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UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VII Natura Heloiza Batista dos Santos - RA: 2402221 Jaqueline de Matos Leite – RA: 2408936 Natália Viana Silva – RA: 2408936 Maysa Marchiano Salinas – RA: 2240840 Itapagipe - MG 2025 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 4 2.1. Controladoria ........................................................................................................ 4 2.2. Administração Estratégica .................................................................................. 10 2.3. Tecnologia da Informação Aplicada à Área Financeira ...................................... 14 3. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 18 4. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 19 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 20 3 1. INTRODUÇÃO O Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) tem como objetivo proporcionar aos alunos a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos ao longo do bimestre, integrando diferentes disciplinas para a análise e solução de problemas organizacionais reais. Durante este período, foram abordados conteúdos relacionados a controladoria, administração estratégica e tecnologia da informação aplicada à área financeira, permitindo compreender a interdependência entre gestão financeira, planejamento estratégico e inovação tecnológica no contexto corporativo. O PIM promove, assim, a reflexão crítica, a capacidade analítica e o desenvolvimento de competências práticas essenciais para a atuação profissional. A Natura foi escolhida como objeto de estudo devido à sua relevância no setor de cosméticos e produtos de bem-estar, destacando-se por suas práticas inovadoras, foco em sustentabilidade e forte presença no mercado nacional e internacional. A empresa adota processos integrados de gestão financeira, planejamento estratégico e tecnologia da informação, garantindo eficiência operacional, transparência e capacidade de adaptação frente às mudanças de mercado. Essa abordagem torna a Natura um exemplo consistente para análise dos conceitos estudados nas disciplinas do bimestre. No desenvolvimento deste trabalho, foram analisados os processos organizacionais da Natura relacionados à controladoria, à administração estratégica e à utilização da tecnologia da informação na gestão financeira. Foram detalhados procedimentos internos, ferramentas de monitoramento e estratégias adotadas para otimizar recursos, apoiar a tomada de decisão e fortalecer a competitividade da empresa. Além disso, foram apresentadas análises sobre proposta de valor, planejamento estratégico, fluxo de caixa, controles financeiros e governança de TI, permitindo mensurar e dimensionar as principais atividades da organização de forma integrada e prática. De posse dos conteúdos foi realizado a divisão dos itens que irão compor cada capítulo do trabalho, sempre organizado e referenciado por teóricos que tratam do tema escolhido para a pesquisa, realizando conexões para que exista um bom entendimento durante a leitura. 4 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Controladoria A controladoria tem se consolidado como uma área estratégica dentro das organizações, atuando como suporte essencial ao processo decisório. Sua principal função é fornecer informações gerenciais de qualidade para que os gestores possam conduzir os negócios com maior segurança, clareza e foco nos objetivos estabelecidos. Nesse sentido, a controladoria vai além da simples apuração contábil, abrangendo também a análise e interpretação de dados, de modo a gerar valor para a empresa e garantir sua sustentabilidade no mercado (FREZATTI; AGUIAR, 2017; ALMEIDA, 2019). O fluxo de caixa constitui um dos instrumentos mais relevantes dentro desse contexto, uma vez que permite acompanhar as entradas e saídas financeiras da organização em determinado período. Ele se apresenta como uma ferramenta indispensável para o planejamento e o controle financeiro, possibilitando identificar antecipadamente possíveis desequilíbrios de liquidez. Assim, o fluxo de caixa auxilia a gestão na tomada de decisões de curto e médio prazo, prevenindo riscos e fortalecendo a saúde financeira da empresa (PADOVEZE, 2019; ANTHONY; GOVINDARAJAN, 2012). No que se refere à contabilidade, esta permanece como a base de informações estruturadas da organização, garantindo a integridade e a confiabilidade dos dados financeiros. Entretanto, quando integrada à controladoria, a contabilidade amplia seu alcance, passando a contribuir não apenas com relatórios obrigatórios, mas também com informações de natureza gerencial. Essa integração proporciona uma visão mais completa e dinâmica da empresa, favorecendo análises mais detalhadas sobre custos, receitas e desempenho (BEUREN, 2013, p.55). Os controles financeiros, por sua vez, cumprem papel fundamental na redução de riscos e na otimização do uso dos recursos disponíveis. Por meio da implementação de sistemas de monitoramento e da adoção de políticas internas de controle, é possível prevenir falhas, reduzir desperdícios e garantir maior transparência. Dessa forma, a controladoria atua como um elo entre o controle operacional e a gestão estratégica, promovendo o alinhamento entre a execução e os objetivos organizacionais (MOSCOVE; SIMKIN; BAGRANOFF, 2015; REZENDE; ABREU, 2016). 5 Outro aspecto essencial é a avaliação de desempenho empresarial, que busca mensurar a eficiência e a eficácia dos processos e resultados organizacionais. Para isso, são utilizados indicadores financeiros e não financeiros, capazes de refletir a criação de valor para acionistas, colaboradores e demais stakeholders. A controladoria exerce papel central nesse processo, ao organizar os dados e apresentar análises que fundamentem a definição de estratégias competitivas (BIO, 2018; MAXIMIANO, 2018). No âmbito das funções do controller, destaca-se sua responsabilidade em coordenar e integrar os diversos sistemas de informações da empresa, assegurando que os relatórios reflitam a realidade dos negócios. Além disso, o controller deve atuar como um parceiro estratégico da alta administração, participando das decisões e contribuindo com análises que viabilizem a melhoria contínua do desempenho organizacional (ANDRADE; AMBONI, 2020; ALMEIDA, 2019). A relação entre controladoria e gestão financeira é marcada pela interdependência. Enquanto a gestão financeira se ocupa da captação e aplicação dos recursos, a controladoria garante que esses processos sejam acompanhados, mensurados e avaliados, assegurando alinhamento às metas estratégicas. Essa complementaridade reforça a importância de integrar práticas financeiras e controlatórias no processo de gestão, de modo a potencializar resultados e reduzir riscos (FREZATTI; AGUIAR, 2017; PADOVEZE, 2019). Os métodos de custeio representam instrumentos indispensáveis para a análise gerencial, uma vez que permitem compreender a estrutura de custos e sua relação com a formação do preço de venda e a rentabilidade. Entre os principais métodos utilizados estão o custeio por absorção, o custeio variável e o custeio baseado em atividades (ABC), cada qual com aplicabilidade distinta conforme a realidade da empresa. A escolha adequada do método de custeio, em conjunto com o suporte da controladoria, possibilita maior precisão nas decisões estratégicas e maior competitividadeno mercado (BEUREN, 2013; LAURINDO, 2008). Na Natura, a controladoria exerce papel estratégico e integrador, conectando as operações diárias às decisões de gestão da empresa. Ela atua diretamente no monitoramento de informações financeiras e contábeis, garantindo que os dados registrados sejam confiáveis e consistentes com a realidade do negócio. 6 A controladoria transforma informações contábeis em relatórios gerenciais e análises estratégicas, permitindo que a alta administração tome decisões fundamentadas e alinhadas aos objetivos de crescimento sustentável. Dessa forma, a função da controladoria vai além do controle financeiro, desempenhando um papel de apoio essencial para o planejamento e a gestão estratégica da empresa. O processo de controladoria na Natura começa com a coleta detalhada de dados contábeis provenientes de todas as áreas da organização, incluindo vendas, logística, marketing e produção. Esses dados são tratados e organizados em sistemas internos que permitem o acompanhamento em tempo real das operações. A contabilidade, por sua vez, assegura a precisão desses registros, garantindo conformidade com normas legais e fiscais. A controladoria, então, interpreta essas informações e fornece análises que ajudam a identificar oportunidades, antecipar riscos e apoiar decisões que aumentem a eficiência e a lucratividade da empresa. A relação entre controladoria e contabilidade na Natura é marcada por complementaridade e integração contínua. A contabilidade registra os fatos financeiros de maneira formal, fornecendo a base confiável de informações, enquanto a controladoria agrega valor ao transformar esses números em relatórios analíticos, painéis de desempenho e projeções estratégicas. Essa integração garante que a empresa não apenas cumpra suas obrigações legais, mas também utilize os dados para orientar decisões sobre investimentos, expansão de mercado e alocação de recursos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade do negócio. O acompanhamento do fluxo de caixa é um exemplo prático dessa conexão entre controladoria e contabilidade. A contabilidade registra detalhadamente todas as entradas e saídas financeiras da empresa, enquanto a controladoria analisa os dados para identificar tendências de consumo, antecipar necessidades de capital e prevenir problemas de liquidez. Esse processo é especialmente relevante para a Natura, que atua em múltiplos mercados internacionais, exigindo atenção constante à gestão de recursos financeiros e à manutenção de um equilíbrio saudável entre receitas e despesas. 7 A avaliação de desempenho empresarial na Natura depende diretamente da sinergia entre contabilidade e controladoria. A empresa utiliza indicadores financeiros e operacionais para monitorar a eficiência das unidades de negócio e garantir que os resultados estejam alinhados às metas estratégicas. A contabilidade fornece os dados brutos necessários, e a controladoria os transforma em informações interpretáveis, apresentando relatórios claros e detalhados para a gestão. Esse processo possibilita ajustes contínuos nas operações e contribui para a melhoria de processos e o alcance dos objetivos organizacionais. Outro aspecto importante é o apoio da controladoria na definição de políticas de custos e precificação de produtos. Utilizando informações contábeis detalhadas sobre produção, logística e comercialização, a controladoria realiza análises que indicam a rentabilidade de linhas de produtos e auxilia a administração na tomada de decisões estratégicas sobre investimentos e margens de lucro. Esse trabalho garante que a empresa mantenha competitividade no mercado, ao mesmo tempo em que preserva a sustentabilidade financeira e a consistência de sua operação. A governança corporativa da Natura reforça a importância da integração entre controladoria e contabilidade, garantindo transparência e confiabilidade nas informações financeiras. Os processos contábeis asseguram que todas as transações estejam devidamente registradas e conformes às normas, enquanto a controladoria transforma essas informações em inteligência gerencial. Essa combinação fortalece a confiança de investidores, parceiros comerciais e consumidores, consolidando a imagem da Natura como uma empresa ética, transparente e eficiente. Na Natura, a função da controladoria é central para o gerenciamento estratégico e operacional da empresa, sendo responsável por fornecer informações precisas e confiáveis que apoiam a tomada de decisão. A controladoria atua de forma integrada com a contabilidade, utilizando os registros contábeis como base para gerar relatórios gerenciais, análises financeiras e indicadores de desempenho. Essa relação assegura que as informações financeiras estejam corretas e disponíveis em tempo hábil, permitindo que a administração acompanhe resultados, identifique desvios e planeje ações para manter a eficiência e a sustentabilidade da empresa. 8 Os procedimentos da controladoria na Natura começam com a coleta sistemática de dados contábeis e operacionais de todas as áreas da organização, incluindo vendas, produção, logística e marketing. Esses dados são processados por sistemas internos que garantem organização, padronização e confiabilidade das informações. A partir desses registros, a controladoria realiza análises detalhadas, compara resultados com metas e previsões e identifica oportunidades de melhoria, estabelecendo indicadores de desempenho que permitem acompanhar o progresso das atividades e medir a eficácia dos processos internos. O acompanhamento do fluxo de caixa é um dos principais procedimentos adotados pela controladoria na Natura, garantindo que as entradas e saídas financeiras sejam monitoradas em tempo real. Esse controle permite identificar antecipadamente necessidades de capital, planejar investimentos e assegurar a liquidez da empresa, evitando desequilíbrios financeiros. A integração entre os dados contábeis e as análises realizadas pela controladoria proporciona uma visão completa da situação financeira, apoiando decisões estratégicas e fortalecendo a governança corporativa. A controladoria da Natura também realiza análises de custos e rentabilidade de produtos, utilizando informações detalhadas sobre produção, distribuição e comercialização. Esses procedimentos permitem avaliar a eficiência das operações, identificar oportunidades de redução de gastos e determinar margens de lucro adequadas para cada linha de produtos. Com base nessas análises, a empresa consegue tomar decisões fundamentadas sobre preços, investimentos em marketing e desenvolvimento de novos produtos, garantindo competitividade e sustentabilidade financeira. Outro procedimento relevante é a mensuração do desempenho organizacional, que envolve a definição de indicadores estratégicos e operacionais que permitem avaliar a eficiência das unidades de negócio. A controladoria transforma dados contábeis e operacionais em relatórios claros e detalhados, fornecendo informações que orientam a administração sobre o cumprimento de metas e a necessidade de ajustes nos processos. Esse monitoramento contínuo contribui para a melhoria de processos, otimização de recursos e maior precisão nas decisões estratégicas da empresa. 9 A contribuição da controladoria na Natura vai além do monitoramento financeiro e da gestão de custos. Ela fornece suporte direto à alta administração na tomada de decisões estratégicas, permitindo que a empresa identifique oportunidades de crescimento, planeje investimentos e desenvolva novas iniciativas com base em informações precisas. Essa atuação fortalece a integração entre planejamento estratégico e execução operacional, garantindo que as ações da empresa estejam alinhadas aos objetivos de longo prazo. 10 2.2.Administração Estratégica Os fundamentos da operação de uma organização dizem respeito à maneira como ela estrutura seus processos internos, aloca recursos e define práticas de gestão que asseguram a eficiência e a continuidade das atividades. Essa base operacional é indispensável para sustentar o planejamento estratégico e fornecer suporte ao alcance dos objetivos empresariais, já que a execução adequada das operações reflete diretamente no desempenho global da empresa (OLIVEIRA, 2021; MAXIMIANO, 2018). A linguagem do modelo de negócio, por sua vez, constitui um instrumento de comunicação que traduz a estratégia em ações compreensíveis e aplicáveis no cotidiano corporativo. Ao adotar uma linguagem clara e acessível, a organização possibilita que gestores e colaboradores tenham uma visão compartilhada de suas metas e diretrizes, promovendo o alinhamento interno e evitando ruídos que possam comprometer a execução das atividades (ANDRADE; AMBONI, 2020, p.68). A lógica do modelo de negócio está relacionada à estrutura que define como a organização cria, entrega e captura valor em seu ambiente de atuação. Esse arcabouço lógico envolve o entendimento do posicionamento competitivo da empresa, das necessidades do cliente e das formas de gerar rentabilidade de maneira sustentável. Dessa forma, a lógica do modelo de negócio atua como ponte entre a operação e a estratégia, orientando decisões que impactam diretamente a vantagem competitiva (BIO, 2018; MAXIMIANO, 2018). Quando associada à administração estratégica, a lógica do modelo de negócio torna-se ainda mais robusta, pois a estratégia fornece o direcionamento de longo prazo que orienta a aplicação prática do modelo. Essa integração garante que a empresa seja capaz de se adaptar a diferentes cenários, ajustando seus processos e práticas de forma proativa diante das mudanças do ambiente competitivo. Assim, a administração estratégica oferece o norte para que o modelo de negócio seja continuamente revisto e atualizado (OLIVEIRA, 2021; MAXIMIANO, 2018). Nesse contexto, a proposta de valor assume papel central, uma vez que é ela que diferencia a organização no mercado. Trata-se da declaração objetiva do que a empresa oferece de singular a seus clientes, seja por meio da qualidade do produto, da excelência no atendimento ou de soluções inovadoras. 11 Uma proposta de valor clara e consistente fortalece o posicionamento organizacional, ampliando a percepção de relevância junto aos consumidores e demais stakeholders (BIO, 2018; ALMEIDA, 2019). Além de orientar a relação com clientes, a proposta de valor também impacta a definição de processos internos e a alocação de recursos. Ao identificar claramente aquilo que pretende entregar como diferencial, a organização estrutura suas operações de modo a sustentar essa entrega, criando sinergia entre estratégia, modelo de negócio e execução. Esse alinhamento é fundamental para manter a coerência entre o discurso e a prática, fortalecendo a confiança e a credibilidade no mercado (ANDRADE; AMBONI, 2020; OLIVEIRA, 2021). Outro ponto relevante é a conexão entre proposta de valor e inovação. Empresas que conseguem redefinir constantemente sua proposta, acompanhando mudanças de comportamento e expectativas dos consumidores, criam modelos de negócios mais resilientes e competitivos. A inovação, nesse sentido, não se restringe apenas a novos produtos ou serviços, mas inclui também a criação de experiências diferenciadas e o uso de tecnologias emergentes que potencializam a entrega de valor (LAURINDO, 2008; REZENDE; ABREU, 2016). Os fundamentos da operação, a lógica do modelo de negócio, a administração estratégica e a proposta de valor formam um conjunto interdependente que sustenta o desempenho organizacional. Quando bem articulados, esses elementos permitem que a empresa alinhe sua atuação cotidiana aos objetivos estratégicos de longo prazo, garantindo eficiência operacional, diferenciação competitiva e capacidade de adaptação em cenários complexos e dinâmicos (MAXIMIANO, 2018; BIO, 2018). A Natura possui uma proposta de valor claramente estruturada, que se baseia na combinação de sustentabilidade, inovação e proximidade com o cliente. A empresa busca oferecer produtos de alta qualidade que respeitam o meio ambiente e promovem o bem-estar das pessoas, consolidando sua imagem como referência em cosméticos naturais e éticos. Essa proposta de valor não se limita aos produtos, mas se estende ao relacionamento com clientes, parceiros e colaboradores, criando experiências únicas que fortalecem a fidelidade e a confiança na marca. 12 A proposta de valor da Natura também integra iniciativas de responsabilidade social e ambiental, como o uso de ingredientes naturais de fornecedores sustentáveis e programas de reciclagem. Essas ações reforçam o compromisso da empresa com a sustentabilidade e diferenciam a marca em um mercado cada vez mais competitivo. Ao comunicar de forma clara sua proposta de valor, a Natura consegue atrair consumidores alinhados aos seus princípios, além de consolidar parcerias estratégicas que agregam valor ao negócio e ampliam sua presença global. No nível corporativo, a Natura formula estratégias voltadas para a expansão de mercado, inovação em produtos e fortalecimento da marca. Essas estratégias incluem investimentos em pesquisa e desenvolvimento, ampliação da presença internacional e diversificação do portfólio de produtos. O objetivo é garantir crescimento sustentável, mantendo a liderança em segmentos-chave, ao mesmo tempo em que se antecipa às tendências do setor e se adapta às mudanças de comportamento dos consumidores. No nível de negócios, a Natura desenvolve estratégias focadas na eficiência operacional, otimização de custos e melhoria da experiência do cliente. A empresa adota processos integrados de produção, logística e vendas, garantindo que os produtos cheguem aos consumidores com qualidade e agilidade. Além disso, investe em marketing personalizado, canais digitais e programas de fidelidade, reforçando sua posição competitiva e garantindo que cada unidade de negócio contribua para os objetivos corporativos globais. No nível funcional, a empresa formula estratégias específicas para áreas como marketing, vendas, finanças, inovação e recursos humanos. Cada departamento estabelece metas e planos de ação alinhados à estratégia corporativa, assegurando coerência e coordenação entre os diferentes setores. Essa abordagem permite que a Natura otimize recursos, implemente melhorias contínuas e mantenha processos eficientes, ao mesmo tempo em que incentiva a criatividade e a inovação em cada área de atuação. O processo de planejamento estratégico da Natura é estruturado de forma contínua e integrativa, combinando análise de mercado, avaliação interna de desempenho e definição de metas de longo prazo. 13 A empresa realiza diagnósticos detalhados sobre tendências de consumo, comportamento de concorrentes e condições econômicas, utilizando essas informações para orientar decisões estratégicas e priorizar investimentos. Essa abordagem sistemática garante que a organização esteja preparada para antecipar riscos e aproveitar oportunidades. O planejamento estratégico da Natura também incorpora métricas de desempenho e indicadores financeiros e não financeiros que permitem mensurar resultados e ajustar ações de forma ágil. Ao monitorar regularmente os indicadores de desempenho, a empresa identifica desvios, implementa correções e garante que os objetivos estratégicos sejam alcançados. Esse ciclo de planejamento, execução e monitoramento contribui para a melhoria contínua, fortalece a governança e promove eficiência em todas as áreas da organização. Dessa forma, a Natura consegue alinhar sua proposta de valor, estratégias em diferentes níveis organizacionais e o planejamento estratégicode maneira integrada. Essa abordagem permite dimensionar as principais atividades da empresa, mensurar resultados e direcionar recursos de forma eficiente. O alinhamento entre proposta de valor, estratégias e planejamento garante que a Natura mantenha competitividade, sustentabilidade e inovação, consolidando sua posição de destaque no mercado de cosméticos e produtos de bem-estar. 14 2.3. Tecnologia da Informação Aplicada à Área Financeira A tecnologia da informação (TI) consolidou-se como um dos pilares fundamentais da gestão contemporânea, influenciando diretamente a forma como as organizações estruturam seus processos, armazenam informações e interagem com seus ambientes internos e externos. Ao proporcionar maior agilidade e precisão, a TI tornou-se indispensável para sustentar estratégias empresariais e apoiar a inovação, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado (LAURINDO, 2008; REZENDE; ABREU, 2016). Na área financeira, a aplicação da tecnologia promove uma transformação significativa, sobretudo pela automatização de tarefas que antes eram manuais e suscetíveis a erros. Sistemas informatizados de controle contábil e financeiro possibilitam maior confiabilidade nos registros e análises, garantindo que gestores tenham acesso a informações seguras e tempestivas. Essa digitalização dos processos também contribui para a redução de custos operacionais e para a otimização da gestão de recursos (MOSCOVE; SIMKIN; BAGRANOFF, 2015; PADOVEZE, 2019). A integração entre TI e finanças viabiliza o uso de ferramentas sofisticadas de análise, como softwares de gestão empresarial (ERP), que centralizam informações e favorecem uma visão global do desempenho da organização. Esses sistemas permitem que os dados financeiros sejam acompanhados em tempo real, oferecendo suporte à identificação de gargalos e oportunidades de melhoria. Dessa forma, a tecnologia deixa de ser apenas um recurso de apoio e passa a exercer papel estratégico nas decisões (REZENDE; ABREU, 2016; LAURINDO, 2008). Entre as ferramentas essenciais para a área financeira, destacam-se aquelas voltadas para o gerenciamento de fluxo de caixa, análise de custos e elaboração de relatórios gerenciais. Com o auxílio de dashboards interativos e recursos de business intelligence, os gestores podem visualizar cenários complexos de forma simplificada, o que contribui para a clareza no processo decisório. A possibilidade de simular diferentes situações fortalece ainda mais o planejamento e o controle (FREZATTI; AGUIAR, 2017; ANTHONY; GOVINDARAJAN, 2012). 15 A tomada de decisão, nesse contexto, é potencializada pela qualidade e pela disponibilidade dos dados oferecidos pelos sistemas tecnológicos. Informações precisas e atualizadas permitem que a administração reduza riscos, identifique tendências e alinhe as decisões de curto prazo às metas estratégicas da organização. Essa integração de dados favorece também o acompanhamento de indicadores de desempenho, assegurando maior consistência entre os objetivos definidos e os resultados alcançados (BIO, 2018; OLIVEIRA, 2021). Outro aspecto importante é que a TI na área financeira amplia a capacidade de controle interno e de auditoria. Ao registrar transações de maneira digital e integrada, cria-se um ambiente mais transparente, que reduz falhas e fraudes. Isso fortalece a governança corporativa e garante maior credibilidade junto a investidores, clientes e demais stakeholders, reforçando o papel estratégico da controladoria e da gestão financeira (PADOVEZE, 2019, p.06). A adoção de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e análise preditiva, também tem transformado o modo como as empresas conduzem suas operações financeiras. Essas inovações permitem identificar padrões ocultos nos dados, antecipar cenários e apoiar decisões mais assertivas. Além disso, a automatização por meio de algoritmos e robôs de processos reduz a carga operacional, liberando profissionais para atividades analíticas e estratégicas (REZENDE; ABREU, 2016; LAURINDO, 2008). Dessa forma, tecnologia da informação, aplicação de tecnologia na área financeira e ferramentas essenciais para a tomada de decisão formam um conjunto que se retroalimenta. A TI oferece infraestrutura e agilidade, a área financeira aplica os recursos tecnológicos para assegurar confiabilidade e transparência, e as ferramentas analíticas transformam dados em conhecimento estratégico. Juntas, essas dimensões fortalecem a competitividade e ampliam a capacidade de adaptação das organizações em contextos de alta complexidade (MAXIMIANO, 2018; ANDRADE; AMBONI, 2020). Na Natura, a tecnologia da informação (TI) desempenha papel central na gestão de operações e na integração de processos em toda a organização. A TI atua como infraestrutura estratégica, suportando sistemas de vendas, logística, produção, pesquisa e marketing, garantindo que todas as áreas da empresa estejam conectadas e operando de forma eficiente. 16 A utilização de plataformas digitais permite coletar, armazenar e processar informações em tempo real, facilitando a tomada de decisão e aumentando a agilidade na execução das estratégias corporativas. O funcionamento da TI na Natura envolve a implementação de sistemas integrados de gestão empresarial (ERP), que centralizam dados de diferentes áreas em uma única plataforma. Esses sistemas possibilitam o acompanhamento contínuo do desempenho das unidades de negócio, desde a produção de matérias-primas até a distribuição de produtos aos clientes. A integração tecnológica garante precisão, reduz redundâncias e aumenta a eficiência operacional, permitindo que os gestores identifiquem oportunidades e ajustem processos rapidamente. Além dos sistemas de gestão, a TI da Natura é responsável por plataformas de e-commerce e canais digitais, que possibilitam interações diretas com clientes e representantes comerciais. A coleta e análise de dados provenientes desses canais fornecem insights sobre comportamento de consumo, preferências de produtos e tendências de mercado. Essas informações são utilizadas para orientar ações de marketing, desenvolvimento de produtos e atendimento ao cliente, fortalecendo a competitividade e a proximidade da marca com seu público. Fatores críticos de sucesso para a gestão da TI na Natura incluem a integração completa entre tecnologia e estratégia empresarial, segurança da informação e atualização constante dos sistemas. A empresa garante que a TI seja alinhada aos objetivos estratégicos, oferecendo suporte à tomada de decisão e à execução de projetos inovadores. A capacitação contínua da equipe de TI e a manutenção de infraestrutura tecnológica moderna asseguram que os processos operacionais sejam realizados com eficiência e confiabilidade. Outro fator determinante é a flexibilidade e a escalabilidade dos sistemas utilizados. A Natura adota soluções que permitem expansão e adaptação conforme as necessidades do negócio, seja no lançamento de novas linhas de produtos, na entrada em novos mercados ou na implementação de campanhas promocionais. Essa capacidade de adaptação tecnológica garante que a empresa responda rapidamente às mudanças do mercado e mantenha vantagem competitiva frente a concorrentes. 17 A governança de TI na Natura é prática consolidada e atua como mecanismo de controle e orientação para a gestão das informações. Ela estabelece políticas e procedimentos que asseguram a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos dados da empresa. Além disso, define responsabilidades, estabelece métricas de desempenho e garante a conformidade com normas legais e regulatórias, assegurando que o uso da TI contribua de forma efetiva para a estratégia corporativa. A governança também envolve processos de monitoramento e auditoria contínuos,garantindo que os sistemas operem de maneira eficiente e segura. Com isso, a Natura minimiza riscos relacionados a falhas técnicas, vazamento de informações ou indisponibilidade de sistemas críticos. A prática de governança garante que todas as decisões relacionadas à TI estejam alinhadas aos objetivos estratégicos e sustentem o crescimento sustentável da empresa. Dessa forma, os processos de TI na Natura, incluindo seu funcionamento, os fatores críticos de sucesso e a governança, demonstram como a tecnologia é integrada de maneira estratégica à operação e à gestão da empresa. A TI permite otimizar processos, melhorar a tomada de decisão, proteger informações e apoiar a inovação, tornando-se um elemento indispensável para a eficiência operacional e a competitividade sustentável da Natura no mercado global de cosméticos e produtos de bem-estar. 18 3. DISCUSSÃO A Natura demonstra uma gestão integrada e eficiente, na qual os processos financeiros, estratégicos e tecnológicos se conectam de maneira harmônica para apoiar o crescimento sustentável da empresa. A organização mantém um rigoroso acompanhamento de suas operações financeiras, monitorando o fluxo de caixa, os custos de produção e a rentabilidade de seus produtos, o que permite identificar oportunidades de melhoria, ajustar processos e garantir a sustentabilidade econômica em diferentes mercados. A utilização de relatórios gerenciais e indicadores de desempenho possibilita decisões rápidas e precisas, alinhando a operação cotidiana às metas de longo prazo da empresa. Além do controle financeiro, a Natura estrutura suas ações estratégicas de forma a garantir consistência entre os objetivos corporativos e as operações diárias. Cada unidade de negócio é orientada por metas claras, que consideram crescimento de mercado, inovação de produtos e fortalecimento da marca. Essa integração estratégica permite que a empresa antecipe tendências, adapte-se às mudanças no comportamento do consumidor e mantenha competitividade em um setor altamente dinâmico. A coerência entre planejamento, execução e avaliação de resultados reforça a capacidade da Natura de tomar decisões fundamentadas, alinhadas à sua visão e missão. A tecnologia desempenha papel fundamental nesse contexto, permitindo que a Natura transforme dados em informações estratégicas. Sistemas integrados de gestão consolidam informações de diferentes áreas, proporcionando visibilidade completa das operações e garantindo a confiabilidade das informações financeiras. Ferramentas analíticas e dashboards permitem monitorar indicadores em tempo real, avaliar cenários e antecipar riscos, apoiando a tomada de decisão com agilidade e precisão. Essa combinação de processos, estratégia e tecnologia assegura que a empresa não apenas opere de forma eficiente, mas também inove continuamente e se mantenha resiliente frente às demandas do mercado global. 19 4. CONCLUSÃO Conclui-se que a Natura se destaca por integrar de maneira eficiente seus processos financeiros, estratégicos e tecnológicos, promovendo uma gestão sólida e sustentável. A empresa demonstra capacidade de alinhar operações diárias às metas estratégicas, utilizando informações precisas para tomada de decisões e garantindo o monitoramento contínuo de seu desempenho. A proposta de valor, centrada em sustentabilidade, inovação e proximidade com o cliente, é reforçada por estratégias bem estruturadas e pelo uso estratégico da tecnologia da informação. Essa integração entre planejamento, execução e governança permite à Natura manter competitividade, adaptabilidade e eficiência operacional, consolidando sua posição de liderança no mercado global de cosméticos e produtos de bem-estar. 20 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Laurindo de S. Controladoria: fundamentos e práticas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2019. ANDRADE, Maria Margarida de; AMBONI, Nádia. Administração estratégica: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. ANTHONY, Robert N.; GOVINDARAJAN, Vijay. Sistemas de controle gerencial. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013. BIO, Sérgio Rodrigues. Administração estratégica: conceitos, metodologia e práticas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2018. FREZATTI, Fábio; AGUIAR, Andson Braga de. Controladoria: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2017. LAURINDO, Fernando José Barbin. Tecnologia da informação: planejamento e gestão. São Paulo: Atlas, 2008. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Administração estratégica: conceitos, roteiros práticos e casos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2018. MOSCOVE, Stephen A.; SIMKIN, Mark G.; BAGRANOFF, Nancy A. Sistemas de informação contábil. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 32. ed. São Paulo: Atlas, 2021. PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2019. REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2016.