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TROPA DO SOI APG 3: ARCO REFLEXO, MORFOFISIOLOGIA DA MEDULA ESPINHAL, NERVOS E GÂNGLIOS. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO TROPA DO SOI Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte Cérebro Cerebelo BulboEncéfalo Espinais Cranianos Sistema Nervoso Central Medula Espinal Gânglios Sistema Nervoso Periférico Terminações nervosas Nervos A medula espinal está localizada no canal vertebral da coluna vertebral e faz parte do SNC (está dentro do esqueleto axial). Conceituada como uma massa cilindroide de tecido nervoso que não ocupa totalmente o canal vertebral. Cranialmente se limita ao bulbo (próximo ao forame magno do osso occiptal) e seu limite caudal é até a 2a vértebra lombar (L2). Termina-se afunilando para formar o cone medular que continua com o filamento terminal. Anatomia da medula espinhal Ref: Página 37 Angelo Machado - Neuroanatomia funcional Além disso, é recoberta pelas meninges estudadas anteriormente TROPA DO SOI na vista lateral podemos ver duas intumescências, que são dilatações com uma uma quantidade maior de neurônios e fibras nervosas entrando e saindo da medula. A intumescência cervical dá origem ao plexo braquial (M.S), e a intumescência lombar que dá origem ao plexo lombossacral (M.I). Tendo agora uma vista longitudinal, podemos identificar os seguintes aspectos: O filamento terminal é uma extensão da pia-máter, que pega uma camada da dura-máter após passar pelo saco dural. Essa estrutura também é chamada de ligamento coccígeo, após passar pelo saco dural, e garante estabilidade a medula verticalmente. Sulco mediano posterior Fissura mediana anterior Sulco lateral posterior Sulco lateral anterior Na medula cervical também há sulco intermédio posterior Ref: Página 37 Angelo Machado - Neuroanatomia funcional Anatomia da medula espinhal TROPA DO SOI Substância cinzenta: corpos de neurônios e fibras amielínicas; Substância branca: Fibras predominantemente mielínicas; Aqui elas sobem e descem na medula Núcleo: Massa de substância cinzenta dentro da substância branca ou grupo de neurônios com a mesma estrutura e função; Trato: feixe de fibras nervosas com a mesma origem, mesma função e mesmo destino. Tratos são feixes de axônios na parte central do sistema nervoso. O nome fica assim: Origem+ terminação das fibras+ posição do trato; Fascículo: trato mais compacto (mais tradicional do que usual); Aqui temos o grácil e cuneiforme Funículo: Cordão. Utilizado para a substância branca da medula (contém vários tratos ou fascículos). Aqui temos 3 funículos: Posterior, lateral e anterior; Leminisco: É empregado para alguns feixes de fibras sensitivas que levam impulsos nervosos ao tálamo. Esse corte foi feito em que altura da medula? Ref: Página 143 Angelo Machado - Neuroanatomia funcional Corno ou coluna: projeções da substância cinzenta, temos o anterior, posterio e leteral (o último somente em medula torácia e lombar) Anatomia da medula espinhal TROPA DO SOI A medula é o maior condutor de informações que sai e entra do encéfalo através dos nervos espinais (que são feixes de axônios na parte periférica do sistema nervoso). Esses nervos são formados da seguinte forma: Anatomia dos nervos e gânglios da medula espinal Radículas ou filamentos radiculares Raízes dos nervos (dorsal e ventral) Nervos espinais gânglio da raiz dorsal existem 31 pares de nervos espinais, como foi demonstrado anteriormente. Sendo 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombare, 5 sacrais e 1 coccigeo. Por possuírem raiz sensitiva e motora, são considerados mistos. TROPA DO SOIAnatomia dos nervos e gânglios da medula espinal Então, cada nervo espinal é formado pela união das raízes dorsal e ventral, as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior na medula, através de filamentos radiculares. Somáticas é importante saber que as fibras proprioceptivas determinam a sua posição no espaço, por isso podem ser conscientes ou não Classificação funcional das fibras nervosas: Músculo estriado esquelético Fibras eferentes Visceral Fibras aferentes Somáticas Músculo liso, cardíaco e glândulas Exteroceptivas Proprioceptivas Dor, temperatura, pressão Visceral Conscientes e inconscientes Além disso, precisamos conhecer o território cutâneo da inervação radicular: O dermátomo. E abrimos um adendo em relação a herpes zoster, que tem o agente etiológico um vírus que acomete especificamente as raízes dorsais, causando o aparecimento de dores e pequenas vesículas na área inteira do dermátomo acometido.Ref: Página 107 Angelo Machado - Neuroanatomia funcional TROPA DO SOIFisiologia dos nervos e gânglios da medula espinal Então as informações são passadas da periferia para os nervos, dos nervos para a raiz dorsal, da raiz para a as radículas e, enfim, na medula espinal. Mas o que acontece ao chegar na medula? A informação pode ir para o córtex e ser processada ou pode ir diretamente para a raiz motora por um interneurônio. Como é o exemplo do arco-reflexo. TROPA DO SOI O que é um reflexo? Arco Reflexo Sequência rápida, involuntária e não planejada de ações que ocorrem em resposta a um estímulo específico. Exemplos: afastar a mão de uma superfície quente antes da paercepção consciente do calor Pontos importantes Quando a integração é feita na substância cinzenta da medula, o reflexo é denominado de reflexo espinal (ex: reflexo patelar); 1. Se a integração ocorrer no tronco encefálico é chamado de reflexo craniano (ex: movimentação dos olhos ao ler um livro); 2. Reflexos somáticos envolvem a contração de músculos esqueléticos (é um tipo mais consciente) 3. Reflexos autônomos/viscerais (ex: resposta da musculatura lisa, cardíaca). 4. IMP: Os impulsos nervosos que se propagam pelo SNC seguem vias especificas dependendo do tipo de informação, origem e destino. IMP: A via que é seguida por esses impulsos nervosos para produzir um reflexo é chamada de arco reflexo. Os componentes funcionais da via sensitiva são: Estímulo; Sensor/Receptor sensorial; Sinal de entrada (aferente); Centro integrador; Sinal de saída (eferente); Alvo/efetor. SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. página 185 TROPA DO SOI Arco Reflexo Estímulo: distúrbio ou mudança que ativa a via Sensor/Receptor sensitivo: A extremidade distal de um neurônio responde a um estímulo específico produzindo um potencial graduado chamado de potencial gerador. Quando atingir o limiar da despolarização, deflagrará 1 ou mais impulsos nervosos no neurônio sensitivo. Monitora continuamente uma determinada variável no seu ambiente Sinal de entrada (aferente)/neurônio sensitivo: Impulsos nervosos se propagam a partir do receptor sensitivo ao longo do axônio do neurônio sensitivo para as terminações axônicas. Neurônios de retransmissão enviam impulsos nervosos para a área do encéfalo que viabiliza a conscientização de ocorreu o reflexo. Sensor envia um sinal para o centro integrado do reflexo. SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. página 185 TROPA DO SOI Arco Reflexo Centro integrador: Em tipos mais simples de reflexo centro integrador é uma única sinapse entre um neurônio sensitivo e um motor. Via reflexa com somente um 1 sinapse no SNC é chamada de arco-reflexo monossináptico. Centro integrador consiste em 1 ou mais interneurônios que retransmitem impulsos para os outros interneurônios. Arco-reflexo polissináptico = mais de dois neurônios e mais de uma sinapse no SNC. O centro integrador compara o sinal de entrada com o ponto de ajuste ou valor desejável da variável. Neurônio motor/Sinal de saída (eferente): impulsos provocados pelo centro integrador se propagam para fora do SNC ao longo de um neurônio motor para a parte efetora do corpo. Sinal elétrico e/ou químico que se dirige ao alvo Alvo/Efetor: Célula ou tecido que efetua a resposta apropriada que se consiga trazer de volta a variável aos valores normais. SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. página 185 TROPA DO SOI Componentes fincionais de uma via sensitiva Ref: Página 482 Gerard J. Tortora; BryanDerrickson - Princípios de Anatomia e Fisiologia TROPA DO SOI Tipos de arco reflexo: Existem 4 tipos de reflexos espinais somáticos: Reflexo de estiramento, reflexo tendinoso, reflexo flexor (retirada) e o reflexo externos cruzado. Se a resposta apropriada for a contração muscular, o SNC ativa neurônios motores somáticos que inervam as fibras musculares. Se o músculo precisa relaxar para produzir a resposta, os estímulos sensoriais ativam interneurônios inibidores no SNC, que inibem a atividade de neurônios motores somáticos que controlam o músculo. OBS: A ativação dos neurônios motores somáticos sempre resulta em contração do músculo esquelético. SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. página 424 TROPA DO SOI Tipos de arco reflexo: Reflexo de estiramento: via reflexa em que o estiramento muscular inicia a resposta de contração Qualquer movimento que altere o comprimento do músculo também estende os fusos musculares O conjunto de vias que controlam uma única articulação é chamada de unidade miotática; O reflexo mais simples dessa unidade é o reflexo de estiramento monossináptico, ou seja, envolve apenas dois neurônios: o sensorial do fuso muscular e o neurônio motor somático que se dirige para o músculo. Exemplo: Reflexo de estiramento monossináptico. SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. página 425 TROPA DO SOI Reflexo Tendinoso: Ref: Página 484 Gerard J. Tortora; Bryan Derrickson - Princípios de Anatomia e Fisiologia Geralmente, esse reflexo vem acompanhado pelo reflexo extensor cruzado, uma vez que o TROPA DO SOI Reflexo Extensor Cruzado e Reflexo flexor: Reflexos flexores são vias reflexas polissinápticas que puxam braço ou perna, afastando-as de um estímulo nocivo. Depende de vias divergentes na medula espinal. Reflexo extensor cruzado: É um reflexo postural que ajuda a manter o equilíbrio quando um pé é erguido do chão. Ex: A retirada rápida do pé direito de um estímulo doloroso (um prego) ocorre combinada com a extensão da perna esquerda para que esta perna posso suportar a repentina transferência de peso. SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. página 426 TROPA DO SOI FIM REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia . 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023. E-book. pág.419. ISBN 9788527739368. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527739368/. Acesso em: 04 fev. 2025. MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia, M. Neuroanatomia Funcional 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara. Koogan, 1980 MOORE, Keith M.; PERSAUDE, T. V N. Embriologia Clínica. 11. ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2020. E-book. p.329. ISBN 9788595157811. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595157811/. Acesso em: 07 fev. 2025. SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. 7. ed. Porto Alegre: ArtMed, [Inserir ano de publicação]. E-book. p.426. ISBN 9788582714041. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788582714041/. Acesso em: 14 fev. 2025.