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S2P1 Sistema Nervoso - Potencial de ação

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Questões resolvidas

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Sistema Nervoso 
O sistema nervoso anatomicamente é dividido em: 
• Sistema nervoso central: Porção do sistema nervoso que compreende todo 
o encéfalo e toda medula espinhal 
• Sistema nervoso periférico: Porção do sistema nervoso que compreende 
os nervos, gânglios e as terminações nervosas do sistema nervoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SNC se localiza no interior do esqueleto axial (Cavidade craniana e canal 
vertebral) e vai compreender estruturas como o Encéfalo e a Medula Espinhal. O 
encéfalo é a parte do sistema nervoso o qual compreende estruturas como o 
Cérebro, Cerebelo e Tronco encefálico. A medula se localiza dentro do canal 
vertebral. 
Já o SNP compreende tudo aquilo que são os nervos, cordões 
esbranquiçados que unem o SNC aos órgãos periféricos, integrando em todo ele as 
terminações nervosas e os 12 pares de nervos cranianos que podem ser sensitivos, 
motores ou mistos e os 31 pares de nervos espinhais ou raquidianos. 
 
 
Sistema Nervoso Central 
 
Medula 
Porção caudal do neuroeixo (Soma do encéfalo mais a medula), possuindo 
uma forma cilíndrica e com um ligeiro achatamento. Está localizada dentro do 
canal medular da coluna vertebral, seus limites são: 
• Superior: Forame magno do occipital 
• Inferior: Com a primeira ou segunda vertebra lombar (ou cone medular) 
Possui duas intumescências (dilatações) sendo uma cervical (C5-T1), que dá 
origem ao plexo braquial, e uma lombar (L1-S3), que dá origem ao plexo lombar e 
sacral. Essas dilatações ocorrem devido a maior quantidade de neurônios motores 
e interneurônios e estão associadas a inervação dos membros onde há 
necessidade de controle motor mais refinado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Possuem meninges que são envoltórios protetores, a medula possui 3 
meninges de fora para dentro são: 
• Dura-Máter: Sendo a mais externa e resistente, formada por fibras 
colágenas, forma um tubo que se estende do forame magno até a vértebra 
S2. Entre a dura-máter e o osso temos um espaço chamado de epidural ou 
extradural por onde passa gordura e o plexo venoso cerebral 
• Aracnoide: Camada média, encostada na dura-máter, é uma camada fina, 
translúcida e avascular, se liga a pia-máter através de trabéculas aracnoides 
(Semelhantes a teias de aranha), entre a aracnoide e a dura-máter 
encontramos o espaço subdural (Em condições normais é um espaço 
vitual, em condições patológicas pode ser preenchido por sangue 
hematoma-subdural) 
• Pia-Máter: Camada mais interna, delgada e intimamente ligada ao tecido 
nervoso. Confere brilho intenso a superfície e é insinuada em sulcos e 
depressões (lesões aqui provocam hérnia de tecido nervoso). 
Entre as meninges, pia-máter e aracnoide encontramos um espaço chamado 
de Subaracnoídeo, que é preenchido por Liquor (líquido cérebro-espinal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A medula também é composta por ligamentos chamados de Denticulados 
ou Denteados, que encontramos em 21 pares e dispostos no plano coronal ao 
longo da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Da medula saem 33 pares de nervos espinais, dos quais apenas 31 são 
funcionais e os 2 últimos são muito finos. Sendo eles: 
• Cervicais: 8 Pares 
• Torácicos: 12 Pares 
• Lombares: 5 Pares 
• Sacrais: 5 Pares 
• Coccígeos: 3 Pares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Possuímos nervos unissegmentares, cujas fibras nascem de só um segmento 
medular como os intercostais e nervos formados pela mistura de fibras de vários 
segmentos, os plexos, que são chamados de nervos plurissegmetares. 
Todos os nervos espinais são mistos, isto é, carregam fibras motoras e 
sensitivas. Os plexos de origem espinal são: 
• Cervical: C3 e C5 formam o nervo frênico que inerva o diafragma. 
• Braquial: C5, C6, C7, C8, T1 (Pequena contribuição de C4 e T2) 
• Lombossacral: L1 a S3. 
Um nervo espinal é formado de cada lado da medula, onde filamentos 
radiculares anteriores e posteriores deixam a medula. Os filamentos logo em 
seguida se unem constituindo uma raiz ventral, anterior ou motora e uma raiz 
dorsal, posterior ou sensitiva (Essa última contém o gânglio espinal ou sensitivo.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em corte transversal encontramos as substâncias branca e cinzenta. A branca 
de localização periférica é constituída de fibras mielínicas ascendentes e 
descendentes, sendo a cor branca devido a mielina. Se destacam na substância 
branca: 
• Sulcos longitudinais 
- Fissura mediana anterior (8) 
- Sulco mediano posterior (9) 
- Sulco intermédio posterior 
- Sulco lateral anterior (Y) 
- Sulco lateral posterior (X) 
• Funículos ou cordões 
- Funículo anterior. (4) 
- Funículo posterior. (6) 
- Funículo lateral. (5) 
 
Já a substância cinzenta que são aglomerados de corpos neuronais tem 
localização central e se apresenta em forma de H, em cada hemimedula 
encontamos: 
• Colunas ou cornos 
- Anterior (2): De onde saem as radículas ventrais ou anteriores (Motoras) 
- Posterior (1): De onde saem as radículas dorsais ou posteriores (Sensitivas) 
Unindo as duas barras de substância cinzenta temos o que chamamos de 
comissura cinzenta (3). No centro encontramos o Canal Central (10) resquício da 
luz do tubo neural 
 
 
 
 
 
 
 
 
Encéfalo 
Parte do sistema nervoso central localizada no interior do crânio, protegido 
por meninges e banhado pelo liquor. É dividido em: 
• Telencéfalo 
• Diencéfalo 
• Tronco encefálico (Mesencéfalo, ponte e bulbo) 
• Cerebelo 
 
Tronco Encefálico 
O tronco encefálico é contínuo com a medula espinal e é composto pelo 
bulbo, ponte e mesencéfalo. Posteriormente ao tronco encefálico se encontra o 
cerebelo, superiormente encontramos o diencéfalo, formado pelo tálamo, 
hipotálamo e epitálamo e apoiado no diencéfalo encontramos o telencéfalo. 
 
Bulbo 
Contínuo com a parte superior da medula espinal, forma a parte inferior do 
tronco encefálico, se iniciando na altura do forame magno e se estende até a 
margem inferior da ponte. 
Sua substância branca contém todos os tratos sensitivos e motores que se 
projetam entre a medula e outras partes do encéfalo, parte da substância branca 
formam protusões na parte anterior do bulbo chamadas Pirâmides Bulbares 
• Pirâmides bulbares: Elevações longitudinais formadas de fibras 
corticoespinais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
90% dos axônios da pirâmide esquerda cruzam para direita e 90% dos axônios 
da pirâmide direita cruzam para direita, cruzamento conhecido como decussação 
das pirâmides e explica porque cada lado do encéfalo é responsável pelos 
movimentos voluntários do lado oposto do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O bulbo também apresenta vários núcleos (agrupamento de corpos celulares 
neuronais no SNC, alguns desses núcleos controlam funções como o centro 
cardiovascular e a área respiratória rítmica. (Também controlam reflexos de vômito, 
tosse, deglutição soluço.) 
Lateralmente a cada pirâmide encontramos uma protuberância chamada 
olivas, contém dois núcleos principais que são olivares superior e inferior. O 
inferior, atua como um centro integrador de sinais motores o superior (Apesar do 
nome não está localizado nas olivas bulbares e sim a nível da ponte) está envolvido 
na audição) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ponte 
Localizada logo acima do bulbo e anterior ao cerebelo, assim como o bulbo 
formado por núcleos e tratos. Dividida em uma região: 
• Ventral: Grande estação de transmissão sináptica composta por substância 
cinzenta conhecidas como núcleos pontinos 
• Dorsal: Forma metade superior do assoalho do 4 ventrículo 
Dentre suas funções encontramos como as de coordenação motora, 
equilíbrio. Temos a origem do nervo trigêmeo (V) localizado entre a parte média da 
ponte e lateralmente o pedúnculo cerebelar médio. Separando o bulbo da ponte 
encontramos um sulco chamado de sulco bulbo-pontino que dá origem a três pares 
craniais VI (ABDUCENTE), VII (FACIAL) , VIII (VESTIBULOCOCLEAR).Mesencéfalo 
Porção mais cranial do tronco encefálico, localizada entre a ponte e o 
diencéfalo. Contém o aqueducto cerebral ou de Sylvius, que conecta o terceiro 
ao quarto ventrículo. Da mesma forma que o bulbo e a ponte o mesencéfalo 
contém núcleos. É dividido em: 
• Ventral: Pedúnculos cerebrais 
• Dorsal: Teto mesencefálico 
Os pedúnculos cerebrais são dois feixes de fibra nervosas, um de cada lado, 
partindo unidos da borda superior da ponte. O nervo óculo motor (III) nasce no terço 
inferior na face medial dos pedúnculos cerebrais. 
O teto mesencefálico consiste em quatro núcleos que formam saliências na 
superfície dorsal denominados de corpos quadrigêmeos, cada saliência é 
denominada de colículo onde as 2 superiores são colículos superiores (Visual, 
auditivo e tátil no movimento reflexo) e os 2 inferiores são inferiores (Auditivos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em um corte transverso o tegmento do mesencéfalo é composto de tratos 
ascendentes como o espinotalâmico e o lemnisco medial que levam informações 
sensoriais da medula espinal. Possui um núcleo rubro por conta da quantidade de 
suprimento sanguíneo local e auxilia na regulação de atividades motoras. E 
também contém substância negra que é uma massa nuclear cujas células contém 
grânulos de melanina em sem citoplasma. 
• Teto: Posterior ao aqueduto cerebral. Contendo colículos superiores e 
inferiores responsáveis por reflexos visuais, e processamento auditivo 
respectivamente. 
• Tegmento: Região central, contendo núcleos dos nervos III e IV (oculomotor 
e troclear) 
• Base: Parte mais anterior contento fibras do trato cortiço espinal, nuclear e 
pontino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cerebelo 
Segunda maior parte do encéfalo, corresponde a até 11% da massa do 
encéfalo está situado dorsalmente à ponte e ao bulbo, dos quais está separado 
pelo quarto ventrículo. O cerebelo tem um formato de borboleta, sua área central é 
conhecida como Verme e suas “asas” como hemisférios do cerebelo. Cada 
hemisfério é composto por lobos separados por distintas fissuras. 
Os lobos anterior e posterior controlam aspectos subconscientes dos 
movimentos da musculatura esquelética. Sua camada superficial é chamada de 
córtex e é formada por substância cinzenta, logo abaixo encontramos um trato de 
substância branca chamado de “Árvore da Vida” onde encontramos núcleos do 
cerebelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Três pares de pedúnculos conectam o cerebelo com o tronco encefálico 
sendo eles o Superior, médio e inferior. 
 
 
 
 
Diencéfalo 
Porção do sistema nervoso entre o telencéfalo e o mesencéfalo, em razão da 
grande expansão dos hemisférios cerebrais o diencéfalo é quase totalmente que 
coberto sendo visualizado apenas na face inferior. É dividido em: 
• Tálamo: Maior componente do diencéfalo, forma as paredes laterais do 
terceiro ventrículo e responsável pela retransmissão sensorial 
• Hipotálamo: Parte inferior do diencéfalo e forma as paredes inferolaterais do 
terceiro ventrículo, é composto por cerca de doze núcleos agrupados em 4 
regiões principais: Mamilar, tuberal, supraóptica e préóptica. Importante 
para controle do SNA, Produção de hormônios, regulação de emoções. 
• Subtálamo: Localizado inferiormente ao tálamo e lateralmente ao 
hipotálamo, conectado fortemente aos núcleos da base atuando no sistema 
extrapiramidal 
• Epitálamo: Parte mais posterior do diencéfalo, inclui a glândula pineal e a 
habenula. Pela pineal tem como função produção de melatonina e através 
da habenula conecta o sistema límbico a regiões do tronco participando da 
modulação emocional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Telencéfalo 
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais e a lâmina terminal 
situada na porção anterior do III ventrículo, os dois hemisférios são unidos por uma 
larga faixa de fibras chamada Corpo Caloso, os hemisférios tem cavidades que são 
os ventrículos laterais direito e esquerdo que se comunicam com o III ventrículo 
pelos forames interventriculares. Cada hemisfério apresenta 3 polos Frontal, 
Occipital e Temporal e três faces Superolateral, convexa; Medial plana e inferior 
ou base do cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A superfície do cérebro do homem apresenta depressões denominadas 
sulcos que delimitam os giros cerebrais. Sua existência permite aumento da 
superfície sem grande aumento de volume, grande parte da área ocupada pelo 
córtex está escondida nos sulcos 
Muitos desses sulcos são inconstantes e não recebem nenhuma 
denominação, já outros mais constantes, recebem denominações especiais e 
ajudam a delimitar os lobos e áreas cerebrais. Em cada hemisfério cerebral os dois 
sulcos mais importantes são o Lateral (Sylvius) e o Central (Rolando); 
Os sulcos ajudam a delimitar os lobos cerebrais que recebem sua 
denominação de acordo com os ossos do crânio. Assim temos lobos frontal, 
occipital e parietal. Além desses temos a ínsula, situada profundamente no sulco 
lateral e que não tem relação com ossos do crânio (A divisão em lobos não 
corresponde a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que está 
relacionado com a visão.) 
O lobo frontal localiza-se acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na 
face medial do cérebro o limite anterior do lobo occipital é o sulco parietoccipital, 
esse limite é situado em uma linha imaginária que une a terminação do sulco 
parietoccipital, na borda superior do hemisfério à incisura pré-occipital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim como na medula o telencéfalo é revestido por três meninges sendo 
elas as mesmas: 
• Dura-máter: Meninge mais superficial e resistente formada por tecido 
conjuntivo rico em fibras colágenas altamente vascularizada e inervada 
responsável por toda sensibilidade intracraneal (Tornando assim ela 
responsável por maior parte das cefaléias). Se difere da dura-máter espinal 
por formar dois folhetos sendo um externo ou periostal e interno ou 
meníngeo. 
• Aracnoide: Membrana delicada justaposta a aracnoide, entre a dura-máter e 
a aracnoide encontramos o espaço subdural que é virtual. Se separa da pia-
máter através do espaço subaracnóideo atravessado por finas trabéculas 
chamadas de trabéculas aracnoides que lembram teias de aranha. É a única 
avascular das três meninges. Possui cisternas que são dilatações do espaço 
subaracnóideo onde temos grande quantidade de liquor. 
• Pia-máter: Mais intensa das meninges e é ligada intimamente a superfície do 
tecido nervoso nos relevos e depressões, a pia-máter acompanha os vasos 
que penetram o tecido nervoso, a partir do espaço subaracnóideo e então 
se funde a camada adventícia do vaso formando espaços perivasculares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Nervoso Periférico 
Consiste em todos tecidos nervosos fora do SNC incluindo receptores, 
nervos, gânglios e plexos. 
• Nervo: feixe composto por centenas de milhares de axônios 
• Gânglios: massas de tecido nervoso 
• Plexos: extensas redes neuronais 
• Receptores: Estruturas do sistema nervoso que monitora mudanças no 
ambiente como exemplo, fotorreceptores, receptores olfatórios etc. 
• Terminações motoras: Terminações dos axônios dos neurônios motores 
É dividido em sistema nervoso somático (SNS) controlando ações 
voluntárias, sistema nervoso autônomo controlando funções involuntárias 
viscerais e sistema nervoso entérico sendo o sistema intrínseco do tubo 
digestório. O SNP é dividido funcionalmente em componentes: 
 
• Sensitivo (Aferente) 
Leva informações do corpo ao SNC, como exemplo as subdivisões somáticas 
aferentes vão levar informações de dor, temperatura, tato da pele. Já as viscerais, 
distensão intestinal, pressão arterial e etc. 
• Motor (Eferente) 
Leva comandos do SNC ao corpo, onde as subdivisões somáticas se relacionam 
com movimentos voluntários do músculo esquelético e a visceral, músculos lisos, 
cardíacos e glândulas.Histologia 
O tecido nervoso é distribuído pelo organismo formando uma rede de 
comunicações que constitui o sistema nervoso. Anatomicamente é dividido em 
SNC e SNP, que é formado pelos nervos e por pequenos agregados de células 
nervosas denominadas de gânglios. 
Os nervos são constituídos basicamente por prolongamentos dos Neurônios, 
no SNC os corpos celulares dos neurônios e seus prolongamentos concentram-se 
em locais diferentes fazendo com que sejam reconhecidos em porções distintas 
denominadas, substância branca ou cinzenta. 
Neurônios tem a propriedade de responder a estímulos nervosos mediante 
modificações na diferença de potencial elétrico na superfície externa de sua 
membrana célular. Obedecidas essas condições o estímulo se propaga ao longo da 
membrana, essa propagação se chama impulso nervoso. 
Neurônios 
Células nervosas responsáveis pela recepção e processamento de 
informações, atividades que terminam com a transmissão de sinalização por meio 
da liberação de neurotransmissores. 
Possuem morfologia complexa mas quase todos apresentam três 
componentes que são: 
• Dendritos: Prolongamentos, ramificados e numerosos que recebem 
estímulos do meio ambiente, de células sensoriais ou outros neurônios 
• Corpo celular ou pericárdio: Centro onde se concentram as organelas e 
também capaz de receber estímulos. 
• Axônio: Prolongamento de diâmetro constante, e ramificado em sua 
terminação, parte especializada na condução de impulsos para outras 
células 
 
 
 
 
 
 
 
Há muitos tipos de neurônios, que, de acordo com sua morfologia podem ser 
classificados em: 
• Bipolares: Possuem um dêndrito principal e um axônio 
• Multipolares: Vários dendritos e um axônio 
• Pseudounipolares: Emitem um curto prolongamento onde um se dirige ao 
SNP e outro ao SNC 
• Anaxônicos: Não possui axônio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O corpo dos neurônios costuma ser rico em retículo endoplasmático 
granuloso, que são encontrados em aglomerados chamados de Corpúsculos de 
Nissl indicando a alta atividade de síntese proteica. As mitocôndrias existem em 
quantidade moderada e estão localizadas nas terminações dos axônios 
Os dendritos, são prolongamentos revestidos por membrana plasmática cujo 
diâmetro diminui à medida que se distanciam do corpo celular. São a parte 
receptora do neurônio e ramificam como galhos e seu conjunto é chamado de 
árvore dendrítica. Possuem pequenas saliências chamadas de espinhos 
dendríticos, e são locais nos quais prolongamentos de outros neurônios 
estabelecem sinapses. 
O axônio é um prolongamento único que transmite impulsos nervosos do 
neurônio para outras células, liberando moléculas como neurotransmissores, 
nueromoduladores, hormônios que agem na superfície dessas células. Geralmente 
o axônio se origina de uma saliência cônica do corpo celular denominada Cone de 
Implantação, o segmento inicial é o primeiro trecho do axônio, parte do cone e não 
é recoberto por mielina. É um trecho curto mas importante para geração do impulso 
nervoso pelo fato de sua membrana possuir grande concentração de canais iônicos 
de Na+ 
Neuroglia 
Ou simplesmente glia é um conjunto de vários tipos celulares existentes que 
não produzem estímulos nervosos, mas sustentam os neurônios física e 
funcionalmente fornecendo a eles um microambiente adequado para sua 
sobrevivência. 
As células da glia tem um corpo celular com prolongamentos, porém em 
cortes histológicos apenas é possível observar os seus núcleos que são geralmente 
menores que os dos neurônios. Formam o conjunto das células da glia: 
• Oligodendrócitos 
• Astrócitos 
• Células ependimárias 
• Células da micróglia 
Os oligodendrócitos possuem prolongamentos que enrolam em curtos 
trechos dos axônios com múltiplas camadas ricas em lipídeos, responsáveis pela 
produção da bainha de mielina, assim como as Células de Schwann (São 
encontradas exclusivamente no SNP) a qual isola eletricamente o axônio 
permitindo aceleração na condução do potencial de ação e também a condução 
saltatória. 
Os astrócitos participam da sustentação estrutural dos neurônios e do 
controle da composição iônica regulando a concentração de K+ do microambiente 
extracelular dos neurônios 
As células da micróglia apresentam marcadores característicos de 
macrófagos, e são consideradas como macrófagos residentes no SNC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em sua classificação funcional os neurônios podem ser divididos em: 
• Sensitivos ou aferentes: Contém receptores sensitivos em seus dendritos, 
uma vez que um estímulo ativa um receptor sensitivo, o neurônio forma um 
impulso nervoso em seu axônio e esse impulso é transmitido ao SNC 
• Motores ou eferentes: Transmitem impulsos do SNC para longe do SNC em 
direção aos efetores (Músculos e glândulas) no SNP 
• Interneurônios: Processam as informações sensitivas recebidas dos 
neurônios e em seguida induzem a resposta motora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinalização elétrica 
Como as fibras musculares os neurônios são eletricamente excitáveis ou 
seja, podem gerar sinais elétricos em resposta aos estímulos. Tempos dois tipos 
de sinais elétricos: 
• Potenciais Graduados 
É uma mudança localizada e transitória no potencial de membrana de um 
neurônio que ocorre em resposta a um estímulo. Ele não se propaga ao longo do 
axônio como o potencial de ação, mas se espalha passivamente e diminui com a 
distância. 
Um potencial graduado ocorre quando um estímulo faz com que canais 
mecanoativos se abram ou se fechem em uma membrana de uma célula excitável. 
Normalmente esses canais estão presentes nos dendritos de neurônios sensitivos, 
consequentemente os potenciais graduados ocorrem principalmente nos 
dendritos e no corpo celular dos neurônios. É chamado de graduado porque sua 
amplitude é proporcional a intensidade do estímulo, pois este define a quantidade 
de canais que foram abertos e de quanto cada um permanece aberto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O potencial graduado pode tornar a membrana mais polarizada (Interno mais 
negativo) ou menos polarizada (Interno menos negativa). Quando a resposta 
torna a membrana mais polarizada é denominada potencial graduado de 
hiperpolarização, quando torna a membrana menos polarizada é denominada 
potencial graduado de despolarização. 
 
• Potenciais de ação 
Um potencial de ação é uma sequência de eventos de ocorrência rápida que 
diminuem e revertem o potencial de membrana e, por fim, o restauram 
eventualmente ao estado de repouso. Em um neurônio, um PA é chamado de 
impulso nervoso. Um impulso nervoso tem duas fases principais: despolarização 
e a de repolarização. 
Durante a fase de despolarização, o potencial de membrana negativo torna-
se menos negativo, chega a zero e depois se torna positivo. Durante a fase de 
repolarização, o potencial de membrana é restaurado ao estado de repouso de -
70mV. Após a fase de repolarização pode haver uma fase pós-hiperpolarização, 
durante a qual o potencial de membrana torna-se mais negativo do que o nível de 
repouso. 
Dois tipos de canais dependentes de voltagem abrem-se e fecham-se durante 
um impulso nervoso. Esses canais estão presentes sobretudo na membrana 
plasmática do axônio e nos terminais axônicos, os primeiros canais que se abrem 
são os de Na+ dependentes de voltagem, permitindo a entrada de Na+ na célula, o 
causa a fase da despolarização. Em seguida os canais de K+ dependentes de 
voltagem se abrem, permitindo que o K+ flua para fora o que produz a fase de 
repolarização. A fase pós hiperpolarização ocorre quando esses canais 
permanecem abertos após o término da fase de repolarização. 
Para a célula voltar a seu estado de repouso é necessário a atuação de uma 
enzima chamada Na+/K+ ATPase que é responsável pela bomba sódio potássio. 3 
Ions de Na+ são bombeados para fora e 2 ions de K+ são bombeados para dentro. 
Canais de vazamento de potássio contribuem para manter o neurônio em estado 
de repouso (O número decanais de K+ é maior que o número de canais de Ca+. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A propagação do impulso nervoso funciona como uma fileira de dominós 
caindo em sequência, mas com uma peculiaridade, os dominós se levantam 
automaticamente após caírem (Repolarização), porém não podem cair de novo 
imediatamente (Período refratário). 
O início do impulso nervoso (potencial de ação) localiza-se no segmento 
inicial do axônio onde há alta densidade de canais de sódio dependentes de 
voltagem, se o potencial graduado atingir o limiar esses canais abrem permitindo a 
entrada rápida de sódio (despolarização). A entrada de sódio despolariza a 
membrana adjacente, essa despolarização ativa os próximos canais de sódio, esse 
ciclo se auto reforça até alcançar os terminais axônicos (retroalimentação positiva) 
essencial para a propagação contínua e unidirecional. 
Esse potencial de ação é regenerado em cada segmento do axônio. Assim 
cada ponto da membrana refaz o impulso com a mesma intensidade isso garante 
que o impulso não se extinga, diferente do potencial graduado. 
Quanto a propagação desses impulsos nervosos, existem duas, sendo uma 
condução contínua e outra condução saltatória. O tipo descrito até agora é a 
condução contínua, que envolve a despolarização e a repolarização passo a passo 
de cada segmento adjacente da membrana. A condução saltatória acontece em 
decorrência da distribuição desigual dos canais dependentes de voltagem. Poucos 
canais estão presentes em regiões banhadas por mielina. Por outro lado nos 
Nódulos de Ranvier (locais onde não estão coberto por mielina) contém muitos 
canais. Desse modo a corrente transportada flui através da membrana 
principalmente nos nódulos. 
Alguns fatores alteram a velocidade de propagação de um impulso nervoso 
como: 
• Quantidade de mielinização: Axônios mielinizados propagam mais impulsos 
• Diâmetro do axônio: Diâmetros maiores propagam mais rapidamente 
• Temperatura: Temperaturas mais baixas atrapalham a propagação 
 
 
 
 
 
 
Lembrando que para propagar esse impulso para outro neurônio, no final do 
axônio há a liberação de neurotransmissores (Neurônio pré sináptico) que é um 
gatilho que gera um novo potencial graduado no próximo neurônio (Pós-sináptico) 
que irá gerar um potencial de ação e assim continuamente. 
O impulso nervoso chega ao final do axônio, na fase de despolarização se 
abrem canais de Ca+2 aumentando seu influxo, esse aumento da concentração de 
cálcio, serve como um sinal que desencadeia a exocitose de vesículas sinápticas 
que armazenam neurotransmissores que são liberados na fenda sináptica, que 
logo em seguida se ligam a receptores desses neurotransmissores na membrana 
do neurônio pós-cináptico provocando um potencial graduado 
Com o exemplo do toque na caneta, os neurotransmissores vão ser como se 
eu estivesse novamente tocando na caneta (Um toque “químico”) que irá gerar um 
impulso gradual. 
Dependendo de quais íons os canais admitem o potencial pós-sináptico pode 
ser uma despolarização (Excitação) ou uma hiperpolarização (Inibição). Por 
exemplo, a abertura dos canais de Na+ permite o influxo de Na+, o que causa 
despolarização. No entanto, a abertura dos canais de Cl− ou K+ causa 
hiperpolarização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neurotransmissores ligam-se a receptores na membrana do neurônio pós-
cináptico. Quanto o neuro transmissor liga-se ao receptor correto um canal iônico 
abre-se e se forma um potencial pós-sináptico (PPSE ou PPSI). Esses receptores 
podem ser ionotrópicos que contém um local de ligação do neurotransmissor e um 
canal iônico na mesma proteína, ou podem ser metabotrópicos que contém um 
local de ligação do neurotransmissor, mas não tem um canal iônico como parte de 
sua estrutura, no entanto, possui uma proteína de membrana chamada de Proteína 
G que regula a abertura ou o fechamento desses canais. 
Um único receptor metabotrópico pode ativar uma proteína G, que ativa 
muitas enzimas, que por sua vez afetam centenas de canais ou outras proteínas. 
Isso dá muito mais poder ao sinal, mesmo com pouco neurotransmissor. Funções 
como atenção, motivação, vício, ansiedade, ritmos circadianos, saciedade, 
etc., exigem regulação lenta e profunda isso só os metabotrópicos conseguem 
fazer. 
Neurotransmissores 
Neurotransmissor Tipo Função 
Acetilcolina (ACh) Excitatório Com receptores nicotínicos 
atuam na entrada nos canais de 
iônicos de Na+, ocasionando uma 
despolarização e contração. 
Acetilcolina (ACh) Inibitório Com receptores muscarínicos, e 
receptores metabotrópicos via 
proteína-G atuam na redução da 
frequência cardíaca 
Glutamato (AMINOÁCIDO) Excitatório Com receptores ionotrópicos ou 
metabotrópicos atuando em 
funções como cognitivas 
memória, aprendizado 
Aspartato (AMINOÁCIDO) Excitatório Atua principalmente na medula 
espinal, e como o glutamato 
aumentam a probabilidade de um 
potencial de ação. 
GABA (AMINOÁCIDO) Inibitório Receptores ionotrópicos, abrem 
os canais de Cl- ocasionando 
uma hiperpolarização, receptores 
metabotrópicos abrem canais de 
K+ e fecham canais de Ca+2 
Glicina (AMINOÁCIDO) Inibitório Receptor ionotrópicos abrem 
canais de Cl- 
Norepinefrina (Amina Biogênica) Excitatório Receptores metabotrópicos, 
papel excitatório (despertar de 
um sono profundo). 
Serotonina (Aminas Biogênicas) Excitatório ou Inibitório 
Dopamina (Aminas Biogênicas) Excitatório ou inibitório Todos receptores são 
metabotrópicos, influenciam no 
sistema de recompensa e no 
prazer, cognição e atenção. 
 
Os dois não competem, eles se complementam: 
• Ionotrópicos: para respostas rápidas — como reflexos, contrações 
musculares, sinapses sensoriais. 
• Metabotrópicos: para ajustes finos, memória, emoções, aprendizado, 
adaptação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPA SENSITIVA 
1. Você encosta na caneta e a deformação na pele ativa mecanorreceptores 
sensoriais, isso abre canais iônicos e gera um potencial graduado local (Que 
ainda não é um impulso, é uma alteração pequena e proporcional ao 
estímulo) 
2. Se esse potencial graduado for forte o suficiente e atingir o limiar, ele dispara 
um potencial de ação no Neurônio Sensorial Primário. Esse impulso sobe 
pelo axônio até o SNC (Medula) e faz sinapse com um interneurônio no SNC 
liberando neurotransmissores. 
3. Na sinapse, o neurotransmissor se liga a receptores no interneurônio 
gerando novamente um potencial graduado, agora no interneurônio do SNC 
4. Se o potencial for forte o suficiente, desencadeia um novo potencial de ação 
no interneurônio e esse sinal pode subir até regiões mais altas do encéfalo. 
5. A percepção consciente só vai ocorrer quando o córtex somatossensorial é 
ativado ou seja: Só quando os últimos interneurônios dessa cadeia sináptica 
disparam potenciais de ação e ativam o córtex que você sente a caneta. 
ETAPA MOTORA 
Agora você decide usar a caneta para escrever 
1. A decisão consciente ocorre no córtex motor primário, onde neurônios 
motores superiores geram um potencial graduado, isso leva a geração 
de um potencial de ação que desce pela medula espinal 
2. O neurônio motor superior faz sinapse com o neurônio motor inferior 
na medula (No corno anterior na substância cinzenta). Nessa sinapse, 
o neurotransmissor causa um novo potencial graduado, se atingir o 
limiar ele vai gerar um potencial de ação no neurônio motor inferior 
onde seu axônio vai até o músculo esquelético dos dedos. 
3. Na junção neuromuscular, o neurônio motor inferior libera Acetilcolina 
(ACh) que se liga a receptores na fibra muscular gerando um potencial 
de ação muscular ativando o retículo sarcoplasmático, liberando 
cálcio e iniciando a contração muscular.

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