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Fisiopatologia - Trato Gastrointestinal Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 1 ESÔFAGO Acalasia Distúrbio motor do musculo liso esofágico em que o esfíncter esofágico inferior é incapaz de relaxar corretamente, permanecendo firmemente contraído Esse distúrbio se dar por : Primária: Degeneração das vias inibitórias do SN entérico do corpo e esfíncter inferior do esôfago Devido destruição mediada por células T ou Ausencia completo de células ganglionares mioentéricas no terço inferior do esôfago Secundária: Chagas com destruição do plexo mioentérico Normalmente: o tônus desse esfíncter é caracterizado como um contração com relaxamento intermitente por causa do arco reflexo Além da disfunção do esfincter, é possivel observar perda de peristaltimos normal no corpo esofágico Em outros casos, observa-se uma contração simultânea de grande ou pequena amplitude no lugar do peristaltismo normal Infecção por tripanossoma cruzi pode causar Tratamento Dilatação pneumática (balão) miotomia tratamento alternativo: Injeção de toxina botulínica no esfíncter esofágico inferior para diminuir as vias excitatórias Manifestações clínicas Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 2 Aumento esofágico Casos avançados podem gerar pneumonia por aspiração devido retenção de até 1 litro de material pútrido e infectado Sem tratamento Perda de peso progressiva Agravamento de dor toráxica Ulceração da mucosa Infecção Ruptura do esofago, podendo gerara morte Complicações Doença do refluxo gastroesofagico 5% de chance de desenvolver carcinoma de células escamosas do esôfago 2128 anos após o diagnóstico) Aumento de chance de: Aspiração Esôfago de barret Divertículo esofágico inferior Ulceração Péptica Lacerações de Mallory Weiss Também chamada de Sindrome de Mallory Weiss É um conjunto de lesões geralmente localizada na proximo a junção gastroesofágica causada por vômitos, ânsia ou soluços Geralmente ocorre em quem é alcoolatra, mas não é regra Diagnóstico clínico Hematêmese após 1 ou mais episódios de vômitos Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 3 Se não tiver história clinica condizente, deve-se fazer endoscopia alta para avaliar sangramento GI Tratamento Não cirurgico A maioria dos episódios cessa espontâneament Em casos graves 10% requer hemostasia endoscópica ou transfusões. Esofagite de Refluxo Também chamada de doença do refluxo gastroesofágico É quando o refluxo do conteúdo gastrico vai gerar lesão da mucosa inferior do esôfago e consequentemente uma inflamação por meio e estimulação dos quimiorreceptores Tipo mais comum de esofagite O refluxo fisiológico é normal para a ventilação do estômago e podem ser ativados por distensão gástrica, porém, quem tem esofagite de refluxo ou doença do refluxo gastroesofágico esse refluxos são aumentados Risco Tabagismo Etilismo Sobrepeso Gravidez Hernia de hiato Sintomas Pode ser assintomático Sintomas típicos Azia Regurgitação Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 4 Sintomas extraesofágicos Rouquidão Tosse Odinofagia Asma induzida por refluxo Laringite Pneumonia por aspiração Sintomas graves (indicam estenose ou malignidade) Hematêmese Perda de peso Disfagia Diagnóstico Sintomas + endoscopia + monitoramento do pH resposta à terapia Achados da endoscopia Ulceras Eritema Edema de mucosa Alguns podem não ter achados endoscópicos Doença do refluxo não erosiva) Tratamento Modificações na dieta e no estilo de vida inibidores da bomba de prótons Administrado com antagonistas do receptor da histamina 2 para sintomas noturnos persistentes Cirurgia Achados microscópicos Inflamação no revestimento do esôfago: Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 5 Células de defesa (como neutrófilos, eosinófilos e linfócitos) invadem a camada de células escamosas do esôfago. Neutrófilos em grande quantidade sugerem que a inflamação é mais grave. Eosinófilos aparecem em cerca de metade dos casos. Linfócitos aparecem “rabiscadosˮ no meio das células normais. Espessamento da camada basal (camada mais profunda da mucosa): Normalmente, essa camada tem só 1 a 4 fileiras de células e representa até 15% da espessura total do epitélio. Se ela estiver mais espessa que isso 15%, chamamos de hiperplasia da camada basal. Alongamento das papilas da lâmina própria: As papilas (como se fossem “dedinhosˮ que sobem do tecido de base para o epitélio) ficam esticadas até mais de dois terços da espessura da mucosa. Dentro dessas papilas, é comum ver capilares cheios e até com sangue vazando (extravasamento). Esofagite Química Ingestão de alcalis fortes, ácidos ou detergentes não fosfatados (tentativa de suicídio geralmente). Pode ser também devidos quimioterapia citotóxica Compliações Estenose Esôfago de Barrett Raramente, carcinoma de células escamosas Tratamento Dilatação cirúrgica Esofagite Infecciosa Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 6 Geralmente ocorre devido a cândida albicans Etiologia Uso de antibióticos em não imunocomprometidos terapia de supressão ácida carcinoma corticoesteróides diabetes mellitus disturbios da motilidade esofágica cirurgia gastrica HIV Doença reumática Pacientes idosos e debilitados Esofagite por CMV e HSV estenose esofágica em imunocomprometido Características clínicas Disfagia Odinofagia Achados endoscópicos Pseudomembrana branca acinzentada ou placa no esôfago médio a distal Mucosa é eritematosa, edematose, ulcerada ou friável (esôfago de “requeijãoˮ) Esofagito Eosinofílica É uma doença inflamatória eosinofílica crônica caracterizada por reação imune crônica à alergenos do ambiente e alimentos, resultando em uma mucosa esofágica deficiente sem causas secundárias identificáveis Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 7 Caracteristicas 15 eosinófilos por campo de alta ampliação (ampliação de 40x) Terminologia Esofagite eosinofílica idiopática ou primária Doença inflamatória atópica crônica do esôfago Esofagite alérgica ou atópica Etiologia Ambiental Alérgenos alimentares A Doença do refluxo gastroesofágico aumenta aumenta a permeabilidade da mucosa a alergenos alimentares Uso de inibidores de bomba de protons IBPs) Isso ocorre decorrente da redução da secreção acida que vai diminuir a ação das enzimas digestivas, não degradando antigenos alimentares, aumentando a resposta imune a esse antigenos Genética / familiar O fato de um familiar tiver essa doença, aumenta também a chance do paciente de ter Esôfago de Barret Condição pré-cancerosa que consiste na substituição do tecido esofágico por outra parecida com a do intestino devido refluxo crôncio do ácido gastrico Predisposição de displasia e adenocarcinoma Diagnóstico Relação endoscópica (mucosa anormal 1 cm proximal à junção GE e histológica (epitélio metaplásico) Padrão ouro Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 8 Avaliação histológica na lâmina H&E Etiologia Fatores de risco Sintomas de DRGE crônicos 5 anos) Idade avançada 50 anos) Sexo masculino uso de tabaco obesidade central raça caucasiana genética (geralmente parentes de primeiro grau que tenham Barret) Varizes esofágicas Essas varizes ocorrem devido hipertensão portal derivada da não passagem sanguínea pelo fígado (geralmente cirrose hepática ou esquistossomose): Com o aumento da pressão venosa portal, vai ocorrer o desenvolvimento de canais colaterais em locais onde o sistema porta e cava se comunicam. Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 9 Essas veias colaterais vão drenar, porém também vão gerar congestão e dilatação dos plexos venosos subteliais e submucosos. Esses vasos dilatados são os conhecidos como varizes. Geralmente localizadas na submucosa do esôfago distal Ocorre frequentemente em casos de cirrose hepática (quase metade) e esquistossomoses As varizes podem causar hemorragia na esofágica e na luz 2540% 30% morrem por choque hipovolemico, coma hepático, etc (alta mortalidade- emergência) Tratamento Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 10 Indução medicamentosa de vasos contrição esplência Endoscopia digestiva alta para escleroterapia (injeção de uma solução esclerosante na veia, causando a sua obstrução e posterior eliminação) Tamponamento por balão ligação das varizes Complicação Choque hipovolêmico Coma hepático Tumores Esofágicos Neoplasias malignas: Carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma Neoplasias benignas: Leiomiomas, fibromas, lipomas, Hemangiomas, neurofibromas e linfangiomas Carcinoma de células escamosas Fatores de risco Acima de 45 anos Mais frequente em homens Álcool e tabaco Lesões esofágicas causticas Acalasia Tilose Dietas deficientes em frutas e vegetais e bebidas muito quentes Síndrome de Plummer-vinson Baixo nível socioeconômico Infecção pelo HPV Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 11 Apresentações clínicas Disfagia Odinofagia Obstrução progressiva que vai levar à uma perda de peso e debilitação Ulceração do tumor pode levar à: Hemorragia Sepse Se tiver hemorragia e sepse constante, o paciente vai apresentar deficiência de ferro Adenocarcinoma Neoplasia maligna gerada principalmente por esôfago de Barrett e da DRGE de longa duração Fator de risco (o risco é reduzido por dietas ricas em frutas frescas e vegetais, além de Alguns sorotipos de Helicobacter pylori) Esofago de barrett DRGE Tabagismo Exposição a radiação ocorre mais frequentemente em indivíduos brancos e do sexo masculino Patogenia Os estudos moleculares indicam que a progressão do esôfago de Barrett para o adenocarcinoma ocorre ao longo de um período extenso por meio da aquisição sequencial de alterações genéticas e epigenéticas. Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 12 Inicialmente é possivel ver anormalidades cromossômicas e mutações dos genes supressores de tumor TP53 e CDKN2A Sintomas Quando aparecem, o tumor geralmente já se disseminou para os vasos linfáticos submucosos) odino ou disfagia perda de peso progressiva hematemese dor torácica vômitos Prognóstico Sobrevida global em 5 anos é inferior a 25% Em contrapartida, a sobrevida em 5 anos é de aproximadamente 80% nos casos em que o adenocarcinoma se limita à mucosa ou à submucosa. Exames Manometria esofagiana Avalia a função do esôfago ao medir as pressões e contrações musculares durante a deglutição e em repouso Feito em quem tem refluxo Paciente vai referir como se fosse queimação) Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 13 ESTÔMAGO Gastrite aguda É uma inflamação da mucosa gástrica com presença de neutrófilos O que causa Inibição de COX por AINES Inibição do transsporte de bicarbonatos gastricos (paciente urêmicos ou infectados por H pilory secretor de urease) Redução da secreção de mucina e bicarbonato (idosos) Diminuição do fornecimento de Oxigênio (grandes alturas) Ingestão de substancia quimicas agressivas Consumo de álcool Radioterapia Quimioterapia. Sintomas (podem ser Assintomáticos) Dor epigástrica Náuseas Vômitos Casos graves Erosão da mucosa ulceração hemorragia hematêmese melena raramente, perda maciça de sangue. Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 14 Úlcera gástrica aguda Complicação da gastrite aguda Diagnóstico endoscopia Tratamento IBP Antibióticos caso seja por H pilory Mudanças no estilo de vida Cirurgia se perfuração ou hemorragia Gastrite crônica Pode ser causada por H. pilory (mais comum) Autoimune Radiação Refluxo biliar crônico Lesões mecânicas Comprometimento por doenças sistêmicas (ex: Doença de Chron e amiloidose) Sintomas Dor abdominal superior Náuseas alguns casos tem vômitos raramente Hematemese Achados Presença principalmente de linfócitos e plasmócitos infiltrados na mucosa gastrica Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 15 Gastrite por Helicobacter pylori (gastrite atrófica metaplásica ambiental) Gastrite crônica devido presença de H. pylori Diagnóstico Sorologia para anticorpos contra H. pylori Detecção bacteriana fecal Teste do hidrogênio no ar expirado, que é positivo, devido à amônia produzida pela urease bacteriana. Foco da doença é no antro piloro Produção de ácido normal ou elevada aumento da secreção de gastrina → aumenta a massa de células parietais no corpo do estômago → mais prod. de ácido Complicações Se ficar por muito tempo o H.pilory acomente o corpo e fundo, diminuindo a massa das parede parietais → diminuidno a prod de ácido → atrofia de grande parte das células parietais → favorendo a metaplasia → aumentando o risco de adenocarcinoma gástrico Úlcera péptica MALToma Tratamento Antibióticos + inibidores da bomba de prótons Atrofia da mucosa e metaplasia intestinal Além da atrofia por h.pilory (gastrite atrófica metaplásica ambiental), também tem de forma autoimune Gastrite atrófica metaplásica automine) Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 16 Auto imune é mediada por tcd4 que vai atacar as células parietais diminuindo a prod. de ácido e fator intrinseco complicações são Atrofia, anemia perniciosa, adenocarcinoma e tumor carcinoide Geralmente associada a outras doenças autoimunes Quando tem uma perda significativa de células na mucosa do estômago (atrofia oxíntica), geralmente temos um substituição da células gastricas pelas intestinas (metaplasia intestinal), incluindo células caliciformes Displasia Quando você tem gastrite crônica, a inflamação constante no estômago expõe as células a danos inflamatórios e estimulos de crescimento. Com o passar do tempo, o dano e o crescimento podem acabar levando a um erro de codificação genética e acabar desenvolevendo um cancer A displasisa é uma fase que ja teve um erro na codinficação, sendo aquela frase pré-cancerosa Pólipos inflamatórios e hiperplásicos Até 75% de todos os pólipos gástricos consistem em pólipos inflamatórios ou hiperplásicos. mais comuns em indivíduos entre 50 e 60 anos, Associados a gastrite crônica O risco de displasia nos pólipos inflamatórios varia de 1 a 20% e aumenta acentuadamente nos pólipos pedunculados com mais de 1 cm de diâmetro. Escala de yamada Escala utilizada para definifir o nível de elevação dos pólipos Yamada 1 Ligeiramente elevada Yamada 2 Séssil Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 17 Yamada 3 Semipediculada Yamada 4 Pediculada Adenoma gástrico Desenvolve-se no contexto da gastrite crônica com atrofia e metaplasia intestinal geralmente no antro com exceção daqueles associados a mutações de linhagem germinativa em APC ou MUTYH Geralmente ocorre em homens entre 50 e 60 anos O risco de adenocarcinoma em adenomas gástricos está correlacionado com o tamanho e é particularmente elevado nas lesões com mais de 2 cm de diâmetro Os adenomas gástricos apresentam maior risco de câncer (até 30% quando são grandes) e precisam ser tratados de modo mais agressivo do que os adenomas colônicos. Adenocarcinoma gástrico Principal causa de morte por cancer no mundo Classificados de acordo com a sua localização e morfologia macroscópica e histológica Infiltrativo Difuso) O câncer gástrico familiar está fortemente associado a mutações na linhagem germinativa de perda de função no gene supressor de tumor CDH1 (codifica e-cadeirina), garantindo que o cancer se desenvolva Manifesta como espessamento difuso da parede gástrica, sem lesão protuberante evidente Ex: Linite Plástica Intestinal Proliferativo) Geralmente aos 55 anos razão entre homens e mulheres é de 51 Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 18 Fortemente associados a mutações que resultam em aumento da sinalização pela via Wnt, incluindo mutações de perda de função no gene supressor de tumor da polipose adenomatosa familiar APC e mutações de ganho de função no gene codificador da β-catenina Manifesta como uma massa elevada com bordas elevadas e ulceração central. A profundidade de invasão e a extensão das metástases nodais e a distancia, no momento do diagnostico, continuam sendo indicadorespoderosos do prognostico do câncer gástrico A invasão local no duodeno, no pâncreas e no retroperitônio é comum Tratamento Cirurgia quando possivel quimioterapia, radioterapia cuidados paliativos Lesões precursoras de Câncer Gástrico Sequencia correa) Gastrite crônica atrófica → metaplasia intestinal→ displasia → carcinoma. Linfoma Ocorre mais comumente no TGI, principalmente no estômago Os linfomas de células B podem surgir em locais de MALT (gastrite crônica.) que ja existem, como as placas de Peyer do intestino delgado, porém desenvolvem-se mais comumente em tecidos desprovidos de tecido linfoide organizado Os MALTomas podem transformar-se em tumores mais agressivos, que são histologicamente idênticos aos linfomas difusos de grandes células B. Com frequência, isso está associado a outras alterações genéticas, como inativação dos genes supressores de tumor que codificam p53 e p16. Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 19 Classificação de Sakita Sistemática para descrever e categorizar as úlceras gástricas com base em suas características endoscópicas e nas diferentes fases do ciclo evolutivo da úlcera A1 Active) A lesão geralmente tem bordas planas e nítidas, fundo com fibrina e por vezes restos necróticos. A2 Active) As bordas tornam-se bem definidas, às vezes elevadas, tomando forma mais nítida, fundo com fibrina espessa e clara. H1 Healing) A fibrina torna-se mais tênue, inicia-se discreta convergência de pregas, com hiperemia marginal. H2 Healing) Notam-se ilhas de tecido de regeneração, com convergência nítida de pregas e intensa hiperemia marginal. S1 Scar) Inicia-se a formação de uma cicatriz vermelha com reação inflamatória adjacente residual. S2 Scar): resolução do quadro com formação de cicatriz branca, com retração adjacente variável Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 20 INSTESTINO Anomalias Congênitas Atresia, fístulas e duplicações Qualquer lugar do TGI Descobertas pouco depois do nascimento, geralmente devido regurgitação do alimento Geralmente incompativél com a vida se não houver reparo cirúrgico Atresia Significa a ==Oclusão== de natureza congênita, ==completa ou parcial==, de um orifício ou qualquer canal natural No esofago 1 a 5 lactantes por 10mil nascidos vivos A Atresia== → não há desenvolvimento de um segmento do esôfago, deixando apenas um fino cordão não canalizado, com consequente obstrução mecânica Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 21 B Fístula Traqueoesofágica e Atresia== → na bifurcação traqueal ou próximo a ela e, em geral, está associada a uma fístula, que conecta os segmentos esofágicos superior ou inferior a um brônquio ou à traqueia C Fístula Traqueoesofágica sem atresia== → pode ocorrer fístula sem atresia Qualquer uma dessas 3 podem levar a ==aspiração, sufocamento, pneumonia e desequilíbrios hidroeletrolíticos graves== As anormalidades do desenvolvimento esofágico estão associadas a uma variedade de anormalidades congênitas incluindo: VACTERL são malformações com defeitos: vertebrais, anais, cardíacos, traqueoesofágica, renais membros TACRD é agenesia ou atresia: traqueal anormalidades cardíacas congênitas complexas, defeitos do raio radial atresia duodenal Outras anormalidade que acometem o coração, pulmões, grandes vasos, trato geniturinário e ânus (destaca-se o ânus imperfurado devido não involução da membrana cloacal) Estenose Forma incompleta da atresia, em que a luz apresenta calibre bastante reduzido devido espaçamento fibroso da parede Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 22 pode ser congênita ou adquirida devido cicatrização causada pelo refluxo crônico, irradiação, esclerose sistêmica ou lesão cáustica. Mais chance de acometer esôfago e intestino delgado devido seu menor calibre Hérnia diafragmática, onfalocele e gastrosquise Hernia diafragmática Quando a formação incompleta do diafragma gera a protusão das vísceras abdominais para dentro da cavidade torácica (geralmente do lado esquerdo) Quando grave, pode levar a hipoplasia pulmonar potencialmente fatal Onfalocele Quando o intestino extraembrionário não volta pra cavidade abdominal e o fechamento da musculatura abdominal é incompleto. Consequentemente Protusão ventral das vísceras abdominais dentro de uma membrana coberta por âmnio e peritônio, separada por geleia de Wharton. (fígado incluso) Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 23 Está associada a outros defeitos congênitos como anormalidade cromossômicas Gastrosquise Ao contrário da onfalocele, a gastrosquise vai acometer todas as camadas da parede abdominal Peritônio até pele Limita-se ao intestino e ocorre como defeito isolado, sem outras anormalidades Incidência vem aumentando provavelmente devido fatores ambientais (tabagismo e exposição a substancias químicas agrícolas) Hérnias Protrusão de uma bolsa de peritônio revestida de serosa devido enfraquecimento ou defeito da parede abdominal Hérnias inguinais são mais frequentes Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 24 Causa mais frequente de obstrução intestinal em todo o mundo Parte que podem sofrer protusão (podem ficar apresionados) Intestino delgado Omento Intestino grosso A pressão exercida no colo da bolsa pode comprometer a drenagem venosa da víscera aprisionada Resultando em extase e edema, que aumentam o volume da alça dentro da hernia oq leva ao : Aprisionamento permanente Comprometimento arterial e venoso Infarto Aderências Processo de cicatrização de procedimentos cirurgicos, infecções e outras coisa que geram inflamação, que podem criar alças entre os segmentos do intestino Outros orgãos podem ficar presos, gerando uma herniação interna Consequencias: as mesmas da hernia externa Vólvulos Quando uma alça intestinal sofre torção em torno de seu próprio ponto de fixação, levando a um comprometimento vascular e luminal Resulta em obstrução e infarto Ocorre frequentemente com: Colon sigmoide Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 25 Ceco Int. delgado Estômago Raramente Cólon transverso Geralmente passa despersebido, oq piora o prognóstico Intuscepção Parte do intestino vai entrar (envaginação) dentro de outra parte do intestino consecutiva, devido uma onda de peristaltismo Se não tratado, pode causar obstrução, compressão dos vasos mesentéricos infarto causa mais comum de obstrução intestinal em crianças com idade inferior a 2 anos Incomum em crianças de mais idade e em adultos e, em geral, é causada por uma massa ou tumor intraluminal Diagnóstico e tratamento de casos idiopáticos em lactantes e crianças pequenas Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 26 Enemas contrastados (exame de imagem com contraste) Enemas de ar também podem ser utilizados para a redução da intussuscepção. Se tiver massa, deve ter intervenção cirurgica Doença celíaca Doença obstrutiva Atrofia de vilosidades, hiperplasai de criptas e aumento de TCD8 Disturbio imunomediado devido ingestão de gluten Ocorre em indivíduos com predisposição genética (possuem HLA Mais comum entre 30 e 60 anos Patogenia (básico) A gliadina do gluten, vai resistir à digestão a glidina vai entrar no epitélio e ser desaminada pela tTG A glidina desaminado vai ser apresentada para o Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 27 TCD4 pelo HLA O TCD4 vai gerar resposta inflamatória por citoncinas na célula epitelial A célula epitelial vai liberar IL15, IL15 vai ativar mais TCD8, aumentando a inflamação e degradando o epitélio Pode ser assintomática, mas se sintomática, pode apresentar: diarreia crônica distensão fadiga crônica anemia Tratamento dieta isenta de glúten Diagnóstico Biópsia do jejum proximal e segunda porção duodenal Sorológico (presença de IgA contra a transglutaminase tecidual)[ Complicações Maior risco de neoplasia maligna Geralmente linfoma de células T associado à enteropatia ou Fisiopatologia Trato Gastrointestinal28 adenocarcinoma do intestino delgado Quando há sintomas como dor abdominal, diarreia e perda de peso, apesar de uma dieta estrita sem glúten, é preciso considerar a possibilidade de câncer ou de espru refratário Doença de Crohn Condição inflamatória que acomete mais comumente o íleo terminal, a válvula ileocecal e o ceco Principais teorias do q causa a doença Teoria principal disfunção imunológica Fator genético Flora bacteriana Sintomas (podem ser interrompidos por períodos assintomáticos de várias semanas a muitos meses de duração, retonrando devido fatores externos) Maioria dos pacientes Crises intermitentes de diarreia leve Febre Dor abdominal 20% das manifestações agudas Dor em QID Febre Diarreia sanguinolenta Fatores de risco e que promovem a reativação Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 29 estresse físico ou emocional, produtos dietéticos específicos tabagismo. Complicações Doença colonica: Anemia ferroprivia (devido perda de sangue) Doença extensa do intestino delgado Hipoalbuminemia Má absorção de nutrientes Vitamina B12 Sais biliares. Estenoses fibrosantes (geralemnte no ileo terminal) precisa de cirurgia (em 40% dos casos, a doença volta e os pacientes devem fazer uma nova cirurgia ainda antes dos 10 primeiros anos Podem ocorrer o desenvolvimento de fístulas entre as alças do intestino, que também podem acometer a bexiga, a vagina e a pele abdominal e perianal. A perfuração e os abscessos peritoneais são comuns. Tratamentos Não tem cura) agentes anti-inflamatórios, como salicilatos; agentes imunossupressores, como corticosteroides; e terapias biológicas, como anticorpos anti-TNF. Manifestações extraperitoniais nódulos cutâneos formados por granulomas, uveíte, poliartrite migratória, sacroileíte, espondilite anquilosante, Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 30 eritema nodoso, granulomas cutâneos baqueteamento das pontas dos dedos das mãos Colite ulcerativa A colite ulcerativa está intimamente relacionada com a doença de Crohn, porém o comprometimento intestinal limita-se ao cólon e ao reto Teoria do que pode causar 1° Enterite induz uma ativação imune da mucosa e desencadeia alterações microbianas que levam à colite ulcerativa em indivíduos suscetíveis 2° - estresse psicológico 3° - após o abandono do tabagismo (nesses casos fumar pode aliviar parcialmente os sintomas) Manifestações extra intestinas (sobrepoem a de crohn) Poliartrite migratória sacroileíte espondilite anquilosante uveíte lesões cutâneas Tratamento Muitos dos tratamentos que são efetivas na doença de Cronh (principalmente anticorpos anti-TNF Sintomas Crises de diarreia sanguinolenta com material mucoide pegajoso, dor no andar inferior do abdome cólicas que são temporariamente aliviadas pela defecação Cura Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 31 A colectomia cura efetivamente a doença intestinal na colite ulcerativa, porém as manifestações extraintestinais podem persistir. Adenocarcinoma Principal causa de morbidade e mortalidade no mundo Intestino delgado q é 75% do TGI é um local incomum de neoplasias) O adenocarcinoma colorretal é responsável por quase 10% de todas as mortes por câncer em todo o mundo Fatores Dietéticos de Risco Baixa ingestão de fibras vegetais não absorvíveis e alto consumo de carboidratos refinados e gorduras. Acredita-se que isso altere a microbiota intestinal, aumentando a produção de subprodutos tóxicos e carcinógenos. Prevenção Ácido acetilsalicílico e outros AINEs têm efeito protetor. Suspeita-se que o efeito seja mediado pela inibição da enzima COX2, que está altamente expressa em 90% dos carcinomas colorretais Distribuídos igualmente ao longo do cólon. Cólon Proximal (lado direito): Frequentemente crescem como massas polipoides exofíticas, raramente causam obstrução. Cólon Distal (lado esquerdo): Tendem a ser lesões anulares, produzindo constrições em "anel de guardanapo" e estreitamento luminal, podendo causar obstrução. Patogênese Está ligado a inativação de APC, mutações ativadores de KRAS e mutações em genes supressores de tumor como SMAD2, SMAD4 e TP53 Instabilidade de MSI, associada a defeitos no reparo de mau pareamento do DNA Sintomas Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 32 Cólon proximal (devido à anemia ferropriva) Fadiga fraqueza Cólon distal Sangramento oculto, alterações no hábito intestinal, cólicas desconforto no quadrante inferior esquerdo. Fatores Prognósticos Os dois mais importantes são a profundidade da invasão e a presença de metástases para linfonodos. A invasão na muscular própria e a metástase linfonodal reduzem significativamente a sobrevida. Metástases à distância mais comuns: Fígado (devido à drenagem portal do cólon), pulmões e ossos. Sobrevida em 5 anos Varia globalmente, de 90% (estágio inicial) a 40% (estágios avançados) Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 33 PANCREAS Pacreatite aguda Lesão reversível e inflamação do parênquima pancreático devido liberação e ativação inadequadas das enzimas pancreáticas q destroem o tecido pancreático Causas (doença do sistema biliar e o alcoolismo, são oq mais causam) Alcool Obstrução Secreção de líquido pancreático rico em proteínas, que tende a formar tampões espessos de proteína, Dano nas células acinares O estresse induzido pelo alcool vai liberar proenzimas intracelulares e hidrolases lisossômicas Calculos biliares A obstrução aumenta a pressão ductal intrapancreática e leva a uma isquemia, ativando a lipases Fibrose cística Na fibrose cística, a principal alteração é um defeito na proteína CFTR. Essa proteína é um canal de cloro que regula o movimento de íons e água para fora das células. Quando ela não funciona corretamente, as secreções em várias partes do corpo ficam espessas e pegajosas No caso da pancreatite, as secreções pancreáticas ficam mais espessas e com menor teor de água gerando obstrução e por consequinte autofagia Lesão vascular Infecções Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 34 Sintomas Dor abdominal constante, intensa e referida na parte superior ou média das costas e, em certas ocasiões, no ombro esquerdo (principal) anorexia, náuseas vômitos Diagnóstico Níveis plasmáticos elevados de amilase e lipase nas primeiras 4 a 12 horas após o início da dor. Pancreatite aguda grave é emergência médica Pode apresentar leucocitose, coagulação intravascular disseminada edema síndrome da angústia respiratória aguda. Pode ocorrer choque, devido à síndrome da resposta inflamatória sistêmica necrose tubular renal aguda. Tratamento (repouso do pancreas) Eliminação total de ingestão oral Terapia de suporte com fluidos intravenosos e analgesia. 5% daqueles que apresentam pancreatite aguda grave morrem na primeira semana da doença Pancreatite crônica Inflamação prolongada do pâncreas associada à destruição irreversível do parênquima exócrino, fibrose e, nos estágios avançados, perda do parênquima endócrino Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 35 Causa Uso de alcool a longo prazo (mais comum) alimentação em excesso uso de opiáceos e outros fármacos que aumentam o tônus do esfíncter de Oddi Obstrução prolongada do ducto pancreático por cálculos ou neoplasias Lesão autoimune Fatores hereditários, conforme discutido anteriormente; até 25% dos casos de pancreatite crônica têm uma base genética Patogênese Ocorre após episódios repetidos de pancreatite aguda que acabou levando à perda do parênquima exócrino e à fibrose devido mediadores inflamatórios Sintomas (silenciosa em alguns pacientes) crises repetidas de dor abdominal leve a moderadamente intensa dor persistente na região abdominal e nas costas. Diagnóstico A perda das células acinares pode ser tão grande a ponto de eliminar esse indício diagnóstico Exige um alto grau de suspeita Visualização de calcificações no pâncreas por TC e ultrassonografia pode ser de grande utilidade. A perdade peso (devido à insuficiência pancreática exócrina e à má absorção) edema (secundário à hipoalbuminemia) Adenocracinoma Pancreatico Epitélio dos grande ductos 85 a 90 % dos tumores do órgão Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 36 Masculino, 60 aos 80 anos Mais comum em negros e em países desenvolvidos Local mais comum cabeça do pâncreas (ducto pancreatico principal) Clinica Dor abdominal 50% Perda de peso 50% Icterícia obstrutiva 20% Metástases linfonodais Peripancreáticos e mesentéricos) Hematogênica Fígado, pulmões, supra-renais, rins, ossos, cérebro e pele. Fisiopatologia Trato Gastrointestinal 37