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Auditoria e Perícia
Professora
Claudineia Kudlawicz Franco
Graduação em Ciências Contábeis e 
Administração. Mestre em Contabilidade. 
Doutora em Administração.
Objetivos
• Entender os processos e as etapas da auditoria.
• Conhecer os princípios da ética profissional.
• Planejamento e execução da perícia contábil
Auditoria para as empresas
Visão mais crítica do funcionamento da empresa ou de um determinado
setor
“A auditoria tanto na área pública quanto na área privada é uma
especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle
patrimonial, com o objetivo de atestar sua validade sobre determinado
dado’’ (ATTIE, 2000, p. 25).
Objetivos da auditoria
Emissão de uma opinião fundamentada, por uma pessoa independente, 
porém com capacidade técnica e profissional suficiente para emiti-la.
Especialização da contabilidade.
Atividade de inspeção, verificação, exame e comprovação em outras 
áreas.
Áreas operacional, gerencial, ambiental entre outras.
Tipos de auditoria
Auditoria externa
Opinião técnica.
Profissional sem vínculo empregatício com a empresa auditada. 
Áreas:
Auditoria de sistemas, recursos humanos, da qualidade, das 
demonstrações financeiras, jurídica, ambiental, fiscal, de gestão, de risco, 
auditoria externa em obras públicas.
Tipos de auditoria
Auditoria interna
Departamento da empresa. Reporta à administração.
Verificar e avaliar os sistemas, documentos e procedimentos.
Diminuir a probabilidade de ocorrência de erros, fraudes ou 
procedimentos ineficazes. 
Auditoria nas demonstrações financeiras
Assegurar que elas representam adequadamente a posição patrimonial e 
financeira da empresa.
O processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das 
demonstrações financeiras preparadas pela companhia auditada.
Demonstrações financeiras
Balanço Patrimonial
DRE
DFC
DMPL
Elaboração das demonstrações financeiras
Normas 
CFC
CPC
Lei 11.638/07
Lei 6.404/76
Processo de auditoria
Necessário seguir um roteiro predeterminado a fim de reunir condições sólidas para 
fornecer um parecer correto e íntegro.
1) revisão analítica: estabelecer a abrangência da auditoria, a verificação de 
valores significativos, identificação de situação ou tendências atípicas. 
2) Planejamento: base sobre a qual o trabalho deverá ser fundamentado, é o 
roteiro do que deve ser feito. 
3) Conhecimento da empresa: operações, atividade, controles etc.
determinam os métodos, indicadores e parâmetros para a coleta de provas.
Processo de auditoria
A obtenção dos elementos probatórios (achados da auditoria), por meio 
da pesquisa e obtenção dos elementos necessários para confirmar a 
opinião técnica a ser dada pelo auditor. 
Os procedimentos: concretização do trabalho.
Transformando o programa detalhado de auditoria em evidências nos 
papéis de trabalho (documentação preparada pelo auditor durante a 
execução de seu trabalho).
Processo de auditoria
Os elementos probatórios são reunidos através de testes, que constituem
o processo fundamental de auditoria. Esses testes podem ser:
Teste de procedimento – destina-se a provar a credibilidade dos
procedimentos de controle utilizados pela empresa;
Teste de saldo – tem a finalidade de obter provas suficientes e 
convincentes sobre as transações, saldos e divulgações aplicáveis que
serão utilizadas pelo auditor para emitir sua opinião. 
Processo de auditoria
O último passo do processo de auditoria é a formação de
opinião, em que verificam-se todos os procedimentos executados 
anteriormente quanto à suficiência de informações para que o auditor 
emita o seu parecer.
Procedimento para a auditoria
Competências do auditor
Competências profissionais para a realização do trabalho (habilidades, 
conhecimento e experiência relevantes à tarefa planejada);
Capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas na execução 
das auditorias;
Conhecimento dos princípios contábeis, administrativos e, principalmente, da área 
que se pretende auditar..
Manter a competência profissional por meio de educação e treinamento 
profissionais apropriados e contínuos.
Planejamento de auditoria
• conhecer a atividade da empresa;
• proporcionar que as atividades contratadas sejam executadas dentro 
dos prazos estabelecidos;
• garantir que as atividades importantes e de valores expressivos sejam 
observadas com extrema atenção;
• apontar problemas potenciais;
• determinar a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a 
serem executados de acordo com o serviço contratado.
Formas de auditoria
Conforme a sua natureza:
• auditoria permanente;
• continuada;
• periódica;
• auditoria eventual ou especial que poderá ser geral, ou parcial;
• auditoria de balanços com fim específico.
Conforme a profundidade dos exames:
• auditoria integral (revisão analítica de todos os registros contábeis);
• auditoria por teste (amostragem).
Conforme a extensão do trabalho:
• auditoria geral (de todas as demonstrações contábeis, em conjunto);
• auditoria parcial ou específica (de uma ou algumas demonstrações ou itens);
• revisão limitada (exames parciais, sem aplicação de todas as normas).
Formas de auditoria
Conforme os fins a que se destina:
• acautelar interesses de acionistas e investidores;
• permitir melhor controle administrativo;
• apurar erros e fraudes;
• julgar concessão de crédito;
• apurar o valor real do patrimônio líquido;
• dar cumprimento a obrigações fiscais;
• atender a exigências legais;
• confirmar a exatidão das demonstrações contábeis.
Conforme a relação do auditor com a empresa:
• auditoria externa;
• auditoria interna.
Procedimentos técnicos básicos
• inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis;
• observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua 
execução;
• investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou 
entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade;
• cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios,
• registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias;
Evidências e informações
As evidências e informações formam a base na qual o auditor irá se
apoiar para formar seu convencimento sobre a afirmação pesquisada.
Provas em auditoria
Cabe ao auditor identificar e atestar a validade das afirmações, aplicando
os procedimentos adequados a cada caso, até a obtenção de provas 
materiais que comprovem a afirmação auditada.
Achados de auditoria
Fatos resultantes dos programas de auditoria com valor para o juízo do 
auditor na elaboração de sua opinião.
Relevância do fato.
Não é qualquer fato empresarial que interessa ao auditor,
mas somente aqueles que se relacionam com o item ou objeto auditado.
Obtenção de provas
Sem as provas o trabalho desenvolvido na auditoria torna-se supérfluo e 
sem fundamento concreto.
Recolhimento e avaliação das provas seja impessoal e independente.
O auditor deve agir de forma criteriosa e inquestionável, isenta de 
qualquer vício.
Parecer de auditoria
Sem ressalva: Este é o tipo mais comum. 
Demonstrações financeiras em concordância com as normas contábeis 
aplicáveis. 
Fornecem uma visão justa e adequada da situação financeira da 
empresa.
Parecer de auditoria
Com ressalva:
As demonstrações financeiras estão em conformidade com as normas 
contábeis aplicáveis. 
Porém...
Por exemplo, se a empresa usa uma política contábil que não é aceita 
pela maioria das empresas do setor, é necessário informá-la. Isso é, 
emitir um parecer com ressalva.
Em que deverá indicar que essa política contábil pode afetar a análise 
das demonstrações financeiras.
Parecer de auditoria
Adverso:
As demonstrações financeiras da empresa não estão em conformidade
Seja com as normas contábeis aplicáveis ou por não fornecerem uma 
visão justa e adequada da situação financeira da empresa.
Parecer de auditoria
Com abstenção de opinião:
O auditor não consegue obter informações suficientes e adequadas. 
Não é possível expressaruma opinião sobre as demonstrações 
financeiras da instituição.
A instituição não fornece informações completas e precisas. 
Moral e conduta do auditor
• integridade;
• idoneidade;
• respeitabilidade;
• caráter ilibado;
• padrão moral elevado;
• vida privada irrepreensível;
• justiça e imparcialidade.
• Não disputar clientes com colegas.
• Manter elevado padrão de serviço.
• Basear-se somente em elementos seguros de convicção.
• Cobrar honorários justos.
• Não atuar em defesa de interesses pessoais.
• Ter consideração pela classe e por colegas.
• Sigilo profissional:
Perícia contábil
Qualquer trabalho de natureza específica, cujo rigor na execução seja profundo.
Dessa maneira, pode haver perícia em qualquer área científica ou até em 
determinadas situações empíricas.
É a verificação de fatos ligados ao Patrimônio individualizado visando oferecer 
opinião, mediante questões propostas.
Exames, vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramento, em suma, 
todo e qualquer procedimento necessário à opinião.
Requisitos para a Perícia contábil
Pessoais: honestidade, experiência de vida, clareza e facilidade da 
utilização da escrita, rigor e a metodologia da redação passam pelo 
respeito à gramática.
Profissionais: curso superior de Ciências Contábeis, com registro ativo 
junto ao órgão regulador da profissão, no caso, o Conselho Regional de 
Contabilidade.
Laudo pericial
O laudo pericial deverá conter:
I – a exposição do objeto da perícia;
II – a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III – a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando
ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do 
conhecimento da qual se originou;
IV – resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz,
pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
Laudo pericial
Elaborado pelo perito-contador nomeado em juízo.
Demonstra como foi a condução do seu trabalho, metodologia aplicada, 
resultados alcançados, para auxiliar o magistrado na tomada de decisões 
sobre determinada demanda.
Parecer pericial
Elaborado pelo assistente técnico contratado pelas partes que estão 
envolvidas em uma demanda judicial.
Demonstra como foi a condução do trabalho, metodologia aplicada, os 
pontos de discordância em relação ao laudo pericial, caso existam.
Referências
• LIMA, R.O. C., CORDEIRO, C. M. R. Auditoria e perícia contábil. Curitiba: 
IESDE, 2017.

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