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Diário de Inovações Projeto de fotografia em aula remota exercita o olhar de alunos do fundamental 2 · · · · · O que há de belo escondido na rotina do isolamento social? Para responder a essa pergunta, professora de colégio do Recife (PE) propôs uma série de atividades síncronas e assíncronas, aproveitando o uso de diferentes ferramentas digitais Parceria com por Karla Martins 8 de fevereiro de 2021 O Projeto Click da Quarentena traz a fotografia como objeto de conhecimento aos alunos do 8º ano do ensino fundamental e propõe a ressignificação do estado de isolamento social, por meio do exercício do olhar. Ele lança mão das seis dimensões do conhecimento propostas pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular) – criação, crítica, fruição, estesia, expressão e reflexão. Por meio da articulação dos conhecimentos que perpassam os fundamentos da fotografia (teoria) e o seu exercício (prática), surgiram inúmeras possibilidades de criação e expressão visual utilizando recursos tecnológicos, que vão dos aplicativos dos celulares às plataformas colaborativas de criação de conteúdo. De acordo com a BNCC, a Arte integra a área de Linguagens. Sua finalidade é possibilitar aos estudantes a participação em práticas diversificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como também seus conhecimentos. Logo, a aprendizagem por meio da Arte precisa permitir que o estudante atue como protagonista no processo de construção do saber, dando vazão à sensibilidade de maneira mais plena, tendo o professor como mediador/orientador do processo. Neste sentido, o Projeto Click da Quarentena propõe a articulação entre a fundamentação teórica e a prática sobre o universo da fotografia, tomando como ponto central deste processo de ensino-aprendizagem o próprio estudante. O projeto foi estruturado em aulas expositivas com o uso das tecnologias educacionais (abordagem historiográfica); um webinário com uma profissional da área de fotografia; a produção de um registro fotográfico sob a autoria do estudante; a criação de uma galeria virtual; apreciação coletiva e análise das produções; a amplificação da ação para além dos “muros do colégio”; e a etapa de avaliação. Tomando como estímulo a provocação “O que há de belo escondido na rotina do isolamento social?”, avançamos na compreensão do funcionamento das diferentes linguagens e na mobilização desses conhecimentos na produção de discursos, para construirmos uma reinterpretação crítica da realidade na qual estamos inseridos. Tal proposição se materializou nas fotos realizadas pelos estudantes. Leia mais: – Tecnologia é aliada na criação de aulas acessíveis a todos – Microsoft Teams é base para adoção de metodologias ativas Habilidades O projeto Click da Quarentena teve um total de seis momentos síncronos e dois assíncronos. A fotografia como instrumento produtor de (res)significados e põe em relevo a sua capacidade de eternizar o instante, auxiliando-nos na contação e percepção da nossa própria história. Logo, por meio dela, apesar dos desafios encontrados frente à pandemia do covid-19, lançamo-nos numa experiência única de contar sobre a “quarentena” por meio das imagens. Em relação às competências e habilidades que os estudantes desenvolveram ao longo do projeto, estão: investigação e produção, de forma criativa, a partir da pergunta estímulo: “O que há de belo na rotina do isolamento social?”; noções de conexão consigo mesmo e espiritualidade podem atuar como guia e inspiração no reconhecimento de quem sou, do modo como me relaciono no “isolamento social” e como acesso o “belo”, a fim de materializá-lo em uma fotografia e impactar o meio no qual estamos inseridos; exercício da imaginação e da criatividade para reelaborar o agora; criação e compartilhamento de experiências que vão do mundo particular ao coletivo; produção e apreciação do próprio mundo e do mundo do outro, por meio das fotografias e assim atuar na construção de novos discursos e significados; utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, poética e reflexiva, a fim de amplificar conhecimentos individual e coletivamente. É importante citar que o planejamento pedagógico para o ano de 2020 foi reformulado, a fim de contemplar a nova realidade de aulas remotas e que as competências e habilidades propostas na BNCC fortaleceram o nosso Click da Quarentena. No contexto de aulas remotas, as tecnologias da informação e comunicação foram imprescindíveis para uma construção de um processo de ensino-aprendizagem dinâmico, atraente e que os estudantes, em sua maioria, com idades entre 11 e 14 anos, sintam-se à vontade para estabelecer conexões e construir experiências significativas. O projeto Click da quarentena, como explicitado nos itens anteriores, lançou mão de uma variedade de recursos, a fim de atingir o seu objetivo. Para a fundamentação teórica, foi utilizado o Sway nas aulas expositivas; para a etapa avaliação do conhecimento adquirido, o Forms, com uma estruturação de questionário; a plataforma Kahoot! para a etapa de revisão, também é válido destacar. Para a comunicação, o Teams foi um grande aliado, possibilitando a realização das aulas remotas (momento síncrono) com a participação dos alunos por meio do chat, uso do microfone e/ou câmera. Para o nosso webinário com a fotógrafa Morgana Narjara, utilizamos o Teams e o recurso “Levantar sua mão” foi imprescindível para organizar as perguntas e curiosidades lançadas pelos educandos. O Chat e o Canal Arte, na sala virtual do Teams, foram utilizados para orientação das produções em momento assíncrono e foi fundamental para que o projeto transcorresse de forma satisfatória. No contexto de aulas remotas, as tecnologias da informação e comunicação foram imprescindíveis para uma construção de um processo de ensino-aprendizagem dinâmico Para a fotografia digital lançamos mão dos aparelhos de celular e de alguns aplicativos na realização do registro e tratamento das fotografias. Na hora de montar a galeria virtual, utilizamos a plataforma Padlet, como suporte e recurso para criação, exposição e fruição no Click da Quarentena. A avaliação formal por meio do Forms, estruturada na elaboração de um pequeno questionário sobre a história da fotografia conectando o passo com o presente. A divulgação e mobilização foi feita pelo site e nos perfis do Colégio em redes sociais, como meio de amplificar e potencializar a criação dos estudantes. Resultados O protagonismo e o engajamento dos estudantes foi a marca do Click da Quarentena e o reflexo pode ser sentido em todas as etapas do projeto. Há um lugar de reconhecimento da fotografia como registro, memória, mas que, para além de apertar um simples botão, fala muito sobre quem somos e abre nosso baú cultural. A proposta de “enxergar o belo” no caos visava humanizar e despertar nos educandos sentimentos positivos, que os catapultassem para longe do tédio, da tristeza, do sentimento de solidão. A cada clique, um pouquinho de cada um se ampliava e estabelecia conexão com o mundo do outro, desenvolvendo sentimentos como a autoconfiança. Mesmo diante das limitações encontradas no ensino remoto, costurar a linguagem da fotografia dentro do universo digital em que eles transitam com maestria é compreender que o processo de ensino-aprendizagem se potencializa pela troca, pelo construir junto, educador e educando em plena conexão. O maior resultado está em como cada estudante carimbou o seu olhar em um tempo-espaço dentro desse 2020, ano que nos pregou tantas peças, uma vez que a fotografia tem a capacidade eternizar o instante. O Click da Quarentena foi desenvolvido ao longo dos meses de julho e agosto de 2020, com um total de seis momentos síncronos e dois assíncronos; construiu um acervo com mais de 100 fotografias assinadas pelos educandos; ampliou o alcance das produções por meio da abertura à visitação da galeria virtual; promoveu o engajamento dos criadores e público; e abriu passagem para o objeto de conhecimento dos meses subsequentes,o cinema; e, sem sombras de dúvidas, promoveu o campo de integração entre todos os participantes dessa jornada. POP ART – CONCEITO, TEMA, TÉCNICAS E PRINCIPAIS ARTISTAS Posted by Thais Pacheco | mar 1, 2017 | Pop Art | 2 | O QUE É POP ART? A Pop Art – abreviação do termo inglês popular art (“arte popular”) – surgiu na década de 1950 na Inglaterra e Estados Unidos. Ao contrário do que o nome sugere, a Art Pop não era feita pela população, mas sim por artistas que usavam a cultura de massa e a vida cotidiana como temática. PRINCIPAIS TÉCNICAS E TEMA DA POP ART Este tipo de arte é extremamente colorida e crítica. Para fazê-la, os artistas utilizam como matéria prima quadrinhos, propagandas de TV, artistas de cinema e produtos de consumo aliadas à técnicas modernas como a fotografia, fotocópia, colagem e serigrafia. “Não há motivos para não considerar o mundo um grande quadro.”, disse Rauschemberg. A ideia era fazer com que as pessoas pensassem na sociedade em que estavam se tornando, a sociedade consumista. Apesar de a ideia inicial ser criticar a sociedade de consumo, em alguns momentos a Pop Art contribuiu para que certos produtos vendessem ainda mais, como foi o caso das sopas Campbell, de Andy Warhol. Isto ocorria porque a Por Art se confundia facilmente com uma publicidade. A diferença estaria em na arte não há frases no imperativo convidando o cliente a comprar, como ocorre nas publicidades, mas as imagens de produtos estavam ali. ==>Leia sobre publicidade e arte. PRINCIPAIS ARTISTAS DA POP ART ANDY WARHOL – (1927-1987) É impossível pensar em Pop Art sem se lembrar de Andy Warhol, pintor americano. A arte de Warhol era muito crítica quanto à era industrial e amava causar escândalo com sua arte e suas frases cínicas: “ Acho que seria sensacional se todo mundo fosse idêntico”, ou ainda “quero que todo mundo pense da mesma maneira”. Em seus trabalhos, Andy Warhol estampava rosto de pessoas famosas como Elvis Presley e Marilyn Monroe para mostrar que, apesar de serem personalidades públicas eram também figuras impessoais, figuras de massa. Da mesma forma, destacou a impessoalidade de objetos de consumo como a Coca Cola, dinheiro, carros e latas da sopa Campbell. ROY LICHTENSTEIN (1923-1997) Roy Lichtenstein foi um artista notório dentro da Pop Art. Ele usava como temática, a história em quadrinhos. A ideia mostrar a futilidade da cultura de massa americana. Lichtenstein pintava seus quadros com tinta acrílica, onde reproduzia à mão procedimentos gráficos, como por exemplo a técnica do pontilhismo. Seus quadros possuíam cores brilhantes, planas e limitadas. O artista queria trazer uma reflexão sobre a linguagem das formas artísticas. TOM WESSELMANN (1931-2004) Após ser recrutado para o serviço militar dos Estados Unidos, Wesselmann começa a fazer desenhos de sátiras sobre a sua vida no exército. Ainda no serviço militar, teve que aprender a analisar fotografias aéreas. Devido a isso, o tema de seus desenhos ganhou temas além da vida militar. Depois de sua volta, cursou arte e trabalhou como desenhista humorístico para diversos jornais e revistas. ROBERT RAUSCHENBERG (1925-2008) Robert Rauschenberg, artista norte americano, fez uma série de pinturas utilizando garrafas de Coca Cola, embalagens de produtos industrializados (como sabão em pó) e pássaros empalhados. A sua arte era tão impessoal quanto à um impresso. Como técnica, utilizou a impressão Silk-screen para aplicar imagens fotográficas somadas por grandes e grossas pinceladas de tinta. Rauschenberg ficou reconhecido internacionalmente na Bienal de Veneza de 964. JASPER JOHNS (1930) Jasper Johns é um pintor americano . Seus trabalhos tinham como base bandeiras, mapa, números e letras. Sua principal obra foi Flag (Bandeira) de 1954. Mais tarde, Johns incluiu em seus quadros objetos reais como escovas, latas e pincéis. PETER BLAKE Peter Thomas Blake, artista britânico, é considerado um dos principais representantes da Pop Art moderna. Uma das obras super reconhecidas foi a capa do disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, em 1967. Sua arte tem como estilo a produção de gravuras, incorporação de vários materiais na obra de arte assim como a valorização da efemeridade da arte popular. vidadeprofessor.pro.br/pop-art-conceito-tema-tecnicas-e-principais-artistas/ PASSO A PASSO PARA FAZER UMA POP ART VOCÊ VAI PRECISAR DE: · Papel sulfite branco · Canetinhas de ponta grossa · Lápis de cor · Fotografia de pessoa de uma revista COMO FAZER A SUA POP ART Coloque um papel sulfite por baixo da fotografia que encontrou na revista e passe o lápis por cima da imagem. Você verá que o contorno que acabou de fazer ficará na folha de sulfite. Reforce com lápis esse contorno. Com a canetinha de ponta grossa e o auxílio de uma régua, faça pontilhados por todo o rosto da pessoa do seu desenho. Escolha a cor que mais lhe agradar. Colora o cabelo com uma cor chapada, como no exemplo. Dica: A pop art sempre utiliza cores fortes e vibrantes. http://vidadeprofessor.pro.br/como-fazer-pop-art-estilo-quadrinhos-atividade-de-pop-arte/ Objetivos 1) Estudar o movimento da arte pop. 2) Produzir uma pintura a partir da estética pop e de objetos cotidianos. Comentários A pop art foi um movimento que se iniciou na década de 1950, muito importante e muito atrativo para trabalhar com alunos, pois trata de situações, pessoas ou objetos do dia a dia. Com essa aula, intenciona-se conhecer melhor uma das características estéticas da arte pop que é a expressão pura de um objeto cotidiano num fundo de uma cor só, como Andy Warhol fazia, por exemplo, com o uso da técnica da serigrafia. Aqui, porém, faremos uma pintura. Material O texto Pop art: cultura popular e crítica do UOL Educação é um ótimo ponto de partida para essa aula. Para a atividade: Fotografias atuais Papel Tinta Pincel Estratégia 1) Leitura e interpretação dos textos. 2) Leitura de obras da pop art, especialmente os retratos em serigrafia de Andy Warhol. Atividade Os alunos devem levar, reveladas, fotografias do cotidiano, o professor pode delimitar um tema: dentro de casa, supermercado, feira etc. A partir das fotos, que os alunos devem trocar entre si, eles escolherão um objeto a ser ampliado e pintado. Importante na pintura: oriente-os a escolher a cor de fundo, uma única, e a(s) cor(es) do objeto não precisam ser iguais a da fotografia. Como nos retratos que Andy Warhol realizou de celebridades, por exemplo, e outros objetos em serigrafia. Exposição e discussão sobre os trabalhos. Sugestões 1. Para alunos do Ensino Fundamental I, uma boa sugestão é fotografar a casa por dentro, pois, especialmente nas séries iniciais, é estudado na disciplina de Geografia, a casa. 2. Para alunos do Ensino Fundamental II, importante aprofundar a discussão na crítica do movimento de arte pop à sociedade de consumo tanto na estética como nas técnicas utilizadas. 3. Interdisciplinaridade com História. https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/pop-art-cultura-popular-e-critica.htm Estrutura Curricular MODALIDADE / NÍVEL DE ENSINO COMPONENTE CURRICULAR TEMA Ensino Médio Artes Arte Visual: Estruturas sintáticas Dados da Aula O que o aluno poderá aprender com esta aula · Conhecer o movimento artístico que, para muitos autores, inaugura a arte contemporânea; · Analisar a obra dos principais representantes; · Verificar os desdobramentos dessas manifestações na atualidade; · Propor uma leitura crítica dos signos da cultura de massa. Atenção professor! Recomendamos que essa aula fosses articulada com a aula “A Arte na Cultura de Massa” onde aparecem os desdobramentos contemporâneos da Pop Art, disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=2588 Duração das atividades 4 aulas de 50 minutos cada Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno · Conceitos básicos sobre cultura de massa, propaganda, padrões culturais. Estratégias e recursos da aula Objetivos específicos: · Despertar uma visão crítica sobre os padrões culturais;· Despertar senso crítico com relação aos meios de comunicação. Prática social inicial do conteúdo: O professor deve iniciar a aula questionando os alunos sobre o que eles pensam serem padrões culturais. Para enriquecer a discussão, apresentar as seguintes imagens e questionar se elas fazem parte de sua cultura e se não faz, se eles sabem que culturas essas imagens estão representando: Atenção professor! Pergunte também aos alunos de que maneira eles conseguem identificar que os elementos mostrados nas fotos não fazem parte de sua cultura e como eles sabem que tais culturas pertencem a determinados lugares. Provavelmente eles responderão que ficaram sabendo pela televisão, pelo cinema ou internet. Essas informações serão úteis para o desenvolvimento da aula, pois a nossa cultura está muito ligada aos meios de comunicação e os padrões culturais se estabelecem em nosso cotidiano por intermédio da mídia. image3.jpeg image4.png image5.jpeg image6.jpeg image7.jpeg image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.jpeg image13.jpeg image14.jpeg image15.jpeg image16.jpeg image17.jpeg image18.jpeg image19.jpeg image20.jpeg image21.jpeg image1.png image2.png