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Ana Relatório Final Clínica
Estágio Curricular Obrigatório I (Centro Universitário Leonardo da Vinci)
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Ana Relatório Final Clínica
Estágio Curricular Obrigatório I (Centro Universitário Leonardo da Vinci)
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1 
 
SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI - UNIASSELVI 
CURSO SUPERIOR DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DE 
ESTÁGIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
JULIANA MARIA HAERCHEN 
CAIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLUMENAU AGOSTO/2024 
 
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SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI - UNIASSELVI 
CURSO SUPERIOR DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
JULIANA MARIA 
HAERCHEN CAIO 
LAR DE 
PERMANÊNCIA DE 
IDOSOS MARIA DA 
GRAÇA 
 
 
ANA PAULA KONRADT 
Tutor da disciplina 
 
 
 
 
 
Relatório Final de Estágio Curricular 
Supervisionado, apresentado a 
Uniasselvi-SC, como requisito para 
obtenção do diploma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BLUMENAU AGOSTO/2024 
 
 
 
 
 
 
 
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DADOS DO ESTÁGIÁRIO 
 
ALUNO: Juliana Maria Haerchen Caio 
DATA DE NASCIMENTO: 19/08/1977 
CONCLUSÃO DO CURSO: 12/2024 
ENDEREÇO:R. Mario Jansen, 451- Escola Agrícola 
FONE: (47) 9997182654 
 
CURSO: Nutrição 
ENDEREÇO: Rua Dr. Pedro Zimmermann, 385 
BAIRRO: Salto do Norte 
CIDADE: Blumenau/SC 
CEP: 89065000 
FONE: (47) 3321-9000 
 
DADOS DO ESTÁGIO: 
RAZÃO SOCIAL: CASA DE REPOUSO JOSÉ E MARIA LTDA 
ENDEREÇO: R. Clara Persuhn, Nº 192 
BAIRRO: Itoupava Seca 
CIDADE: Blumenau- SC 
DATA DE FUNDAÇÃO: 08/07/2019 
NATUREZA: Privado 
ÁREA DE ATUAÇÃO DA EMPRESA: Instituições de Longa Permanência para 
Idosos. 
NÚMERO DE EMPREGADOS: 6 profissionais. 
PERÍODO DE ESTÁGIO: 05/08/2024 à 23/09/2024 
REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA: Elisiane Dos Santos De Farias. 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 05 
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 06 
2.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 06 
2.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 07 
3. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 08 
3.1 Histórico e características do estabelecimento ................................................... 08 
3.2 Perfil dos pacientes..............................................................................................11 
3.3 Descrição da rotina diária do nutricionista do serviço ......................................... 11 
3.4 Caso clínico..........................................................................................................14 
3.5 Demais pacientes atendidos................................................................................51 
3.6 Atividades e materiais desenvolvidos.............................................................54 
3.7 Relatórios de dúvidas e como foram sanadas..................................................................55 
4. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 55 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 56 
ANEXO...................................................................................................................................59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O presente relatório trata-se do estágio realizado em Nutrição Clínica 
Universidade Leonardo Da Vinci, Juliana Maria Haerchen Caio, cursando o 8º módulo 
do curso de Nutrição. A instituição escolhida para este estágio foi a Instituição de 
Longa Permanência para idosos (ILPI), localizada na cidade de Blumenau- SC. De 
acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Lares de 
Permanência para Idosos são instituições governamentais ou não governamentais, 
de caráter residencial, destinadas em domicílio coletivo de pessoas com idade igual 
ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, 
dignidade e cidadania. (BRASIL, 2005). 
O envelhecimento da população vem acontecendo em ritmo 
crescente, é uma realidade mundial. Estima-se para o ano de2050 existam 
cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos e mais no mundo, a 
maioria delas vivendo em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se 
que existam, atualmente, cerca de 30,2 milhões de idosos, segundo a 
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Continua realizada em 2017 as 
projeções mostram que no ano de 2031, terá cerca de 43 milhões de pessoas 
idosas, colocando o país em sétima posição mundial em contingente de 
idosos. (IBGE,2020). 
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define 
envelhecimento como: um processo individual, acumulativo, irreversível, 
universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio 
a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo torne menos 
capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente, e, portanto, aumente 
sua possibilidade de morte. (BRASIL, 2006, p.8). 
 
O aumento na expectativa de vida junto com o novo modelo das famílias 
brasileiras, com redução do número de membros a inserção da mulher no mercado 
de trabalho e seu acúmulo de funções têm propiciado a oferta e demanda crescentes 
de instituições de longa permanência para idosos ILPI. (LOPES,2014). O 
envelhecimento é considerado um processo natural de diminuição progressiva da 
reserva funcional dos indivíduos, senescência que em condições comoet al., 2015). 
Já a relação entre ser mais velho e apresentar baixo peso advém, possivelmente, 
das próprias transformações peculiares à progressão do processo de envelhecimento, que 
desencadeia diversas alterações de ordem fisiológica, patológica e psicológica que afetam 
diretamente o estado nutricional do indivíduo, tais como redução do olfato e da visão, 
diminuição dos botões gustativos, dificuldades de mastigação e constipação intestinal 
devido à redução da motilidade, bem como diminuição da capacidade cognitiva e funcional 
(FREITAS et al., 2015). 
 
Data Identificação Idade Gênero Estado 
Nutricional 
Objetivo 
do 
atendimento 
Resumo da 
conduta 
23/08/2024 A. R. 75 Masculino Baixo 
peso 
Ganho de 
peso 
Hiperproteica 
23/08/2024 P. C. 75 Masculino Obesidade 
DM2 
Perda de 
massa 
gorda 
Hipoglicemica 
Hipocalórica 
23/08/2024 M. P. 67 Feminino Obesidade Perda de 
massa 
gorda 
Hipocalórica 
23/08/2024 D. G. 84 Feminino Obesidade Perda de 
massa 
gorda 
Hipocalórica 
23/08/2024 C. P. 74 Feminino Peso 
adequado 
Manter peso Dieta livre 
23/08/2024 I. R. 89 Feminino Peso 
adequado 
Manter peso Dieta livre 
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23/08/2024 R. G. 95 Feminino Baixo 
peso 
Ganho de 
peso 
Hipercalorica 
Hiperproteica 
23/08/2024 I. M. 87 Feminino Sobrepeso Perda de 
massa 
gorda 
Hipocalórica 
 
Considerações sobre o Envelhecimento e Nutrição em Idosos 
 
Além das alterações que tornam difícil a ingestão alimentar adequada durante o 
envelhecimento, o sedentarismo comum em idosos faz com que o processo de 
regeneração muscular se torne mais difícil, resultando na sarcopenia, ou perda 
progressiva da massa muscular esquelética. Essas condições têm importantes 
implicações no estado nutricional e na saúde dos idosos, contribuindo para fragilidade, 
perda funcional, dependência, deficiência, aumento de morbidades e morte 
prematura. 
 
Durante o estágio, observamos o comportamento alimentar e os hábitos que 
confirmam os dados acima. Na Instituição de Permanência, um dos maiores fatores 
para a prevalência de obesidade é o sedentarismo. Os idosos têm pouca atividade 
física, permanecem muito tempo sentados com pouco gasto calórico e enfrentam a 
influência das visitas familiares, que frequentemente trazem doces e alimentos 
gordurosos como uma forma de compensação emocional por estarem afastados do 
convívio do lar. Além disso, alguns idosos, aos fins de semana, vão para a casa de 
familiares, onde têm acesso a uma quantidade abundante de comida. 
 
O cardápio está dentro das recomendações para idosos, respeitando as Diretrizes de 
Referência para Ingestão (DRIs) para macronutrientes, mas não considera as 
recomendações para micronutrientes, apesar de os idosos terem acesso a saladas e 
frutas diariamente. 
 
Como intervenção, sugerimos a incorporação de atividades físicas ao menos duas 
vezes por semana, com o acompanhamento de um fisioterapeuta ou um profissional 
da área de Educação Física. Para os idosos ativos e independentes, é recomendada 
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a realização de atividades no lar, como cuidar da horta, ajudar nos serviços leves, 
enxugar louça e caminhar no pátio, visando melhorar a mobilidade e aumentar o gasto 
calórico. 
 
Em relação aos familiares, propomos uma Educação Alimentar Nutricional (EAN), que 
pode incluir a distribuição de folders explicativos, realização de palestras ou reuniões 
com a nutricionista. O objetivo é alertar sobre os malefícios e prejuízos à saúde 
causados por alimentos doces, industrializados e com alto teor de gordura. 
 
3.6 Atividades e Materiais Desenvolvidos 
Bingo das Frutas e Hortaliças 
A dinâmica “Bingo das Frutas e Hortaliças” é uma atividade lúdica destinada a todas 
as faixas etárias, incluindo adolescentes, adultos e idosos. O objetivo é aprender 
brincando, estimulando a participação de todos os envolvidos e promovendo o 
aprendizado de maneira divertida. A atividade considera a assimilação de imagens, o 
raciocínio lógico e a percepção visual. As regras do “Bingo da Saúde” podem ser 
adaptadas pelos mediadores e participantes. 
Objetivos: 
• Estimular o consumo de alimentos in natura e a importância dos nutrientes para 
um envelhecimento saudável. 
• Avaliar o conhecimento prévio dos participantes em relação à alimentação 
saudável. 
• Fortalecer o consumo de frutas e hortaliças, demonstrando seus benefícios ao 
organismo. 
Materiais e Métodos: 
• Materiais Necessários: 
• Fichas de figuras de alimentos 
• Cartelas de bingo 
• Peças marcadoras 
• Procedimento: 
o Escolher um mediador responsável pela execução da atividade. 
o Distribuir aleatoriamente uma cartela e 8 peças marcadoras a cada 
participante. 
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o Colocar as fichas de alimentos que serão sorteadas em um recipiente 
ou caixa. 
o O mediador iniciará a dinâmica realizando o sorteio dos alimentos, 
falando claramente para que todos compreendam e fornecendo 
informações sobre o alimento sorteado. 
o Os alimentos sorteados devem ser colocados em uma superfície visível 
para todos e para verificação das cartelas ao final da rodada. 
o Os participantes devem colocar uma peça marcadora sobre os alimentos 
sorteados que estiverem em sua cartela. 
o Quando um participante completar toda a cartela ou uma linha inteira, 
deve gritar "Bingo". 
o O participante vencedor deve anunciar em voz alta os alimentos 
presentes em sua cartela para que o mediador possa verificar se foram 
realmente sorteados. 
o Em caso de conferência positiva, o jogador será o vencedor da rodada. 
Demais Atividades Realizadas: 
• Jogo da Memória das Frutas e Legumes: Esta atividade visa melhorar a 
memória visual e o reconhecimento dos alimentos, estimulando o aprendizado 
sobre frutas e legumes de forma lúdica. 
• Palavra cruzada e caça-palavras com o tema Alimentação Saudável. 
• Atividades de recreação ao sol. 
• Serviço de mesa (café, vitaminas). 
• Acompanhamento da rotina, pesagem, medição e cardápio. 
• Registros em anexo. 
 
3.7 Relatórios de Dúvidas e Como Foram Sanadas 
As orientações da nutricionista foram de boa qualidade e suficientes para a execução 
da prática clínica. Todas as situações vivenciadas foram discutidas, garantindo 
segurança e autonomia para o estagiário na execução das atividades atribuídas. Não 
foram encontradas dificuldades significativas, pois o conhecimento prévio oferecido 
pelo curso de graduação e a receptividade e atenção dos funcionários do ambiente 
contribuíram para a realização bem-sucedida das atividades. 
 
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56 
 
4 CONCLUSÃO: 
As atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado foram abrangentes e 
permitiram uma experiência prática significativa. As principais atividades incluíram a 
evolução nutricional dos pacientes, discussão de casos clínicos com a nutricionista do 
estágio, acompanhamento da evolução nos prontuários da equipe multiprofissional, e 
monitoramento da aceitação das refeições pelos pacientes diariamente. Além disso, 
foi realizada a escolha do estudo de caso entre os pacientes acompanhados. 
As atividades foram realizadas por meio de anamneses, atendimento clínico 
nutricional, aferição de medidas antropométricas, avaliação física, realização do 
diagnóstico nutricional, cálculo de necessidades nutricionais, prescrição dietética, 
observação da aceitabilidadedas dietas pelos pacientes, prescrição de suplementos, 
apresentação e avaliação de casos clínicos com a orientação da nutricionista e das 
enfermeiras, e discussão diária com a nutricionista e a equipe multiprofissional, com 
o objetivo de acompanhar a evolução clínica dos pacientes. 
Foi possível promover educação alimentar e nutricional para os pacientes e interagir 
com a equipe multiprofissional, definindo procedimentos necessários e 
complementares à prescrição dietética. As atividades realizadas durante o estágio 
curricular possibilitaram a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos nas aulas 
e proporcionaram uma melhor compreensão da atuação do nutricionista no lar de 
idosos. O estágio supervisionado em Nutrição Clínica no Lar de Permanência 
ofereceu uma visão prática da realidade do nutricionista, evidenciando a importância 
de uma conduta dietoterápica adequada e a relevância da atuação do profissional na 
prática clínica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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57 
 
 
ALENCAR, Mariana Asmar et al. Perfil dos idosos residentes em uma instituição de longa permanência. 
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 15, p. 785-796, 2012. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005. Dispõe sobre 
regulamento técnico que define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência 
para Idosos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 27 set. 2005. Seção 1, p. 
58-59. 
 
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Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de Atenção Básica. Brasília: Ministério da 
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FRANCO, Victor Sena Cardoso. Avaliação nutricional e recomendação do idoso. 2022. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido 
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FREITAS, Stella Ferreira de; NASCIMENTO, Felícia Deyse da Costa; CURY, Maria da Conceição 
Carvalho; PAMPLONA, Mário Antonio Torres; LINS, Maria de Fátima Andreazzi. Prevalência de 
obesidade abdominal e excesso de gordura corporal em idosos: uma revisão sistemática. Cadernos 
de Saúde Pública, v. 31, n. 2, p. 366-380, 2015. Disponível em: . Acesso em: 19 set. 2024. 
 
GARCIA, Rafael Marques. Avaliação nutricional e recomendação do idoso. 2007. Disponível em: 
. Acesso em: 16 set. 2024. 
 
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LIMA, Naiara Koritar; NASCIMENTO, Marcio Alberto do; PABLOS, Adriana Monteiro de. Avaliação da 
circunferência da panturrilha e sua relação com a massa muscular de idosos. Arquivos Brasileiros de 
Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 59, n. 2, p. 105-110, 2015. Disponível em: 
. Acesso em: 12 set. 2024. 
 
LOPES, J. A. et al. Avaliação das unidades de alimentação e nutrição em Instituições de Longa 
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ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Envelhecimento saudável. Disponível em: 
. Acesso em: 12 set. 2024. 
 
SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Exame físico. In: SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. (Eds.). 
Dermatologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020. p. 27-42. Disponível em: 
. 
 
 
UNESP. Manual adulto: CEPRAN 2014. Instituto de Biociências de Botucatu, Universidade Estadual 
Paulista, 2014. Disponível em: 
. Acesso em: 19 set. 2024. 
 
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58 
 
VILELA, Rosa Maria Figueiredo et al. Avaliação nutricional de idosos institucionalizados: aspectos 
clínicos e dietéticos. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 5, p. 923-9/31, 2013. 
Disponível em: . Acesso em: 
22 ago. 2024. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 
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59 
 
 
Bioimpedância paciente baixo peso caso clínico 
 
 
 
 
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60 
 
 
Bioimpedância do caso clínico de obesidade 
 
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61 
 
 
LA VIE DE LARI. 7 principais tipos de fezes (e o que dizem sobre a saúde). Disponível em: 
https://laviedelari.com/7-tipos-de-fezes. Acesso em: 19 set. 2024. 
 
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62 
 
 
Cardápio semanal utilizado no local 
 
 
Receituario de suplementação 
 
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63 
 
 
Bingo das Frutas e hortaliças 
 
 
Bingo das Frutas e hortaliças 
 
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64 
 
 
Bingo das Frutas e hortaliças 
 
 
Serviço de mesa 
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65 
 
 
Caça palavras 
 
 
Caça palavras e jogo da memória 
 
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66 
 
 
Serviço de cozinha e pesagem 
 
 
Foto com equipe 
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lOMoARcPSD|59614690doenças, 
acidentes estresse emocional, pode ocasionar uma condição patológica que requeira 
assistência a senilidade. 
Os idosos têm uma propensão significativa a alterações nutricionais devido ao 
processo de envelhecimento, além de mudanças fisiológicas, sociais e psicológicas. 
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6 
 
A presença de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, bem como 
acometimentos como depressão, sarcopenia, dificuldades de mobilidade e de 
alimentação, faz com que esses fatores demandem cuidados especiais. Em termos 
de nutrição, essas alterações fisiológicas e dificuldades na alimentação comprometem 
a ingestão de alimentos e podem levar a problemas na absorção e aproveitamento de 
nutrientes, culminando em desnutrição. 
O nutricionista, no contexto de um Lar de Permanência de Idosos, desempenha 
um papel fundamental nos serviços de nutrição. Suas funções em Saúde Pública 
incluem organizar, coordenar, supervisionar e avaliar a assistência dietoterápica, além 
de promover a educação alimentar e nutricional, seja de forma coletiva ou individual, 
para indivíduos saudáveis ou enfermos. Esse trabalho é realizado em instituições 
públicas ou privadas e em consultórios de nutrição e dietética. Além disso, o 
nutricionista atua no controle de qualidade de gêneros e produtos alimentícios. 
A antropometria é um método amplamente utilizado pelos nutricionistas por ser 
simples, rápido e de baixo custo para o diagnóstico nutricional e o monitoramento de 
doenças em idosos. Ela também é usada como uma triagem inicial. 
Nos procedimentos de diagnóstico e acompanhamento nutricional, o 
SISVAN utiliza como critério prioritário a classificação do Índice de Massa 
Corporal (IMC), recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 
São considerados pontos de corte diferentes daqueles utilizados para 
adultos. De acordo com a Norma Técnica do SISVAN, recomenda-se que o 
registro das medidas antropométricas na Caderneta do Idoso e/ou no 
prontuário seja feito semestralmente, permitindo o monitoramento do estado 
nutricional e a determinação de tendências de aumento ou perda de peso, 
associando possíveis variações às demais condições de saúde da pessoa 
idosa (BRASIL, 2006). 
2 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral 
 
Este estágio tem como objetivo identificar os fatores que condicionam a saúde 
coletiva, baseando-se no perfil de saúde da população atendida, neste caso, os 
idosos. A partir dessa análise, é possível avaliar e executar atividades de assistência 
nutricional por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, 
de acordo com os níveis de atendimento em nutrição. 
O estágio também tem como finalidade oportunizar ao discente a integração 
dos conhecimentos teóricos com a prática nas áreas de assistência nutricional, 
incluindo internação hospitalar, internação domiciliar (Home Care), SPA e assistência 
ambulatorial. Isso se dá por meio do acompanhamento diário e/ou conforme o 
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calendário de visita domiciliar e consulta individual do paciente, visando desenvolver 
a capacidade e a habilidade do estagiário em investigar, diagnosticar, planejar, 
supervisionar e avaliar as atividades de terapia nutricional. O foco é direcionar a 
conduta para a recuperação do paciente, considerando os fatores clínicos, 
fisiológicos, patológicos, sociais, culturais e psicológicos de cada indivíduo. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
• Avaliar, diagnosticar e acompanhar pacientes sadios e enfermos, com o 
objetivo de promover, manter ou recuperar o estado nutricional. 
• Planejar, prescrever, analisar, supervisionar e avaliar dietas e suplementos 
dietéticos para indivíduos sadios e enfermos. 
• Atuar em equipes multiprofissionais de assistência a pacientes. 
• Ter domínio sobre a aplicação de técnicas de avaliação nutricional, como 
circunferências e dobras cutâneas, na avaliação da composição corporal de 
indivíduos sadios e enfermos. 
• Aplicar conhecimentos sobre a composição, propriedades e transformações 
dos alimentos e seu aproveitamento pelo organismo humano, na atenção 
dietética. 
• Estimar as necessidades nutricionais nas diversas faixas etárias e situações 
clínicas. 
• Elaborar a orientação nutricional e o planejamento alimentar e nutricional, 
incluindo prescrição dietética e suplementação. 
• Atuar em equipes multiprofissionais destinadas a planejar, coordenar, 
supervisionar, implementar, executar e avaliar atividades na área de 
alimentação, nutrição e saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
 
 
 
 
3 DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 Histórico e características do estabelecimento 
 
A Clínica foi fundada em 9 de agosto de 2019, uma instituição privada que 
atende idosos de 60 a 100 anos, batizada com o nome de Casa de Repouso José e 
Maria. A clínica possui duas unidades, sendo o Lar Maria da Graça a segunda 
unidade. Esta unidade passou por duas reformas. 
A Instituição de Longa Permanência para Idosos Maria da Graça (Unidade 2) 
está localizada na cidade de Blumenau-SC, funcionando 24 horas todos os dias da 
semana. A instituição é uma casa equipada com 11 quartos, 2 salas, 2 áreas 
descobertas (quintal), lavanderia, cozinha, 1 refeitório, estoque, sala de enfermagem, 
escritório e varanda. 
Localizada próxima ao centro da cidade, a instituição está em uma área com 
ruas asfaltadas, saneamento básico em todo o território, iluminação pública, escolas, 
centro comercial, terminal rodoviário, clínicas e outros serviços. O bairro possui uma 
boa infraestrutura, sendo bem localizado e de fácil acesso a avenidas e rodovias. 
 
 
 Fonte: Google Maps 
 
 
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9 
 
 
 
 
 
 
Atualmente, o Lar Maria da Graça presta assistência integral a 10 idosos, sendo 
7 mulheres e 3 homens, com faixa etária entre 60 e 95 anos, e graus de dependência 
variando entre Grau I (independentes) e Grau II (necessitam de cuidados). 
Os idosos com dependência Grau II são 6, e 4 com dependência Grau I. 
Os residentes recebem assistência 24 horas, monitorados por enfermeiros, 
técnicos e cuidadores. A rotina inclui a administração das medicações, cuidados com 
a higiene pessoal e acompanhamento em todas as refeições. São servidas 5 refeições 
diárias, conforme o cardápio mensal elaborado pela nutricionista. 
A preparação das dietas destinadas aos idosos é elaborada em uma cozinha 
central, com uma funcionária contratada pela empresa. Os tipos de dietas especiais 
variam entre: hipossódica, sem sal, sem gordura, para diabéticos, laxativa, 
constipante, líquida-pastosa, pastosa, branda, livre, e sem irritantes gástricos, 
conforme o plano de aceitação individualizada de cada paciente. 
Todos os idosos recebem acompanhamento de fisioterapeuta, massoterapeuta 
e médico uma vez por semana. A nutricionista está presente nas unidades de segunda 
a sexta-feira e quando solicitada. Ao longo da semana, são realizadas atividades 
diversas, como exercícios laborais, oficinas de massoterapia e comemorações de 
datas especiais. Todos os domingos, os idosos participam de um churrasco, 
proporcionando um momento de acolhimento e descontração. 
 
Quadro de Equipe de Saúde da Família: Profissionais, Cargos e Horários de 
Trabalho: 
 
 
 
• 1 Cozinheira 
• 1 Nutricionista 
• 1 Enfermeira (plantonista) 
• 1 Técnica de Enfermagem 
• 1 Fisioterapeuta 
• 1 Auxiliarde serviços Gerais 
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10 
 
 
A Instituição de Permanência para Idosos José e Maria é uma instituição 
privada que atende idosos de 60 a 100 anos. A maioria dos residentes é composta 
por viúvos e solteiros, que possuem filhos e pertencem à classe média ou classe 
média-alta, com grau de escolaridade variando entre ensino médio e baixa 
escolaridade. 
O principal motivo de institucionalização declarado pelos idosos foi a 
incapacidade dos filhos e familiares de cuidarem deles, devido às limitações causadas 
pelo envelhecimento e à busca de tratamento para doenças estabelecidas. Segundo 
Alencar (2012), esse fato revela uma realidade ainda enfrentada no Brasil: a falta de 
infraestrutura para responder às demandas desse grupo etário, no que diz respeito a 
serviços domiciliares e ambulatoriais, bem como a programas específicos para 
atendê-los. Muitas vezes, isso está associado à dificuldade financeira de manter um 
doente em casa, devido aos altos custos gerados por ele e à necessidade de um 
cuidador. 
A maioria dos idosos pesquisados referiu ter pelo menos uma doença crônica 
e fazer uso de medicamentos, além de apresentar sintomas depressivos. O transtorno 
depressivo é uma causa importante de morbidade, sofrimento e incapacidade, 
afetando significativamente a qualidade de vida do idoso. Os sintomas depressivos 
geralmente levam a comprometimentos funcionais, deixando o idoso sem autonomia 
e mais dependente na realização das atividades cotidianas, estando também 
relacionados ao aumento do número de idosos acamados em ILPIs. Deve-se ressaltar 
que tais sintomas podem influenciar negativamente o nível de atividade física, assim 
como o desempenho em testes cognitivos. (Alencar, 2012). 
Os serviços de Nutrição Clínica contribuem diretamente e de maneira 
significativa para a manutenção da saúde e a melhora do quadro dos pacientes 
internados no lar de permanência para idosos. Além da sondagem feita com os idosos 
a respeito dos serviços oferecidos durante a permanência, a nutricionista preenche 
seus indicadores, sendo a meta manter os percentuais sempre positivos. A 
reavaliação mensal serve como uma maneira de garantir a qualidade e a eficácia dos 
serviços prestados pelo departamento de Nutrição Clínica, assegurando que os idosos 
recebam atendimento adequado, conforme o motivo e o tempo de internação. 
 
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A classificação do estado nutricional com base no IMC foi realizada segundo o 
critério proposto pela Nutrition Screening Initiative, que considera as modificações na 
composição corporal próprias do envelhecimento. Esses são os pontos de corte 
adotados para idosos no Brasil, segundo recomendações do Sistema de Vigilância 
Alimentar e Nutricional (SISVAN). Nesse sentido, o estado nutricional foi classificado 
em: 
- Baixo peso: IMC 27 kg/m² 
 
A variável dependente analisada no estudo foi o IMC, enquanto as variáveis 
independentes foram as características sociodemográficas: sexo (masculino, 
feminino), faixa etária (60 a 69 anos: mais jovens; 70 a 79 anos: idosos-idosos; 80 
anos e mais: longevos), e cor/raça (branca, preta, amarela, parda, indígena). 
O Lar de Permanência para Idosos é uma instituição privada, que oferece 
atendimento particular. 
 
3.2 Perfil dos Pacientes: 
 
Geralmente, o atendimento particular é voltado para pacientes que têm 
condições financeiras para arcar com os custos diretamente, sem a necessidade de 
convênios ou sistemas públicos de saúde. 
A principal diferença entre o atendimento particular e outras modalidades é a 
personalização e a qualidade dos serviços oferecidos. Instituições privadas, 
especialmente aquelas com atendimento particular, costumam proporcionar um 
ambiente mais personalizado e uma gama mais ampla de serviços e comodidades. 
Em contraste, o atendimento via convênios e SUS pode ser mais restrito em termos 
de personalização e serviços adicionais, devido às limitações orçamentárias e 
regulatórias. 
 
3.3 Descrição da rotina diária do nutricionista do serviço: 
 
Atividades Diárias: 
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12 
 
• Preparar e acompanhar uma das refeições: Planejamento e supervisão de uma 
refeição diária. 
• Checklist na cozinha e assinatura de cardápio e controles: Verificação dos 
procedimentos na cozinha, assinatura de documentos de controle e 
conferência da execução das tarefas pelos colaboradores. 
• Contato direto com equipe multiprofissional e moradores do lar: Comunicação 
contínua com a equipe multidisciplinar e os residentes para garantir um 
atendimento integrado. 
 
Formação Técnica do Profissional e Atualizações: 
• Graduação: Unisselvi, 08/03/2014. 
• Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional: VP, 2016. 
• Pós-Graduação em Nutrição Esportiva: IBEM, 2019. 
 
Horários de Trabalho: 
• Modalidade de Prestação de Serviço: Segunda a sexta-feira, das 8:00 às 12:00. 
 
Atribuições e Responsabilidades: 
 
• Elaboração de Cardápio: Criação de cardápios balanceados e adaptados às 
necessidades dos residentes. 
• Escala de Limpeza: Coordenação e supervisão da escala de limpeza. 
• Elaboração de Etiquetas: Criação de etiquetas para identificação e controle dos 
alimentos. 
• Elaboração de POP: Desenvolvimento de Procedimentos Operacionais Padrão 
(POP). 
• Prescrição de Suplemento: Prescrição de suplementos nutricionais conforme 
necessidade. 
• Treinamento com Colaboradores: Capacitação da equipe para garantir a 
correta execução das práticas nutricionais. 
• Orientações Nutricionais com Idosos: Fornecimento de orientações dietéticas 
e avaliações nutricionais individuais. 
 
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Equipamentos que o Profissional Utiliza no Dia a Dia: 
 
• Cardápio, Controles de Temperatura e Escala de Limpeza: Utilizados para 
planejamento e monitoramento. 
• Balança Digital e Balança Mecânica: Para pesagem dos residentes. 
• Fita Métrica e Adipômetro: Para medições antropométricas. 
 
Base Científica para Subárea Utilizada pelo Profissional: 
 
• RDC 216: Regulamenta as boas práticas de fabricação para alimentos. 
• Resolução CFN 600/218: Normas para atuação do nutricionista. 
• Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE): 
Diretrizes SBNPE. 
• Avaliação Subjetiva Global: MNA Elderly. 
 
Estratégias Nutricionais Utilizadas pelo Profissional: 
 
• Medidas Antropométricas: Inclui peso, altura, circunferência da cintura, quadril 
e dobras cutâneas. 
• Exame Físico: Observação direta de sinais e sintomas relacionados a 
problemas nutricionais. 
• Exames Laboratoriais ou Bioquímicos: Avaliação do estado de nutrientes no 
organismo. 
• Avaliação Dietética: Análise da qualidade da dieta, padrões alimentares e 
hábitos que impactam a saúde nutricional. 
 
Questões Burocráticas: 
 
• Controle de Alvarás Sanitários: Gestão dos alvarás necessários para o 
funcionamento. 
• Treinamento com Colaboradores: Inclui capacitação sobre procedimentos e 
práticas de segurança alimentar. 
• Agendamento com Médico da Vigilância: Coordenação para garantir 
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conformidadecom regulamentos de saúde. 
• Cotação com Fornecedores e Compras: Gestão de compras e negociação com 
fornecedores. 
Diferenciais do Atendimento/Acompanhamento: 
 
• Oficina Culinária: Atividades de culinária para os residentes. 
• Organização de Eventos: Celebrações de datas comemorativas como 
aniversários, São João, Páscoa e Natal. 
• Visitas Surpresa: Realização de visitas em dias alternados para promover 
interação e bem-estar. 
• Autonomia na Dinâmica com Idosos: Flexibilidade para adaptar a abordagem 
de acordo com as necessidades e preferências dos residentes. 
 
3.4 Caso clínico 
 
Devido às avaliações serem realizadas com idosos, foi necessário 
realizar um processo mais cuidadoso e detalhado, levando em consideração 
as alterações biológicas e físicas, como a redução da altura, massa muscular 
e água corporal. Utilizaram-se métodos como o cálculo do IMC, com base na 
classificação do IMC para idosos (OPAS, 2002-2003), além de medidas 
antropométricas e exames físicos (FRANCO, 2022). 
• Peso; 
• Altura (Altura do joelho); 
• IMC (de acordo com a classificação do IMC para idosos da 
OPAS); 
• Circunferências: CB (Circunferência do Braço), CP 
(Circunferência da Panturrilha). 
 
Além disso, foram utilizados: 
• Formulário de triagem; 
• Avaliação subjetiva global; 
• Mini Avaliação Nutricional (MNA); 
• Medidas antropométricas (peso, altura, IMC, CB e CP); 
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15 
 
• Exame físico; 
• Estado nutricional. 
Materiais: 
• Balança; 
• Fita métrica inelástica; 
• Caneta, prancheta e calculadora; 
• Jaleco e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) – touca, 
luvas, avental, quando necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
ANAMNESE CLÍNICA NUTRICIONAL 
 
Estagiário: Tainara da Silveira Cardoso da Silva 
Local: Lar de permanência de Idosos Maria da Graça 
Nutricionista responsável: Vanessa Biz Aver 
CRN10: 4753-SC 
 
Dados de identificação do paciente: 
Iniciais: I. K. M Data de nascimento: 09/04/1960 
Sexo: Feminino Idade:64 
 
Motivo da consulta: 
Objetivo da consulta é promover saúde e longevidade da paciente idosa, que possui 
um histórico de obesidade grau III. A Intervenção visa perda da massa gorda com foco 
na composição corporal e reduzir os riscos associados ao excesso de peso. 
 
Exercícios Físicos: 
Quais? Pedalinho Frequência: 1 a 2x sem. 
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16 
 
Duração: 10min 
Intensidade (percepção de esforço) Média 
 
Consumo de bebida alcoolica: 
Não, e não apresenta histórico. 
 
Tabagismo: 
Sim, fumou cigarros a dois anos atrás, não se recorda das quantidades diárias. 
Cessou após intercorrência com doença respiratória, Doença pulmonar obstrutiva 
crônica DPOC. 
 
Horários de dormir e acordar: 
Acorda as 07:00 hrs, dorme às 22:00hrs. 
 
Disfunções gastrointestinais: 
Não apresenta. 
 
Queixas: 
Muita diurese e sede. Dores nas costas e na perna. 
 
Função intestinal: 
Escala de Bristol: Tipo 1 (imagem usada em anexo) 
Frequência: 1 à 2x semana. 
 
Dores de cabeça: 
Sim, raramente. 
 
Cansaço ou sono excessivo: 
Sim cansaço. 
 
Insônia: 
Não apresenta. 
 
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Doenças e diagnóstico: 
DPOC, obesidade grau III, hiperventilação, TEP, esquizofrenia, apneia do sono, 
colecistectomia. 
 
Histórico familiar de DCNT: 
Sim, obesidade. 
 
Uso de medicações: 
Vannair, pinazan, aripiprazol, rivaroxabana, spiriva. 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DIETÉTICA: 
Inquérito alimentar recordatório 24hrs. 
REFEIÇÃO ALIMENTOS/PREPARAÇÕES QUANTIDADES 
Café da manhã Salada de fruta, pão integral e 
café com leite. 
150g 
30g 
200ml 
Lanche Vitamina de suplemento 
(TROPHIC BASIC) 
250ml 
Almoço Arroz, feijão, carne de panela, 
suco e salada. 
4 colheres (120g) 
1 concha (100g) 
2 colheres (100g) 
200ml 
Janta Sopa com carne e chá 1 prato 300- 350 ml 
200ml 
Ceia Chá com biscoito 4 a 6 unid. 
200ml 
 
Avaliação Dietética 
A avaliação dietética envolve tanto uma análise quantitativa quanto qualitativa da 
alimentação. Para isso, podem ser utilizados diferentes métodos, como: 
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18 
 
• Recordatório de 24 horas 
• Questionário de Frequência Alimentar 
• História dietética 
• Registro alimentar 
Em idosos, é importante considerar possíveis transtornos cognitivos que podem exigir 
a presença de outra pessoa para fornecer os dados dietéticos. Além disso, 
ferramentas como o Mini Nutritional Assessment (MNA) e Avaliação Subjetiva Global 
(ASG) são recomendadas para a avaliação e classificação do estado nutricional. 
 
 
Tratamento dietético anterior: 
Sim. Peso na admissão 125kg, ao longo de dois anos com tratamento dietético 
orientado pela nutricionista, chegou a pesar 106,80. Após chegarmos na unidade, se 
tornou nosso caso clínico vimos uma evolução com o plano alimentar aplicado, 
pesando agora 103,75kg. 
 
 
Número de refeições diárias: 
5 refeições diárias. 
 
Local das refeições: 
Refeitório, acompanhada dos outros residentes. 
 
Quem prepara as refeições: 
Cozinheira contratada. 
 
Horário de maior concentração alimentar: 
Almoço. 
 
Aversões alimentar: 
Não, possui. 
 
Preferências alimentares: 
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Preferências por alimentos doces com alta densidade calórica. 
 
Alergia alimentar: 
Não possui. 
 
Compulsão alimentar: 
Sim, doces e balas. 
 
Ingestão de água: 
Menor ou igual a 300ml/ 350ml. 
 
Consumo de frituras: 
Não são permitidos o consumo de fritura na casa de repouso, porém a família leva a 
paciente a restaurantes cafés e pizzarias. 
 
Consumo de doces: 
Sim em festas datas comemorativas e visita dos familiares. 
 
Consumo de café: 
2 X dia café com leite e açúcar. 
 
Consumo de alimentos diet/light: 
O lar oferece dieta padronizada para todos. 
 
• AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
A Antropometria é um método objetivo, não invasivo, de baixo custo, fácil aplicação e 
seguro. As medidas antropométricas utilizadas foram: peso, altura, IMC, CB e CP. 
 
• ANTROPOMETRIA: 
Peso:106,80 kg Altura: 1,68 
CP: 46cm CB: 42cm 
CA:117cm CC: 108 cm 
CQ: 127cm RCQ: 
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Data da aferição: 23/08/2024 
 
Estatura: 
Após os 40 anos, há uma redução de 1 a 2,5 cm na altura. A redução nos homens 
varia de 1,9 a 6,7 cm, e nas mulheres, de 2 a 6 cm. Os principais motivos são: 
• Envelhecimento da coluna vertebral; 
• Redução dos discos intervertebrais; 
• Achatamento das vértebras; 
• Acentuação da cifose dorsal, lordose e escoliose. 
A medição da altura deve ser feita com fita métrica, com o paciente em posição ereta, 
pés juntos e olhando para o horizonte. 
 
Peso corporal: 
O peso corporal tende a declinar com a idade, sendo influenciado por fatores como: 
• Redução da água corporal; 
• Redução do peso das vísceras; 
• Redução da massa muscular. 
 
Para medir o peso, deve-seutilizar uma balança digital, com o paciente em pé e ereto. 
 
 
Índice de Massa Corporal (IMC): 
 
IMC: 106,80/ (1,68) ² =37,85 
Sobrepeso: IMC31 ADEQUADO 
 adequado 
 
A circunferência do braço (CB) é amplamente utilizada para avaliar a massa muscular, 
especialmente em combinação com a medida da prega cutânea do tríceps (PCT), que 
permite o cálculo da circunferência muscular do braço (CMB) e da área muscular do 
braço (AMA), correlacionando-se com a massa muscular total. Já a circunferência da 
panturrilha (CP), de acordo com a orientação da OMS, é considerada a medida mais 
sensível para avaliar a massa muscular em idosos, sendo superior à circunferência 
do braço (LIMA et al., 2015). 
 
Pontos de corte da CC para risco de desenvolvimento de Doenças 
Cardiovasculares e Metabólicas 
 
SEXO RISCO ELEVADO 
(OMS, 1998) 
RISCO MUITO 
ELEVADO (NCEP, 
2000) 
Masculino > 94 cm > 102 cm 
Feminino > 80 cm > 88 cm 
OMS Organização Mundial da Saúde, 1998 
NCEP National Cholesterol Education Program, 2000. 
 
CC = 108 cm Risco muito elevado (NCEP, 2000) 
 
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22 
 
 
Fórmula Relação Cintura- Quadril 
 
RQC = Circunferência da Cintura (CC) 
 Circunferências do quadril (CQ) 
 
 
RQC = 108 cm (CC) 
 127 cm (CQ) 
 
RQC = 0,85 
 
 
 
Pontos de corte da RQC para risco de desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares e metabólicas (OMS 1998). 
 
Sexo Valores de risco 
Masculino > 1,0 
Feminino >0,85 
 
Cálculo de adequação da CB: 
 
Adequação da CB= CB obtida (cm) x 100 
 CB percentil 50 
 
Cálculo: CB 42cm x 100 = 137% 
 30,5 
Classificação: > 120% Obesidade 
 
 Desnutrição 
grave 
Desnutrição 
moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
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23 
 
CB 120% 
 
 
• Medicamentos e classe terapêutica: 
 
MEDICAÇÕES CLASSE TERAPÊUTICA 
 
Vannair Corticosteroide inalatório e 
broncodilatador 
Pinazan Antipsicótico 
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24 
 
Aripiprazol Antipsicótico 
Rivaroxabana Anticoagulante oral 
Spiriva Anticolinérgico broncodilatador para 
tratamento de DPOC e asma. 
• Exames laboratorias, referência e interpretação: 
Os exames laboratoriais não estão disponíveis, conforme determinação da 
proprietária da casa de repouso. 
 
• Exame físico: 
O exame físico deve registrar a impressão sobre o estado geral do paciente por meio 
da observação e relato deste. Aspectos como ânimo, depressão, fraqueza, tipo físico, 
estado de consciência, discurso e movimentos corporais devem ser investigados. O 
exame deve ser realizado de forma sistemática e progressiva, começando pela 
cabeça e avançando até a região plantar. Inicia-se pelo cabelo, seguido dos olhos, 
narinas, face, boca (lábios, dentes, língua), tórax (abdome), e prossegue com a 
avaliação dos membros superiores (unhas, região palmar) (Sampaio, 2020). 
 
Capacidade física 
 
Deambulando 
 
Cabelo Cabelo brilhantes, hidratados, 
apresenta bastante cabelo 
Olhos Brilhantes, membranas róseas, boa 
visão 
Lábios Corados e sem lesões 
Língua Coloração adequada e integridade 
papilar 
Mucosas Normocorada 
Pele Integra 
Dentição Uso de prótese 
Gengiva Ausência de sangramento 
Unhas Uniformes, lisas, firmes 
Abdômen Ausência de alterações 
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25 
 
Tecido subcutâneo Apresenta excesso de tecido adiposo 
Tecido muscular esquelético Ausência de alterações aferidas 
Sistema nervoso ausência de alterações aferidas 
Condição hídrica ausência de alterações aferidas 
Fonte: Sampaio, S. A. P., & Rivitti, E. A. (2020). Disponível em: 
https://books.scielo.org/ide/ddxwv/pdf/sampaio-9788523218744-04.pdf. 
 
Bioimpedância (em anexo) 
 
 
• Necesidades nutricionais: 
 
Para determinar as necessidades dietéticas, utilizam-se os cálculos da Taxa 
Metabólica Basal (TMB) com as equações de Harris-Benedict, bem como as 
Recomendações de Nutrientes do Idoso do Institute of Medicine (IOM). As Dietary 
Reference Intakes (DRIs) para macronutrientes também são aplicadas na avaliação 
da ingestão alimentar dos idosos. (IOM, 2006; Harris Benedict 1918). 
 
 
TMB (Harris Benedict) 
 
Mulheres:655,1 + (9,5x P) + (1,8 X E) – (4,7X I) 
655,1 + (9,5 x 103,75) + (1,8 x 168) – (4,7 x 64) 
655,1+1014,6+302,4−300,8 
1671,3 kcal 
 
Onde: 
P: Peso em kg 
E: Estatura em cm 
I: Idade em anos. 
 
 
RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES DO IDOSO IOM (Institute of medicine) 
 
Mulheres: 354- (6,91x I) + AF X (9,36X P) + (726 X E) 
 354- (6,91x64) +1x(9,36x106,80) +(726x1.68) 
 354-442.24+1x (999.64) + 1219,68 
 354-442.24+999.64+1219,68 
 354-2.661,56 
 2.131,08 kcal 
 
 
Recomendações de Nutrientes do Idoso, DRI´s Macronutrientes: 
 
Os carboidratos devem representar de 50 a 60% do valor energético total (VET) da 
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26 
 
dieta do idoso, com variação aceitável de 45 a 65%. A RDA (Recommended Dietary 
Allowance) das DRI’s (Dietary Reference Intakes) é de 130g/dia, e a EAR (Estimated 
Average Requirement) é de 100g/dia. É recomendado que, no máximo, 10% provenham 
de açúcares simples, com preferência para o consumo de carboidratos complexos. 
As proteínas devem representar de 10 a 35% do VET, com RDA de 0,8g/kg/dia para 
ambos os sexos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão de 
0,8 a 1g/kg/dia para idosos saudáveis, sem doença renal. 
 
Em relação aos lipídeos, devido à alteração na lipólise e na oxidação de gorduras 
nessa fase, recomenda-se uma distribuição de 20 a 35% do VET. A OMS sugere uma 
ingestão de 15 a 30% do VET, com um máximo de 10% de gorduras saturadas e de 6 a 
10% de poli-insaturados, sendo 5 a 8% de ômega 6 e 1 a 2% de ômega 3 (Garcia, 2007). 
 
Tratamento em Idosos com Sobrepeso 
Dietas para redução de peso devem ser evitadas em idosos com sobrepeso 
para prevenir a perda de massa muscular e o declínio funcional. Em casos de idosos 
obesos com problemas de saúde, a redução de peso só deve ser considerada após 
uma cuidadosa avaliação dos benefícios e riscos. Mesmo assim, a restrição 
energética deve ser moderada e combinada com exercícios físicos para garantir uma 
redução de peso lenta e a preservação da massa muscular. A ingestão energética 
recomendadapara idosos é de 30 kcal/kg/dia, devendo ser ajustada individualmente 
com base no estado nutricional, nível de atividade física, condição de saúde e 
tolerância. A ingestão de proteínas deve ser de pelo menos 1 g/kg/dia, podendo 
aumentar para 1,2 g/kg/dia em casos de desnutrição ou depleção. (SILVA, R. S. et al., 
2022) 
 
Planos dietéticos: 
 
CAFÉ DA MANHÃ 
 
1800 = 100% 
X = 20% 
 
 
1800 x 20% = 360 kcal 
 100 
 
CHO: 40% 
360 x 40% =144 kcal 
 
PTN: 20% 
360 x 30 = 72 kcal 
 
LIP: 15% FB: 25% 
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27 
 
360 x 15% = 54 kcal 
 
360 x 25% = 90 kcal 
 
*144+72+54+90= 360 kcal 
 
 
 
LANCHE DA MANHÃ 
 
1800 = 100% 
X = 5% 
1800 x 5% = 90 kcal 
 100 
 
CHO: 40% 
90 x 40% = 36 kcal 
PTN: 20% 
90 x 20% = 18 kcal 
LIP: 15% 
90 x 15% = 13,5 kcal 
FB: 25% 
90 x 25% = 22,5 kcal 
*36+18+13,5+22,5 kcal = 90 kcal 
 
ALMOÇO 
 
1800 = 100 % 
X = 30% 
1800x 30% = 540 kcal 
 100 
CHO: 40% 
540 x 40% = 216 kcal 
PTN: 20% 
540 x 20 % = 108 kcal 
LIP: 15% 
540 x 15 % = 81 kcal 
FB: 25% 
540 x 25 % = 135 kcal 
*216+108+81+135 kcal = 540 kcal 
 
LANCHE DA TARDE 
 
1800 = 100 % 
X = 5 % 
1800 x 5 % = 90 kcal 
 100 
CHO: 40 % 
90 x 40% = 36 kcal 
PTN: 20% 
90 x 20% = 18 kcal 
LIP: 15% 
360 x 15% = 54 kcal 
 
FB: 25% 
360 x 25% = 90 kcal 
 
*144+72+54+90= 360 kcal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JANTAR 
 
1800 = 100 % 
X = 30 % 
1800 x 30 % = 540 kcal 
 100 
CHO: 40% 
540 x 40% = 216 kcal 
PTN: 20% 
540 x 20 % = 108 kcal 
LIP: 15% 
540 x 15 % = 81 kcal 
FB: 25% 
540 x 25 % = 135 kcal 
*216+108+81+135 kcal = 540 kcal 
 
Total = 360+90+540+360+540 = 1.890 kcal 
 
 
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Estado Nutricional paciente: 
 
Anamnese Alimentar: 
O paciente aceita bem as dietas, mas relata sentir muita fome e vontade de 
comer doces. Apresenta uma fase crônica geralmente assintomática, com episódios 
de diarreia que alternam com períodos de constipação. 
 
Intervenção Nutricional: 
O paciente tem evoluído positivamente do ponto de vista nutricional, aceitando 
100% da dieta e das alterações propostas. As principais intervenções incluíram a 
retirada do açúcar no café, substituindo a suplementação por chá no horário das 
11:30. A dieta foi ajustada para incluir fibras, sugerindo a adição de aveia nas porções 
de frutas. Observou-se que o paciente relatou dores no quadril e movimenta-se pouco, 
permanecendo muito tempo sentado na poltrona assistindo TV. Foi sugerido o uso de 
um pedalzinho (uma bicicleta portátil imagem em anexo) para aumentar a mobilidade 
e o gasto energético, ajudando na perda de peso. O cardápio foi ajustado para as 
necessidades nutricionais e calóricas conforme os cálculos e as DRIs. A equipe 
multidisciplinar, incluindo enfermeira e cuidadora, relatou que a família leva a idosa 
para passeios, onde ela ingere grandes quantidades de comida, doces e gorduras, o 
que dificulta a perda de peso e causa episódios de diarreia após retornar à instituição. 
Evolução: 
Data inicial da primeira pesagem: 
• Peso: 13/08/2024 - 106,70 kg 
• IMC: 37,80 
Peso: 23/08/2024 - 103,75 kg 
• IMC: 36,80 
 
Conduta Nutricional (Prescrição Dietoterápica): 
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29 
 
Recomendações nutricionais: 
• Calorias: 1.700 a 2.000 Kcal/dia - 30 calorias por kg de peso 
• Dieta: Hipocalórica, normoprotéica e normolipídica 
 
 
Orientação alimentar e nutricional: 
1. Aumentar o consumo diário de água para no mínimo 2L, 
fracionando ao longo do dia e intercalando com as refeições, para evitar 
desidratação e constipação. 
2. Reduzir ou retirar o uso de açúcar nos cafés e chás. Se for 
retirar, faça-o gradualmente, diminuindo um pouco a cada dia. 
3. Aumentar o número de refeições ao longo do dia, incluindo um 
lanche pela manhã e outro à tarde. Optar por frutas diferentes a cada dia, 
intercalando as opções dos lanches e priorizando proteínas magras (ovos, 
frango). 
4. Optar por alimentos pastosos ou de fácil mastigação para 
manter o bom funcionamento do trato gastrointestinal, além de alimentos ricos 
em fibra. 
5. Controlar o consumo de sal nas refeições, optando por 
preparações com baixa quantidade de sal e aumentando o uso de ervas 
aromáticas e marinados para realçar o sabor. Retirar o uso de temperos 
prontos e preferir caldos caseiros. 
 
DEMAIS MATERIAS ENTREGUES: 
Não foi entregue material adicional. 
 
CONTINUIDADE DO ATENDIMENTO: 
A continuidade do atendimento está sob a responsabilidade do nutricionista. 
 
DIRETRIZES UTILIZADAS: 
Para a avaliação e classificação nutricional do paciente, foram utilizados os seguintes 
métodos e diretrizes: 
 
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30 
 
• Questionários MMA (Mini Avaliação Nutricional) e ASG (Avaliação 
Subjetiva Global) 
 
 Mini Avaliação Nutricional (MMA): Usado para identificar o risco de desnutrição 
em idosos, avaliando fatores como ingestão alimentar, perda de peso recente, 
mobilidade e estado de saúde geral. 
 
 Avaliação Subjetiva Global (ASG): Ferramenta usada para avaliar o estado 
nutricional com base em informações sobre perda de peso, mudanças na ingestão 
alimentar, sintomas gastrointestinais e capacidade funcional, além de um exame físico 
para avaliar a perda de massa muscular e gordura. 
 
• Cálculos de Taxa Metabólica Basal (TMB) – Fórmula de Harris e Benedict 
 
 A TMB foi calculada usando a fórmula de Harris e Benedict, que estima a quantidade 
de calorias necessárias para manter as funções corporais em repouso. Esse cálculo 
é ajustado para refletir as necessidades energéticas do paciente, levando em 
consideração idade, sexo, peso e nível de atividade física. 
 
• Recomendações de Nutrientes para Idosos – IOM (Institute of Medicine) 
 
As recomendações do Institute of Medicine (IOM) para idosos foram usadas para 
determinar as necessidades de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) 
e micronutrientes (vitaminas e minerais) para o paciente. Essas diretrizes são 
específicas para a população idosa, levando em consideração as mudanças 
metabólicas associadas ao envelhecimento. 
 
• DRI (Dietary Reference Intakes) – Macronutrientes 
 
 As DRI’s são diretrizes que fornecem as quantidades recomendadas de 
macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) para garantir uma alimentação 
equilibrada. As recomendações para idosos são ajustadas conforme o 
envelhecimento, considerando a manutenção da massa muscular e a prevenção de 
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31 
 
doenças crônicas (Garcia, 2007). 
 
• Avaliação da Composição Corporal – Frisancho (1990) 
 
Para a avaliação da composição corporal, foram usados os métodos propostos por 
Frisancho (1990), que avaliam a relação entre a massa muscular, gordura corporal e 
outras medidas antropométricas, como a circunferência braquial e as dobras 
cutâneas. Esse método é amplamente utilizado em estudos populacionais e clínicos 
para avaliar a nutrição e a composição corporal, especialmente em idosos, fornecendo 
uma referência confiável para o diagnóstico de desnutrição e obesidade. 
 
• Recomendações de Nutrientes para Idosos (Garcia, 2007): 
 
• Proteínas: 1,0 a 1,2 g/kg de peso corporal para manutenção de massa magra. 
• Carboidratos: Cerca de 45% a 65% das calorias totais diárias, priorizando 
carboidratos complexos. 
• Lipídios: 20% a 35% das caloriasdiárias, com ênfase em gorduras 
insaturadas. 
• Fibras: 21 a 30 g/dia para promover uma boa função gastrointestinal. 
• Ingestão de água: 2,7 L/dia para mulheres e 3,7 L/dia para homens, de acordo 
com a IOM, ajustado conforme a condição do paciente. 
 
Dados da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) – Obesidade e Baixo Peso 
em Idosos 
• Prevalência de obesidade: Segundo os dados da POF, a obesidade em 
idosos tem se tornado um problema crescente. A pesquisa indica que uma 
porcentagem significativa da população idosa está acima do peso, com 
prevalência maior entre mulheres idosas. 
• Prevalência de baixo peso: Os dados da POF também mostram que, embora 
a obesidade seja prevalente, o baixo peso ainda afeta uma parcela significativa 
dos idosos, especialmente entre os homens, refletindo as alterações 
fisiológicas que ocorrem com o envelhecimento, como a perda de massa 
muscular e alterações no metabolismo energético. 
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32 
 
 
 
 
Fonte: Autoria do acadêmico 
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Fonte: Autoria do acadêmica 
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34 
 
 
Fonte: Autoria do acadêmico 
 
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35 
 
 
Fonte: Autoria do acadêmico. 
 
 
ANAMNESE CLÍNICA NUTRICIONAL 
Estagiário: Juliana Maria Caio 
Local: Lar de permanência de Idosos Maria da Graça 
Nutricionista responsável: Vanessa Biz Aver 
CRN10: 4753-SC 
 
Dados de identificação do paciente: 
Iniciais: S. M. Data de nascimento: 17/01/1950 
Sexo: Masculino Idade:74 
 
Motivo da consulta: 
Objetivo da consulta é promover saúde e longevidade do paciente idoso, com ênfase 
na melhoria da consultoria corporal e no ganho peso, visando reduzir a sarcopenia. 
 
 
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36 
 
Exercícios físicos: 
Quais? Não prática, sedentário 
 
Consumo de bebida alcoolica: 
Não, porém apresenta histórico, de uso de bebida alcoólica em encontros e passeios 
com a família. 
Tabagismo: 
Sim, fuma cigarros desde a adolescência (18 anos), em média 20 cigarros ao dia. 
Não aceita tratamento para cessar o uso. 
 
Horarios de dormir e de acordar: 
Acorda as 07:00 hrs, dorme às 22:00hrs. 
 
Disfunções gastrointestinais: 
Não apresenta. 
Queixas: 
Não apresenta. 
 
Função intestinal: 
Escala de Bristol: Tipo 2 (imagem usada em anexo) 
Frequência: 3x semana. 
 
Dores de cabeça: 
Não apresenta. 
 
Cansaço ou sono excessivo: 
Não, porém sente sono pela tarde as vezes. 
 
Insônia: 
Não apresenta. 
 
Doênças e diagnósticos: 
Hiperplasia prostática, fratura quadril, inapetência, depressão.hospita 
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Histórico familiar de DCNT: 
Sim, cardiopatias. 
 
Cirurgias e internações hospitalares prévias: 
Fratura no quadril outubro 2023. 
 
Uso de medicações: 
Combodart, duloxetina, cilostazol, quetiapina, complexo B, AAS 100mg, Tylex. 
 
AVALIAÇÃO DIETÉTICA: 
Inquérito alimentar recordatório 24hrs. 
 
REFEIÇÃO ALIMENTOS/PREPARAÇÕES QUANTIDADES 
Café da manhã Salada de fruta, pão integral e 
café com leite. 
150g 
30g 
200ml 
Lanche Vitamina de suplemento 
(TROPHIC BASIC) 
250ml 
Almoço Arroz, feijão, carne de panela, 
suco e salada. 
4 colheres (120g) 
1 concha (100g) 
2 colheres (100g) 
200ml 
Janta Sopa com carne e chá 1 prato 300- 350 ml 
200ml 
Ceia Chá com biscoito 4 a 6 unid. 
200ml 
 
 Avaliação Dietética 
A avaliação dietética envolve tanto uma análise quantitativa quanto qualitativa da 
alimentação. Para isso, podem ser utilizados diferentes métodos, como: 
• Recordatório de 24 horas 
• Questionário de Frequência Alimentar 
• História dietética 
• Registro alimentar 
Em idosos, é importante considerar possíveis transtornos cognitivos que podem exigir 
a presença de outra pessoa para fornecer os dados dietéticos. Além disso, 
ferramentas como o Mini Nutritional Assessment (MNA) e Avaliação Subjetiva Global 
(ASG) são recomendadas para a avaliação e classificação do estado nutricional. 
 
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Número de refeições diárias: 
5 refeições diárias. 
 
Local das refeições: 
Refeitório, acompanhada dos outros residentes. 
 
Quem prepara as refeições: 
Cozinheira contratada. 
 
Horário de maior concentração alimentar: 
Almoço. 
 
Aversões alimentar: 
Não, possui. 
 
Preferências alimentares: 
Preferências por alimentos doces com alta densidade calórica. 
 
Alergia alimentar: 
Não possui. 
 
Compulsão alimentar: 
Sim, doces e balas. 
 
Ingestão de água: 
Menor ou igual a 300ml/ 350ml. 
 
Consumo de frituras: 
Não são permitidos o consumo de fritura na casa de repouso, porém a família leva a 
paciente a restaurantes cafés e pizzarias. 
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39 
 
 
Consumo de doces: 
Sim em festas datas comemorativas e visita dos familiares. 
 
Consumo de café: 
2 X dia café com leite e açúcar. 
 
Consumo de alimentos diet/light: 
O lar oferece dieta padronizada para todos. 
 
• AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
A Antropometria é um método objetivo, não invasivo, de baixo custo, fácil aplicação e 
seguro. As medidas antropométricas utilizadas foram: peso, altura, IMC, CB e CP. 
 
• ANTROPOMETRIA: 
Peso: 55,10 kg Altura: 1,74 cm 
CP: 30cm CB: 22cm 
CA:80cm CC: 86 cm 
CQ: 88cm RCQ: 
Data da aferição: 23/08/2024 
 
Estatura: 
Após os 40 anos, há uma redução de 1 a 2,5 cm na altura. A redução nos homens 
varia de 1,9 a 6,7 cm, e nas mulheres, de 2 a 6 cm. Os principais motivos são: 
• Envelhecimento da coluna vertebral; 
• Redução dos discos intervertebrais; 
• Achatamento das vértebras; 
• Acentuação da cifose dorsal, lordose e escoliose. 
A medição da altura deve ser feita com fita métrica, com o paciente em posição ereta, 
pés juntos e olhando para o horizonte. 
 
Peso corporal: 
O peso corporal tende a declinar com a idade, sendo influenciado por fatores como: 
• Redução da água corporal; 
• Redução do peso das vísceras; 
• Redução da massa muscular. 
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40 
 
 
Para medir o peso, deve-se utilizar uma balança digital, com o paciente em pé e ereto. 
 
 
Índice de Massa Corporal (IMC): 
IMC: 55,10 kg/ (1,74) ² = Baixo peso: 18,2 
 
IMCdaqueles utilizados para adultos, devido às alterações 
fisiológicas, como o declínio da altura, redução da massa muscular e da água corporal, 
além das alterações ósseas decorrentes da osteoporose. O objetivo do IMC é avaliar 
a adequação do peso em relação à altura. (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA 
SAÚDE, 2024). 
 
Classificação da panturilha: 
 
>31 ADEQUADO 
 inadequado 
 
 
A circunferência do braço (CB) é amplamente utilizada para avaliar a massa muscular, 
especialmente em combinação com a medida da prega cutânea do tríceps (PCT), que 
permite o cálculo da circunferência muscular do braço (CMB) e da área muscular do 
braço (AMA), correlacionando-se com a massa muscular total. Já a circunferência da 
panturrilha (CP), de acordo com a orientação da OMS, é considerada a medida mais 
sensível para avaliar a massa muscular em idosos, sendo superior à circunferência 
do braço (LIMA et al., 2015). 
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41 
 
Pontos de corte da CC para risco de desenvolvimento de Doenças 
Cardiovasculares e Metabólicas 
 
SEXO RISCO ELEVADO 
(OMS, 1998) 
RISCO MUITO ELEVADO 
(NCEP, 2000) 
Masculino > 94 cm > 102 cm 
Feminino > 80 cm > 88 cm 
OMS Organização Mundial da Saúde, 1998 
NCEP National Cholesterol Education Program, 2000. 
 
CC = 86 cm (Não apresenta risco) 
 
 
Fórmula Relação Cintura- Quadril 
 
RQC = Circunferência da Cintura (CC) 
 Circunferências do quadril (CQ) 
 
 
RQC = 86 cm (CC) 
 88 cm (CQ) 
 
 RQC = 0,9 
 
 
 
Pontos de corte da RQC para risco de desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares e metabólicas (OMS 1998). 
 
Sexo Valores de risco 
Masculino > 1,0 
Feminino >0,85 
 
CÁLCULO DE ADEQUAÇÃO DA CB: 
 
Adequação da CB= CB obtida (cm) x 100 
 CB percentil 34.3 
 
Cálculo: CB 22cm x 100 = 64,13 % 
 34,3 
Classificação: Desnutrição grave (120% 
 
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42 
 
 
 
• Medicamentos e classe terapêutica: 
MEDICAÇÕES CLASSE TERAPÊUTICA 
 
Vannair Corticosteroide inalatório e 
broncodilatador 
Pinazan Antipsicótico 
Aripiprazol Antipsicótico 
Rivaroxabana Anticoagulante oral 
Spiriva Anticolinérgico broncodilatador para 
tratamento de DPOC e asma. 
 
 
 
 
 
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• Exames laboratorias, referência e interpretação: 
Os exames laboratoriais não estão disponíveis, conforme determinação da 
proprietária da casa de repouso. 
 
• Exame físico: 
O exame físico deve registrar a impressão sobre o estado geral do paciente por 
meio da observação e relato deste. Aspectos como ânimo, depressão, fraqueza, 
tipo físico, estado de consciência, discurso e movimentos corporais devem ser 
investigados. O exame deve ser realizado de forma sistemática e progressiva, 
começando pela cabeça e avançando até a região plantar. Inicia-se pelo cabelo, 
seguido dos olhos, narinas, face, boca (lábios, dentes, língua), tórax (abdome), e 
prossegue com a avaliação dos membros superiores (unhas, região palmar) 
(Sampaio, 2020). 
 
 
Capacidade física 
 
Deambulando 
 
Cabelo Cabelo brilhantes, hidratados, 
apresenta bastante cabelo 
Olhos Brilhantes, membranas róseas, boa 
visão 
Lábios Corados e sem lesões 
Língua Coloração adequada e integridade 
papilar 
Mucosas Normocorada 
Pele Integra 
Dentição Uso de prótese 
Gengiva Ausência de sangramento 
Unhas Uniformes, lisas, firmes 
Abdômen Ausência de alterações 
Tecido subcutâneo Apresenta excesso de tecido adiposo 
Tecido muscular esquelético Ausência de alterações aferidas 
Sistema nervoso ausência de alterações aferidas 
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Condição hídrica ausência de alterações aferidas 
Fonte: Sampaio, S. A. P., & Rivitti, E. A. (2020). Disponível em: 
https://books.scielo.org/ide/ddxwv/pdf/sampaio-9788523218744-04.pdf. 
Bioimpedância (em anexo) 
 
• Necesidades nutricionais: 
 
Para determinar as necessidades dietéticas, utilizam-se os cálculos da Taxa 
Metabólica Basal (TMB) com as equações de Harris-Benedict, bem como as 
Recomendações de Nutrientes do Idoso do Institute of Medicine (IOM). As Dietary 
Reference Intakes (DRIs) para macronutrientes também são aplicadas na avaliação 
da ingestão alimentar dos idosos. (IOM, 2006; Harris Benedict 1918). 
 
TMB (Harris Benedict) 
 
Homens: 66,5 + (13,8 x P) + (5 x E) – (6,8 x I) 
66,5 + (13,8 x 55,10) + (5 x 174) – (6,8 x 74) 
66,5 + 760,38 +870 -503,20 
1696,88 – 503,20 
1,193,68 kcal 
 
Onde: 
P: Peso em kg 
E: Estatura em cm 
I: Idade em anos. 
 
RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES DO IDOSO IOM (Institute of medicine) 
 
Homens: 662 - (9,53 x I) + AF x (15,91 x P) + (539,6 x E) 
662 – 705,22 + 1 x (876,64) + 938,9) 
662 – 2.520,76 
1.858,76 kcal 
 
Recomendações de Nutrientes do Idoso, DRI´s Macronutrientes: 
 
Os carboidratos devem representar de 50 a 60% do valor energético total (VET) da 
dieta do idoso, com variação aceitável de 45 a 65%. A RDA (Recommended Dietary 
Allowance) das DRI’s (Dietary Reference Intakes) é de 130g/dia, e a EAR (Estimated 
Average Requirement) é de 100g/dia. É recomendado que, no máximo, 10% provenham 
de açúcares simples, com preferência para o consumo de carboidratos complexos. 
As proteínas devem representar de 10 a 35% do VET, com RDA de 0,8g/kg/dia para 
ambos os sexos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão de 
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0,8 a 1g/kg/dia para idosos saudáveis, sem doença renal. 
 
Em relação aos lipídeos, devido à alteração na lipólise e na oxidação de gorduras 
nessa fase, recomenda-se uma distribuição de 20 a 35% do VET. A OMS sugere uma 
ingestão de 15 a 30% do VET, com um máximo de 10% de gorduras saturadas e de 6 a 
10% de poli-insaturados, sendo 5 a 8% de ômega 6 e 1 a 2% de ômega 3 (Garcia, 2007). 
Planos dietéticos: 
 
CAFÉ DA MANHÃ 
 
2.200 = 100% 
X = 20% 
 
 
2.200 x 20% = 440 kcal 
 100 
 
CHO: 40% 
440 x 40% =176 kcal 
 
PTN: 20% 
440 x 20% = 88 kcal 
 
LIP: 15% 
440 x 15% = 66 kcal 
 
FB: 25% 
440 x 25% = 110 kcal 
 
*176 x 88 x 66 x 110 = 440 kcal 
 
 
LANCHE DA MANHÃ 
 
2.200 = 100% 
X = 10% 
2.200 x 10% = 220 kcal 
 100 
 
CHO: 40% 
220 x 40% = 88 kcal 
PTN: 20% 
220 x 20% = 44 kcal 
LIP: 15% 
220 x 15% = 33 kcal 
FB: 25% 
220 x 25% = 55 kcal 
*88 + 44 + 33 + 55 = 220 kcal 
 
ALMOÇO 
 
2.200 = 100 % 
X = 30% 
2.200x 30% = 660 kcal 
 100 
CHO: 40% 
660 x 40% = 264 kcal 
PTN: 20% 
660 x 20 % = 132 kcal 
LIP: 15% 
660 x 15 % = 99 kcal 
FB: 25% 
660 x 25 % = 165 kcal 
*264+132+99+165= 660 kcal 
 
LANCHE DA TARDE 
 
2200 = 100 % 
X = 10 % 
2.200 x 10 % = 220 kcal 
 100 
CHO: 40 % 
220 x 40% = 88 kcal 
PTN: 20% 
220 x 20% = 44 kcal 
LIP: 15% FB: 25% 
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220 x 15% = 33 kcal 
 
220 x 25% = 55 kcal 
 
*88+44+33+55=220 kcal 
 
 
 
 
 
 
JANTAR 
 
2.200 = 100 % 
X = 30 % 
2.200x 30 % = 660 kcal 
 100 
CHO: 40% 
660 x 40% = 264 kcal 
PTN: 20% 
660 x 20 % = 132 kcal 
LIP: 15% 
660 x 15 % = 99 kcal 
FB: 25% 
660 x 25 % = 165 kcal 
*264+132+99+165= 660 kcal 
 
Total = 440+220+660+220+660= 2.200 kcal 
 
Estado Nutricional paciente: 
 
Diagnóstico Nutricional: Desnutrição moderada. 
Anamnese Alimentar: 
• Sedentário. 
• Fumante. 
• Em recuperação de uma fratura de quadril. 
• Realiza quatro refeições ao dia, nega o jantar. 
• Baixo consumo de água (

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