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Técnico em 
Radiologia
Módulo I
Constituição básica da célula
Professora Aline Delani
Dúvidas da última aula
• Qual a preocupação sobre o efeito radioativo em técnicos em radiologia?
A exposição contínua e não protegida à radiação ionizante pode levar ao 
desenvolvimento de diversas doenças ocupacionais, algumas das quais 
incluem: catarata, doenças cardiovasculares e câncer, além disso problemas 
neurológicos como distúrbios cognitivos e alterações comportamentais.
- Norma Regulamentadora 32 (NR 32) e o Plano de Proteção Radiológica são 
exemplos de documentos oficiais que estabelecem normas de segurança para 
a área.
• Quais são os tipos de radiação utilizados no tratamento de doenças?
Fontes de cobalto-60 liberam fótons sob forma de raios γ
https://almeidaematos.com.br/quem-trabalha-com-raio-x-pode-desenvolver-doenca-do-
trabalho/#:~:text=Trabalhadores%20que%20operam%20equipamentos%20de,prote%C3%A7%C3%A3o%20para%20trabalhadores%20dessa%20%C3%A1rea.
Ácidos 
Nucléicos
Proteínas lipídeos
Carboidrat
os
Doenças 
genéticas
Anemias 
perniciosa
s
Aterosclero
se
Diabetes 
Mellitus
Bioquímica
Medicina
OMS define saúde
“Completo bem estar físico, mental e social e 
não meramente a ausência de doença e 
enfermidade”
A saúde pode ser considerada como aquela situação na qual todas, as 
milhares de reações intra e extra celulares que ocorre no organismo, 
estão ocorrendo em velocidades compatíveis com a sua sobrevida 
máxima, no estado fisiológico
Constituição Básica da célula 
O organismo humano é uma 
estrutura muito complexa, cuja 
menor unidade com funções 
próprias é a célula. 
Núcleo (eucarióticas) de grande 
importância no estudo da 
Radiobiologia, visto que nele está 
contido o material genético do 
ser humano.
Composição bioquímica 
98% da massa corporal
Composição do corpo humano
75% Água
13% Proteínas
6% Ácidos Nucléicos
3% Carboidratos
2% Sais Minerais
1% Outros
Componentes químicos dos seres
C – Carbono: moléculas orgânicas
H – Hidrogênio: moléculas orgânicas, água
O – Oxigênio: moléculas orgânicas, água
N – Nitrogênio: ATP, bases nitrogenadas, 
proteínas
P – Fósforo: ATP, DNA, RNA
S – Enxofre: algumas proteínas/enzimas
Constituição Básica da célula 
Embora as células sejam muito diferentes na aparência, tanto externa quanto
interna, certas estruturas são comuns às células animais e vegetais. Assim, elas são
envolvidas por uma membrana citoplasmática e contêm, na maioria dos casos, um
núcleo facilmente identificável.
O corpo humano tem aproximadamente 50 a 100 
trilhões de células.
Célula
• As células são as menores unidades vivas do corpo e 
realizam todas as funções necessárias para sustentar a vida. 
Cada célula pode: 
• obter nutrientes e outras substâncias essenciais dos fluidos 
corporais circunvizinhos;
• utilizar os nutrientes para produzir as moléculas de que 
necessita para sobreviver;
• eliminar seus resíduos;
• manter seu formato e integridade;
• multiplicar -se. 
Organelas celulares
As células humanas têm três partes 
principais: a membrana plasmática, o 
citoplasma e o núcleo. A membrana 
plasmática é a delimitação externa. A 
parte interna da membrana é o 
citoplasma, que compõe a maior 
parte da célula, contém a maioria 
das organelas celulares e envolve o 
núcleo. O núcleo controla as 
atividades celulares e fica próximo 
ao centro da célula.
Membrana Plasmática
Essa camada fina e flexível define a extensão da célula, separando dois dos principais 
compartimentos aquosos do organismo: o fluido intracelular, que se encontra dentro 
das células, e o fluido extracelular, que fica do lado de fora e entre as células.
A função da membrana, além de proteger e estabelecer os limites físicos da célula está
associado ao fato de que todos os nutrientes, secreções e rejeitos precisam passar por esta
barreira. A membrana tem aproximadamente 7,5 nm de espessura, é composta primariamente
de fosfolipídios (20 a 30%) e proteínas (50 a 70%). Ao contrário das paredes das células de
muitos vegetais, que é feita em 98% de celulose, a membrana celular precisa de constante
renovação química. Por meio de uma substância denominada de pectina, que é uma mistura de
polissacarídeos, as células se acoplam às vizinhas, por meio da membrana celular.
Citoplasma
• O citoplasma, literalmente “material que forma células”, faz parte da 
célula que fica dentro da membrana plasmática e fora do núcleo. A 
maior parte das atividades celulares é realizada no citoplasma, que 
consiste em: citosol, organelas.
◉ O citosol ou matriz 
citoplasmática é a 
substância gelatinosa, que 
contém um fluido dentro 
do qual ficam suspensos os 
outros elementos 
citoplasmáticos, e consiste 
de água, íons e muitas 
enzimas.
◉ Algumas dessas enzimas 
iniciam a degradação de 
nutrientes (açúcares, 
aminoácidos e lipídios) 
que são a matéria-prima 
e fonte de energia para 
a atividade celular.
Ribossomos
Para Fora
Retículo endoplasmático rugoso
O retículo endoplasmático rugoso (RE rugoso) 
consiste principalmente de cavidades 
interconectadas chamadas cisternas. 
O RE rugoso é bem desenvolvido nas células 
glandulares que secretam uma grande 
quantidade de proteínas glandulares (células 
mucosas, por exemplo). 
Os ribossomos produzem proteínas para a 
função celular e extracelular.
Complexo de Golgi
O complexo de Golgi seleciona, processa e embala as proteínas e 
membranas produzidas pelo RE rugoso.
Lisossomos
Os lisossomos são sacos esféricos, revestidos por 
membranas que contêm vários tipos de enzimas 
digestórias.
Essas enzimas, chamadas hidrolases ácidas, 
podem digerir praticamente todos os tipos de 
grandes moléculas biológicas. 
Mitocôndrias 
• As mitocôndrias produzem a 
energia para realizar a função 
celular. 
• É envolvida por duas membranas: a 
membrana externa, que é lisa, e a 
membrana interna, que se invagina 
formando cristas em forma de 
prateleiras.
• As mitocôndrias são muito mais 
complexas do que qualquer outra 
organela, pois contêm material 
genético hereditário (DNA) e se 
dividem para formar novas 
mitocôndrias, como se fossem 
miniaturas de células. 
Núcleo
• O núcleo, literalmente uma 
“pequena noz”, é o centro de 
controle da célula. Seu material 
genético, o ácido 
desoxirribonucleico (DNA), 
organiza as atividades celulares, 
dando instruções para a síntese 
de proteínas.
• As principais partes do núcleo são 
o envoltório nuclear, o nucléolo, a 
cromatina e os cromossomos .
Constituição Básica da célula 
• Os nucléolos são pequenos corpos que contêm nucleoproteínas, a maioria na
forma de ácido ribonucleico (RNA). O nucleoplasma contém proteína e sais.
• As células do organismo humano podem ser divididas em dois grupos: células
somáticas e células germinativas. Células somáticas – compõem a maior parte
do organismo, sendo responsáveis pela formação da estrutura corpórea.
Células germinativas estão presentes nas 
gônadas (ovários e testículos) onde se dividem 
produzindo os gametas (óvulos e 
espermatozoides) necessários na reprodução.
Metabolismo
Embora as membranas tenham uma permeabilidade seletiva, seria incorreto supor
que grandes moléculas ou partículas penetrem na célula. Existe um mecanismo
denominado de pinocitose, é um processo celular que consiste na absorção de
fluidos e substâncias dissolvidas no exterior da célula, como vitaminas, gotículas de
gordura e antígenos. Na pinocitose, formam-se inicialmente, pequenos vacúolos e
canais no citoplasma, induzidos por aminoácidos, proteínas, sais e enzimas, que
envolvem a partícula, crescem e posteriormente se fecham, já com a partícula no
interior da célula.
É um mecanismo diferente do transporte ativo, em que o movimento de moléculas
é regido pelo gradiente de concentração, ou seja, os solventes passam de uma
região de baixa concentração de soluto para uma com alta concentração de soluto,
pelo mecanismo de transporte ativo, regido pelo gradiente de concentração,
denominado de osmose. Em certos casos, o soluto atravessa a membrana
semipermeávelpermanecendo no lado de menor concentração, num mecanismo
de difusão simples, em que o soluto atravessa a membrana semipermeável,
permanecendo ao lado de menor concentração.
Atividade para a próxima aula
Trazer lápis de cor.
Divisão Celular 
O ciclo celular é basicamente o período de vida 
de uma célula. As células passam a existir no 
momento em que surgem a partir da divisão de 
outra, pré-existente, chamada célula mãe ou 
célula parental. O ciclo termina quando a célula 
se divide e deixa de existir, gerando duas células 
filhas. O ciclo de uma célula humana dura 24h e a 
sua divisão dura aproximadamente uma hora.
Durante a interfase ocorre o crescimento da 
célula e a duplicação dos cromossomos. O ciclo 
celular é dividido em duas etapas, interfase e 
divisão celular ou fase M, as quais serão descritas 
a seguir.
Divisão Celular 
Interfase:
A interfase compreende 
aproximadamente 95 % do 
tempo. É o período entre 
duas divisões celulares, no 
qual a célula está 
executando suas funções 
normais, inclusive se 
preparando para a divisão. 
Na interfase a célula cresce, 
podendo ficar até com o 
dobro do tamanho, executa 
suas funções metabólicas 
normais e duplica seu DNA. 
Além disso, como 
mencionado, nesse período 
ela se prepara para a divisão. 
A interfase é dividida em três 
subfases.
Divisão Celular 
Interfase:
• Fase G1 (Gap 1– Intervalo 1): – período entre o fim da mitose e o início da
síntese de DNA. Caracteriza-se por uma intensa atividade biossintética.
Antecede a duplicação do DNA. Ocorre o crescimento em volume, a síntese de
RNA e proteínas diversas, requeridas para a subfase seguinte, como as enzimas
responsáveis pelo processo de replicação do DNA.
• Fase S (Synthesis – Síntese): – há a duplicação do DNA e dos centrossomos. Os
centrossomos ou centros organizadores de microtúbulos são organelas não
membranosas, constituídas de uma matriz de fibras de proteínas de onde
partem microtúbulos. Estão envolvidos no processo de divisão celular, pois
formam uma rede de microtúbulos que movimentam os cromossomos. A estas
novas moléculas associam-se as respectivas proteínas e, a partir desse
momento, cada cromossomo passa a ser constituído por dois cromatídios
ligados pelo centrómero. Geralmente há um por célula, localizado perto do
núcleo. Nas células animais os centrossomos possuem um par de centríolos.
Divisão Celular 
Interfase:
Fase G2 (Gap2 – Intervalo 2): decorre entre o final da síntese do DNA e o início da
mitose. Dá-se a síntese de biomoléculas necessárias à divisão celular. Ocorrem
crescimento e síntese de macromoléculas (como por exemplo: microtúbulos). Os
centrossomos começam a migrar e se distanciam um do outro.
G0: Caso não precise se dividir no momento, ou seja, um dos tipos celulares que
consideramos que praticamente não se dividem mais, como os neurônios e células
musculares esqueléticas, a célula entra em um estágio quiescente chamado G0
antes de finalizar G1. Se houver a necessidade da célula se multiplicar, ela pode
retornar do estágio G0 ao G1. Um exemplo são os fibroblastos, localizados na
derme da pele. Essas células permanecem em G0, porém, se houver uma lesão na
pele, elas passam ao estágio G1 e começam a se multiplicar para reparar a lesão.
Divisão Celular 
Divisão celular ou Fase da Mitose:
• É o fim do ciclo celular, onde uma célula mãe se divide e deixa de existir ao 
mesmo tempo em que gera duas células filhas.
• Com o fim da interfase a célula pode se dividir. Damos o nome de mitose ao 
processo padrão de divisão celular. Entretanto, mitose é um termo que se 
refere apenas à divisão do núcleo da célula, ao passo que a divisão 
citoplasmática, é chamada citocinese. Por convenção vamos admitir que mitose 
é o processo de divisão celular completo no qual normalmente uma célula mãe 
cresce, duplica seu material genético e gera duas células filhas com o mesmo 
número de cromossomos dela
Divisão Celular 
A Prófase é a etapa mais longa da mitose, ocorre o enrolamento dos cromossomas,
eles ficam mais curtos e grossos. Os dois pares de centríolos afastam-se para polos
opostos, formando entre eles o fuso acromático e no final da etapa, os nucléolos
desaparecem e o invólucro nuclear desagrega-se. No início da prófase os
cromossomos não aparecem duplicados, embora o DNA seja duplicado antes do
início da mitose. No meio da prófase, os cromossomos aparecem duplicados.
Na metáfase os cromossomos se alinham num plano e se acoplam às fibras do fuso
mitótico. Na anáfase os cromossomos se separam e se movem para os polos da
célula. A telófase é uma prófase ao contrário, pois nessa etapa ocorrem:
Descondensação cromossômica, reaparecimento dos nucléolos, das cariotecas e a
desagregação do fuso mitótico. Ao final da telófase surgem duas células filhas,
ambas contendo cópia de todo o material genético da célula inicial.
Divisão Celular 
Também há o início da citocinese, a divisão citoplasmática propriamente dita. Nas
células animais, ocorre um estrangulamento na região mediana da célula,
promovido por fibras proteicas contráteis de actina e miosina do citoesqueleto.
Como sabemos, a interfase é um período de intensa atividade metabólica e de
maior duração do ciclo celular. Células nervosas e musculares, que não se dividem
por mitose, mantêm-se permanentemente na interfase, estacionadas no período
chamado G0 .
Nas células que se divide ativamente, a interfase é seguida da mitose, culminando
na citocinese. Sabe-se que a passagem de uma fase para outra é controlada por
fatores de regulação - de modo geral proteicos – que atuam nos chamados pontos
de checagem do ciclo celular. Dentre essas proteínas, se destacam as ciclinas, que
controlam a passagem da fase G1 para a fase S e da G2 para a mitose.
Divisão Celular 
• Se em algumas dessas fases houver alguma anomalia, por exemplo, algum
dano no DNA, o ciclo é interrompido até que o defeito seja reparado e o ciclo
celular possa continuar. Caso contrário, a célula é conduzida a apoptose (morte
celular programada).
• Outro ponto de checagem é o da mitose, promovendo a distribuição correta
dos cromossomos pelas células-filhas. Perceba que o ciclo celular é
perfeitamente regulado, está sob controle de diversos genes e o resultado é a
produção e diferenciação das células componentes dos diferentes tecidos do
organismo. Os pontos de checagem correspondem, assim, a mecanismos que
impedem a formação de células anômalas.
• A irradiação de material biológico pode resultar em transformação de
moléculas especificas (água, proteína, açúcar, DNA, etc.), levando a
consequências que devem ser analisadas em função do papel biológico
desempenhado pelas moléculas atingidas. O DNA, por ser responsável pela
codificação da estrutura molecular de todas as enzimas das células, passa a ser
a molécula-chave no processo de estabelecimento de danos biológicos.
Radiossensibilidade da célula 
A interação da radiação nas células é uma função probabilística, isto é, pode ou
não interagir e se interagir podem ou não provocar danos á célula. A deposição
inicial de energia é muito rápida, cerca de 10-17 seg. A interação radiação-célula
não é seletiva, isto é, a energia é depositada ao acaso na célula
As alterações nas células, tecidos ou órgãos, resultantes da interação com
radiações ionizantes não são caracterizadas, isto é, não podem ser distinguidas de
outros tipos de trauma. As alterações biológicas em células e tecidos, devidas às
radiações ionizantes ocorrem apenas após um período de latência, que pode ir de
minutos a semanas ou até anos (em função de dose, cinética celular, etc.)
Os efeitos das radiações sobre um organismo dependem do tipo das células
irradiadas, como também do estagio de desenvolvimento celular. Há células mais
sensíveis às radiações do que outras. O dano causado à célula quando estão em
processo de divisão é maior, tornando os respectivos tecidos e órgãos mais
radiossensíveis que outros constituídos por células que pouco ou nunca se
dividem. A diferença de radiossensibilidade entre diferentescélulas segue a lei de
Bergonie e Tribondeau a qual prevê que: “a sensibilidade à radiação é diretamente
proporcional a sua capacidade reprodutiva e é inversamente proporcional com a
diferenciação →(maturidade)”.
Radiossensibilidade da célula 
• Esta lei não se aplica aos linfócitos que normalmente não se dividem, são
células especializadas e diferenciadas, altamente radiossensíveis e armazenam
os danos. Genericamente pode-se prever que todos os fatores que contribuem
para aumentar a velocidade das reações químicas no interior das células irão
contribuir para aumentar a radiossensibilidade da célula. Entre os tecidos mais
sensíveis estão os ovários, testículos, cristalino, medula óssea, tecido sanguíneo
(linfócitos) e o tecido gastrointestinal.

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