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Data: 10/06/2025 CURSO: ENFERMAGEM, BIOMEDICINA E FARMÁCIA Atividade Processual 1º Bimestre 2025/1 Disciplina: PATOLOGIA GERAL Data: 10/06/2025 Matrícula: Nome do aluno(a)/ grupo: CURSO: ENFERMAGEM, BIOMEDICINA E FARMÁCIA Avaliação Processual Turma: Peso: 3,0 Período: Nota obtida: Visto do Coordenador(a): Professor(a): Cristiane Barroso Questão 1 Durante o plantão em uma unidade de pronto atendimento, uma técnica de enfermagem chama a enfermeira para avaliar um paciente de 58 anos, vítima de acidente de trânsito, que apresenta pele fria e úmida, palidez, confusão mental, pressão arterial de 80/50 mmHg, taquicardia e relato de sede intensa. Na admissão, foi observada grande contusão em região abdominal e sinais de sangramento interno. Considerando a fisiopatologia do choque circulatório e os tipos possíveis, qual é o diagnóstico mais provável e prioritário neste caso? A) Choque neurogênico, devido à possível lesão medular causada pelo trauma, levando à vasodilatação periférica e hipotensão. B) Choque cardiogênico, em decorrência da disfunção da bomba cardíaca, resultando em hipoperfusão. C) Choque séptico, por possível infecção sistêmica após trauma e liberação de toxinas bacterianas. D) Choque hipovolêmico hemorrágico, em função da perda significativa de volume sanguíneo causada pelo trauma abdominal. E) Choque obstrutivo, causado por uma possível embolia pulmonar decorrente da imobilidade pós-trauma. Alternativa D – Correta: O paciente apresenta sinais clássicos de hipoperfusão (pele fria, palidez, hipotensão, taquicardia) e um trauma abdominal significativo com provável sangramento interno. Essa condição caracteriza um choque hipovolêmico hemorrágico, em que há uma queda crítica do volume de sangue circulante por hemorragia, levando à redução da perfusão tecidual e risco de falência orgânica. Alternativa A – Incorreta: O choque neurogênico está relacionado a lesões no sistema nervoso central, levando à vasodilatação periférica e geralmente se manifesta com bradicardia, não taquicardia. Neste caso, não há evidência de trauma medular ou sintomas associados. Alternativa B – Incorreta: O choque cardiogênico resulta de disfunção da bomba cardíaca, como no infarto do miocárdio. Apesar da hipotensão e taquicardia também estarem presentes nesse tipo, não há evidência de alteração cardíaca aguda ou antecedentes compatíveis. Alternativa C – Incorreta: O choque séptico envolve infecção sistêmica com liberação de toxinas bacterianas. Este paciente sofreu um trauma recente, sem sinais de infecção ou febre, o que torna essa hipótese improvável neste momento inicial. Alternativa E – Incorreta: O choque obstrutivo decorre de obstruções mecânicas, como tamponamento cardíaco ou tromboembolismo pulmonar. A condição apresentada é mais compatível com hemorragia interna aguda por trauma do que com uma obstrução vascular. Questão 2 Uma paciente de 32 anos, com histórico de rinite alérgica grave, deu entrada no setor de emergência com quadro agudo de urticária difusa, edema de glote, dispneia, hipotensão (PA 70/40 mmHg) e confusão mental após administração intravenosa de um antibiótico beta-lactâmico. A equipe de enfermagem inicia medidas de suporte imediato. Com base nesse cenário clínico, qual é o tipo de choque apresentado pela paciente? A) Choque hipovolêmico, em virtude da redução do volume plasmático secundária à vasodilatação. B) Choque séptico, provocado por possível contaminação do acesso venoso durante a administração do medicamento. C) Choque anafilático, caracterizado por uma reação de hipersensibilidade tipo I com liberação massiva de histamina. D) Choque neurogênico, desencadeado por lesão do sistema nervoso autônomo durante o evento alérgico. E) Choque cardiogênico, resultante da falência súbita da função cardíaca por reação adversa ao medicamento. Alternativa C – Correta: O quadro clínico é típico de um choque anafilático, uma forma de choque distributivo desencadeado por uma reação de hipersensibilidade tipo I (IgE mediada), após exposição a um alérgeno (no caso, antibiótico). A degranulação de mastócitos libera histamina, promovendo vasodilatação sistêmica, aumento da permeabilidade capilar, queda abrupta da pressão arterial e sintomas respiratórios graves. Alternativa A – Incorreta: Embora haja vasodilatação, o choque hipovolêmico está relacionado à perda real de volume (hemorragias, queimaduras, desidratação grave), o que não é o mecanismo principal neste caso. Alternativa B – Incorreta: O choque séptico é causado por uma infecção sistêmica, geralmente de instalação mais lenta. Não há sinais de sepse ou infecção no quadro clínico apresentado, e os sintomas surgiram imediatamente após a administração do medicamento. Alternativa D – Incorreta: O choque neurogênico envolve lesão ou disfunção no sistema nervoso central, especialmente o centro vasomotor, geralmente associada a traumas medulares. Não há evidência disso aqui. Alternativa E – Incorreta: O choque cardiogênico envolve falência da função cardíaca. Embora o paciente tenha hipotensão, não há sinais de insuficiência cardíaca, dor torácica ou alterações eletrocardiográficas. Questão 3 Durante uma biópsia de colo uterino em uma paciente de 36 anos, com história de infecções genitais recorrentes, o patologista identifica alterações celulares caracterizadas por proliferação desordenada, perda da uniformidade celular e tendência à redução da diferenciação. Ao revisar o prontuário, o médico residente levanta hipóteses diagnósticas. Considerando as alterações celulares possíveis e sua relevância clínica, qual é a classificação mais apropriada para a alteração identificada na amostra? A) Hiperplasia, pois o tecido apresenta aumento do número de células em resposta à infecção crônica. B) Metaplasia, pois houve substituição de um epitélio por outro mais resistente às agressões inflamatórias. C) Displasia, pois há crescimento celular desordenado com risco potencial de progressão neoplásica. D) Hipertrofia, uma vez que as células aumentaram de volume devido à sobrecarga funcional local. E) Neoplasia benigna, pois a proliferação celular é autônoma, mas ainda sem características invasivas. Alternativa C – Correta: A displasia representa um distúrbio na formação celular, com proliferação desordenada, atipias celulares e tendência à redução da diferenciação, muitas vezes associada a processos inflamatórios crônicos ou irritativos, como as infecções genitais recorrentes. É uma lesão pré-neoplásica que pode evoluir para carcinoma in situ se não tratada. Alternativa A – Incorreta: A hiperplasia é um aumento no número de células, geralmente organizado e reversível, em resposta a estímulos hormonais ou lesivos. No entanto, não envolve atipia celular nem desorganização estrutural significativa. Alternativa B – Incorreta: A metaplasia ocorre quando um tipo de epitélio é substituído por outro mais resistente, como resposta adaptativa. Apesar de poder coexistir com displasia, a perda de diferenciação e crescimento desorganizado descritos não são típicos da metaplasia. Alternativa D – Incorreta: A hipertrofia refere-se ao aumento do volume celular, não ao número, nem à desorganização proliferativa. É comum em tecidos musculares sob estresse mecânico, mas não em epitélios cervicais. Alternativa E – Incorreta: A neoplasia benigna apresenta proliferação celular autônoma, mas organizada, sem atipias severas ou perda de diferenciação marcante. A descrição sugere um estágio mais inicial e reversível que uma neoplasia propriamente dita. Questão 4 Um homem de 68 anos, tabagista crônico, é submetido a broncoscopia após apresentar tosse persistente e hemoptise. A biópsia do epitélio brônquico revela substituição do epitélio colunar ciliado típico por epitélio pavimentoso estratificado. O patologista não observa atipias significativas ou desorganização proliferativa. Com base no histórico clínico e nos achados morfológicos, qual é a interpretação mais adequada para essa alteração celular, e qual o seu significado clínico? A) Displasia, indicando uma lesãopré-maligna com risco iminente de progressão para carcinoma, exigindo excisão imediata. B) Metaplasia escamosa, um processo adaptativo reversível associado à exposição crônica a irritantes, como o tabaco. C) Neoplasia maligna, pois a substituição tecidual indica proliferação autônoma e invasiva, característica do carcinoma epidermoide. D) Hiperplasia epitelial, resposta proliferativa organizada ao dano tecidual crônico, sem perda da diferenciação celular. E) Aplasia secundária, uma substituição do epitélio por células indiferenciadas decorrente da inibição da regeneração celular. Alternativa B – Correta: A metaplasia escamosa ocorre frequentemente em epitélios expostos cronicamente a irritantes, como no caso do fumo crônico. O epitélio brônquico colunar ciliado é substituído por epitélio pavimentoso estratificado, mais resistente à agressão química, embora menos funcional para transporte mucociliar. Trata-se de um mecanismo adaptativo e reversível, mas que pode evoluir para displasia e neoplasia com a persistência do estímulo agressor. Alternativa A – Incorreta: A displasia envolve crescimento desordenado, atipias nucleares, e perda da arquitetura tecidual normal, o que não foi observado no caso descrito. A metaplasia pode preceder a displasia, mas não implica atipias por si só. Alternativa C – Incorreta: A neoplasia maligna se caracteriza por proliferação autônoma, invasiva, com atipias e desorganização histológica, ausentes nesse exame. A simples substituição de um epitélio por outro não é critério para diagnóstico de carcinoma. Alternativa D – Incorreta: A hiperplasia envolve aumento do número de células, mas mantendo o mesmo tipo celular original. No caso, houve substituição do tipo epitelial, o que define metaplasia, e não hiperplasia. Alternativa E – Incorreta: Aplasia é a ausência da formação celular, podendo ser congênita ou adquirida, e não se refere a uma substituição por outro tipo de célula. Esse termo não se aplica ao quadro clínico apresentado. Questão 5 Uma mulher de 42 anos, tabagista, usuária de anticoncepcionais orais combinados e com histórico de duas gestações recentes, procura atendimento por dispneia súbita, dor torácica pleurítica e taquicardia. Ao exame físico, encontra-se hipocorada, sudorética e com saturação de oxigênio em 88% em ar ambiente. O exame clínico da panturrilha direita revela discreto edema e dor à palpação profunda. Considerando o quadro clínico e os fatores de risco da paciente, qual é a hipótese diagnóstica mais provável e qual o principal mecanismo fisiopatológico envolvido? A) Pneumotórax espontâneo, causado pela ruptura de bolhas subpleurais em paciente com histórico de tabagismo crônico. B) Infarto agudo do miocárdio (IAM), causado por obstrução coronariana, compatível com dor torácica e dispneia. C) Tromboembolismo pulmonar (TEP), causado por êmbolo originado de trombose venosa profunda, levando à obstrução vascular pulmonar. D) Pneumonia bacteriana, desencadeada por infecção pulmonar, responsável pelos sintomas respiratórios agudos. E) Dissecção de aorta, devido à dor torácica súbita associada à instabilidade hemodinâmica e fator de risco hipertensivo. Alternativa C – Correta: O quadro clínico descrito é clássico de tromboembolismo pulmonar, com dispneia súbita, dor torácica pleurítica, taquicardia e dessaturação. Os fatores de risco importantes estão presentes: uso de anticoncepcionais hormonais, tabagismo, gravidez recente (estado pró-trombótico) e sinais de trombose venosa profunda (TVP) na panturrilha. O mecanismo fisiopatológico principal é o deslocamento de um trombo formado em veias profundas para a circulação pulmonar, causando obstrução arterial pulmonar aguda e alterações na hemodinâmica e na troca gasosa. Alternativa A – Incorreta: O pneumotórax espontâneo é mais comum em homens jovens, longilíneos, e causa colapso pulmonar com ausência de murmúrio vesicular. Além disso, não explica o edema e dor na panturrilha, nem os fatores pró-trombóticos da paciente. Alternativa B – Incorreta: O IAM pode causar dor torácica e dispneia, mas geralmente não apresenta edema em membros inferiores e está mais associado a fatores de risco coronariano, além de alterações típicas no ECG e troponina — dados não presentes no enunciado. Alternativa D – Incorreta: Pneumonia geralmente se apresenta com febre, tosse produtiva, estertores e quadro subagudo. Não explicaria a dispneia súbita, o quadro hemodinâmico agudo, nem a edema de membro inferior, que apontam para um evento embólico. Alternativa E – Incorreta: A dissecção de aorta cursa com dor torácica lancinante irradiada para dorso, assimetria de pulsos e PA e costuma ocorrer em hipertensos ou pacientes com doenças do tecido conjuntivo — o que não é o caso aqui. Questão 6 Um homem de 70 anos, hipertenso, portador de insuficiência cardíaca congestiva e internado há 6 dias após cirurgia de fratura de fêmur, começa a apresentar edema assimétrico em membro inferior direito, dor à palpação da panturrilha e discreta febre. Ao exame, nota-se calor local e ingurgitamento venoso superficial. Considerando os fatores envolvidos na formação de trombos segundo a tríade de Virchow, qual dos itens abaixo não representa adequadamente um dos elementos que contribuem para esse processo trombótico no caso apresentado? A) Estase sanguínea, decorrente da imobilização prolongada no leito hospitalar após o procedimento cirúrgico. B) Lesão endotelial, possivelmente induzida durante a cirurgia ortopédica, facilitando a adesão plaquetária. C) Hipercoagulabilidade sanguínea, exacerbada por liberação de mediadores inflamatórios sistêmicos no pós-operatório. D) Hipotensão arterial persistente, que reduz a pressão de perfusão e impede o retorno venoso adequado. E) Inflamação local, que ativa as vias de coagulação e contribui para o ambiente pró-trombótico. Alternativa D – Correta: Embora a hipotensão arterial persistente possa afetar a perfusão tecidual, não é um componente direto da tríade de Virchow, que se refere especificamente a estase sanguínea, lesão endotelial e hipercoagulabilidade como os três fatores centrais para a formação de trombos. A hipotensão pode até coexistir em quadros clínicos de risco, mas não é reconhecida como causa direta de trombose venosa. Alternativa A – Incorreta: A estase sanguínea é um dos pilares da tríade de Virchow e ocorre com frequência em pacientes acamados por longos períodos, como após cirurgias, favorecendo a formação de trombos pela lentificação do fluxo venoso. Alternativa B – Incorreta: A lesão endotelial, comum em procedimentos cirúrgicos, promove exposição de colágeno e ativação da cascata de coagulação, sendo outro componente fundamental da tríade. Alternativa C – Incorreta: A hipercoagulabilidade pode ser induzida por estado inflamatório sistêmico, trauma ou fatores genéticos, sendo o terceiro elemento clássico da tríade de Virchow. Alternativa E – Incorreta: Embora a inflamação local não seja um dos três elementos "nomeados" da tríade, ela contribui fortemente para hipercoagulabilidade, ativando a cascata de coagulação e o endotélio, portanto, está dentro do escopo fisiopatológico da tríade. Questão 7 Um paciente de 64 anos, portador de fibrilação atrial crônica não anticoagulado, é admitido no pronto-socorro com início súbito de dor intensa, palidez e ausência de pulsos no membro inferior esquerdo. Ao exame físico, o membro apresenta temperatura reduzida, motricidade preservada, mas sensibilidade diminuída distalmente. Com base no quadro clínico e no mecanismo fisiopatológico envolvido, qual é o tipo mais provável de êmbolo e seu local de origem? A) Êmbolo gorduroso, proveniente de fratura de osso longo, obstruindo artéria femoral. B) Êmbolo gasoso, relacionado à entrada de ar na corrente sanguínea após procedimento cirúrgico. C) Êmbolo séptico, associado à disseminação de fragmentos infecciosos em pacientes com endocardite bacteriana. D) Êmbolo trombótico arterial, originado do átrio esquerdo em paciente com fibrilação atrial, causando isquemia aguda. E) Êmbolo de líquido amniótico,decorrente de trabalho de parto complicado, levando a colapso circulatório. Alternativa D – Correta: A fibrilação atrial leva à estase sanguínea no átrio esquerdo, facilitando a formação de trombos murais, que podem se soltar e atingir a circulação arterial sistêmica. Quando o êmbolo se aloja em uma artéria de membro inferior, provoca isquemia aguda — caracterizada pelos “6 Ps”: dor, palidez, pulso ausente, parestesia, paralisia e poiquilotermia. Esse é um cenário clássico de embolia arterial trombótica de origem cardíaca. Alternativa A – Incorreta: O êmbolo gorduroso ocorre geralmente após fraturas de ossos longos (fêmur, por exemplo) e causa manifestações sistêmicas e respiratórias, como dispneia, confusão mental e petéquias, não isquemia focal aguda em membro. Alternativa B – Incorreta: O êmbolo gasoso está associado a procedimentos cirúrgicos, cateterismo venoso central ou acidentes de mergulho, e tende a afetar a circulação pulmonar, não causando isquemia arterial aguda em membros. Alternativa C – Incorreta: O êmbolo séptico pode ocorrer em endocardite bacteriana, mas é mais comum em pacientes com febre e múltiplos focos infecciosos. Apesar de também poder causar isquemia, o enunciado não sugere infecção ativa ou sopro cardíaco. Alternativa E – Incorreta: O êmbolo de líquido amniótico é uma complicação obstétrica rara, que ocorre durante o parto ou puerpério imediato, causando choque, insuficiência respiratória e coagulação intravascular disseminada (CIVD), e não se aplica ao perfil clínico do paciente descrito. Questão 8 Uma mulher de 55 anos comparece ao ambulatório após realização de mamografia de rotina, que identificou um nódulo mamário único, bem delimitado, móvel à palpação e indolor. Foi solicitada biópsia, cujo laudo anatomopatológico descreve células organizadas, bem diferenciadas, com escassa atividade mitótica e ausência de invasão de estruturas adjacentes. Considerando esses achados, qual das características abaixo melhor diferencia neoplasias benignas das malignas, conforme o caso apresentado? A) Presença de angiogênese, visto que tumores malignos necessitam de estímulo vascular para crescer e se disseminar. B) Taxa de crescimento celular acelerada, típica das neoplasias malignas, que se multiplicam rapidamente. C) Invasão tecidual local, ausente nas neoplasias benignas e presente nas malignas, indicando comportamento agressivo. D) Tamanho do tumor, já que neoplasias malignas são, em geral, maiores do que as benignas. E) Localização anatômica, pois neoplasias malignas tendem a surgir em regiões mais profundas do organismo. Alternativa C – Correta: A invasão tecidual local é um dos principais critérios morfológicos que diferencia neoplasias benignas das malignas. As benignas permanecem encapsuladas ou bem delimitadas, sem infiltrar tecidos vizinhos, enquanto as malignas invadem e destroem estruturas adjacentes, favorecendo a metástase. No caso apresentado, a ausência de invasão sugere fortemente neoplasia benigna. Alternativa A – Incorreta: Embora a angiogênese seja mais proeminente em tumores malignos, neoplasias benignas também podem estimular formação de vasos, especialmente se forem grandes. Assim, esse não é um critério definitivo de malignidade. Alternativa B – Incorreta: A taxa de crescimento pode variar em ambos os tipos de tumor. Alguns tumores benignos crescem rapidamente, enquanto certos tumores malignos podem apresentar crescimento lento, especialmente nos estágios iniciais. Alternativa D – Incorreta: O tamanho tumoral isoladamente não define se uma neoplasia é benigna ou maligna. Existem tumores benignos de grande volume (como miomas uterinos), assim como tumores malignos pequenos, mas biologicamente agressivos. Alternativa E – Incorreta: A localização anatômica não distingue benignidade de malignidade. Tumores benignos e malignos podem ocorrer tanto superficialmente quanto em locais profundos. A profundidade pode dificultar o diagnóstico, mas não define o comportamento biológico da neoplasia. Questão 9 Um paciente de 60 anos comparece ao ambulatório de cirurgia geral com resultado de exame histopatológico de um nódulo subcutâneo excisado da região cervical. O laudo descreve uma lesão composta por células bem diferenciadas, sem pleomorfismo, com cápsula fibrosa delimitante e ausência de mitoses atípicas. O cirurgião explica que não será necessário tratamento complementar oncológico, apenas seguimento clínico. Com base nessas informações, qual das características abaixo é típica de uma neoplasia benigna e ajuda a diferenciá-la de uma neoplasia maligna? A) Alta capacidade metastática, com disseminação hematogênica para órgãos distantes. B) Invasão dos tecidos adjacentes, com margens indistintas ao exame macroscópico. C) Crescimento lento e expansivo, frequentemente encapsulado. D) Alta taxa mitótica com presença de figuras de mitose atípica. E) Alto grau de anaplasia, com perda da arquitetura e diferenciação celular. Alternativa C – Correta: As neoplasias benignas crescem de forma lenta e expansiva, e costumam ser delimitadas por cápsula fibrosa, o que facilita sua excisão cirúrgica. Essa característica as diferencia das neoplasias malignas, que crescem de modo invasivo e infiltrativo, destruindo os tecidos ao redor. O caso descrito aponta claramente para um tumor benigno. Alternativa A – Incorreta: Metástase à distância é uma característica exclusiva das neoplasias malignas. Neoplasias benignas não metastatizam, embora possam crescer e causar sintomas compressivos. Alternativa B – Incorreta: A invasão tecidual com margens indistintas é típica das neoplasias malignas, que infiltram tecidos vizinhos, dificultando sua remoção completa e aumentando o risco de recidiva. Alternativa D – Incorreta: A alta taxa mitótica com figuras atípicas é indicativa de atividade celular descontrolada, comum nas neoplasias malignas, especialmente nas mais indiferenciadas. O achado de mitoses atípicas é um sinal importante de malignidade. Alternativa E – Incorreta: A anaplasia é a perda da diferenciação celular, com pleomorfismo e alterações nucleares graves. Isso é típico de neoplasias malignas agressivas, e não ocorre em tumores benignos, que mantêm semelhança com o tecido de origem. Questão 10 Um paciente de 47 anos realiza biópsia de um nódulo firme, não doloroso, localizado em região profunda da coxa. O laudo histopatológico descreve uma lesão formada por células fusiformes, pouco diferenciadas, com atividade mitótica aumentada e invasão das estruturas musculares adjacentes. O tecido de origem é classificado como mesenquimal. Com base na classificação histológica e na nomenclatura das neoplasias, qual seria a designação mais apropriada para essa lesão? A) Lipoma, por tratar-se de tumor de origem mesenquimal, geralmente encontrado em tecidos moles como subcutâneo. B) Sarcoma, por ser uma neoplasia maligna de origem mesenquimal com comportamento invasivo. C) Adenoma, pois o tumor se desenvolve a partir de tecido conjuntivo e tem crescimento sólido. D) Carcinoma, já que apresenta invasividade e malignidade, mesmo em tecido conjuntivo. E) Blastoma, porque é uma lesão maligna com células indiferenciadas, comum em adultos. Alternativa B – Correta: O termo sarcoma é utilizado para designar neoplasias malignas de origem mesenquimal (tecidos como músculo, osso, gordura, cartilagem, etc.). O comportamento invasivo, presença de células pouco diferenciadas e mitoses frequentes reforçam o caráter maligno da lesão descrita. Como se origina em tecido conjuntivo profundo da coxa, um sarcoma de partes moles é a denominação mais apropriada. Alternativa A – Incorreta: Lipoma é uma neoplasia benigna de tecido adiposo, geralmente bem delimitada e sem invasividade. O quadro descrito não corresponde a essa definição. Alternativa C – Incorreta: Adenoma refere-se a tumores benignos de origem epitelial glandular, como em glândulas salivares, tireoide ou adrenais. Não se aplica ao tecido mesenquimal. Alternativa D – Incorreta: Carcinoma designa neoplasias malignas de origem epitelial, e não de tecidosmesenquimais. Apesar da invasividade indicar malignidade, o termo correto depende da origem tecidual — e neste caso, não é epitelial. Alternativa E – Incorreta: Blastomas são tumores embrionários, geralmente diagnosticados na infância, como nefroblastoma (Wilms), retinoblastoma, etc. Em adultos, esse termo não é usualmente aplicado a neoplasias malignas mesenquimais. Página 6 | 6Assinatura do aluno(a) legível: image1.png image2.png