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Espectrofotometria na região do UV-Vis Disciplina: Química Analítica Quantitativa II Definições Métodos analíticos baseados na espectroscopia atômica e molecular Medida quantitativa da intensidade de radiação eletromagnética de um ou mais comprimentos de onda com um detector fotoelétrico. Emprega as regiões UV, visível e IV do espectro eletromagnético. Métodos espectrométricos Métodos ópticos de análises espectrométricas Espectrometria Ciência que estuda a interação da energia (radiação eletromagnética) com a matéria. Espectroscopia LUZ “Luz é onda” – Teoria ondulatória Christiaan Huygens (1629-1695) Euler (1707-1783) “Luz é partícula” – Teoria corpuscular Newton (1643 – 1727) Isaac Newton A luz tem natureza dual de onda-partícula Einstein 1879-1955 Schrödinger 1887-1961 Heisenberg 1901-1976 Fraunhofer Os espectros estão unicamente associados aos constituintes químicos. Fraunhofer inventou as redes de difração e observou o efeito da absorção de luz pelos gases presentes na atmosfera do Sol sobre o espectro da luz solar (as famosas riscas negras no espetro contínuo brilhante da luz solar, hoje conhecidas por riscas de Fraunhofer). (1787-1826) Espectroscópio de Kirchhoff e Bunsen (1860) Robert Bunsen e Gustav Kirchhoff associaram as riscas espectrais anteriormente observadas por Fraunhofer aos diferentes elementos, demonstrando que elas constituíam uma assinatura específica de cada espécie química. Radiação eletromagnética Propriedades ondulatórias da radiação eletromagnética James Clerck Maxwell: a luz consiste num campo elétrico e num campo magnético, perpendiculares um ao outro e que oscilam periódica e transversalmente em relação à direção de propagação. O campo elétrico variável gera o campo magnético e o campo magnético variável gera o campo elétrico, alimentando-se assim um ao outro. Frequência (ν): é o número de oscilações do campo que ocorrem por segundo. Propriedades ondulatórias da radiação eletromagnética Propriedades ondulatórias da radiação eletromagnética V = λʋ V = velocidade λ= Comprimento de onda ʋ = frequência Vácuo: a velocidade da radiação é independente do comprimento de onda e tem seu valor máximo C = 300.000 km/s Propriedades ondulatórias da radiação eletromagnética E = hʋ E = energia h= constante de Plank (6,6254 x 10-34 J.s) ʋ = frequência Propriedades mecânico-quântica da radiação A radiação é vista como um fluxo de pacotes de energia discretos, ou fótons. Postulados da teoria quântica de Planck Átomos, íons e moléculas podem existir somente em certos estados discretos, caracterizados por quantidades definidas de energia. Quando um espécie altera seu estado, absorve ou emite uma quantidade de energia exatamente igual à diferença de energia entre os estados. Quando átomos, íons ou moléculas absorvem ou emitem radiação ao efetuar uma transição de um estado de energia para outro, a radiação de frequência ʋ ou de comprimento de onda λ está relacionada com a diferença de energia entre os dois estados pela equação E1 – E0 = hc/λ Espectroscópio de Kirchhoff e Bunsen (1860) Absorção de Radiação Partícula em seu estado fundamental é promovida para estados mais excitados ou de maior energia OBS: Para a absorção de radiação – energia do fóton de excitação deve ser exatamente igual à diferença de energia entre o estado fundamental e um estado excitado da amostra absorvedora Absorção Atômica Absorção Molecular Métodos de Absorção Duas medidas de potência: antes do feixe passar através do meio contendo o analito (P0) e depois (P) Transmitância e Absorbância Po → atinge a amostra de comprimento b P → energia radiante após passagem do feixe através da amostra Potência (P) → energia radiante por segundo por unidade de área Transmitância (T) → definida como a fração da radiação original que passa pela amostra Absorbância (A) → inverso da transmitância Lei de Beer Para radiações monocromáticas, a absorbância é diretamente proporcional ao comprimento do caminho b através do meio e à concentração c das espécies absorventes A = abc a: absortividade ( ) b: caminho óptico c: concentração espécie Espectrometria de Absorção Baseada na medida da transmitância T ou absorbância A de soluções contidas em células transparentes tendo um caminho óptico de b cm A concentração c de um analito absorvente está relacionada linearmente à absorbância Espectrometria de Absorção Pode ocorrer reflexão de radiação nas duas interfaces ar/parede e parede solução Pode haver atenuação de feixe de luz por espalhamento por moléculas grandes e, às vezes, por absorção pelas paredes do recipiente. T = Psolução/Psolvente = P/P0 A = log Psolvente/Psolução = log P0/P Lei de Beer a = = absortividade molar: capacidade de um mol de uma substância em atenuar luz incidida em um dado comprimento de onda Probabilidade de transição eletrônica → quando se incide radiação () a espécie absorve, os elétrons sofrem transições – orbitais de níveis de energias mais baixos para níveis de energia mais altos Existem espécies que apresentam maior dificuldade em sofrer tais transições → ↓ → ↓ absorbância (A) Seção de choque para captura de fótons → relaciona-se ao tamanho da molécula ou espécie → quanto maior a espécie absorvente, maior será a área de choque para a captura de fótons → ↑ Característico de cada espécie Determinação Experimental do Curva Analítica A = m C + k (Y = m x + k) A = b C = m / b (caminho ótico) Quanto maior o m (coeficiente angular) → ↑ → sensibilidade m= b = m/b = m m k Limitações da Lei de Beer Bem sucedida ao descrever o comportamento da absorção de meios contendo concentrações de analito relativamente baixas (P5 x P3 x P2 x P1 x P4 x Métodos de adição de padrão Valor da Concentração em módulo Métodos das adições de padrão Métodos de calibração: método de compatibilização de matriz Demanda elevada de amostras Empregado quando a amostra possui influência na medida, no método ou no equipamento Utilização de uma amotra isenta do analito de interesse Compatibilidade química entre a amostra isenta com as demais amostras Construção de cuva de calibração com a amostra isenta do analito Correlaciona as ventagens do método de calibração externa e o método das adições de padrão Calibração Linear Equação da Reta Y = a + b X Curva de Calibração Sinal = a + b Conc. a – coef. Linear b – coef. angular sinal=a + b conc. sinal=a + b conc. a > a Concentração = zero Branco analítico Branco Analítico = Tudo menos a amostra Calibração Linear Calibração Linear sinal=a + b conc. sinal=a + b conc. b > b tg tg tg > tg Calibração Linear sinal=a + b conc. sinal=a + b conc. Variação de sinal Sensibilidade C1 C2 Sinal Sinal Espectros de absorção molecular Transição eletrônica Transição vibracional Transição rotacional E = Eeletrônica + Evibracional+ Erotacional 42 Espectros de absorção molecular Energia vibracional Espectros de absorção molecular Espectros de absorção molecular Instrumentação Instrumentação – Fontes de luz Instrumentação – Fontes de luz Lâmpada de deutério Lâmpada de tungstênio Instrumentação – Fontes de luz Deve gerar um feixe de radiação que seja suficientemente potente Potência de saída deve ser estável por períodos razoáveis de tempo Possuir fonte elétrica de alimentação bem regulada para uma boa estabilidade Instrumentação – Seletor de comprimento de onda Isolar a banda de comprimento de onda desejada Monocromador Espectrógrafos Filtros Seletor de comprimento de onda -monocromador Monocromador de prisma Monocromador de rede Seletor de comprimento de onda -monocromador Rede de difração do tipo Echelle Seletor de comprimento de onda -monocromador Instrumentação – Seletor de comprimento de onda Seletor de comprimento de onda – Filtro de interferência Instrumentação – Seletor de comprimento de onda Instrumentação – Celas/cubetas Devem possuir janelas transparentes na região espectral de interesse Quartzo e sílica fundida são usadas na região UV e podem ser empregados na região do visível Vidro silicato é empregado comumente na região de 375 e 2000 nm Plástico pode ser usado para a região do visível Células de melhor qualidade têm janelas que são perpendiculares à direção do feixe para minimizar perda por reflexão Caminho óptico mais comum é de 1cm Cuidados com a limpeza das celas Instrumentação – Celas/cubetas Instrumentação – Celas/cubetas Instrumentação – Detector Válvula fotomultiplicadora Instrumentação – Detector Válvula fotomultiplicadora Instrumentação Feixe simples Instrumentação Feixe duplo espacial Instrumentação Feixe duplo temporal Instrumentação Espectrômetro multicanal Espécies Absorventes A absorção de radiação UV e visível geralmente resulta da excitação de elétrons de ligação Os λ’s dos picos de absorção podem ser correlacionados com os tipos de ligações nas espécies (identificação de grupos funcionais) Tipos de transições eletrônicas: 1) elétrons π, σ e n 2) elétrons d e f 3) transferências de carga Espécies Absorventes Espécies absorventes contendo elétrons π, σ e n Incluem moléculas e íons orgânicos, além de ânions inorgânicos Espécies Absorventes Espécies absorventes contendo elétrons π, σ e n A energia necessária para a transição σ → σ* é alta (região ultravioleta de vácuo) As transições n → σ* podem ser produzidas por radiação na região entre 150 e 250 nm As transições n → π* e π → π* ocorrem em 200 a 700 nm Espécies Absorventes Espécies absorventes contendo elétrons π, σ e n Espécies Absorventes Cromóforos orgânicos Espécies Absorventes Cromóforos orgânicos Espécies Absorventes Cromóforos orgânicos Espécies Absorventes Efeito da conjugação de cromóforos Espécies Absorventes Absorções envolvendo elétrons d e f As energias dos orbitais d dos íons de metais de transição em solução não são idênticas A absorção envolve a transição de um elétron d de menor energia para um orbital de maior energia Na ausência de um campo magnético ou elétrico externo a energia dos 5 orbitais d são idênticas e a absorção de radiação não é necessária para o elétron se mover de um orbital para outro Quando ocorre a formação de um complexo em solução entre o íon metálico e a água ou algum outro ligante, há um desdobramento nas energias dos orbitais d Espécies Absorventes Absorções envolvendo elétrons d e f Espécies Absorventes Absorções por transferência de carga Absortividades molares elevadas Muitos complexos inorgânicos exibem absorção por transferência de carga (complexos de transferência de carga) Para um complexo apresentar um espectro de transferência de carga, é necessário que um dos seus componentes tenha características de doador de elétrons e o outro tenha características de receptor de elétrons A absorção de radiação envolve a transferência de um elétron do doador a um orbital do receptor Espécies Absorventes Absorções por transferência de carga Titulações espectrofotométricas image1.jpeg image2.png image3.jpeg image4.jpeg image5.jpeg image6.jpeg image7.png image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image11.emf image12.png image13.emf image14.png image15.gif image16.jpeg image17.gif image18.jpeg image19.gif image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image34.png image35.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.png image41.png image42.gif image43.png image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.png image55.png image56.png image57.png image58.emf Feixe de radiação Fotocatodo Anodo Dinodos (9-13) Isolante *Amplificação de sinal: 10 9 e - e - e - e - e -e -e - e - e - e - e - e - e - Feixe de radiação Fotocatodo Anodo Dinodos (9-13) Isolante *Amplificação de sinal: 10 9 e - e - e - e - e -e -e - e - e - e - e - e - e - image59.png image60.png image61.emf image62.emf image63.png image64.emf image65.emf image66.emf image67.emf image68.emf image69.emf image70.emf image71.emf image72.emf image73.emf image74.emf image75.emf image76.png image77.png