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FISIOPATOLOGIA E BIOTECNOLOGIAS DA REPRODUÇÃO Profª Drª Med. Vet. Karoline Leal ESCOLA SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS FISIOPATOLOGIA E BIOTECNOLOGIAS DA REPRODUÇÃO Estudar as alterações funcionais e estruturais do sistema reprodutivo de machos e fêmeas, abordando doenças, distúrbios hormonais e infertilidade. IMPORTÂNCIA DA FISIOPATOLOGIA E BIOTECNICAS DA REPRODUÇÃO Impacto na eficiência produtiva e reprodutiva de rebanhos. Eficiência produtiva Redução de perdas econômicas devido a infertilidade e abortos. Melhoria dos índices zootécnicos e sanidade animal. Contribuição para programas de melhoramento genético. PLANO DE ENSINO E OBJETIVOS Construir o conhecimento da fisiologia e patologia em reprodução animal, que permitam aos alunos tomar decisões. Prognóstico, diagnóstico e tratamentos de infertilidade. Uso de biotécnicas reprodutivas. Manejo reprodutivo e eficiência reprodutiva. Principais doenças reprodutivas: endócrinas, congênitas, hereditárias e adquiridas. Anatomia e fisiologia da fêmea e do macho. METODOLOGIA DE ENSINO Aulas expositivas; Recursos audiovisuais; Estudos de casos; Incentivo a pesquisa independente; Discussão de artigos; Revisões para a prova. 1ª Prova: 30 pontos 2ª Prova: 30 Pontos Seminário: 20 pontos Quiz em sala: 10 pontos Mapa mental ou Infográfico: 10 pontos Prova institucional: 60% da nota AVALIAÇÕES Atividades complementares: 40% da nota Cada dia de estudo é um passo a mais na sua jornada para o sucesso! Vamos juntos nessa? LITERATURA RECOMENDADA GRUNERT, E.; BIRGEL, E. L. Patologia e clínica da reprodução dos mamíferos domésticos. São Paulo: Varela, 2005. HAFEZ, E.; HAFEZ, B. Reprodução Animal. 7. ed. Rio de Janeiro: Manole, 2004. NASCIMENTO, E. I. Patologia da reprodução dos animais domésticos. 3. ed. [Minha Biblioteca]. LITERATURA COMPLEMENTAR BALL, P.J.H.; PETERS, A.R. Reprodução em bovinos. 3 ed. São Paulo: Roca, 2006. GONÇALVES, P.B.D.; FIGUEIREDO, J.R.; FREITAS, V.J.F. Biotecnicas aplicadas à reprodução animal. 2 ed. São Paulo: Varela, 2014. NASCIMENTO, E. I. Patologia da reprodução dos animais domésticos. 3. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. PALHANO, H. B. Reprodução em bovinos: fisiopatologia, terapêutica, manejo e biotecnologia. 2. ed. Rio de Janeiro. L. F. LIVROS, 2008. SING, B. K. Compêndio de andrologia e inseminação artificial em animais de fazenda. São Paulo: Anfrei, 2006. ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS E EXPECTATIVAS Quais foram suas experiências anteriores? Quais foram suas maiores dificuldades? Envie suas dúvidas para medvetkarolleal@gmail.com INTRODUÇÃO Anatomia reprodutiva da fêmea Fisiologia reprodutiva da fêmea APARELHO GENITAL FEMININO FISIOPATOLOGIA E BIOTECNOLOGIAS DA REPRODUÇÃO Endocrinologia reprodutiva da fêmea Estruturas e funções APARELHO GENITAL FEMININO: ESTRUTURAS APARELHO GENITAL FEMININO: ESTRUTURAS APARELHO GENITAL FEMININO: ESTRUTURAS OVÁRIOS Camadas: Túnica albugínea – camada externa de tecido conjuntivo. Córtex ovariano – local onde ocorre a foliculogênese. Medula ovariana – tecido conjuntivo com vasos sanguíneos e nervos. Principais estruturas ovarianas: Folículos ovarianos (primordiais, primários, secundários, terciários). Corpo lúteo e corpo albicans. Estroma ovariano. Gônadas femininas responsáveis pela produção do gameta feminino, chamado de ovócito ou óvulo. OVÁRIOS Oogênese: Formação dos óvulos durante a vida fetal Fase de repouso até a puberdade Reativação do desenvolvimento a cada ciclo estral Dinâmica folicular: Recrutamento, seleção e dominância folicular Desenvolvimento do folículo dominante Atresia folicular Dinâmica folicular: Desenvolvimento e Maturação OVÁRIOS Dinâmica folicular: Desenvolvimento e Maturação OVÁRIOS ESTROGÊNIO Produzido pelos folículos em crescimento, estimula o comportamento de cio e a preparação do útero para a gestação. PROGESTERONA Produzida pelo corpo lúteo após a ovulação, mantém a gestação e inibe novos ciclos. INIBINA Regula o crescimento dos folículos ao inibir a secreção do hormônio folículo- estimulante (FSH). Produção de hormônios sexuais OVÁRIOS Regulação do ciclo estral: Eixo Hipotálamo - Hipófise - Ovário Os ovários coordenam o ciclo reprodutivo ao interagir com hormônios da hipófise (FSH e LH). O desenvolvimento dos folículos e do corpo lúteo influencia a receptividade da vaca para a reprodução. OVÁRIOS Ovulação e formação do CL Ovários no dia 0 Ovário esquerdo ativo mostra CL com regressão funcional e 2 folículos. 1. folículo, 2. CL, 5 estroma ovárico. Pieterse MC 1999. Ovulação: Ruptura do folículo dominante e liberação do oócito Papel do pico de LH Transporte do óvulo pela tuba uterina Formação do corpo lúteo: Diferenciação das células foliculares Produção de progesterona Regressão do corpo lúteo na ausência de gestação OVÁRIOS Diferenças entre asespécies TUBA UTERINA Estrutura tubular que faz a ligação do ovário com o útero. Transportam os óvulos do ovário até o útero. Condições ideais de sobrevivência e capacitação dos espermatozóides. Local onde ocorre a fecundação. Nutrem o embrião antes de chegar ao útero. TUBA UTERINA Estrutura tubular que faz a ligação do ovário com o útero. Camada interna Mucosa composta por células ciliadas e secretoras. Camada média Músculo liso organizado em camadas circulares internas e longitudinais externas. Camada externa Serosa de tecido conjuntivo. TUBA UTERINA Controle hormonal da função tubária Influência do ciclo estral Estrogênio (fase folicular) → Estimula a motilidade e secreção da tuba. Progesterona (fase lútea) → Reduz a motilidade e prepara o útero para a implantação. TUBA UTERINA Junção Útero -Tubária: Seleção e Transporte Embrionário Altos níveis de estrogênio mantêm a JUT contraída, retardando a passagem dos espermatozoides e embriões. Após a ovulação, a progesterona promove o relaxamento da junção, permitindo a passagem controlada dos embriões para o útero no momento adequado. Bolsa ovariana cística e hidrossalpinge Bolsa ovariana a direita distendida. Oviduto esquerdo bloqueado e distendido (Drost M. 1974). TUBA UTERINA Diferenças entre as espécies Bovinos, ovinos e caprinos: O transporte do embrião ocorre ao longo de 3 a 4 dias. Equinos: Apresentam uma junção útero- tubária seletiva. Suínos: Têm ovidutos longos e contorcidos devido à alta ovulação. Cães e gatos: os embriões demoram mais para alcançar o útero. ÚTERO Estrutura anatômica Corno uterino Local onde ocorre a implantação do embrião e o desenvolvimento fetal. Corpo do útero Onde os espermatozoides se encontram e iniciam o caminho para as tubas. Cérvix uterina Canal muscular fibroso, atua como barreia protetora. ÚTERO Camadas histológicas Endométrio (camada interna) Nutrição do embrião e adesão placentária. Contém glândulas endometriais que secretam nutrientes essenciais para o embrião. Miométrio (camada muscular) Camada de músculo liso responsável por contrações uterinas durante o estro, gestação e parto. Perimétrio (camada externa) Camada de tecido conjuntivo que reveste externamente o útero, conferindo suporte estrutural. ÚTERO Camadas histológicas ÚTERO Corpo do útero ÚTERO Diferenças entre as espécies Bovinos, ovinos e caprinos: Útero bipartido com dois cornos bem desenvolvidos e um corpo uterino pequeno. Equinos: Útero bipartido, mas com um corpo uterino mais longo. Embrião pode migrar entre os cornos antes da fixação. Suínos: Útero bicornual altamente desenvolvido, longo e adaptado para gestação de múltiplos fetos. Cães e gatos: Útero bicornual longo, essencial para gestações múltiplas. ÚTERO Diferenças entre as espécies ÚTERO Principais funções uterinas Transporte de espermatozóides através das contrações do miométrio. Implantação embrionária. Produção de secreções ricas em nutrientes. Produção de prostaglandina F2α (PGF2α). Suporte gestacional. Expulsão do feto. CÉRVIX Colo do útero: Estrutura muscular que separa a vagina do útero; Atua como barreiraprotetora. Regula a passagem de espermatozoides. Produz muco cervical, que varia com o ciclo estral. Durante a gestação, forma o tampão mucoso para proteção do feto. No parto sofre relaxamento. CÉRVIX Diferenças entre as espécies Bovinos, ovinos e caprinos: Cérvix com anéis cervicais rígidos. Equinos: Cérvix menos rígida e mais musculosa. Suínos: Cérvix espiralada. Cães e gatos: Cérvix menos desenvolvida. CÉRVIX Diferenças entre as espécies CÉRVIX Diferenças entre as espécies VAGINA Órgão tubular copulatório Canal que conecta a vulva ao colo do útero; Local de deposição do sêmen na cópula Exceto em equinos, onde ocorre no útero. Ambiente ácido para proteção contra infecções. Passagem do feto. VAGINA Diferença entre as espécies Bovinos, ovinos e caprinos: Vagina relativamente longa, com uma junção bem definida entre a cérvix e a vagina. Equinos: Vagina mais curta e ampla, facilitando o depósito de sêmen no útero. Suínos: Longa para acomodar a cópula prolongada do macho. Cães e gatos: Longa e com dobras que dificultam a passagem de instrumentos reprodutivos. VULVA E VESTÍBULO VAGINAL Vulva: Entrada do sistema reprodutivo. Protege contra infecções e facilita a cópula e o parto. Composta por dois lábios que envolvem a rima vulvar. Mucosa rica em vasos sanguíneos. Importante na exibição do cio. Genitália externa VULVA E VESTÍBULO VAGINAL Vestíbulo vaginal: Região entre a vulva e a vagina. Contém as glândulas vestibulares que lubrificam a região. Abriga o órgão clitoriano. Genitália externa VULVA E VESTÍBULO VAGINAL Diferenças entre as espécies Bovinos: Abertura visível e inchaço moderado no cio. Equinos: Exibem comportamento de "piscagem vulvar" no cio. Suínos: Vulva pode inchar significativamente no cio. Cães: Vulva aumenta de tamanho durante o cio, facilitando a cópula. FUNÇÕES DO APARELHO REPRODUTIVO DA FÊMEA Produção de hormônios e gametas Transporte de gametas Fertilização Crescimento e desenvolvimento do embrião Parto ATIVIDADE COMPLEMENTAR 1 Mapa mental ou infográfico Estruturas e funções do aparelho reprodutivo da fêmea. Entrega por e-mail: medvetkarolwagnerleal@gmail.com Data: 12/02/2025 NA AULA PASSADA. . . NA AULA PASSADA. . . Diferenças entre as espécies Ovários Vacas e éguas: ovários em forma de feijão. Em éguas, o ovário apresenta uma fossa de ovulação. Porcas: ovários com múltiplos folículos, lembrando uma "amora", devido à ovulação múltipla. Cadela e gata: ovários pequenos e menos palpáveis. NA AULA PASSADA. . . Diferenças entre as espécies Tubas Uterinas Em todas as espécies, são locais de fecundação e transporte do zigoto ao útero. Nas éguas, apresentam uma flexibilidade maior, auxiliando no transporte do oócito. NA AULA PASSADA. . . Diferenças entre as espécies Útero Vacas e cabras: útero bicorno com cornos uterinos bem desenvolvidos e um corpo uterino pequeno. Éguas: útero bicorno, mas com cornos menos acentuados, semelhante ao humano. Porcas: cornos uterinos muito longos para permitir a gestação de grandes ninhadas. Cadela e gata: similar à porca, mas com menos extensão. NA AULA PASSADA. . . Diferenças entre as espécies Cérvix Vacas e ovelhas: cérvix com pregas circulares em anel, dificultando a passagem de instrumentos na IA. Éguas: cérvix mais curta e com pregas longitudinais, facilitando o exame retal e a IA. Porcas: cérvix espiralada, compatível com a anatomia do pênis do cachaço. NA AULA PASSADA. . . Diferenças entre as espécies Vagina e Genitália externa Poucas diferenças marcantes, exceto no posicionamento. Em cadelas, a inclinação da vagina pode dificultar a IA. FISIOLOGIA E ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA DA FÊMEA Regula o ciclo estral, gestação, parto e lactação. FISIOLOGIA E ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA DA FÊMEA Hipotálamo Centro de controle hormonal e neural. Produz e libera hormônios liberadores, como o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), que estimula a hipófise a produzir FSH e LH. Atua no feedback hormonal gonadal. FISIOLOGIA E ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA DA FÊMEA Hipófise Glândula pituitária Adeno-hipófise Hormônios reprodutivos FSH e LH. Neuro-hipófise Armazena e libera ocitocina FISIOLOGIA E ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA DA FÊMEA Sistema porta-hipotálamo-hipofisiário Controles vasculares entre o hipotálamo e a hipófise. O sangue flui começa e termina em capilares sem a passagem pelo coração. Fluxo retrogrado que expõe o hipotálamo a altas concentrações hormonais da hipófise. Possibilita o mecanismo de retroalimentação negativa de regulação. FISIOLOGIA E ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA DA FÊMEA Mecanismo de Regulação: O hipotálamo produz hormônios liberadores (RH) e hormônios inibidores (IH), que regulam a secreção dos hormônios tróficos da adeno- hipófise. Esses hormônios hipotalâmicos atingem a hipófise anterior sem diluição na circulação sistêmica, permitindo uma regulação precisa. FISIOLOGIA E ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA DA FÊMEA Glândula Pineal Melatonina Regula os ciclos biológicos como o sono e a reprodução em algumas espécies (Ovinos e Equinos). ORIGEM E FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS REPRODUTIVOS O que são hormônios? Mensageiros químicos que controlam processos como crescimento, metabolismo e reprodução. ORIGEM E FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS REPRODUTIVOS Do que são constituídos? Proteínas: FSH, LH, prolactina e ocitocina. Aminoácidos: Melatonina Esteroides: Estrógeno, progesterona e testosterona. Ác. Graxos: Prostaglandinas. COMUNICAÇÃO INTRACELULAR Liberação e transporte de hormônios diretamente na corrente sanguínea. Função: Regulam processos corporais em locais distantes do local de produção. Comunicação Endócrina Exemplos Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH) (hipófise): Controlam a maturação dos gametas. Estrogênio e Progesterona (ovários): Regulam o ciclo estral e a gestação. COMUNICAÇÃO INTRACELULAR Transmissão de impulsos elétricos e químicos entre neurônios ou entre neurônios e células-alvo (músculos ou glândulas). Comunicação Neural Exemplos Controle do Reflexo de Monta em Bovinos Durante o estágio de estro, a fêmea bovina demonstra receptividade ao macho. Esse comportamento é mediado pelo sistema nervoso central, principalmente pelo hipotálamo. Ejeção de Leite em Vacas Leiteiras Quando o bezerro suga o úbere ou há estímulo da ordenha, receptores táteis na glândula mamária enviam impulsos nervosos ao hipotálamo. COMUNICAÇÃO INTRACELULAR Uma célula libera moléculas sinalizadoras que atuam em células vizinhas sem entrar na circulação sistêmica. Regulação de processos fisiológicos locais nos animais, permitindo respostas rápidas e coordenadas dentro dos tecidos. Comunicação parácrina Exemplos Regulação da Função Reprodutiva No ovário, o estrógeno produzido pelas células da teca atua de forma parácrina nas células da granulosa, estimulando a maturação folicular. COMUNICAÇÃO INTRACELULAR uma célula libera um sinal químico que atua sobre ela mesma, regulando suas próprias funções. A célula responde modulando sua atividade, como proliferar, diferenciar ou inibir processos. Comunicação autócrina Exemplos Regulação da Função Lútea em Suínos Após a ovulação, as células do corpo lúteo secretam progesterona, que pode atuar autocrinamente para regular sua própria função e prolongar a fase lútea. Essa comunicação é essencial para a manutenção da gestação nos primeiros dias. REGULAÇÃO DA SECREÇÃO HORMONAL O sistema nervoso atua na regulação da atividade gonadal por meio de mecanismos de retroalimentação endócrina das vias neurais e do controle imunoendócrino. O estrógeno pode influenciar a secreção do estímulo trófico que causou sua própria liberação (FSH). O controle ocorre a nível hipotálamo e hipófise pelas concentrações na corrente sanguínea. Retroalimentação + ou -. RETROALIMENTAÇÃO ENDÓCRINA Gônada feminina - Ovários > FSH ESTRÓGENOS RETROALIMENTAÇÃO ENDÓCRINA Retroalimentação NEGATIVA ESTRÓGENOS > FSH Quando os hormôniosalcalcam um determinado nível alguns núcleos hipotalâmicos respondem diminuindo a produção. ESTRÓGENOS RETROALIMENTAÇÃO ENDÓCRINA Retroalimentação POSITIVA ESTRÓGENOS LH A elevação de um determinado hormônio provoca o aumento de outro hormônio. RETROALIMENTAÇÃO ENDÓCRINA Retroalimentação de alça longa Retroalimentação de alça curta Hormônios hipotalâmicos PRODUÇÃO HORMONAL ✅ Hormônios Liberadores (estimulatórios) → Estimulam a secreção de hormônios da hipófise anterior. ✅ Hormônios Inibidores → Inibem a liberação de hormônios hipofisários. Hormônios hipotalâmicos GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas) Estimula a liberação de FSH (Hormônio Folículo- Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante) pela hipófise. Essencial para a regulação da função reprodutiva, ovulação e produção de testosterona. Hormônios hipotalâmicos PRODUÇÃO HORMONAL ACTH (Hormônio Adrenocorticotrófico) Função: Estimula as glândulas suprarrenais a produzirem cortisol, um hormônio essencial na resposta ao estresse, metabolismo e controle da inflamação. Regulação: Sua liberação é controlada pelo hormônio liberador de corticotropina (CRH) do hipotálamo. Hormônios hipotalâmicos PRODUÇÃO HORMONAL Dopamina - Fator Inibidor da Prolactina Função: A dopamina age inibindo a produção de prolactina, hormônio responsável pela produção de leite nas glândulas mamárias. Quando há menos dopamina, a prolactina é liberada, o que ocorre principalmente durante a gestação e a amamentação. Hormônios hipotalâmicos PRODUÇÃO HORMONAL Hormônio estimulador da Prolactina O PRH age sobre a hipófise anterior para estimular a liberação de prolactina (PRL). ✅ Estimula a produção de prolactina pela hipófise anterior. ✅Regula a lactação, pois a prolactina é essencial para a produção de leite nas glândulas mamárias. ✅ Influencia o comportamento maternal em mamíferos. ✅ Possível papel na imunomodulação, pois a prolactina afeta o sistema imunológico. Hormônios hipotalâmicos PRODUÇÃO HORMONAL Ocitocina Função: Estimula as contrações uterinas no parto e a ejeção do leite durante a amamentação. Efeitos adicionais: Está relacionada ao vínculo emocional, prazer e comportamento social. Hormônios hipotalâmicos armazenados na Neuro-hipofise PRODUÇÃO HORMONAL Vasopressina (ADH – Hormônio Antidiurético) Função: Regula a retenção de água pelos rins, ajudando a manter a pressão arterial e o equilíbrio hídrico do corpo. Quando é liberada: Em situações de desidratação ou queda da pressão arterial. Hormônios hipotalâmicos armazenados na Neuro-hipofise PRODUÇÃO HORMONAL Melatonina Síntese elevada em dias curtos. A administração de melatonina exôgena regula a atividade gonadal em ovelhas acíclicas no verão. Hormônio pineal armazenados na Neuro-hipofise PRODUÇÃO HORMONAL Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) Função: Estimula a produção de folículos ovarianos em fêmeas. Estimula a espermatogênese nos machos. Exemplos: O FSH induz a ovulação e é usado em reprodução assistida. Em touros, o FSH regula a produção de espermatozoides. Hormônios Adeno-hipofisiários PRODUÇÃO HORMONAL Hormônio Luteinizante (LH) Função: Estimula a ovulação e a produção de progesterona nas fêmeas. Estimula a produção de testosterona nos machos. Exemplos: Em vacas, o LH é essencial para a manutenção do ciclo estral. Em cães machos, o LH estimula a produção de testosterona, influenciando o comportamento sexual. Hormônios Adeno-hipofisiários PRODUÇÃO HORMONAL Prolactina (PRL) Função: Estimula a produção de leite nas glândulas mamárias. Em algumas espécies, regula comportamento maternal. Exemplos: Em aves, a prolactina controla o comportamento de incubação. Em vacas leiteiras, níveis elevados de prolactina mantêm a produção de leite. Hormônios Adeno-hipofisiários PRODUÇÃO HORMONAL Os hormônios esteroides gonadais são hormônios derivados do colesterol e produzidos principalmente pelas gônadas (testículos e ovários). Eles desempenham um papel essencial na reprodução, no desenvolvimento sexual e em várias funções metabólicas nos animais. Hormônios Esteroides Gonadais PRODUÇÃO HORMONAL Onde são produzidos? Testículos (nos machos) → Produzem principalmente testosterona. Ovários (nas fêmeas) → Produzem estrógenos e progesterona. Glândulas suprarrenais e placenta também podem produzir pequenas quantidades desses hormônios. Hormônios Esteroides Gonadais PRODUÇÃO HORMONAL Estrógenos (Estradiol, Estrona, Estriol) Funções: ✅ Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários femininos (desenvolvimento de glândulas mamárias, cio). ✅ Regulação do ciclo estral e da ovulação. ✅ Manutenção da fertilidade e comportamento reprodutivo. Exemplos: Em vacas e éguas, os estrógenos são responsáveis pela manifestação do cio. Em galinhas, influenciam a produção de ovos e o comportamento reprodutivo. Hormônios Esteroides Gonadais PRODUÇÃO HORMONAL Progesterona Funções: ✅ Prepara o útero para a gestação. ✅ Mantém a prenhez, inibindo contrações uterinas. ✅ Regula o ciclo estral, inibindo o estro após a ovulação. Exemplos Em cadelas e gatas, a progesterona mantém a gestação. Em vacas leiteiras, a progesterona sintética é usada para sincronizar o cio. Hormônios Esteroides Gonadais PRODUÇÃO HORMONAL Relaxantina Produzida principalmente pela placenta nas fêmeas grávidas, mas também pode ser secretada pelos ovários (corpo lúteo) em algumas espécies. Exemplos Ajuda a relaxar a pelve e o colo do útero, facilitando o parto. Utilizada como marcador de gestação. Em saínos facilita o crescimento fetal. Hormônios Esteroides Gonadais PRODUÇÃO HORMONAL Inibina Produzida pelo ovário atua na regulação da fertilidade e na modulação dos hormônios reprodutivos, especialmente no feedback negativo da produção de FSH. Exemplos A medição dos níveis de inibina pode ser usada para avaliar a fertilidade em macho e fêmea.. Produzida pelo corpo lúteo durante a gravidez, ajudando a regular a secreção de FSH e mantendo o equilíbrio hormonal necessário para o desenvolvimento fetal. Hormônios Esteroides Gonadais PRODUÇÃO HORMONAL Ativinas Ovarios: Nas células da granulosa dos folículos ovarianos. Testículos: Em células de Sertoli. Hipotálamo e hipófise: Algumas formas de ativinas podem ser secretadas por essas glândulas, influenciando a secreção de hormônios reprodutivos. Exemplos A ativina ajuda a aumentar o recrutamento de folículos. Hormônios Esteroides Gonadais PRODUÇÃO HORMONAL Andrógenos nas Fêmeas Os andrógenos sintéticos são utilizados para a preparação de rufiões para a detecção de cio. Vacas e ovelhas androgenizadas possuem a vantagem de não transmitirem doenças venéreas. Hormônios Esteroides Gonadais PRODUÇÃO HORMONAL CICLO ESTRAL Eventos hormonais e fisiológicos que ocorrem no sistema reprodutivo da fêmea, preparando-a para a ovulação e a gestação. CICLO ESTRAL Proestro Período de transição entre a anestro e o estro. Caracteriza-se pelo crescimento folicular induzido pelo hormônio folículo-estimulante (FSH). Aumento gradual na produção de estrogênio. Os sinais clínicos incluem edema vulvar e secreção vaginal serosa. CICLO ESTRAL Estro Período de receptividade sexual. Ocorre pico de estrogênio e comportamento de aceitação do macho. Ovulação pode ocorrer ao final do estro (dependendo da espécie). É o momento ideal para a cópula e fertilização. CICLO ESTRAL Metaestro Transição entre o estro e o diestro. Formação do corpo lúteo e aumento na produção de progesterona. CICLO ESTRAL Diestro Período de dominação da progesterona, secretada pelo corpo lúteo. Caso não ocorra gestação, a prostaglandina F2-alfa induz a regressão do corpo lúteo. Se houver fecundação, o diestro se estende para sustentar a gestação. CICLO ESTRAL Anestro Período de inatividade ovariana. Comum em espécies sazonais (ex.: ovinos, equinos) e durante a lactação ou períodos de estresse. CICLO ESTRAL CICLO ESTRAL CICLO ESTRAL Apresentam ciclos ao longo de todo o ano, sem influência sazonal.Duração do ciclo: 18 a 24 dias (média de 21 dias). Duração do estro: 12 a 18 horas (curto em comparação a outras espécies). Ovulação: Ocorre cerca de 10 a 12 horas após o final do estro. Comportamento: A vaca permite a monta (reflexo de tolerância). POLIÉSTRICA CONTÍNUA - VACA CICLO ESTRAL Tipo: Poliestro sazonal (primavera/verão). Duração do ciclo: ~21 dias. Duração do estro: 4-7 dias. Ovulação: 24-48 horas antes do final do estro. Sinais de estro: Cauda levantada, micção frequente, aceitação do garanhão. POLIÉSTRICA CONTÍNUA - ÉGUA CICLO ESTRAL Tipo: Poliestro contínuo. Duração do ciclo: ~21 dias. Duração do estro: 2-3 dias. Ovulação: No final do estro. Sinais de estro: Reflexo de pressão dorsal, vulva hiperêmica. POLIÉSTRICA CONTÍNUA - PORCA CICLO ESTRAL Tipo: Poliestro sazonal (outono/inverno). Duração do ciclo: ~17 dias. Duração do estro: 24-36 horas. Ovulação: No final do estro. Sinais de estro: Aceitação do macho, inquietação. POLIÉSTRICA CONTÍNUA - PORCA CICLO ESTRAL Tipo: Poliestro sazonal (outono/inverno). Duração do ciclo: ~21 dias. Duração do estro: 24-48 horas. Ovulação: No final do estro. Sinais de estro: Vocalização, inquietação, cauda levantada. POLIÉSTRICA CONTÍNUA - CABRA CICLO ESTRAL Tipo: Monoestro. Duração do ciclo: 6-7 meses. Duração do estro: 9 dias (variando de 3 a 21 dias). Ovulação: 2-3 dias após o início do estro. Sinais de estro: Vulva edemaciada, secreção sanguinolenta. MONOÉSTRICA - CADELA CICLO ESTRAL Tipo: Poliestro sazonal e ovulação induzida. Duração do ciclo: Variável, influenciado pelo fotoperíodo. Duração do estro: 4-10 dias. Ovulação: Induzida pelo acasalamento. Sinais de estro: Vocalização intensa, rolamento no chão, lordose. POLIESTRICA SAZONAL - GATA CICLO ESTRAL OBRIGADA Envie suas dúvidas! PELA SUA ATENÇÃO medvetkarolleal@gmail.com FISIOPATOLOGIA E BIOTECNOLOGIAS DA REPRODUÇÃO