuária, o trabalho começa às 20 horas e termina às 4 da manhã.
c) Por outro lado, o advogado tem a hora noturna remunerada com um adicional de 
25%, começando às 20 horas e terminando às 5 da manhã.
5) Hora extra
O último tópico é a hora extra do advogado. Pela CLT, a hora extra do advogado é 
remunerada com, no mínimo, 50% a mais do valor da hora normal. Para o advogado 
empregado, a hora extra é remunerada com um adicional de, no mínimo, 100% a mais do 
valor da hora normal.
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� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Maria Christina Barreiros Doliveira. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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