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Profa. Ma. Su Stathopoulos UNIDADE III História da Arte O que significa ser contemporâneo? O que é arte contemporânea? Um milhão de Pontos de Luz (2005), Alfredo Jaar, Lamento das Imagens, Sesc Pompeia, dez/2021. Fonte: Su Stathopoulos. O que é arte contemporânea? Fonte: Su Stathopoulos. O que é contemporâneo? Pertence, realmente, ao seu tempo, é, efetivamente, contemporâneo, aquele que não corresponde impecavelmente com este, nem está ajustado às suas aspirações e é, dessa maneira, portanto, inatual; mas, justamente, por isso, precisamente, através desse afastamento e desse anacronismo, ele é apto, mais do que os outros, de observar e conhecer o seu tempo. Museu da Língua Portuguesa, São Paulo. Fonte: Su Stathopoulos. A contemporaneidade, portanto, é uma singular relação com o próprio tempo Exposição coletiva: Língua Solta, Museu da Língua Portuguesa. Fonte: Su Stathopoulos. Sobre o contemporâneo: o rompimento com as tradições artísticas e o surgimento de novas oportunidades de realce para a arte cederam a abertura para se criar um dos principais paradigmas da arte contemporânea, isto é, uma linguagem que faz uso de meios que, até então, não podiam ser pensados. Nas palavras de Paviani (2003, p. 44), “hoje, a arte implica certo imprevisto, pois tudo é arte, nada é arte” e o que acontece é que, ao mesmo tempo, convivem as variadas formas de expressão, havendo, deste modo, a necessidade de que se abram os mecanismos para o seu conhecimento. Sobre o contemporâneo O contemporâneo Obra de Rie Hosokai e Takashi Kawada, em Equilíbrio, Japan House, São Paulo. Trabalho contemporâneo com balões, que costumamos associar às comemorações e festividades. Fonte: Su Stathopoulos. Desejo do artista contemporâneo O artista contemporâneo não deseja que a sua obra transmita uma mensagem pronta e completa de maneira indiferente e impessoal; ele pretende, sobretudo, atingir o espectador em seu estado mais íntimo. Arte em Campo – Exposição coletiva. Fonte: Su Stathopoulos. O que é ser contemporâneo? Agamben (2009, p. 62) aponta outra definição da contemporaneidade: contemporâneo é aquele que permanece firme o olhar no seu momento, para nele sentir, não as luzes, mas a escuridão. Memorial da Resistência. Fonte: Su Stathopoulos. Arte digital A tecnologia faz parte da contemporaneidade, que engloba a arte, mas não mais produzida à mão, mas por máquina, entende- se por arte digital todo o tipo de expressão artística realizada através de meios eletrônicos. Fonte: Su Stathopoulos (foto digital). Arte e tecnologia A arte e tecnologia andam juntas; várias tendências artísticas são derivadas da arte digital. Como, por exemplo: Video Art Mail Art, Web Art e Bio Art. Abordaremos com mais profundidade a Web Art, por sua significância no universo das artes. WEB ART – Jake Tilson, seleção de telas de O cozinheiro, desde 1994. Fonte: Dempsey (2010, p. 286). Um objeto de arte – e vou usar uma palavra da moda, mas que já uso há muito tempo – tem que te sequestrar, mesmo que por milésimos de segundos. Tem que te tirar daquele lugar e daquele tempo em que você o está vendo. Quando essa relação se estabelece, você está, potencialmente, sob o meu ponto de vista, diante de uma situação de arte. Fonte: Cildo Meireles (apud Mariotto, 2007, p. 69). A pergunta que não quer calar: de quem e do que somos contemporâneos? Assinale, a seguir, a alternativa correta a respeito da arte contemporânea: Interatividade a) Hoje, a arte implica certo planejamento, pois tudo é arte e nada é arte, e o que acontece é que, ao mesmo tempo, convivem variadas formas de expressão, havendo, deste modo, a necessidade de que se abram os mecanismos para o seu conhecimento. b) O artista contemporâneo deseja que a sua obra transmita uma mensagem pronta e completa de maneira direta e pessoal; ele pretende, sobretudo, atingir o espectador em seu estado mais íntimo. c) Sobre a arte contemporânea: o rompimento com as tradições artísticas e o surgimento de novas oportunidades de realce para a arte cederam a abertura para se criar um dos principais paradigmas da arte contemporânea, isto é, uma linguagem que faz uso de meios que, até então, não podiam ser pensados. Interatividade d) A arte contemporânea transfigurou-se mais ainda e atingiu momentos fundos de exatidão, ratificando, assim, a sua essência de constante assertividade. Jamais usufruíra de imensa pluralidade de meios de manifestação, como atualmente. e) A arte contemporânea fornece os elementos, suficientemente, fortes para a construção de um novo modo de preservação estética; ela pode servir de norte para os crédulos espectadores contemporâneos. Interatividade c) Sobre a arte contemporânea: o rompimento com as tradições artísticas e o surgimento de novas oportunidades de realce para a arte cederam a abertura para se criar um dos principais paradigmas da arte contemporânea, isto é, uma linguagem que faz uso de meios que, até então, não podiam ser pensados. Resposta A World Wide Web, surgida em 1989, pelo cientista britânico Timothy Berners-Lee para contribuir com os físicos que labutavam no Laboratório Europeu de Física de Partículas. Deu lugar à atividade de arte por volta dos anos 1990, quando, ainda, havia por volta de 5 mil usuários com os seus próprios sites. Nos últimos anos do século XX, um imenso aumento de usuários contribuiu com o rápido avanço global da Web Art. O centro midiático Ljudmila, na Eslovênia, lançado pelo Open Society Institute, de George Soros, renovou ao combinar sites de artistas com as iniciativas de educação. Web Art A Web Art é democrática e a interatividade é a sua principal característica. Imagem, movimento, texto e som agrupados pelos artistas podem ser navegados pelos usuários em suas próprias composições multimídias, das quais a autoria final será aberta. Os audientes tornam-se os usuários. Alguns projetos chamam a atenção: eles ressaltam o quanto a Web Art é multimeios, interconectando-se com outras linguagens artísticas, como a arte perfomática. Segundo Dempsey (2010, p. 286), para os artistas, o universo da internet oferta uma nova maneira de distribuir e uma nova mídia, com as peculiaridades próprias. Umas dessas peculiaridades é a tecnologia, que molda os materiais. Web Art Web Art Meu namorado voltou da guerra (1996), Olia Lialina. Sites interativos como da Olia Lialina mostram a afinidade com a literatura e o cinema, mas com a diferença fundamental de que o participante controla a sequência do texto e das imagens, com o objetivo de produzir novas opções de história. Fonte: Dempsey (2010, p. 288). Ao contrário de processos fundados em pixels, formas respaldadas em vetores podem ser levadas para qualquer escala de dimensão sem perder a qualidade. Web Art O norte-americano Peter Stanick (www.stanick.com) inventa pinturas digitais de alto impacto, que relembram a arte pop e se referem às cenas de New York, como a continuidade da abordagem mecânica dos artistas pop Roy Lichtenstein e Andy Warhol. Fonte: https://www.stanick.com/index2. html. Acesso em: 20 dez. 2021. Web Art O norte-americano Peter Stanick inventa as pinturas digitais de alto impacto que relembram a arte pop, que lembram as obras de Roy Lichtenstein e Andy Warhol. Fonte: https://www.stanick.com /index2.html. Acesso em: 20 dez. 2021. NFT: NFT é a sigla para Non-Fungible Token ou Token Não Fungível; Se você tem uma nota de 5 reais você pode trocá-la por outra de mesmo valor; logo, ela é um exemplo de Token Fungível; já uma obra de arte não se pode substituir por outra, esse é um exemplo de Token não Fungível, pois ele é algo único. É uma criptoarte; Você pode pensar em NFT como um certificado digital de autenticidade; Para entender, exatamente, como funciona e como se aplica ao mundo da arte, é necessário, primeiro, entender dois conceitos. Você sabe o que é NFT? Blockchain: é um livro-razão, ou livro contábil compartilhado e imutável, utilizado para registrar as transações e rastrear os ativos de uma rede empresarial. Ethereum: é uma rede blockchain descentralizada que executa a implementação de aplicações descentralizadas (dapps) e contratos inteligentes. Dapps são programas de computador que removem a necessidade de intermediários em, basicamente, qualquer serviço centralizado. Os NFTs podem ser qualquer tipo de ativo digital, desde imagens, músicas, obras de arte ou, até, memes. O NFT começa com o registro da propriedade de um ativo digital em um blockchain, (geralmente, na Ethereum), e, em seguida, pode ser comercializado por meio de criptomoedas. NFT NFT Em 2021, esse assunto foi pauta em todo o mundo; em especial em março, quando o artista Mike Winkelmann, conhecido como Beeple, vendeu a obra digital Everydays: The First 5000 Days, em uma das empresas de arte mais importantes do mundo, a Christie’s, pelo valor de 69 milhões de dólares. Fonte: BBC News. Disponível em: https://www.bbc.com/news/entertainment- arts-56368868 Acesso em: 20 dez. 2021. O item se trata de uma “colagem” de 5 mil obras do artista que, no dia 01 de maio de 2007, postou uma nova obra de arte on-line; ele repetiu esse processo por mais de 13 anos e reuniu tudo em Everydays: The First 5000 Days. NFT Crossroad, também de Beeple, foi vendida por US$ 6,66 milhões; essa obra traz mensagens contra o Trump. Fonte: https://www.artnews.com/art-news/news/beeple-nft-artwork-nifty- gateway-sale-1234584701/ Acesso em: 20 dez. 2021. Embora os NFTs estejam causando grande comoção no mundo da arte, esse não é o único universo a decidir investindo nessa tecnologia: Esportes: A NBA (National Basketball Association) escolheram, a dedo, 20 momentos individuais da temporada 2020-2021; Fotografia: Em 2021, a fotógrafa Kate Woodman vendeu a fotografia Always Coca-Cola como NFT pelo valor de US$ 20 mil; Meme: O meme da cadela da raça Shiba Inu com “cara de preocupada” se popularizou, nos últimos anos, e foi vendido como NTF por US$ 4 milhões; NFT Música: A banda Kings of Leon lançou o seu último álbum, When You See Yourself, como Token não fungível; Pabllo Vittar lançou o seu novo álbum, Batidão Tropical, aderindo a tendência dos NFTs; Cinema: Leilão de sete cenas inéditas da obra Pulp Fiction como NFTs, (diretor: Quentin Tarantino); a Vogue Singapore (Singapura) entra, completamente, na vanguarda do universo da moda, pois produziu duas capas disponíveis em ativos digitais, no mês de setembro, entrando de cabeça no mundo NFT. NFT NFT As capas, denominadas de The RanaiXance Rising, foram elaborada pela casa de moda digital The Fabricant, criadas para a edição de setembro; foram fotografadas pela fotógrafa Shavonne Wong, que transformou a imagem em 3D, mostrando um avatar andrógino ornamentado em uma Kebaya majestosa e saltada, inspirada no Sudeste Asiático e nos deslumbrantes trajes do Império Majapahit, que remetem aos anos 1300. Fonte: Vogue (capa), set., 2021. NFT é a sigla para Non-fungible Token ou Token não Fungível. Se você tem uma nota de R$ 5,00 você pode trocá-la por outra de mesmo valor; logo, ela é um exemplo de Token Fungível; já uma obra de arte não se pode substituir por outra; esse é um exemplo de Token não Fungível, pois ele é algo único, é uma criptoarte. A respeito do NFT – Non-fungible Token ou Token não Fungível, não podemos afirmar que: a) O termo existe desde 2012, e para Marcus Walena (2012), você pode pensar em NFT como um certificado digital de autenticidade. b) Blockchain: é um livro-razão, ou livro contábil compartilhado e imutável, utilizado para registrar as transações e rastrear os ativos de uma rede empresarial. c) Os NFTs podem ser qualquer tipo de ativo digital, desde imagens, músicas, obras de arte ou, até, memes. d) Ethereum: é uma rede blockchain descentralizada que executa a implementação de aplicações descentralizadas (dapps) e contratos inteligentes. e) Dapps são programas de computador que inserem a presença de intermediários em, basicamente, qualquer serviço centralizado. Interatividade NFT é a sigla para Non-fungible Token ou Token não Fungível. Se você tem uma nota de R$ 5,00 você pode trocá-la por outra de mesmo valor; logo, ela é um exemplo de Token Fungível; já uma obra de arte não se pode substituir por outra; esse é um exemplo de Token não Fungível, pois ele é algo único, é uma criptoarte. A respeito do NFT – Non-fungible Token ou Token não Fungível, não podemos afirmar que: a) O termo existe desde 2012, e para Marcus Walena (2012), você pode pensar em NFT como um certificado digital de autenticidade. b) Blockchain: é um livro-razão, ou livro contábil compartilhado e imutável, utilizado para registrar as transações e rastrear os ativos de uma rede empresarial. c) Os NFTs podem ser qualquer tipo de ativo digital, desde imagens, músicas, obras de arte ou, até, memes. d) Ethereum: é uma rede blockchain descentralizada que executa a implementação de aplicações descentralizadas (dapps) e contratos inteligentes. e) Dapps são programas de computador que inserem a presença de intermediários em, basicamente, qualquer serviço centralizado. Resposta Bienal – 34ª Bienal de Arte de São Paulo O verso do poema, Madrugada Camponesa, de Thiago de Mello, poeta amazonense, publicado em 1965, foi inspiração ao título da 34ª. Bienal, Faz escuro mas eu canto. Fonte: Su Stathopoulos. Toda exposição que ocorra a cada dois anos condiz com ela. Com efeito, contudo, a Bienal propõe-se atingir uma finalidade digna: aferir os desdobramentos dos últimos 24 meses, no vasto campo da arte contemporânea internacional, e condensá-los em uma exposição única. Através dos últimos vinte anos, as bienais se reverteram à superexposição por excelência, a forma definitiva de exposição em grande proporção em tempos de globalização. Nenhum outro formato de exposição foi observado, criticado e refutado mais do que a Bienal. Fonte: Hoffmann (2017, p. 11). Definição de Bienal Vista panorâmica da 34ª Bienal. Fonte: Su Stathopoulos. Os curadores eram os guardiões intelectuais dos museus, do século XVIII até o século XX. Na atualidade, contudo, essa designação mudou drasticamente. Desse modo, como os artistas, os curadores têm, cada vez mais, de brigar contra a dispersão e a falta de definição do seu próprio campo. O curador, ainda, é incumbido por oferecer o contexto. Ao invés de colocar os objetos em uma narrativa singular, sequencial e cronológica, a ordem atual é fazer com que as coisas se conversem entre si, colocando-as com uma série distinta de histórias, ficções e micro-histórias. Fonte: Hoffmann (2017, p. 15-17). Esta versão atual: Faz escuro mas eu canto, tem a participação de 91 artistas e 1.100 trabalhos, de todos os continentes. Definição de curador Percorrendo a 34ª Bienal Trata-se de uma performance, instalação. Em Levante/Amolador de Facas, Paulo Nazareth apresenta uma pilha de peças de ferro-velho, que, aos poucos, se transforma em uma pilha de metais cortantes pela ação de uma pessoa contratada, que, eficientemente, os amola, trabalhando em uma mesa com pedra rebolo, pedaços de tecidos e outras peças próprias para o ofício. Performance, instalação de Paulo Nazareth: Levante/Amolador de Facas: Fonte: Su Stathopoulos. Instalação: é uma demonstração artística contemporânea construída por elementos organizados em um ambiente expositivo. Ela pode ter um caráter fugaz ou pode ser desmontada e reformulada em outro espaço, e narra histórias com a colaboração de objetos diversos. Instalação Menos (2015-2021) é umainstalação que se transforma a cada lugar que ocupa. A obra causa impacto pela forma curiosa das peças, que são feitas com caixas de papelão de supermercado. Fonte: Su Stathopoulos. Ponto; Linha; Forma; Direção; Tom; Cor. A importância dos elementos básicos da comunicação visual Mauro Restiffe Instalação com políptico de 40 fotografias, abordando três séries: Empossamento (2003); Empossamento revisitado (2003); Inominável (2019). Fonte: Su Stathopoulos. Hélio Oiticica Após o seu retorno em uma entrevista concedida, o artista comentou sobre a amargura em perceber que já não conseguiria esbarrar alguns dos seus amigos que fizera em torno da década de 1960, no samba, nos morros do Rio, designando esses vazios ao extermínio consecutivo de uma parte da população pelas mãos do Estado. Ele tinha descoberto que havia um programa de carnificina, pois a maioria das pessoas que ele convivia na Mangueira, ou estavam presas ou foram executadas. Oiticica fez uma carta para a fotógrafa Martine Barrat, em que comentava um “parangolé- área” chamado A ronda da morte. Esboço para o projeto do parangolé-área: A ronda da morte, (mai., 1979), Hélio Oiticica. Fonte: Catálogo (2021, p. 196). Frederick Douglass A série com os retratos de Frederick Douglass, é mostrada, de maneira, praticamente, completa, pela primeira vez em um ambiente expositivo de arte. Fonte: Su Stathopoulos. Arjan Martins As obras são conectadas pelas cordas estendidas pelo vão do Pavilhão da Bienal, tanto a obra de Arjan, quanto os retratos de Douglass. Menção abstrata e poética aos triângulos desenhados pelos navios negreiros entre a Europa, a África e as Américas; atravessam-se fluxos de imagens, saberes e corpos, que são testemunhas de que é viável, transformar as dores de hoje e de ontem em combustível para reivindicar a estruturação de bases para um futuro mais honesto. Complexo Atlântico (Cordas). Fonte: Su Stathopoulos. Paulo Freire Painel de interatividade, no Círculos de Arte, evento educacional, ofertado pela organização da 34ª Bienal de Arte, cujo tema eram as frases inspiradoras de Paulo Freire. Fonte: Su Stathopoulos. Jaider Esbell Vista da série: O ataque do Kanaimé, trabalho de Jaider Esbell, em acrílica sobre tela. Durante a realização da 34ª Bienal, uma fatalidade aconteceu, Jaider Esbell faleceu, no dia 02 de novembro de 2021. Deixou um profundo vazio no universo da arte e na história de luta da população indígena brasileira. Fonte: Su Stathopoulos. Obra de Alfredo Jaar: Geografia = Guerra. Ela é formada por mais de uma centena de barris pretos metalizados, organizados visceralmente sem uma uniformidade sobre o chão, onde são projetadas as fotografias. Alfredo Jaar Fonte: Su Stathopoulos. Alfredo Jaar Outra obra de Alfredo Jarr: Outras pessoas pensam. Escrita sobre um fundo preto e com letras brancas, é esta a frase que pode- se ler em uma caixa de luz quadrada fixa na parede. O cartaz pode ser levado. Fonte: Su Stathopoulos. Para Jens Hoffmann (2017), “os curadores, hoje, zelam por obras ao fornecer o contexto que permite que os significados proliferem e repercutam em um público. Ao lado de uma aparente desabilitação, há um reinvestimento em capacitação”. Assinale, a seguir, a alternativa incorreta a respeito do papel do curador: Interatividade a) Assim como os artistas, os curadores têm, cada vez mais, de brigar contra a dispersão e a falta de definição do seu próprio campo. b) Nos últimos dez anos, o termo “curar” tem sido, cada vez mais, utilizado para especificar alguma coisa que abarca a seleção e a ordenação de objetos, ou meios de comunicação. c) O curador, ainda, é incumbido por oferecer o contexto. d) Ao invés de colocar os objetos em uma narrativa singular, sequencial e cronológica, a ordem atual é fazer com que as coisas sejam únicas, cada objeto tem a sua própria força, posicionando-os com uma gama diversa de histórias, ficções e micro-histórias. e) Os curadores eram os guardiões intelectuais dos museus, do século XVIII até o século XX. Na atualidade, contudo, essa designação mudou drasticamente. Interatividade a) Assim como os artistas, os curadores têm, cada vez mais, de brigar contra a dispersão e a falta de definição do seu próprio campo. b) Nos últimos dez anos, o termo “curar” tem sido, cada vez mais, utilizado para especificar alguma coisa que abarca a seleção e a ordenação de objetos, ou meios de comunicação. c) O curador, ainda, é incumbido por oferecer o contexto. d) Ao invés de colocar os objetos em uma narrativa singular, sequencial e cronológica, a ordem atual é fazer com que as coisas sejam únicas, cada objeto tem a sua própria força, posicionando-os com uma gama diversa de histórias, ficções e micro-histórias. e) Os curadores eram os guardiões intelectuais dos museus, do século XVIII até o século XX. Na atualidade, contudo, essa designação mudou drasticamente. Resposta Após gerar uma coleção de imagens de vulcões, Carmela Gross as editou digitalmente, até formar um grupo de signos de alto contraste e contornos irrefutáveis. A obra Boca do Inferno (2020), é uma série com 150 monotipias sobre a seda e o papel. Carmela Gross Fonte: Su Stathopoulos. Monotipia é uma técnica de impressão bem simples. Consegue-se, com esta técnica, a reprodução de um desenho ou uma mancha de cor, em uma prova única; por isso, a denominação de monotipia. Monotipia A obra Boca do Inferno (2020), é uma série com 150 monotipias sobre a seda e o papel. Fonte: Su Stathopoulos. A presença de Carolina Maria de Jesus nesta Bienal, com os seus inéditos manuscritos, depois do Quarto de despejo, ressalta a eloquência de se enxergar para além desse livro, em que se pende a realizar a redução da abrangente imagem da escritora. Um convite para se pensar: quais corpos e histórias estão em grande processo de transformação. Carolina Maria de Jesus Fonte: Su Stathopoulos. Daiara Tukano Obra: Kahtiri Ēõrõ – Espelho da vida (2020), em plumas em sede e espelho. A plumária é inspirada nos tradicionais mantos Tupinambá, confeccionado de penas do Guará. Daiara Tukano Dabucuri no céu (2021), um conjunto de quatro pinturas suspensas que apontam os pássaros sagrados: gavião-real, urubu-rei, garça-real e arara- vermelha, os miriã porã mahsã que vivem na camada do céu que não permite que o sol incendeie a terra fértil. Fonte: Su Stathopoulos. Marinella Senatore Obra de Marinella Senatore: “Nós erguemos ao levantar outras pessoas” [We rise by Lifting Others], inspirada na frase do escritor e político Robert Ingersoll (1833-1899), é a obra que mais causa impacto no espaço expositivo da 34ª Bienal. Fonte: Su Stathopoulos. Lygia Pape Agrupadas, as obras desses combos exibem-se como utopias que confluem o empirismo de Lygia Pape com marcas do morticínio colonial. Obra Amazoninos vermelhos (1989-2003), de Lygia Pape. Trabalho feito em ferro e tinta automotiva. Fonte: Su Stathopoulos. Sueli Maxakali é uma liderança indígena, educadora, fotógrafa e produtora de audiovisual, participa da exposição com a instalação Kūmxop Koxuk yōg (Os espíritos das minhas filhas), um composto de objetos, máscaras e vestidos que transportam ao campo mítico das Yãmiyhex, mulheres-espírito. Sueli Maxakali Fonte: Su Stathopoulos. Instalação da artista: Insurgencias botánicas: Phaseolus Lunatus [Insurgências botânicas: Phaseolus Lunatus] (2017/2020), na qual tem uma estrutura hidropônica em que são plantadas mudas de favas da espécie Phaseolus Lunatus, em uma reanimação emblemática do provável mecanismo de comunicação da cultura Moche, uma sociedade peruana pré- Inca. É a única obra orgânica da 34ª Bienal. Ximena Garrido-Lecca Fonte: Su Stathopoulos. Alguns artistas são expoentes no mundo das artes, como é o caso de Carmela Gross,nascida em São Paulo, em 1946. A obra Boca do Inferno (2020) é uma série com 150 monotipias sobre a seda e o papel. A respeito da obra Boca do Inferno (2020), de Carmela Gross, não podemos afirmar que: a) É por essa forma de desabafo e desaforo que a artista apresenta o seu trabalho com a denominação recebida, no século XVII, pelo poeta baiano Mário de Andrade. b) Após gerar uma coleção de imagens de vulcões, Carmela Gross as editou digitalmente, até formar um grupo de signos de alto contraste e contornos irrefutáveis. c) Refez, em seguida, essas imagens, demonstrando centenas de pequenos desenhos a lápis e nanquim sobre o papel. Interatividade d) Ingressou, então, em um ateliê de gravura, no qual processou com a tinta aplicada, diretamente, sobre as chapas metálicas, gerando massas escuras que seriam, em seguida, prensadas sobre o papel ou a seda, em um método que envolve uma precisa dose de casualidade. e) Assim, pela aglomeração de diferentes formações de síntese e transferência, a artista estruturou um grande painel de manchas amotinadas, que, em suas repetições e desigualdades, metabolizam a sua revolta ante a conjuntura brasileira contemporânea. Interatividade Alguns artistas são expoentes no mundo das artes, como é o caso de Carmela Gross, nascida em São Paulo, em 1946. A obra Boca do Inferno (2020) é uma série com 150 monotipias sobre a seda e o papel. A respeito da obra Boca do Inferno (2020), de Carmela Gross, não podemos afirmar que: a) É por essa forma de desabafo e desaforo que a artista apresenta o seu trabalho com a denominação recebida, no século XVII, pelo poeta baiano Mário de Andrade. Resposta AMGABEN, G. O que é o Contemporâneo? e outros ensaios. Tradutor Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó/Sc: Argos, 2009. CATÁLOGO. 34ª Bienal de São Paulo. Faz escuro, mas eu canto: Catálogo/2021. DEMPSEY, A. Estilos, escolas & movimentos. São Paulo: Cosac & Naify, 2010. HOFFMANN, J. Curadoria de A a Z. Rio de Janeiro, 2017. MARIOTTO, G. O sublime kantiano no horizonte da arte contemporânea. 2007. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2007. NFT Art. WALENA, M. (2012). Disponível em: http://walena.de/ Acesso em: 13 nov. 2021. PAVIANI, J. Estética Mínima: notas sobre arte e literatura. 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. Referências ATÉ A PRÓXIMA!