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Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Amanda Almeida Olinto – SOI 2 O sistema nervoso é constituído pelo tecido nervoso; O tecido nervoso é constituído pelos neurônios e pelas células glia (neuroglias), Eles são formados por um corpo celular e prolongamento (dendritos e axônios), o seu núcleo se encontra no corpo celular; Os neurônios são responsáveis por transmitir as informações, enquanto as células da glia sustentam os neurônios e realizam outras atividades.; Pode-se dividir os neurônios em: motores (controlam órgãos efetores), sensoriais (recebem estímulos do meio ambiente e do organismo) e interneurônios (estabelecem conexões entre outros neurônios); Classifica os neurônios conforme o número de extensão que partem do corpo celular, portanto eles podem ser: multipolar, bipolar ou unipolares (pseudounipolares) (TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia.) Já as células da glia recebem diferentes denominações de acordo com a sua função; Além do tecido nervoso, o SN é dividido, anatomicamente, em três sistemas: central, periférico e autossômico. (“Resumo de sistema nervoso: histologia, SNC, SNP e autônomo - Sanar Medicina”, [s.d.]) Sistema Nervoso Central. Composto pelo encefálico e pela medula espinhal; O encefálico pode ser dividido em: telencéfalo, diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico.; O encefálico é protegido pela caixa craniana e a medula pela coluna vertebral; Sistema Nervoso Periférico Formado por estruturas que estão fora do esqueleto; Essas estruturas recebem o nome de nervos, gânglios e terminações nervosas e sensitivas; Os nervos servem como um cordão que uni o SNC com os órgãos periféricos; Pode-se dividir os nervos em dois: Nervos Cranianos (se estiver ligado ao encéfalo) e Nervos Espinhais (estão ligados à medula espinhal); Além dessa divisão, pode dividi-lo, ainda, conforme sua função, sendo eles: Nervos Motores, Nervos Sensitivos e Nervos Mistos; (“Resumo de sistema nervoso: histologia, SNC, SNP e autônomo - Sanar Medicina”, [s.d.]). Sistema Nervoso Autossômico Esse sistema está relacionado ao controle das reações, internas do organismo; Pode dividi-lo conforme os estímulos simpáticos (respostas ao estresse) e aos parassimpáticos (respostas a situações calmas). (“Resumo de sistema nervoso: histologia, SNC, SNP e autônomo - Sanar Medicina”, [s.d.]) INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO Amanda Almeida Olinto – SOI 2 O SN nos permite sentir os odores, falar, lembrar de eventos importantes, além de gerar sinais que permitem a nossa movimentação e a regulação dos órgãos internos; O SN possui três funções básicas: Sensitivas, Integradoras e Motora Sensitiva: identifica estímulos internos e externos, que são levados para o encéfalo e para a medula espinhal, pelos nervos cranianos e espinais.; Integradora: processa as informações recebidas pela função sensitiva e toma a decisão adequada para aquele momento; Motora: é a resposta que foi tomada pela função integradora, gerando assim ativação de efetores (muscular e/ou glandular) por meio dos nervos que causarão contrações musculares e secreções de hormônios pelas glândulas. Esse sistema é um dos primeiros a se desenvolver, mas um dos últimos a funcionar; Na 3-4 semana a placa neural se dobrará formando a prega neural, que em seguida se tornará o tubo neural; Esse tubo passa a se chamar neuroporos, cranial e caudal, que se fecham no 25º e 28º dia; Se não ocorrer esse fechamento acontecerá anomalias no desenvolvimento. Uma das etapas mais importante é a formação das flexuras no encéfalo que são separadas em: pontia, cervical e mesencefálica; Após o desenvolimento do tubo neural é formado o encéfalo que dá origem a três vesículas primarias: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. (“Sistema nervoso: Anatomia, função e diagrama | Kenhub”, [s.d.]) Resumo de sistema nervoso: histologia, SNC, SNP e autônomo - Sanar Medicina. Disponível em: <https://www.sanarmed.com/resumo-de-sistema- nervoso-histologia-snc-snp-e-autonomo>. Acesso em: 2 ago. 2021. Sistema nervoso: Anatomia, função e diagrama | Kenhub. Disponível em: <https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema- nervoso>. Acesso em: 4 ago. 2021. TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Grupo GEN, 2016. 9788527728867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788527728867/. Acesso em: 2021 ago. 05. Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Os neurônios são constituídos em: corpo celular, dendritos e axônios; Os neurônios são células que apresenta excitabilidade elétrica, sendo assim, possui a capacidade de responder a um estimulo e transformá-lo em um potencial de ação; Estimulo: qualquer alteração que seja forte o suficiente para iniciar um potencial de ação. Potencial de ação: é um sinal elétrico que se propaga pela superfície da membrana de um neurônio. O potencial de ação se inicia devido à passagem de íons (sódio e potássio) entre o liquido intersticial e a parte interna de um neurônio, pelos canais iônicos específicos que estão na membrana plasmática; O impulso nervoso é transmitido rapidamente e tem uma velocidade constante; Os dendritos são os receptores desses impulsos; O axônio é quem propaga os impulsos nervosos para outra célula; os impulsos nervosos se iniciam na junção do cone de implantação com o segmento inicial, a zona-gatilho, a partir da qual eles percorrem o axônio até seu destino final.; A sinapse é onde ocorre a comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula efetora; Tanto os botões sinápticos terminais quanto as varicosidades contêm minúsculos sacos envoltos por membrana chamados vesículas sinápticas, que armazenam uma substância chamada neurotransmissor; O neurotransmissor é uma molécula liberada de uma vesícula sináptica que excita ou inibe outro neurônio, uma fibra muscular ou uma célula glandular; Existem dois sistemas de transporte de substancias produzidas ou recicladas que são necessárias no axônio ou nos terminais axônicos: Transporte axônico lento: transporta o axoplasma em apenas uma direção; Transporte axônico rápido: transporta material em ambas as direções. Os neurônios podem se comunicar usando dois tipos de sinais elétricos: Potenciais graduados: utilizados apenas para a comunicação em curtas distâncias; Potencial de ação: permitem a comunicação por grandes distâncias dentro do corpo. Para que ocorra qualquer um desses tipos de potencial é necessário que a membrana plasmática possua duas características: potencial de membrana de repouso e a presença de canais iônicos; Quando os canais iônicos estão abertos, eles permitem que acha a passagem de íons específicos pela membrana plasmática, através de seus gradientes eletroquímicos; Os íons se deslocam de áreas com maior concentração para a de menos concentração; Além de que os cátions (íons com carga positiva) se movem em direção a áreas negativas e os ânions (íons com carga negativa) vão para áreas carreadas positivamente; Essa movimentação cria um fluxo de corrente elétrica que muda o potencial de membrana; O que permite que os canais se abram e fechem é a presença da “comporta”, uma proteína; Existem 4 tipos de canais iônicos: Canais de vazamento: se abrem e se fecham aleatoriamente, a membrana plasmática tem muito mais canais de vazamento para o íon potássio (K+) do que para o íon sódio (Na+), e os canais de potássio são mais permeáveis que os de sódio.; Canais ativados por ligantes: se abre e se fecha em resposta à ligação de um estímulo ligante (químico). Uma grande variedade de ligantes químicos, como neurotransmissores, hormônios e íons específicos, pode abrir ou fechar estes canais.; Canal mecanoativado: se abre ou se fecha em respostaa um estímulo mecânico na forma de vibração, como as ondas sonoras, toque, pressão ou estiramento tecidual. Como exemplo temos os SINALIZAÇÃO ELÉTRICA DO SISTEMA NERVOSO SINALIZAÇÃO ELÉTRICA DO SISTEMA NERVOSO Canais Iônicos Amanda Almeida Olinto – SOI 2 canais encontrados nos receptores auditivos, nos receptores táteis entre outros; Canais dependente de voltagem: se abre em resposta a uma mudança no potencial de membrana. Os canais dependentes de voltagem participam da geração e da condução de potenciais de ação nos axônios de todos os tipos de neurônios. Ocorre devido ao acumulo de íons negativos no citosol e o acumulo igual de íons positivos no liquido extracelular (LEC); Nos neurônios, o potencial de membrana em repouso varia entre −40 e −90 mV. Um valor comum é de −70 mV.; O potencial de membrana de repouso é gerado devido a 3 importantes fatores: Distribuição heterogênea de íons no LEC e no citosol.; A incapacidade da maioria dos anions em sair da célula; A natureza eletrogênica das Na+-K+ ATPases. É um pequeno desvio do potencial de membrana que faz com que a membrana fique mais polarizada ou menos polarizada; Quando ela fica mais polarizada é conhecida como potencial graduado hiperpolarizante. Quando a deixa menos polarizada, ela é conhecida como potencial graduado despolarizante; O potencial graduado ocorrerá a partir de um estimulo que causa a abertura ou o fechamento de canais mecanoativados ou ativados por ligantes na membrana plasmática de uma célula excitável; Esses potenciais acontecerão nos dendritos e no corpo celular de um neurônio; Esses sinais elétricos são chamados de graduados, pois eles variam em amplitude de acordo com a intensidade do estimulo; Eles serão maiores ou menores dependendo de quantos canais estão abertos e de quanto tempo eles permanecem abertos; É uma sequência rápida de eventos que diminui e reveste o potencial de membrana e depois o leva novamente para o seu estado de repouso; Um potencial de ação tem duas fases principais: a fase de despolarização e a fase de hiperpolarização (repolarização); O limiar da maioria dos neurônios é acida de -55mV; A formação de um potencial de ação depende da capacidade de um estímulo específico em elevar o potencial de ação até o seu limiar. É a entrada de Na+ em grande quantidade; A entrada desses íons faz com que o potencial de ação mude de -55 para +30 mV; É aberto os canais de K+ (potássio), enquanto os de Na+ (sódio) ficam em estado inativo (fechados); A entrada de Na+ fica mais lenta, enquanto a saída de K+ é acelerada; Essa saída acelerada de potássio e a pouca entrada de sódio faz com que o potencial de membrana passe de +30 para -70mV. Os canais de K+ permanecem abertos e o potencial de membrana se torna ainda mais negativo (-90mv); Quando os canais de K+ se fecham, o potencial de membrana volta ao seu nível em repouso de -70 mV. É o periodo de tempo após o início do potencial de ação até a geração de outro potencial de ação; Os canais de Na+ inativos não conseguem se reabrir; eles primeiro devem voltar ao estado de repouso; Diferentemente dos potenciais de ação, os potenciais graduados não apresentam um período refratário.; Os potenciais de ação devem ser propagados do local onde são gerados, zona-gatinho do axônio, para os terminais axônicos; Ao contrário do potencial graduado, o potencial de ação não é decrescente (ele não se acaba)., esse modo de condução é chamado de propagação; O potencial de ação se regenera várias vezes nas regiões adjacentes da membrana da zona-gatilho até os terminais axônicos.; Em um neurônio, um potencial de ação pode se propagar apenas nesta direção; Potencial de Membrana em Repouso Potenciais Graduados Potenciais de Ação Fase de Despolarização Fase de Repolarização Fase de pós-hiperpolarização Período Refratário Propagação dos Potencias de Ação Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Existem dois tipos de propagação: a condução contínua e a condução saltatória.; Na condução contínua, os íons trafegam por seus canais em cada segmento adjacente da membrana., A condução contínua ocorre em axônios não mielinizados e nas fibras musculares.; Os potenciais de ação se propagam mais rapidamente pelos axônios mielinizados do que pelos não mielinizados; A condução saltatória, ocorrerá nos axônios mielinizados, pois a uma grande distribuição de canais íonicos.; Quando um potencial de ação se propaga por um axônio mielinizado, uma corrente elétrica (carregada por íons) flui de um nó para o outro pelo líquido extracelular que circunda a bainha de mielina e do citosol.; A velocidade de propagação de um potencial de ação é afetada por três fatores principais: mielinização, diâmetro do axônio e temperatura.; A sinapse é uma região onde ocorre a comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula efetora; Um neurônio que leva o sinal é chamado de pré- sináptico, enquanto o que recebe o sinal é chamado de pós-sináptico; A maioria das sinapses entre neurônios é axodendrítica (entre o axônio e um dendrito), enquanto outras são axossomáticas (entre um axônio e uma célula) ou axoaxônicas (entre dois axônios); Além disso, as sinapses podem ser elétricas ou químicas, apresentando diferenças estruturais e funcionais entre si. Os impulsos (potenciais de ação) são conduzidos entre as membranas plasmáticas de neurônios por meio de umas estruturas chamadas junções comunicantes; Cada junção contém uma centena ou mais de conexinas tubulares, que funcionam como túneis para ligar diretamente o citosol de duas células; As sinapses elétricas apresentam duas vantagens importantes: Comunicação mais rápida; Sincronização. As membranas plasmáticas dos neurônios, pré e pós- sinápticos, estão próximas mas não se tocam devido a fenda sináptica; Os impulsos nervosos não podem ser conduzidos pela fenda sináptica; Em resposta a um impulso nervoso, o neurônio pré- sináptico libera um neurotransmissor que se difunde pelo líquido da fenda sináptica e se liga a receptores na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico; O neurônio pós-sináptico recebe o sinal químico e, na sequência, produz um potencial pós-sináptico, um tipo de potencial graduado. São toxinas que atuam no cérebro ou no SNP; Provocarão a morte celular ou causaram danos nos neurônios; A tetrodotoxina (TTX) bloqueia os potenciais de ação por meio da sua entrada nos canais de Na+, fazendo com que não consigam se abrir; TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Sinapses Elétricas Sinapses Químicas Amanda Almeida Olinto – SOI 2 O desenvolvimento do Sistema Nervoso terá início durante a 3ª semana; A partir do disco embrionário trilaminar será desenvolvido a placa neural e o sulco neural; A notocorda e o mesênquima paraxial induzem o ectoderma sobrejacente a diferenciar-se na placa neural; O tubo neural será diferenciado no SNC; A crista neural origina as células que formam a maior parte do SNP e do SNA; Na 4ª semana, começará a neurulação (formação da placa neural e do tubo neural) na região entre o quarto e o sexto pares de somitos; Enquanto a placa e o tubo neurais craniais formarão o encéfalo, a placa e o tubo neural caudal formarão a medula espinal; A fusão das pregas neurais e a formação do tubo neural começará no quinto somito; A parte anterior do tubo neural se expande, junto com o tecido da crista neural, desenvolvendo constrições que determinam o aparecimento de três régios chamadas de vesículas encefálicas primitivas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo O lúmen do tubo neural vai se tornar o canal neural,que se comunicara livremente com a cavidade amniótica; A paredes destas regiões encefálicas dão origem ao tecido nervoso, enquanto o interior oco do tubo se transforma em ventrículos (espaços preenchidos por líquido) A medula espinal primitiva se desenvolve a partir da parte caudal da placa neural e da eminencia caudal, o tubo neural caudal também desenvolve a medula; Entre a 9ª e a 10º semanas, as paredes laterais do tubo neural engrossam e reduzem gradualmente o tamanho do canal neural até que somente exista um minúsculo canal central da medula espinal; A parede do tubo neural, inicialmente, é composta por um neuroepitélio espesso, pseudoestratificado e colunar. Essas células constituem a zona ventricular, que origina todos os neurônios e as células micróglia na medula espinal; As meninges envolvem e protegem o encéfalo, juntamente com o crânio; As meninges do crânio são continuas com as meninges espinais; apresentando as mesmas estruturas básicas e os mesmos nomes: Dura-máter: é a mais externa, composta por tecido rico em fibras colágenas. É ricamente vascularizada (pela artéria meníngea media). É constituída proo dois folhetos (periósteo interno (E) e meníngeo (i)); Aracnóide: fica logo abaixo da dura-máter e ela justaposta. É uma meninge delica e rica com feixes de tecido conjuntivo elástico; Pia-máter: é a mais delicada e a mais interna das meninges, estando aderida ao tecido nervoso, acompanhando suas elevações e depressões. Os espaços com o líquor são chamados espaços perivasculares (de Virchoe-Robin). As meninges são membranas que cobrem a medula espinal e o crânio; Na medula espinal, ela começa a se desenvolver a partir das células da crista neural e do mesênquima, entre o 20º e o 35º dia; As células migram para circundar o tubo neural e formam as meninges primitivas; A camada externa dessa membrana torna-se espessa para formar a meninge dura-máter e a camada interna, a aracnoide e a pia-máter, as duas juntas formam a pia-aracnoide (lepromeninges); Dura-máter: possui somente o folheto meníngeo da continuação da dura-máter craniana; A leptomeninges apresentarão espaças cheios de líquidos que se juntam para formar o espaço subaracnóideo; O liquido cerebrospinal começa a ser formado durante a 5ª semana; Também conhecido como líquor; É um liquido claro e incolor; formado principalmente por água; DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO Desenvolvimento das Meninges Espinais Desenvolvimento das Meninges Cranianas Liquido Cerebrospinal (LCS) Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Esse liquido protege o encéfalo e a medula espinal de lesões químicas e físicas; Realiza o transporte de pequenas quantidades de oxigênio, glicose e outras substancias importantes para os tecidos nervosos; O LCS circula continuamente pelas cavidades encefálicas e medulares e ao redor do encéfalo e da medula espinal no espaço subaracnóideo (espaço situado entre a aracnoide-máter e a pia-máter); O líquor possui pequenas quantidades de glicose, proteínas, ácido láctico, ureia, cátions e aníons (Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Cl– e HCO3–); O LCS possui três funções básicas: Proteção mecânica: serve como amortecedor que protege os tecidos do encéfalo e da medula espinal, além de permitir que o encéfalo “flutue” na cavidade craniana; Função homeostática: o seu pH influencia na ventilação pulmonar e no fluxo sanguíneo encefálico, além de servir com um transportador de hormônios polipeptídicos; Circulação: é um meio de trocas segundarias de nutrientes e excretas entre o sangue e o tecido encefálico adjacente. A maior parte do LCS é produzida pelos plexos corióideos, uma rede de capilares localizadas nas paredes dos ventrículos; As células ependimárias, ligadas entre si por uma junção oclusiva, recobrem os capilares dos plexos corióideos; As substancias selecionadas do plasma sanguíneo, serão secretadas pelas células ependimárias para produzir esse liquido; Por causa da junção oclusivas entre as células epencimárias, as substancias que entram no LCS pelos capilares coriodeos não passam, em vez disso elas devem passar pelas células ependimárias. Essa barreira hematoliquórica permitirá a entrada de apenas algumas substancias, excluído outras, protegendo assim o encéfalo e a medula espinal de substâncias nocivas do sangue. Hidrocefalia: é o excesso de LCS nos ventrículos, fazendo com que a pressão do LCS aumente. Ela pode ser tratada com drenagem pelo procedimento ventriculostomia endoscópica do terceiro ventrículo, onde o neuro cirurgião abre um buraco no assoalho do terceiro ventrículo, fazendo com que o LCS frene diretamente para o espalho subaracnóidea; Meningite: é a inflamação das meninges, pode ocorrer por diversos fatores, mas a principal é a bacteriana. Seu tratamento é feito através de antibióticos. TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Grupo GEN, 2016. N., M.K.M.P.T. V. Embriologia Clínica. Grupo GEN, 2020. Moodle USP: e-Disciplinas. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/257080 6/mod_resource/content/1/Meninges%2C%20LC R%20e%20Barreiras.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2021. Amanda Almeida Olinto – SOI 2 O telencéfalo (cérebro) é composto por um córtex cerebral externo, uma região interna de substância branca e núcleos de substância cinzenta localizados profundamente na substância branca. O córtex cerebral é uma região de substância cinzenta que forma a face externa do telencéfalo (cérebro) o córtex se dobra sobre si mesmo, formando pregas conhecidas como giros. As fendas mais profundas entre os giros são chamadas de fissuras; as mais superficiais, de sulcos. A fissura mais proeminente, a fissura longitudinal. A fissura longitudinal. divide o telencéfalo em dois hemisférios cerebrais e a lâmina terminal; Os dois hemisférios são unidos por uma faixa de fibras comissurais, chamada de corpo caloso; As cavidades desses hemisférios recebem o nome de ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares; Cada hemisfério possui três polos: frontal, occipital e temporal; e três faces: dorsolateral (convexa), medial (plana) e inferior (base do cérebro); O cérebro possui várias depressões que são denominadas de sulcos, que delimitaram os giros cerebrais; A existência dos sulcos permite o aumento da superfície sem que acha um grande aumento do volume cerebral (dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral está escondida nos sulcos); Muitos sulcos não recebem uma denominação, pois são inconstantes., mas os que são mais constantes já irão receber uma denominação e ajudarão a delimitar os lobos e as áreas cerebrais; Nos dois hemisférios, os sulcos mais importantes são: Sulco Lateral (de Sylvius): Começa na base do cérebro, separando o lobo frontal do lobo temporal, que se dirige para a face dorsolateral do cérebro, onde irá se dividir em três ramos: ascendente, anterior (penetram o lobo frontal) e posterior (penetrar o lobo parietal); Sulco Central (de Rolando): é profundo e continuo, percorre obliquamente a face dorsolateral do hemisfério, separando os lobos frontal e parietal.. É acompanhado por dois giros paralelos, o pré-central (anteriormente e relacionado a ação motora) e o pós-central (posterior e relacionado a sensibilidade). Os lobos cerebrais recebem sua denominação de acordo com os ossos do crânio, com os quais se relacionam, sendo assim temos os lobos: frontal, temporal, parietal e occipital. Além desses, a insula, que está profundamente no sulco lateral e que não tem relação com os ossos do crânio; Conhecida, também, por face convexa; É a maior das faces, relacionando-se com todos os ossos que formam a abóboda craniana; Nela encontra-se os seguintes loboscerebrais: Localizado na parte da frente do cérebro, possuirá a função de: planejamento de ações e movimento, bem como o pensamento abstrato.; Nele estão incluídos o córtex motor e o pré frontal Possui em sua superfície três sulcos principais: Sulco pré-centrall: mais ou menos paralelo ao sulco central e muitas vezes dividido em dois segmentos; Sulco frontal superior: começa,geralmente, na porção superior do sulco pré-central; Sulco frontal inferior: pare da porção inferior do sulco pré-central; Entre o sulco central e o pré central está o giro pré central, onde encontra-se a principal área motora do cérebro; Acima do sulco frontal superior está o giro frontal superior; Entre os sulcos frontal superior e inferior, está o giro frontal médio; Abaixo do sulco frontal inferior está o giro frontal inferior. No hemisfério esquerdo esse giro é chamado de giro de Broca, essa é a área responsável pela linguagem. Processará os estímulos auditivos; ANATOMOFISIOLOGIA DO TELENCÉFALO ANATOMOFISIOLOGIA DO TELENCÉFALO Face Dorsolateral Lobo Frontal Lobo Temporal Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Está na face dorsolateral do cérebro e possui dois sulcos principais: Sulco temporal superior: começa próximo ao polo temporal e termina no lobo parietal; Sulco temporal inferior: está paralelo ao sulco temporal superior e é geralmente formado por duas ou mais partes descontinuas. Sulco temporal médio; Entre os sulcos lateral e temporal superior está o giro temporal superior; Entre o sulco temporal superior e inferior está o giro temporal médio; Abaixo do sulco temporal inferior localiza-se o giro temporal inferior, que se limita com o sulco occipito- temporal; No giro temporal transverso anterior, localizado próximo ao sulco lateral, é encontrada a área da audição; O lobo parietal processar as sensações como tato, dor e calor; O lobo occipital processa os estímulos visuais; O lobo occipital ocupa uma porção muito pequena, onde possui pequenos sulcos e giros inconstantes e irregulares; O lobo parietal apresenta dois sulcos principais: Sulco pós central: paralelo ao sulco central e é dividido em dois segmentos, que estão distantes um do outro; Sulco intraparietal: muito variável e geralmente é perpendicular ao pós centeal, estendendo-se para trás para terminar no lobo occipital; Entre o sulco central e o pós central fica o gira pós central, onde está a área sensitiva do córtex (área somestésica); O sulco intraparietal separa o lóbulo parietal supeiro do inferior; Apresenta os seguintes sulcos e giros: Sulco circular da insula e Sulco central da insula; Giros curtos e giros longas da insula. Para visualizar essa face é necessário que o cérebro seja seccionado no plano sagital mediano, o que expõe o diencéfalo e algumas formações telencefalicas inter-hemisféricas, como: Corpo caloso; Fórnix; Septo pelúcido; Apresenta dois sulcos: Sulco calcarino: Começa abaixo do esplênio do corpo colosso. Nos lábios do sulco localiza-se a área visual, também chamada de área estriada; Sulco parietoccipital: mais profunda e separa o lobo occipital do parietal e encontrasse como o sulco calcariano. Entre esses dois sulcos está o giro complexo; Abaixo do sulco calcariano encontra-se o giro occipito-temporal medial. Existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o parietal: Sulco do corpo caloso: começa abaixo do corpo caloso e termina no lobo temporal, com o sulco hipocampo; Sulco do cíngulo. Conhecida como base do hemisfério; Pode-se dividi-la em duas partes: uma que pertence ao lobo frontal e outra que pertence quase toda ao lobo temporal; Apresenta três sulcos: Sulco occipito-temporal Sulco colateral; Sulco do hipocampo Apresenta um único sulco importante: sulco olfatório As atividades funcionais do encéfalo dependem de um processo de oxidação de carboidratos e não pode ser sustentada por metabolismo anaeróbio; Por isso o consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado e requer um fluxo sanguíneo continuo e intenso; Se ocorrer uma parada da circulação cerebral por mais de dez segundos o individuo perde a consciência. Se ocorrer por mais de cinco minutos começam a aparecer lesões irreversíveis; O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado sendo pelos rins e pelo coração; A resistência cerebrovascular depende dos seguintes fatores: Lobo parietal e occipital Lobo Ínsula Face Medial Lobo Occipital Lobo Frontal e Parietal Face Inferior Lobo Temporal Lobo Frontal Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Pressão intracraniana; Condições da parede vascular; Viscosidade do sangue; Calibre dos vasos cerebrais; O encéfalo é irrigado pelas artérias carótidas internas e vertebrais, que são originadas no pescoço, sendo especializadas para a irrigação do encéfalo; As artérias cerebrais possem uma prede fina; por esse motivo é fácil ocorrer uma hemorragia; Existem duas artérias importantes: Carótida interna e a Vertebral basilar; Já as veias são diferentes das artérias, elas são maiores e mais calibrosas; Elas drenam para os seios da dura-máter; Existem dois sistemas venosos: Superficial: constituído por veias que drenam o córtex e a substancia branca; são separadas em superiores e inferiores (mais importante é a vaia cerebral media superficial) Profunda: Drenam o sangue de regiões como o corpo estriado, capsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco da medula do cérebro. A veia mais importante é a veia cerebral magna. As barreiras encefálicas são dispositivos que impedem ou dificultam a passagem de substancias entre o sangue e o tecido nervos ou ente o liquor; O sangue flui para o encéfalo através das artérias carótidas internas e vertebrais; os seios da dura-máter drenam para as veias jugulares internas, levando o sangue da cabeça de volta para o coração. MACHADO, A. B. M.; LUCIA MACHADO HAERTEL. Neuroanatomia funcional. São Paulo: Atheneu, 2014. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Amanda Almeida Olinto – SOI 2 A medula é uma via de influxo sensitivo para o encéfalo e de efluxo motor do encéfalo (ou seja, manda mensagens para o encéfalo e transmite a resposto para os músculos); A medula espinal é dividida em duas partes: substancia cinza e substancia branca; A coluna vertebral irá proteger a medula, sendo a primeira camada protetora. A segunda camada é composta pelas meninges e além disso, nos espaços entre duas meninges há o liquido cerebrospinal; A medula apresentará duas intumescências, por conta do número de neurônios, sendo a cervical, que se estende da quarta vertebra cervical até a primeira vertebra torácica, e a lombar, que vai da nona até a decima segunda vertebra torácica; Abaixo da intumescência lombar a medula espinal vai terminar em uma estrutura cônica e afilada, conhecida como cone medular, que vai até o nível do dico intervertebral entre a primeira e segunda vértebra lombares; Na superfície da medula existem os seguintes sulcos: lateral anterior; lateral posterior, intermediário posterior, mediano posterior, além da fissura mediana anterior; Entre a fissura mediana anterior e a substancia cinzenta está o local onde as fibras se cruzaram chamada de comissura branca; Os diversos segmentos da medula espinal variam em tamanho, formato, quantidades relativas de substância cinzenta e substância branca, e distribuição e formato da substância cinzenta; Por exemplo, a quantidade de substância cinzenta é maior nos segmentos cervical e lombar porque estes segmentos são responsáveis pelas inervações sensitiva e motora dos membros.; Se realizar um corte transverso na medula espinal, nota-se a substanciabranca envolve a parte interna/ substancia cinza; A substancia branca é composta, basicamente, por axônios mielinizados; Existe dois sulcos em sua estrutura, que dividirá ela em dois lados. A fissura mediana anterior é um sulco largo e a fissura mediana posterior; Está organizada em regiões. Os cornos anteriores e posteriores dividem a substancia de cada lado em três áreas: anterior, posterior e laterais. Se parece com uma borboleta ou com um H; É composta por dendritos e corpos celulares, axônios não mielinizados e neuroglia; A substância cinzenta de cada lado da medula espinal é subdividida em regiões chamadas de cornos; Os cornos posteriores contêm corpos celulares e axônios de interneurônios, bem como axônios de neurônios sensitivos. Nos cornos anteriores encontram-se núcleos motores somáticos, os quais são agrupamentos de corpos celulares de neurônios motores somáticos que geram os impulsos nervosos necessários para a contração dos músculos esqueléticos.; Além de ser o local onde ocorre o processamento dos reflexos, a substância cinzenta da medula espinal também é um sítio de integração (somação) de potenciais pós-sinápticos excitatórios (PEPSs) e inibitórios (PIPSs); Os nervos espinais são vias de comunicação entre a medula espinal e regiões específicas do corpo.; A nomeação dos nervos espinais se faz de acordo com o segmento nos quais estão localizados. Existem 8 pares de nervos cervicais, 12 pares de nervos torácicos, 5 pares de nervos lombares, 5 pares de nervos sacrais e 1 par de nervos coccígeos; Dois feixes de axônios, chamados de raízes, conectam cada nervo espinal a um segmento da medula por meio de feixes ainda menores de axônios conhecidos como radículas; Quando os nervos espinais se ramificam a partir da medula espinal, eles se projetam lateralmente para sair do canal vertebral por meio dos forames intervertebrais, entre vértebras adjacentes.; No entanto, como a medula espinal é mais curta que a coluna vertebral, os nervos das regiões lombar, MEDULA ESPINAL MEDULA ESPINAL Substancia Branca Substancia Cinza Nervos Espinais Amanda Almeida Olinto – SOI 2 sacral e coccígea não saem da coluna vertebral no mesmo nível em que deixam a medula espinal; Logo após passar pelo seu forame intervertebral, um nervo espinal se divide em vários ramos; O ramo posterior (dorsal) supre os músculos profundos e a pele da face posterior do tronco. O ramo anterior (ventral) supre os músculos e as estruturas dos quatro membros, bem como a pele das faces lateral e anterior do tronco.; Além desses, existe o ramos meníngeos que entra novamente no canal vertebral pelo forame intervertebral e suprem as vértebras, os ligamentos vertebrais, os vasos sanguíneos da medula espinal e as meninges. Todo o corpo é inervado por neurônios, principalmente na pele que é inervado pelos neurônios sensitivos somáticos; Cada nervo espinal possui neurônios sensitivos que vão suprir um segmento especifico do corpo; Um dos nervos cranianos, o nervo trigêmeo, inerva a maior parte da pele da face e do escalpo.; A área da pele que fornece a aferência sensitiva para o SNC por meio de um dos pares de nervos espinais ou do nervo trigêmeo (NC V) é chamada de dermátomo. É o território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal; A inervação em dermátomos contíguos por vezes se sobrepõe., o que pode causar uma perca de sensibilidade; no caso do herpes zoster, doença conhecida vulgarmente como cobreiro, o vírus acomete especificamente as raízes dorsais, causando o aparecimento de dores e pequenas vesículas em uma área cutânea que corresponde a todo o dermátomo da raiz envolvida. o vírus se aloja no gânglio sensitivo do nervo espinal (na raiz posterior). se dissemina nos neurônios sensitivos da pele por meio do transporte axônico rápido O resultado disso é dor, despigmentação da pele e uma linha característica de vesículas cutâneas. Esta linha delimita a distribuição (dermátomo) de um nervo sensitivo cutâneo específico que pertence ao gânglio infectado da raiz posterior. As fibras nervosas motoras, que surgem da medula espinal, começam a aparecer no final da 4a semana; Surgem das células nas placas basais da medula espinal em desenvolvimento e emergem como uma série contínua de pequenas raízes ao longo da superfície ventrolateral.; As fibras destinadas a um determinado grupo muscular em desenvolvimento ficam dispostas em um feixe, formando a raiz nervosa ventral; As fibras nervosas da raiz nervosa dorsal são formadas a partir de células da crista neural que migram para o lado dorsolateral da medula espinal, onde se diferenciam nas células do gânglio espinal; Os prolongamentos centrais dos neurônios no gânglio espinal formam um único feixe que cresce na medula espinal, oposto ao ápice do corno dorsal da substância cinzenta; Os prolongamentos distais das células do gânglio espinal crescem em direção à raiz nervosa ventral e, finalmente, juntam-se a ela para formar um nervo espinal.; Imediatamente depois de formado, um nervo espinal misto divide-se nos ramos primários dorsal e ventral; O ramo primário dorsal, a divisão menor, inerva a musculatura axial dorsal, vértebras, articulações intervertebrais posteriores e parte da pele das costas.; O ramo primário ventral, a principal divisão de cada nervo espinal, contribui para a inervação dos membros e partes ventrolaterais da parede do corpo; Os principais plexos nervosos (cervical, braquial e lombossacral) são formados por ramos primários ventrais. No início do desenvolvimento, os sucessivos ramos primários ventrais unem-se conectando as alças das fibras nervosas, especialmente aquelas que suprem os membros. N., M.K.M.P.T. V. Embriologia Clínica. Grupo GEN, 2020. MACHADO, A. B. M.; LUCIA MACHADO HAERTEL. Neuroanatomia funcional. São Paulo: Atheneu, 2014. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Os nervos espinais se originam na medula espinal como radículas que depois se convergem para formar duas raízes nervosas; Raiz anterior (ventral): são formadas pelas fibras motoras (eferentes) que sai dos corpos das células nervosos no corno anterior da substancia cinzenta da medula espinal para os órgãos efetores situados na periferia; Raiz posterior (dorsal): são formadas pelas fibras sensitivas (aferentes) dos corpos celulares do gânglio sensitivo do nervo espinal, se estendendo em direção a periferia ate terminações sensitivas e centralmente até o corno posterior de substancia cinzenta da medula espinal; As raízes nervosas, posterior e anterior, se unem dentro ou próximas ao forame intervertebral, para formar um nervo espinal misto; Esse nervo espinal misto se divide em dois ramos: posterior (dorsal) e o anterior (ventral); As raízes nervosas sensoriais estão inervando uma mesma superfície da pele, nos chamamos isso de dermátomos; É importante saber reconhecer essas áreas, para saber qual foi o nervo espinhal afetado e/ou o nível medular que ocorreu a lesão; As vias aferentes levam aos centros nervosos suprassegmentares os impulsos nervosos que são originados nos receptores periféricos; Essas vias tem os seguintes elementos: Receptor: é a teminação nervosa sensitiva ao estimulo, sendo que existe receptores especializados para cada uma das modalidades sensíveis; Trajeto periférico: é um nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo a estes nervos; Trajeto central: adentra no sistema nervoso central e constituem as vias aferentes que se agrupam em feixes (tratos, fascículos, lemniscos), de acordo com suas funções; Área de projeção cortical: é representada pelo córtex cerebral ou o córtex cerebelar; no primeiro caso,é possível processar diversos tipos de sensibilidade, e é consciente; no segundo caso, o impulso não determina manifestação sensorial, apenas integração motora; a via é inconsciente. O processamento das informações ocorrerá de forma hierárquica, sendo as informações transmitidas através de uma sucessão de regiões inicialmente subcorticais e depois corticais; As áreas onde originam-se os impulsos sensitivos são representadas em locais específicos da via aferente, assim como na área cortical, sendo assim, cada região origina os impulsos sensitivos possuem especificidades; As grandes vias aferentes podem ser consideradas como cadeias neuronais unindo os receptores ao córtex; No caso das vias inconscientes (cerebelares), esta cadeia é constituída apenas por dois neurônios (I, II). Já nas vias conscientes (cerebrais), estes neurônios são geralmente três, princípios gerais: Neurônio I: localiza-se fora do sistema nervoso central, cujo corpo celular fica no gânglio do nervo. O prolongamento periférico liga-se ao receptor, enquanto o prolongamento central penetra no sistema nervoso central pela raiz dorsal dos nervos espinhais ou por um nervo craniano.; Neurônio II: localiza-se na coluna posterior da medula (substância cinzenta) ou em núcleos de nervos cranianos do tronco encefálico (exceto as vias óptica e olfatória). Originam axônios que cruzam o plano mediano. Ele entra na formação de um trato ou lemnisco. Neurônio III: localiza-se no tálamo e origina um axônio que chega ao córtex por uma radiação talâmica (exceto a via olfatória). As vias aferentes do tronco e membros penetram no sistema nervoso central pelos nervos espinhais. Os receptores de dor são terminações nervosas livres; Existem duas vias principais através das quais os impulsos de dor e temperatura chegam ao cérebro: SISTEMA NERVOSO DA MEDULA ESPINAL SISTEMA NERVOSO DA MEDULA ESPINAL Vias de dor e temperatura Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Neoespinotalâmica: via mais recente, constituída pelo trato espinotalâmico lateral que vai direto para o tálamo; Paleoespinotalâmica: via mais antiga, constutuida pelo trato espino-reticular e pelas fibras reticulo-talâmicas É a via clássica de dor e temperatura e constitui o trato espinotalamico lateral, envolvendo uma cadeia de três neurônios: Neurônio I: localizados nos nervos espinhais (raízes dorsais). Estes penetram na medula, onde fazem sinapse com os neurônios II. Neurônio II: cruzam o plano mediano pela comissura branca e ganham o funículo lateral do lado oposto, ascendendo para constituir o trato espinolâmico lateral. Na ponte, as fibras desse trato se unem com as do espinotalâmico anterior para constituir o lemnisco espinhal, que termina no tálamo fazendo sinapse com os neurônios III. Neurônio III: localizam-se no tálamo, no núcleo ventral posterolateral. Seus axônios formam radiações talâmicas que, pela cápsula interna e coroa radiada, chegam à área somestésica do córtex cerebral situada no giro pós-central. Através dessa via, chegam ao córtex cerebral potenciais de ação dos receptores térmicos e dolorosos do tronco e dos membros do lado oposto. Ela é responsável apenas pela sensação de dor aguda e bem localizada (dor em pontada). Possui uma cadeia de neurônios, em quantidade, maior que os da via neoespinotalâmica.. Neurônios I – localizam-se nos nervos espinhais, e seus axônios penetram na medula do mesmo modo que os da via anterior. Neurônios II – situam-se na coluna posterior (núcleo relé) da medula. Seus axônios dirigem-se ao funículo lateral do mesmo lado ou do lado oposto, onde ascendem para constituir o trato espinorreticular. Este sobe na medula junto ao trato espinotalâmico lateral (lemnisco espinhal) e termina fazendo sinapse com os neurônios III em vários níveis da formação reticular. Neurônios III – localizam-se na formação reticular e dão origem às fibras retículotalâmicas que vão para os núcleos do grupo medial do tálamo. Os núcleos intralaminares projetam-se para vários territórios do córtex cerebral. São responsáveis pela ativação cortical do que com a sensação de dor, uma vez que essa se torna consciente já em nível talâmico. A lguns Neurônios III da via paleoespinotalâmica (formação reticular), projetam-se também para a amígdala, o que contribui para o componente afetivo da dor. A via paleoespinotalâmica é responsável por um tipo de dor pouco localizada, dor profunda do tipo crônico (dor em queimação). Indivíduos com lesões da parte anterior do giro do cíngulo são indiferentes à dor. A dor é a mesma, só que eles não se importam com ela. Os receptores de pessao e tato são tanto os corpúsculos de Meissner como os de Ruffini, também são receptores táteis as ramificações dos axônios em torno dos folículos pilosos; Neurônios I – localizam-se nos nervos espinhais cujo prolongamento periférico liga-se ao receptor, enquanto o central divide-se em um ramo ascendente, muito longo, e um ramo descendente, curto, terminando ambos na coluna posterior, em sinapse com os neurônios II. Neurônios II – localizam-se na coluna posterior da medula. Seus axônios cruzam o plano mediano e atingem o funículo anterior do lado oposto, onde ascendem para constituir o trato espinotalâmico anterior. Este, no nível da ponte, une-se ao espinotalâmico lateral para formar o lemnisco espinhal, cujas fibrasterminam no tálamo, fazendo sinapse com os neurônios III. Neurônios III – localizam-se no núcleo ventral posterolateral do tálamo. Originam axônios que formam radiações talâmicas que, passando pela cápsula interna e coroa radiada, atingem a áreas somestésicas do córtex cerebral. Por este caminho chegam ao córtex os impulsos originados nos receptores de pressão e de tato situados no tronco e nos membros. Entretanto, como no caso anterior, estes impulsos tomam-se conscientes já em nível talâmico. Os receptores de tato são os corpúsculos de Ruffini, de Meissner e os discos de Merkel; Os receptores da propriocepção consciente são os fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos (de golgi); Já os receptores para a sensibilidade vibratória são os corpúsculos de Vater Paccini. Via Neoespinotalamica Via Paleoespinotalamica Vias de pressão e do tato protopatico Vias de propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Neurônios I – localizam-se nos nervos espinhais dorsais. os ramos ascendentes longos terminam no bulbo, fazendo sinapse com os neurônios II. Neurônios II – localizam-se nos núcleos grácil e cuneiforme do bulbo. Este termina no tálamo, fazendo sinapse com os neurônios III. Neurônios III – estão situados no núcleo ventral posterolateral do tálamo, originando axônios que constituem radiações talâmicas que chegam à área somestésica passando pela cápsula interna e coroa radiada. O tato epicrítico e a propriocepção consciente permitem ao indivíduo a discriminação de dois pontos e o reconhecimento da forma e tamanho dos objetos colocados na mão; Os impulsos dessa via se tornam conscientes em nível cortical, ao contrário das duas vias anteriores. Os receptores são os fusos neuromusculares, receptores articulares e órgãos neurotendinosos (de Golgi) situados nos músculos, articulações e tendões. Neurônios I – localizam-se nos nervos espinhais., fazem sinapse com os neurônios II da coluna posterior; Neurônios II – podem estar em duas posições, originando duas vias diferentes até o cerebelo: Neurônios II: situados no núcleo torácico (coluna posterior, penetra pelo pedúnculo cerebelar inferior. Neurônios II: situados na coluna posterior e substância cinzenta intermédia. Este penetra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior. As fibras cruzam novamente antes de penetrar no cerebelo, pois a via é homolateral. Através dessas vias, os impulsos proprioceptivos originados na musculatura estriada esquelética chegam até o cerebelo. Estes neurônios inibem a sinapse entre os neurônios I e II da via da dor, pela liberação de um opioide endógeno, a encefalina, substância do mesmo grupo químico da morfina. Esses Receptores também estão presentes na substância cinzenta periaquedutal, onde a injeção de morfina resulta em uma analgesia semelhante à que se obtém por estímulos elétricos. A substância cinzenta periaquedutal recebe aferências das vias neo e paleoespinotalâmicas bem como da área somestésica do córtex, ou seja, os próprios impulsos das vias de dor podem ativar tal região regulatória. Este sistema se torna mais ativo em certas situações, o que explica porque indivíduos sob forte estresse ou com ferimentos fortes fiquem sem dor. Realiza a comunicação dos centros suprassegmentares do sistema nervoso com os órgãos efetuadores; Pode-se dividi-la dois grupos: vias eferentes somáticas e viscerais; As somáticas controlaram a atividade dos músculos estriados esqueléticos, permitindo a realização de movimentos voluntários ou atomaticos, regulando ainda o tomus e a postura; As viscerais (autônomo) regulam os músculos lisos, cardíaco ou as glândulas, regulando o funcionamento das visceral e dos vasos. Une o córtex cerebral aos neurônios motores da medula; As suas fibras seguem a seguinte trajetória: área 4, coroa radiada, perna posterior da capsula interna, base do pedúnculo cerebral, base da ponte e pirâmide bulbar; No nível da decussação das pirâmides, uma parte das fibras continua ventralmente, constituindo o trato corticoespinhal anterior; Outra parte cruza na decussação das pirâmides para constituir o trato corticoespinhal lateral; As fibras do trato corticoespinhal anterior ocupam o funículo anterior da medula e, após cruzamento na comissura branca, terminam em relação com os neurônios motores contralaterais, responsáveis pelos movimentos voluntários da musculatura axial; Ocupa o funículo lateral ao longo de toda a extensão da medula e suas fibras influenciam os neurônios motores da coluna anterior de seu próprio lado; Nem todas as fibras do trato corticoespinhal são motoras; Tem o mesmo valor funcional do trato corticoespinhal, diferindo deste principalmente pelo fato de transmitir impulsos aos neurônios motores do tronco encefálico e não aos da medula. Podemos dizer que lesão medular ou traumatismo raquimedular (TRM) é quando a medula espinhal é danificada seja por um trauma, doença ou defeito congênito, ocasionando paralisia temporária ou permanente dos músculos dos membros e do Via da propriocepção inconsciente Vias de analgesia (sensibilidade visceral) Trato corticoespinhais Trato Corticonuclear Amanda Almeida Olinto – SOI 2 sistema nervoso autônomo, bem como alterações na sensibilidade dependendo da localização e extensão da lesão.; A etiologia traumática é a mais frequente. Caracteriza- se por um trauma que fratura (quebra) ou desloca uma ou mais vértebras da coluna vertebral provocando uma invasão no canal medular e atingindo a medula espinhal por compressão ou secção (corte). As causas não-traumáticas, são geradas por diversos fatores como: tumores que comprimem a medula espinhal ou as regiões próximas; acidentes vasculares; hérnia de disco; deformidades na coluna vertebral que afetam a integridade da medula espinhal. Os agentes causadores deste tipo de lesão medular não origem congênita e nem traumática. A Lesão Medular pode ser classificada de acordo com o comprometimento sensório-motor que a pessoa apresenta.; Uma lesão é classificada como completa quando não há função motora ou sensitiva preservada no segmento sacral. Numa lesão incompleta as funções motora e sensitiva estão preservadas no nível do segmento sacral.; Referimo-nos a lesões na medula espinhal em termos das regiões (cervical, torácica e lombar) onde ocorrem e de ordem numérica dos segmentos neurológicos. A paraplegia é ocasionada quando a lesão ocorre nos segmentos medulares torácicos, lombares ou sacrais, ocasionando comprometimento parcial ou total sensório-motor como paralisia dos membros inferiores com algum comprometimento do tronco, dependendo do nível da lesão. Já a paraplegia incompleta os membros inferiores apresentam alguns movimentos, mas sem força suficiente que permita que a pessoa ande e existe contração voluntária da musculatura esfincteriana.; A tetraplegia ou quadriplegia é ocasionada quando a lesão se localiza na medula cervical. Nela existe comprometimento parcial ou total sensório-motor nos quatro membros e tronco, podendo comprometer também a respiração. Pode haver função parcial dos membros superiores (MS), dependendo do nível da lesão. MACHADO, A. B. M.; LUCIA MACHADO HAERTEL. Neuroanatomia funcional. São Paulo: Atheneu, 2014. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Instituto Novo Ser. Disponível em: <http://www.novoser.org.br/espacao_informacao_lm.html >. Acesso em: 23 ago. 2021. Amanda Almeida Olinto – SOI 2 A medula espinhal não e apenas um caminho para as conexões motoras e sensoriais do SNC e SNP; Ela é responsável, também, por coordenar os reflexos sensoriais-motores; Sendo assim, os sinais sensórios entram na medula,pelas raízes dorsais, onde fazem a sinapses com os neurônios motores ou com os interneurônios; Os neurônios motores anteriores deixam a medula através das raízes ventrais e inervam diretamente as fibras musculares esqueléticas; Os sinais sensoriais que chegam na medula podem provocar uma resposta motora direta, ao fazerem sinapse com os neurônios motores anteriores ou indireta, ao fazerem sinapse com os interneurônios; Quando a um movimento ou a secreção de uma glândula, por exemplo, devido a uma alteração no ambiente, essa atividade é denominada de resposta. Os agentes externos que induzem as respostas são os estímulos. Quando essas respostas ocorrem de forma padronizada, elas são chamadas de reflexos; Simplificando: o reflexo é a resposta a um estimulo recebido por um nervo de forma inconsciente; Podemos classificar os arcos reflexos pela sua região: Reflexos bulbares: controlar o sistema respiratório e cardiovascular; Reflexos medulares: possuem dois tipos: exteroceptivos (os receptores cutâneos sensitivos estimulam, ou seja, a pressão, temperatura, dor e tato) e Proprioreceptivos (os receptores serão localizados nos músculos, ligamentos e tendões). Com isso, possuímos três tipos de reflexos: Reflexo de estiramento Reflexo de retirada; Reflexo tendíneo É a estrutura neural ou epitelial capaz de transformar estímulos físicos ou químicos em atividade bioelétrica, para ser interpretada no sistema nervoso central; Pode ser um terminal axônico ou células epiteliais modificadas conectadas aos neurônios, como as células ciliadas da cóclea; Existem dois grupos: especiais (são mais complexos, relaciona-se com um neuroepitélio (retina, órgão de corti) e fazem parte dos chamados órgãos especiais do sentido: visão audição equilíbrio) e receptores gerais (fazem parte do sistema sensorial somaico, que responde a diferentes estímulos, como tato, temperatura, dor) Os receptores podem ser classificados em: Quimiorreceptores: são sensíveis a estímulos químicos, como o olfato, além de detectar a variação no teor de oxigênio circulante; Osmorreceptores: detecta a variação da pressão osmótica; Fotorreceptores: são sensíveis a luz; Termorreceptores: detectam o frio e o calor, são terminações livres; Nociceptores: são ativados por diversos estímulos mecânicos, térmicos ou químicos, mas em uma intensidade que causa lesões no tecido e dor; Mecanorreceptores: são sensíveis a estímulos mecânicos, como a audição SISTEMA DE REFLEXOS SISTEMA DE REFLEXOS Amanda Almeida Olinto – SOI 2 O encéfalo e a medula espinal vão ser desenvolvidos a partir do tubo neural, que é originado pelo ectoderma; A parte anterior do tubo neural se expande, junto com a crista neural, desenvolvendo três regiões chamadas de vesículas encefálicas primárias: proencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo; O encéfalo é formado por quatro partes, principais: tronco encefálico, cerebelo, diencéfalo e telencéfalo (cérebro); É composto por um córtex cerebral externo, uma região interna de substancia branca e núcleos de substancias cinzentas localizados profundamente na substancia branca; Os hemisférios cerebrais (direito e esquerdo) são separados pela foice do cérebro na fissura longitudinal do cérebro; Cada um desses hemisférios é dividido em quatro lobos, sendo que cada um está relacionado com os ossos sobrejacentes do mesmo nome, mas seus limites não estão relacionados a esses ossos; Existem 5 lobos, são eles: Frontal, Parietal, Temporal, Occipital e Ínsula; O sulco central separa os lobos frontais (anteriormente) dos lobos parietais (posteriormente); O sulco cerebral lateral separa o lobo frontal do lobo temporal; O sulco parietal separa o lobo occipital do parietal; A ínsula não pode ser vista superficialmente porque se encontra dentro do sulco cerebral lateral, profundamente aos lobos parietal, frontal e temporal É a região de substancia cinzenta que forma a face externa do telencéfalo; No desenvolvimento embrionário, a substancia cinzenta do córtex se desenvolve mais rápido do que a substancia branca; Com isso, o córtex se dobra sobre si, formando as pregas que são conhecidas como giros ou circunvoluções; As fendas mais profundas entre os giros são chamadas de fissuras, sendo as mais superficiais os sulcos; A fissura mais proeminente, chamada de fissura longitudinal separa o telencéfalo nos dois hemisférios; Tipos de sinais sensitivos, motores e integradores específicos são processados em regiões distintas do córtex cerebral; As áreas sensitivas vão receber as informações sensitivas e estão envolvidas com as percepções; As áreas motoras controlam a execução dos movimentos voluntários; As áreas associativas lidam com as funções integradoras mais complexas, como memoria, emoção, juízo critico, inteligência, entre outros; Com isso foi criado um mapa do córtex cerebral, onde está diferenciando até 52 áreas de acordo com suas características anatômicas e funcionais. Os impulsos sensitivos chegam, principalmente, na metade posterior de ambos os hemisférios cerebrais, em regiões atrás do sulco central; No córtex, as áreas sensitivas primarias recebem informações sensoriais que foram transmitidas pelos receptores sensitivos primários de regiões inferiores do encéfalo; As áreas de associação sensitiva integram informações sensitivas para gerar padrões de reconhecimento e percepção; Área 1, 2 e 3 na figura Está posteriormente ao sulco central de cada hemisfério, no giro pós central de cada lobo parietal, indo do sulco lateral, passando o lobo parietal até a fissura longitudinal; ANÁTOMO FISIOLOGIA DO TELENCÉFALO ANÁTOMO FISIOLOGIA DO TELENCÉFALO Córtex Cerebral Áreas Sensitivas Área Somatossensitiva primaria Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Ela receber os impulsos de tato, pressão, vibração,temperatura, dor e propiocpção. Cada parte dela receberá um impulso de uma área especifica do corpo; Isso é chamado de homúnculo sensitivo Área 17; Localizada na parte posterior do lobo occipital; Está envolvida com a percepção visual. Áreas 41 e 42; Localizada na parte superior do lobo temporal; Está relacionada com a percepção auditiva. Área 43; Localizada na base do giro pós central; Está envolvida com a percepção gustativa e com a discriminação dos sabores. Área 28; Situada na face medial do lobo temporal, não sendo visível nessa imagem; Está envolvida com a percepção olfatória As eferências motoras do córtex se originam principalmente na parte anterior de cada hemisfério; Área 4; Localizada no giro pré central do lobo frontal; É igual a área somatossensitiva primaria, cada região controlará as contrações voluntarias de músculos específicos ou de grupos musculares; Os estímulos elétricos em qualquer ponta da área motora causam a contração das fibras musculares esqueléticas especificas no lado oposto do corpo; Conhecido com homúnculo motor Área 44 e 45; Localizada no lobo frontal, próxima ao suco lateral; Responsável pela fala e compreensão da linguagem; Os impulsos nervosos originados na área de Broca passam para as regiões pre motoras que controlam os músculos da laringe, faringe e da boca; Os impulsos se propagam dessa área para a área motora primária; São formadas por grandes regiões dos lobos occipitais, parietais e temporais e pelos lobos frontais anteriores as áreas motoras; Essa área se conecta entre si pelos tratos associativos, que são: Áreas 5 e 7; É posterior à área somatossensitiva primaria e recebe aferências dessa área; Permitindo que se determine a forma e a textura exatas de um objeto, determinando a orientação de um objeto em relação a outro; Outra função é o armazenamento de experiencias sensitivas somáticas, permitindoque se compare as sensações atuais com as experiencias previas. Área 18 e 19; Localizada no lobo occipital; Recebe os impulsos sensitivos da área visual primaria e do tálamo; Ela relaciona as experiencias visuais presentes com as anteriores e é fundamental para o reconhecimento e avaliação do que está sendo visto. Área 20,21 e 37 no lobo temporal inferior; Ela armazena informações sobre expressões faciais e permite o que reconhecemos pessoas pelo rosto; A área de reconhecimento facial no hemisfério direito é geralmente dominante em relação a área correspondente no hemisfério esquerdo. Área 22; Situada inferiormente e posteriormente a area auditiva primaria no córtex temporal; Permite o reconhecimento de sons específicos, como uma música ou ruídos. Área 2 na parte lateral do lobo frontal; Recebe os impulsos sensitivos da area olfatória primaria; Essa área permite a identificação e discriminação dos odores; O hemisfério direito tem uma maior atividade do que o esquerdo, durante esse processo. Área 22 e possivelmente a 39 e 40; Localizado nos lobos temporal e parietal esquerdos; É ativada quando as palavras se tornam pensamentos; Área Visual Primária Área Auditiva Primária Área Gustativa Primária Área Olfatória Primária Áreas Motoras Área Motora Primária Área de Broca Áreas Associativas Área de Associação Somatossensitcas Área de Associação Visual Área de Associação Facial Área de Associação Auditiva Córtex Orbitofrontal Área de Wernicke Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Área 5, 7, 39 e 40; É delimitada pelas áreas de associação somatossensitiva, visual e auditiva; Recebe os impulsos nervosos dessas áreas, além da área gustativa, olfatória primarias; Esta area integra interpretações sensitivas das áreas de associação e impulsos de outras áreas, permitindo a formação de pensamentos baseadas em uma serie de aferências sensitivas; Após a integração destas informações, essa área transmite sinais para outras partes do encéfalo para que seja elaborada uma resposta apropriada as informações sensitivas interpretadas; Área 9, 10, 11 e 12; Localizada na parte anterior do lobo frontal; Esta área possui muitas conexões com outras áreas corticais, tálamo, hipotálamo, sistema límbico e cerebelo; Possui uma serei de funções: Formação da personalidade de um indivíduo; Inteligência; Capacidades de aprendizado complexo; Lembranças; Juízo critico; Desenvolvimento de ideias abstratas. Área 6; Está anterior à área motora primaria; É responsável pelas atividades motoras adquiridas que sejam complexas e sequenciadas; Serve como um banco de registro para tais movimentos; Área 8; Localizado no córtex frontal é por sua vez incluída na área pré motora; Ela controla os movimentos oculares voluntários de perseguição, como as de leitura. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia Orientada para a Clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. Área Integradora Comum Córtex Pré-frontal Área Pré-motora Área dos Campos Oculares Amanda Almeida Olinto – SOI 2 O encéfalo e a medula espinal devem trabalhar juntos para controlar os movimentos corporais; Os axônios levam os impulsos nervosos que saem do encéfalo para a medula realizar a ação (via descendentes); As vias sensitivas e motoras estão interligadas, pois uma precisa da outra; As vias motoras descendentes são organizadas como as vias sensoriais ascendentes, mas de forma inversa: do córtex cerebral ou tronco encefálico aos músculos dos membros ou tronco; As vias motoras do tronco encefálico estão encarregues do controle “automático”, como o ajuste da postura e correção de moimentos mal direcionados durante a execução; Enquanto as vias corticais motoras são responsáveis pelo controle mais refinado, flexível e adaptativo, como alcançar um objeto, preensão ou uso de ferramentas; Todos os neurônios motores somáticos liberam apenas a acetilcolina (ACh) como seu neurotransmissor, enquanto os neurônios motores autônomos podem liberar ACh ou norepinefrina. São um conjunto de estruturas constituídos pela massa da substancia cinzenta; Está localizado profundamente à substância branca no telencéfalo; Estes núcleos já foram chamados de gânglios da base., mas gânglio é uma aglomeração de corpos celulares na parte periférica do sistema nervoso; Dois dos núcleos da base estão lado a lado, laterais ao tálamo. São eles o globo pálido, mais próximo do tálamo, e o putame, mais próximo do córtex cerebral. Juntos, estes núcleos formam o núcleo lentiforme.; O terceiro dos núcleos da base é o núcleo caudado, que tem uma grande “cabeça” conectada a uma “cauda” menor por meio de um longo “corpo” em forma de vírgula.; Os núcleos lentiforme e caudado formam juntos o corpo estriado; Os núcleos da base recebem aferências do córtex cerebral e geram eferências para partes motoras do córtex por meio dos núcleos mediais e ventrais do tálamo. Além disso, os núcleos da base apresentam várias conexões entre si. Uma importante função destes núcleos é auxiliar a regulação do início e do término dos movimentos. A atividade neuronal no putame precede ou antecipa movimentos corporais; no núcleo caudado, acontece antes dos movimentos oculares. O globo pálido ajuda na regulação do tônus muscular necessário para movimentos corporais específicos. Os da base também controlam contrações subconscientes dos músculos esqueléticos. Exemplos disso incluem os movimentos dos braços durante uma caminhada e uma risada que acontece em resposta a uma piada. Neurônios que se estendem da substância negra para o putame e para o núcleo caudado, onde liberam o neurotransmissor dopamina (DA), acabam se degenerando na DP; O núcleo caudado dos núcleos da base contém neurônios que liberam o neurotransmissor acetilcolina (ACh). Embora o nível de ACh não se altere conforme os níveis de DA diminuem, o desequilíbrio na atividade neurotransmissora – pouca DA e muita ACh – pode causar a maior parte dos sintomas; Nos pacientes com DP, contrações musculares esqueléticas involuntárias frequentemente interferem no movimento voluntário. Por exemplo, os músculos dos membros superiores podem contrair e relaxar alternadamente, fazendo com que a mão trema.; Além disso, o tônus muscular também pode aumentar muito, causando rigidez da porção do corpo envolvida. A rigidez dos músculos faciais dá à face a aparência de uma máscara. A expressão é caracterizada por olhos arregalados e sem piscar e boca levemente aberta sem controle da salivação; O tratamento da DP é direcionado para o aumento dos níveis de DA e a diminuição dos níveis de ACh. Embora as pessoas com DP não produzam bastante dopamina, a sua ingestão é inútil, porque a DA não consegue atravessar a barreira hematencefálica; SISTEMA MOTOR SISTEMA MOTOR Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Existe um medicamento que ajuda há aliviar os sintomas, no começo da doença, mas não impede que ela progrida; Por mais de uma década, cirurgiões buscaram reverter os efeitos da doença de Parkinson pelo transplante de tecidos nervosos fetais ricos em dopamina para os núcleos da base (em geral o putame) de pacientes com DP grave; Outra técnica cirúrgica que tem promovido melhora em alguns pacientes é a palidotomia, em que uma parte do globo pálido que gera os tremores e produz a rigidez muscular é destruída. Além disso, alguns pacientes estão sendo tratados com um procedimento cirúrgico chamado de estimulação cerebral profunda (ECP), que envolve a implantação de eletrodos no núcleo subtalâmico. As correntes elétricas liberadas pelos eletrodos implantados reduzem muitossintomas da DP. Martin, J. H. Neuroanatomia. Grupo A, 2013. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia Orientada para a Clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. Amanda Almeida Olinto – SOI 2 É a segunda maior estrutura encefálica; Ocupa a posição inferior e posterior da cavidade craniana; O cerebelo tem uma superfície com vários giros que aumenta a área do córtex (substância cinzenta), permitindo a presença de um número maior de neurônios.; O cerebelo se localiza posteriormente ao bulbo e à ponte e inferiormente à parte posterior do telencéfalo (cérebro); Um grande sulco conhecido como fissura transversa do cérebro, junto com o tentório do cerebelo – que sustenta a parte posterior do telencéfalo (cérebro) – separa o cerebelo do telencéfalo (cérebro); Seu formato parece uma borboleta; A área central menor é conhecida como verme do cerebelo, e as “asas” ou lobos laterais, como hemisférios do cerebelo; Cada hemisfério é composto por lobos separados por profundas e distintas fissuras. Os lobos anterior e posterior controlam aspectos subconscientes dos movimentos da musculatura esquelética. O lobo floculonodular da parte inferior contribui com o equilíbrio; A camada superficial do cerebelo, chamada de córtex do cerebelo, é formada por substância cinzenta disposta em uma série de dobras finas e paralelas conhecidas como folhas do cerebelo; Abaixo da substância cinzenta encontram-se tratos de substância branca chamados de árvore da vida, que se assemelham a galhos de uma árvore. Na substância branca estão localizados os núcleos do cerebelo, regiões de substância cinzenta onde se situam os neurônios que conduzem impulsos nervosos do cerebelo para outros centros encefálicos; Três pares de pedúnculos cerebelares conectam o cerebelo com o tronco encefálico, são eles: Os pedúnculos cerebelares superiores contêm axônios que se estendem do cerebelo para o núcleo rubro e vários núcleos talâmicos. Os pedúnculos cerebelares médios são os maiores; seus axônios transmitem impulsos para movimentos voluntários dos núcleos pontinos em direção ao cerebelo. Os pedúnculos cerebelares inferiores são formados por (1) axônios dos tratos espinocerebelares que trazem informações sensitivas procedentes de proprioceptores no tronco e nos membros; (2) axônios do aparelho vestibular e dos núcleos vestibulares do bulbo que trazem informações de proprioceptores da cabeça; (3) axônios do núcleo olivar inferior que entram no cerebelo e regulam a atividade dos neurônios cerebelares; (4) axônios que se projetam do cerebelo para os núcleos vestibulares do bulbo e da ponte; e (5) axônios que se estendem do cerebelo até a formação reticular. A principal função do cerebelo é verificar os movimentos das áreas motoras do telencéfalo estão sendo executados corretamente, se não estiver o cerebelo é o responsável por corrigi-lo; Ele vai enviar sinas de retroalimentação (feedback) – positivo ou negativo- para as áreas motoras do córtex cerebral por meio da conexão com o tálamo. Esses sinais ajudam a corrigir os erros, fazendo os movimentos de forma mais natural e coordenada; Além da coordenação de movimentos complexos, o cerebelo é a principal região encefálica que controla a postura e o equilíbrio. Estes aspectos da função cerebelar permitem a execução de várias atividades musculares específicas, desde pegar uma bola de beisebol até dançar e falar. É o oitavo nervo craniano; Antigamente conhecido como nervo acústico ou auditivo; É um nervo sensitivo que é dividido em dois ramos: vestibular e coclear; O ramo vestibular transmite impulsos relacionados com o equilíbrio e o ramo coclear, com a audição; Na orelha interna, os axônios sensitivos do ramo vestibular se projetam a partir dos canais semicirculares, do sáculo e do utrículo para os gânglios vestibulares, onde os corpos celulares destes neurônios estão localizados e se terminam nos núcleos vestibulares da ponte e do cerebelo. Alguns CEREBELO CEREBELO Amanda Almeida Olinto – SOI 2 axônios sensitivos também entram no cerebelo via pedúnculo cerebelar inferior.; Os axônios sensitivos do ramo coclear se originam no órgão espiral (órgão de Corti), localizado na cóclea. Os corpos celulares destes neurônios se situam no gânglio espiral da cóclea. A partir daí, os axônios se projetam até núcleos bulbares e terminam no tálamo.; O nervo vestibulococlear contém algumas fibras motoras. No entanto, em vez de inervarem tecidos musculares, elas modulam as células ciliadas da orelha interna. Na marcha normal nos temos duas fases: sustentação (apoio) e a de balanço (oscilação); Na fase de apoio teremos os seguintes movimentos: Contato inicial Resposta a carga Apoio médio Apoio terminal Pré balanço Na fase de balanço, ocorre os seguintes movimentos: Balanço inicial Balanço médio Balanço final A todo e qualquer distúrbio da marcha, dá-se o nome de disbasia. A disbasia pode ser uni ou bilateral, e os tipos mais representativos são.: Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: Ao andar, o paciente mantém o membro superior fletido em 90°C no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona. Devido a isso, a perna tem de se arrastar pelo chão, descrevendo um semicírculo quando o paciente troca o passo. causa mais comum é acidente vascular cerebral Marcha anserina ou do pato: O paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, alternadamente, lembrando o andar de um pato. É encontrada em doenças musculares e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. Marcha parkinsoniana: O doente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para a frente, e os passos são miúdos e rápidos. Marcha cerebelar ou marcha do ébrio: Ao caminhar, o doente ziguezagueia como um bêbado. Esse tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões do cerebelo. Marcha tabética.: Para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo bem pesado. Marcha de pequenos passos: É caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e, ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse dançando “marchinha”. Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia cortical degenerativa. Marcha vestibular: O paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda; é como se fosse empurrado para o lado ao tentar mover-se em linha reta. Marcha escarvante: Quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Marcha claudicante: Ao caminhar, o paciente manca em um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica, em lesões do aparelho locomotor e na estenose do canal vertebral lombar. Marcha em tesoura ou espástica: Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. Esse tipo de marcha é bastante frequente nas manifestações espásticas da paralisia cerebral. Celeno, P. C. Semiologia Médica, 8ª edição. Grupo GEN, 2019. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. SNELL. Neuroanatomia Clínica. Grupo GEN, 2010. Amanda Almeida Olinto – SOI 2 O diencéfalo está quase totalmente oculto da superfíciedo encéfalo, podendo ser visto apenas na face inferior do cérebro; Ele forma o núcleo central de tecido encefálico, logo acima do cerebelo; O diencéfalo se estende do tronco encefálico até o telencéfalo (cérebro) e circunda o terceiro ventrículo; O diencéfalo compreende as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtalamo, todas tem relação com o III ventrículo; Contém vários núcleos envolvidos com processamento sensitivo e motor entre os centros encefálicos superiores e inferiores. A cavidade do diencéfalo é uma fenda chamada de 3º ventrículo, que se comunica com o 4º ventrículo pelo aqueduto cerebral, e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares (de Monro); Quando olhamos pela vista sagital (metade D e E) pode-se ver o sulco hipotalâmico, que se estende do aqueduto cerebral até o forame interventricular; As paredes que estão acima desse sulco pertencem ao tálamo, e as que estão abaixo ao hipotálamo; Quando se une os dois talamos e atravessando em ponte a cavidade ventricular observa-se uma trave de substancia cinzenta chamada de aderência interlâmica, que pode estar ausente em 30% dos indivíduos; No assoalho do IlI ventrículo, dispõem-se, de diante para trás, as seguintes formações: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares. pertencentes ao hipotálamo; A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico; Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta das paredes laterais do ventrículo, há um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se insere a tela corioide. que forma o teto do III ventrículo; A partir dessa tela, há os plexos corioides do 3º ventrículo; A parede inferior do 3º ventrículo é formada pela lâmina terminal, formado por tecido nervoso que une os dois hemisférios e se dispõe entre o quiasma óptico e a comissura anterior; Forma cerca de 80% do diencéfalo São duas massas volumosas de substancia cinzenta, que possui um formato oval; localizadas uma em cada lado na porção laterodorsal do diencéfalo; Uma ponte de substância cinzenta chamada de aderência intertalâmica (massa intermediária) liga as metades do tálamo, presente em 70% dos indivíduos; Uma lâmina vertical de substância branca em forma de Y conhecida como lâmina medular interna divide a substância cinzenta em ambos os lados do tálamo Na sua extremidade anterior há uma eminência chamada de tubérculo anterior do tálamo que ajuda na delimitação do forame interventricular; Na sua extremidade posterior há o pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial; O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva; o lateral. da via óptica. e ambos são considerados por alguns autores como constituindo uma divisão do diencéfalo denominada metatálamo; A face medial do tálamo forma a maior parte das paredes laterais do IlI ventrículo; A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela capsula interna, que são feixes de fibras que liga o córtex cerebral aos centros nervosos subcorticais; A face inferior do tálamo continua com o hipotálamo e o subtálarno.. O tálamo é a principal estação retransmissora para a maioria dos impulsos sensitivos da medula espinal e do tronco encefálico que chegam às áreas sensitivas primárias do córtex cerebral; Além disso, ele contribui para as funções motoras ao transmitir informações do cerebelo e dos núcleos da base para a área motora primária do córtex cerebral. O tálamo também transmite impulsos nervosos entre diferentes áreas do telencéfalo (cérebro) e auxilia na manutenção da consciência; DIENCÉFALO DIENCÉFALO III Ventrículo Tálamo Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Existem sete grupos de núcleos em cada lado do tálamo, classificados de acordo com suas posições e funções: Núcleo anterior: recebe aferências do hipotálamo e envia eferências para o sistema límbico. Ele contribui com a regulação das emoções e da memória. Núcleo medias: recebem aferências do sistema límbico e dos núcleos da base e enviam eferências para o córtex cerebral. Suas funções estão relacionadas com as emoções, o aprendizado, a memória e a cognição; Núcleos no grupo lateral: recebem aferências do sistema límbico, dos colículos superiores e do córtex cerebral e enviam eferências para o córtex cerebral. O núcleo dorsolateral tem funções relacionadas com a expressão de emoções. O núcleo lateroposterior e o núcleo pulvinar auxiliam a integrar as informações sensitivas; Cinco núcleos fazem parte do grupo ventral. O núcleo ventral anterior recebe aferências dos núcleos da base e envia eferências para as áreas motoras do córtex cerebral (função Motora); O núcleo ventral lateral recebe aferências do cerebelo e dos núcleos da base e envia eferências para áreas motoras do córtex cerebral (função motora); O núcleo ventral posterior transmite impulsos relacionados com as sensações somáticas; O núcleo geniculado lateral transmite impulsos visuais da retina para a área visual primária. O núcleo geniculado medial transmite impulsos auditivos da orelha para a área auditiva primária. Núcleos intralaminares: estão localizados na lâmina medular interna e se conectam com a formação reticular, o cerebelo, os núcleos da base e amplas áreas do córtex cerebral. Eles atuam no despertar (ativação do córtex cerebral por meio da formação reticular do tronco encefálico) e na integração das informações sensitivas e motoras; Núcleo mediano: forma uma fina faixa adjacente ao terceiro ventrículo e presume-se que esteja relacionado com a memória e o olfato. Núcleo reticular: envolve a face lateral do tálamo, próximo à cápsula interna. Este núcleo monitora, filtra e integra as atividades de outros núcleos talâmicos. É uma das menores partes do diencéfalo, localizada abaixo do tálamo; Possui importantes funções que estão relacionadas com o controle da atividade visceral; O hipotálamo compreende estruturas situadas nas paredes laterais do Ili ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além das seguintes formações do assoalho do 3º ventrículo, visíveis na base do cérebro: Região mamilar (área hipotalâmica posterior): Ela inclui os corpos mamilares e os núcleos hipotalâmicos posteriores. Os corpos mamilares são duas projeções pequenas e arredondadas que funcionam como estações de transmissão para reflexos relacionados com o olfato. Região supraóptica (área hipotalâmica rostral): está situada acima do quiasma óptico (ponto de cruzamento dos nervos ópticos) e contém os núcleos paraventricular, supraóptico, hipotalâmico anterior e supraquiasmático. Os axônios dos núcleos paraventricular e supraóptico formam o trato hipotálamo-hipofisial, o qual se estende do infundíbulo para a neuro-hipófise Região tuberal (área hipotalâmica intermédia): inclui os núcleos dorsomedial, ventromedial e arqueado, além do infundíbulo, que conecta a hipófise com o hipotálamo. A eminência mediana é uma região levemente elevada que circunda o infundíbulo. Região pré-óptica: anterior à região supraóptica, é geralmente considerada como parte do hipotálamo porque ela participa, junto com ele, na regulação de certas atividades autônomas. A região pré-óptica contém os núcleos pré-ópticos medial e lateral; O hipotálamo é uma das áreas mais importantes do cérebro, regula o sistema nervoso autônomo e as glândulas endócrinas e é o principal responsável pela constância do meio interno (homeostase). Limita posteriormente o 3º ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo; O que é mais visível é a glândula pineal (epífise), uma glândula endócrina que está sobre o teto do mesencéfalo; A base do corpo pineal prende-se anteriormente a dois feixes transversais de fibras quecruzam o plano mediano, a comissura posterior e a comissura das habênulas Hipotálamo Epitálamo Amanda Almeida Olinto – SOI 2 A comissura posterior é considerada o limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo; A comissura das hebênulas é encontrada ente os trígonos da habêrnula É a zona de transição entre o diencéfalo e o segmento do mesencéfalo; Só é possível sua visualização no corte frontal do cérebro; Está localizado abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela capsula interna e medialmente pelo hipotálamo; Possui função motora. Circundando a parte superior do tronco encefálico e o corpo caloso, existe um conjunto de estruturas na face interna do telencéfalo (cérebro) e no assoalho do mesencéfalo que forma o sistema límbico.; Os principais componentes do sistema límbico são: Lobo límbico: é uma margem de córtex cerebral na face medial de cada hemisfério. Nele estão situados o giro do cíngulo, localizado acima do corpo caloso, e o giro para- hipocampal, localizado no lobo temporal. O hipocampo é uma parte do giro para-hipocampal que se estende até o assoalho do quarto ventrículo; Giro denteado: situa-se entre o hipocampo e o giro para- hipocampal; Corpo amigdaloide: é composto por vários grupos de neurônios localizados próximo à cauda do núcleo caudado; Núcleos septais: localizados na área septal, formada por regiões abaixo do corpo caloso e do giro paraterminal (um giro cerebral); Corpos mamilares do hipocampo: são duas massas arredondadas próximas da linha média e dos pedúnculos cerebrais; Núcleos talâmico anterior e posterior; Bulbos olfatórios: são estruturas achatadas pertencentes à via olfatória que estão localizados sobre a lâmina cribriforme; O fórnice, a estria terminal, a estria medular, o fascículo medial do telencéfalo e o fascículo mamilotalâmico são feixes de axônios mielinizados que se conectam entre si.. O sistema límbico é por vezes chamado de “cérebro emocional”, pois sua função primária está relacionada com uma série de emoções, como dor, prazer, docilidade, afeto e raiva, também está envolvido com o olfato e a memória; Os seguintes componentes do sistema límbico estão relacionados com as emoções: Córtex Cingular anterior: Apenas a parte do anterior do giro cíngulo está responsável pelo processamento das emoções. No homem, a cingulectomia já foi empregada no tratamento de psicóticos agressivos.. Córtex insular anterior: Sua função quase toda se relaciona com as emoções; Córtex pré-frontal orbitofrontal: somente a área orbitofrontal está relacionada no processamento das emoções; Hipotálamo: Regula as emoções. Possui o papel de coordenar as manifestações periféricas das emoçoes, através de suas conexões com o sistema nervoso autônomo; Área septal: Está abaixo do rostro do corpo caloso, compreende grupos de neurônios de disposição subcortical que se estendem até a base do septo pelúcido, conhecidos como núcleos septais Núcleo accumbens: faz parte do corpo estriado ventral, recebe aferencias dopaminérgicas. O núcleo accumbens é o mais importante componente do sistema mesolímbico, que é o sistema de recompensa ou do prazer do cérebro; Habênula: participa da regulação dos níveis de dopamina nos neurônios do sistema mesolímbico. A estimulação dos núcleos habenulares resulta em ação inibitória sobre o sistema dopaminérgica mesolímbico e sobre o sistemaserotoninérgico de projeção difusa. Podendo causar transtorno de humor, debressão... Amígdala: é o mais importante do sistema límbico. A estimulação dos núcleos do grupo basolateral da amígdala causa reações de medo e fuga.. A estimulação dos núcleos do grupo corticomedial causa reação defensiva e agressiva. O comportamento de ataque agressivo pode ser desencadeado com estimulação da amígdala, mas também do hipotálamo. A amígdala contém a maior concentração de receptores para hormônios sexuais do SNC. Sua estimulação reproduz uma variedade de comportamentos sexuais e sua lesão provoca hipersexualidade. Subtálamo Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Junto com outras partes do telencéfalo (cérebro), o sistema límbico também parece ter funções na memória; lesões do sistema límbico causam alterações de memória. Uma porção do sistema límbico, o hipocampo parece ter uma característica não vista em outras estruturas da parte central do sistema nervoso – apresentar células que podem passar por mitoses. Assim, a parte do encéfalo que é responsável por alguns aspectos da memória pode desenvolver novos neurônios, mesmo em pessoas idosas. Por definição distúrbios orgânicos são aqueles em que se pode definir uma causa ou uma lesão que o justifique. Nos distúrbios mentais, nem sempre está causa é aparente. Mas sabe-se hoje que, na maioria desses distúrbios, a causa é uma alteração da anatomia química do encéfalo. Há evidências de base neurobiológica em transtornos como ansiedade, depressão, esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, entre outros. As respostas autonômicas e comportamentais que ocorrem devido as reações ao medo têm como função preparar o organismo para situações aguadas de emergência; A ansiedade é um transtorno psiquiátrico muito comum. É a expressão inapropriada do medo, so que mais duradora e pode ser desencadeado por perigos pouco definidos ou pela recordação de um evento traumáticos. A ansiedade desencadeada de forma crônica se transforma em estresse e causa danos ao organismo. Uma pessoa sadia “aprende” com o medo, por exemplo medo de voar de avião, essa pessoa terá muito medo na primeira vez e depois aprende que não há perigo. No transtorno de ansiedade, o motivo pode não estar presente e, mesmo assim, resulta na ativação da amígdala. Os neurônios hipotalâmicos, em resposta a estímulos da amígdala, promovem a liberação do hormônio adrenotropicocórtico (ACTH) que, por sua vez, induz a liberação do cortisol pela adrenal. A exposição crônica ao cortisol pode levar à disfunção e à morte dos neurônios hipocampais. Assim, a degeneração do hipocampo toma a resposta ao estresse mais acentuada, levando a maior liberação de cortisol e maior lesão do hipocampo.; A resposta ao estresse tem sido relacionada tanto à hiperatividade da amígdala como à redução da atividade do hipocampo. MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia Funcional. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2014. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Ansiedade e Estresse Amanda Almeida Olinto – SOI 2 O tronco encefálico é a parte mais caudal do encéfalo. É composto pelo mesencéfalo, pela ponte e pelo bulbo. Está encaixado entre a medula e o diencéfalo e localiza-se ventralmente ao cerebelo. A importância do tronco encefálico repousa em várias de suas características, que, em conjunto, dão a ele a definição informal de centro de sobrevivência. Está associado a diversas funções vitais, como o ciclo sono-vigília (engloba a glândula pineal), consciência e controle respiratório e cardíaco, abrange a maioria dos núcleos dos nervos cranianos e facilita a comunicação entre cérebro, medula espinhal e cerebelo. O bulbo é contínuo com a parte superior da medula espinal, formando a parte inferior do tronco bulbo se inicia na altura do forame magno e se estende até a margem inferior da ponte por uma distância de aproximadamente 3 cm. A substância branca do bulbo contém todos os tratos sensitivos e motores que se projetam entre a medula espinal e outras partes do encéfalo, algumas delas formam uma protusão na parte anterior do bulbo. Essas protrusões são conhecidas como pirâmides As pirâmides são formadas pelo trato corticospinal que passam do telencéfalo para a medula espinal; Os tratos corticospinais são responsáveis pelosmovimentos voluntários dos quatro membros e do tronco. Logo acima da junção do bulbo com a medula espinal, 90% dos axônios da pirâmide esquerda cruzam para o lado direito, e 90% dos axônios da pirâmide direita cruzam para o lado esquerdo. Este cruzamento é conhecido como decussação das pirâmides e explica por que cada lado do encéfalo é responsável pelos movimentos voluntários do lado oposto do corpo. O bulbo apresenta diversos núcleos, sendo eles: Centro cardiovascular: regula a frequencia e a intensidade dos batimentos cardíacos, além do diâmetro dos vasos sanguíneos; Centro respiratório bulbar: ajusta no ritmo basal da respiração; Centro do vômito: responsável pelo vômito; Centro da deglutição: controla a deglutição do bolo alimentar da cavidade oral em direção à faringe; Na lateral das pirâmides pode-se encontrar as oliva, onde encontra-se o núcleo olivar inferior O núcleo olivar inferior receberá eferencias do córtex cerebral, do núcleo rubro do mesencéfalo e da medula espinal. Neurônios do núcleo olivar inferior projetam seus axônios para o cerebelo, onde regulam a atividade dos neurônios cerebelares. Os núcleos associados a tato, pressão, vibração e propriocepção consciente estão localizados na região posterior do bulbo: são os núcleos grácil e cuneiforme. Os axônios sensitivos ascendentes dos fascículos grácil e cuneiforme, que são dois tratos localizados nas colunas posteriores da medula espinal, farão sinapses nestes núcleos; Na sequência, os neurônios pós-sinápticos transmitem as informações sensitivas para o tálamo do lado oposto. Os axônios ascendem até o tálamo em uma faixa de substância branca chamada de lemnisco medial, que se estende por todo o tronco encefálico Os tratos das colunas posteriores e os axônios do lemnisco medial são chamados conjuntamente de via do funículo posterior e do lemnisco medial. O bulbo, além de ser responsável pelos outros sentidos já mencionados, também é responsável pela gustação, pela audição e pelo equilíbrio, e apresenta os seguintes núcleos: Núcleo gustativo: faz parte da via gustativa, e vai da língua até o encéfalo; ela recebe aferências dos calículos gustatórios da língua; Núcleos cocleares: pertencem à via auditiva, que se estende da orelha interna até o encéfalo; recebem aferências da cóclea, situada na orelha interna Núcleos vestibulares: tanto o do bulbo quanto da ponte, fazem parte das vias do equilíbrio que se estendem da orelha interna para o encéfalo; eles TRONCO ENCEFÁLICO TRONCO ENCEFÁLICO Bulbo Amanda Almeida Olinto – SOI 2 recebem informações sensitivas de proprioceptores do aparelho vestibular da orelha interna O bulbo possui núcleos associados aos cinco pares de nervos cranianos: Nervos vestibulococleares (NC VIII); transmitem impulsos relacionados com a audição. Nervos glossofaríngeos (NC IX): transmitira impulsos sensitivos e motores relacionados com a gustação, a deglutição e a salivação. Nervos vagos (NC X): recebem impulsos sensitivos e enviam impulsos motores, para a faringe, a laringe e várias vísceras torácicas e abdominais. Nervos acessórios (NC XI; porção craniana): Os núcleos bulbares dão origem a impulsos nervosos que controlam, por meio dos nervos vagos a deglutição. Nervos hipoglossos (NC XII): Núcleos bulbares são a origem de impulsos nervosos que controlam, por meio dos nervos hipoglossos, os movimentos da língua durante a fala e a deglutição. Encontra-se acima do bulbo e anterior ao cerebelo; Assim como o bulbo, a ponte é formada por núcleos e tratos; A ponte faz a ligação entre parte do encéfalo e si mesma, através dos feixes de axônios. A ponte é dividida em duas estruturas principais: uma região ventral e outra dorsal. A região ventral da ponte forma uma grande estação de transmissão sináptica composta por centros dispersos de substância cinzenta conhecidos como núcleos pontinos. Vários tratos de substância branca entram e saem destes núcleos, e cada um deles conecta o córtex de um hemisfério cerebral com o córtex do hemisfério do cerebelo contralateral. Este complexo conjunto de circuitos tem um papel essencial na coordenação e na otimização da eficiência da atividade motora voluntária em todo o corpo. A região dorsal contém tratos ascendentes e descendentes e núcleos de nervos cranianos; Também na ponte está localizado o centro respiratório pontino,. Junto com o centro respiratório bulbar, ele auxilia no controle da respiração. Além disso, a ponte contém núcleos associados aos seguintes pares de nervos cranianos: Nervos trigêmeos (NC V): os núcleos pontinos recebem impulsos sensitivos somáticos da cabeça e da face e enviam impulsos motores responsáveis pela mastigação; Nervos abducentes (NC VI): transmitem impulsos motores, gerados em núcleos pontinos, que controlam certos movimentos oculares; Nervos faciais (NC VII): os núcleos da ponte recebem impulsos sensitivos gustativos e geram impulsos motores que regulam a secreção de saliva e lágrimas e a contração de músculos da mímica facial. Nervos vestibulococleares (NC VIII): os núcleos pontinos recebem impulsos sensitivos e enviam impulsos nervosos para o aparelho vestibular (estes nervos transmitem impulsos relacionados com o equilíbrio.); Vai da ponte ao diencéfalo; aqueduto do mesencéfalo (aqueduto de Silvio) passa pelo mesencéfalo, conectando o terceiro ventrículo (acima) com o quarto ventrículo (abaixo). A parte anterior do mesencéfalo apresenta feixes pareados de axônios conhecidos como pedúnculos cerebrais Os pedúnculos cerebrais são compostos por axônios dos tratos corticospinal, corticobulbar e corticopontino, que conduzem impulsos nervosos de áreas motoras do córtex cerebral para a medula espinal, o bulbo e a ponte, respectivamente. A parte posterior do mesencéfalo, chamada de teto, contém quatro projeções arredondada: os colículos superiores (as duas superiores), funcionam como centro de reflexos para algumas atividades visuais, e os colículos inferiores (os dois inferiores), pertencem a via auditiva, transmitindo os impulsos dos receptores auditáveis da orelha interna para o encéfalo, além de fazerem parte do reflexo do susto. O mesencéfalo contém vários outros núcleos, incluindo a substância negra esquerda e direita; Os neurônios que liberam dopamina e se estendem da substância negra para os núcleos da base auxiliam no controle da atividade motora subconsciente. A perda destes neurônios está associada à doença de Parkinson Os núcleos rubros esquerdo e direito também se encontram no mesencéfalo e parecem avermelhados devido a sua farta irrigação sanguínea e à pigmentação rica em ferro presente em seus corpos celulares neuronais. Axônios do cerebelo e do córtex cerebral fazem sinapses nos núcleos rubros, que ajudam no controle dos movimentos musculares. Ponte Mesencéfalo Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Outros núcleos mesencefálicos ainda estão associados a dois pares de nervos cranianos, são eles: Nervos oculomotores (III): Os núcleos mesencefálicos geram impulsos nervosos que controlam movimentos do bulbo do olho, enquanto núcleos oculomotores acessórios controlam a movimentação de músculos lisos que regulam a contração pupilar e mudanças no formato da lente. Nervos trocleares (IV): os núcleos mesencefálicos geram impulsos nervosos que controlam certos movimentos oculares. Eles possuem esse nome, pois são originados do encéfalo, mas especificamente dentro da cavidade craniana e passam através dos vários forames do crânio; Existem 12 pares de nervos cranianos; Cada nervo é indicado por um número em romano e um nome (Os números indicam a ordem, de anterior para posterior, na qual os nervos se originam no encéfalo. Os nomes designam a distribuição ou a função dos nervos.); Três nervos cranianos (I, II e VIII) contêmaxônios de neurônios sensitivos e são, portanto, chamados de nervos sensitivos especiais. Na cabeça, eles são exclusivos e estão associados aos sentidos especiais do olfato, da visão e da audição, respectivamente. Cinco nervos cranianos (III, IV, VI, XI e XII) são classificados como nervos motores, pois eles contêm apenas axônios de neurônios motores quando deixam o tronco encefálico. Os axônios que inervam músculos esqueléticos são de dois tipos: Axônios motores branquiais inervam músculos esqueléticos que se desenvolvem a partir dos arcos faríngeos (branquiais); Axônios motores somáticos inervam músculos esqueléticos que se desenvolvem a partir dos somitos da cabeça (músculos dos olhos e da língua); Axônios motores que inervam músculos lisos, músculos cardíacos e glândulas são chamados de axônios motores autônomos e fazem parte da divisão autônoma do sistema nervoso.; Os quatro nervos cranianos restantes (V, VII, IX e X) são nervos mistos – contêm axônios de neurônios sensitivos que entram no encéfalo e de neurônios motores que deixam o encéfalo.; Os nervos são: Nervo olfatório (I): é sensitivo, contém axônios que conduzem impulsos nervosos relacionados com o olfato; Nervo óptico (II): é sensitivo e contém axônios que conduzem os impulsos nervosos relacionados com a visão Nervo oculomotor (III): é motor e seu núcleo motor localizado na parte anterior do mesencéfalo; Nervo troclear (IV): é motor e é um dos menores nervos cranianos e o único que emerge da face posterior do tronco encefálico.; Nervo abducente (VI): Motor e se originam em um núcleo pontino (núcleo abducente). (os nervos III,IV e VI vão controlar os músculos responsáveis pelo movimento dos bulbos dos olhos.); Nervo trigêmeo (V): é um nervo misto e o maior dos nervos cranianos. Os axônios sensitivos trigêmeo transmitem impulsos nervosos de tato, dor e sensações térmicas (calor e frio) Os neurônios motores controlam princiapalmente os movimentos mastigatórios.; Nervo facial (VII): é um nervo misto, os neurônios sensitivos transmitem sensações táteis, álgicas e térmicas. Já os motores causam contração dos músculos da mímica facial, bem como do músculo estilo-hióideo, ventre posterior do músculo digástrico e músculo estapédio Nervo vestibulococlear (VIII): é um nervo sensitivo e tem dois ramos, o vestibular e o coclear. O ramo vestibular transmite impulsos relacionados com o equilíbrio e o ramo coclear, com a audição. Nervo glossofaríngeo (IX): é um nervo craniano misto; Nervo vago (X): é um nervo craniano misto que passa pela cabeça e pelo pescoço até o tórax e o abdome. Tem como função a inervação dos músculos da faringe, traqueia, laringe, estruturas torácicas e abdominais e conduz a inervação parassimpática para os órgãos viscerais. Nervo acessório (XI): É um nervo exclusivamente motor e transmite impulsos para os músculos esternocleidomastóideo e trapézio com o objetivo de coordenar os movimentos da cabeça.; Nervo hipoglosso (XII): é um nervo motor que transmitem impulsos nervosos relacionados com a fala e a deglutição. A midríase ou pupila dilatada é o aumento do diâmetro da pupila (maior que 4mm); Ela será paralitica ou fixa quando não houver uma contração da mesma após um estimulo luminoso; Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Em oposição à midríase pupilar onde ocorre o aumento da pupila, pode ocorrer uma contração da pupila que se designa de miose (diâmetro da pupila menor que 2 mm) A midríase ocorre, pois, há um bloqueio no nervo óptico (II); Quando o paciente acaba falecendo por morte encefálica o oxigênio e o sangue param de chegar no encéfalo e com isso os nervos param de funcionar, fazendo assim com que as pupilas fiquem dilatadas Entende-se por eutanásia quando uma pessoa causa deliberadamente a morte de outra que está mais fraca, debilitada ou em sofrimento. Antigamente a eutanásia era utilizada como um tratamento adequado para doenças incuráveis; Pode se classificar a eutanásia de acordo com o tipo de ação (3) e tipo de consentimento (3), são elas respectivamente: Eutanásia ativa: o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente, por fins misericordiosos. Eutanásia passiva ou indireta: a morte do paciente ocorre, dentro de uma situação de terminalidade, ou porque não se inicia uma ação médica ou pela interrupção de uma medida extraordinária, com o objetivo de minorar o sofrimento. Eutanásia de duplo efeito: quando a morte é acelerada como uma conseqüencia indireta das ações médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento de um paciente terminal. Eutanásia voluntária: quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do paciente. Eutanásia involuntária: quando a morte é provocada contra a vontade do paciente. Eutanásia não voluntária: quando a morte é provocada sem que o paciente tivesse manifestado sua posição em relação a ela. MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia Funcional. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2014. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. eutanásia - classificações históricas. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/bioetica/eutantip.htm>. Acesso em: 13 set. 2021. eutanásia/Goldim. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/bioetica/eutanasi.htm>. Acesso em: 13 set. 2021. Amanda Almeida Olinto – SOI 2 O olho é o órgão responsável pela visão; Ele é formado pelo bulbo do olho e pelo nervo óptico Mais da metade dos receptores sensitivos estão localizados nos olhos e grande parte do córtex cerebral é dedicada ao processamento das informações visuais; Podemos dividir em duas partes a região ocular: Órbita, onde terá o bulbo do olho e suas estruturas acessórias a visão, e a região orbital, é a área da face sobre a orbita e o bulbo do olho que inclui as pálpebras superior e inferior, além do aparelho lacrimal; São cavidades ósseas que se parecem com pirâmides quadrangulares oca; cujas bases estão voltadas na direção anterolateral e os ápices, na direção posteromedial; As órbitas e a região da órbita anterior a elas contêm e protegem os bulbos dos olhos e as estruturas acessórias da visão; O espaço não ocupado pelas estruturas acessórias é preenchido pelo corpo adiposo da órbita, formando assim a matriz na qual está inserida as estruturas da órbita; A órbita piramidal quadrangular tem uma base, quatro paredes e um ápice: Base da órbita: é delimitada pela margem orbital que circunda o ádito orbital.; O osso que forma a margem orbital é reforçado para proporcionar proteção ao conteúdo da órbita e oferece inserção no septo orbital, uma membrana fibrosa que se estende até as pálpebras Parede superior (teto): é quase horizontal e é formada principalmente pela parte orbital do frontal Perto do ápice da órbita, a parede superior é formada pela asa menor do esfenoide. Na parte anterolateral, uma depressão superficial na parte orbital do frontal, denominada fossa da glândula lacrimal (fossa lacrimal), acomoda a glândula lacrimal; Paredes mediais: formadas principalmente pela lâmina orbital do etmoide, juntamente com contribuições do processo frontal da maxila lacrimal e esfenoide.. Anteriormente, a parede medial é entalhada pelo sulco lacrimal e pela fossa do saco lacrimal; a tróclea para o tendão de um dos músculos extrínsecos do bulbo do olho está localizada superiormente. Parede Inferior (assoalho da órbita): é formada principalmente pela maxila e, em parte, pelos ossos zigomático e palatino. A parede inferior é demarcada da parede lateral da órbita pela fissura orbital inferior, um espaço entre as faces orbitais da maxila e do esfenoide; Parede lateral: formada pelo processo frontal do zigomático e pela asa maior do esfenoide. Esta é a mais forte e mais espessa das quatro paredes.Ápice da órbita: situa-se no canal óptico na asa menor do esfenoide imediatamente medial à fissura orbital superior. Protegem o bulbo do olho contra lesão e contra a luz excessiva; Também mantêm a córnea úmida por espalhamento do líquido lacrimal; As pálpebras são pregas móveis cobertas externamente por pele fina e internamente por túnica mucosa transparente, a túnica conjuntiva da pálpebra; Essa túnica é refletida sobre o bulbo do olho, onde é contínua com a túnica conjuntiva do bulbo; A túnica conjuntiva do bulbo é delgada, transparente e frouxamente inserida na face anterior (esclera) do bulbo do olho onde contém pequenos vasos sanguíneos visíveis.; O saco da conjuntiva é o espaço limitado pelas túnicas conjuntivas da pálpebra e do bulbo; O saco da conjuntiva é uma forma especializada de “bolsa” mucosa que permite a livre movimentação das VISÃO VISÃO Órbita Pálpebras Amanda Almeida Olinto – SOI 2 pálpebras sobre a superfície do bulbo do olho enquanto se abrem e se fecham.; As pálpebras superior e inferior são fortalecidas por densas faixas de tecido conjuntivo, os tarsos superior e inferior, que formam o “esqueleto” das pálpebras; Nos tarsos estão integradas as glândulas tarsais, que produzem uma secreção lipídica que lubrifica as margens das pálpebras e impede sua aderência quando se fecham. A secreção lipídica também forma uma barreira que o líquido lacrimal não cruza quando produzido em volume normal. Quando a produção é excessiva, o líquido ultrapassa a barreira e desce sobre as bochechas como lágrimas.; Auxilia na proteção da córnea e o bulbo do olho contra lesão e irritação É constituído por: Glândula lacrimal: secreta líquido lacrimal, uma solução salina fisiológica aquosa que contém a enzima bactericida lisozima.. O líquido umidifica e lubrifica as superfícies da conjuntiva e córnea e fornece à córnea alguns nutrientes e oxigênio dissolvido. Quando produzido em excesso, o líquido forma lágrimas; Dúctulos excretores da glândula lacrimal: conduzem líquido lacrimal das glândulas lacrimais para o saco da conjuntiva; Canalículos lacrimais: começam em um ponto lacrimal na papila lacrimal perto do ângulo medial do olho e drenam líquido lacrimal do lago lacrimal para o saco lacrimal; Ducto lacrimonasal: conduz o líquido lacrimal para o meato nasal inferior; A produção de líquido lacrimal é estimulada por impulsos parassimpáticos do NC VII; A inervação da glândula lacrimal é simpática e parassimpática. contém o aparelho óptico do sistema visual; Ocupa a maior parte da porção anterior da órbita, suspenso por seis músculos extrínsecos que controlam seu movimento e por um aparelho suspensor da fáscia.; É formado por três túnicas: Túnica fibrosa (camada externa), formada por esclera e córnea. É o esqueleto fibroso externo, que garante a forma e a resistência. Túnica vascular (camada intermédia), formada por corioide, corpo ciliar e íris. Túnica interna (camada interna), formada por retina, que tem partes óptica e não visual. Constituído por feixes grossos de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao polo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico.; Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no trato óptico até o corpo geniculado lateral; Ao nível do quiasma óptico, as fibras dos dois nervos ópticos sofrem uma decussação parcial; Além do nervo óptico (NC II), os nervos da órbita incluem aqueles que atravessam a fissura orbital superior e suprem os músculos oculares: nervos oculomotor (NC III); troclear (NC IV) e abducente (NC VI); São três etapas: Conforme os raios de luz entram no olho, eles são refratados nas faces anterior e posterior da córnea.; Ambas as faces da lente refratam ainda mais os raios de luz de modo que eles cheguem com o foco exato na retina.; As imagens focadas na retina são invertidas, ficando de cabeça para baixo. Elas também sofrem uma inversão da direita para a esquerda; ou seja, a luz proveniente do lado direito de um objeto alcança o lado esquerdo da retina e vice-versa.; O motivo pelo qual o mundo não parece invertido é que o encéfalo “aprendeu” no início da vida a coordenar as imagens visuais com as orientações dos objetos. O encéfalo armazena as imagens invertidas e revertidas que são adquiridas quando nós, pela primeira vez, tocamos e alcançamos os objetos, e interpreta essas imagens visuais corrigidas pela sua orientação espacial. Aparelho Lacrimal Bulbo do Olho Refração dos raios de luz Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Quando a superfície de uma lente é convexa, aquela lente refratará os raios de luz que chegam um em direção ao outro, de modo que, eventualmente, eles sofram uma interseção. Se a superfície de uma lente forma uma curva para dentro, a lente é chamada de côncava e faz com que os raios de luz sejam refratados um para longe do outro. Quando o olho está focando um objeto próximo, a lente fica mais curva, causando uma refração maior dos raios de luz. Esse aumento na curvatura da lente para a visão próxima é chamado de acomodação. O ponto próximo de visão é a distância mínima do olho a partir da qual um objeto pode ser focalizado, com nitidez, com acomodação máxima. É uma diminuição no diâmetro da circunferência através da qual a luz entra no olho e que é causada pela contração dos músculos circulares da íris. Esse reflexo autônomo ocorre simultaneamente com a acomodação e evita que os raios de luz entrem no olho através da periferia da lente. Os sinais visuais na retina passam por processamentos consideráveis em sinapses ao longo dos vários tipos de neurônios na retina; os axônios das células ganglionares da retina fornecem informações da retina para o encéfalo, deixando o bulbo do olho como nervo óptico (II).; Os axônios do nervo óptico (II) passam através do quiasma óptico (um cruzamento, como na letra X), um ponto de cruzamento dos nervos ópticos. Alguns axônios atravessam para o lado oposto, enquanto outros permanecem do mesmo lado.; Após passarem pelo quiasma óptico, os axônios, agora parte do trato óptico, entram no encéfalo e a maior parte deles termina no núcleo do corpo geniculado lateral do tálamo.; Fazendo sinapses com neurônios cujos axônios formam as radiações ópticas, que se projetam para as áreas visuais primárias nos lobos occipitais do córtex cerebral e começa a percepção visual. Nós possuímos visão binocular por causa da grande região em que os campos visuais dos dois olhos se sobrepõem – o campo de visão binocular.; O campo visual de cada olho é dividido em duas regiões: a metade nasal ou central e a metade temporal ou periférica. A informação visual proveniente da metade direita de cada campo visual é transmitida para o lado esquerdo do encéfalo e a informação visual proveniente da metade esquerda de cada campo visual é transmitida para o lado direito do encéfalo; Essas doenças diminuem a nitidez na visão, chamada acuidade visual. Astigmatismo: Corresponde a uma qualidade visual desigual consoante o eixo visual em causa. Resulta, na maioria dos casos, de uma curvatura desigual da córnea, provocando uma visão distorcida. Ceratocone: É uma doença que causa afinamento progressivo da córnea, e a projeção desta para frente, formando um cone, o que resulta em astigmatismo irregular e assimétrico. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia Orientada para a Clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. Acomodação e o ponto próximo de visão Constrição da pupilaVia encefálica e campos visuais Amanda Almeida Olinto – SOI 2 A audição é a capacidade que temos em perceber os sons; Além de receber os receptores para a audição a orelha possui receptores para o equilíbrio; A orelha é dividida em três partes: externa (coleta as ondas sonoras e as direciona para dentro); média (conduz as vibrações sonoras para a janela do vestíbulo (oval)); e a interna (armazena os receptores para a audição e para o equilíbrio.). Formada pelo pavilhão auricular (orelha), pelo meato acústico externo e pela membrana timpânica; O pavilhão auricular auxilia na captação do som, e é constituído essencialmente por cartilagem elástica, coberta por uma fina camada de pele. Além de possuir glândulas sebáceas e poucas glândulas sudoríparas. A sua margem é a hélice e sua parte inferior é o lóbulo. O meato acústico é um tubo que liga o pavilhão e a membrana timpânica. No terço externo sua parede há cartilagem elástica, continuação do pavilhão. O arcabouço dos dois terços internos é constituído pelo osso temporal. O meato é revestido por pele rica em pelos e glândulas sebáceas e ceruminosas. Tanto o cerume como os pelos do meato têm função protetora. A membrana timpânica ou tímpano é uma divisão fina entre o meato e a orelha média. Na sua parte externa(meato) é recoberta por uma camada de epitélio e internamente (orelha média) por um epitélio simples cúbico. Entre as duas camadas epiteliais se encontram duas camadas de fibras colágenas e fibroblastos. A membrana timpânica é a estrutura que transmite as ondas sonoras para os ossículos do ouvido médio. Localiza-se no interior do osso temporal, sendo uma pequena cavidade, cheia de ar, encontrada na parte petrosa do osso temporal; é separada da orelha externa pela membrana timpânica e da orelha interna por uma divisão óssea fina que contém duas pequenas aberturas: a janela do vestíbulo (oval) e a janela da cóclea (redonda). O ouvido médio em sua porção anterior se comunica com a faringe pela tuba auditiva; É revestido por epitélio simples pavimentoso e próximo ao orifício da tuba auditiva se transforma gradualmente em epitélio pseudoestratificado ciliado; A tuba auditiva encontra-se geralmente fechada, mas se abre durante o ato de deglutição, permitindo, assim, equilibrar a pressão atmosférica com a do ouvido médio. No interior do ouvido médio encontra-se os três menores ossos do corpo (ossículos da audição), que irão se comunicar através de articulações sinoviais; Os ossos são chamados de: martelo, bigorna e estribo; O “cabo” do martelo se liga à face interna da membrana timpânica. A “cabeça” do martelo é articulada ao corpo da bigorna. A bigorna, o osso do meio na série, se articula com a cabeça do estribo. A base do estribo se encaixa na janela do vestíbulo (oval). Dessa maneira, os ossículos transmitem, em direção ao ouvido interno, as vibrações mecânicas geradas na membrana timpânica.; No ouvido médio há dois pequenos músculos estriados esqueléticos: Músculo tensor do tímpano: é inervado pelo ramo mandibular do nervo trigêmeo (V), limita o movimento e aumenta a tensão da membrana timpânica, evitando danos à orelha interna por causa de barulhos muito altos. Músculo estapédio: é inervado pelo nervo facial (NC VII) é o menor músculo esquelético do corpo humano. Ao evitar grandes vibrações no estribo decorrentes de sons altos, ele protege a janela do vestíbulo (oval), mas também diminui a sensibilidade auditiva. Conhecido também por labirinto, pois possui uma estrutura complexa formada por cavidades existentes na porção pétrea do osso temporal; AUDIÇÃO AUDIÇÃO Orelha Externa Orelha Média Orelha Interna Amanda Almeida Olinto – SOI 2 Formada por duas divisões principais: labirinto ósseo externo que encapsula um labirinto membranáceo interno; O labirinto ósseo é formado por cavidades na sua parte petrosa do temporal, que se divide em três partes: canais semicirculares; vestíbulo e cóclea; O labirinto ósseo é revestido por periósteo e contém a perilinfa. Esse líquido, que é quimicamente semelhante ao líquido cerebrospinal; O labirinto membranáceo epitelial contém a endolinfa. O nível de íons potássio (K+) na endolinfa é incomumente alto para um líquido extracelular e os íons potássio desempenham um papel na geração dos sinais auditivos; O vestíbulo é a parte central oval do labirinto ósseo, O labirinto membranáceo no vestíbulo é formado por dois sacos chamados de utrículo e sáculo, que se conectam por um pequeno ducto; Projetando-se superior e posteriormente ao vestíbulo encontram-se três canais semicirculares ósseos, cada um deles localizado em ângulos aproximadamente retos um em relação aos outros dois. Com base em suas posições, eles são nomeados como canais semicirculares anterior, posterior e lateral. O nervo vestibular, parte do nervo vestibulococlear (VIII) consiste nos nervos ampular, utricular e sacular. Esses nervos contêm neurônios sensitivos de primeira ordem e neurônios motores que formam sinapses com os receptores de equilíbrio. Os neurônios sensitivos de primeira ordem carregam a informação sensorial proveniente dos receptores e os neurônios motores carregam sinais de retroalimentação para os receptores, aparentemente para modificar sua sensibilidade. Os corpos celulares dos neurônios sensitivos encontram-se localizados nos gânglios vestibulares; Anteriormente ao vestíbulo encontra-se a cóclea, um canal espiral ósseo que lembra a casca de um caracol e realiza quase três voltas ao redor de um núcleo ósseo central chamado de modíolo; Cortes histológicos através da cóclea revelam que ela é dividida em três canais: o ducto coclear, a rampa do vestíbulo e a rampa do tímpano Ducto coclear: é uma continuação do labirinto membranáceo em direção à cóclea; ele é preenchido por endolinfa Rampa do vestíbulo: está acima do ducto e termina na janela do vestíbulo (oval) Rampa do tímpano: logo abaixo da rampa do vestíbulo e termina na janela da cóclea (redonda). Tanto a rampa do vestíbulo quanto a rampa do tímpano são partes do labirinto ósseo da cóclea; portanto, essas câmaras são preenchidas por perilinfa. O dobramento dos estereocílios das células ciliadas do órgão espiral promove a liberação de um neurotransmissor (provavelmente o glutamato), que gera impulsos nervosos nos neurônios sensitivos que inervam as células ciliadas.; Os corpos celulares dos neurônios sensitivos estão localizados nos gânglios espirais; Os impulsos nervosos passam através dos axônios desses neurônios, que formam a parte coclear do nervo vestibulococlear (VIII); Esses axônios formam sinapses com neurônios nos núcleos cocleares no bulbo naquele mesmo lado. Alguns dos axônios dos núcleos cocleares passam por um cruzamento no bulbo e ascendem em um trato chamado de lemnisco lateral no lado oposto e terminam no colículo inferior do mesencéfalo. Outros axônios dos núcleos cocleares terminam no núcleo olivar superior em cada lado da ponte. A partir de cada colículo inferior, os impulsos nervosos são transmitidos para o núcleo geniculado medial no tálamo e, finalmente, para a área auditiva primária do córtex cerebral no lobo temporal do cérebro Como muitos axônios auditivos cruzam o bulbo, trocando de lado, enquanto outros permanecem no mesmo lado, as áreas auditivas primárias direita e esquerda recebem impulsos nervosos de ambas as orelhas. O aborto é definido como privação do nascimento; Do ponto de vista médico, aborto é a interrupção da gravidez até 20ª ou 22ª semana, ou quando o feto pese até 500 gramas ou, ainda, segundo alguns, quando o feto mede até 16,5 cm. O aborto pode ser natural, acidental, criminoso, legal ou permitido. O Código Penal Brasileiro pune o aborto provocado na forma do auto-aborto ou com consentimento daAmanda Almeida Olinto – SOI 2 gestante em seu artigo 124; o aborto praticado por terceiro sem o consentimento da gestante, no artigo 125; o aborto praticado com o consentimento da gestante no artigo 126; sendo que o artigo 127 descreve a forma qualificada do mencionado delito. No Brasil, admite-se duas espécies de aborto legal: o terapêutico ou necessário e o sentimental ou humanitário; Segundo o artigo 128 do Decreto Lei nº 2.848, de 07 de Dezembro de 1940, o aborto é considerado legal quando a gravidez é resultado de abuso sexual ou põe em risco a saúde da mulher. Em 2012, um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que é permitido interromper a gestação quando se nota que o feto é anencéfalo, ou seja, não possui cérebro. A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. A doença também é conhecida como “Sarampo Alemão” No campo das doenças infecto-contagiosas, a importância epidemiológica da Rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras). Quanto mais precoce for a infecção em relação à idade gestacional, mais grave é a doença. infecção pelo vírus da rubéola próximo ao final do período embrionário é um importante causa de desenvolvimento anormal do órgão espiral e de déficit auditivo N., M.K.M.P.T. V. Embriologia Clínica. Grupo GEN, 2020. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Uchoa, JUNQUEIRA, Luiz, C. e CARNEIRO, José. Histologia Básica - Texto & Atlas, 13ª edição. Grupo GEN, 2017. MORAIS, L. R. A legislação sobre o aborto e seu impacto na saúde da mulhes. Senatus, v. 6, n. 1, p. 50–58, 2008.