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1 Centro Universitário Facvest – UNIFACVEST Pedagogia Dara Iohana Carpes Ramos Inclusão Escolar: Promovendo Uma Educação Para Todos. Osório 2024 2 RESUMO A pesquisa aqui apresentada tem como tema a educação inclusiva, baseado na inclusão de alunos com deficiência em contextos escolares. A seguinte pesquisa tem como objetivo compreender um pouco mais sobre os aspectos de educação inclusiva, falar sobre a educação inclusiva de um modo geral citando sobre as leis que regem tal direito e citar a importância do acolhimento escolar para as crianças com deficiência. Sendo assim, a problemática abordada na pesquisa será: como as escolas estão se preparando para trabalhar com a educação inclusiva? É importante quando se chega a um lugar ser bem recebido, for auxiliado de forma correta, é assim que o aluno com deficiência gostaria de ser tratado na escola, ou seja, ter um atendimento apropriado para ele é dessa forma a educação inclusiva deve receber esses alunos. Para essa pesquisa foi necessário dias em campo de trabalho e algumas conversas com professores, equipe diretiva e alguns pais do ambiente escolar. As leis foram feitas a partir de que a educação deve ser igual para todos, pois todos têm o direito de aprender e conviver em sociedade. Os profissionais que trabalham nesta área devem ser capacitados e muito respeitados, pois são eles que ajudam no processo de aprendizagem desses alunos, é preciso que as escolas estejam bem equipadas, que haja salas e materiais para se obter uma melhor aprendizagem, que a diversidade seja trabalhada com respeito, pois é fundamental dentro do espaço escolar. Por fim, conclui-se que, a educação inclusiva procura responder às necessidades de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos transformando os sistemas educacionais, priorizando ações de ampliação da educação infantil, programas para a formação de professores e organização de recursos e serviços pedagógicos, fazendo crescer o direito daqueles que apresentam deficiência no processo educacional, exigindo mudanças na formação de professores e planejamento adaptados para efetivar a educação inclusiva, oferecendo alternativas de atendimento, de forma a estruturar uma nova forma de olhar a Educação, onde acaba por criar uma escuta mais precisa de cada criança. Palavras-chave: Educação Inclusiva. Escola. Estudante com Deficiência. ABSTRACT 3 The research presented here has as its theme inclusive education, based on the inclusion of students with disabilities in school contexts. The following research aims to understand a little more about the aspects of inclusive education, talk about inclusive education in general, citing the laws that govern this right and mention the importance of school support for children with disabilities. Therefore, the problem addressed in the research will be: how are schools preparing to work with inclusive education? It is important when you arrive at a place to be well received, to be helped correctly, this is how students with disabilities would like to be treated at school, that is, to have appropriate care for them, this is how inclusive education should receive these students. This research required days in the field and some conversations with teachers, the management team and some parents in the school environment. The laws were made based on the idea that education must be equal for everyone, as everyone has the right to learn and live in society. The professionals who work in this area must be trained and highly respected, as they are the ones who help in the learning process of these students. It is necessary that schools are well equipped, that there are rooms and materials to obtain better learning, that diversity is worked with respect, as it is fundamental within the school space. Finally, it is concluded that inclusive education seeks to respond to the learning needs of all children, young people and adults by transforming educational systems, prioritizing actions to expand early childhood education, teacher training programs and organization of resources and services pedagogical, increasing the rights of those with disabilities in the educational process, demanding changes in teacher training and adapted planning to implement inclusive education, offering service alternatives, in order to structure a new way of looking at Education, which ends up creating more accurate listening to each child. Keywords: Inclusive Education. School. Student with Disabilities. 1 INTRODUÇÃO 4 O presente trabalho está baseado na área de concentração Educação Inclusiva, e seu tema escolhido foi: inclusão de alunos com deficiência em contextos escolares. Esse sistema pedagógico garante que todas as crianças sejam respeitadas e se sintam parte do todo. Lidar com as diferenças, é algo que qualquer sociedade precisa fazer, afinal nenhum indivíduo é igual ao outro, pessoas com deficiência tem algum tipo de impedimento, seja de natureza física, sensorial ou mental e muitas vezes são estigmatizadas. Por isso a inclusão é um processo de mudança, que está cada vez mais urgente e tão importante. A escola é o embrião da sociedade, e é o primeiro lugar onde esta transformação precisa acontecer. Partindo desse pressuposto, de que a escola é muito importante para a formação social, tornou-se peculiar a seguinte questão: Como as escolas estão se preparando para trabalhar com a inclusão? A seguinte pesquisa tem como objetivo compreender um pouco mais sobre os aspectos de educação inclusiva, falar sobre a educação inclusiva de um modo geral citando sobre as leis que regem tal direito e citar a importância do acolhimento escolar para as crianças com deficiência. Assegurando que é no convívio que as crianças ampliam sua visão de mundo, desenvolvendo empatia, respeito, engajamento e muito mais. Diante disso, o seguinte trabalho será estruturado da seguinte forma: será escrito sobre a educação inclusiva, seguido de leis que regem tal direito, da onde vem e seus devidos fundamentos, após será relatado sobre a escola e a inclusão, partindo do pressuposto das condições ao qual a escola está para receber a educação inclusiva, um pouco sobre o conceito de diversidade e a importância do mesmo ao ser trabalhado na escola. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: 5 2.1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA Entender a formação da criança desde o início de sua vida, e numa formação que a preocupação central é de que e como que a gente faz, pensando em educação inclusiva para formar pessoas que tem uma abertura e uma disponibilidade, para se relacionar com as pessoas diferentes. Vivemos em uma sociedade extremamente competitiva, onde o tempo inteiro cada um de nós tem que lutar para sobressair mediante discriminação em geral, daquele que é diferente vira um alvo privilegiado de preconceito nas relações sociais. Os alunos com deficiência necessitam de uma atenção maior, ou seja, de profissionais atualizados e que estão aptos a lidar com esses tipos de diferenças. Por isso, aquele professor ou profissional deve buscar auxílio com outro profissional, se especializar em cursos que o atualizem ou que lhe preparem melhor. Tratando assim Sanchez (2005, p.12) nos afirma: Esta visa apoiar as qualidades e necessidades de cada um e de todos os alunos da escola. Enfatizando a necessidade de se pensar na heterogeneidade do alunado como uma questão normal do grupo / classe e pôr marcha um delineamento educativo que permita aos docentes utilizar os diferentes níveis instrumentais e atitudinais como recursos intrapessoais e interpessoais que beneficiem todos os alunos. Nas escolas brasileiras, existe uma proposta de inclusão referentes a alunos especiais juntamentecom as demais crianças no mesmo ambiente de aprendizagem, ou seja, educação inclusiva, uma mistura de culturas e diversidades, mas que ainda sim é um processo delicado e que vem sofrendo transformações conforme sua aceitação. Segundo MEC (2006 apud BERSCH, p. 132-133): A educação inclusiva, a partir do reconhecimento e valorização da diversidade como fator de enriquecimento do processo educacional, tem provocado mudanças na escola e na formação docente, propondo uma reestruturação da escola que beneficie a todos os alunos. A organização de uma escola para todos prevê o acesso à escolarização e o atendimento às necessidades educacionais especiais. As pessoas que apresentam diferenças na sua forma de ser precisam ser aceitas assim como elas são, o que se deve buscar é dar respostas para que essas pessoas possam de verdade aprender. 6 A inclusão chega e trás a necessidade de transformação do espaço, por isso foi preciso que se instrumentalizasse o espaço da escola, para que o mesmo passe a dar esta resposta. O processo de inclusão vem sendo um tema de rotina em diversas escolas, tanto para os professores, quanto para os alunos e até mesmo para os pais ou responsáveis que também fazem parte deste processo. Levando em consideração a Legislação Brasileira, devemos ressaltar o processo de inclusão escolar, o ECA – Estatuto da Criança e Adolescente e a LDB – 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, esses são documentos que esclarecem o direito, à igualdade, o respeito e o acesso à escola para todos. De acordo com UNESCO (1994): As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas necessidades de seus alunos, acomodando tanto estilos como ritmos diferentes de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias como a comunidade (...) Dentro das escolas inclusivas, as crianças com necessidades educacionais especiais deveriam receber qualquer apoio extra que possam precisar, para que se lhes assegure uma educação efetiva (...) As crianças com deficiência são os principais autores da Educação Inclusiva, ou seja, são eles que fazem com que o ambiente escolar seja expandido e se abra para coisas novas. São inúmeras as deficiências encontradas nas crianças, a educação inclusiva recebe essas crianças com intuito delas se sentirem bem, se sentirem à vontade e que possam também ser criadoras de suas próprias histórias. Cada deficiência tem o seu conceito e sua causa pode-se então ressaltar as mais comuns, entre elas: síndrome de Down, deficiência auditiva, deficiência visual e cadeirantes que se incluem nas pessoas com deficiência física. Essas crianças exigem do profissional de educação uma responsabilidade maior em relação às atividades propostas, pois o objetivo da educação inclusiva é de manter a igualdade, ou seja, o mesmo direito de aprender, porque o aluno com deficiência também pode aprender as mesmas coisas que os outros, mas de sua forma adaptada. 7 Conforme a Resolução CNE/CBE nº. 2 de 11 de setembro de 2001 que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, a educação especial, um dos elementos de atuação da inclusão escolar, é entendida como: [...] um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica. (BRASIL, 2001, p. 01). Deste modo, a inclusão escolar visa dar condições para que estes alunos com necessidades especiais possam exercer seus direitos como qualquer outro cidadão. Os direitos relativos à educação assim como das demais áreas sociais estão garantidos nas legislações vigentes. A educação está adequada e adaptada às condições e ritmos especiais do aluno. Atualmente, discute-se muito sobre inclusão escolar, formas de construir um ambiente acolhedor em sala de aula em que não haja espaço para preconceitos e discriminações, porém, nem sempre foi assim. Por muito tempo perdurou o entendimento de que a educação especial, organizada de forma paralela à educação comum, seria a forma mais apropriada para o atendimento de estudantes que apresentavam deficiência ou que não se adequassem à estrutura rígida dos sistemas de ensino. (BRASIL, 2008, p. 10). Este pensamento marcou o percurso da educação especial por um longo período, fazendo com que estudantes com deficiência recebessem uma educação separada dos demais. Todavia, hoje se sabe que isolar pessoas com necessidades especiais não é o melhor caminho para o desenvolvimento das mesmas e que dificulta sua posterior integração em sociedade. Conforme a Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), foi somente em 1994 com a Declaração de Salamanca que a ideia da inclusão foi mais precisamente levantada. Esta Declaração revelou um novo olhar sobre a temática da educação especial, defendendo que as escolas regulares com orientação inclusiva representam os caminhos mais eficazes de combater a discriminação e que estudantes com deficiência e altas habilidades deveriam ter acesso à escola regular. Desde então, os discursos sobre inclusão, sobre aprender com a diferença e sobre diferentes ritmos de aprendizado foram ganhando força, sendo alvo de leis, 8 decretos e pareceres. Os resultados destas discussões estão expressos nos mais variados documentos oficiais vigentes atualmente. Na Constituição Federal (BRASIL, 1988), por exemplo, a educação é vista como um direito de todos, visando o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para a cidadania e qualificação para o trabalho. Também estabelece como um dos princípios do ensino a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, deixando claro o direito igualitário de todos à educação, assim como atribui ao Estado o dever de realizar o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência de preferência na rede regular de ensino. A atribuição de incluir estudantes com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino exige a presença de professores capacitados para fazer com que a inclusão ocorra de fato e que este estudante tenha condições de desenvolver-se plenamente conforme suas capacidades e limitações. Este pensamento é defendido nas Diretrizes Nacionais de Educação Especial (BRASIL, 2001, p. 02) que estipulam às escolas proverem ‟ professores das classes comuns e da educação especial capacitados e especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades educacionais dos alunos”. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394 de 1996 (BRASIL, 1996) também trouxe diversas contribuições para a temática da inclusão. Uma delas foi encarar o atendimento educacional especializado como transversal a todos os níveis de ensino, etapas e modalidades. Além disso, determinou como incumbência dos sistemas de ensino assegurar currículos, métodos, técnicas, recursos e organização específicos perante as necessidades dos educandos e a possibilidade de terminalidade específica para os que não conseguirem atingir os níveis exigidos para o término do ensino fundamental. Igualmente determinou a presença de professores especializados e capacitados, incluindo também uma educação para o trabalho, visando à efetiva integração na vida em sociedade e acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares. Em contraposição a todas as determinações e idealizaçõespresentes nas legislações e documentos oficiais, na prática a inclusão nem sempre acontece, fazendo com que os alunos com necessidades especiais sejam literalmente jogados em uma sala de aula, sem nenhuma preparação antecipada e organização específica, contribuindo para que os mesmos não se sintam incluídos e não consigam desenvolver-se como o esperado. Este dilema também é ressaltado por Melo, Lira e Facíon (2012, p.60): 9 Certamente que os princípios emanados pelas políticas inclusivas constituem um passo à frente na conquista de uma sociedade igualitária e de uma escola mais democrática. Todavia, a realização total dessas metas está, no momento, distante, pois convivemos com uma realidade de ensino carente de recursos (materiais e humanos), com professores desmotivados por inúmeras causas (formação inadequada, baixos salários, péssimas condições de trabalho...) e com um crescente número de alunos que abandonam o ensino escolar ainda nas séries iniciais. Sob uma perspectiva geral, pode-se notar que a figura do professor está presente em todos os processos que envolvem a prática de inclusão na escola, inclusive nos problemas relacionados à execução da mesma, ‟[...] o professor deve ser considerado uma peça fundamental desse movimento já que é por intermédio de suas ações educativas que a inclusão pode ser efetivada” (LEVY; FACION, 2012, p. 152). Desta maneira, preparar melhor os profissionais da educação, além de melhores condições de trabalho parece ser um passo em direção à melhoria do ensino como um todo e consequentemente, da prática inclusiva. As Crianças com Deficiência são os principais autores da Educação Inclusiva, ou seja, são eles que fazem com que o ambiente escolar seja expandido e se abra para coisas novas. São inúmeras as deficiências encontradas nas crianças, a educação inclusiva recebe essas crianças com intuito delas se sentirem bem, se sentirem à vontade e que possam também serem criadoras de suas próprias histórias. Essas crianças exigem do profissional de educação uma responsabilidade maior em relação às atividades propostas, pois o objetivo da educação inclusiva é de manter a igualdade, ou seja, o mesmo direito de aprender, porque o aluno com deficiência também pode aprender as mesmas coisas que os outros, mas de sua forma adaptada. 2.2 ESCOLA E INCLUSÃO O sistema de ensino deve ser inclusivo a partir do momento em que ele oferece o atendimento educacional especializado ao estudante que tem uma especificidade, uma necessidade que deve ser atendida. 10 A partir do momento em que o estudante entrar no ambiente escolar, vai requerer daquele local certa organização, como por exemplo: se o aluno é cadeirante, ele vai precisar de uma rampa para chegar a certos lugares na escola, então é necessário que a equipe diretiva da escola saiba quais os documentos e normativas que promovam o acesso para o aluno naquele ambiente escolar. Rossetto nos diz que: A inclusão é um programa a ser instalado no estabelecimento de ensino a longo prazo. Não corresponde a simples transferência de alunos de uma escola especial para uma escola regular, de um professor especializado para um professor de ensino regular. O programa de inclusão vai impulsionar a escola para uma reorganização. A escola necessitará ser diversificada o suficiente para que possa maximizar as oportunidades de aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais (2005, p. 42). E para isso é importante, conhecer e informar tanto a equipe pedagógica e a comunidade, de que aquela escola oferece em seu Projeto Político Pedagógico (PPP) uma ideia de inclusão, ou seja, a partir daí ela passa a ser uma escola inclusiva, pois se organiza na preparação de eliminar todas as barreiras, seja ela as atitudinais, arquitetônicas, de uma prática pedagógica que realmente venha atender as necessidades individuais de cada estudante com deficiência, altas habilidades e superdotação, porque cada um tem sua especificidade, sua singularidade, esses alunos requerem do próprio contexto escolar uma organização em sua proposta pedagógica, ações que atendam a essas necessidades. A escola não pode tudo, mas pode mais. Pode acolher as diferenças. É possível fazer uma pedagogia que não tenha medo de estranheza, do diferente, do outro. A aprendizagem é destoante e heterogênea. Aprendemos coisas diferentes daquelas que nos ensinam, em tempos distintos, (...) mas a aprendizagem ocorre sempre. Precisamos de uma pedagogia que seja uma nova forma de se relacionar com o conhecimento, com os alunos, com seus pais, com a comunidade, com os fracassos (com o fim deles), e que produza outros tipos humanos, menos dóceis e disciplinados. ABRAMOWICZ (1997, p. 89) Por tanto o sistema deve ser um sistema educacional inclusivo, mas a escola também deve trabalhar diariamente para que ela possa ser este modelo, aquela que assegura o acesso à matrícula, desenvolve ações para que o aluno participe e para que o aluno possa ter uma cultura inclusiva naquela escola, ou seja, mudar a cultura da escola para uma cultura “na” escola. Pois só assim teremos uma sociedade escolar mais inclusiva. 11 2.3 A NECESSIDADE DE IMPLANTAÇÃO DAS SALAS MULTIFUNCIONAIS NA REDE REGULAR DE ENSINO De acordo com os números das últimas edições do Censo Escolar, a educação da grande maioria das crianças portadoras de necessidades especiais tem se dado nas escolas regulares, conforme MONROE (2010), “seis em cada dez alunos nessa condição estão matriculados em salas comuns- em 2001, esse índice era de apenas dois em cada dez estudantes”. É um aumento significativo e positivo para a Educação Inclusiva, pois até então, esses alunos tinham sua educação realizada, na maioria, nas chamadas escolas especiais, sendo então privados do convívio social. No Brasil, houve, na década de 60, uma explosão de instituições segregativas especializadas, eram as escolas especiais, centros de reabilitação, oficinas protegidas, entre outras. Esta expansão da educação especial no Brasil estava ligada ao atendimento clínico às pessoas com necessidades especiais, e apresentavam um caráter filantrópico em suas atividades. (SILVEIRA; NASCIMENTO, 2013, P. 7) Sabemos, porém, que não basta apenas integrar o aluno com necessidades especiais nas classes regulares, é preciso que haja a inclusão de fato, que “garante o acesso, a permanência e a efetiva participação em prol da educação para a diversidade. Considera as necessidades de todos os alunos.” (SILVEIRA; NASCIMENTO, 2013, P.10) As salas multifuncionais, também chamadas de salas de AEE (Atendimento Educacional Especializado), são importantes para dar suporte ao trabalho do professor titular da classe comum e não como substituição às mesmas. Diferentemente do trabalho realizado nas escolas especiais, onde o foco era o atendimento clínico, o que se desenvolve nas salas de AEE, é o atendimento pedagógico, feito por um professor especializado em educação inclusiva. Vejamos alguns exemplos de atividades realizadas nas salas de AEE: estudantes cegos aprendem braile para leitura; alunos surdos estudar Libras para se beneficiar do intérprete em sala; crianças com deficiência intelectual utilizam jogos que complementam a aprendizagem e jovens com paralisia descobrem como usar uma prancheta de figuras com ações como “beber água” e “ir a banheiro”, apontando-as sempre que necessário. Para que as salas multifuncionais de AEE tenham um resultado positivo no processo de ensino- aprendizagem dos alunos, é necessário então, que seu trabalho não seja 12 realizado de forma isolada, ou seja, o professor titular da classe regular e o professor especializado devem se manter em permanente contato para ajustar as atividades e alcançar os objetivos traçados. 2.4 OS BENEFÍCIOS DAS SALAS MULTIFUNCIONAIS NO DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS PORTADORES DENECESSIDADES ESPECIAIS Como já dito, a presença de crianças portadoras de necessidades especiais é uma realidade nas escolas e classes regulares, porém se faz necessário ir além das simples garantia de acesso desses alunos às escolas, é preciso garantir que eles se sintam acolhidos como parte do grupo, e que se desenvolvam social, afetiva e cognitivamente, ocorrendo assim a inclusão escolar a que esses alunos têm direito. Para isso precisa-se entender que “a inclusão também é processo, implicando em dinamismo, mudanças de atitudes e muitas reflexões em torno de sua operacionalização, na escola e na sociedade” (CARVALHO, 1998, p.161). As salas de recursos multifuncionais surgem como essas mudanças na operacionalização da inclusão, na medida em que oferecem não somente um suporte, um apoio ao professor titular da classe regular, mas também instrumentos para que esses alunos possam desenvolver ainda mais suas capacidades, estando assim mais preparados para acompanhar seus colegas ditos normais. O aluno que apresenta a necessidade de frequentar essas salas multifuncionais deve fazê-lo em turno inverso ao que frequenta a classe regular, garantindo assim uma atenção específica à sua dificuldade sem deixar de conviver, de estarem incluídos aos demais colegas fortalecendo os vínculos e relações sociais também tão importantes para seu desenvolvimento. 2.5 A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR A DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO A escola é um espaço onde a diversidade se encontra com uma finalidade em comum, o ensino e a aprendizagem, sendo tal espaço multicultural e social, cada aluno é único e traz consigo uma história, uma forma de ver o mundo, o que envolve diversos aspectos que ao se encontrarem no espaço escolar se forem ignoradas podem gerar muitos conflitos e exclusão. Cabe a escola, agregar a diversidade, valorizar as diferenças culturais e raciais. 13 A partir disso ponderamos na escola a responsabilidade de reconhecer e valorizar os sujeitos negados,tornando possível o respeito às diferenças.Todavia, o desafio de articular currículos e conteúdos a uma prática para a diversidade pode parecer uma tarefa complexa para alguns professores. (BARBOSA; FRANCA;SILVA;OFFICIAL;2014P.125) O modelo de escola que tivemos até pouco tempo ignorava essa questão da diversidade de forma que os alunos eram moldados a uma metodologia e a uma cultura dominante. Diante da realidade torna-se mister o cuidado com postura do profissional da educação, em especial aquele que está diariamente com aluno colaborando ( positivamente) ou não para a construção da sua identidade, essa identidade implica uma relação com as diferenças,(BARBOSA,FRANÇA,SILVA,OFFIAL, 2014 P. 18) Trabalhar essas culturas, essas questões valorizando a diversidade é de grande importância, pois quando o aluno se sente incluído e se identifica com o ambiente escolar o seu aprendizado torna-se mais significativo, sendo assim envolvidos no sistema e no processo de ensino e aprendizagem. Nosso país é formado por uma grande diversidade de culturas, de raças e religião, diferenças estas que caso não sejam valorizadas e trabalhadas desde os primeiros anos escolares, podem gerar conflitos e até mesmo a exclusão dos alunos tidos como diferentes. Sabemos que, o ensino deve ser significativo para o indivíduo, que ele deve ver-se refletido no ensino que recebe, e não é apenas uma questão de bom senso das escolas e professores, está garantido por lei, que a diversidade cultural e racial deve ser respeitada e trabalhada nos conteúdos escolares sem que haja tratamento de uma forma de cultura em detrimento da outra. O caminho para uma educação de qualidade que prepare os indivíduos para serem cidadãos atuantes e críticos passa pelo respeito às diferenças. Vivemos em uma sociedade multicultural, étnica e racial, o que nos leva diariamente a conviver com as diferenças, e essa relação destaca-se no ambiente escolar onde toda essa diferença se encontra. A escola, como espaço que abriga essas diferenças, também tem a função de preparar esses indivíduos para serem cidadãos, para darem continuidade a seus estudos e ocuparem seus lugares na sociedade. O respeito à diversidade torna-se então, fundamental dentro do espaço escolar desde os primeiros anos, para que os alunos se sintam realmente fazendo parte do sistema e da sociedade sem que se perca sua identidade. 14 O ideal é que todo educador tenha em mente a importância de propiciar ao seu aluno um ambiente que priorize e estimule o respeito à diversidade, ajudando a formar cidadãos mais educados e respeitosos que se preocupam com os outros, possuindo o espírito de coletividade. É essencial que os professores reconheçam sua própria importância no processo de inclusão, pois a eles cabe planejar e implementar intervenções pedagógicas que dêem sustentação para o desenvolvimento das crianças (LIMA, 2006, p. 123). Quem tem um filho especial sabe que é um desafio encontrar escolas na rede regular de ensino capacitado e habilitado para receber alunos com necessidades especiais. É importante ressaltar que antes de se praticar a inclusão, necessariamente se praticou a exclusão, dessa forma tão importante quanto praticarmos efetivamente a inclusão é deixarmos de praticar a exclusão. Mães que têm filhos com algum tipo de deficiência sabem o quanto é difícil o processo de inclusão. Blanco (2005, p. 07): Os sistemas educacionais seguem oferecendo respostas homogêneas, que não satisfazem às diferentes necessidades e situações do alunado, o que se reflete em altos índices de reprovação e evasão escolar, que afetam em maior medida às populações que estão em situação de vulnerabilidade. Quando se tem uma escola que não está fisicamente adaptada para receber aquelas pessoas que têm dificuldades, necessariamente assim está se praticando sim a exclusão, pois essas pessoas não tem como acessar e se movimentar dentro de um ambiente escolar. É preciso que se entenda que estamos em um mundo diverso, onde se tem pessoas com necessidades especiais que precisam ter a capacidade de acessar a escola. Antes de se falar em educação inclusiva, ou seja, a educação dentro da sala de aula é preciso garantir que a criança consiga chegar até ela. Por isso então se não se tem uma rampa de acesso, ou elevadores como essa criança vai entrar na escola, a questão básica nesses casos é pensar na hipótese de como levar esta criança cadeirante, ou até mesmo aquelas que utilizam de muletas, andadores ou semelhantes, para daí sim se pensar em uma educação dentro de sala de aula. Segundo o Censo escolar feito em 2014, menos de 10% das escolas no Brasil estão efetivamente e fisicamente adaptadas para receber alunos cadeirantes em suas escolas, 15 tendo como exemplo as escolas que possuem dois ou três andares e possuem apenas as escadas como meios de chegar a salas de aula e as demais dependências deste local, uma vez que a criança ou adolescente consiga acessar o meio onde ela vai estudar. 3 MATERIAIS E MÉTODOS 16 A metodologia de ensino para a construção deste trabalho constituiu-se em uma pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico onde foram pesquisados vários autores, sendo baseado na área de concentração: educação inclusiva. Os instrumentos utilizados para coleta de dados constam inicialmente de: Observação e docência na educação infantil, a partir de um projeto elaborado e relacionado ao assunto da pesquisa, e depois aplicado na turma na qual foi realizado o estágio e ainda uma passagem relevante pela área da gestão escolar onde se observou o cotidiano da equipe diretiva, o dia a dia da orientação com os profissionais que formam a equipe e pra finalizar uma entrevista com um desses profissionais, no caso desta pesquisa umasupervisora. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 17 A pesquisa aqui proposta partiu com a problemática de que: como as escolas estão se preparando para trabalhar com a inclusão, da qual tem sido traçado como objetivo principal: compreender um pouco mais sobre os aspectos de educação inclusiva. Ao final de todas as coletas de dados e pesquisa pode-se ter como análise que a educação inclusiva não é apenas incluir, socializar, ensinar, mas sim observar, compreender e aceitar o aluno com necessidades especiais em contextos escolares, que este aluno possa ter acessibilidade para chegar à escola, que tenha salas adaptadas e materiais úteis de aprendizagem e que haja profissionais qualificados para receber este aluno, que a diversidade seja trabalhada e aceita tanto na sala de aula quanto na sociedade em si, que existem leis e constituições para receber estes alunos, mas que sabemos que nos dias de hoje ainda tem muito que se fazer para que isso seja visto e aproveitado de uma maneira melhor, que o preconceito vire respeito para com aqueles que precisam e que eles sejam vistos como criadores e transformadores de conhecimento e não como obstáculos na educação e na sociedade escolar. As leis que amparam a educação inclusiva foram criadas com o intuito de que a educação deve ser igual para todos, ou seja, a escola precisa ser diversificada o bastante para que as oportunidades de aprendizagem dos alunos com necessidades especiais sejam maiores. A inclusão chega às escolas para que a mesma se reorganize e se adapte a essas pequenas mudanças, mas que são importantes e necessárias para receber alunos especiais. É importante ressaltar que a escola se mostre como inclusiva, que apresente um plano pedagógico adaptado para receber a inclusão, fazendo assim com que os pais ou responsáveis se sintam seguros para deixarem seus filhos na escola, lembrando também que a família tem grande papel para o desenvolvimento dessa criança, a família e a escola devem caminhar juntas para um crescimento e uma evolução na vida cotidiana do aluno, formando uma estrutura para ele não se sentir sozinho. O educador é visto como alguém que transmite informação, que faz perguntas, mas também é alguém que ouve os alunos, os professores encontram dificuldades que muitas vezes são refletidas em seu rendimento no trabalho, como sala de aula que não estão equipadas devidamente, matérias que faltam para o uso diário, acessos que não existem, sobretudo um ambiente adequado e de fácil acesso, e isso acaba refletindo até mesmo no aluno de inclusão, pois o mesmo presencia estas coisas e acaba se sentindo inferior aos demais colegas. 18 Assim, devem-se preparar melhor os profissionais da educação, as condições de trabalho também devem melhorar, para que não haja um descontentamento do mesmo, pois afinal o professor deve ser considerado como uma peça-chave em relação às práticas educativas para que a inclusão aconteça. Seguindo um modelo de uma escola que esteja pronta para receber a inclusão a partir da pesquisa, o ideal seria: em primeiro lugar acessos para alunos cadeirantes, tanto nos banheiros, quanto nas dependências da escola, salas apropriadas e materiais que possam ser úteis para qualquer tipo de aluno, tanto deficientes visuais, quanto deficientes auditivos, quanto alunos que apresentam problemas neurológicos. Projetos para serem apresentados e desenvolvidos adequados para cada tipo de criança e referente à sua idade. Promover a inclusão, traçar um parâmetro que se possa ser trabalhado um determinado assunto com todos incluindo os demais colegas. Trabalhar a socialização com os pais dessas crianças promovendo palestras, mesas de debates para que sejam expostas as dificuldades e melhorias que a escola precisa de acordo com as necessidades de seus filhos, manter os pais sempre atualizados das programações que acontecem na escola assim, passando segurança e credibilidade a eles para com o ambiente escolar. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 19 Nos dias de hoje o desafio não se resume somente em inserir alunos com necessidades especiais dentro de uma mesma sala de aula, mas sim fazer com que a educação inclusiva ofereça a esses alunos um progresso no seu desenvolvimento educacional e pessoal e os faça se sentir incluídos numa sociedade que deveria ser igual para todos. Torna-se claro que a Educação Inclusiva é um desafio contínuo para os profissionais da educação e também para a sociedade no geral, pois a inclusão é o principal fundamento para a transformação humana desta sociedade. Continua-se acreditando em uma educação traçada na forma de cooperação, de criatividade, numa reflexão crítica, na solidariedade e pronta para receber a diversidade de alunos e tendo que se ajustarem às metodologias diversificadas na busca do reconhecer o outro independente de suas condições sociais, intelectuais ou físicas. A escola é um lugar onde se possibilita dividir experiências e que se está em constante movimento, por isso é preciso mudar com a escola em desenvolvimento. Se tem consciência do quanto é necessário e urgente enfrentar o desafio da inclusão escolar e de colocar em prática os meios aos quais ela realmente se concretiza. Ensinar não é sujeitar o aluno a um conhecimento pronto, mas dar liberdade e determinação, amplificar significados de acordo com seus interesses e capacidades, valorizando todo o seu esforço para adquirir conhecimento. Os profissionais que atuam na área da educação precisam estar ligados em relação às particularidades da aprendizagem de cada aluno com deficiência, sempre respeitando seus limites e atendendo-os como pessoas capazes, donos dos mesmos direitos que todos os demais alunos inseridos em uma sociedade igualitária. Pensar uma escola inclusiva é pensar em uma escola justa e democrática, que inclua a todos, sem discriminação, e a cada um, com suas diferenças, independentemente de sexo, idade, religião, origem étnica, raça, deficiência. Uma sociedade não apenas aberta e acessível a todos os grupos, mas que estimula a participação; uma sociedade que abrigue e aprecie a diversidade humana; uma sociedade cuja meta principal é oferecer oportunidades iguais para que todos desenvolvam seu potencial chegue à idade adulta como um ser feliz e socialmente útil, pois aprendeu no convívio em sociedade. Por fim, conclui-se que, a educação inclusiva procura responder às necessidades de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos transformando os sistemas educacionais, priorizando ações de ampliação da educação infantil, programas para a formação de professores e organização de recursos e serviços pedagógicos, fazendo crescer o direito daqueles que apresentam deficiência no processo educacional, exigindo mudanças na formação de professores e planejamento adaptados para efetivar a 20 educação inclusiva, oferecendo alternativas de atendimento, de forma a estruturar uma nova forma de olhar a Educação, onde acaba por criar uma escuta mais precisa de cada criança. REFERÊNCIAS 21 ABRAMOWICZ, Jaqueline (org.) Para além do fracasso escolar. Campinas, SP: Papirus, 1997. BRASIL. Resolução CNE/CEB nº. 2, de 11 de setembro de 2001 - Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: Senado Federal, 2001. Disponível em: . Acesso em: 28 agosto 2021. BRASIL. 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