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Tópico de Estudos 1 Jusnaturalismo • Defende a existência de um Direito natural, superior e anterior ao Direito positivo. • Baseado na razão, moral ou religião. • Pensadores: → Sócrates: o bem é superior à lei escrita. → Tomás de Aquino: Direito natural vem de Deus. → Locke: direitos naturais à vida, liberdade e propriedade. Contratualismo • O Direito surge a partir de um contrato social para evitar o caos. • Pensadores: → Hobbes: o homem é mau; Estado forte para garantir a ordem. → Locke: o homem é bom; contrato para proteger direitos naturais. → Rousseau: o contrato cria a vontade geral, buscando a liberdade. Positivismo jurídico – aspectos gerais • O Direito é um conjunto de normas postas pelo Estado. • Separação entre Direito e Moral. • O que vale é a norma, independentemente do conteúdo moral. Positivismo jurídico – Escola da Exegese • Século XIX, após a Revolução Francesa. • O juiz deve aplicar a lei de forma literal, sem interpretar. • Críticas: engessamento do Direito. Positivismo jurídico – Kelsen • Criador da Teoria Pura do Direito. • O Direito é um sistema de normas hierarquizadas (Pirâmide). • Norma Fundamental: pressuposto lógico de validade. • Direito separado da moral e da política. Positivismo jurídico – Bobbio • Valorização das normas e da coerência do sistema jurídico. • Direito visto como um fenômeno social e positivo. • Importante na passagem do positivismo clássico ao pós-positivismo. Tópico de Estudos 2 Pós-positivismo • Movimento que supera o positivismo rígido. • Reconhecimento da importância dos princípios, valores e direitos fundamentais. • Busca justiça e não apenas validade formal. Tridimensionalismo jurídico • Teoria de Miguel Reale. • O Direito é composto por três elementos: → Fato: a realidade social. → Valor: a avaliação feita pela sociedade. → Norma: a regra criada a partir do fato e do valor. Teleologismo • O Direito deve ter uma finalidade (telos). • As normas são criadas para alcançar objetivos sociais. • Inspirado em Aristóteles. Historicismo • O Direito é fruto da evolução histórica e da cultura de um povo. • Contrapõe-se ao jusnaturalismo universal. • Principal nome: Savigny — Direito como produto do "espírito do povo". Tópico de Estudos 3 Culturalismo jurídico • O Direito é um fenômeno cultural, não apenas normativo. • Surge da interação entre costumes, práticas sociais e valores. • Principal nome: Eugen Ehrlich — "Direito vivo" (aquele que se pratica na sociedade). Utilitarismo • O Direito deve buscar a máxima felicidade para o maior número de pessoas. • Critério de avaliação: utilidade social. • Pensadores: → Jeremy Bentham: criador do utilitarismo. → John Stuart Mill: aperfeiçoou a ideia, incluindo qualidade dos prazeres. Pragmatismo jurídico • O Direito deve focar em resultados práticos e não em teorias abstratas. • A decisão jurídica deve ser útil e eficaz. • Principais nomes: → Oliver Holmes Jr.: “O Direito é a previsão do que os tribunais farão”. → Richard Posner: decisões eficientes, com base em análise econômica. Realismo jurídico • Corrente que valoriza o comportamento real dos juízes, não só as normas. • Crítica ao formalismo jurídico. • Escola Americana: análise empírica das decisões. • Escola Escandinava: Direito como produto da experiência, não da razão. Tópico de Estudos 4 Diferença entre Princípios e Regras → Bobbio: • Regras: aplicadas de modo tudo ou nada. • Princípios: orientam, mas admitem ponderação. → Alexy: • Regras: aplicam-se diretamente. • Princípios: podem colidir e precisam ser ponderados para decidir qual prevalece. → Dworkin: • Princípios são elementos fundamentais na decisão de "casos difíceis". • Juiz deve interpretar o Direito levando em conta os princípios. Pluralismo jurídico • Reconhecimento de múltiplos sistemas jurídicos coexistindo numa mesma sociedade. • Exemplo: Direito estatal, indígena, religioso. • Supera a visão única do Estado como fonte exclusiva do Direito. Direito crítico • Perspectiva que vê o Direito como instrumento de dominação. • Baseado em críticas sociais e políticas, principalmente o marxismo jurídico. • Objetivo: expor como o Direito pode reproduzir desigualdades e manter o status quo.